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O reconhecimento do conjunto histórico e da tradição doceira de Pelotas/RS como patrimônio nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) a partir da mídia.

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XVI Seminário da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Turismo 18 a 20 de setembro de 2019 – Curitiba/PR

O reconhecimento do conjunto histórico e da tradição doceira de Pelotas/RS como patrimônio nacional pelo Instituto do Patrimônio

Histórico e Artístico Nacional (Iphan) a partir da mídia.

Dalila Rosa Hallal 1 Dalila Mülller 2

Resumo

Na atualidade, verifica-se que em muitas cidades, especialmente, existe um discurso enaltecedor do patrimônio local e a consequente mercantilização do patrimônio histórico-cultural pela atividade turística. Tal questão está intimamente ligada a complexos processos de criação e recriação de imagens e narrativas sobre as cidades. Esse aspecto é importante não apenas para as formas que turistas e visitantes percebem as cidades, mas também como amplamente essa construção se transforma e influencia na identidade dos moradores e formas de se relacionar com os lugares. Diante dessa realidade, este trabalho se propõe a refletir sobre o reconhecimento da tradição doceira e do conjunto histórico de Pelotas/RS como patrimônio nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) a partir das informações veiculadas pela mídia impressa e eletrônica. Esse reconhecimento simultâneo de um patrimônio material (o conjunto arquitetônico) e o registro de um patrimônio imaterial (a tradição doceira) ocorreu em maio de 2018 e foi a primeira vez que o Iphan realizou esse duplo reconhecimento. As informações sobre a cidade divulgadas pela mídia contribuem para a construção e fortalecimento de suas representações. Utiliza abordagem qualitativa com objetivo exploratório e procedimentos técnicos de cunho documental. Foca nas narrativas construídas principalmente pela mídia e da análise das informações veiculadas a seu respeito. A mídia destaca em sua narrativa a importância dos bens patrimoniais reconhecidos como referenciais identitários para a população, ao mesmo tempo em que destaca um valor econômico desse patrimônio, quando apropriados pelo turismo. A narrativa sobre o reconhecimento de Pelotas como patrimônio nacional usa uma série de recursos para informar sobre a cidade, tais como fotografias, ilustrações e outros elementos gráficos, que são integrantes dessa narrativa na qual o jornal é mediador, compartilhando a imagem de opulência da Pelotas do século XIX, de modo a reforçar os laços sociais existentes entre a elite pelotense e o lugar. A mediação das informações sobre os patrimônios de Pelotas por parte da mídia afeta as representações na medida em que as notícias possuem uma carga de sentidos que produz diferentes significados ao serem apropriados pelo público. Emerge dessa narrativa, um

“contexto do patrimônio local” homogêneo, marcado pela “busca coletiva de significados” e pela perpetuação de uma memória coletiva que está sendo transmitida às novas gerações. Para delinear o patrimônio cultural, idealiza-se a relação do pelotense com o passado e o patrimônio. Essa narrativa, entretanto, silencia as tensões e conflitos constitutivos do processo de patrimonialização, atribuindo ao conjunto do espaço social as representações construídas no campo do patrimônio.

Palavras-Chave: Cidade; Patrimônio Cultural; Mídia; Pelotas.

1

Doutora em História – PUCRS; Mestre em Turismo – UCS; professora do Curso de Bacharelado em Turismo.

Faculdade de Administração e de Turismo. Universidade Federal de Pelotas. Currículo Lattes:

http://lattes.cnpq.br/4606760006124679. E-mail: dalilahallal@gmail.com.

2

Doutora em História – UNISINOS; Mestre em Turismo – UCS; professora do Curso de Bacharelado em Turismo. Faculdade de Administração e de Turismo. Universidade Federal de Pelotas. Currículo Lattes:

http://lattes.cnpq.br/3450137421308599. E-mail: dalilam2011@gmail.com.

Referências

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