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12 A Economia portuguesa no contexto da União Europeia

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Academic year: 2022

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12 – A Economia portuguesa no contexto da União Europeia

Integração económica

Formas de integração económica

Sistema de preferência aduaneira

É um tipo de integração muito simples, utilizado nomeadamente pelos países Commonwealth e que visa o estimular de vantagens aduaneiras mútuas aos intervenientes.

Zona de comércio livre

Consiste na livre circulação de mercadorias entre países pertencentes a essa organização, sendo suas características a livre circulação apenas dos produtos originários dos países pertencentes à zona de comercio livre.

Cada país mantém a sua pauta aduaneira e o seu regime de comércio com outros países.

Exemplo: EFTA

União aduaneira

Comporta a livre circulação de todos os produtos que se encontrem no território dos membros, ou seja, a livre circulação das mercadorias em geral.

Eliminam-se todos os direitos aduaneiros das trocas comerciais e é aplicada uma pauta aduaneira comum.

Mercado comum

A circulação de capital, trabalho, bens e serviços entre os membros deve ser tao livre como dentro do território de cada um dos membros.

A ideia de mercado comum pressupõe uma coordenação / harmonização das diversas políticas nacionais, o que implica desde logo a adoção de políticas comuns aos diversos Estados-membros.

Integração económica é o processo de incorporação de economias independentes em regiões económicas onde existe uma eliminação de constrangimentos à troca entre os intervenientes e um

clima que favorece a cooperação entre as economias participantes a vários níveis.

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União económica

Procura-se harmonizar ou uniformizar as diversas legislação nacionais segundo o sistema comunitários, as quais devem estar sob o controlo de uma autoridade comum, pelo que as politicas nacionais acabam por ser substituídas por políticas comuns a todos os Estados.

Vantagens de integração económica - economias de escala

- criação ou desenvolvimento de atividades dificilmente compatíveis com a dimensão nacional

- formulação mais coerente e rigorosa das politicas económicas - transformação das estruturas económicas e sociais

- reforço da capacidade de negociação

- intensificação da concorrência e consequentes vantagens para os consumidores

Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA)

Nota: o tratado CECA é o mais antigo dos três tratados. Atingiu o seu termo de vigência em 23 de Julho de 2002.

Comunidade Europeia de Energia Atómica (Euratom)

Nota: o tratado foi anunciado em Roma, em 25 de Março de 1957, e entrou em vigor em 1 de Janeiro de 1958.

Comunidade Económica Europeia (CEE)

Os objetivos da CEE foram:

➢ Criação de uma união aduaneira;

A CECA foi criada no dia 18 de Abril de 1951, pela antiga República Federal da Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e Holanda. O objetivo da criação desta comunidade era coordenar a produção do

carvão e do aço ao nível super - regional.

A comunidade europeia de energia atómica foi criada com o objectivo de proporcionar as condições de desenvolvimento de uma capacidade industrial nuclear, a fim de aumentar a produção

energética europeia a partir da utilização pacífica da energia nuclear. Preconizava-se a livre circulação das matérias fósseis, dos equipamentos técnicos e da mão-de-obra e o desenvolvimento

comum da investigação.

O Tratado de Roma, que instituía CEE, foi assinado em Roma, a 25 de Março de 1957, e entrou em vigor em 1 de Janeiro de 1958. Junta a França, a Alemanha, a Itália, a Bélgica, a Holanda e o Luxemburgo nunca comunidade que tem por objectivo a integração através das trocas comerciais, tendo em vista a expansão económica. Após o Tratado de Mastrieht, a CEE passa a constituir a comunidade Europeia (CE), exprimindo a vontade dos Estados –

membros de alargar as competência comunitárias a domínios não económicos.

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➢ Criação de um mercado comum baseado nos quatros liberdades de circulação (de mercadorias, de pessoas, de capitais e de serviços) e na aproximação gradual das politicas económicas nacionais.

As consequências da união aduaneira nos países – membro foram:

➢ Multiplicação dos investimentos;

➢ Aumento das trocas comerciais;

➢ Acesso, por parte dos consumidores, a uma diversidade de produtos a preços mais baixos.

Mercado Único Europeu

Objetivos do Tratado da UE

Com a assinatura do Tratado da União Europeia (normalmente conhecido como Tratado de Maastricht), procura -se reforçar a cooperação política europeia, desenvolver a vertente social da Comunidade e melhorar a eficácia e a legitimidade democrática das instituições.

O Tratado da União Europeia (UE) foi assinado em Maastricht, em 7 de Fevereiro de 1992 e entrou em vigor em 1 de Novembro de 1993.

A União Europeia assenta em três pilares:

➢ Comunidade Europeia (somatório das anteriores CEE, CECA e EURATOM), recetora das competências nacionais transferidas e na qual domina o "método comunitário".

➢ Política Externa e de Justiça e Assuntos Internos (JAI)

➢ Segurança Comum (PESC)

As instituições comunitárias são:

• O Conselho da União Europeia, que representa os Governos dos Estados - membros que procuram definir a política global;

• A Comissão Europeia, um órgão politicamente independente que representa o denominado interesse comunitário;

• O Parlamento Europeu, que representa os cidadãos de todos os Estados - membros;

• O Tribunal de Justiça, que é responsável por fazer cumprir os Tratados;

• O Banco Central Europeu tem por função garantir a estabilidade dos preços;

• Tribunal de Contas, verifica se os fundos da UE são utilizados de uma forma legal;

• Banco Europeu de Investimento, empresta dinheiro para projetos de interesse europeu;

Foi em 1987 que o Ato Único Europeu entrou em vigor, com o objetivo de permitir a realização do mercado interno europeu (espaço de livre circulação de pessoas, capitais, mercadorias e serviços) até 31 de Dezembro

de 1992

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• Comité Económico e Social Europeu é um organismo consultivo, chamado a

pronunciar-se sobre propostas de decisão da UE relativas a emprego, despesas sociais, formação profissional, etc.

• Comité das Regiões é consultado antes da tomada de decisões da UE, que tenham um impacto direto a nível local ou regional.

Podemos distinguir quatro tipos de atos jurídicos comunitários:

- regulamentos: tem origem na Comissão ou no conselho europeu e é o ato mais importante, pois impõe - se, direta e imediatamente, a casa país-membro

- diretiva: geralmente emitida pelo conselho de Ministros, impõe-se aos Estados, os quais a devem integrar na sua legislação nacional;

- decisão: é um ato individual obrigatório que respeita a um Estado, empresa ou particular;

- recomendação: é um ato que não cria obrigações jurídicas para o seu destinatário.

União Económica e Monetária

A União Económica e Monetária europeia (UEM) foi conseguida através de um processo delineado em etapas de integração económica que se caracterizou pela adoção de uma moeda única (euro) para os Estados-membros e a elaboração e execução de uma política monetária definida pelo BCE (Banco Central Europeu).

Critério de Convergência

• Défice e Dívida Pública - défice orçamental ≤ 3% do PIB; Dívida Pública ≤60% do PIB

• Estabilidade dos preços - inflação não deve ultrapassar em mais de 1,5 pontos a média dos três melhores países nessa matéria.

• Taxas de juro - taxa de juro a longo prazo não pode exceder em mais de 2 pontos as taxas médias dos três melhores países e manutenção de uma margem de flutuação de 2,25%

Uma união económica e monetária carateriza-se pela existência, entre vários Estados, de políticas económicas concertadas, de uma política monetária única e de um balanço central comum emitido numa só moeda. circula livremente uma moeda única e casa país abandona o

poder de emitir a sua própria moeda.

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• Estabilidade monetária - as taxas de câmbio das moedas europeias devem permanecer num intervalo muito estreito durante os dois anos anteriores.

Os benefícios do euro são:

- poupança devido ao uso de apenas uma moeda;

- facilidade em comparar preços, resultando em preços mais baixos;

- pressão sobre as empresas para serem mais eficientes e cortarem nos custos.

Politicas económicas na UEM

Política monetária: definida pelo Banco Central europeu (BCE) e cujo objetivo é a estabilidade dos preços;

Política orçamental: está sob a tutela dos vários Estados-membros da UEM e condicionada pelo PEC (Pacto de Estabilidade e Crescimento).

Alargamento da União Europeia

Vantagens do alargamento da UE:

- Crescimento da dimensão do mercado interno (mercado único), aumentado as possibilidades de troca entre particulares e empresas;

- aumento das possibilidades de escolha para particulares e empresas;

- aumento das possibilidades de emprego geradas pela liberdade de circulação de pessoas ao possibilitar que trabalhem e residem no Estado-membro onde trabalham;

- redução das possibilidades de conflito entre os Estados-membros devido à condição de pertença a um mesmo mercado gerador de benefícios mútuos;

- benefício da cidadania da União para os cidadãos, no que toca a certos direitos, como o direito de voto nas eleições europeias, o direito de livremente circular e permanecer nos países aderentes, o direito a ser protegido relativamente a países terceiros, entre outros.

Orçamento comunitário

O orçamento comunitário obedece a diversos princípios, de entre os quais se destacam os seguintes:

- a unidade (o conjunto das receitas e das despesas é reunido num documento único);

Todas as receitas e despesas da UE são objeto de previsões anuais e inscritas no orçamento comunitário.

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- a anualidade (as operações orçamentais referem-se a um exercício anual);

- o equilíbrio (as despesas não devem exceder as receitas).

Nesta matéria, o poder de decisão é partilhado por:

- Conselho - Parlamento

A Comissão tem a função de:

- elaboração da proposta de Orçamento;

- execução do Orçamento (cuja função de verificação cabe ao Tribunal de Contas) Receitas e Despesas Orçamentais

Fundos Estruturais

Exemplos de fundos estruturais:

✓ FEDER - Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional

✓ FSE - Fundo social Europeu

✓ FEOGA - Fundo Europeu de Orientação e Garantia Agrícola

✓ IFOP - Instrumento Financeiro de Orientação da Pesca

Fundo de Coesão

Receitas Orçamentais

- contribuições provenientes do Imposto sobre o Valor

Acrescentado

- contribuições baseadas no PNB de cada interveniente

- imposto e multas aplicadas pela comissão

- direitos aduaneiros derivados das trocas com países terceiros - contribuições sobre as

importações de produtos agrícolas oriundos de países terceiros

Despesas Orçamentais

- despesas relacionadas com o financiamento da PAC

- despesas com os fundos estruturais destinados à modernização das estruturas económicas e sociais

- ações humanitárias e de ajuda ao desenvolvimento

- investigação e desenvolvimento das redes transeuropeias de transportes, entre outras.

- despesas inerentes ao funcionamento das instituições europeias

- Despesas com o alargamento da UE

Os fundos estruturais são instrumentos de cofinanciamento a que os Estados-membros podem candidatar-se para, conjuntamente com os recurso nacionais públicos e privados, apoiar, ao longo de períodos plurianuais

definidos, os esforços nacionais de desenvolvimento, com vista à realização plena da coesão.

O Fundo de Coesão, previsto no Tratado de Maastricht, é um instrumento financeiro criado com o objetivo de reforçar a coesão económica e social dos Estados-membros da União com produto nacional bruto por

habitante inferior a 90% da média comunitária.

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Políticas Comunitárias

As principais políticas comunitárias são:

- políticas agrícolas comum (PAC) - política regional

- política social

Política Agrícola Comum (PAC)

A política agrícola comum (PAC) é da competência da União Europeia (UE) e dos Estados -membros.

A comunidade europeia, tem por finalidade assegurar preços razoáveis aos consumidores europeus e uma remuneração equitativa aos agricultores, nomeadamente mediante a organização comum dos mercados agrícolas e o respeito pelos princípios. Tais como: a unicidade dos preços, solidariedade financeira e preferência comunitária.

Política Regional

A política regional é financiada pelos fundos estruturais e pelo fundo de coesão, que se destinam a modernizar as estruturas económicas e sociais das regiões menos

desenvolvidas.

Política Social

Os objetivos da política social são:

- promoção do emprego

- melhoria das condições de trabalho - proteção social adequada

- diálogo social

- formação dos recursos humanos que permita um nível de emprego elevado e sustentável

- luta contra a exclusão

As políticas comunitárias constituem um conjunto de objetivos e de meios de ação postos ao serviço da União Europeia

Referências

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