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Sumário. 1. Frase, oração e período Termos essenciais da oração Sujeito Predicado... 8

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Academic year: 2021

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Sumário

1. Frase, oração e período ... 2

2. Termos essenciais da oração ... 4

2.1. Sujeito ... 4

2.2. Predicado ... 8

3. Termos integrantes da oração ... 10

3.1. Complemento verbal ... 10

3.2. Complemento nominal ... 12

3.3. Agente da Passiva ... 13

4. Termos acessórios da oração ... 14

4.1. Adjunto adnominal ... 14

4.2. Adjunto adverbial ... 16

4.3. Aposto ... 17

5. Vocativo ... 18

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1. FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO 2

Você sabe identificar um período? Sabe também diferenciar oração de frase? Veja os exemplos seguintes e responda ao que se pede.

– Bom dia, senhor Miguel! Como vai?

– Eu vou bem, obrigado.

Então, quantas frases, orações e períodos existem no diálogo acima? Se você respondeu “três frases, duas orações e dois períodos” acertou. Se respondeu algo diferente disso, precisa entender que: frase é todo enunciado que possui sentido completo, capaz de transmitir uma informação satisfatória para a situação em que é utilizado .

Assim sendo, na primeira fala existem duas frases: uma é encerrada pelo ponto de exclamação; outra, pelo ponto de interrogação. Na segunda fala, existe apenas um enunciado, isto é, uma frase, que é delimitada pelo ponto.

O conceito de frase é, portanto, bastante abrangente, incluindo desde estruturas linguísticas muito simples até estruturas complexas:

– Ai!

– Durante algum tempo, vivi no Rio de Janeiro.

As frases de maior complexidade normalmente se organizam a partir de um ou

mais verbos. Damos o nome de oração à frase que se organiza ao redor de um

verbo (ou locução verbal).

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No diálogo inicial, o primeiro enunciado ( “Bom dia, senhor Miguel!” ) não caracteriza uma oração, já que nele não há verbo. Ainda na primeira fala, o verbo “ vai ” evidencia a primeira oração.

A segunda fala (“ Eu vou bem, obrigado. ”) se organiza em torno da forma verbal

vou ” e constitui a segunda oração do diálogo.

A frase organizada em orações constitui o período, que pode ser simples (formado apenas por uma oração) ou composto (formado por mais de uma oração).

Atente para o fato de que o final do período é marcado por ponto , ponto de exclamação , ponto de interrogação , e não por vírgula ou ponto e vírgula . Veja os exemplos:

Vive-se um momento social delicado. (período simples, uma só oração).

Ele estuda, trabalha e pratica esporte. (período composto, três orações).

Guarde esses conceitos, principalmente o de período. Ao estudarmos detalhadamente as orações, estabeleceremos distinção entre período composto por coordenação, por subordinação e período misto.

Por enquanto, limitemo-nos aos termos da oração. E só faz sentido falar deles quando estivermos diante de uma oração. O organograma abaixo é uma apresentação sistemática e resumida do que entendemos por termos da oração.

Sentiu a falta do vocativo? É que ele, na verdade, não faz parte desse grupo, isto é, não faz parte da oração, é um termo independente dela. Não fique espantado. Os

Termos da Oração

Essenciais 1 - Sujeito

2 - Predicado

Integrantes 1 – Complemento Verbal 2 – Complemento Nominal 3 – Agente da Passiva

Acessórios 1 – Adjunto Adverbial 2 – Adjunto Adnominal 3 – Aposto

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livros somente o apresentam na mesma seção em que tratam dos termos da oração por uma questão meramente didática. É isso que também farei aqui, principalmente porque, em prova, é comum as bancas examinadoras induzirem os candidatos a confundir o vocativo com o sujeito da oração.

2. TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO

2.1 Sujeito: é o termo do qual se declara alguma coisa; concorda em número e pessoa com o verbo da oração (concordância verbal). Frise-se que só faz sentido falar em sujeito quando estamos lidando com orações, ou seja, quando é possível perceber uma relação entre um determinado termo de uma oração e o verbo dessa mesma oração.

Nós estudamos muito.

José e Maria estudam muito.

Sujeito é uma função substantiva da oração, ou seja, são os substantivos e as palavras de valor substantivo que atuam como núcleos dessa função nas orações da Língua Portuguesa. Observe:

Os cidadãos Todos Ambos Os covardes

Na sequência, temos: substantivo, pronome substantivo, numeral substantivo e adjetivo substantivado exercendo a função de núcleo do sujeito . Também é possível que o sujeito seja representado por uma oração inteira.

Era forçoso que fosse assim.

manifestaram sua insatisfação.

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TIPOS DE SUJEITO

I. Simples

possui apenas um núcleo.

Ex.: Todos aqueles estudantes participaram da manifestação.

II.Oculto, elíptico, implícito, desinencial

é aquele que não está materialmente expresso na oração, mas pode ser identificado pela desinência verbal ou pelo contexto.

Ex.: Ficamos algum tempo sem falar . (o sujeito da oração é “nós”, indicado pela desinência de primeira pessoa do plural “mos”).

“Soropita ali viera; na véspera, lá dormira” . (o contexto nos permite afirmar que o sujeito da forma verbal “dormira” tem sua referência em “Soropita”).

Hoje estudei muito. (o sujeito agora é representado pelo pronome de primeira pessoa do singular “eu”).

“Guilhermina bocejou. Iria adormecer?” (outra vez, o contexto nos auxilia na identificação do sujeito, que tem como referência o termo “Guilhermina”)

III.Composto

possui mais de um núcleo.

Ex.: O professor, a diretora e eu saímos cedo .

O lazer e o esporte conduzem à saúde mental e física.

IV. Indeterminado

é aquele que não se pode ou não se quer determinar, podendo ocorrer de duas maneiras basicamente:

a) colocando-se o verbo na terceira pessoa do plural, sem que haja referência a outro termo anteriormente identificado.

Ex.: Telefonaram para você.

Gritaram muito.

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b) colocando o pronome oblíquo se (como índice de indeterminação do sujeito) junto a verbos de ligação, intransitivos, transitivos indiretos ou transitivos diretos cujos objetos diretos estejam preposicionados; os verbos ficam sempre na terceira pessoa do singular:

Ex.: Ficou-se feliz.

Vive-se bem.

Gosta-se de você.

Bebeu-se do vinho. (caso a preposição fosse retirada – bebeu-se o vinho –, teríamos uma voz passiva sintética com sujeito representado pelo termo “o vinho”).

V.Inexistente ou oração sem sujeito

ocorre quando o fato expresso na oração não pode ser atribuído a nenhum ser, surgindo um dos chamados verbos impessoais, os quais ficam sempre na terceira pessoa do singular (com raríssimas exceções). Observe os seguintes casos:

a) verbos que exprimem fenômenos da natureza: chover , nevar , gear , amanhecer , entardecer etc.

Ex.: Está amanhecendo.

Trovejou violentamente.

ATENÇÃO!

Choveram flores sobre os noivos.

o verbo foi empregado com sentido figurado (conotativo), por isso possui sujeito (simples).

b) utilizando-se o verbo haver no sentido de existir, acontecer, ou indicando

tempo decorrido.

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Ex.: Aqui há alunos estudiosos.

Houve muitas brigas depois do jogo.

Há meses não o via.

ATENÇÃO!

O verbo ter, de acordo com a norma culta, só pode ser empregado na oração quando indicar posse e possuir sujeito. Caso contrário, será substituído pelo verbo haver no sentido de existir.

Ex.: O aluno não teve aula. – correto

Não tem aula. – errado / Não há aula. – correto

c) utilizando-se o verbo fazer exprimindo fenômeno da natureza ou tempo decorrido.

Ex.: Faz muito calor aqui.

Faz anos que não o vejo.

ATENÇÃO!

Fazem dois dias de vida os bebês.

nesse exemplo, o fato expresso na oração foi atribuído ao termo “os bebês”; sendo, pois, sujeito.

d) utilizando-se o verbo ir exprimindo tempo decorrido.

Ex.: Vai para uns quinze anos escrevi uma crônica do Curvelo.

e) utilizando-se o verbo ser indicando distância ou tempo decorrido.

Ex.: Da minha casa à tua são dez quilômetros . É uma hora e trinta minutos. // São duas horas.

Hoje são oito de maio. // Hoje é dia oito de maio.

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predicado sujeito

Observe que a verbo SER concorda com a expressão que indica a distância ou o tempo decorrido.

2.2 Predicado

é tudo aquilo que se declara a respeito do sujeito; em termos práticos, equivale a tudo que é diferente do sujeito e do vocativo, quando este ocorrer.

Ex.: À noite, a temperatura diminuiu.

Observação: em todo predicado necessariamente existe um verbo , que é o que de fato caracteriza uma oração, já que pode haver oração sem sujeito, como você já perceberá.

TIPOS DE PREDICADO

I. Verbal

possui como núcleo um verbo nocional (ou uma locução verbal), isto é, um verbo que exprime ação, acontecimento, fenômeno natural, desejo, atividade mental (são mais conhecidos como verbos transitivos e verbos intransitivos)

Ex.: Ele está correndo.

Eu amo minha esposa.

Precisa-se de professores.

Dei um presente a ela.

II.Nominal

possui como núcleo um nome (adjetivo, substantivo ou outra palavra com

valor substantivo), que desempenha a função de predicativo do sujeito (termo que

caracteriza o sujeito, tendo como intermediário um verbo); seu verbo é não-nocional

(mais conhecido como verbo de ligação).

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Ex.: Ele está cansado.

Você parece um monstro.

A vida é um constante retomar. (note que aqui o verbo “retomar” foi substantivado pela presença do artigo indefinido “um”).

ATENÇÃO!

Verbos podem variar de regime de acordo com o sentido que possuem na oração. Esse é o caso, por exemplo, do verbo ESTAR. Em “Ele está correndo” , o verbo

“está” é auxiliar e integra uma locução verbal indicativa de um processo, uma ação.

Diferente é o seu emprego em “Ele está cansado” , frase em que o mesmo verbo agora é tomado como não nocional, ou de ligação. Na primeira frase, tem-se predicado verbal; na segunda, nominal.

Variação semelhante pode ser observada também nos seguintes exemplos: “A correnteza virou a canoa” e “A lagarta virou borboleta” . No primeiro caso, o verbo

“virou” indica uma ação; é, pois, nocional e núcleo do predicado verbal. Já no segundo, seu valor semântico indica uma mudança de estado; sendo, portanto, não nocional e integrante de predicado nominal cujo núcleo é o termo “borboleta” .

III.Verbo-Nominal

apresenta dois núcleos: um verbo (que será sempre nocional) e um nome (que funcionará como predicativo do sujeito ou do objeto).

Ex.: Os excursionistas voltaram exaustos da caminhada.

O ato foi acusado de ilegal.

Consideramos inaceitável a proposta apresentada.

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3. TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO

3.1 Complemento Verbal

termo que completa o sentido dos verbos transitivos.

I. Objeto Direto (OD)

completa o sentido de um verbo transitivo direto e, normalmente, aparece sem preposição (a preposição não é obrigatória).

Ex.: Quero glória e fama.

Os jornais nada publicaram.

Observações: em alguns casos, o OD vem representado por uma oração (a qual chamamos de oração subordinada substantiva objetiva direta ).

Ex.: Não quero que fiques triste.

Os pronomes oblíquos também representam complementos verbais, porém os pronomes o, a, os, as só funcionam como OD.

Ex.: Comprei-o hoje.

Puseram-na de joelhos.

Irei levar-te de carro.

Às vezes, pode o objeto direto vir regido por preposição (objeto direto preposicionado). São casos especiais de ocorrência. Seja como for, esteja certo de que é a regência do verbo (e não a preposição) que determinará se o complemento é ou não objeto direto. Tome nota dos casos mais frequentes:

a) Com verbos que exprimem sentimentos:

Ex.: Amamos a Deus.

Não amo a ninguém.

b) Para evitar ambiguidade:

Ex.: Ama-se aos pais.

Notadamente aos mais desfavorecidos atingem essas medidas.

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c) Por motivo de ênfase:

Ex.: A médico, confessor e letrado nunca enganes.

Cumpri com a minha palavra.

d) Diante de pronome oblíquo tônico:

Ex.: “Rubião esqueceu a sala, a mulher e a si”.

O novo horário incomoda a mim.

Também pode o OD vir representado, repetidamente, por um pronome oblíquo átono ou tônico. É o que chamamos de objeto direto pleonástico (ODP)

Ex.: Árvore, filho e livro, queria-os perfeitos.

Encontrou-nos a nós.

II.Objeto Indireto (OI)

completa o sentido de um verbo transitivo indireto e, normalmente, aparece preposicionado.

Ex.: Preciso de ajuda.

Duvidava da riqueza da terra.

Observações: Em alguns casos, o OI vem representado por uma oração (a qual chamamos de oração subordinada substantiva objetiva indireta ).

Ex.: Preciso de que me ajude.

Já vimos que os pronomes oblíquos podem representar complementos verbais, porém os pronomes lhe e lhes só funcionam como OI:

Ex.: Dei-lhe o livro.

As noites não lhes trouxeram repouso.

Não me pertencem os seus óculos.

OD ODP

OD ODP

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Semelhantemente ao que acontece com o objeto direto, o objeto indireto pode também ser representado, repetidamente, por um pronome oblíquo átono ou tônico ou por pronome de tratamento (objeto indireto pleonástico):

Ex.: A mim, ensinou-me tudo.

Aos meus escritores, não lhes dava importância.

Quem lhe disse a você que estavam no palheiro?

3.2 Complemento Nominal (CN)

termo que integra ou limita o sentido de um advérbio, adjetivo ou substantivo abstrato; aparece sempre preposicionado e indica o alvo ou o paciente do processo.

Ex.: Agiu favoravelmente a ambos. (o termo em destaque complementa o sentido do advérbio “favoravelmente”).

O fumo é prejudicial à saúde. (o termo em destaque complementa o significado semântico do adjetivo “prejudicial”).

Tenho confiança em ti. (agora, é o substantivo abstrato “confiança” que tem seu valor semântico complementado pelo termo em negrito).

A função de CN é representada por um substantivo ou por qualquer palavra substantivada, conforme se depreende dos exemplos anteriores. Isso quer dizer que essa função sintática também pode ser exercida por uma oração (subordinada substantiva completiva nominal):

Ex.: Estou com vontade de suprimir este capítulo.

A fim de que você se sinta seguro na hora de identificar o CN e não o confundir com o adjunto adnominal (ADJ. ADN.), eis algumas dicas importantes:

I. Todo termo preposicionado que depende de advérbio ou adjetivo é CN.

Ex.: Ela mora perto do curso. (CN)

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II. Substantivo concreto não admite CN.

Ex.: Comprei o livro de Machado de Assis . (ADJ. ADN.)

III. Todo termo que depende de substantivo abstrato será CN se a preposição não for de.

Ex.: A alegria na paz é infinita. (CN)

IV. Caso a preposição seja de , o termo preposicionado será CN quando sofrer a ação (termo paciente, ou o alvo do processo); e será ADJ. ADN. quando praticar a ação (termo que indica o agente ou a origem do processo) ou denotar ideia de posse.

Ex.: A descoberta da vacina foi benéfica. (CN – note que a expressão “da vacina”

indica o que foi descoberto).

A descoberta do cientista foi benéfica. (ADJ. ADN. – agora, o termo “do cientista”

expressa o agente da ação de descobrir).

3.3 Agente da Passiva

termo que, na voz passiva, pratica a ação expressa pelo verbo, a qual é sofrida pelo sujeito.

Ex.: As ruas foram lavadas pelas chuvas.

Mariana era apreciada por todos quantos iam a nossa casa.

Atenção!

Como regra geral, a voz passiva é uma flexão privativa dos verbos TD. Quando você tiver VTD + SE (às vezes, o pronome surge anteposto ao verbo), o pronome será apassivador, e não índice de indeterminação do sujeito.

O termo “agente da passiva” vem sempre introduzido por preposição ( por , per ,

de ).

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A voz passiva sempre apresenta sujeito, o qual é o paciente da ação expressa pelo verbo;

A voz passiva analítica (ou verbal) pode apresentar agente da passiva, mas a sintética (ou pronominal) – como regra geral – não apresenta agente da passiva.

Ex.: Cabral descobriu o Brasil. (voz ativa com sujeito simples: “Cabral”).

O Brasil foi descoberto por Cabral . (voz passiva analítica; o termo destacado é o agente).

Vendem flores. (voz ativa com sujeito indeterminado).

Flores são vendidas . (voz passiva analítica sem agente da passiva).

Vendem-se flores . (voz passiva sintética sem agente da passiva).

Contudo, às vezes somos contrariados pela dinâmica da Língua, que nem sempre se ajusta à rigidez gramatical. Gramáticos como Cegalla (2008, página 356), por exemplo, são bem contundentes quando tratam desse assunto. Ele diz que “Na passiva pronominal [ou sintética] não se declara o agente”. Veja três exemplos que o eminente professor apresenta em sua obra:

Ex.: Nas ruas assobiavam-se as canções dele pelos pedestres. (errado) Nas ruas eram assobiadas as canções dele pelos pedestres. (certo) Assobiavam-se as canções dele nas ruas. (certo)

4. TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO

4.1 Adjunto Adnominal

é termo de valor adjetivo que serve para especificar ou delimitar o significado do substantivo, podendo ser expresso por:

a) adjetivo: Compareceram pessoas interessadas .

b) locução adjetiva: Era um homem de consciência .

c) artigo: O mar era um lago sereno e azul.

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Núc. do OD Núc. do Suj.

Núc. do OD Núc. do Suj.

d) pronome adjetivo: Minha camisa é igual à sua . e) numeral adjetivo: Casara-se havia duas semanas .

f) oração adjetiva: Os cabelos, que eram fartos e lisos, caíram-lhe pelo rosto . Observação: o mesmo substantivo pode vir acompanhado por mais de um adjunto adnominal:

Ex.: As nossas primeiras experiências científicas fracassaram.

Cuidado para você não confundir adjunto adnominal com predicativo do objeto, e vice-versa. Abaixo, separei algumas dicas para facilitá-lo a distinguir um e outro.

Assim como o complemento nominal, o adjunto adnominal também é parte efetiva do mesmo termo que tem o substantivo como núcleo. Basta substituir esse termo por um pronome substantivo e perceber que o adjunto adnominal também desaparece:

Ex.: O novo método facilitou os alunos despreparados.

Ele facilitou-os.

A mesma substituição não pode ser feita para o predicativo do objeto:

Ex.: Sua atitude deixou seus amigos perplexos.

Ela deixou-os perplexos.

AA AA AA AA

Suj. OD

AA AA POD

Suj. OD POD

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4.2 Adjunto Adverbial

é termo de valor adverbial que denota as circunstâncias em que se desenvolve o processo verbal, ou intensifica o sentido deste, de um adjetivo ou de um advérbio, podendo ser expresso por:

a) advérbio: Aqui não fica ninguém reprovado .

b) locução ou expressão adverbial: Lá embaixo, nós começamos a dançar sob o sol do meio-dia.

c) oração subordinada adverbial: Quando acordou, não havia mais ninguém por perto.

Os adjuntos adverbiais recebem diversas classificações, todas de acordo com a circunstância que indicam. A seguir, há apenas uma pequena relação:

a) causa: Por que lhes daria tanta dor?

b) companhia: Vivia com Daniela . c) condição: Sem estudar, não passará.

d) concessão: Apesar de tudo, estudamos muito . e) dúvida: Acaso fizeste mesmo isso?

f) fim: Há homens para tudo.

g) instrumento: Bati-lhe com o chicote.

h) intensidade: Gosto muito de ti.

i) lugar: Veja aonde vai.

j) matéria: Esta é feita de barro.

k) meio: Voltamos de bote.

l) modo: Vagarosamente ela recolheu o fio.

m) negação: Não desanimem.

n) preço: O curso custa cem reais.

o) tempo: Estudaremos até as duas horas.

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Observação: Às vezes não é possível precisar a circunstância expressa pelo adjunto adverbial. Neste exemplo, é difícil distinguir se o adjunto adverbial é de modo ou de intensidade:

Ex.: Entreguei-me calorosamente àquela causa.

4.3 Aposto

é termo de caráter nominal que se junta a um substantivo, ou a qualquer palavra substantivada, para explicá-lo, especificá-lo, esclarecê-lo, desenvolvê-lo ou resumi-lo, classificando-se em:

a) explicativo: O professor, um homem muito estudioso, escreveu vários livros.

b) especificativo: A cidade de Florianópolis é linda.

c) enumerativo: Ele reivindicava várias coisas: melhor salário, assistência médica e redução da carga horária.

d) distributivo: Havia várias pessoas: umas tristes, outras alegres.

e) resumitivo ou recapitulativo: Amor, alegria, saudade, tudo era paixão.

O aposto também pode vir representado por uma oração (oração subordinada substantiva apositiva).

Ex.: Só quero uma coisa: que vocês estudem.

Sintaticamente, o aposto equivale ao termo a que se refere ( sujeito , predicativo , complemento verbal , complemento nominal , agente da passiva , etc.).

Ex.: Ela, Dora, foi muitíssimo discreta.

As escrituras eram duas: a da hipoteca e a da venda das propriedades.

Suj.

Pred. do Suj.

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O aposto especificativo não vem marcado por sinais de pontuação (dois-pontos, vírgulas, travessão). Esse tipo de aposto é, normalmente, um substantivo próprio que individualiza um substantivo comum, prendendo-se a ele diretamente ou por meio de preposição.

Ex.: A cidade de Lisboa é linda.

O cantor Caetano Veloso foi premiado novamente.

O mês de maio é o mês das noivas.

5. VOCATIVO

Por fim, quero apresentar-lhe o vocativo. Ele é um termo isolado, não faz parte dos termos essenciais, dos termos integrantes nem dos termos acessórios. A função do vocativo é chamar ou interpelar a pessoa a quem nos dirigimos. Vem sempre marcado por pontuação, admite a anteposição de interjeição e não deve ser confundido com o sujeito da oração.

Ex.: Meu amigo, que horas são? (sujeito inexistente)

A ordem, meus amigos, é a base do governo. (sujeito: “A ordem”)

Ó minha amada, que olhos os teus! (frase nominal).

Referências

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