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Extinção dos Contratos

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Academic year: 2021

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EXTINÇÃO DO CONTRATO

P A R T E E S P E C I A L

LIVRO I DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES

TÍTULO V DOS CONTRATOS EM GERAL

CAPÍTULO II DA EXTINÇÃO DO CONTRATO SEÇÃO I DO DISTRATO

Art. 472 … 473

SEÇÃO II DA CLÁUSULA RESOLUTIVA Art. 474 … 475

SEÇÃO III DA EXCEÇÃO DE CONTRATO NÃO CUMPRIDO Art. 476 … 477

SEÇÃO IV DA RESOLUÇÃO POR ONEROSIDADE EXCESSIVA Art. 478 … 480

Conceitos: Extinção do contrato, Distrato, Cláusula resolutiva, Exceção de contrato não cumprido, Resolução por onerosidade excessiva, Rescisão, Resilição, Resolução, Distrato, Denúncia, Negligência, Imprudência, Imperícia

Extinção dos Contratos

Formas de extinção dos contratos: Rescisão, Resilição e Resolução;

Rescisão: Ruptura do contrato por lesão ao patrimônio de uma das partes sem possibilidade de restauração do equilíbrio contratual.

Resilição: é a forma de extinção do contrato pela vontade das partes ou pela vontade de uma das partes. Não se confunde com o inadimplemento, pois na resilição inexiste a vontade de dar continuidade ao contrato não constituído em mora. A resilição pode ser bilateral, na forma de distrato (Código Civil, “Art. 472. O distrato faz-se pela mesma forma exigida para o contrato”) ou unilateral, na forma de denúncia (Código Civil, “Art. 473. A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou implicitamente o permita, opera mediante denúncia notificada à outra parte”).

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Resolução: Caracteriza-se pela inexecução das obrigações contratuais, seja de modo culposo, involuntário (motivos alheios e de tal ordem que impedem o cumprimento contratual) ou decorrente da onerosidade excessiva das prestações.

No modo culposo, a resolução deve ser interpretada de forma ampla, abarcando tanto o dolo (intenção), como a culpa stricto sensu (imprudência, negligência e imperícia), quando então a parte poderá optar pela resolução ou cumprimento. Nas duas hipóteses cabe a indenização por perdas e danos (Código Civil, “Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos”.

Modalidades de culpa: negligência, imprudência e imperícia.

Negligência: desatenção ou descuido quando comparado com o comportamento social padrão. Exemplo: dano em decorrência da ausência ou manutenção precária da coisa.

Imprudência: comportamento em flagrante discordância com o socialmente esperado e caracterizado pela violação de regras de conduta. A imprudência representa uma modalidade de culpa mais acentuada que a negligência.

Imperícia: Ausência de aptidão técnica, teórica ou prática na exibição de determinado comportamento. O advogado que comete erro no endereçamento de uma ação não tem perícia no assunto, embora habilitado para exercício da profissão.

Recomendações de leitura:

FERRIANI, Adriano. Os limites da resilição unilateral do contrato e o art. 473 do CC. Disponível em

http://www.migalhas.com.br/Civilizalhas/94,MI150128,101048-Os+limites+da+resilicao+unilateral+do+contrato+e+o+art+473+do+CC. Consulta em 21/09/2017.. “RESUMO: A resilição é uma das formas de extinção do contrato. A resolução é outra forma de

desfazimento contratual. Enquanto a resolução pressupõe causa externa, como perecimento do objeto ou atitude culposa, a resilição opera-se por simples manifestação de vontade de uma das partes, que não tem mais interesse em dar continuidade ao vínculo contratual. A resilição não tem causa externa.”

CARVALHO, William. Breve estudo sobre resolução de contrato. Disponível em

http://www.ccj.adv.br/ccj/2011/03/03/breve-estudo-sobre-resolucao-de-contrato/. Consulta em 21/09/2017. “RESUMO: Muitas das vezes situações supervenientes a assinatura do contrato impedem que o mesmo seja executado. Tem-se, então, a extinção por resolução, resilição ou rescisão.

A resolução cabe nos casos de inexecução por um dos contratantes, classificando-se pela falta de cumprimento ou inadimplemento, mora e cumprimento defeituoso. A inexecução pode ser imputável ou inimputável ao devedor.”

Artigos do Código Civil 2002

Do Distrato

Art. 472. O distrato faz-se pela mesma forma exigida para o contrato.

Art. 473. A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou implicitamente o permita, opera mediante denúncia notificada à outra parte.

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consideráveis para a sua execução, a denúncia unilateral só produzirá efeito depois de transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto dos investimentos.

Da Cláusula Resolutiva

Art. 474. A cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito; a tácita depende de interpelação judicial. Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos.

Da Exceção de Contrato não Cumprido

Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro.

Art. 477. Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes contratantes diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à prestação que lhe incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou dê garantia bastante de satisfazê-la.

Da Resolução por Onerosidade Excessiva

Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos

extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação.

Art. 479. A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar equitativamente as condições do contrato.

Art. 480. Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes, poderá ela pleitear que a sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo de executá-la, a fim de evitar a onerosidade excessiva. Exercício Prático

O exercício consiste na comparação entre a sentença abaixo, reproduzida do portal do Tribunal de Justiça de São Paulo, e exercícios extraídos de concursos públicos.

A reprodução das questões segue a Lei de Direitos Autorais (Lei 9.610/1998), em especial os incisos III e VIII do artigo 46:

"Art. 46. Não constitui ofensa aos direitos autorais: (...)

III - a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o nome do autor e a origem da obra; (...)

VIII - a reprodução, em quaisquer obras, de pequenos trechos de obras preexistentes, de qualquer natureza, ou de obra integral, quando de artes plásticas, sempre que a reprodução em si não seja o objetivo principal da obra nova e que não prejudique a exploração normal da obra reproduzida nem cause um prejuízo injustificado aos legítimos interesses dos autores."

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Processo Digital nº: 1018727-68.2016.8.26.0506

Classe – Assunto Procedimento Comum – Espécies de Contratos Requerente: Andre Luis Moreira dos Reis

Requerido: Banco Santander Justiça Gratuita

Juiz(a) de Direito: Dr(a). Alexandre Gonzaga Baptista dos Santos Vistos.

Cuida-se de ação declaratória de inexistência de débito com indenização por danos morais e pedido de antecipação dos efeitos da tutela movida por André Luis Moreira dos Reis contra Banco Santander, ambos qualificados nos autos.

Aduz o autor, em síntese, que: a) foi surpreendido com a negativação de seu nome pelo requerido, advindo de um contrato de nº200216521, no valor de R$8.615,08 (oito mil, seiscentos e quinze reais e oito centavos); b) desconhece o referido contrato e a origem da dívida; c) requer a concessão de tutela antecipada para determinar que o requerido exclua o nome do autor junto ao cadastro dos órgãos de proteção ao crédito; d) requer a declaração de inexistência do débito e a condenação do requerido ao pagamento de indenização por danos morais no equivalente a doze salários mínimos. Juntou documentos (fls.20/27).

Liminar deferida a fl.28.

Citado (fl.78), o requerido apresentou contestação a fls.31/50, alegando, em resumo: a) o contrato descrito na inicial consiste em um financiamento contratado pela genitora do requerente, no qual este figura como avalista; b) em virtude do inadimplemento da genitora, ao autor incumbe o pagamento do débito existente; c) ausência de danos morais; d) requer a improcedência da ação. Juntou documentos (fls.51/72).

É o relatório, em síntese. DECIDO.

A lide comporta julgamento antecipado por versar questão de mérito unicamente de direito, dispensando produção de provas em audiência, nos termos do art. 330, inciso I, do Código de Processo Civil.

No mérito, a ação é improcedente.

Aduz o autor que foi surpreendido com a negativação de seu nome pelo requerido, advindo de um contrato de nº200216521, no valor de R$8.615,08 (oito mil, seiscentos e quinze reais e oito centavos), mas desconhece o referido contrato e a origem da dívida. Da análise dos documentos acostados nos autos conclui-se que o contrato descrito na inicial (fls.62/68) consiste em um financiamento contratado pela genitora do autor, no qual este figura como avalista da dívida.

No entanto, sua genitora efetuou o pagamento apenas de 13 (treze) parcelas das 48 (quarenta e oito), motivo pelo qual o requerente foi cobrado a efetuar o pagamento da dívida.

Assim, sendo legítima a pretensão do banco exequente e líquida a dívida, resta analisar a responsabilidade do autor.

Há que se distinguir a figura do fiador daquela do avalista, que se configura no caso em tela. Não há que se falar em benefício de ordem no aval de título de crédito, uma vez que os avalistas respondem solidariamente, sendo faculdade do autor exequente a forma de

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cobrança.

O vencimento antecipado da dívida com o inadimplemento foi acordado entre as partes, conforme consta no documento de fls.62/68, tratando-se de cláusula válida,

correspondente à cláusula resolutiva protegida pelos arts. 122 e 474 do Código Civil. Portanto, caracterizada a responsabilidade do autor ao pagamento do valor negativado pelo requerido, não há que se falar em declaração de inexistência de débito, tampouco em exclusão do nome do autor junto aos órgãos de proteção ao crédito, sendo caso de revogação da liminar deferida a fl.28.

Logo, o autor não sofreu qualquer prejuízo de ordem moral com a negativação de seu nome, visto que encontra-se inadimplente com sua obrigação contratual estabelecida no documento de fl.67.

Posto isso, JULGO IMPROCEDENTE a ação declaratória de inexistência de débito com indenização por danos morais e pedido de antecipação dos efeitos da tutela movida por André Luis Moreira dos Reis contra Banco Santander e revogo a liminar de fl.28.

Arcará o vencido com o ônus da sucumbência, ou seja, custas e despesas processuais, além de honorários advocatícios que fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa, atualizado, observando-se o artigo 98, §3º do CPC.

P.I.C.

Ribeirão Preto, 21 de setembro de 2017. Questões extraídas de concursos públicos

Concurso: OAB Paraná – 3º Exame de Ordem de 2004

Ano: 2004

Caderno: Prova objetiva

Questão: 15

Aplicação: Disponível em:

Assinale a alternativa correta: Sobre a boa-fé objetiva

A) A boa-fé objetiva é o estado de ignorância quanto ao vício que se apresenta em uma dada situação jurídica; B) A liberdade contratual, no Direito Civil brasileiro, é tendencialmente ilimitada, uma vez que, em atenção aos direitos individuais, sobretudo a livre iniciativa, não há limites de ordem pública ao seu exercício e à sua conformação;

C) A regra de que quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, em que a interpretação será sempre a mais favorável ao aderente, é aplicável apenas às relações de consumo;

D) A teoria da imprevisão somente pode ser aplicada para a revisão de contratos em que a onerosidade excessiva é decorrente de causa superveniente à celebração do contrato, sendo inaplicável a referida teoria no que tange cláusulas que, no momento da celebração do contrato, já se apresentam como flagrantemente abusivas.

A boa-fé objetiva é um princípio que impõe às partes na execução dos contratos uma atuação pautada nos deveres de honestidade, lealdade e informação, como estabelecem o artigo 422 do Código Civil (“Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé”) e artigo 4º, inciso III, do Código de Defesa do Consumidor (“Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: III – harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição

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Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores”).

Observe a aplicação do princípio no Acórdão n.907278, 20120111976286APC, Relator: CRUZ MACEDO, Revisor: FERNANDO HABIBE, 4ª TURMA CÍVEL, Data de Julgamento: 18/11/2015, Publicado no DJE: 24/11/2015. Pág.: 238) "Depreende-se nos autos que as partes celebraram o contrato de empréstimo para pagamento mediante desconto consignado em folha de fls. 11/13 no importe de R$ 18.395,77 (dezoito mil trezentos e noventa e cinco reais e setenta e sete centavos) a serem pagos em 60 (sessenta) parcelas de R$ 543,26

(quinhentos e quarenta e três reais e vinte e seis centavos), das quais somente as duas primeiras foram adimplidas pelo devedor, ora apelante.

Encerrada a fase instrutória, o douto Juízo de conhecimento, em escorreita decisão, julgou procedentes os pedidos formulados pelo autor e condenou o réu ao pagamento do débito decorrente do contrato com os respectivos acréscimos contratuais.

Inconformado, apela o réu alegando, em suma, que não foi o culpado pela suspensão dos descontos em sua folha de pagamento e que não foi devidamente notificado pela instituição financeira credora.

No entanto, em que pesem os argumentos expendidos, o recurso não comporta provimento.

O princípio da boa-fé objetiva, que rege as relações contratuais, inclusive as de consumo, impõe às partes uma atuação pautada nos deveres de honestidade, lealdade e informação, consoante estabelecem o artigo 422 do Código Civil e artigo 4º, inciso III, do CDC.

Nesses termos, cabia ao devedor em percebendo a suspensão dos descontos em seu contracheque procurar

imediatamente a instituição financeira para regularizar os pagamentos e não simplesmente se manter inerte, beneficiando-se após ter sido contemplado com a disponibilização do numerário contratado." (sem grifos no

original).

1) Considerando a sentença apresentada, o exercício extraído do Exame de Ordem do Paraná e o texto sobre boa-fé objetiva, correlacione logicamente a afirmação “A boa-fé objetiva é o estado de ignorância quanto ao vício que se apresenta em uma dada situação jurídica” com a fundamentação da sentença. 2) Considerando a sentença apresentada, o exercício extraído do Exame de Ordem do Paraná e o texto sobre boa-fé objetiva, correlacione logicamente a afirmação “A liberdade contratual, no Direito Civil brasileiro, é tendencialmente ilimitada, uma vez que, em atenção aos direitos individuais, sobretudo a livre iniciativa, não há limites de ordem pública ao seu exercício e à sua conformação” com a fundamentação da sentença.

3) Considerando a sentença apresentada, o exercício extraído do Exame de Ordem do Paraná e o texto sobre boa-fé objetiva, correlacione logicamente a afirmação “A teoria da imprevisão somente pode ser aplicada para a revisão de contratos em que a onerosidade excessiva é decorrente de causa superveniente à celebração do contrato, sendo inaplicável a referida teoria no que tange cláusulas que, no momento da celebração do contrato, já se apresentam como flagrantemente abusivas.” com a fundamentação da sentença.

Concurso: OAB São Paulo – 123º Exame de Ordem

Ano: 2004

Caderno: Prova objetiva – Versão 1

Questão: 24

Aplicação:

Disponível em: http://www.oabsp.org.br/exame-da-ordem/exame-no-123/prova-1a-fase

"A" comprou de "B" uma casa, por escritura pública, pelo preço de R$ 200.000,00, pagando R$ 20.000,00 de sinal. "A" obrigou-se a pagar o restante do preço, ou seja, R$ 180.000,00, com financiamento da Caixa Econômica, a ser obtido no prazo de três meses. Acontece que, após ter sido pago o sinal, referida Caixa fechou sua Carteira de Financiamento, pelo período de um ano, o que impossibilitou o comprador "A" de completar o pagamento do preço. Esse fato, em si:

A) Acarreta a extinção do contrato por resolução.

B) Acarreta a extinção do contrato por resilição unilateral. C) Acarreta a extinção do contrato por rescisão unilateral. D) Não acarreta a extinção do contrato.

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4) Identifique a modalidade de extinção de contrato presente nos fatos narrados na sentença, justificando-a com fundamento no Código Civil de 2002.

Concurso: UNICAMP – Procurador de Universidade Assistente – Nível I

Ano: 2014

Caderno: Prova objetiva Aplicação: Fundação Vunesp Disponível em:

Assinale a alternativa correta acerca da inexecução das obrigações, conforme as determinações do Código Civil.

A) Nos contratos onerosos, responde cada uma das partes apenas por dolo e não por culpa, salvo as exceções previstas em lei.

B) O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, ainda que expressamente se houver por eles responsabilizado.

C) Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer.

D) A cláusula penal estipulada conjuntamente com a obrigação, ou em ato posterior, só pode referir-se à inexecução completa da obrigação.

E) Para exigir a pena convencional, em qualquer caso, é necessário que o credor alegue prejuízo.

5) “Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer”. Explique, justificadamente, como a afirmação se amolda aos fatos narrados na sentença.

Concurso: Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Norte – Defensor Público Substituto

Ano: 2015

Caderno: Prova objetiva

Questão: 32

Aplicação: CESPE / UnB Disponível em:

http://www.cespe.unb.br/concursos/DPE_RN_15_DEFENSOR/arquivos/208DPERN_001_01.PDF No tocante à extinção dos contratos, assinale a opção correta.

A) Nos contratos bilaterais, o credor pode exigir a realização da obrigação pela outra parte, ainda que não cumpra a integralidade da prestação que lhe caiba.

B) A extinção do contrato decorrente de cláusula resolutiva expressa configura exercício do direito potestativo de uma das partes do contrato de impor à outra sua extinção e depende de interpelação judicial. C) Situação hipotética:

Joaquim, mediante contrato firmado, prestava serviços de contabilidade à empresa de Joana. Joaquim e Joana decidiram encerrar, consensualmente, o pactuado e dar fim à relação contratual. Assertiva:

Nessa situação, configurou-se a resilição do contrato por meio de denúncia de uma das partes.

D) A cláusula resolutiva tácita é causa de extinção contemporânea à celebração ou formação do contrato, e a presença do vício torna o contrato nulo.

E) A resolução do contrato por onerosidade excessiva não se aplica aos contratos de execução instantânea, pois ocorre quando, no momento da efetivação da prestação, esta se torna demasiadamente onerosa para uma das partes, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis.

6) Considere as afirmações presentes, respectivamente, na sentença e no exame público imediatamente acima:

“Aduz o autor que foi surpreendido com a negativação de seu nome pelo requerido, advindo de um contrato de nº200216521, no valor de R$8.615,08 (oito mil, seiscentos e quinze reais e oito centavos), mas

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desconhece o referido contrato e a origem da dívida”.

“A cláusula resolutiva tácita é causa de extinção contemporânea à celebração ou formação do contrato, e a presença do vício torna o contrato nulo”.

Correlacione e analise, com fundamento no Código Civil, as duas afirmações.

7) “A resolução do contrato por onerosidade excessiva (...) ocorre quando, no momento da efetivação da prestação, esta se torna demasiadamente onerosa para uma das partes, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis” (alternativo da questão acima).

Essa afirmação poderia, justificadamente, ser invocada pelo autor a seu favor na sentença acima? Justifique sua resposta.

8) “Há que se distinguir a figura do fiador daquela do avalista, que se configura no caso em tela” (trecho extraído da sentença).

Complete o texto a seguir: “A diferença entre avalista e fiador é que, enquanto o _____ assume responsabilidade subsidiária por todas as cláusulas do contrato, tendo, portanto, natureza contratual, o _____ configura título cambial com garantia pessoal de terceiro pelo valor expresso. Assim, no/ na _____ o devedor é acionado e, mantido o inadimplemento, o _____ é então demandado. Já no/ na _____, o credor pode executar qualquer das partes”.

Referências

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