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SIMONE SASSO BARION. Orientador Prof. Dr. Luiz Alberto Milanezi Co-orientador Prof. Dr. Tetuo Okamoto

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(1)

SIMONE SASSO BARION

ESTUDO HISTOLÓGICO E HISTOMÉTRICO COMPARATIVO DO PROCESSO DE REPARO ALVEOLAR APÓS EXODONTIA E TAMPONAMENTO

COM AS SOLUÇÕES ANESTÉSICAS ARTICAÍNE 100

®

E NOVOCOL 100

®

MARÍLIA – SP

2005

(2)

SIMONE SASSO BARION

ESTUDO HISTOLÓGICO E HISTOMÉTRICO COMPARATIVO DO PROCESSO DE REPARO ALVEOLAR APÓS EXODONTIA

E TAMPONAMENTO COM AS SOLUÇÕES ANESTÉSICAS ARTICAÍNE 100

®

E NOVOCOL 100

®

.

Dissertação apresentada à Universidade de Marília (UNIMAR), Faculdade de Ciências da Saúde, para obtenção do título de Mestre em Clínica Odontológica, Área de Concentração em Cirurgia Buco- Maxilo-Facial.

Orientador

Prof. Dr. Luiz Alberto Milanezi Co-orientador

Prof. Dr. Tetuo Okamoto

MARÍLIA – SP

2005

(3)

Barion, Simone Sasso

B253e Estudo histológico e histométrico comparativo do processo de reparo alveolar após exodontia e tamponamento com as soluções anestésicas Articaíne 100® e Novocol®/ Simone Sasso Barion - Marília: UNIMAR, 2005.

87f.

Dissertação (Mestrado em Clínica Odontólogica) – Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade de Marília, Marília, 2005.

1. Cirurgia buco-maxilo-facial 2. Reparo alveolar 3. Anestesia local 4. Tamponamento I. Barion, Simone Sasso II. Estudo histológico com- parativo do processo de reparo alveolar após exodontia e tamponamento com soluções anestésicas Articaíne® e Novocol®

CDD – 617.66

(4)

Universidade de Marília Reitor Dr. Márcio Mesquita Serva

Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação Pró-Reitora Profa. Dra. Suely Fadul Villibor Flory

Faculdade de Ciências da Saúde Diretor Dr. Armando Castello Branco Júnior

Programa de Pós-Graduação em Clínica Odontológica Área de Concentração em Cirurgia Buco-Maxilo-Facial

Coordenador Prof. Dr. Roque Javier Mérida Delgado

Orientador Prof. Dr. Luiz Alberto Milanezi

Co-orientador Prof. Dr. Tetuo Okamoto

(5)

UNIMAR – UNIVERSIDADE DE MARÍLIA

NOTAS DA BANCA EXAMINADORA DA DEFESA DE MESTRADO

SIMONE SASSO BARION

TÍTULO: ESTUDO HISTOLÓGICO E HISTOMÉTRICO COMPARATIVO DO PROCESSO DE REPARO ALVEOLAR APÓS EXODONTIA E TAMPONAMENTO COM AS SOLUÇÕES ANESTÉSICAS ARTICAÍNE

100® E NOVOCOL 100®.

Data da Defesa: 31/10/2005.

Banca Examinadora Prof. Dr. Luiz Alberto Milanezi

Avaliação:__________________Assinatura:___________________

Prof. Dr. Sebastião Marcos Ribeiro de Carvalho

Avaliação:__________________Assinatura:___________________

Prof. Dra. Roberta Okamoto

Avaliação:__________________Assinatura:___________________

(6)

DEDICATÓRIA

(7)

À Deus,

Por todas as graças a mim concedidas, por saber que posso Te encontrar em todos os momentos de minha vida... Os felizes e os tristes, os de esperanças e os de angústias, os de certeza e os de dúvidas...

Agradeço a vós meu Pai, por sentir que

sempre estais ao meu lado... Concedendo-me sempre a

Tranqüilidade necessária para aceitar as coisas que não

posso modificar, Coragem para modificar àquelas que

posso e muita Sabedoria para saber distinguir umas das

outras.

(8)

A os meus pais, Wladimur e Luci:

Papai e Mamãe,

Que me deram a vida, a quem devo minha formação estruturada com amor, trabalho, honestidade e dignidade. Ensinando-me qual caminho seguir e nunca deixando de me apoiar... Obrigada!!!

A A

A A o meu irmão Lincoln:

Por sempre estar ao meu lado e acreditar na minha capacidade.

A A A

A o meu marido João:

Pelo Amor, pelo Auxílio, pela Cumplicidade e

principalmente pela paciência que teve nesta etapa da

minha vida... Obrigada!!!

(9)

AGRADECIMENTOS

(10)

AGRADECIMENTOS

À Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Marília – UNIMAR, por intermédio do seu Reitor Dr. Márcio Mesquita Serva.

À Profa. Dra. Suely Fadul Villibor, Pró-Reitora de Pós-Graduação.

Ao Prof. Dr. Luiz Alberto Milanezi, não apenas pela orientação deste trabalho, mas principalmente pela amizade e paciência com que me conduziu, exemplo digno de dedicação à docência.

Ao Prof. Dr. Tetuo Okamoto, pela sua colaboração essencial neste trabalho e pelos ensinamentos transmitidos sempre com sabedoria e simplicidade.

Ao Prof. Dr. Sebastião Marcos Ribeiro de Carvalho por sua grande colaboração na parte estatística deste trabalho, sem ele, com certeza, não conseguiríamos finalizar este projeto.

Ao meu colega de Mestrado José Ricardo Vancetto, pela grande ajuda, apoio e estímulo para que eu conseguisse passar por mais esta etapa.

À minha colega de Mestrado e grande amiga Andréa Costa Moreira, por estar passando por mais esta etapa na vida, aqui ao meu lado. E também pela sua alegria, que sempre me trouxe conforto no nosso convívio.

(11)

LISTA DE

ABREVIATURAS

(12)

LISTA DE ABREVIATURAS

D...droga EUA...Estados Unidos da América F...valor da estatística do teste F Fig...figura G.L. ...grau de liberdade H.E...hematoxilina e eosina LTDA...limitada mm²...milímetros quadrados p...probabilidade PVP-I... polivinilpirrolidona iodada RJ...Rio de Janeiro SP...São Paulo T...tempo Var ...variância

(13)

LISTA

DE QUADROS

E TABELAS

(14)

LISTA DE QUADROS E TABELAS

QUADRO E TABELA

PAG.

Quadro 1. Fatores em estudo e respectivos níveis...33

Quadro 2. Tratamentos realizados no presente estudo...34

Tabela 1. Dados dos tratamentos e respectivos dados originais e transformados...35

Tabela 2. Análise de Variância Preliminar...51

Tabela 3. Análise de Variância de acordo com esquema fatorial 3x3...51

Tabela 4 – Análise de Variância do desdobramento da Interação (DxT) para estudar o comportamento das drogas dentro de cada tempo...52

Tabela 5 – Teste de Tukey: Médias ¹ das drogas dentro do Tempo 7, 15 e 24 dias, para os dados transformados e originais...53

Tabela 6 - Análise de variância do desdobramento de Interação (DxT) para estudar o comportamento dos tempos dentro de cada droga...53

Tabela 7 – Teste de Tukey: Médias¹ dos tempos dentro dos grupos Controle, Articaíne e Novocol, para os dados transformados e originais....54

(15)

LISTA DE

FIGURAS

(16)

LISTA DE FIGURAS

FIGURA PAG.

Fig. 1. Embalagem comercial do anestésico Novocol 100®...25

Fig. 2. Embalagem comercial do anestésico Articaíne 100®...25

Fig. 3. Embalagem comercial da droga Dopaser®...26

Fig. 4. Embalagem comercial da droga Vetanarcol®...26

Fig. 5. Sindesmótomo em posição para fins de luxação do dente...27

Fig. 6. Sindesmótomo em posição após luxação do dente...27

Fig. 7. Fórceps em posição para fins de exodontia do incisivo...28

Fig. 8. Fórceps com o dente após a exodontia...28

Fig. 9. Alvéolo dental após a exodontia do incisivo...29

Fig. 10. Gaze embebida em soro fisiológico sobre a ferida cirúrgica...30

Fig. 11. Sutura da mucosa da ferida cirúrgica com fio de seda...30

(17)

Fig. 12. Grupo I (Controle). 7 dias. Próximo a parede óssea alveolar presença de delgadas espículas ósseas com osteoblastos em suas bordas.

HE, original 63x...38

Fig. 13. Grupo I (Controle). 7 dias. Próximo a parede óssea alveolar presença de delgadas espículas ósseas com osteoblastos em suas bordas.

HE, original 63x...38

Fig. 14. Grupo II (Novocol 100®). 7 dias. Parede do alvéolo com delgadas

espículas ósseas neoformadas. HE, original

63x...39

Fig. 15. Grupo II (Novocol 100®). 7 dias. Parede do alvéolo com ausência de neoformação óssea. HE, original 63x...40

Fig. 16. Grupo III (Articaíne 100®). 7 dias. Pequenas trabéculas ósseas isoladas e extensas áreas ocupadas por coagulo sanguíneo. HE, original 63 x...41

Fig. 17. Grupo III (Articaíne 100®). 7 dias. Tecido conjuntivo neoformado e

pequenas espículas ósseas. HE, original,

63x...41

Fig. 18. Grupo I (Controle). 15 dias. Trabéculas ósseas com amplos espaços ocupados por tecido conjuntivo sem diferenciação óssea. HE, original 63x...42

Fig. 19. Grupo I (Controle). 15 dias. Trabéculas ósseas com amplos espaços ocupados por tecido conjuntivo sem diferenciação óssea. HE, original 63x...43

(18)

Fig. 20. Grupo II (Novocol 100®). 15 dias. Finas trabéculas ósseas com amplo espaço inter-trabecular ocupado por tecido conjuntivo. HE, original 63X...44

Fig. 21. Grupo II (Novocol 100®). 15 dias. Espécime mostrando pequenas espículas ósseas neoformadas e pequeno número de osteoblastos. HE, original63x...44

Fig. 22. Grupo (Articaíne 100®). 15 dias. Parede do alvéolo com delgadas trabéculas ósseas neoformadas. HE, original 63x...45

Fig. 23. Grupo III (Articaíne 100®). 15 dias. Parede do alvéolo com delgadas trabéculas ósseas neoformadas. HE, original 63x...46

Fig. 24. Grupo I (Controle). 24 dias. Parede do alvéolo com trabéculas ósseas espessas e bem desenvolvidas. HE, original 63x...47

Fig. 25. Grupo I (Controle). 24 dias. Espécime mostrando trabéculas ósseas espessas com amplo espaço inter-trabecular. HE, original 63x...47

Fig. 26. Grupo II (Novocol 100®). 24 dias. Parede do alvéolo com delgadas trabéculas ósseas neoformadas. HE, original 63x...48

Fig. 27. Grupo II (Novocol 100®). 24 dias. Parede do alvéolo com delgadas trabéculas ósseas neoformadas. HE, original 63x...49

(19)

Fig. 28. Grupo III (Articaíne 100®). 24 dias. Parede do alvéolo com trabéculas ósseas ocupando parcialmente o espaço. HE, original 63x...50

Fig. 29. Grupo III (Articaíne 100®). 24 dias. Parede do alvéolo com trabéculas ósseas ocupando parcialmente o espaço. HE, original 63x……….50

(20)

ÍNDICE

(21)

ÍNDICE

Pág.

1.

INTRODUÇÃO...2

2. REVISÃO DA LITERATURA ...8

3. PROPOSIÇÃO...22

4. MATERIAL MÉTODO...24

5. RESULTADOS...37

6. DISCUSSÃO...56

7. CONCLUSÃO...67

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...69

9. RESUMO...77

10. ABSTRACT...80

11. ANEXOS...83

(22)

INTRODUÇÃO

(23)

INTRODUÇÃO

É muito bem delineado pelos trabalhos da revista literária os eventos biológicos relacionados ao processo de reparo alveolar em feridas de extração dental em ratos.

O estudo de Okamoto & Russo (1973) com seus resultados histoquímicos, marco inicial de uma linha de pesquisa consagrada e qualificada, fez com que sobre este modelo experimental se produzissem inúmeras interferências de condições locais e sistêmicas, que proporcionaram conhecimentos biológicos do intrínseco processo de reparo alveolar. Estes conhecimentos extrapolados para os estudos em outros animais e humanos se constituíram como base racional de protocolo das práticas de atendimentos e procedimentos utilizados pelos cirurgiões- dentistas, conduzindo-os a propiciar segurança, conforto ao paciente, conquistando a sua confiança, bem como melhores resultados com os tratamentos dispensados.

Dentre os trabalhos da revista literária sobre o processo de reparo alveolar, os estudos com as soluções anestésicas locais se fizeram como conquistas capazes de mudar o perfil dos tratamentos odontológicos em geral e das exodontias em particular (CARVALHO, 1980; SAAD NETO et al., 1982; CARVALHO, 1984; SAAD NETO et al., 1985; GARBIN JUNIOR,

(24)

2001; VERONESE, 2004; VANCETTO, 2005). Segundo Ramacciato et al.

(2003), o cirurgião-dentista tem o embasamento para eleger os anestésicos de acordo com a história médica do paciente, escolhê-los em função do tempo de duração do procedimento e da necessidade de hemostasia.

As soluções anestésicas, segundo Bombana et al. (2001) e Santos Pinto & Saad Neto (2003), propiciam o controle da dor durante qualquer intervenção odontológica, conferindo benefícios tanto ao paciente quanto ao profissional. Assim elas são indispensáveis e preponderantes nos procedimentos, ao paciente resulta condição de conforto indiscutivelmente superior e ao profissional dá possibilidade de atuar conforme o tratamento exige, sabendo que não está impondo sofrimento (BOMBANA et al., 2001).

Nos dias de hoje, o cirurgião-dentista tem a sua disposição uma gama de soluções anestésicas locais, facilitando e adequando convenientemente as possibilidades de escolha em função da sua formulação. Na sua composição entram o agente anestésico, o veículo, o vasoconstritor, o preservador e o anti-séptico, o que faz da solução anestésica um “pool” de medicamentos com efeitos sistêmicos e locais.

No âmbito dos efeitos sistêmicos, os mais importantes relacionam-se aos sistemas nervoso central e cardiovascular; secundariamente, outros órgãos dependentes de atividades neuromusculares podem se ressentir da presença dos componentes das soluções anestésicas (BOMBANA et al., 2001).

Segundo ainda Bombana et al. (2001), os agentes vasoconstritores dos anestésicos de uma ou outra forma é que induzem efeitos de ordem sistêmica, que levam a variações nas pressões sistólica e diastólica, na freqüência cardíaca, no débito cardíaco, na força de contração da musculatura do coração e outros. Entretanto, a maioria desses efeitos passa clinicamente despercebida em função das pequenas proporções de agentes vasoconstritores contidas nas soluções anestésicas.

No âmbito dos efeitos locais, a solução anestésica infiltrada localmente ou aplicada topicamente provoca irritação aos tecidos, e sua irrigação no interior do alvéolo dental retarda a cronologia do reparo alveolar por desorganização do coágulo sanguíneo e alterações do

(25)

remanescente do ligamento periodontal e parede óssea (CARVALHO, 1980; SAAD NETO et al., 1982; CARVALHO, 1984; SAAD NETO et al., 1985; GARBIN JUNIOR, 2001; VERONESE, 2004; VANCETTO, 2005).

Outras vezes pode ser devido a uma interferência na capacidade de reparação das células do ligamento periodontal (ROZANIS et al., 1976).

Em 1982, Saad Neto et al. analisaram histologicamente o processo de reparo alveolar em ratos que tiveram os alvéolos irrigados, após exodontia, com algumas soluções anestésicas locais. Os resultados permitiram inferir que o anestésico que ocasionou menor irritabilidade foi a Lidocaína a 2% sem vasoconstritor, seguido por Lidocaína a 2% com noradrenalina e Prilocaína a 3% com octopressim. Assim caracterizou-se serem os anestésicos com vasoconstritores nas suas formulações como responsáveis por maiores alterações na cronologia do reparo alveolar.

Também em 1985, Saad Neto et al., analisaram histologicamente a influência dos anestésicos Xylocaína®, Lidocaína®, Citanest ®, Novocol 100® e Prilocaína® no processo de reparo alveolar após anestesia terminal infiltrativa no palato e na região vestibular, acrescida de irrigação alveolar após a exodontia. Concluíram que a irrigação intra-alveolar com soluções anestésicas com e sem vasonstritores, acrescida de anestesia terminais infiltrativas, altera a cronologia do processo de reparo alveolar de forma mais acentuada do que a simples irrigação abundante do alvéolo. Essa alteração é agravada quando o anestésico contém vasoconstritor.

Em 2001, Garbin Junior apresentou à literatura, os resultados histológicos da influência da solução anestésica Septanest® no processo de reparo alveolar em ratos, também quando infiltrada nas regiões vestibular e palatina, seguida de irrigação alveolar. Os resultados permitiram corroborar o já conceituado por Saad Neto et al. (1985), de que ocorre maior atraso reparacional. Ressaltamos que o anestésico Septanest® tem na sua composição o vasoconstritor adrenalina 1:100.000.

Veronese (2004) avaliou histologicamente a influência da solução anestésica Articaíne 100® no processo de reparo alveolar em ratos, quando esta é infiltrada pela técnica intra-ligamentar, antes da exodontia, seguida

(26)

ou não de irrigação alveolar. Concluiu que houve atraso do processo reparacional e que a anestesia intra-ligamentar leva a maiores alterações ao nível do terço cervical do alvéolo do que a irrigação ao terço apical.

Aur Junior (2004) avaliou histologicamente o processo de reparo alveolar em ratos após exodontia e pressão da ferida cirúrgica com compressa de gaze embebida ou não em anestésico Novocol 100®, que tem como vasoconstritor a fenilefrina 1:2.500. Neste projeto contendo a proposta de utilização tópica para avaliar a sua ação nos casos de hemorragia imediata pós-exodontia, levou o autor a inferir que o Novocol 100® é um fator complicante ao processo reparacional por comprometer os princípios básicos responsáveis pela regeneração do epitélio da mucosa gengival e reparação alveolar.

Mais recentemente, Vancetto (2005) em estudo histológico comparativo em ratos, avaliou os efeitos da aplicação tópica dos anestésicos Novocol 100® e Articaíne 100® sobre o processo de reparo alveolar. Seus resultados mostraram que o anestésico Articaíne 100®, que contém o vasoconstritor adrenalina 1:100.000 foi responsabilizado por provocar menores alterações ao processo reparacional quando comparado ao Novocol 100®, que possui na sua formulação a fenilefrina 1:2.500.

Os trabalhos acima referidos e que fundamentaram conceitos biológicos da influência das soluções anestésicas sem e com vasoconstritores, sobre o processo de reparo alveolar, possibilitaram inferir que estas são existentes no mercado, mas com nomes comerciais diferentes. Desta forma, estes trabalhos permitem que muitos dos resultados inferidos pelos pesquisadores possam ser extrapolados para a prática em humanos, o que levaria a elegê-los baseado no seu potencial de irritação aos tecidos e por levar a um processo de reparo alveolar com menores ou maiores alterações, comprometendo o tempo de cicatrização das feridas exodônticas.

Na tentativa de corroborar com o intrínseco assunto solução anestésica e processo reparacional do alvéolo em ratos, achamos necessário a realização de um novo estudo avaliativo com uma metodologia de análise histométrica (quantitativa). Com esta análise, 5

(27)

avaliaremos o osso trabecular neoformado, que é parâmetro e produto final da reparação alveolar. Soma-se ainda, que quantificando os resultados dos grupos controle e tratados com soluções anestésicas, quanto ao produto da neoformação óssea, observaremos se estes valores são estatisticamente significantes entre os grupos e tempos operatórios.

(28)

REVISÃO DE

LITERATURA

(29)

REVISÃO DE LITERATURA

:

PROCESSO DE REPARAÇÃO ALVEOLAR:

Segundo Carvalho & Okamoto (1987), podemos conceituar processo de reparo alveolar ao conjunto de reações teciduais biológicas que ocorrem no interior do alvéolo, a partir da exodontia. O objetivo do organismo é preencher o alvéolo dental de tecido ósseo. Neste conjunto de reações teciduais biológicas, morfologicamente, podemos considerar quatro fases fundamentais na evolução do processo de reparo alveolar: proliferação celular, desenvolvimento do tecido conjuntivo, maturação do tecido conjuntivo e diferenciação óssea ou mineralização. A rigor, estas fases não são encontradas separadamente.

Gillmann (1968) em seus estudos descreve estas fases divididas em cinco: fase não proliferativa, fase de ativação, fase proliferativa, fase de síntese e fase de remodelação.

Na fase de proliferação celular, o processo de reparo se inicia imediatamente após a extração dental. O coágulo sanguíneo é gradualmente invadido por fibroblastos, originados em sua maioria por mitose ou por diferenciação de células adventícias, presentes nos remanescentes do ligamento periodontal que permanece aderido às paredes alveolares (SIMPSON, 1969). Juntamente ocorre a proliferação

(30)

das células endoteliais, originando novos capilares (OKAMOTO & RUSSO, 1973; RODRIGUES et al., 1983; CARVALHO et al., 1986). Nesta fase, Okamoto & Russo (1973), em seus estudos também sugerem que uma rede de fibrina recobre a superfície do coágulo no final do primeiro dia pós- extração.

Entretanto, Simpson (1969) e Birn (1973), acreditam que restos do ligamento periodontal não participam da formação do tecido de granulação e que o mesmo surgiria às expensas do conjuntivo intra-tabecular da parede alveolar. Salientam ainda que, onde a membrana está ausente não ocorre atraso na organização e processo geral dos fibroblastos e de novos vasos no coágulo, sendo que este fato pode ser visto no mesmo nível de avanço, se houver ou não restos de remanescentes de ligamento periodontal aderido nas paredes alveolares. Já em estudos realizados por Johansen & Gilhuus-Moe (1969), Okamoto & Russo (1973) e Carvalho (1980) comprovam através de análises histológicas e histoquímicas, que os restos do ligamento periodontal têm papel de grande importância na formação do tecido conjuntivo intra-alveolar.

Noma (1967) em seu estudo experimental através de microscopia estereoscópica e microangiografia, analisou a vascularização e as mudanças subseqüentes nos vasos sanguíneos recém formados na ferida pós-exodôntica em sessenta cães adultos, efetuando duzentos e dezesseis feridas de extração dental simples. Três dias após a extração dental, vasos sanguíneos foram observados na base e nas paredes do alvéolo e nas margens livres da gengiva. Sendo que estes plexos se desenvolveram em direção ao centro do alvéolo. A vascularização da ferida estava completa entre dez e vinte dias após a extração. Após a diferenciação, os vasos recém formados regularam seus cursos até obterem padrão adulto, entre três e seis meses após a extração. O autor ainda afirma que o plexo capilar presente na membrana periodontal se manteve aderido à parede alveolar após a exodontia e sua importância esta ligada ao surgimento de novos vasos sanguíneos.

Na fase de desenvolvimento do tecido conjuntivo, o tecido neoformado exibe uma grande quantidade de células, fibroblastos e novos

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(31)

capilares. Neste tempo, os fibroblastos sintetizam fibras e substância fundamental amorfa (CARVALHO & OKAMOTO, 1987).

Na fase de maturação do tecido conjuntivo, ocorre a diminuição do número de células e vasos sanguíneos à medida que aumenta a quantidade de fibras colágenas, que caracteriza esta maturação do tecido com o aumento do tecido fibroso (CARVALHO & OKAMOTO, 1987).

Simpson (1969) em seu estudo, mostra que em um mesmo alvéolo dental, podem ser observados diferentes graus de maturação do tecido ósseo. Sendo que na base alveolar e nas porções laterais, as trabéculas apresentam-se bem desenvolvidas, no centro e superfície do alvéolo as trabéculas se encontram calcificadas e gradativamente se tornam mais fracas, assemelhando-se a grupos de fibroblastos, culminando com condensações de tecido conjuntivo.

Na fase de diferenciação óssea, ocorre a deposição de matriz óssea, feita pelos osteoblastos nas proximidades das paredes alveolares, formando assim uma matriz osteóide. Este processo de formação de tecido de granulação e do osteóide, ocorre de forma cêntrica, seguido da mineralização deste tecido (SANTOS PINTO, 1964; CARVALHO et al., 1978). Ainda nesta fase, a crista alveolar sofre processo de reabsorção, onde a crista alveolar vestibular é mais afetada do que a lingual (SIMPSON, 1969).

Segundo Amler (1969), no homem, a neoformação óssea inicia-se por volta do 7o dia pós-operatório e em pacientes jovens cerca de 2/3 do alvéolo já está preenchido por trabéculas ósseas por volta do 40o dia. Após este tempo, as trabéculas ósseas são espessas a nível do terço apical e em continuidade com a cortical alveolar (RODRIGUES et al., 1983). No seu estudo, Amler (1969) ainda mostra que a seqüência da reparação alveolar normal em humanos pode ser descrita da seguinte forma: (I) formação do coágulo sanguíneo (primeiro dia); (2) início de evidência de epitelização (quarto dia); (3) substituição do coágulo sanguíneo por tecido de

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granulação (sétimo dia); (4) substituição do tecido de granulação por tecido conjuntivo

(vigésimo dia); (5) aparecimento do tecido osteóide, principalmente na base do alvéolo e depois em toda a sua extensão, partindo do ápice para a região cervical (sétimo dia); (6) amadurecimento gradativo da matriz óssea (trigésimo dia); (7) fusão do epitélio (entre o vigésimo quarto e trigésimo quinto dia).

Podemos considerar reparação completa do alvéolo, quando este se encontra totalmente preenchido por tecido ósseo neoformado e a crista alveolar remodelada. No homem isto ocorre por volta de 64 dias (AMLER, 1969; RODRIGUES et al., 1983), no cão 48 dias (SANTOS PINTO, 1964) e no rato 21 dias (OKAMOTO & RUSSO, 1973).

É interessante ressaltar que o alvéolo dental se diferencia de outras cavidades ósseas, porque é uma cavidade virtual forrada por tecido conjuntivo. Tecido conjuntivo este representado pelo ligamento periodontal, que quando em contato com outros materiais, respondem desfavoravelmente. O que não ocorre em outras regiões também recobertas por tecido conjuntivo (SAAD et al., 1975).

Vários autores, ao longo do tempo, vêm estudando o processo de reparação alveolar juntamente com outros materiais para avaliar esta resposta desfavorável, utilizando para tanto, cães (SANTOS PINTO, 1964);

ratos (HUEBSCH et al., 1952; JOHANSEN, 1969; OKAMOTO & RUSSO, 1973) e macacos (PIETROKOVSKI & MASSLER, 1971). A análise histológica vem sendo mantida como um dos importantes grandes métodos de estudo em relação ao reparo alveolar (HUEBSH & HANSEN, 1969).

ANESTÉSICOS LOCAIS:

Alguns estudos com soluções anestésicas fizeram-nos conhecedores dos efeitos biológicos que ocorrem no processo do reparo alveolar em ratos após a exodontia.

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(33)

Trabalhando com o anestésico Novocol 100®, Saad Neto et al.

(1985) avaliaram a influência deste, após a irrigação intra-alveolar, sobre o processo de reparo alveolar. Como complemento deste estudo, outros autores avaliaram também a associação da irrigação alveolar antecipada pela anestesia terminal infiltrativa nas regiões palatina e vestibular (AUR JUNIOR, 2004; VANCETTO, 2005). A avaliação dos eventos biológicos fez- se nos 1º, 3º, 6º, 9º, 15º, 21º, e 24º dias pós-operatórios, propiciando o conhecimento evolutivo do reparo alveolar.

Recentemente, Aur Junior (2004), avaliou a cronologia do processo de reparo alveolar em ratos, após a aplicação tópica de solução anestésica Novocol 100® pelo tamponamento da ferida cirúrgica pós-exodontia, nos tempos de 3, 7,15 e 24 dias. Este estudo complementa os existentes, por propiciar conhecimentos com o anestésico Novocol 100®, nos 3º, 7º, 15º e 24º dias pós-operatórios.

Quanto à solução anestésica com o sal articaína, o primeiro trabalho avaliatório e histológico na linha de processo de reparo alveolar em ratos se fez com Garbin Junior (2001). Este avaliou a ação da solução anestésica Septanest®, quando infiltrada nas regiões vestibular e palatina, seguida ou não de irrigação alveolar com a mesma.

Veronese, em 2004, avaliou a ação da solução anestésica Articaíne 100®, quando infiltrada peridentalmente antes da exodontia.

Complementando, o trabalho avaliou também a influência desta no processo de reparo alveolar quando acrescentado com irrigação alveolar.

Em 2005, Vancetto, em estudo histológico comparativo em ratos, avaliou os efeitos da aplicação tópica dos anestésicos Novocol 100® e Articaíne 100® sobre o processo de reparo alveolar.

Os estudos de Garbin Junior (2001), Veronese (2004) e Vancetto (2005) propiciaram a avaliação dos eventos biológicos nos 3º, 7º, 15º e 24º dias pós-operatórios.

Assim apresentado, é do conhecimento os eventos biológicos que ocorrem ao nível da mucosa gengival e nos terços cervical, médio e apical do alvéolo dental.

Com o anestésico Novocol 100® temos:

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- No 1º dia pós-operatório os alvéolos dentais dos animais estão preenchidos por coágulo sanguíneo com as hemácias dispersas pela solução anestésica (SAAD NETO et al., 1985);

- No 3º dia pós-operatório, o alvéolo dental dos animais exibe coágulo sanguíneo, tanto no grupo que recebeu irrigação alveolar, quanto no que foi precedida a infiltração anestésica nas regiões vestibular e palatina. Nos animais que receberam só irrigação alveolar, ao nível dos terços médio e apical, próximo à parede óssea lingual, houve proliferação vascular e de fibroblastos. No outro grupo, esta proliferação foi discreta ou ausente, bem como houve nesta região um discreto infiltrado neutrofílico, conforme avaliou Saad Neto et al. (1985). Já Aur Junior (2004) e Vancetto (2005), nos resultados de seus estudos, referem-se ao epitélio da mucosa gengival com ausência de proliferação, e junto à abertura do alvéolo presença de elevado número de neutrófilos polimorfonucleados. Também que no alvéolo dental, ao nível do terço cervical, observa-se ausência quase total de remanescentes do ligamento periodontal, onde a parede óssea alveolar mostra discreta reabsorção com presença de osteoclastos. Junto aos terços médio e apical, o ligamento periodontal permanece com discreto número de fibroblastos, com alguns invadindo o coágulo sanguíneo e a crista alveolar óssea exibe reabsorção com presença de osteoclastos;

- No período de 6 a 9 dias, Saad Net et al. (1985) notaram poucas trabéculas ósseas, e quando presentes, restritas ao terço apical e junto à cortical óssea no terço médio do alvéolo. Nas demais áreas, os alvéolos estavam ocupados por tecido conjuntivo sem diferenciação óssea, discretamente vascularizado, rico em fibroblastos e com coágulo sanguíneo remanescente sem organização, exibindo ainda intenso infiltrado inflamatório crônico com predominância de linfócitos no tecido conjuntivo neoformado. No tecido conjuntivo sub-epitelial, no terço cervical e em alguns espécimes no terço médio, foram observadas áreas de intenso infiltrado neutrofílico. Reabsorções ósseas estavam presentes aos 6 dias, e aos 9 dias observou-se atividade osteoblástica, com exceção da crista óssea alveolar lingual, que exibiu reabsorção na sua porção interna mostrando-se parcialmente desvitalizada e rodeada por grande número de 13

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neutrófilos polimorfonucleados no terço cervical. Os resultados de Aur Junior (2004) e Vancetto (2005) apontam que em todos os espécimes observa-se epitélio da mucosa gengival pouco diferenciado recobrindo parcialmente o alvéolo dental. O tecido conjuntivo subjacente é pouco vascularizado e geralmente com discreto número de fibroblastos.

Imediatamente junto à abertura do alvéolo, observa-se presença de tecido conjuntivo com poucos fibroblastos e elevado número de macrófagos e linfócitos. O terço cervical do alvéolo encontra-se ocupado por tecido conjuntivo pouco organizado com moderado número de fibroblastos e vasos sanguíneos ao lado de macrófagos e linfócitos. Ao nível dos terços médio e apical, a neoformação conjuntiva é discreta, com moderado número de fibroblastos e poucos vasos sanguíneos. Ainda existe presença de coágulo sanguíneo remanescente nas áreas afastadas da parede óssea alveolar;

- No 15º dia temos que, segundo Saad Neto et al. (1985), os animais que tiveram os alvéolos dentários irrigados com solução anestésica Novocol 100®, as trabéculas ósseas no terço apical e junto a cortical óssea lingual no terço médio se encontravam bem definidas. Nas demais regiões, as trabéculas ósseas eram delgadas, com intensa atividade osteoblástica. Em várias áreas persistiam porções de coágulo sanguíneo sem organização.

As cristas ósseas reabsorvidas foram sendo substituídas por tecido ósseo neoformado. Já no grupo que sofreu infiltração anestésica anterior à irrigação intra-alveolar, as características foram de um tecido conjuntivo com infiltrado inflamatório crônico com predominância de linfócitos. As trabéculas ósseas se exibiam com menor formação, sendo mais delgadas e espaçadas junto as corticais ósseas alveolares e no fundo do alvéolo continham amplos espaços inter-trabeculares. O tecido conjuntivo subepitelial exibia neutrófilos polimorfonucleares. Nos terços médio e apical, persistiam grandes áreas de coágulo sanguíneo sem organização, proliferação vascular e de fibroblastos. As alterações foram mais acentuadas, principalmente junto à crista óssea alveolar da face lingual, onde se observou tecido ósseo reabsorvido ou desvitalizado rodeado por grande número de neutrófilos polimorfonucleares. Nos trabalhos de Aur

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Junior (2004) e Vancetto (2005), um epitélio pouco diferenciado recobre o alvéolo dental. O tecido conjuntivo subjacente mostra áreas com infiltrado inflamatório, revelando linfócitos e macrófagos em número moderado.

Junto ao terço cervical, existe a ausência de neoformação óssea e discreto número de fibroblastos. Ao nível dos terços médio e apical, a neoformação óssea é mais intensa com trabéculas ósseas mais regulares, e

- No período de 21 a 24 dias, segundo Saad Neto et al. (1985), as trabéculas ósseas são mais numerosas próximas à cortical óssea alveolar lingual, estando mais delgadas e esparsas por todo o alvéolo dental, com exceção do terço médio cervical. Os espaços inter-trabeculares são amplos, exibindo tecido conjuntivo com intensa proliferação de fibroblastos, grande número de macrófagos, poucos vasos sanguíneos e persistência de áreas com coágulo sanguíneo sem organização. Nas demais áreas do alvéolo, temos tecido conjuntivo em organização com persistência de coágulo sanguíneo, grande número de macrófagos, fibroblastos e vasos sanguíneos. A crista óssea alveolar esta remodelada e o epitélio da mucosa gengival recobre o alvéolo. O tecido conjuntivo subepitelial exibe infiltrado inflamatório agudo e crônico.

Já segundo Aur Junior (2004) e Vancetto (2005), o epitélio da mucosa gengival irregular recobre totalmente o alvéolo dental, e o tecido conjuntivo subjacente é bem desenvolvido. O alvéolo dental ao nível cervical apresenta pequena quantidade de trabéculas ósseas delgadas e grande quantidade de tecido conjuntivo sem diferenciação óssea. Ao nível dos terços médio e apical, as trabéculas ósseas neoformadas são mais regulares, mas com áreas ocupadas por tecido conjuntivo sem diferenciação óssea.

Com o anestésico Articaíne 100® temos:

- No 3º dia pós-operatório, no grupo de animais onde foi feita infiltração anestésica com Septanest®, nas regiões vestibular e palatina, o epitélio gengival tem discreta proliferação e mostra solução de continuidade; o tecido conjuntivo subjacente apresenta moderado número de polimorfonucleares neutrófilos. Quanto ao alvéolo dental, encontra-se ocupado por coágulo sanguíneo, exibindo macrófagos no seu interior. O

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ligamento periodontal remanescente é bem vascularizado e rico em fibroblastos notadamente nos terços médio e apical. Adjacente ao ligamento há pequeno número de fibroblastos invadindo o coágulo sanguíneo. A parede óssea alveolar mostra-se íntegra ao longo de toda a sua extensão, com excessão da crista óssea que apresenta áreas de reabsorção. Estes dados histológicos são assim descritos por Garbin Junior (2001) no seu trabalho de mestrado. Ainda este autor descreve que quando se faz somente irrigação alveolar pós-exodôntica, no fundo do alvéolo, os resultados são exacerbados com relação ao descrito anteriormente, em face de que o coágulo sanguíneo que ocupa todo o alvéolo exibir elevado número de macrófagos. Quanto ao ligamento periodontal, ele é bem vascularizado e rico em fibroblastos, mas no terço médio há ausência de proliferação fibroblástica. A parede óssea alveolar mostra-se íntegra em toda sua extensão. O epitélio da mucosa gengival apresenta ampla solução de continuidade e o conjuntivo subjacente exibe moderado número de polimorfonucleares.

Já Veronese (2003), trabalhando com o anestésico Articaíne 100®, também com irrigação alveolar, inferiu que no tempo de 3 dias pós- operatório, o epitélio mostra início de proliferação e no tecido conjuntivo subjacente ocorre a presença de alguns linfócitos e macrófagos. Quanto ao terço cervical do alvéolo, há remanescente de ligamento periodontal com pequeno número de fibroblastos e alguns linfócitos, mas com ausência de proliferação fibroblástica. Foi inferido que no terço médio há presença de áreas de reabsorção na parede óssea, com presença de osteoclastos. No terço apical, o ligamento periodontal encontra-se ausente.

Já Vancetto (2005) em seu estudo sobre processo de reparo alveolar, onde as feridas sofreram o efeito tópico de Articaíne 100® por 2 minutos, descreve que o epitélio da mucosa gengival mostra ausência quase total de proliferação, e que o tecido conjuntivo subjacente exibe alguns fibroblastos ao lado de macrófagos e linfócitos. Já no alvéolo dental ocorre elevado número de polimorfonucleares neutrófilos. Os terços cervical, médio e apical evidencia remanescentes de ligamento periodontal com moderado número de fibroblastos ao lado de alguns macrófagos e

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linfócitos. Não ocorre muito nos terços alveolares a presença de proliferação fibroblástica.

- No 7º dia pós-operatório, seguindo o trabalho de Garbin Junior (2001), com o anestésico Septanest®, onde se fez a infiltração anestésica nas regiões vestibular e palatina, o epitélio da mucosa gengival, tem discreta proliferação celular, mas também é ampla a solução de continuidade, e no tecido conjuntivo subjacente observa-se moderado número de linfócitos, macrófagos e polimorfonucleares neutrófilos. O tecido conjuntivo neoformado ao nível do terço cervical é bem formado, mas há ainda áreas ocupadas por coágulo sanguíneo sem organização. O terço médio do alvéolo encontra-se preenchido por tecido conjuntivo bem vascularizado e rico em fibroblastos. Evidencia-se pequenas trabéculas ósseas neoformadas com numerosos osteoblastos em sua bordas. Quanto ao terço apical do alvéolo, tem-se um tecido conjuntivo pouco organizado com pequeno número de fibroblastos e vasos sangüíneos. A crista óssea alveolar apresenta pequenas áreas de reabsorção. Quanto ao grupo onde se fez irrigação intra-alveolar, o epitélio da mucosa gengival tem ampla solução de continuidade e exibe moderado número de linfócitos e macrófagos, além de polimorfonucleados neutrófilos. No terço cervical do alvéolo, o tecido conjuntivo é pouco organizado com moderado número de fibroblastos e poucos vasos sangüíneos. Distante da parede óssea, nota- se um coágulo em organização, exibindo alguns fibroblastos, linfócitos e macrófagos. O terço médio exibe uma maior quantidade de tecido conjuntivo, e na parede alveolar finas trabéculas ósseas neoformadas. O terço apical apresenta um tecido ósseo imaturo com numerosos osteoblastos em suas bordas. A crista óssea alveolar tem áreas pequenas de reabsorção.

Já Veronese (2004) com sua metodologia de irrigação com anestésico Articaíne 100®, observa que o epitélio da mucosa gengival recobre parcialmente o alvéolo dental, e que o tecido conjuntivo subjacente mostra macrófagos e linfócitos ao lado de alguns fibroblastos. Os terços cervical e médio do alvéolo se encontram ocupados parcialmente por tecido conjuntivo neoformado, com numerosos fibroblastos e alguns macrófagos e

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linfócitos. Quanto ao terço apical, há presença de pequeno número de fibroblastos e elevada quantidade de macrófagos e linfócitos.

Vancetto (2205), trabalhando com o anestésico Articaíne 100® topicamente, observa que neste tempo pós-operatório, o epitélio recobre parcialmente o alvéolo dental, mostrando, às vezes, um tecido epitelial hiperplásico. Quanto ao tecido conjuntivo subjacente, ele é rico em fibroblastos e vasos sanguíneos, mas junto à abertura do alvéolo ele é mais discreto e tem elevada quantidade de macrófagos e linfócitos. O terço cervical do alvéolo encontra-se ocupado por tecido conjuntivo, exibindo moderado número de fibroblastos e vasos sanguíneos, e ocasionalmente mostrou pequenas espículas ósseas isoladas. Os terço médio e apical apresentam espículas ósseas neoformadas com numerosos osteoblastos em suas bordas. Também é observado coágulo sanguíneo remanescente exibindo macrófagos em seu interior.

- No 15º dia pós-operatório, Garbin Junior (2001), no grupo onde estudou a infiltração anestésica com Septanest®, nas regiões vestibular e palatina, descreve que o epitélio da mucosa gengival recobre o alvéolo dental e o seu conjuntivo subjacente tem linfócitos e macrófagos em número moderado. No terço cervical há presença de trabéculas ósseas irregulares, mas ainda é ocupado por tecido conjuntivo bem vascularizado e rico em fibroblastos; existe ainda a presença de coágulo sanguíneo remanescente.

No terço médio do alvéolo, o trabeculado ósseo é mais regular, e no apical a neoformação óssea é discreta, observando-se pequenas trabéculas ósseas junto à parede óssea e fundo do alvéolo. A crista óssea alveolar mostra áreas de reabsorção e neoformação óssea. Quanto ao grupo onde se fez irrigação intra-alveolar, Garbin Junior (2001) descreve que o epitélio gengival recobre totalmente o alvéolo dental, e o conjuntivo subjacente exibe alguns linfócitos e macrófagos. Quanto ao terço cervical, tem trabéculas ósseas mais regulares, embora delgadas, deixando amplos espaços inter-trabeculares ocupados por tecido conjuntivo sem diferenciação óssea. Junto ao terço médio tem-se também delgadas trabéculas ósseas; o mesmo ocorre com o terço apical. A crista óssea alveolar apresenta áreas de reabsorção e neoformação óssea.

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Já Veronese (2004) descreve em seu trabalho com irrigação intra- alveolar co Articaíne 100®, que neste tempo pós-operatório, o epitélio da mucosa gengival recobre parcialmente o alvéolo dental e o tecido conjuntivo subjacente é pouco desenvolvido. No alvéolo dental, ao nível dos terços cervical e médio, há trabéculas ósseas delgadas, permanecendo grande quantidade de tecido conjuntivo sem diferenciação óssea nos espaços inter-trabeculares. Quanto ao terço apical, tem-se algumas espículas ósseas com pequeno número de osteoblastos.

Quanto ao trabalho de Vancetto (2205) com Articaíne 100®, aplicada topicamente, o epitélio no 15º dia pós-operatório recobre totalmente o alvéolo dental, mostrando-se bem diferenciado; o tecido conjuntivo subjacente tem discreto número de fibroblastos e vasos sanguíneos. No terço cervical do alvéolo há discreta neoformação óssea com grande quantidade de tecido conjuntivo. Ao nível dos terços médio e apical são comparáveis àqueles observados junto ao terço cervical.

- No 21º dia pós-operatório do trabalho de Garbin Junior (2001), com Septanest® infiltrado nas regiões vestibular e palatina, não há menção descritiva quanto ao epitélio que recobre o alvéolo dental. Quanto ao terço cervical, este está preenchido parcialmente por trabéculas ósseas irregulares, com tecido conjuntivo inter-trabecular sem diferenciação óssea bem vascularizado e rico em fibroblastos. Ao nível do terço médio, as trabéculas ósseas são mais regulares, porém são semelhantes ao terço anterior. Já no grupo onde se fez a irrigação intra-alveolar, o terço cervical encontra-se ocupado por trabéculas ósseas, ora espessas ora delgadas, geralmente pouco organizadas. Quanto ao tecido conjuntivo, ele é bem vascularizado e rico em fibroblastos. No terço médio, as trabéculas ósseas são mais regulares, porém delgadas, deixando amplos espaços inter- trabeculares. Já no terço apical, evidenciam-se trabéculas ósseas bem organizadas. A crista óssea acha-se remodelada.

- No 24º dia pós-operatório, Veronese (2004) descreve os resultados com Articaíne 100®, após irrigação intra-alveolar, contendo um epitélio da mucosa gengival recobrindo a totalidade do alvéolo dental, mas exibindo um tecido conjuntivo subjacente com moderado número de fibroblastos e

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alguns macrófagos e linfócitos. Quanto aos terços cervical e médio, o alvéolo dental acha-se ocupado por trabéculas ósseas delgadas com inúmeras áreas ocupadas por tecido conjuntivo sem diferenciação óssea.

Ao nível do terço apical, a neoformação óssea é mais discreta com extensas áreas com tecido conjuntivo exibindo pequeno número de fibroblastos.

Quanto ao trabalho de Vancetto (2005), sobre o efeito tópico da Articaíne 100®, temos que o epitélio da mucosa gengival recobriu totalmente o alvéolo dental. No terço cervical há trabéculas ósseas espessas, porém com áreas ocupadas por tecido conjuntivo sem diferenciação óssea. Ao nível dos terços médio e apical, as trabéculas ósseas são mais deferidas, mas quanto ao tecido conjuntivo, ele é semelhante ao do terço cervical.

Com esta maneira de expor o capítulo de revisão de literatura, acreditamos que pudemos, com estas sucessivas descrições de resultados histológicos, informar ao leitor a quase totalidade de pesquisas realizadas, que estiveram ao nosso alcance, sobre o intrínseco estudo do processo de reparo alveolar após exodontia em ratos, com as inúmeras e diferentes técnicas de aplicação dos anestésicos Novocol 100® e Articaíne 100®.

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PROPOSIÇÃO

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PROPOSIÇÃO

É propósito deste estudo avaliar histológica e histometricamente, o terço médio alveolar do processo de reparo em feridas de extração dental em ratos, após exodontia e pressão com compressa de gaze embebida em solução de Novocol 100® ou Articaíne 100®. Avaliar ainda, histometricamente, a quantidade de tecido ósseo neoformado.

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MATERIAL E

MÉTODO

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MATERIAL E MÉTODO

Esta pesquisa foi previamente aprovada pela Comissão de Ética na Experimentação Animal do Programa de Pós-graduação em Clínica Odontológica da Universidade de Marília – UNIMAR (Anexo I).

Para o presente projeto, foram empregados 72 ratos (norvegicus, albinus, Wistar), machos, adultos, com peso entre 280 a 320 gramas, provenientes do Biotério da UNIMAR – Marília / SP. Estes animais foram escolhidos de forma aleatória, numerados e sorteados.

Todos os animais foram alimentados antes e durante o período experimental com ração sólida (Ralston Purina of Brasil – São Paulo / SP – Brasil) e água a vontade. Na noite que antecedeu o experimento, os animais tiveram o fornecimento de ração suspenso, o que foi mantido até o término do efeito anestésico. Os mesmos permaneceram alojados em caixas plásticas, em número de 4 para cada uma, em condições controladas de iluminação, com ciclos de 12 horas de luz por dia e temperatura entre 21 e 25°C. Os animais foram divid idos em 3 grupos de 24 animais cada, e se prestaram para constituir os grupos I (Controle), II (Novocol 100®) e III (Articaíne 100®).

As soluções anestésicas analisadas neste estudo foram:

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1) Novocol 100®, fabricada pela SS White Artigos Dentários Ltda, Rio de Janeiro / RJ, Brasil. Composta de cloridrato de lidocaína 2%, cloridrato de fenilefrina 1:2500, cloreto de sódio, metabissulfito de sódio, metilparabeno e água destilada (figura 1).

2) Articaíne 100®, fabricada pela DFL Produtos Odontológicos, Rio de Janeiro / RJ, Brasil. Composta de cloridrato de articaína 4%, adrenalina base 1:100.000, metabissulfito de sódio, cloreto de sódio e água destilada (figura 2).

Fig. 1. Embalagem comercial NOVOCOL 100®

Fig. 2. Embalagem comercial Articaíne 100®

No procedimento cirúrgico, os animais foram anestesiados por infiltração intramuscular de um relaxante muscular, o cloridrato de xilazina

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(Doposer ®) (figura 3), seguido do anestésico, o cloridrato de cetamina (Vetanarcol ®) (figura 4), na dosagem indicada pelos fabricantes (anexo II).

Fig. 3. Dopaser®- Laboratórios Calier Barcelona/Espanha

Fig. 4. Vetanarcol ®- Laboratório König do Brasil Santana do Parnaíba/SP-Brasil

Após anti-sepsia do campo operatório, empregando-se a polivinilpirrolidona iodada (PVP-I – Rioquímica, São José do Rio Preto / SP – Brasil), o incisivo superior direito de cada animal foi extraído com auxílio de um sindesmótomo (figuras 5 e 6) e um fórceps (figuras 7 e 8) especialmente adaptados para este fim (OKAMOTO & RUSSO, 1973).

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Fig. 5: Sindesmótomo em posição paRa fins de luxação do dente.

Fig. 6: Sindesmótomo em posição após luxação do dente.

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Fig. 7: Fórceps em posição para fins de exodontia do incisivo.

Fig. 8: Fórceps com o dente após a exodontia.

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A seguir, nos ratos do grupo I (Controle), foi realizada a hemostasia da ferida cirúrgica por meio de uma gaze estéril embebida em soro fisiológico, mantida sobre pressão em contato com a mesma, por dois minutos, seguida de sutura com fio de seda 4-0 (Ethicon – Johnson &

Johnson, São Jose dos Campos/ SP – Brasil).

Fig. 9: Alvéolo dental após exodontia do incisivo.

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Fig. 10: Gaze embebida em soro fisiológico sobre a ferida cirúrgica.

Fig. 11: Sutura da mucosa da ferida cirúrgica com fio de seda.

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No grupo II (Novocol 100®), foi realizada a hemostasia da ferida cirúrgica por meio de gaze estéril embebida em solução de Novocol 100®, mantida sobre pressão em contato com a mesma por dois minutos, seguida de sutura com o mesmo fio usado no grupo I.

No grupo III (Articaíne 100®), foram realizados os mesmos procedimentos do grupo II, sendo utilizado o anestésico Articaíne 100®.

Em número de 8 animais para cada grupo, controle e tratados, os ratos foram sacrificados por inalação excessiva de éter sulfúrico, aos 7, 15 e 24 dias após o ato cirúrgico.

Para a obtenção da peça, a maxila direita do animal foi separada da esquerda ao nível da linha sagital mediana, com o emprego de uma lâmina de bisturi n° 11. Um corte com tesoura reta de pont a romba, tangenciando- se a face distal do último molar, possibilitou a obtenção dos tecidos de interesse contendo a mucosa e o alvéolo do incisivo superior direito.

As peças obtidas foram fixadas em formalina neutra a 10%

(Aphoticário – Farmácia de Manipulação, Araçatuba / SP – Brasil), e descalcificadas em solução de EDTA a 20% (Aphoticário – Farmácia de manipulação, Araçatuba / SP – Brasil).

Seguiu-se então o processamento laboratorial de rotina para inclusão em parafina, para permitir a microtomia da peça no sentido longitudinal e vestíbulo-lingual. Dos blocos assim obtidos, foram colhidos cortes seriados, com espessura de 6 micrômetros. Os cortes foram corados pela técnica de hematoxilina e eosina para análises histológica e histométrica.

Para a análise histológica foi utilizado um microscópio óptico comum.

Na análise histométrica foi usado um sistema de análise de imagem auxiliada por computador. Para a realização desta análise, foi utilizado o software Jandel Sigmascan PRO (Jandel Corporation®. Version 2.0, San Rafael, CA, EUA). Para a tomada das imagens dos cortes histológicos, utilizou-se uma câmera digital (JVC TK-1270 Color Vídeo Câmera, Victor Company of Japan, ltda, Tokyo, Japan) acoplada a um microscópio (Axiolab, Carl Zeiss Jena; Jenamed 2) conectado ao computador (Pentium III, 700MH, 158MB RAM).

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Foi relacionado 1 (um) corte histológico do terço médio do alvéolo, no sentido longitudinal de cada animal, dos grupos controle e tratados, nos tempos de 7, 15 e 24 dias, para análise quantitativa. Para tanto, utilizamos de uma câmera digital e o programa “VideoCap”, que captura as imagens do microscópio óptico e as passam para o computador. As imagens de cada corte histológico foram tomadas no microscópio óptico utilizando-se de uma objetiva de aumento de 32x, selecionadas e transferidas para o software Jandel Sigmascan.

Para a padronização da análise histométrica, foi estabelecido o seguinte critério: as áreas analisadas foram divididas em área total (AT) (correspondendo a toda a imagem tomada) e área de tecido ósseo neoformada (AON).

Usando-se os recursos do software Jandel Sigmascan, obteve-se então o valor da área total (AT), valor este correspondente a 100% da área da imagem histológica do terço médio do alvéolo, e os valores medidos foram transferidos automaticamente para uma planilha de cálculos em pixel (anexos III, IV e V). Com o auxílio da unidade de conversão pixel/mm² e uma regra de três, chegamos ao resultado da área total em mm² (anexos III, IV e V).

FÓRMULA DO CÁLCULO DA ÁREA TOTAL EM mm²:

1 mm²_____ 124 pixel X mm² _____ AT pixel

Procedeu-se então a obtenção do valor da área de osso neoformado (AON), e com o auxílio da unidade de conversão pixel/mm², conseguimos o valor em mm² da área (anexos III, IV e V).

Os valores da AON de cada animal foram usados para o cálculo da média e dos desvios-padrão dos grupos, controle e tratados, sendo estes convertidos em porcentagem, considerando a AT como sendo 100% da área (anexos III, IV e V) de acordo com a fórmula sugerida por Nagata et al.

(2003).

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AON (mm²)/ AT (mm²) x 100

Nos valores de AON, os animais foram representados pela porcentagem média dos 8 cortes histológicos de cada grupo, aos 7º, 15º e 24º dias pós-operatórios, com o objetivo de minimizar o erro das medidas.

Para a comparação entre os grupos em estudo foi utilizada a Análise de Variância de dois fatores e quando o resultado do teste F foi significante utilizou-se o teste de comparações múltiplas de Tukey para detectar diferenças significativas entre os grupos, adotando-se em todos os testes o nível de significância de 5% de probabilidade para a rejeição da hipótese de nulidade (ARMITAGE e BERRY, 1997).

No Quadro 1, estão resumidas as características dos dois fatores em estudo: Fator A (droga) e Fator B (tempo), ambos em três níveis.

Quadro 1 – Fatores em estudo e respectivos níveis.

Fator A (droga) Fator B (tempo)

Con. Controle (C) 1 7 dias (7)

Art. Articaíne 100® (A) 2 15 dias (15) N

Í V E I S

Nov. Novocol 100® (N) 3 24 dias (24)

Os tratamentos correspondentes ao delineamento em esquema fatorial 3x3 estão resumidos nos Quadro 2.

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Quadro 2 – Tratamentos realizados no presente estudo.

Con. 1 (C x 7) Art. 1 (A x 7) Nov. 1 (N x 7) Con. 2 (C x 15) Art. 2 (A x 15) Nov. 2 (N x 15) Con. 3 (C x 24) Art. 3 (A x 24) Nov. 3 (N x 24)

No presente estudo, os resultados histométricos terão os valores expressos em porcentagens (tabela 1), com um intervalo de variação de 1,78% a 93,99%, tornando-se necessário realizarmos a transformação desses dados, no caso a transformação angular arcosen√(x+5)/100 (tabela 1), com o objetivo dos dados passarem a apresentar uma distribuição aproximadamente normal (BOZATTO e KRONKA, 1989).

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Tabela 1 – Dados dos tratamentos e respectivos dados originais e transformados.

Parâmetros Unidade amostral

Dados originais

Trat. N Média Var 1 2 3 4 5 6 7 8

Con. 1 8 7,94 9,10 10,41 6,74 3,74 11,47 4,07 7,19 8,86 11,05 Con. 2 8 47,19 124,32 52,21 60,23 26,46 53,64 52,30 50,12 48,32 34,24 Con. 3 8 73,78 396,55 64,26 93,99 37,47 63,95 89,06 88,87 62,38 90,23 Art. 1 8 7,59 3,09 5,77 7,68 9,22 10,53 5,69 7,81 8,14 5,85 Art. 2 8 22,86 46,67 15,19 27,87 30,40 13,73 15,56 26,95 25,00 28,15 Art. 3 8 40,66 43,33 31,31 37,08 42,85 49,52 35,79 36,78 42,45 49,48 Nov. 1 8 2,38 0,23 1,78 2,91 2,18 1,82 2,92 2,24 2,93 2,25 Nov. 2 8 15,26 20,91 20,94 18,35 9,95 19,95 17,13 9,74 10,74 15,31 Nov. 3 8 30,49 2,93 29,67 33,33 28,83 28,75 32,85 29,92 30,28 30,28

Dados transformados

Trat. N Média Var 1 2 3 4 5 6 7 8

Con. 1 8 20,97 6,93 23,11 20,04 17,20 23,94 17,53 20,43 21,86 23,62 Con. 2 8 46,24 42,16 49,15 53,87 34,12 49,98 49,20 47,94 46,90 38,79 Con. 3 8 65,18 228,26 56,33 84,23 40,67 56,14 75,89 75,67 55,17 77,38 Art. 1 8 20,74 2,28 19,16 20,86 22,15 23,21 19,08 20,97 21,25 19,23 Art. 2 8 31,69 19,94 26,70 34,98 36,51 25,64 26,96 34,42 33,21 35,15 Art. 3 8 42,49 14,44 37,05 40,44 43,76 47,59 39,69 40,27 43,54 47,57 Nov. 1 8 15,75 0,28 15,09 16,33 15,54 15,13 16,35 15,61 16,36 15,62 Nov. 2 8 26,63 10,91 30,62 28,90 22,75 29,97 28,06 22,58 23,37 26,79 Nov. 3 8 28,69 117,13 15,09 16,33 15,54 35,52 37,97 36,22 36,44 36,44

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RESULTADOS

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RESULTADOS

1. Resultados Histológicos

Os resultados histológicos serão descritos em função dos períodos pós-operatórios e dos eventos biológicos verificados ao nível do terço médio do alvéolo dental.

7 DIAS

Grupo I (Controle): Junto ao terço médio observa-se a presença de tecido conjuntivo neoformado com elevado numero de fibroblastos ao lado de alguns macrófagos e linfócitos. Nas proximidades da parede óssea alveolar, evidenciam-se delgadas trabéculas ósseas com osteoblastos em suas bordas (figs. 12 e 13). Em inúmeros pontos observa-se coágulo sanguíneo sem organização e a parede óssea alveolar mostra-se íntegra.

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Fig. 12: Grupo I (Controle). 7 dias. Próximo à parede óssea alveolar, presença de delgadas espículas ósseas com osteoblastos em suas bordas. HE, original 63x.

Fig.13: Grupo I (Controle). 7 dias. Próximo a parede óssea alveolar, presença de delgadas espículas ósseas com osteoblastos em suas bordas. HE, original 63x.

Referências

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