• Nenhum resultado encontrado

CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO TURMA ANO CSA º C01-C /2 INTRODUÇÃO

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO TURMA ANO CSA º C01-C /2 INTRODUÇÃO"

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE GESTÃO E NEGÓCIOS

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS, ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA

DISCIPLINA: ESTRUTURA E ANÁLISE DE CUSTO

CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO TURMA ANO

CSA 1017 4 C01-C03 2016/2

INTRODUÇÃO

A questão da determinação dos custos dos produtos e serviços, os esforços para reduzi-los e a consequente tomada de decisão empresarial que torne a empresa mais competitiva há décadas vêm desafiando executivos e acadêmicos.

O tema, contudo, continua em constante evolução, demandando novas técnicas de gestão que exigem o correspondente aperfeiçoamento dos sistemas de custeio. Quando nos primórdios do século passado surgiu a forma tradicional de calcular os custos, pouco se tinha de automatização, e os computadores ainda estavam nascendo.

A determinação dos custos ou das despesas que incidem diretamente nos produtos e por isso mesmo são denominados de diretos teoricamente é simples de ser obtida. O problema surge quando se deseja saber quanto cada produto/serviço consome dos recursos indiretos que existem como suporte às operações.

Esse esforço de custeio, ou seja, de apropriação/alocação dos custos/despesas indiretas aos produtos passa por rateios baseados em volume da contabilidade tradicional de custos por absorção, pelo custeio direto, pelo custeio baseado em atividades (ABC/ABM), pelo custeio meta, passando por outros instrumentos metodológicos como teoria das restrições, custeio kaizen, custeio do ciclo de vida, até os dias atuais, onde uma nova forma de produzir (lean manufacturing – manufatura lean) ganha corpo, e, com ela, o custeio do fluxo de valor. Nele, a causa das distorções, os preocupantes rateios, é praticamente eliminada, pois, em cada um dos fluxos de valor, os custos/despesas (diretos e indiretos) que aí incidem se comportam como se diretos fossem.

Os gerentes reclamam que usam o custo para tomada de decisões em ações como preço, lucratividade do produto ou de terceirização. Assim, nem sempre as companhias podem precificar um produto com base no custo (custo mais lucro). Cada vez mais o preço é fixado pelo que o cliente deseja pagar (custo baseado em valor), estando subordinado, todavia, ao que o mercado estabelece, ou seja, o cliente deseja pagar o preço definido pelas leis do mercado desde que seja igual ou inferior ao preço baseado no valor criado.

Isso não invalida a necessidade de se conhecerem os custos dos produtos ou dos produtos do fluxo de valor. Mesmo porque se o mercado dita o preço, importante conhecer o custo meta limitador das operações, acima do qual o negócio da empresa naquele mercado estará em sérios apuros.

A CONTABILIDADE DE CUSTOS E O CONTROLLER DE CUSTOS

Definição - Contabilidade de Custos é o ramo aplicado da Ciência Contábil que fornece aos

administradores as informações quantitativas (físicas e monetárias) que eles precisam para se

desincumbirem de suas funções de determinação da rentabilidade operacional, de avaliação dos

elementos patrimoniais, do controle das operações, do planejamento e da tomada de decisões tanto

a curto como a longo prazo, tanto decisões operacionais, táticas como estratégicas. Outro conceito

(2)

bastante empregado é o ramo aplicado da Contabilidade que coleta, acumula, analisa, interpreta e relata as informações contábeis de uma atividade para os responsáveis pela sua direção. O trabalho da contabilidade de custos deve ser bastante flexível para fornecer informações sob medida para os administradores. Os objetos da contabilidade de custos são de vários tipos: a empresa, os produtos, os serviços, os estoques, os departamentos, as atividades, os processos, os estudos especiais, os planos alternativos, as campanhas e as promoções. O objetivo principal da Contabilidade de custos é produzir informações que atendam às necessidades da administração:

determinação da rentabilidade, controle das operações, planejamento e tomada de decisões. A Contabilidade de Custos é o ramo da Contabilidade que se destina a produzir informações para os diversos níveis gerenciais de uma entidade, como auxílio às funções de determinação de desempenho, de planejamento e controle das operações e de tomada de decisões.

A Contabilidade de Custos coleta, classifica e registra os dados operacionais das diversas atividades da entidade, denominados de dados internos, bem como, algumas vezes, coleta e organiza dados externos.

Os dados coletados podem ser tanto monetários como físicos. Exemplos de dados físicos operacionais:

 unidades produzidas,

 horas trabalhadas,

 quantidade de requisições de materiais e de ordens de produção, entre muitos outros.

Neste ponto, reside uma das grandes potencialidades da Contabilidade de Custos: a combinação de dados monetários e físicos resulta em indicadores gerenciais de grande poder informativo.

Em seguida, a Contabilidade de Custos acumula, organiza, analisa e interpreta os dados operacionais, físicos e os indicadores combinados no sentido de produzir, para os diversos níveis de administração e de operação, relatórios com as informações de custos solicitadas.

Outra particularidade da Contabilidade de Custos é que ela trabalha dados operacionais de vários tipos:

 os dados podem ser históricos,

 estimados (futuros),

 padronizados e

 produzidos.

Aqui reside, também, uma das fortes vantagens da Contabilidade de Custos. Ela pode (e deve) fornecer informações de custos diferentes para atender a necessidades gerenciais diferentes. São muitas as necessidades gerenciais. Apenas como forma de atender a uma exigência didática, os estudiosos classificaram as necessidades gerenciais em três grandes grupos:

a) informações que servem para a determinação da rentabilidade e do desempenho das diversas atividades da entidade;

b) informações que auxiliam a gerenciar a planejar, a controlar e administrar o desenvolvimento das operações;

c) informações para a tomada de decisões.

(3)

Nas grandes empresas, principalmente as industriais, o componente Contabilidade de Custos deve ficar subordinado a uma controladoria ou a uma diretoria financeira e terá́, nesse caso, o mesmo nível do componente Contabilidade. Não obstante essa semelhança de níveis, a Contabilidade de Custos deverá trabalhar em sintonia com a Contabilidade, recebendo desta orientação em termos de politicas, diretrizes, critérios e procedimentos. Em muitos casos, deverá

haver perfeita integração e coordenação entre os dois componentes.

O responsável pela Contabilidade de Custos, sendo esta um ramo da ciência contábil, deverá ser um contabilista registrado no Conselho Regional de Contabilidade. Esse procedimento, embora natural, está formalizado na Resolução CFC nº 560/83, que dispõe sobre as prerrogativas profissionais. Não obstante, é, ainda, frequente o emprego de outros profissionais no comando dessa atividade contábil. E, algumas vezes, encontramos antigos operários transformados em especialistas de custos, dirigindo a Contabilidade de Custos, com base em sua experiência no processo industrial e em seu amplo conhecimento das operações da entidade.

Os objetivos da Contabilidade de Custos serão fixados de acordo com as necessidades apresentadas pelos diversos níveis gerenciais. Embora o controller de custos não estabeleça previamente quais são os objetivos de sua atividade, a grande maioria dos estudiosos do assunto os estabelece apenas para atender a exigências de ordem didática, uma classificação de objetivos em três grandes grupos, já́ citados anteriormente. São eles:

(a) o objetivo da determinação da rentabilidade, esta num sentido bem amplo, que considera o desempenho da entidade e de seus componentes em todos os sentidos;

(b) o objetivo que se traduz pelo controle dos custos das operações de cada atividade no sentido de minimizá-lós pela comparação constante entre os dados previamente estabelecidos (como orçamentos, estimações e padrões) e os dados que realmente ocorreram. A procura pela redução de custos deve passar obrigatoriamente pela analise das causas das variações ocorridas. Tais causas sempre são decorrência de disfunções operacionais. O objetivo final é descobrir esses erros, avaliá-lós economicamente e propor medidas corretivas;

(c) o objetivo de fornecer informações, normalmente não recorrentes, aos diversos níveis gerenciais que as solicitam para atender a suas funções de planejamento e de tomada de decisões.

São muitos os objetos da Contabilidade de Custos. Não há uma quantidade determinada.

Os objetos formam o campo de atuação da Contabilidade de Custos. Os objetos mais conhecidos são os seguintes: a entidade, como um todo, seus componentes organizacionais (administrativos e operacionais), os produtos e bens que fabrica para si própria e para venda e os serviços, faturáveis ou não, que realiza. Entretanto, existem muitos outros, de mesma significação. Entre eles podemos citar os estoques, as campanhas, as promoções, os estudos e as atividades especiais, os segmentos de distribuição, as atividades e as operações desde as menores até as maiores, os planos e alternativas operacionais.

Cada um desses objetos, salvo as atividades e operações mais detalhadas, tem um responsável. Isso quer dizer que a direção da entidade, através do processo de delegação, entregou o comando do objeto a uma pessoa que deverá basicamente estabelecer seus objetivos e os controles sobre o atingimento desses objetivos e os custos que deverá praticar. Exemplo:

suponhamos que a Contabilidade de Custos esteja estudando os custos do Departamento de

Recursos Humanos de uma entidade. Esse departamento, portanto, será́ um objeto da

Contabilidade de Custos dentro da ideia que estamos desenvolvendo. Haverá́ um responsável pelo

departamento. O que faz essa pessoa? Estabelece, de acordo com os objetivos maiores da

entidade, seus próprios objetivos, isto é, onde vai chegar ao final de um período. Esses objetivos

(4)

deverão estar bem definidos e até mesmo quantificados. Para realizar o que está prevendo, o responsável (quem está no comando do departamento) terá́ que realizar despesas e será́ auxiliado por outros departamentos da mesma entidade. O controle dessas despesas e desse auxílio será́

feito pelo responsável através das funções de previsão, registro, acumulação, organização, analise, interpretação, tomada de decisões e de medidas corretivas. Na verdade, a esse conjunto de funções, os estudiosos dão o nome de “administração”. Onde entra a Contabilidade de Custos? A Contabilidade de Custos, em virtude de sua competência e por ser, junto com a Contabilidade, o maior e mais completo banco de dados existente dentro da entidade, fará o registro, a acumulação e a organização dos dados, transformando-os em informações e, em conjunto com o usuário (o responsável pelo Departamento de Recursos Humanos), realizará as previsões, a analise e a interpretação das informações. De acordo com as informações recebidas, o responsável pelo Departamento de Recursos Humanos tomará as medidas que julgar corretas para a correção de rumos e que, adicionalmente, se necessário, formarão a base para a tomada de decisões econômicas. O que acontece com o Departamento de Recursos Humanos acontece, do mesmo modo, com qualquer objeto da Contabilidade de Custos.

De acordo com as necessidades gerenciais, apresentadas pelos diversos níveis gerenciais, a Contabilidade de Custos vai-se organizar em termos de sistemas de acumulação de dados, de critérios de avaliação e de apropriação dos custos a seus portadores (componentes organizacionais, atividades e operações, serviços e produtos e outros objetos do custeio), para produzir relatórios que satisfaçam às exigências dos diversos usuários.

Para as finalidades de Contabilidade de Custos, os sistemas são o conjunto coordenado de órgãos, pessoas, procedimentos, critérios de avaliação e de apropriação, conceitos, princípios, objetivos, fluxos e relatórios, que vai coletar os dados de diversas fontes e transformá-los em informações.

A Contabilidade de Custos, diante das necessidades gerenciais apresentadas pelos diversos objetos (entidade, produtos, serviços, componentes organizacionais etc.), prepara relatórios que contem os tipos de custos que vão atender às exigências de seus usuários. Portanto, a Contabilidade de Custos, ao tratar os custos de modo diferente, cria tipos de custos diferentes. O controller olha os custos de modo diferente, dependendo da necessidade gerencial a que quer atender. Uma das formas mais empregadas, que talvez seja o fundamento da Contabilidade de Custos para muitos estudiosos, é baseada no “princípio da causação”, ou seja, a preocupação em atribuir os custos a seus portadores finais. Isso significa que os custos serão classificados em diretos e indiretos, dependendo da dificuldade existente para sua apropriação. Outra forma de olhar os custos é verificar sua variabilidade diante de uma variável operacional, normalmente física, que represente a atividade desenvolvida pelo objeto do custeio. Se olharmos os custos, por outro lado, pela ótica de sua relevância, teremos novos tipos de custos. É preciso, para tanto, estabelecer, com clareza, as condições necessárias para que um custo seja relevante.

Os exemplos mais comuns são os custos de oportunidade e os custos imputáveis.

Atualmente, em virtude da preocupação cada vez maior pela qualidade total, aparecem os custos da qualidade. Alguns são “produzidos”.

O controller de custos na verdade é um especialista da informação. Tanto é assim que a Contabilidade de Custos, como, também, a própria Contabilidade Geral, são consideradas componentes de um sistema mais amplo de informações.

Desse modo, o controller de custos, antes mesmo de desenvolver sua atividade, deverá

conhecer o processo produtivo e as relações entre os diversos setores da entidade. O processo

produtivo deve ser olhado de modo global inicialmente. Ele vai desde o planejamento da produção,

(5)

considerando planilhas e orçamentos, até a expedição dos produtos para os clientes, passando por todas as fases de controle. É preciso que o controlador de custos conheça muito bem o que acontece dentro do ambiente ou do campo de atuação da Contabilidade de Custos. Deve conhecer o como e o porquê de cada atividade. Deve ter visão clara do ciclo operacional. Muitas vezes, é

recomendável que o controlador de custos, antes de começar a trabalhar, faça um estágio nos diversos componentes operacionais e administrativos da entidade para entender melhor as atividades.

Por outro lado, e seguindo a mesma lógica exposta no parágrafo anterior, o controlador de custos deverá desenvolver ações para familiarizar os usuários da Contabilidade de Custos com princípios, critérios e procedimentos básicos contábeis. Normalmente, esses usuários não se utilizam de modo adequado das informações contábeis porque desconhecem como elas são organizadas e suas verdadeiras potencialidades.

A Contabilidade de Custos, em algumas decisões, utiliza-se de instrumentos matemáticos e estatísticos que tornam mais úteis e exatas as informações produzidas. O controlador de custos deve estar familiarizado com essas técnicas, pelo menos para poder entender-se com os especialistas nesses assuntos, quando eles são chamados para ajudar na solução de problemas, na manipulação de dados coletados e na preparação de informações, sempre que as técnicas matemáticas e estatísticas sejam necessárias.

Os sistemas de custeio são estabelecidos em conformidade com as necessidades dos usuários e segundo a natureza das operações e das atividades da entidade. O controlador de custos deverá, em conjunto com o usuário, analisar qual o melhor sistema a ser implantado. Os sistemas permitirão a acumulação dos custos por objeto de custeio e atenderão, através do fornecimento de informações específicas, às diversas necessidades gerenciais. Os objetivos da Contabilidade de Custos na verdade serão os objetivos dos diversos tipos de usuários. Tais usuários, serão os responsáveis pelos objetos do custeio ou, em alguns casos, serão os usuários externos à entidade.

Um dos usuários externos mais conhecidos e que vem desde muito tempo influenciando e dando contornos exclusivos ao trabalho da Contabilidade de Custos é o governo. Essa influência é tão marcante que a maioria das pessoas que não conhece as verdadeiras finalidades da Contabilidade de Custos (e também da Contabilidade Geral) pensa que o controller de custos somente desenvolve seu trabalho para atender ao governo. Na grande maioria das entidades, ele, em harmonia com o contador geral, implanta exclusivamente sistemas de acumulação de custos para fornecer as informações solicitadas pelo governo, principalmente na área fiscal. O governo, no entanto, é

apenas mais um usuário. E não deve ser considerado o mais importante; na verdade, o conjunto dos usuários internos que administra a entidade é que será o mais importante e para ele é que o controlador de custos deverá implantar seus sistemas de custeio.

DEFINIÇÕES

Gasto (expenditure) – sacrifício, normalmente em moeda, que a entidade faz para a obtenção de

um produto ou serviço; o sacrifício pode ser a entrega de numerário ou a assunção de um

(6)

compromisso de pagar em data posterior; o gasto nessa fase é sempre um fenômeno financeiro.

Os gastos podem ser de dois tipos: gastos de investimento (gastos desembolsados ou compromissados na compra de objetos e serviços que vão proporcionar benefícios por mais de um ano) e gastos de consumo (gastos realizados para a compra de objetos – ou serviços – que serão consumidos em período menor do que um ano); em seguida, os gastos serão classificados como custos/despesas, principalmente no caso de gastos de consumo. Os gastos, que serão classificadas como custos, destinam-se à fabricação de um produto ou à realização de um serviço; aqueles não identificados com um produto ou um serviço são consideradas como destinadas à produção de receitas e serão definidas como despesas do período.

Custos (costs) – representam os consumos de recursos feitos por alguém com a finalidade de produzir ou realizar produtos ou serviços. A palavra custos isolada não significa muita coisa para os analistas. É preciso que haja uma qualificação qualquer. Por exemplo: custos diretos, custos apropriados, custos fixos, custos desembolsados, custos controláveis, custos-padrão, custos afundados (sunk costs), custos de oportunidade (opportunity costs), custos imputados (imputed costs), custo de vendas, custos comerciais e custos administrativos, entre outros. É o valor dos fatores de produção consumidos pelas empresas nas atividades de fabricação e de distribuição. Os custos incluem os gastos assumidos ou desembolsados. Os custos podem também incluir, para as finalidades de análises especiais, os gastos imputados (não desembolsáveis) ou implícitos que se originam do uso dos recursos próprios da empresa. Por exemplo: o aluguel estimado do prédio próprio da empresa e os juros do capital próprio da empresa. São os sacrifícios que alguma pessoa faz para adquirir um objeto qualquer ou para atingir algum objetivo. O custo pode ser entendido, ainda, como o gasto relacionado a um bem ou serviço utilizado para a produção de outros bens e serviços. Nesta acepção, o termo custo refere-se ao valor monetário do consumo de qualquer fator de produção utilizado na consecução de um bem ou serviço. É o valor dos fatores de produção consumidos pelas empresas nas atividades de fabricação e de distribuição.

Custo unitário (unit cost) – é o custo de uma unidade produzida; é o resultado da divisão do somatório dos custos de produção de um período pela quantidade de produtos fabricada nesse período. O custo unitário também é denominado de “custo médio”. Ele é o resultado de uma simples operação. Divide-se o total de um custo, ou dos custos, relacionados a determinado período ou a um processo ou atividade, pelo volume de produção (que pode ser medido em unidades produzidas ou qualquer outra que a Contabilidade achar mais útil e mais sintonizada com as finalidades do estudo). Suponha que, numa fábrica que produziu por encomenda 1.000 válvulas, o custo total acumulado no cartão de custo tenha sido de $ 120.000. O custo unitário dessa produção será ($

120.000/1.000 válvulas) de $ 120,00 por válvula. Os contadores de custos devem estar atentos às desvantagens do uso do custo unitário em suas análises. Esses cuidados estão manifestados no livro de Charles T. Horngren e outros, “Contabilidade de Custos”, LTC Editora, 2000.

Custo direto (direct cost) – é o custo que pode ser facilmente identificado ao objeto que está sendo custeado. Esse objeto pode ser a empresa, um produto, um processo, uma atividade, um serviço, um departamento, um programa, uma promoção, um cliente, um fornecedor e muitos outros. Não há relação definitiva entre a diretibilidade de um custo e sua variabilidade. São dois conceitos distintos. Um recurso pode ser diretamente identificado com uma atividade: o consumo do recurso será um custo direto para a atividade. Entretanto, esse custo (ou seja, o consumo ou a aplicação do recurso) pode não ser variável em relação a alguma variável inerente à atividade e que está

sendo tomada como referência. Muitos autores definem o custo direto como aquele que é facilmente

identificado com a unidade do produto. Essa definição, no entanto, apesar de correta, não abrange

todos os casos como qualquer definição que se preza o faz. Assim, fica mais exato e compreensivo

dizer que o “custo direto” é aquele que é facilmente identificado com o objeto cujo custo total

estamos querendo determinar. Desse modo, numa escola, quando o diretor quer determinar quanto

(7)

está lhe custando operar a secretaria, o salário (mais encargos) da secretária será um custo direto porque ele é facilmente identificado como objeto do custeio: a secretaria. No entanto, se o diretor desejasse que o contador de custos determinasse o custo de um curso que o colégio vem mantendo, o salário (mais os encargos) da secretária seria considerado indireto, porque o objeto do custeio mudou, mas o salário continuou o mesmo. Nesse caso, o salário (mais os encargos), pela sua grande dificuldade de identificação com os cursos que o colégio vem mantendo, será um custo indireto em relação a esses objetos do custeio. Normalmente, no processo produtivo os materiais relevantes que entram na composição dos produtos são considerados como custos diretos quando nós estamos desejando calcular os custos totais dos produtos. O mesmo acontece com a mão-de- obra diretamente envolvida na fabricação dos produtos, quando o seu valor for considerado relevante.

Custos indiretos (indirect costs) – é todo o custo que não pode ser identificado facilmente com uma unidade de produto. Essa definição, bem como a definição de custos diretos (direct costs), apresentada pelos autores, estão corretas, mas não são compreensivas, isto é, não são abrangentes. Um custo é indireto quando não pode ser identificado diretamente aos seus portadores finais, isto é, aos objetos que consomem os recursos ou às atividades que geraram esses custos.

Em suma: o custo é indireto quando não pode ser facilmente debitado ao objeto, cujos custos estamos querendo calcular. Em relação a esse objeto, alguns custos serão diretos e outros serão indiretos. Os custos indiretos em sua grande maioria são custos comuns a dois ou mais objetos do custeio; portanto, a dificuldade de identificá-los faz com que os contadores de custos usem rateios, tornando imprecisos os custos totais desses objetos. “Custos indiretos de fabricação” é a denominação que se dá ao conjunto de todas as despesas e custos indiretos relacionados à área industrial e que não podem ser identificados aos objetos do custeio, no caso os processos, os serviços, as atividades e os produtos, salvo se a administração estiver disposta a oferecer recursos materiais, humanos e de tempo para estabelecer instrumentos sofisticados para determinar uma identificação mais precisa.

Custo fixo (fixed cost) – é o custo que não se modifica com as mudanças da variável tomada como referência. Vamos tomar como exemplo o corpo de bombeiros do município de Quixeráquenquen.

A corporação tem um custo fixo – que representa a prontidão. Esse custo, qualquer que seja a atividade, dentro de determinado período, por exemplo, um mês, não se altera. Estamos tomando como variável o montante de atividades. Em relação a esse marco referencial, os custos de prontidão do corpo de bombeiros não se modificam. Entretanto, se mudarmos o marco de referência, pode ser que os custos de prontidão se modifiquem. Exemplo: se aumentarmos o contingente e os equipamentos, os custos de prontidão certamente se modificarão no total, passando para outro patamar. Nesse caso particular, os custos permanecerão fixos diante das atividades, embora ocupando outro nível no total. Vejamos outro exemplo. A máquina A tem depreciação anual de $ 2.000, não importa quantas horas trabalhe, pois o cálculo do montante depreciado é feito pelo método do Imposto de Renda, também chamado de método da linha reta.

Nesse caso, a depreciação é um custo fixo. No entanto, se mudarmos o método de cálculo, passando a afirmar que o desgaste da máquina se dá em relação ao número de horas trabalhadas, então teremos um custo variável em relação a essas horas. Para a economia, é o gasto com qualquer fator fixo de produção.

Custos variáveis (variable costs) – é o custo que muda segundo a variação de uma medida tomada

como referência. Essa medida é chamada hoje de “direcionador de custos”. Anteriormente era

denominada de “fator governante” (segundo o estudioso americano Gordon Shillinglaw). Um

exemplo bem simples mostra o que podem ser os custos variáveis: suponha que estejamos

medindo a variabilidade dos custos de material de um produto qualquer; sabemos que os custos de

material (que são custos variáveis) devem variar de acordo com a variação das quantidades

(8)

produzidas; no caso, as quantidades produzidas são o “direcionador de custos” ou o “fator governante”. São os custos que, no total, variam de acordo com a unidade de medida tomada como variável operacional independente, ou seja, aquela variável que determina os valores do item de custos variáveis. Observem que nos referimos à idéia de que a análise é feita para o total do custo, porque o custo variável é fixo por unidade da variável tomada como base. São os custos de produção que variam diretamente com o número de unidades produzidas, geralmente custo direto da mão-de-obra e os custos diretos de material. São os custos de todos os insumos que a firma aumenta no curto prazo de modo a produzir mais.

Despesa (expense) – a definição mais encontrada nos textos técnicos é a que encara as despesas

como a valorização monetária do consumo de recursos que é feito para a obtenção de receitas ou

de algum benefício. Essa definição é muito importante para esclarecer a diferença entre gastos,

custos, despesas e perdas. É o gasto desembolsado ou assumido por uma entidade para a compra

de serviços ou bens que serão utilizados no curso normal das operações. Segundo alguns

estudiosos, quando os gastos são destinados a operações de fabricação, eles são considerados

como “custos”. As despesas são decorrentes dos gastos que a empresa realiza; os gastos são

classificados em gastos de investimentos e gastos de consumo; os gastos de consumo são as

despesas, no sentido de que todas elas se destinam à obtenção de receita; quando as despesas

são direcionadas para a fabricação ou para a realização de um serviço ou mesmo para o custeio

de um objeto qualquer, a despesa será classificada como “custo de fabricação ou produção”, “custo

dos serviços” ou “custo do objeto”, respectivamente.

Referências

Documentos relacionados

CONVOCAÇÃO PARA MATRÍCULA EM 3ª CHAMADA E CONVOCAÇÃO PARA ENTREGA DA DOCUMENTAÇÃO PARA COMPROVAÇÃO DA RESERVA DE VAGA REFERENTE AO EDITAL Nº 021/RIFB, DE 27 DE MAIO DE

O problema norteador da presente pesquisa envolve a análise um determinado conjunto de ativos e seus parâmetros, tais como retornos esperados, riscos individuais,

1.1.1 Hipótese A hipótese deste trabalho é que um Ambiente Virtual de Aprendizagem customizado pode ser empregado como ferramenta de apoio à Aprendizagem Baseada em Projetos, desde

• Critérios para a determinação da potência mínima de iluminação: • Para recintos com área ≤ 6m2, atribuir um mínimo de 100W;. • Para recintos com área > 6m2, atribuir

O valor da reputação dos pseudônimos é igual a 0,8 devido aos fal- sos positivos do mecanismo auxiliar, que acabam por fazer com que a reputação mesmo dos usuários que enviam

Σε μια χαρακτηριστική έρευνα, οι ερευνητές ζήτησαν από μια ομάδα ατόμων να αξιολογήσουμε μερικούς δημόσιους ομιλητές ως προς την πειστικότητά τους

A paralelização deste laço pode alterar a semântica do programa por violar a condição 2' (das leituras retornarem o valor original). Estes exemplos mostram claramente que a

Hora de alarme (horas e minutos) e cidade “AM”/“PM” na indicação em 12 horas Indicador do modo e “on”/“off” (Marca de alarme e marca de sinal horário) Modo CRONÓGRAFO