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Renato Assunção - DCC, UFMG. 01 de Setembro de Considere a BN da Figura 1. Suponha que cada uma das variáveis no DAG seja uma v.a.

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1

a

Prova - PGM

Renato Assun¸c˜

ao - DCC, UFMG

01 de Setembro de 2016

1. Considere a BN da Figura 1. Suponha que cada uma das vari´aveis no DAG seja uma v.a. aleat´oria bin´aria.

Figure 1: Uma BN sem nome. Todas as vari´aveis s˜ao bin´arias.

• Escreva a distribui¸c˜ao conjunta das vari´aveis usando a fatora¸c˜ao induzida pela BN.

• Obtenha a distribui¸c˜ao marginal das vari´aveis (E, B, F ) somando sobre todos os valores das demais vari´aveis.

• A partir da express˜ao obtida no item anterior, responda: ´E verdade que B ⊥⊥ F |E?

Solu¸c˜ao: Vamos denotar as v.a.’s por letras mai´usculas e os seu valores poss´ıveis por letras min´usculas. Assim, pela fatora¸c˜ao induzida pela BN, para uma configura¸c˜ao arbitr´aria (a, b, c, d, e, f, g) do vetor aleat´orio (A, B, C, D, E, F, G) temos a distribui¸c˜ao conjunta P(A = a, B = b, C = c, D = d, E = e, F = f, G = g) dada por

P(A = a)P(C = c)P(E = e)P(B = b|E = e)P(F = f |E = e)P(D = d|A = a, B = b, C = c)P(G = g|D = d, F = f )

A distribui¸c˜ao marginal das vari´aveis (E, B, F ) ´e obtida somando-se sobre os valores das demais vari´aveis. Isto ´e, P(B = b, E = e, F = f ) ´e igual a

(2)

X a,c,d,g

P(A = a, B = b, C = c, D = d, E = e, F = f, G = g) = = X

a,c,d,g

P(A = a)P(C = c)P(E = e)P(B = b|E = e)P(F = f |E = e)P(D = d|A = a, B = b, C = c)P(G = g|D = d, F = f ) = X

a,c,d  

P(A = a)P(C = c)P(E = e)P(B = b|E = e)P(F = f |E = e)P(D = d|A = a, B = b, C = c)       :1 X g P(G = g|D = d, F = f )       =X a,c     

P(A = a)P(C = c)P(E = e)P(B = b|E = e)P(F = f |E = e)        : 1 X d P(D = d|A = a, B = b, C = c)           =X a

P(A = a)P(E = e)P(B = b|E = e)P(F = f |E = e) "   :1 X c P(C = c) #! = P(E = e)P(B = b|E = e)P(F = f |E = e)

"   :1 X a P(A = a) # = P(E = e)P(B = b|E = e)P(F = f |E = e)

A partir da express˜ao acima, vemos que B ⊥⊥ F |E pois a distribui¸c˜ao conjunta das vari´aveis (E, B, F ) ´e escrita como produto de uma fun¸c˜ao apenas de B, E por outra fun¸c˜ao apenas de F, E. Outra maneira simples ´e usar a express˜ao acima no c´alculo da distribui¸c˜ao de B, F |E:

P(B = b, F = f |E = e) = P(B = b, F = f, E = e) P(E = e)

= 



P(E = e)P(B = b|E = e)P(F = f |E = e)



 P(E = e)

pelo resultado acima = P(B = b|E = e)P(F = f |E = e)

que ´e a defini¸c˜ao de B ⊥⊥ F |E.

2. Considere o modelo de filtro de Kalman gaussiano para o robˆo que vimos em sala de aula. Suponha que, num certo instante, a cren¸ca sobre a localiza¸c˜ao exata do robˆo ´e, representada por µ, ´e descrita por uma Gaussiana µ ∼ N (10, σ2

µ = 4). O robˆo faz uma medi¸c˜ao com um sensor igual a y = 14.0

sendo que a variˆancia 1/τy do erro associado com o sensor ´e igual a 1/τy = 2. Assume-se que

a medi¸c˜ao do robˆo segue o seguinte modelo condicional (y|µ) ∼ N (µ, 1/τy = 2). Obtenha a

distribui¸c˜ao de probabilidade atualizada de µ ap´os receber o valor do sensor. Isto ´e, obtenha a distribui¸c˜ao de probabilidade de (µ|y = 4.0).

Solu¸c˜ao: Devemos aplicar a atualiza¸c˜ao bayesiana do filtro de Kalman em um passo. A cren¸ca na posi¸c˜ao inicialdo robˆo ´e representada por uma gaussiana N (m0, 1/τµ) = N (10, 4) e portanto

τµ= 1/4 = 0.25. O sensor tem uma variˆancia 1/τy = 2 e produziu a medi¸c˜ao y = 14.0. Portanto,

aplicando a atualiza¸c˜ao bayesiana, calculamos w = τµ τµ+ τy = 0.25 0.25 + 0.50 = 1 3

e obtemos a distribui¸cˆao para representar a cren¸ca na nova posi¸c˜ao do robˆo, que ´e dada por (µ|y = 14.0) ∼ N (wm0+ (1 − w)y, 1/(τµ+ τy)) = N  1 3 × 10 +  1 −1 3  × 14,4 3  = N 38 3 , 4 3 

3. Continuando com o problema anterior, imagine que o controlador deseja fazer o robˆo deslocar-se para a direita por 2 metros. O controle possui um erro gaussiano ε com variˆancia 1/τd = 1/4 de

forma que o deslocamento real ´e dado por 2 + ε. Obtenha a distribui¸c˜ao de probabilidade da posi¸c˜ao do robˆo ap´os este deslocamento.

(3)

Solu¸c˜ao: Ap´os receber a medi¸c˜ao do sensor e atualizar sua crencca, acredita-se que a descri¸c˜ao sobre a posi¸c˜ao do robˆo est´a representada pela distribui¸c˜ao (µ|y = 14.0) ∼ N 383,43. Somando-se o deslocamento incerto representado por uma gaussiana N (2, 1/taud) = N (2, 1/4) teremos a cren¸ca

sobre a nova posi¸c˜ao dada por

µ ∼ N 38 3 + 2, 4 3 + 1 4  = N (14.67, 1.58)

4. A Figura 2 mostra uma pequena rede bayesiana procurando descrever os sintomas associados com a gripe e pneumonia num paciente. Observe que nenhuma das arestas pode ter sua dire¸c˜ao invertida sem ferir o bom senso. N˜ao parece razo´avel tam´em adicionar nenhuma aresta adicional. Partindo desta BN, fa¸ca as tarefas a seguir:

Figure 2: BN descrevendo os sintomas de gripe e pneumonia.

(a) Usando as regras de probabilidade condicional calcule o valor exato das seguintes probabili-dades:

• P( MY = yes ); • P( FL = yes ); • P( FE = yes );

• P( FL = yes | MY = yes );

• P( TEMP > 37.5, PN = yes , MY = yes ) (use a fatora¸c˜ao da BN) Solu¸c˜ao:

P( MY = yes ) = P( MY = yes | FL = yes )P( FL = yes ) + P( MY = yes | FL = no )P( FL = no ) = 0.95 × 0.1 + 0.20 × 0.9 = 0.275

(4)

Diretamente a partir da BN, temos P( FL = yes ) = 0.1, j´a que FLU ´e um n´o ancestral (sem pais) da BN. P( FE = yes ) = X x,y∈{yes,no} P( FE = yes|FL = x, PN = y)P(FL = x, PN = y) = X x,y P( FE = yes |FL = x, PN = y)P(FL = x)P(PN = y) = 0.95 × 0.1 × 0.05 + 0.80 × 0.9 × 0.05 + 0.88 × 0.1 × 0.95 + 0.001 × 0.9 × 0.95 = 0.1252

P( FL = yes | MY = yes ) = P( FL = yes , MY = yes ) P( MY = yes ) = P( FL = yes , MY = yes )

0.275 pelo item 1

= P( MY = yes | FL = yes )P( FL = yes )

0.275 pelo item 1

= 0.96 × 0.1

0.275 = 0.349

Para calcular P( TEMP > 37.5, PN = yes , MY = yes ) vamos somar as probabilidades P( TEMP > 37.5, PN = yes , MY = yes , FE = a, FLU = b) sobre todos os quatro valores poss´ıveis para a e b. Neste processo, vamos usar a fatora¸c˜ao da BN para escrever a distribui¸c˜ao conjunta das cinco vari´aveis da BN.

Por exemplo, com F E = yes e F U = yes, pela fatora¸c˜ao BN, temos a probabilidade P( TEMP > 37.5, PN = yes , MY = yes , FE = yes, FLU = yes) dada por

P(FLU = y)P(PN = y)P(MY = y|FLU = y)P(FE = y|FLU = y, PN = y)P(TEMP > 37.5|FE = y)

= 0.1 × 0.05 × 0.96 × 0.95 × (1 − 0.1) = 0.004104 De forma an´aloga, calculamos

P( TEMP > 37.5, PN = yes , MY = yes , FE = yes, FLU = no) = (1 − 0.1) × 0.05 × 0.20 × 0.80 × (1 − 0.1) = 0.00648 P( TEMP > 37.5, PN = yes , MY = yes , FE = no, FLU = yes) = 0.1×0.05×0.96×(1−0.95)×(1−0.99) = 2.4 10−6 P( TEMP > 37.5, PN = yes , MY = yes , FE = no, FLU = no) = (1−0.1)×0.05×0.20×(1−0.80)×(1−0.99) = 1.8 10−5

Portanto, P( TEMP > 37.5, PN = yes , MY = yes ) ´e igual a 0.00410+0.00648+0.0000024+ 0.000018 = 0.0106004.

(b) Explique como vocˆe usaria o m´etodo Monte Carlo para gerar uma amostra de N = 10000 instˆancias da rede e a seguir estimar as seguintes probabilidades:

• P( FE = yes ), para a qual vocˆe j´a calculou o valor exato; • P( MY = yes );

• P( TEMP > 37.5, PN = yes );

(5)

Solu¸c˜ao: Vocˆe deve gerar N = 10000 instˆancias do vetor (FLU, PN, MY, FE, TEMP) respeitando a distribui¸c˜ao conjunta da BN. A maneira mais simples ´e gerar uma vari´avel de cada vez seguindo a mesma ordem da BN e condicionando nos valores sucessivos das vari´aveis pais na rede bayesiana. Assim, para gerar uma inst˜ancia do vetor (FLU, PN, MY, FE, TEMP) geramos um valor para FLU jogando uma moeda com proabilidade 0.1 de ocorrer o sucesso [FLU=yes]. Suponha que tenhamos obtido FLU igual a no. A seguir, geramos o evento PN com uma moeda com probabilidade de sucesso 0.05 (na verdade, selecionando um n´umero real U entre 0 e 1: se U < 0.05 ent˜ao ocorreu o evento [PN=yes]. Suponha que PN = yes tenha acontecido.

A seguir, gere um valor, yes ou no, para MY. Para isto, deve-se usar o valor j´a obtido para seu pai FLU. Como tivemos FLU = no, geramos MY com as probabilidades condicionais P(MY = yes|FLU = no) = 0.20 e P(MY = no|FLU = no) = 1 − 0.20 = 0.80. A vari´avel FE ´e gerada usando os valores j´a sele-cionados de FLU = no e PN = yes e a CPT (conditional probbility table) associada com este n´o na BN. Assim, geramos FE com a probabilidade P(FE = yes|FLU = no, PN = yes) = 0.80. Isto ´e, sele-cionando um novo n´umero real V entre 0 e 1: se V < 0.80 ent˜ao ocorreu o evento [FE=yes]. Suponha que [FE = no] tenha acontecido. Geramos a ´ultima vari´avel TEMP baseada no valor j´a simulado para FE. Como ocorreu [FE = no], usamos a probabilidade P(T EM P ≤ 37.5|FE = no) = 0.99. Repetimos o procedimento acima 10 mil vezes independentemente gerando 10 mil inst˜ancias do vetor (FLU, PN, MY, FE, TEMP) seguindo a distribui¸c˜ao de probabilidade especificada na BN. Para estimar as probabilidades:

• P( FE = yes ): calcule a propor¸c˜ao de inst˜ancias (dentre as 10 mil geradas) em que ocorreu o evento [FE = yes].

• P( MY = yes ): como acima, simplesmente calcule a propor¸c˜ao de inst˜ancias (dentre as 10 mil geradas) em que ocorreu o evento [MY = yes].

• P( TEMP > 37.5, PN = yes ): calcule a propor¸c˜ao de inst˜ancias (dentre as 10 mil geradas) em que ocorreu o evento [TEMP > 37.5] e, ao mesmo tempo, o evento [PN = yes].

• P( TEMP > 37.5, PN = yes , MY = yes ): calcule a propor¸c˜ao de inst˜ancias (dentre as 10 mil geradas) em que ocorreu ao memso tempo [TEMP > 37.5], [PN = yes], e [MY = yes].

5. Considerando um vetor aleat´orio (X, Y, Z), n´os definimos que X ´e condicionalmente independente de Y dado o valor da vari´avel aleat´oria Z (ou X ⊥⊥ Y |Z) se

P(X = x|Y = y, Z = z) = P(X = x|Z = z) (1)

Mostre que a igualdade (1) ´e v´alida se, e somente se, ´e v´alida a seguinte propriedade:

P(X = x, Y = y|Z = z) = P(X = x|Z = z)P(Y = y|Z = z) (2)

Solu¸c˜ao: Vamos mostrar que (1) implica (2). Suponha que a probabilidade satisfaz a propriedade (1). Come¸cando com o lado esquerdo de (2), vamos mostrar que podemos chegar ao seu lado esquerdo usando (1). Temos

P(X = x, Y = y|Z = z) = P(X = x, Y = y, Z = z) P(Z = z) = P(X = x|Y = y, Z = z)P(Y = y, Z = z) P(Z = z) = P(X = x|Z = z)P(Y = y, Z = z) P(Z = z) , por (1) = P(X = x|Z = z)P(Y = y|Z = z)  P(Z = z)   P(Z = z)

, por def. de prob. cond. = P(X = x|Z = z)P(Y = y|Z = z)

(6)

Para mostrar que (2) implica (1), come¸camos com o lado esquerdo de (1):

P(X = x|Y = y, Z = z) = P(X = x, Y = y, Z = z) P(Y = y, Z = z)

= P(X = x, Y = y|Z = z)P(Z = z) P(Y = y|Z = z)P(Z = z)

por def. de prob. cond. = P(X = x|Z = z)P(Y = y|Z = z)  P(Z = z) P(Y = y|Z = z)P(Z = z) por (2) = P(X = x|Z = z)(((( (((( P(Y = y|Z = z) (((( (((( P(Y = y|Z = z) = P(X = x|Z = z)

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