• Nenhum resultado encontrado

A comunicação mindful nas organizações

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "A comunicação mindful nas organizações"

Copied!
27
0
0

Texto

(1)

A comunicação mindful nas organizações

Docente: Prof. Helena Martins Discentes: Ana Margarida Santos Débora Santana

Natália Cazer Rita Zacarias

Pós-Graduação em Gestão de Recursos Humanos Instituto Criap

(2)

Introdução

(3)

O que é o mindfulness?

(4)

Atenção plena

Estado mental intencional caracterizado pela atenção focada no momento presente, pela consciência “aberta” e pela memória de si mesmo (Leahy, 2013).

Ligado a práticas de meditação oriundas do Oriente e postuladas pelo Hinduísmo e Budismo.

Envolve vários processos, como a atenção, a consciência, a intenção, a cognição e a ação.

O mindfulness é uma competência inerente ao ser humano e, enquanto técnica, pode ser treinado, por exemplo, através de exercícios de

meditação e/ou psicoeducativos (Nunes & Muller, 2015).

(5)

Mindfulness “Piloto automático”

Padrões e rotinas

Rigidez e mecanização da pessoa

(Castro, 2014) Ampliação da consciência e flexibilização do

pensamento

Estimulação da criatividade e do processo de resolução de problemas

O mindfulness permite transformar reações inconscientes, praticadas em “piloto automático”, em ações conscientes

Experiência transformadora (Gunther, Cunha, Loch, & Gonçalves, 2014).

(6)

A prática do mindfulness contribui para o desenvolvimento de…

Paciência/calma Confiança

Não reatividade (serenidade) Sabedoria (auto –conhecimento) Compaixão e empatia

(Viana & De Sousa, 2011)

(7)

PORQUÊ USAR O MINDFULNESS NO CONTEXTO

ORGANIZACIONAL?

(8)

O MUNDO ATUAL DE TRABALHO

Contexto

COMPLEXO E INQUIETANTE

marcado por:

-Mudanças nas empresas (fusões, incorporações) - Tarefas exigentes e necessidade de ser multitarefa

- Competitividade

- Invasão de tecnologias : Estar sempre “ligado” e disponível - Linha ténue entre trabalho e vida pessoal

- Conflitos interpessoais

(9)
(10)

BENEFÍCIOS DO MINDFULNESS NAS ORGANIZAÇÕES

Programas de mindfulness são aplicados em diversas organizações

e.g. Google, Apple, General Mills, McKinsey Consulting Grou, SAP, Intel, Goldman Sachs

- Realizar as tarefas com mais eficiência (melhoria das Funções executivas, criatividade e resolução de

problemas)

- Estabelecer objectivos realistas

- Bem estar físico e psicológico (reduz bunout, depressão e ansiedade)

- Regulação dos pensamentos, emoções e reações fisiológicas

- Relações de maior qualidade, empatia e genuidade - Melhorias na comunicação

TAREFA

SAÚDE

RELAÇÕES

MAS QUAIS OS SEUS EFEITOS NOS TRABALHADORES?

(11)

A comunicação mindful

(12)

C

OMUNICAÇÃO

M

INDFUL

Comunicação:

Papel central nas organizações;

Atividade/ferramenta laboral mais importante

COMUNICAÇÃO MINDLESS

(13)

C

OMUNICAÇÃO

M

INDFUL

A comunicação mindful:

- De forma consciente, os indivíduos planeiam a sua abordagem num momento de comunicação;

- Identificar e responder a informações revelantes ou irrelevantes numa dada situação (Burgoon, Berger, & Waldron, 2000; Langer, Blank, & Chanowitz, 1978).

A comunicação mindful, verbal ou não verbal, requer a aplicação de ferramentas de interação flexíveis e adaptativas.

As nossas competências comunicacionais influenciam a nossa capacidade de interagir de forma eficiente numa determinada situação.

Observador mindful

Ouvinte mindful

Discurso colaborativo

(Ting-Toomey, 1999; Lane, Maznevski, Mendenhall & McNett, 2004).

(14)

- Envolve um diálogo reflexivo fundamentado na descrição e interpretação de uma ação sem julgamento.

- Permite-nos maximizar a nossa capacidade de compreensão e aceitação, ao invés de julgarmos o comportamento como impróprio, descrevermos o acontecimento tal como aconteceu.

-Este tipo de observação e análise requer algum autoconhecimento para que o indivíduo possa monitorar e controlar as suas reações aos “diferentes comportamentos”

-(Ting-Toomey, 1999; Lane, et al., 2004).

C

OMUNICAÇÃO

M

INDFUL

(15)

- reconhecer as barreiras (e.g. linguagem, falta de feedback, distrações físicas) que nos podem impedir de perceber a perspetiva dos outros

-(McManus, 2008).

Escuta Ativa | “Atenção relaxada”

- Shafir (2003, citado por McManus, 2008) indica que quanto mais centrado em si próprio for o indivíduo maior dificuldade terá em libertar-se destas barreiras.

- “Comunicação com estranhos é uma comunicação minfdul”

C

OMUNICAÇÃO

M

INDFUL

Ouvinte mindful:

(16)

Diálogo Colaborativo:

- suspende as diferenças culturais, abstendo o indivíduo de impor os seus pontos de vista sobre os outros.

-Vontade de comunicar. Esta é influenciada tanto pela forma como vemos os outros/grupos, como pela nossa recetividade à comunicação.

Perspetiva etno-relativa (Bennet, 1993).

Etnocentrismo

C

OMUNICAÇÃO

M

INDFUL

(17)

Comunicação mindful

Empatia

Respeito

Flexibilidade

Iniciativa Tolerância

Adaptação

Camaradagem Sociabilidade

Habilidades interculturais

Características essas essenciais a qualquer posição dentro de uma organização!

(Kealey & Ruben, 1996; Lane, et al., 2004).

C

OMUNICAÇÃO

M

INDFUL

(18)

Benchmarking

(19)

Empresas que aderiram o Mindfulness

Google, em 2007 – “Search Inside Yourself”, desde 2007;

Genaral Mills – Liderança e Estresse;

Berger Singerman Advocacia, desde 2003, Consciência na comunicação, relações interpessoais e capacidade de escuta.

Creat IT, InvestQuest, Cetelem, Lisbon MBA (Nova School of Business and Economics), utilizam em sua rotina de trabalho.

BPI e EDP, capacidade de foco, resiliência, inteligência emocional e criatividade.

(20)

Entrevistas

Sandy Behnken, líder corporativa da General Mills, utiliza a mais de 4 anos o mindfulness, diz “é tão fácil entrar em uma conversa ou reunião e responder a alguma situação com noções preconcebidas e por algum momento perder insights importantes. Com o mindfulness aprendi o ato de realmente ouvir”.

A jornalista Brasileira Liliane Prata, filósofa por formação, informa que por natureza é uma pessoa dispersa e para atingir a concentração necessária necessita de um esforço maior. Com o Mindfulness, informa ter encontrado formas de treinar a sua mente e com os exercícios que aprendeu conseguiu atingir a concentração para execução do seu trabalho.

(21)

Algumas dicas para uma comunicação mindful

Esteja presente e ouça mais durante os 3 ou 4 minutos de uma conversa

Parafraseie o que ouviu que a outra pessoa disse quando não a percebeu – muitas vezes interpretamos coisas erradas

Em comunicações difíceis, conecte as sensações do seu corpo (sinta os seus pés no chão e sinta a sua respiração assim como fique aberto à outra pessoa – ajuda a acalmar

Antes de dar a alguém um conselho, pergunte se é necessário – por vezes as pessoas só querem ser ouvidas.

(22)

Discussão e conclusão

(23)

As práticas mindfulness mais gerais criam condições psicológicas para o indivíduo poder estar disponível a relacionar-se e comunicar

de modo mais eficaz

Esses benefícios são ainda maiores se as práticas forem aplicadas também no próprio acto de comunicar!

Usado em várias situações Supera técnicas como a escuta ativa (+ ampla)

Pode acionar necessidades e interesses dos colaboradores incompativeis com os

objetivos da organização

(24)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Ashford, S., De Rue, S. (2012). Developing as a leader: the power of mindful engagement. Organizational Dynamics, v.41, p.146-154, 2012.

Baer, R. A. (2003). Mindfulness training as a clinical intervention: A conceptual and empirical review. Clinical Psychology: Science and Practice, 10, 125–143.

Barrett, R. (2000). Libertando a alma da empresa: como transformar a organização numa entidade viva. São Paulo: Cultrix.

Brown, K. W. & Ryan, R. M. (2003). The benefits of being present: Mindfulness and its role in psychological well-being. Journal of Personality and Social Psychology, 84(4), 822-848.

Brown, K. W., Ryan, R. M. & Creswell, J. D. (2007). Mindfulness: Theoretical foundations and evidence for its salutary effects. Psychological Inquiry, 18, 211- 237.

Burgoon, J.K., Berger, C.R., & Waldron, V.R. (2000). Mindfulness and interpersonal communication. Journal of Social Issues, 56(1), 105127.

Castro, F. S. (2014). Atentando-se ao mindfulness: uma revisão sistemática para análise dos conceitos, fundamentos, aplicabilidade e efetividade da técnica no contexto da terapia cognitiva. Dissertação de Mestrado em Psicologia, Universidade Federal de Uberlândia, Brasil.

Cohen-Katz, J.,Wiley, S., Capuano, T., Baker, D.; Shapiro, S. (2005). The effects of Mindfulness-bases stress reduction on nurse stress and burnout, part II and III. Holistic Nurse Practice, v.19 (1), 26–35.

Dane, E., Brummel, B. (2013). Examining workplace mindfulness and its relations to job performance and turnover intention. Human Relations, v.67, p.105- 128.

Fiorelli, J. O. (2006). Psicologia para administradores: integrando teoria e prática. 5. ed. São Paulo: Atlas.

Günther, H. F., Cunha, C. J. C. A., Loch, M., Gonçalves, E. B. (2014). Perspectiva, 38(142), 115-126.

Kabat-Zinn, J. (2003). Mindfulness-based interventions in context: Past, present, and future. Clinical Psychology: Science and Practice, 10, 144–156.

Kealey, D. J., & Ruben, B. D. (1983), Cross-cultural personnel selection criteria, issues, and methods, in D. Landis & R. W. Brislin (eds.), Handbook of Intercultural Training, vol. 1: Issues in Training and Design, New York: Pergamon.

(25)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Keng, S.; Smoski, M.; Robin, C. (2011). Effects of mindfulness on psychological health: a review of empirical studies. Clinical Psychology Review, v.31, p.1041-1056, 2011.

Lane, H., Maznevski, M., Mendenhall, M. & McNett, J. (2004) The Blackwell Handbook of Global Management: A Guide to Managing Complexity, Malden: Blackwell Publishers.

Langer, E., Blank, A., & Chanowitz, B. (1978). The mindlessness of ostensibly thoughtful action. Journal of Personality and Social Psychology, 36, 635642.

Langer, E. J., & Moldoveanu, M. (2000). Mindfulness research and the future. Journal of Social Science Issues, 56(1), 129–139.

Leahy, Robert (2013). Regulação emocional em psicoterapia. Porto Alegre: Artmed.

Limongi-frança, A. C. (2010). Saúde com qualidade de vida organizacional e pessoal. In: Jean Pierre Marras (org.). Gestão Estratégica de Pessoas, conceitos e tendências. São Paulo:

Saraiva.

Hicks, S. (2010). El cultivo de las relaciones terapêuticas: el papel de mindfulness. In: HICKS, Steven; BIEN, Thomas (Ed.). Mindfulness y Psicoterapia. Barcelona: Kairós.

Hülsheger, U. R., Alberts, H. J. E. M., Feinholdt, A. & Lang, J. W. B. (2012). Benefits of mindfulness at work: On the role of mindfulness in emotion regulation, emotional exhaustion, and job satisfaction. Journal of Applied Psychology, 98(2), 310-325. doi: 10.1037/a0031313

Maitland, A. (2003). O trabalho como mestre. São Paulo: Editora Dharma.

Maslach, C., Schaufeli, W. B. & Leiter, M. P. (2001). Job burnout. Annual Review of Psychology, 52, 397-422.

Markus, P. M. N; Lisboa, C.S. M. (2015). Mindfulness e seus benefícios nas atividades de trabalho e no ambiente organizacional. Revista da Graduação Publicações TCC, 8 (1), 1-15.

Maureen Guidham, (2005). Communicating across cultures at work. New York: Palgrave Macmillan Publishers.

McManus, G. (2008). Mindful Communication in the Workplace. Leading through Listening, TWC521.

(26)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

McPhee, R. D., Myers, K. K. & Trethewey, A. (2006). On collective mind and conversational analysis: Response to Cooren. Management Communications Quarterly, 19, 311-326. Mikulas.

Nunes, M. P., & Muller, D. H. (2015). A utilização do mindfulness nas organizações – uma análise através da perspectiva dos gestores. Revista Organizações em Contexto, 11(22), 457-485.

doi: 10.15603/1982-8756

Reb, J.; Narayanan, J.; Ho, Z. W. (2013). Mindfulness at Work: Antecedents and Consequences of Employee Awareness and Absent-mindedness. Research Collection Lee Chian School of Business. Singapore: Institutional Knowledge at Singapore Management University.

Reb, J. & Choi, E. (2014). Mindfulness in Organizations. The Psychology of Meditation. Research Collection Lee Kong Chian School Of Business.

Roemer, L., & Orsillo, S. M. (2008). An acceptance-based behavioral therapy for Generalized Anxiety Disorder. In David H. Barlow (Ed.), Clinical handbook of psychological disorders – A step-by-step treatment manual (p.206-233). New York: Guilford Press.

Ruedy, N. E., & Schweitzer, M. E. (2011). In the moment: The effect of mindfulness on ethical decision making. Journal of Business Ethics, 95, 73–87.

Shapiro, S. L., Carlson, L. E., Astin, J. A. & Freedman, B. (2006). Mechanisms of mindfulness. Journal of Clinical Psychology, 62, 373–386.

Shapiro, S., Brown, K., Biegel, G. (2007). Teaching Self-Care to Caregivers: Effects of Mindfulness-Based Stress Reduction on the Mental Health of Therapists in Training. Training and Education in Professional Psychology , v.1(2), p. 105–115.

Shapiro, S.; Izett, C. (2010). La meditación: una herramienta universal para el cultivo de la empatía. In: HICKS, Steven; BIEN, Thomas (Ed.). Mindfulness y Psicoterapia. Barcelona: Kairós.

Shapiro, S.L., & Schwartz, G.E. (2000). The role of intention in self-regulation: Toward intentional systemic mindfulness. In M. Boekaerts, P.R. Pintrich, & M. Zeidner (Eds.) Handbook of Self- Regulation, (pp. 253–273). New York: Academic Press.

Siegel, D. (2010). Cerebro y Mindfulness. La reflexion e la atencion plena para cultivar el bien estar. Barcelona: Paidós.

Spencer-Oatey, H. (2013) Mindfulness for Intercultural Interaction. A compilation of quotations. GlobalPAD Core Concepts. Available at GlobalPAD Open House http://go.warwick.ac.uk/globalpadinterculturTing-Toomey, S. (1999). Communicating across Cultures. New York: The Guilford Press.

Viana, C.R., & De Sousa, C. (2011). A Qualidade de Vida no Trabalho: A complementariedade do Mindfulness. In Proceedings from II International Congress

(27)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Vogus, T. J., & Sutcliffe, K. M. (2012). Organizational mindfulness and mindful organizing: A reconciliation and path forward. Academy of Management Learning & Education, 11(4), 722-735.

Walach, H., Nord, E., Zier, C. Dietz‐Waschkowski, B., Kersig, S. & Schubach, H. (2007). Mindfulness‐Based Stress Reduction as a method for personnel development: A pilot evaluation.

International Journal of Stress Management, 14, 188‐198.

Weick, K. E. & Sutcliffe, K. M. (2001). Managing the unexpected: Assuring high performance in an age of complexity. San Francisco, CA: Jossey-Bass.

Weick, K. E. & Sutcliffe, K. (2006). Mindfulness and the quality of organizational attention. Organization Science, 17(4), 514-524.

Wood, J. (2009) Communication in our Lives, New York: Wadsworth.

Referências

Documentos relacionados

Seu programa deve gerar uma ´ unica linha de texto, mapeando os caracteres da entrada para U, para letras mai´ usculas, L, para letras min´ usculas, W, para espa¸cos em branco e D

Os dados referentes às despesas das propriedades foram categorizados conforme a metodologia de custos da CONAB (2007), sendo divididos em custos variáveis (despesas diretas com

Em uma visão geral, as funções de distância apresentaram pouca variação entre si, porém, para a etapa de avaliação seguinte, foi considerado para avaliação

CONCLUSÕES E PROPOSTAS PARA TRABALHOS FUTUROS Nesta dissertação, foi apresentada uma avaliação do desempenho das funções de proteção aplicadas em transformadores de potência,

O objetivo principal deste trabalho é o de determinar a produção de água subterrânea (fluxo de base) em bacias hidrográficas do embasamento cristalino através da

No código abaixo, foi atribuída a string “power” à variável do tipo string my_probe, que será usada como sonda para busca na string atribuída à variável my_string.. O

La struttura dell’esame CILS MPT 2012, in termini di tipi di prove di comprensione e di prove di analisi delle strutture della comunicazione, ricalca piuttosto

Títulos que a entidade tem intenção de vender imediatamente ou no curto prazo, os quais são classificados como mantidos para negociação Títulos que a entidade, no