PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE GESTÃO E NEGÓCIOS
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS, ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA
DISCIPLINA: ESTRUTURA E ANÁLISE DE CUSTO
CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO TURMA ANO
CSA 1017 4 4º C01-C03 2016/2
INTRODUÇÃO
A questão da determinação dos custos dos produtos e serviços, os esforços para reduzi-los e a consequente tomada de decisão empresarial que torne a empresa mais competitiva há décadas vêm desafiando executivos e acadêmicos.
O tema, contudo, continua em constante evolução, demandando novas técnicas de gestão que exigem o correspondente aperfeiçoamento dos sistemas de custeio. Quando nos primórdios do século passado surgiu a forma tradicional de calcular os custos, pouco se tinha de automatização, e os computadores ainda estavam nascendo.
A determinação dos custos ou das despesas que incidem diretamente nos produtos e por isso mesmo são denominados de diretos teoricamente é simples de ser obtida. O problema surge quando se deseja saber quanto cada produto/serviço consome dos recursos indiretos que existem como suporte às operações.
Esse esforço de custeio, ou seja, de apropriação/alocação dos custos/despesas indiretas aos produtos passa por rateios baseados em volume da contabilidade tradicional de custos por absorção, pelo custeio direto, pelo custeio baseado em atividades (ABC/ABM), pelo custeio meta, passando por outros instrumentos metodológicos como teoria das restrições, custeio kaizen, custeio do ciclo de vida, até os dias atuais, onde uma nova forma de produzir (lean manufacturing – manufatura lean) ganha corpo, e, com ela, o custeio do fluxo de valor. Nele, a causa das distorções, os preocupantes rateios, é praticamente eliminada, pois, em cada um dos fluxos de valor, os custos/despesas (diretos e indiretos) que aí incidem se comportam como se diretos fossem.
Os gerentes reclamam que usam o custo para tomada de decisões em ações como preço, lucratividade do produto ou de terceirização. Assim, nem sempre as companhias podem precificar um produto com base no custo (custo mais lucro). Cada vez mais o preço é fixado pelo que o cliente deseja pagar (custo baseado em valor), estando subordinado, todavia, ao que o mercado estabelece, ou seja, o cliente deseja pagar o preço definido pelas leis do mercado desde que seja igual ou inferior ao preço baseado no valor criado.
Isso não invalida a necessidade de se conhecerem os custos dos produtos ou dos produtos do fluxo de valor. Mesmo porque se o mercado dita o preço, importante conhecer o custo meta limitador das operações, acima do qual o negócio da empresa naquele mercado estará em sérios apuros.
A CONTABILIDADE DE CUSTOS E O CONTROLLER DE CUSTOS
Definição - Contabilidade de Custos é o ramo aplicado da Ciência Contábil que fornece aos
administradores as informações quantitativas (físicas e monetárias) que eles precisam para se
desincumbirem de suas funções de determinação da rentabilidade operacional, de avaliação dos
elementos patrimoniais, do controle das operações, do planejamento e da tomada de decisões tanto
a curto como a longo prazo, tanto decisões operacionais, táticas como estratégicas. Outro conceito
bastante empregado é o ramo aplicado da Contabilidade que coleta, acumula, analisa, interpreta e relata as informações contábeis de uma atividade para os responsáveis pela sua direção. O trabalho da contabilidade de custos deve ser bastante flexível para fornecer informações sob medida para os administradores. Os objetos da contabilidade de custos são de vários tipos: a empresa, os produtos, os serviços, os estoques, os departamentos, as atividades, os processos, os estudos especiais, os planos alternativos, as campanhas e as promoções. O objetivo principal da Contabilidade de custos é produzir informações que atendam às necessidades da administração:
determinação da rentabilidade, controle das operações, planejamento e tomada de decisões. A Contabilidade de Custos é o ramo da Contabilidade que se destina a produzir informações para os diversos níveis gerenciais de uma entidade, como auxílio às funções de determinação de desempenho, de planejamento e controle das operações e de tomada de decisões.
A Contabilidade de Custos coleta, classifica e registra os dados operacionais das diversas atividades da entidade, denominados de dados internos, bem como, algumas vezes, coleta e organiza dados externos.
Os dados coletados podem ser tanto monetários como físicos. Exemplos de dados físicos operacionais:
unidades produzidas,
horas trabalhadas,
quantidade de requisições de materiais e de ordens de produção, entre muitos outros.
Neste ponto, reside uma das grandes potencialidades da Contabilidade de Custos: a combinação de dados monetários e físicos resulta em indicadores gerenciais de grande poder informativo.
Em seguida, a Contabilidade de Custos acumula, organiza, analisa e interpreta os dados operacionais, físicos e os indicadores combinados no sentido de produzir, para os diversos níveis de administração e de operação, relatórios com as informações de custos solicitadas.
Outra particularidade da Contabilidade de Custos é que ela trabalha dados operacionais de vários tipos:
os dados podem ser históricos,
estimados (futuros),
padronizados e
produzidos.