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2.4. Subsector TRABALHO DA PEDRA (CAE 267)

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2.4. Subsector ‘TRABALHO DA PEDRA’ (CAE 267)

a)

Universo, Dimensão e Emprego Empresarial do ‘Trabalho da Pedra’

O ‘trabalho da pedra’ tinha 2.001 empresas em 2004, ocupando a 1ª posição nos OPMNM com um peso sectorial2004 de 42,5% e 2,5% na estrutura do nº empresas da indústria transformadora nacional.

Foi o subsector maior criador líquido de empresas OPMNM, entre os anos 1999 e 2004, com uma variação de +220 empresas (+12,3%), uma média1999-2004 de 1.905 empresas

[máximo2002 = 2.009 ; mínimo2001 = 1.738],.

Predominam as microempresas dado cada empresa ter tido em média 8 trabalhadores

[máximo1999-2001 = 8 ; mínimo2002-2004 = 7].

As PME são predominantes no ‘trabalho da pedra’ em termos comunitários (~99%).

(3)

O ‘trabalho da pedra’ empregava 14.913 trabalhadores em 2004, em Portugal, sendo o 2º subsector OPMNM maior empregador, tendo criado 978 empregos desde 1999, justificado pela variação líquida de + 220 empresas em operação [taxa de variação 2004/1999 = +7% ao ritmo médio anual de 1,4%] e passou de um peso de:

o 19% do emprego dos OPMNM para 24,3%;

o 1,4% do emprego da indústria transformadora para 1,7%.

b)

Sistemas de Gestão da Garantia da Qualidade e Gestão Ambiental das empresas do ‘Trabalho da Pedra’

O subsector de ‘trabalho da pedra’ com 2.001 empresas tinha com registo de certificação no IPAC:

o 22 com certificação do Sistema de Gestão da Garantia da Qualidade da Empresa de acordo com as NP-EN-ISO 9001:2000 1,1% das empresas certificáveis ~12% do total de certificações dos OPMNM;

(4)

c)

Capacidade Instalada e Nível de Produção do ‘Trabalho da Pedra’

O ‘trabalho da pedra’, (CAE 267):

o inclui as operações realizadas fora das pedreiras de serragem dos blocos extraídos, corte em diferentes dimensões, polimento, acabamento, selecção e embalagem; o abrange os artigos com base nas rochas ornamentais (mármores e granitos), outras

rochas e pedras e em ardósia, com origem nos recursos geológicos não metálicos extraídos nas pedreiras, muitas das quais situadas em Portugal, onde existem boas reservas;

o integra 3 principais famílias de produtos: ‘pedra de cantaria/construção’; ‘pedra para calcetar’;

‘ardósia natural trabalhada’.

o distingue-se pelos artigos poderem ser comercializados com maior ou menor integração de fases de transformação.

Na Europa a produção do subsector ‘trabalho da pedra’ é maioritariamente liderado pela Itália, Espanha e Portugal e na Ásia pela China e Índia.

No caso italiano a liderança é feita, também, pela sua organização industrial a montante e a jusante actuando sobre os factores propiciadores de um mais acentuado valor dos produtos através da marca, design, capacidade de resposta aos clientes, controle da rede de comercialização / distribuição, fornecimento dos bens de equipamento associados à actividade.

A taxa média de evolução anual do índice de produção na U E-25 do ‘trabalho da pedra’ foi:

o crescimento de 2,3% entre 1993-1997; o decrescimento de 1,9% entre 1998-2004.

(5)

O ‘trabalho da pedra’ nacional teve uma produção média1999-2004 de 591 milhões € e teve uma evolução oscilante mas, decrescente com uma redução de -21 milhões € no período 1999-2004, tendo passado de 600 milhões € em 1999 para 580 milhões € em 2004, reduzindo a sua importância relativa em valor de 13,6% para 12,8% nos OPMNM e na indústria transformadora de 0,97% para 0,87%,caracterizando-se por:

o produção máxima2001 = 614 milhões €; o produção mínima2002= 566 milhões €;

o variação produção de -3,5% em 6 anos mas, a um ritmo médio de -0,7% ao ano que foi inferior a menos de metade do da U E;

o a maior variação relativa (base valor) verificou-se entre 2003/2002 com +2%; o a menor variação relativa (base valor) ocorreu entre 2002/2001 com -7,8%.

A produção média por trabalhador, em valor, do ‘trabalho da pedra’ foi de 40.883 €, tendo passado dos 43.077 € em 1999 para os 38.863 € em 2004, sendo decrescente a 2% ao ano, havendo uma criação líquida de PT no subsector a um ritmo anual de +1,4% e um decrescimento médio anual da produção em valor absoluto de -0,7%. O mínimo da produção média por trabalhador no período verificou-se em 2002, ano em que foram criados 764 PT líquidos, acompanhados por um decréscimo de 48 milhões € no valor da produção entre 2002/2001.

A produção média por empresa1999-2004 foi de 312 mil €, tendo atingido o seu pico máximo de 353 mil € em 2001, tendo ocorrido nesse ano a redução líquida de 164 das empresas do ‘trabalho da pedra’ existentes em 2000, acompanhado do máximo do valor da produção do período.

A trajectória 2004/1999 foi de decrescimento do valor da produção média por unidade empresarial, passando dos 337 mil € em 1999 para os 289 mil € em 2004, equivalente a uma variação de quase -15% no período (-3% ao ano).

(6)

A grande queda da produção do subsector do ‘trabalho da pedra’ verificada em 2002 e seguintes em relação aos valores dos anos anteriores 1999-2001 tem confirmação através da análise quantitativa e em valor dos minérios não metálicos associados que constituem as suas matérias-primas a serem transformadas (desenvolvido em ponto posterior).

(7)

d)

Volume de Negócios do ‘Trabalho da Pedra’

O consumo do subsector ‘trabalho da pedra’ destina-se à construção, monumentos, arte funerária, pavimentos, estradas e outros fins.

A maior procura mundial tem origem na construção civil e obras públicas.

A relação entre a produção do subsector de ‘trabalho da pedra’ e o VN médios no período foi de 97,5%, com uma máxima em 2001 (99,1%) e mínima em 2003 (95,9%).

(8)

O VN2004 da actividade portuguesa de ‘trabalho da pedra’ representou 599 milhões €, variou -15,5 milhões € entre 2004/1999 a uma taxa média de -0,5 % ao ano, pesando em 2004:

o 0,83% na indústria transformadora

[taxa de variação1999/2004 = -12,6%, passando de 0,94% em 1999 para 0,83% em 2004]; o 12,39% na estrutura do sector de OPMNM

[taxa de variação1999/2004 = -6,1%, passando de 13,2% em 1999 para 12,39% em 2004].

Mais de 2/3 (70,4%) do VN do subsector do ‘serragem, corte e acabamento da pedra’ foi em 2004 absorvido pelo mercado nacional, 16,5% teve como destino a U E e 13,1% os Países Terceiros.

(9)

e)

Exportações / Importações / Saldo da Balança Comercial com o Exterior / Taxa de Cobertura das Importações pelas Exportações do ‘Trabalho da Pedra’

A exportação do subsector ‘trabalho da pedra’ (267) caracterizou-se por: o ocupar a 5ª posição e pesar 7% na exportação OPMNM mundial2004;

o ter tido no universo da U E-25, em 2004, um excedente da balança comercial com os países não comunitários de 540 milhões €, destacando-se a Itália como o país maior exportador com uma quota superior a 50% e o maior importador com uma parcela que excedeu os 20%;

o posicionar-se em 4º lugar com 12,8% na exportação nacional de OPMNM, traduzindo-se no subsector dos OPMNM portugueses com a maior expressão relativa no comércio internacional, representando 2,65% das exportações mundiais; o a distribuição, em 2005, das exportações nacionais pelos produtos do subsector

face ao seu peso nos OPMNM demonstram a importância da ‘pedra de cantaria / construção’, cabendo:

10% à ‘pedra de cantaria/construção’, com uma média1996-2005 de 118 milhões €, um

máximo2001 = 136 milhões € , um mínimo1996 = 103 milhões €, uma taxa de variação2005/1996 = +15,4% e uma taxa de variação média anual = +1,6%;

2,6% à ‘pedra para calcetar’, com uma média1996-2005 de 35 milhões €, um

máximo2000 = 48 milhões €, um mínimo2002 = 27 milhões €, uma taxa de variação2005/1996 = -1,1% e uma taxa de variação média anual = -0,1%;

0,2% à ‘ardósia natural trabalhada’, com uma média1996-2005 de 1,7 milhões €, um máximo2005 = 2,2 milhões €, um mínimo1998 = 0,9 milhões €, uma taxa de variação2005/1996 = +88,3% e uma taxa de variação média anual = +7,3%;

o houve flutuações positivas e negativas da procura externa nas 3 famílias de produtos portugueses deste subsector ao longo do período 1996-2005, sendo que as taxas de variação média anual no período se encontram no intervalo [+7,3% ; -0,1%] e que a maior procura se concentrou na ‘pedra de cantaria/construção’ com 78% do subsector, a que se seguiram a ‘pedra para calcetar’ (20,5%) e a ‘ardósia natural trabalhada’ (1,5%);

(10)

o ter-se posicionado como o 2º subsector quanto ao saldo comercial2005 dos OPMNM, contribuindo com +26%, tendo tido nos 10 anos sempre saldos positivos da balança comercial com o exterior, sendo o saldo médio do período de aprox. 123 milhões €, o máximo 2000 = +145M€ e um mínimo2002 = +110M€);

o ter tido em 2005 a melhor das taxas de cobertura subsectoriais com 401%, não obstante a degradação dessa relação verificada desde 1997;

o destacou-se em 2005 a taxa de cobertura da ‘pedra para calcetar’, embora este produto

não possua a maior expressão em valor absoluto no subsector.

f)

Preços do ‘Trabalho da Pedra’

Não foram obtidos dados desagregados que permitam analisar os preços praticados do subsector do ‘trabalho da pedra’.

(11)

g)

Custos Operacionais e Resultados Operacionais do ‘Trabalho da Pedra’

As matérias-primas que foram alvo de transformação e que constituem as ‘rochas ornamentais’ caracterizaram-se no período 1999-2005 da forma que se explicita nos pontos seguintes.

o Os ‘mármores e calcários’ produzidos pesaram no total da produção de ‘rochas ornamentais’:

27,5% em quantidade, tendo ocorrido um máximo de 881.204 tons. em 2000 e uma variação de -14,2% entre 2005/1999;

48,5% em valor, verificando-se um máximo de 84 milhões € em 2001, e uma variação de +1,5% entre 2005/1999, dada a apreciação de +18,3% dos valores médios unitários;

o Os ‘granitos e similares’, inversamente após a queda de 2002 tiveram uma recuperação imediata, alcançando em 2005 a sua melhor produção 1999-2005 e representaram:

19,1% em quantidade, tendo ocorrido um máximo de 675.3680 tons. em 2005 e uma variação de +38,9% entre 2005/1999;

(12)

18,6% em valor, verificando-se um máximo de 33 milhões € em 2005, e uma variação de +17,4% entre 2005/1999, tendo os valores médios unitários depreciado - 15,5%.

o A ‘pedra para calçada’ e a ‘pedra rústica’ tiveram oscilações, nunca voltando a atingir os seus máximos quantitativos de 2001, não obstante o valor da produção ter continuado a crescer dada a apreciação dos seus valores unitários, que foi de +7,8% na ‘pedra para calçada’ mas, mais notória no caso da ‘pedra rústica’ (+34,1%) e constituíram, respectivamente:

40,9% em quantidade do conjunto das rochas ornamentais e 22,2% em valor; 11,2% em quantidade e 8% em valor.

(13)

o a ‘ardósia e xisto’ representaram 1,2% em quantidade e 2,7% em valor do total das rochas ornamentais, tiveram o seu pico máximo quantitativo em 2000, um ano antes das restantes substâncias e o seu mínimo ocorreu em 2005, embora o valor da produção tenha continuado a crescer dada a apreciação dos valores médios unitários.

(14)

h)

VAB – Valor Acrescentado Bruto do ‘Trabalho da Pedra’

Quanto ao ‘trabalho da pedra’, que inclui a serragem, corte e acabamento da pedra, o VAB comunitário2002 gerado foi de ~ 5,5 biliões €, representando quase 8% do VAB OPMNM e 0,3% do VAB total da indústria transformadora da U E-25, para o qual os Estados - Membros que pesaram ~2/3 no VAB do subsector foram a Itália (28,1%), Espanha (20,8%) e Alemanha (16,7%).

Portugal é um dos países mais especializados neste domínio, conjuntamente com Chipre, Espanha e Itália, tendo o subsector português de ‘trabalho da pedra’ contribuído com 4% para o VAB gerado pelo subsector comunitário em 2002.

Quanto à comparação estrutural U E-25 / Portugal, verificamos que o subsector português de ‘trabalho da pedra’ teve um peso de 12% no VAB gerado nos OPMNM em 2002, estando acima da respectiva média comunitária de 8%.

O VAB 2004 pm criado em Portugal no subsector do ‘trabalho da pedra’ teve um acréscimo1999-2004 de 26,3 milhões € ou seja, registou uma taxa de variação de +12,8% em relação a 1999 (ritmo de variação anual ≅ +2,4%), tendo passado de 206,2 milhões € em

1999 para 232,5 milhões € em 2004, caracterizando-se por:

o significar 13,8%do VAB 2004 do sector OPMNM (ritmo de variaçãoanual ≅ +4,3%);

o representar 1,2% do VAB da indústria transformadora (ritmo de variaçãoanual ≅ +0,9%).

(15)

O VAB / VN1999-2004 no subsector ‘trabalho da pedra’ nacional foi em média de 36,9%, com um máximo de 38,8% em 2004 e um mínimo de 33,6% em 1999 (taxa de variaçãomédia anual ≅ +3%).

(16)
(17)

i)

Investimento Bruto em Bens Tangíveis do ‘Trabalho da Pedra’

No subsector do ‘trabalho da pedra’ o investimento médio anual1999-2004 foi de ~49 milhões € e caracterizou-se por:

o máximo2000 = ~66 milhões €; o mínimo2002 = ~36 milhões €; o variação2004-1999 = -17 milhões €; o taxa de variação2004/1999 = -31%; o ritmo médio anual2004/1999 = -7,2%; o peso nos OPMNM2004 = 12%;

o peso na indústria transformadora2004 = 1,8%.

O investimento 1999-2004 face ao respectivo VN no ‘trabalho da pedra’ foi em média de 8,1% ou seja, 1,4 pontos percentuais acima da média dos OPMNM

[máximo2000 = 10,5% ; mínimo2002 = 6,2% ; taxa de variação2004/1999 = -29% ; ritmo médio anual2004/1999 = -6,7%].

O investimento 1999-2004 face ao VAB médio anual gerado no ‘trabalho da pedra’ foi de 22%, cerca de 4,2 pontos percentuais acima da média dos OPMNM

(18)

j)

Rendibilidade Líquida Média do ‘Trabalho da Pedra’

A rendibilidade média líquida das vendas anuais do período 1999-2004 foi de +0,8%, bastante baixa em relação às respectivas médias anuais do sector OPMNM e da indústria transformadora nacionais e correspondeu a uma perda significativa de rendibilidade, verificada com a viragem do sentido positivo de +2% em 1999 para negativo de -0,83% em 2003 e de -0,54% em 2004.

(19)

k)

Produtividade Aparente do Factor Trabalho do ‘Trabalho da Pedra’

O ‘trabalho da pedra’ nacional foi em 2004 a 1ª actividade com menor produtividade absoluta e relativa por trabalhador nos OPMNM e inferior à da indústria transformadora portuguesa. Obteve um dos piores resultados em produtividade por trabalhador2004/1999 e taxas de crescimento médio anual com uma variação absoluta = + 0,8 mil € taxa crescimento médio anual = + 1,1%.

A produtividade do ‘trabalho da pedra’ nacional foi, normalmente, bastante inferior às médias de produtividade aparente do factor trabalho da U E-25.

(20)

l)

Concorrência – Pontos Fortes e Fracos - Oportunidades e Desafios do ‘Trabalho da Pedra’

No subsector nacional do ‘trabalho da pedra’, neste caso as rochas ornamentais, as vantagens do reconhecimento da qualidade, ‘know-how’ e diversidade da oferta não é reforçado pela cooperação empresarial que vise a resolução de desvantagens competitivas comuns como a dimensão, o envelhecimento e falta de mão-de-obra e respectiva qualificação, fraco domínio de mercados, design dos produtos e minimização dos impactos ambientais negativos.

No subsector ‘trabalho da pedra’ torna-se importante a procura empresarial conjunta de soluções que minimizem os custos e elevem o valor acrescentado dos processos de exploração, comercialização e logísticos como forma de enfrentar a ameaça de aumento da disseminação de pedras trabalhadas provenientes de países que competem mundialmente através, principalmente, dos baixos custos salariais.

Referências

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