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Rev. Bras. Reumatol. vol.48 suppl.1

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Academic year: 2018

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20 Rev Bras Reumatol, v. 48, supl. 1, p. 2-25, mar/abr, 2008

D

IRETRIZES

G

UIDELINES

A lombalgia mecânica comum é sempre de tratamento conservador. Se resistente e existindo evidente substrato clinicopatológico para essa evolução atípica, podem ser realizadas infiltrações nas discopatias (Modic tipos I, II ou III), infiltração de pontos dolorosos, infiltração perifacetária, denervação facetária e artrodese do segmento vertebral(58).

O tratamento cirúrgico da hérnia discal está indicado nos casos com déficit neurológico grave agudo (menos de três semanas), com ou sem dor; na lombociatalgia hipe-rálgica e nas outras de menor intensidade, apenas para os pacientes que não melhoram após 90 dias de adequado tratamento clínico. Considerando que possa haver precipi-tação e abusos na indicação de cirurgia para hérnia discal, é importante que haja concordância entre o quadro clínico de compressão radicular e os achados nos exames de imagem, tomando-se cuidado com a possibilidade de existirem diag-nósticos diferenciais que possam simular essa doença.

Nesses casos, discute-se o tempo que se deve aguardar para indicar o tratamento cirúrgico. Alguns autores(59) co-locam que os melhores resultados são os casos operados nos dois primeiros meses de sintoma, período em que

também pode haver melhora espontânea. Nygaard et al.(60)

encontraram piores resultados nos pacientes operados com mais de oito meses de dor irradiada. Sorensen et al.(61) ob-tiveram dados que sugerem que pacientes submetidos com

mais de 16 meses de sintomas têm resultado preditivo pior. Baseando-se na literatura, propõem-se indicar tratamento cirúrgico para hérnia de disco lombar nos pacientes com mais de três meses com dor irradiada e evitar que os sinto-mas passem dos 12 meses. O importante é que nos casos de dor irradiada sem déficit neurológico não há urgência na indicação do tratamento cirúrgico.

Na síndrome da cauda eqüina (alteração de esfíncter, potência sexual e paresia dos membros inferiores), a cirurgia está indicada em caráter emergencial, como também nas lombalgias infecciosas (espondilodiscites) com evolução desfavorável(62,63).

A indicação de cirurgia no canal lombar estreito é feita em caráter individual, caso a caso, na síndrome da cauda eqüina (paresia de membros inferiores, disfunção urinária e sexual), na claudicação neurogênica intermitente incapa-citante e progressiva e na radiculopatia unilateral que não responda a tratamento conservador(64,65).

A cirurgia também está indicada na espondilolise, com espondilolistese e espondilolistese degenerativa, com dor lombar que não melhore com tratamento clínico; escor-regamento vertebral progressivo no jovem (mesmo assin-tomático); lombociatalgia e claudicação neurogênica em razão de canal estreito que não responderam ao protocolo de tratamento conservador(66).

T

RATAMENTO

CIRÚRGICO

Tarcísio Eloy Barros Filho(1), Mario Augusto Taricco(2)

1. Professor Titular do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e Presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).

2. Professor-Associado da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e Coordenador do Grupo de Coluna da Divisão de Neurocirurgia do Hospital das Clínicas da FMUSP.

Endereço para correspondência: Tarcísio Eloy Barros Filho. Rua Edma Jafet, 50, 2o and., cj.21, Bela Vista, 01308-050, São Paulo, SP, e-mail: pebarros@netpoint.com br

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