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Emprego da teoria de valores extremos na construção de modelos espaço-temporais de temperaturas

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(1)

Flavio Ferraz Vieira

Emprego da Teoria de Valores Extremos na

constru¸

ao de modelos espa¸

co-temporal de

temperaturas

Niter´oi - RJ, Brasil

(2)

Flavio Ferraz Vieira

Emprego da Teoria de Valores

Extremos na constru¸

ao de modelos

espa¸

co-temporal de temperaturas

Trabalho de Conclus˜ao de Curso

Monografia apresentada para obten¸c˜ao do grau de Bacharel em

Estat´ıstica pela Universidade Federal Fluminense.

Orientador: Prof. Dr. Marco Aur´elio dos Santos Sanfins

Co-Orientador: Prof. Dr. Valentin Sisko

Niter´oi - RJ, Brasil

(3)

Universidade Federal Fluminense

Flavio Ferraz Vieira

Emprego da Teoria de Valores Extremos na

constru¸

ao de modelos espa¸

co-temporal de

temperaturas

Monografia de Projeto Final de Gradua¸c˜ao sob o t´ıtulo

“Em-prego da Teoria de Valores Extremos na constru¸c˜ao de modelos

espa¸co-temporal de temperaturas”, defendida por Flavio Ferraz

Vieira e aprovada em 20 de dezembro de 2018, na cidade de

Niter´oi, no Estado do Rio de Janeiro, pela banca examinadora

constitu´ıda pelos professores:

Prof. Dr. Marco Aur´elio dos Santos Sanfins

Departamento de Estat´ıstica – UFF

Prof. Dr. Valentin Sisko Departamento de Estat´ıstica – UFF

Prof. Me. Eduardo Ferioli Gomes Departamento de Estat´ıstica – UFF

(4)

Flavio Ferraz Vieira ; Marco Aurélio dos Santos Sanfins, orientador ; Valentin Sisko, coorientador. Niterói, 2018.

51 f. : il.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Estatística)-Universidade Federal Fluminense, Instituto de Matemática e Estatística, Niterói, 2018.

1. Modelagem. 2. Teoria dos Valores Extrems. 3. Estatística Espacial. 4. Temperaturas Extremas. 5. Produção intelectual. I. Sanfins, Marco Aurélio dos Santos, orientador. II. Sisko, Valentin, coorientador. III. Universidade Federal Fluminense. Instituto de Matemática e Estatística. IV. Título.

(5)

Resumo

Os fundamentos da teoria dos valores extremos foram inicialmente expostos por Fisher

e Tippett [1], que por defini¸c˜ao introduziram os trˆes tipos poss´ıveis de distribui¸c˜oes

as-sint´oticas dos valores extremos, conhecidas como Gumbel, de Fr´echet e de Weibull,

res-pectivamente.

No entanto, o primeiro a estudar e formalizar a aplica¸c˜ao estat´ıstica destas

distri-bui¸c˜oes foi Gumbel [2], cuja a metodologia tem sido frequentemente aplicada. Outras

contribui¸c˜oes importantes para o estudo de valores extremos foram dadas por Gnedenko

[3], que mostrou as condi¸c˜oes necess´arias e suficientes para a existˆencia das distribui¸c˜oes

assint´oticas dos valores extremos. Atualmente diversas ´areas do conhecimento est˜ao

uti-lizando a Teoria de Valores extremos para construir modelos preditivos, principalmente a

dados relacionados ao meio ambiente. Esse fato decorre das grandes mudan¸cas clim´aticas

que vem ocorrendo em nosso planeta nos dias atuais.

Atualmente v´arios centros mundiais de coleta de dados sobre condi¸c˜oes clim´aticas,

vem coletando informa¸c˜oes sobre as maiores temperaturas observadas em diversas ´areas do

planeta. Em especial atualmente o governo da ´India possui estas temperaturas m´aximas

coletadas com as respectivas latitude e longitude, possuindo um Hist´orico que abrange os

per´ıodos de 1951 at´e o ano de 2014. O objetivo deste projeto ´e utilizar a teoria de valores

extremos e com esta ser capaz de modelar os dados mencionados anteriormente, como

tamb´em obter um modelo preditivo.

Palavras-chaves: Modelagem, Teoria dos Valores Extremos, Estat´ıstica Espacial, Tempe-raturas Extremas. Statistics

(6)
(7)

Agradecimentos

Primeiramente agradecer a Deus pelo dom da vida e da sabedoria, sem ele nada disso

seria poss´ıvel. Aos meus pais Dirlene e Sebasti˜ao por toda educa¸c˜ao, apoio e suporte, meus

irm˜aos Paulo, Luiza e Diego pelos conselhos e sempre dispostos a oferecer um ombro

amigo, e minha melhor amiga e namorada Camila por todo amor, carinho e paciˆencia

durante toda minha trajet´oria. E todas as pessoas que contribu´ıram durante a minha

gradua¸c˜ao, diretamente ou indiretamente; a todos meus amigos em especial ao Carlos

Renan, meu orientador Marco e co-orientador Valentin, e toda minha equipe de trabalho da Fiocruz.

(8)

Lista de Figuras

Lista de Tabelas

1 Introdu¸c˜ao p. 11

1.1 Objetivos . . . p. 11

2 Referencial Te´orico p. 13

2.1 Teoria dos Valores Extremos . . . p. 13

2.1.1 Hist´orico . . . p. 13

2.2 Modelagem Univariada de Extremos . . . p. 14

2.2.1 Nota¸c˜oes . . . p. 14

2.2.2 Distribui¸c˜ao Exata e Limite do M´aximo . . . p. 15

2.3 Modelos Assint´oticos Para o M´aximo . . . p. 18

2.4 M´ax-Estabilidade . . . p. 21

2.4.1 Dominio de Atra¸c˜ao . . . p. 22

2.5 Distribui¸c˜ao de Valores Extremos Generalizada (GEV) . . . p. 23

2.6 Teste de Aderˆencia . . . p. 24

3 Materiais e M´etodos p. 26

3.0.1 Estima¸c˜ao via M´etodo de M´axima Verossimilhan¸ca . . . p. 27

3.0.2 Estima¸c˜ao via M´etodo de L-Momentos . . . p. 29

(9)

3.1.1 Estimativas Obtidas Por M´axima Verossimilhan¸ca . . . p. 31

3.1.2 Estimativas obtidas por L-Momentos . . . p. 33

3.2 Teste de Aderˆencia . . . p. 34

3.3 Teste Gr´afico . . . p. 34

3.4 Modelagem e Previs˜oes . . . p. 35

4 An´alise dos Resultados p. 36

5 Conclus˜ao p. 44

Referˆencias p. 45

(10)

1 Distribui¸c˜ao Acumulada da Weibull com α = −2, Fr´echet com α = 1 e

Gumbel . . . p. 19

2 Curva Estimada e Te´orica da Distribui¸c˜ao Assint´otica do M´aximo

Pa-dronizado . . . p. 20

3 Representa¸c˜ao da Aloca¸c˜ao das Temperaturas M´aximas na ´India . . . . p. 26

4 Regi˜oes da India . . . p. 27

5 Exemplo de um gr´afico de retorno . . . p. 35

6 Temperaturas M´aximas dos Anos de 1951 e 2014 . . . p. 36

7 Amplitude das Temperaturas M´aximas Anuais . . . p. 37

8 M´aximos e M´ınimos das Temperaturas M´aximas Anuais . . . p. 37

9 Desvio Padr˜ao das Temperaturas M´aximas Anuais . . . p. 38

10 M´edia das Temperaturas M´aximas Anuais . . . p. 38

11 Temperatuas m´aximas observadas e previstas a partir de 2004 . . . p. 40

12 Previs˜ao da Temperatura M´axima para 10 anos e seu IC . . . p. 41

13 Previs˜ao da Temperatura M´axima para 20 anos e seu IC . . . p. 42

(11)

Lista de Tabelas

1 Representa¸c˜ao da Divis˜ao de uma Vari´avel X em m Classes . . . p. 24

2 Valores cr´ıticos para as estat´ısticas de teste D+, D−, D e V . . . p. 32

3 Representa¸c˜ao do Teste de Aderˆencia de Pearson . . . p. 34

(12)

1

Introdu¸

ao

Em quase todas as ´areas da estat´ıstica a ordena¸c˜ao da amostra ´e imprescind´ıvel para

a an´alise dos dados, na Teoria dos Valores Extremos (TVE) tal etapa ´e crucial. O TVE

´e um ramo da probabilidade capaz de quantificar eventos extremos ou raros, atrav´es da

observa¸c˜ao de m´aximos (ou m´ınimos) de grupos de amostras. O TVE j´a ´e presente na

literatura por um tempo relativamente longo e suas aplica¸c˜oes j´a foram utilizadas em

diversas ´areas com interesse em observar eventos poucos frequentes, como na estima¸c˜ao

de eventos clim´aticos, c´alculo de seguros e eventos pouco comuns no mercado financeiro.

Por ser um campo f´ertil para a inferˆencia estat´ıstica e possuir aplica¸c˜oes em muitas

´

areas, permitiu a Teoria dos Valores Extremos obter uma vasta bibliografia, entre eles o

cl´assico livro de Gumbel [2], que foi o primeiro a estudar e formalizar os fundamentos da

teoria; outras contribui¸c˜oes importantes foram de Fisher e Tippett [1] que introduziram

as trˆes poss´ıveis distribui¸c˜oes assint´oticas dos valores extremos, conhecidos como Gumbel,

Frechet e Weibull, e Gnedenko [3] que mostrou as condi¸c˜oes necess´arias para a existˆencia

das distribui¸c˜oes assint´oticas dos valores extremos.

Por causa das grandes mudan¸cas clim´aticas que vem ocorrendo em nosso planeta nos

dias atuais, estudantes de diversas ´areas do conhecimento est˜ao utilizando a Teoria de

Valores Extremos para construir modelos preditivos, afim de prever e prevenir eventos

indesej´aveis.

1.1

Objetivos

A presente monografia tem por finalidade solidificar os conhecimentos e o manuseio

sobre vari´aveis que sejam coletadas segundo um padr˜ao espa¸co-temporal. Solidificar os

conhecimentos sobre a Teoria dos Valores Extremos; como suas distribui¸c˜oes assint´oticas

para os m´ınimos e m´aximos (Gumbel, Frechet e Weibull), as condi¸c˜oes necess´arias para

(13)

es-1.1 Objetivos 12

tima¸c˜ao dos seus parˆametros e os testes estat´ısticos para tais parˆametros. Estudar o

comportamento das temperaturas m´aximas da ´India nos anos de 1951 at´e 2014 e propor

v´arios modelos para os dados com a utiliza¸c˜ao da Teoria de Valores Extremos. E por fim,

analisar e comparar estudos anteriores e correlatos, com a nova proposta e gerar previs˜oes

(14)

2

Referencial Te´

orico

2.1

Teoria dos Valores Extremos

Essa se¸c˜ao aborda t´opicos sobre a Teoria dos Valores Extremos; seu hist´orico,

al-gumas ´areas de aplica¸c˜oes e seus conceitos, as distribui¸c˜oes assint´oticas dos m´aximos e

m´ınimos, suas condi¸c˜oes necess´arias e a distribui¸c˜ao dos valores extremos generalizada.

As nota¸c˜oes ser˜ao as mesmas utilizadas por Mendes [4]. Para um estudo mais detalhado

e intensificado sobre a Teoria dos Valores Extremos aconselha-se a leitura da tese de

doutorado denominada “Copulas para Distribui¸c˜oes Generalizadas de Valores Extremos

Multidimensionais”de Sanfins [5].

2.1.1

Hist´

orico

Eventos extremos s˜ao definidos como eventos raros, eventos que nunca foram

obser-vados ou foram obserobser-vados poucas vezes. Alguns exemplos cl´assicos desses eventos s˜ao as

crises financeiras, como a crise de 1929 ou desastres naturais, como tsunami, impacto de meteoros e terremotos. A Teoria dos Valores Extremos surgiu com o interesse de cons-truir um modelo preditivo que pudesse quantificar relativamente bem esses eventos, afim

de poder diminuir as consequˆencias ou preveni-los. De acordo com Pires [6], o impulso

dos estudos e da utiliza¸c˜ao do TVE se deu em 1953, quando barragens que protegem a

Holanda do avan¸co do mar se romperam e causaram a inunda¸c˜ao de boa parte do pa´ıs,

provocando a morte de 1800 pessoas. Ap´os o desastre, o governo da Holanda criou um

comitˆe que utilizava o ferramental ligado a Teoria dos Valores Extremos para estabelecer

a altura das barragens. Gumbel [2] diz que os interesses na constru¸c˜ao de modelos

predi-tivos de eventos extremos data desde o s´eculo XVII em estudos de astronomia. Apesar da

preocupa¸c˜ao dos estudos com a modelagem de valores extremos n˜ao ser algo relativamente

novo, os primeiros fundamentos da TVE foram inicialmente expostos por Fisher e Tippett

[1] em 1928, que por introduziram os trˆes tipos poss´ıveis de distribui¸c˜oes assint´oticas dos

(15)

2.2 Modelagem Univariada de Extremos 14

No entanto, o primeiro a estudar e formalizar a aplica¸c˜ao estat´ıstica destas

distri-bui¸c˜oes foi Gumbel [2] em 1954, cuja a metodologia tem sido frequentemente aplicada.

Outras contribui¸c˜oes importantes para o estudo de valores extremos foram dadas por

Gnedenko [3], que mostrou as condi¸c˜oes necess´arias e suficientes para a existˆencia das

distribui¸c˜oes assint´oticas dos valores extremos.

2.2

Modelagem Univariada de Extremos

Nessa se¸c˜ao ´e apresentada a distribui¸c˜ao assint´otica dos m´aximos e dos m´ınimos e

suas condi¸c˜oes necess´arias, a distribui¸c˜ao assint´otica generalizada e seus parˆametros.

2.2.1

Nota¸

oes

Seja X1, X2, ..., Xn uma amostra aleat´oria simples de uma v´ariavel X, com fun¸c˜ao de

distribui¸c˜ao acumulada FX(x). Frequentemente trabalha-se com a fun¸c˜ao de densidade

fX(x), logo FX(x) ´e definida como:

FX(x) = P (X ≤ x) =

Z x

−∞

fX(a)da,

a esperan¸ca da vari´avel X definida como:

E[X] =

Z ∞

−∞

xfX(x)dx,

e a variˆancia:

V ar[X] = E[(X − E[X])2].

A abordagem cl´assica da Teoria dos Valores Extremos consiste em caracterizar as

caudas da distribui¸c˜ao FX(x) a partir da distribui¸c˜ao do m´aximo ou m´ınimo. Para isto ´e

definido as estat´ısticas de ordem, as estat´ısticas de ordem k e o suporte da FX(x).

Defini¸c˜ao 2.2.1 (Estat´ısticas de Ordem) Seja (Xn)n≥1 uma sucess˜ao de vari´aveis aleat´orias,

s˜ao definidas estat´ısticas de ordem X(1), X(2), ..., X(n), que s˜ao as vari´aveis aleat´orias

or-denadas, tais que X(1) ≤ X(2) ≤ ... ≤ X(n).

Defini¸c˜ao 2.2.2 (Estat´ıstica de Ordem k) Seja (Xn)n≥1uma sucess˜ao de vari´aveis aleat´orias,

´e definida a k-´esima estat´ıstica de ordem como X(k), tal que X(1) ≤ X(2) ≤ ... ≤ X(k) ≤

(16)

Defini¸c˜ao 2.2.3 (Suporte da Fun¸c˜ao de Distribui¸c˜ao) Seja X ∼ FX(x), o suporte da

fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao de X ser´a:

xFX = sup{x ∈ R : FX(x) < 1}. (2.1)

2.2.2

Distribui¸

ao Exata e Limite do M´

aximo

Na TVE ´e dada uma aten¸c˜ao em especial para o suporte da FX(x) e as estat´ısticas de

ordem dos extremos, o m´ınimo e o m´aximo que s˜ao definidos como m´ınimo X(1) e m´aximo

X(n) de uma amostra i.i.d, ou seja:

X(1) = min{X1, X2, ..., Xn} e X(n) = max{X1, X2, ..., Xn}.

A fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao exata do m´aximo e do m´ınimo ´e obtida atrav´es da fun¸c˜ao

de distribui¸c˜ao de X.

Defini¸c˜ao 2.2.4 (Fun¸c˜ao de Distribui¸c˜ao do M´aximo) A fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao do m´aximo

´e definida como FX(n)(x) e ´e obtida a partir da distribui¸c˜ao de X, do jeito seguinte:

FX(n)(x) = F n X(x). Demonstra¸c˜ao. FX(n)(x) = P {X(n)6 x} = P {max(X1, X2, ..., Xn) 6 x} = P {X1 6 x, X2 6 x, ..., Xn6 x} i.i.d = P {X1 6 x} × P {X2 6 x} × ... × P {Xn6 x} = Pn{X 6 x} = FXn(x). e a do m´ınimo,

Defini¸c˜ao 2.2.5 (Fun¸c˜ao de Distribui¸c˜ao do M´ınimo) A fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao do m´ınimo

´e definida como FX(1)(x) e ´e obtida a partir da distribui¸c˜ao de X tal que:

FX(1)(x) = 1 − (1 − FX(x))

n.

(17)

2.2 Modelagem Univariada de Extremos 16 FX(1)(x) = P {X(1) ≤ x} = 1 − P {X(1) > x} = 1 − P {X1 > x, X2 > x, ..., Xn> x} i.i.d = 1 − P {X1 > x} × P {X2 > x} × ... × P {Xn> x} = 1 − Pn{X > x} = 1 − (1 − P {X ≤ x})n= 1 − (1 − F X(x))n.

Com isso, foram definidas as distribui¸c˜oes exatas do m´ınimo e do m´aximo, por´em

suas distribui¸c˜oes dependem do conhecimento da distribui¸c˜ao de X, que em muitos casos

´e desconhecida, entretanto o Corol´ario 2.2.9 afirma que para n suficientemente grande

esta distribui¸c˜ao ser´a degenerada. Mas para entender a demonstra¸c˜ao do Corol´ario 2.2.9,

´e preciso entender os conceitos de convergˆencia em probabilidade, em distribui¸c˜ao, e quase

certamente que s˜ao uns dos mais importantes resultados da estat´ıstica.

Defini¸c˜ao 2.2.6 (Convergˆencia em Probabilidade) Seja (Xn)n≥1uma sucess˜ao de vari´aveis

aleat´orias, e para qualquer ε > 0 temos que X converge em probabilidade para c se

lim

n−→∞P {|Xn− c| > ε} = 0, (2.2)

Denotado por X → c.p

Defini¸c˜ao 2.2.7 (Convergˆencia Quase Certamente) Seja (Xn)n≥1uma sucess˜ao de vari´aveis

aleat´orias, ´e dito que Xn converge quase certamente para X se

P (N ) = 1, sendo N = {w ∈ Ω|Xn(w) → X(w)}, (2.3)

Denotado por Xn

q.c.

→ X.

Defini¸c˜ao 2.2.8 (Convergˆencia em Distribui¸c˜ao) Sejam (Xn)n≥1uma sucess˜ao de vari´aveis

aleat´orias, ´e dito que Xn converge em distribui¸c˜ao para X se

lim

n→∞FXn(x) = FX(x), (2.4)

Denotado por Xn

d

(18)

´

E bastante intuitivo que os valores dos m´aximos s˜ao aquelas que se localizam pr´oximos

do limite superior do suporte da distribui¸c˜ao de X e que quando maior a sucess˜ao da

vari´avel X menor ser´a a distancia do m´aximo e do suporte . Isto indica que o

compor-tamento assint´otico Xn deve estar relacionado com a cauda de FX(x) perto de xFX. Isto

n˜ao ´e apenas intuitivo, mas tamb´em um Corol´ario (As afirma¸c˜oes feitas e os resultados

obtidos para o m´aximo, podem ser estendidos para os m´ınimos).

Corol´ario 2.2.9 (Convergˆencia em Probabilidade do M´aximo) Sejam X1, X2, ..., Xnvari´aveis

aleat´orias i.i.d com distribui¸c˜ao FX(x), para n→ ∞, X(n) converge em probabilidade para

o suporte, se xFX < ∞.

Demonstra¸c˜ao.

Para x < xF X temos que

P {Xn≤ x} = FXn(x)

n→∞

→ 0

e para xFX < ∞, temos que para x > xFX

P {Xn≤ x} = FXn(x) = 1

Logo foi demonstrado que Xn

p

→ xFX.

Corol´ario 2.2.10 (Convergˆencia Quase Certamente do M´aximo) Sejam X1, X2, ..., Xn

vari´aveis aleat´orias i.i.d com distribui¸c˜ao FX(x), para n → ∞, X(n) converge quase

cer-tamente para o suporte, se xFX < ∞.

Demonstra¸c˜ao.

Visto que a Sequˆencia Xn ´e n˜ao decrescente em n, o m´aximo converge quase

certa-mente para xFX. Para mais detalhes dessa demonstra¸c˜ao veja James [7].

Os Corol´arios 2.2.9 e 2.2.10 afirmam que n˜ao importa a fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao de

X, se o tamanho da amostra de m´aximos for suficientemente grande, a distribui¸c˜ao ´e

degenerada. Mas uma distribui¸c˜ao degenerada n˜ao fornece muita informa¸c˜ao, com isto, na

Se¸c˜ao 2.3 ´e apresentada a distribui¸c˜ao assint´otica do m´aximo, e atrav´es desta distribui¸c˜ao

(19)

2.3 Modelos Assint´oticos Para o M´aximo 18

2.3

Modelos Assint´

oticos Para o M´

aximo

Para conhecer-se a distribui¸c˜ao exata do m´aximo, ´e preciso conhecer a distribui¸c˜ao da

vari´avel X o que na pr´atica n˜ao ocorre frequentemente, e para n suficientemente grande

o m´aximo tem uma distribui¸c˜ao degenerada o que n˜ao fornece muita informa¸c˜ao. Mas,

o Teorema Fundamental de Fisher-Tippet fornece o resultado de convergˆencia fraca para

m´aximo centrado e normalizado e atrav´es do resultado desse teorema ´e poss´ıvel obter

informa¸c˜oes relevantes da distribui¸c˜ao original X atrav´es da distribui¸c˜ao assint´otica do

m´aximo.

Teorema 2.3.1 (Fisher-Tippet[1928]) Seja (Xn)n≥1uma sequˆencia de vari´aveis aleat´orias

i.i.d. Se existirem sequˆencias de constantes normalizadoras cn > 0 e dn ∈ R e uma

dis-tribui¸c˜ao n˜ao degenerada H(x) tal que

X(n)− dn

cn d

→ H(x),

ent˜ao H(x) ´e uma das 3 fun¸c˜oes distribui¸c˜ao abaixo:

Gumbel : HI(x) = exp{−e−x} , x ∈ R. (2.5) Fr´echet : HII(x) = ( 0 , x < 0 α > 0. exp{−x−α} , x > 0 (2.6) Weibull : HIII(x) = ( exp{−(−x)−α} , x ≤ 0 α < 0. 1 , x > 0 (2.7)

A Figura 1 apresenta um gr´afico com as distribui¸c˜oes do Teorema 2.3.1, Gumbel,

Frechet e Weibull com α igual a 1 e -2 respectivamente e um exemplo de convergˆencia do

(20)

−1 0 1 2 3 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 x Prob Weibull Fréchet Gumbel

Figura 1: Distribui¸c˜ao Acumulada da Weibull com α = −2, Fr´echet com α = 1 e Gumbel

Exemplo 2.3.2 Convergˆencia do m´aximo de uma distribui¸c˜ao Uniforme(0,1) para uma

Weibull com α = −1:

Suponha que X ∼ Uniforme(0, 1), ent˜ao sua fun¸c˜ao de densidade ser´a fX(x) = I(0,1)(x) e

sua fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao FX(x) = xI(0,+∞)(x). A distribui¸c˜ao exata do m´aximo ´e obtida

atrav´es da rela¸c˜ao FX(n)(x) = F

n

X(x), logo:

FX(n)(x) = x

n, 0 < x < 1.

O Teorema 2.3.1 indica que a distribui¸c˜ao do m´aximo possui uma distribui¸c˜ao

as-sint´otica H(x), ent˜ao

P X(n)− dn

cn

< x 

= PX(n) < xcn+ dn = (xcn+ dn)n.

Com isto, fazendo cn= 1n e dn= 1 temos que

lim n→∞  1 + x n n → ex

que coincide com a distribui¸c˜ao HIII(x) com o parˆametro α = −1, isto ´e,

X(n)− 1

1 n

n→∞

→ HIII(x).

(21)

2.3 Modelos Assint´oticos Para o M´aximo 20

a sua distribui¸c˜ao assint´otica no m´aximo padronizado, convergira para uma Weibull com

α = −1. A Figura 2 apresenta a curva estimada e a curva te´orica da distribui¸c˜ao

as-sint´otica do m´aximo padronizado do Exemplo 2.3.2, de uma amostra de m´aximos de

tamanho 100, retirados de blocos de tamanho igual a 5.

Figura 2: Curva Estimada e Te´orica da Distribui¸c˜ao Assint´otica do M´aximo Padronizado

Como mostrado no Exemplo 2.3.2, com n suficientemente grande, a distribui¸c˜ao do

m´aximo da vari´avel X convergira para alguma distribui¸c˜ao de H(x), para algumas

cons-tantes normalizadoras cn e dn. Embora as 3 distribui¸c˜oes n˜ao aparentam haver nenhuma

rela¸c˜ao, do ponto de vista matem´atico existe uma familiaridade entre elas.

Proposi¸c˜ao 2.3.3 (Rela¸c˜oes Entre os Modelos Assint´oticos do M´aximo) Seja X ∼ Frechet(α),

se X > 0 as rela¸c˜oes a seguir s˜ao v´alidas:

X ⇔ ln(Xα) ∼ Gumbel ⇔ −X−1 ∼ Weibull(−α)

A seguir s˜ao apresentadas as fun¸c˜oes de distribui¸c˜ao adicionadas com parˆametros de

(22)

Gumbel : HI(x) = exp{−e− (x−µ)σ } , x ∈ R. (2.8) Fr´echet : HII(x) = ( 0 , (x − µ) ≤ 0 α > 0. exp{− x−µσ −α} , (x − µ) > 0 (2.9) Weibull : HIII(x) = ( exp{−(−(x−µ)σ )−α} , (x − µ) ≤ 0 α > 0. 1 , (x − µ) > 0 (2.10)

O Teorema 2.3.1 nos da total condi¸c˜ao de estimar a distribui¸c˜ao assint´oticaX(n)−dn

cn 

atrav´es da fam´ılia H(x), sem nenhuma necessidade de utilizar a distribui¸c˜ao de X. Ap´os

encontrar a distribui¸c˜ao assint´otica do m´aximo, podemos encontrar informa¸c˜oes da

dis-tribui¸c˜ao de X atrav´es da seguinte rela¸c˜ao:

H(x) = FX(n)(x) = P {X(n)≤ x} = F n X(x) ent˜ao, FX(x) = n p H(x). (2.11)

O Teorema 2.3.1 tamb´em ´e valido para vari´aveis aleat´orias apresentando dependˆencia

temporal e heteroscedasticidade. Neste caso existe algumas condi¸c˜oes a serem verificadas.

Em essˆencia existem similiaridade entre o Teorema de Fisher-Tippett (TFT) e o

Teo-rema Central do Limite (TCL). O TCL estabelece que dentro das fun¸c˜oes de distribui¸c˜ao

n˜ao degeneradas apenas as distribui¸c˜oes est´aveis podem ser distribui¸c˜ao limites. O TFT

estabelece que apenas as distribui¸c˜oes m´ax-estaveis podem ser distribui¸c˜ao limite, veja

Mendes [4].

2.4

ax-Estabilidade

Como dito anteriormente uma das condi¸c˜oes para as distribui¸c˜oes do m´aximo

norma-lizado convergir para alguma das distribui¸c˜oes da fam´ılia H(x) ´e ela ser m´ax-est´avel. A

defini¸c˜ao mostra a condi¸c˜ao de uma distribui¸c˜ao ser m´ax-est´avel e diz que toda

distri-bui¸c˜ao m´ax-est´avel converge para ela mesma, logo s˜ao distribui¸c˜oes limite para o m´aximo

normalizado.

Defini¸c˜ao 2.4.1 (M´ax-Estabilidade) Sejam X1, X2, ..., Xn vari´aveis aleat´orias i.i.d de

uma distribui¸c˜ao FX(x), e sejam dn ∈ R e cn > 0 constantes normalizadoras. ´E dito

(23)

2.4 M´ax-Estabilidade 22 max(X1, X2, ..., Xn) d = cnX + dn, (2.12) e temos que lim n→∞F n X(cnx + dn) = H(x).

Provando que as distribui¸c˜oes m´ax-est´aveis coincide com as distribui¸c˜oes da fam´ılia H(x).

Teorema 2.4.2 A classe das distribui¸c˜oes que apresentam max-estabilidade coincide com

a classe de todas as distribui¸c˜oes limite poss´ıveis (n˜ao degeneradas) para o m´aximo

pa-dronizado de vari´aveis aleat´orias i.i.d.

2.4.1

Dominio de Atra¸

ao

O Teorema de Fisher-Tippett tem a seguinte aplica¸c˜ao direta: Se [FX(cnx + dn)]n ´e

n˜ao degenerada quando n ´e suficientemente grande, para certas constantes positivas cn e

dn∈ R, ent˜ao [FX(x)]n− H  x − dn cn  → 0, n → ∞. (2.13)

Para alguma H(x) pertencente as distribui¸c˜oes limites para m´aximos normalizados

e padronizados. Este fato permite que seja definido uma cole¸c˜ao de FX0 s que disp˜oem

de uma mesma distribui¸c˜ao limite. Chama-se Dom´ınio de Atra¸c˜ao a cole¸c˜ao de FX0 s que

disp˜oe da mesma distribui¸c˜ao limite.

Defini¸c˜ao 2.4.3 (Dom´ınio de Atra¸c˜ao) Se a convergˆencia 2.13 verifica, dizemos que

FX(x) pertence ao dom´ınio de atra¸c˜ao do m´aximo da distribui¸c˜ao de valores extremos

H(x). Nota¸c˜ao FX(x) ∈ M DA(H).

Entretanto a qualidade e a velocidade de convergˆencia da distribui¸c˜ao do m´aximo

para H(x) depende de FX(x), para cada FX(x) ∈ M DA(H). Como exemplo, temos o

m´aximo de uma Exponencial que converge mais rapidamente para uma Gumbel do que

ao m´aximo de uma Normal. Uma rela¸c˜ao de equivalˆencia para as FX0 s pertencentes ao

mesmo dom´ınio de atra¸c˜ao pode ser definida atrav´es do conceito de equivalˆencia de cauda.

(24)

denominadas equivalentes de cauda se ambas apresentarem um mesmo limite superior,

isto ´e, XFX = XGX e limx↑XFX

FX

GX = c, para qualquer constante no intervalo (0, ∞).

2.5

Distribui¸

ao de Valores Extremos Generalizada

(GEV)

Os trˆes tipos de distribui¸c˜oes, Gumbel, Fr´echet, e Weibull, s˜ao integrantes de uma

´

unica fam´ılia de distribui¸c˜oes: A distribui¸c˜ao de valores extremos generalizada

(Generali-zed Extreme Value, GEV ) padr˜ao, que refere-se as distribui¸c˜oes EV dentro de uma ´unica

fam´ılia, parametrizadas somente pelo parˆametro ξ e ´e denotada por Hξ(x).

Hξ(x) =    e−(1+ξx) −1 ξ , se ξ 6= 0 1+ ξx > 0. e−e−x , se ξ = 0 (2.14)

Quando ξ = 0 que ocorre na condi¸c˜ao de ξ → 0, a Hξ(x) adequa-se `a distribui¸c˜ao

de Gumbel. Quando ξ > 0 e ξ < 0 adequam-se as distribui¸c˜oes de Frechet e Weibull,

respectivamente.

A fam´ılia de loca¸c˜ao e escala ´e obtida, substituindo o x, por x−µσ , com µ ∈ R e

σ > 0, da seguinte forma: Hξ,µ,σ(x) =    e−(1+ξ(x−µσ )) −1 ξ , se ξ 6= 0 1+ ξ x−µσ  > 0. e−e −(x−µσ ) , se ξ = 0 (2.15)

A densidade da distribui¸c˜ao generalizada (GEV) denotada por hξ,µ,σ(x), ´e obtida

derivando Hξ,µ,σ(x) e resulta na seguinte densidade (Considerando µ = 0):

hξ,µ,σ(x) =          e−(1+ξ(xσ)) −1 ξ 1 σ(1 + ξ x σ) −1 ξ −1 , se ξ 6= 0 e − ∞ < x <  −σ ξ  ou ξ > 0 e x ≥−σξ  e−e−( x σ) 1 σe −x , se ξ = 0 e x ∈ R. (2.16)

(25)

2.6 Teste de Aderˆencia 24

2.6

Teste de Aderˆ

encia

O teste de aderˆencia de Pearson, ´e um teste de hip´oteses n˜ao param´etrico, e o teste

verifica se uma popula¸c˜ao P possui uma distribui¸c˜ao X, ele testa a hip´otese H0 : P = P0

com o n´ıvel de significˆancia α, ou seja:

(

H0 : P = P0

H1 : P 6= P0

(2.17)

O teste consiste em comparar os n´umeros observados em cada blocos com o n´umero

observado sob a hip´otese de que H0 ´e verdadeira. O procedimento consiste em considerar

classes, segundo as quais a vari´avel X, caracter´ıstica da popula¸c˜ao, pode ser classificada.

A vari´avel X pode ser qualitativa ou quantitativa, veja Bussab [8]. A tabela seguir

representa a forma geral para um teste de aderˆencia classificada em m classes.

Tabela 1: Representa¸c˜ao da Divis˜ao de uma Vari´avel X em m Classes

Classes da vari´avel X A1 A2 ... Am Total

Observados O1 O2 ... Om Pm i=1Xi Esperados E1 E2 ... Em Pm i=1Xi

A estat´ıstica a seguir possui uma distribui¸c˜ao qui-quadrado com m − 1 graus de

liberdade. m X i=i (Oi− Ei)2 Ei ∼ χ2 (m−1) (2.18)

Onde Oie Ei representa os valores observados e esperados para os blocos de i= 1,...,m

respectivamente, ap´os o calculo da estat´ıstica observada (χ2

(obs)), o crit´erio de decis˜ao ´e se

P(χ2m−1 > χ2(obs)) > α, n˜ao se rejeita H0.

Um grande problema deste teste ´e que muitas vezes na pr´atica ´e desconhecido os

parˆametros da distribui¸c˜ao X, de acordo com Artes [9], ´e poss´ıvel estimar estes parˆametros

desconhecidos e o teste de aderˆencia poder´a ser ajustado para se adequar a essas

es-tima¸c˜oes, a estat´ıstica 2.18 ter´a distribui¸c˜ao qui-quadrado com m − k − 1 graus de

liber-dade, sendo k o n´umero de parˆametros estimados.

Antes da aplica¸c˜ao do teste de aderˆencia ´e necess´ario evitar que alguns casos ocorram,

s˜ao eles:

(26)

(ii) Mais de uma classe com Ei inferior a 1.

Caso alguns desse casos ocorra, a aproxima¸c˜ao ao qui-quadrado n˜ao ´e mais apropriada,

al´em disso, o n´umero de classes para o teste deve respeitar a regra de Mann e Wald.

Defini¸c˜ao 2.6.1 (Regra de Mann e Wald) O n´umero de classes m para o teste de aderˆencia

(27)

26

3

Materiais e M´

etodos

Neste estudo foram investigados 360 s´ıtios localizados na ´India, cada s´ıtio registrou a

temperatura m´axima anual de 1951 a 2014 observados em um “grid”, a Figura 3 apresenta

os sitios e os grids; obtendo uma amostra com 64 registros de temperatura m´axima. Como

mostra a Figura 3, os s´ıtios e grids foram alocados de forma sequencialmente, por´em essa

localiza¸c˜ao n˜ao ´e a exata, al´em disso o interesse deste estudo ´e localizar microrregi˜oes mais

vulner´aveis a temperaturas altas, em que a sobrevivˆencia humana esteja em risco. Logo

foi feito uma estima¸c˜ao das temperaturas nas microrregi˜oes, para estimar as temperaturas

m´aximas, foram verificadas se um ou mais grids sobrepˆos uma microrregi˜ao e registrada

o m´aximo desse grids nelas. As microrregi˜oes da ´India ´e apresentada na Figura 4.

Figura 3: Representa¸c˜ao da Aloca¸c˜ao das Temperaturas M´aximas na ´India

+ + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + +

(28)

Figura 4: Regi˜oes da India

A ´India ´e composta por 666 microrregi˜oes, ap´os a estima¸c˜ao das temperaturas,

ape-nas uma microrregi˜ao n˜ao registrou nenhuma temperatura, ou seja, ap´os a estima¸c˜ao

obteve-se 665 amostras com 64 registros. An´alises descritivas foram feitas nesses dados e

apresenta¸c˜ao das temperaturas observadas em microrregi˜oes para todo o territ´orio.

Ap´os a introdu¸c˜ao das principais caracter´ısticas e conceitos relevantes em rela¸c˜ao

as distribui¸c˜oes de valores extremos e da GEV, torna-se imprescind´ıvel a utiliza¸c˜ao de

m´etodos para a estima¸c˜ao dos parˆametros ξ, µ, σ pertencentes a Hξ,µ,σ(x). As estimativas

para estes parˆametros podem ser obtidas por v´arios mecanismos estat´ısticos, incluindo o

M´etodo dos Momentos, M´etodo da Regress˜ao, M´etodo de M´axima Verossimilhan¸ca e o

M´etodo dos L-Momentos. No entanto, neste trabalho ´e apresentado o M´etodo de M´axima

Verossimilhan¸ca e o M´etodo dos L-Momentos, dado que os estimadores obtidos por esses

m´etodos apresentam boas propriedades, ajustes mais precisos e s˜ao os mais usados.

3.0.1

Estima¸

ao via M´

etodo de M´

axima Verossimilhan¸

ca

O M´etodo de M´axima Verossimilhan¸ca ´e amplamente empregado para a determina¸c˜ao

de estimadores pontuais. O princ´ıpio b´asico deste m´etodo firma-se na ideia de se encontrar

parˆametros que venham a maximizar a probabilidade de uma determinada amostra

repre-sentar de maneira mais adequada uma dada popula¸c˜ao. Ainda que em algumas ocasi˜oes

n˜ao seja poss´ıvel calcular os estimadores de m´axima verossimilhan¸ca, estes s˜ao

consisten-tes, eficientes e assintoticamente normais em condi¸c˜oes relativamente suaves, possuindo

muitas vezes boas propriedades de convergˆencia e tornando-se assim uma escolha popular

(29)

3 Materiais e M´etodos 28

parˆametros ξ, µ, σ pertencentes a GEV, podem ser alcan¸cados de maneira num´erica ao

se maximizar a fun¸c˜ao de verossimilhan¸ca, ou seja, s˜ao os valores em R × R × R+ que

maximizam L(ξ, µ, σ; (m1, ..., mm)) = m Y i=1 hξ,µ,σ(mi)I1+ξ σ(mi−µ)>0. (3.1)

A fun¸c˜ao de log-verossimilhan¸ca ´e dada por,

l(ξ, µ, σ; (m1, ..., mm)) = log[L(ξ, µ, σ; (m1, ..., mm))] = log[ m Y i=1 hξ,µ,σ(mi)]I1+ξ σ(mi−µ)>0 , (3.2) que ´e equivalente h´a l(ξ, µ, σ; (m1, ..., mm)) = m X i=1 log[hξ,µ,σ(mi)]I1+ξ σ(mi−µ)>0, (3.3)

e (m1, ..., mm) refere-se a uma amostra de m m´aximos.

Os EMV dos parˆametros ξ, µ e σ, denotados por ξ, µ e σ respectivamente, podem ser

obtidos por interm´edio da resolu¸c˜ao de um sistema de equa¸c˜oes n˜ao lineares, atingindo a

partir da diferencia¸c˜ao da fun¸c˜ao de verossimilhan¸ca ou log-verossimilhan¸ca em rela¸c˜ao

aos parˆametros.

• Para obter ξ basta resolver:

∂l(ξ, µ, σ; (m1, ..., mm))

∂ξ = 0,

• Para obter µ basta resolver:

∂l(ξ, µ, σ; (m1, ..., mm))

∂µ = 0,

• Para obter σ basta resolver:

∂l(ξ, µ, σ; (m1, ..., mm))

(30)

3.0.2

Estima¸

ao via M´

etodo de L-Momentos

Os L-momentos s˜ao tidos como varia¸c˜oes dos “Probability Weighted Moments”(PWM),

de Greenwood et al [10]. A estima¸c˜ao via L-Momentos apresenta a capacidade de

carac-terizar distribui¸c˜oes com caudas pesadas e, quando estimados, serem considerados mais

robustos a presen¸ca de valores extremos (outliers), os L-momentos possuem uma vantagem sobre os momentos convencionais.

Os L-momentos s˜ao medidas de posi¸c˜ao, escala e forma das distribui¸c˜oes de

probabi-lidade, similares aos momentos convencionais, por´em estimados por combina¸c˜oes lineares

da assimetria, da curtose e do coeficiente de varia¸c˜ao, veja Esmeria [11].

Segundo Hosking [12], os parˆametros estimados fazendo-se uso dos L-momentos

de-monstram, ocasionalmente, maior precis˜ao em amostras pequenas, se comparado com

as estimativas obtidas utilizando-se o M´etodo de M´axima Verossimilhan¸ca, ou seja, os

L-momentos s˜ao geralmente mais eficientes do que os EMV.

Os PWM de uma vari´avel aleat´oria Z podem ser definidos como:

ηp,r,s = E[Zp(F (Z))r(1 − F (Z))s].

No entanto, para este trabalho torna-se mais conveniente a utiliza¸c˜ao de um caso

particular, caracterizado por:

η1,r,0 = βr = E[Z(F (Z))r]. (3.4)

Os PWM amostrais de ordem r, com r = 0, 1, ..., m − 1, denotados por br, s˜ao os

estimadores n˜ao viesado dos PWM populacionais βr, e podem ser estimados por:

br = 1 m m X j=r+1 (j − 1)(j − 2)...(j − r) (m − 1)(m − 2)...(m − r)m(j) . (3.5)

Os L-Momentos λr+1, r = 0, 1, 2, ... (Ler Hosking [13]) s˜ao estipulados para vari´aveis

aleat´orias com esperan¸ca finita e podem ser descritos como

λr+1 =

r

X

j=0

(31)

3 Materiais e M´etodos 30

onde,

p∗r,j = (−1)

r−j(r + j)!

(j!)2(r − j)! . (3.7)

e βj pode ser obtido utilizando-se a rela¸c˜ao 3.4.

No caso em que r = 0, denota-se λ1 0 L-momento relacionado com a loca¸c˜ao da

distribui¸c˜ao. Quando r assume os valores 1 e 2, nesta ordem, λ2(λ2 = 2β1− β0) e λ3(λ3 =

6β2− 6β1+ β0), s˜ao os L-momentos associados a escala e assimetria, respectivamente. O

λ2 por sua vez, deve ser comparado com o desvio padr˜ao σ, obtendo-se a seguinte rela¸c˜ao

σ ≥√3λ2.

Os L-momentos amostrais lr s˜ao estimadores n˜ao viesado de λr e podem ser definidos

da seguinte maneira lr+1 = r X j=0 p∗r,jbj, r = 0, 1, 2, ..., m − 1, (3.8)

onde p∗r,j ´e obtido da rela¸c˜ao 3.7 e bj da rela¸c˜ao 3.4.

Para as quantidades populacionais, s˜ao equacionados um n´umero fixo de L-momentos

amostrais equipolentes. Dessa forma, os parˆametros de uma distribui¸c˜ao podem ser

re-presentados em fun¸c˜ao dos L-momentos.

Para a distribui¸c˜ao de valores extremos generalizada tem-se

λ1 = µ − σ ξ{1 − Γ(1 − ξ)}, (3.9) λ2 = − σ ξ(1 − 2 ξ)(Γ(1 − ξ)), (3.10) λ3 λ2 = 2(1 − 3 ξ) (1 − 2ξ)− 3, (3.11)

onde Γ(.) equivale a fun¸c˜ao gamma.

Com intuito de se estimar os parˆametros da GEV, ξ, µ e σ, os L-momentos

populacio-nais s˜ao substitu´ıdos pelos seus respectivos L-momentos amostrais, l1, l2, l3, nas equa¸c˜oes

3.9, 3.10, 3.11. Para se estimar o parˆametro ξ ´e necess´ario a resolu¸c˜ao da equa¸c˜ao 3.11,

(32)

Wallis [14]). ˆ ξ = −7, 8590c − 2, 9554c2, (3.12) onde c = 2 3+l3l2 − log2 log3 e consequentemente ˆ σ = −l2ξ (1 − 2ξˆ)Γ(1 − ˆξ), (3.13) ˆ µ = l1+ ˆ σ ˆ ξ(1 − Γ(1 − ˆξ)). (3.14)

Os estimadores de L-momentos s˜ao ´unicos e apresentam v´ıcio e variˆancia m´ınimos.

3.1

Testes Estat´ısticos

Independente do m´etodo utilizado para a realiza¸c˜ao da estima¸c˜ao dos parˆametros,

torna-se essencial a aplica¸c˜ao de testes estat´ısticos que sejam capazes de testar

formal-mente as suposi¸c˜oes do modelo e a qualidade do ajuste. Al´em dos testes estat´ısticos

formais ´e sempre conveniente a realiza¸c˜ao de an´alises gr´aficas.

Com a intens˜ao de se testar a qualidade do ajuste realizado e a adequa¸c˜ao de

deter-minado modelo a distribui¸c˜ao Gumbel, pois sua express˜ao apresenta maior simplicidade,

nessa Se¸c˜ao 3.1 ser˜ao apresentados testes que podem ser aplicados as estimativas obtidas

pelos m´etodos de M´axima Verossimilhan¸ca e de L-momentos

3.1.1

Estimativas Obtidas Por M´

axima Verossimilhan¸

ca

Se as estimativas dos parˆametros da GEV foram obtidas por m´axima verossimilhan¸ca,

as seguintes estat´ısticas de teste podem ser utilizadas para se testar a suposi¸c˜ao de que

os dados sequem realmente a distribui¸c˜ao GEV(ver Chandra et al

1. As estat´ıstica de Kolmogorov-Sminorv, D+, D− e D,

2. A Estat´ıstica Kuiper, V.

(33)

3.1 Testes Estat´ısticos 32 D+ = maxi  i m − Hξ(m(i))  , D−= maxi  Hξ(m(i)− i − 1 m )  , D = max(D+, D−), V = D++ D−,

onde m(i) refere-se aos m´aximos ordenados e Hξ representa a distribui¸c˜ao GEV com

as estimativas obtidas.

A Tabela 2 exibe os valores cr´ıticos para amostras de m = 50 e m = ∞ (amostras

significativamente grande). Os n´ıveis de significˆancia abordados foram de 1% e 5%.

Tabela 2: Valores cr´ıticos para as estat´ısticas de teste D+, D, D e V .

N´ıvel de Significˆancia √mD+ √mD− √mDmV

1% 0,940 0,944 0,988 1,639

5% 0,796 0,796 0,856 1,428

1% 0,957 0,957 1,007 1,671

5% 0,808 0,808 0,874 1,477

Para testar se o parˆametro ξ ´e estatisticamente zero, ou seja, que a distribui¸c˜ao dos

ex-tremos se adequ´a a uma Gumbel, pode-se utilizar o Teste da Raz˜ao das Verossimilhan¸cas,

cuja metodologia se encontra a seguir.

As seguintes hip´oteses precisam ser testas

(

H0 = A distribui¸c˜ao dos Extremos ´e Gumbel

H1 = A distribui¸c˜ao dos Extremos n˜ao ´e Gumbel

e a estat´ıstica de teste ´e representada por

Λ = −2(LGumbel− LGEV),

(34)

3.2) com a utiliza¸c˜ao das densidade de Gumbel e da GEV, nesta ordem, expressas com

suas respectivas estimativas adquiridas por m´axima verossimilhan¸ca.

A estat´ıstica de teste Λ deve ser comparada com a distribui¸c˜ao qui-quadrado com um

grau de liberdade (χ2

(1)), para um n´ıvel de significˆancia fixado.

3.1.2

Estimativas obtidas por L-Momentos

Se as estimativas dos parˆametros da GEV foram obtidas pelo m´etodos dos L-momentos,

o Teste da Qualidade do Ajuste de Sherman pode ser empregado para testar o erro

co-metido ao se substituir a distribui¸c˜ao exata (que apresenta n finito) pela distribui¸c˜ao

assint´otica.

O teste apresenta as seguintes hip´oteses

(

H0 = Os extremos seguem uma fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao GEV

H1 = Os extremos n˜ao seguem uma fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao GEV

a estat´ıstica de teste ´e, Wm− Em Dm , onde Wm = 1 2 m+1 X i=1 Hξ(m(i)) − Hξ(m(i−1)) − 1 (m + 1) , Em =  m m + 1 (m+1) e Em2 + D2m = 2m m+2+ m(m − 1)(m+2) (m + 2)(m + 1)(m+2) ,

onde Hξ denota a distribui¸c˜ao GEV com as estimativas obtidas por L-momentos, m(i)

representa novamente os m´aximos ordenados, Hξ(m(0)) e Hξ(m(m+1)) assumem

respecti-vamente, 0 e 1.

(35)

3.2 Teste de Aderˆencia 34

ser calculado levando em considera¸c˜ao apenas a cauda direita da distribui¸c˜ao normal

padr˜ao.

3.2

Teste de Aderˆ

encia

Ap´os toda estima¸c˜ao dos parˆametros da GEV ´e preciso verificar se as estima¸c˜oes

foram adequadas, e para isto foi utilizado o teste de aderˆencia ajustada. Na aplica¸c˜ao

deste teste precisa ficar atento com algumas regras para n˜ao haver resultados imprecisos

apresentados na Se¸c˜ao 2.6. Para este estudo foi utilizado m = 6 de forma a obedecer a

regra de Mann e Wald e evitar que mais de 20% dos valores esperados sejam inferior a 5

e mais de um inferior a 1. Os crit´erios para a divis˜ao de classes foram os quantis 20, 40,

50, 60, 80 da GEV para cada estima¸c˜ao.

Tabela 3: Representa¸c˜ao do Teste de Aderˆencia de Pearson

Quantis (−∞, Q20] (Q20, Q40] (Q40, Q50] (Q50, Q60] (Q60, Q80] (Q80, ∞)

N◦ O1 O2 O3 O4 O5 O6

Sendo Qq o quantil q da GEV estimada e Oi o n´umero de elementos da amostra que

adequam a classe; logo ap´os a divis˜ao das classes e contabilizado os n´umeros observados

´e calculado o p − valor da estat´ıstica ??, com m = 6, k = 3. Coles [15], afirma que

para verificar a eficiˆencia do modelo proposto pela TVE, ´e mais adequado utilizar o teste

gr´afico apresentada na Se¸c˜ao 3.3, com isso foi utilizada o teste de aderˆencia para obter

medidas resumos (p-valor) para facilitar a averigua¸c˜ao das estimativas, e nas GEV que o

teste de Pearson rejeitou a hip´otese nula, foi feita a an´alise gr´afica por ser mais adequada.

3.3

Teste Gr´

afico

Coles [15] prop˜oem uma an´alise gr´afica da GEV com os parˆametros estimados para

verificar se o ajuste ´e adequado, atrav´es de gr´afico de probabilidade, gr´afico de

quantil-quantil, histograma com a curva da GEV, e gr´afico de retorno de n´ıveis. Este ´ultimo

teste, de acordo com o Coles ´e o melhor pois apresenta um intervalo de confian¸ca para

os dados de 95% e f´acil de verificar. Se todos os pontos ficarem dentro do intervalo, ou

(36)

●●●● ●●● ●●●●● ●● ●●●●●●●●●●● ●●● ●●●●●● ●●●●● ●● ●● ●●● ●● ●●●● ●●●●●●●● ●●●● 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 Probability Plot Empirical Model ● ● ●● ● ●●●● ●●●● ●●●●●● ●●●●●●●●●●●●●● ●●● ●●●●●●●● ●●●● ●●●● ●●●●● ●●● ● ● ● ● 32 33 34 35 36 32 33 34 35 36 Quantile Plot Model Empir ical

1e−01 1e+00 1e+01 1e+02 1e+03

32 33 34 35 36 37 Return Period Retur n Le v el

Return Level Plot

●●●● ●● ●●●●●●● ●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●● ●●●●●●● ●●●●●● ●●●●●●● ●●● ● ● ● ● Density Plot z f(z) 31 32 33 34 35 36 37 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 ● ● ● ●●●● ● ●●● ●●●●●●●●●●●●●● ●●●●●●●●●●●●● ●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●

Figura 5: Exemplo de um gr´afico de retorno

3.4

Modelagem e Previs˜

oes

Foi feita a modelagem utilizado a TVE apresentada na Se¸c˜ao 2.2 e os parˆametros

estimados foi utilizando a estima¸c˜ao de m´axima verossimilhan¸ca apresentada na Se¸c˜ao

3.0.1. Ap´os ´e verificada se os modelos preditivos estimados, s˜ao adequados, para isto foi

utilizado os testes de aderˆencia e gr´afica de Coles.

De acordo com Mendes [4], para obter previs˜ao para n anos, ´e calculado o quantil

Q100−1

n da GEV, a logica deste m´etodo ´e de que para n anos, uma observa¸c˜ao passar´a

o quantil Q100−1

n, com isso foi feita previs˜oes para 10, 20, 50 anos. Para o estudo foi

(37)

36

4

An´

alise dos Resultados

A Figura 6 apresenta as temperaturas m´aximas observadas nos anos de 1951 e 2014.

Observou-se que boa parte do pa´ıs obteve uma temperatura m´axima acima de 43◦ Celsius

nos anos de 1951 e 2014, e que essas observa¸c˜oes se encontradas maiores concentradas na

regi˜ao central da ´India. Al´em disto as regi˜oes Leste e Sudoeste s˜ao as que observaram as

menores temperaturas m´aximas anuais, n˜ao ultrapassando a 35◦ Celsius.

Figura 6: Temperaturas M´aximas dos Anos de 1951 e 2014

(a) Temperaturas m´aximas no ano de 1951 (b) Temperaturas m´aximas no ano de 2014

Nas Regi˜oes Leste, Sudoeste e Noroeste, s˜ao as que apresentam maior crescimento

das temperaturas dos anos de 1951 a 2014, a Figura 7 exibe os gr´aficos das amplitudes

das temperaturas nas regi˜oes e o histograma delas. E bastante vis´ıvel o crescimento´

mencionado, porem houve um decr´escimo das temperaturas em varias microrregi˜oes da

(38)

Figura 7: Amplitude das Temperaturas M´aximas Anuais

(a) Amplitude por Regi˜ao

Amplitude Densidade −2 −1 0 1 2 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 (b) Histograma da Amplitude

A Figura 8 mostra os m´aximos e m´ınimos das temperatura m´aximas nesses 64 anos.

Essa Figura apresenta um resultado preocupante, quase todo o pa´ıs da ´India teve um ano

que se observou uma temperatura pr´oxima ou acima a 45◦ Celsius, e que em todos os

anos se observou temperaturas pr´oximas ou acima de 37.5◦ Celsius.

Figura 8: M´aximos e M´ınimos das Temperaturas M´aximas Anuais

(a) Maximos das Temperaturas M´aximas (b) Minimos das Temperaturas M´aximas

A Figura 9 apresenta o desvio padr˜ao das temperaturas m´aximas observadas. As

regi˜oes que houve menor varia¸c˜ao em suas temperaturas, foi a sul e a norte foi a que

(39)

4 An´alise dos Resultados 38

Figura 9: Desvio Padr˜ao das Temperaturas M´aximas Anuais

De acordo com o site Brasil Escola [16], a temperatura m´axima que o corpo humano

suportaria para a sobrevivˆencia varia de acordo com a umidade do ar, j´a que o suor ´e

respons´avel pela libera¸c˜ao do calor presente no corpo humano, em dias que a umidade do

ar estiver alta, temperaturas acima de 40◦ Celsius ´e considerada de grande risco para a

sobrevivˆencia. Com isto, dependendo da umidade do ar, a regi˜ao central da ´India estaria

em grandes riscos, j´a que de acordo com a Figura 10 as m´edias das temperaturas m´aximas

anuais observadas j´a ultrapassam aos 40◦ Celsius.

(40)

Foi utilizada a GEV para modelagem das distribui¸c˜oes das 665 microrregi˜oes, com

os parˆametros ξ, µ e σ estimados pelo m´etodo de m´axima verossimilhan¸ca; para obter

uma medida resumo da verifica¸c˜ao da eficiˆencia da modelagem da GEV nos dados para

as 665 microrregi˜oes, foi utilizado o teste de aderˆencia de Pearson; a Tabela 4 mostra

os resultados do teste sob a hip´otese nula (H0) que as amostras s˜ao oriundas da GEV

proposta.

Tabela 4: Resultados da aplica¸c˜ao do teste de aderˆencia de Pearson

p−valor Microrregi˜oes

< 0.01 14

≥ 0.01 651

Total 665

Este resultado informa que pelo teste de aderˆencia rejeitou-se a modelagem de 14

microrregi˜oes, uma verifica¸c˜ao mais detalhada foi feita nessas microrregi˜oes para entender

tal resultado do teste de aderˆencia, presen¸cas de outlier e valores esperados iguais a 1

foram as causas para a rejei¸c˜ao do teste. Na Se¸c˜ao 2.6 foi explicado que para a verifica¸c˜ao

dos modelos propostos pela GEV o mais ideal ´e o teste gr´afico proposto por Coles

apresen-tado na Se¸c˜ao 3.3; logo para as 14 microrregi˜oes que houve rejei¸c˜ao no teste de Pearson,

foi feito o teste gr´afico. O Anexo A cont´em os gr´aficos feitos para as 14 microrregi˜oes e

constou-se que apesar da rejei¸c˜ao inicial no teste de aderˆencia, pelo teste gr´afico n˜ao h´a

hip´otese de rejei¸c˜ao. Com isso para os 665 modelos propostos pela GEV, n˜ao h´a hip´otese

para a rejei¸c˜ao de nenhuma, todos os modelos s˜ao considerados eficientes, os c´alculos das

previs˜oes foram feitas sob a GEV proposta.

Antes de calcular a previs˜ao para 10, 20 e 50 anos, foi verificada a eficiˆencia do

m´etodo de previs˜ao; para isto foi selecionada as amostras ate o ano de 2004 e feita a

previs˜ao para 10 anos seguintes. A de deixar claro que a previs˜ao para os anos seguintes,

n˜ao ´e uma previs˜ao para o ano exatamente, mas sim o m´aximo previsto nos anos, ou

seja, para a previs˜ao de 10 anos ap´os o ano de 2004, ter´a o resultado do m´aximo previsto

de 2005 a 2014. Com isto claro, a Figura 11 apresenta o m´aximo observado de 2005

a 2014 e os valores previsto para 10 anos a partir de 2004. O m´etodo para a previs˜ao

foi eficiente, estimando os valores futuros bem pr´oximo dos valores reais observados. Os

valores previstos s˜ao menores que observados em v´arias microrregi˜oes, o que indica a

existˆencia de algum fator nos anos seguintes. ´E percept´ıvel que nas microrregi˜oes que

houve aumento, s˜ao vizinhas uma das outras, pra este trabalho supomos a independˆencia

dos dados, mas esse resultado indica que ´a uma dependˆencia, mas a GEV tamb´em ´e capaz

(41)

4 An´alise dos Resultados 40

Figura 11: Temperatuas m´aximas observadas e previstas a partir de 2004

(a) M´aximo das Temperaturas M´aximas de 2005 a 2014

(b) Previs˜ao para 10 anos a partir de 2004

E por fim ´e apresentado os gr´aficos de previs˜ao para 10, 20 e 50 anos a partir de 2014

e seus respectivos intervalos de confian¸ca de 95% (IC). Apesar de n˜ao ser muito vis´ıvel a

diferen¸ca das previs˜oes, elas possuem uma diferen¸ca em seu respectivos IC. As amplitudes

dos intervalos confian¸ca v˜ao aumentando quanto vai aumentando os anos das previs˜oes;

al´em disso n˜ao a uma melhora em rela¸c˜ao a diminui¸c˜ao das temperaturas m´aximas j´a que

a previs˜ao feita para 10 anos ´e bem pr´oxima da feita para 50 anos, a ´unica diferen¸ca ´e no

(42)

A Figura 12 exibe a previs˜ao para as temperaturas m´aximas em 10 anos e seu IC, a

regi˜ao central do pa´ıs corre grande risco, j´a que em 10 anos a previs˜ao para boa parte

dessa regi˜ao ´e uma temperatura m´axima pr´oxima a 45◦ Celsius, a regi˜ao Leste e Sudoeste

s˜ao as que menos correm risco.

Figura 12: Previs˜ao da Temperatura M´axima para 10 anos e seu IC

(a) Limite Inferior do IC para Previs˜ao de 10 anos (b) Limite Superior do IC para Previs˜ao de 10 anos

(43)

4 An´alise dos Resultados 42

A Figura 13 exibe a previs˜ao das temperaturas m´aximas para 20 anos, da mesma

forma para a previs˜ao de 10 anos, n˜ao a uma melhora significativa; al´em disso a diferen¸ca

das duas previs˜oes ´e maior no intervalo de confian¸ca, a previs˜ao em si n˜ao difere muito.

Apesar das temperaturas previstas de boa parte do pa´ıs estarem pr´oxima de 45◦, que ´e

perto do limite para a sobrevivˆencia humana dependendo da umidade do ar; a um leve

crescimento em rela¸c˜ao as duas previs˜oes, o que ´e um resultado satisfat´orio.

Figura 13: Previs˜ao da Temperatura M´axima para 20 anos e seu IC

(a) Limite Inferior do IC para Previs˜ao de 20 anos (b) Limite Superior do IC para Previs˜ao de 20 anos

(44)

Finalmente, a Figura 14 exibe as temperaturas m´aximas previstas para 50 anos. Como

mencionado, n˜ao a uma diferen¸ca grande das previs˜oes anteriores o que pode ser

conside-rado um resultado satisfat´orio, por´em as temperaturas em boa parte do pa´ıs ´e de grande

risco.

Figura 14: Previs˜ao da Temperatura M´axima para 50 anos e seu IC

(a) Limite Inferior do IC para Previs˜ao de 50 anos (b) Limite Superior do IC para Previs˜ao de 50 anos

(45)

44

5

Conclus˜

ao

Este trabalho analisou as temperaturas m´aximas anuais observadas de 1951 at´e 2014,

e estimou-as em uma an´alise em microrregi˜oes, das 666 regi˜oes, obteve-se dados para

665. As an´alises descritivas, expˆos um resultado preocupante na regi˜ao central do pa´ıs,

que teve temperaturas m´aximas observadas entre 40◦ e 45◦ Celsius, o que ´e pr´oximo do

limite para a sobrevivˆencia humana, de acordo com o site Brasil Escola [16]. Apesar das

regi˜oes Leste e Sudoeste apresentarem menores temperaturas m´aximas, foram as regi˜oes

que houve o maior crescimento delas.

Feitas as an´alises foi estimado os parˆametros da GEV e utilizou-se os testes de

aderˆencia e gr´afico para verificar a eficiˆencia, e foi considerado que os 665 modelos foram

eficientes; e feita previs˜oes utilizando esses modelos. Como feito para os modelos da GEV,

foi feita uma an´alise da previs˜ao, para verificar sua eficiˆencia, que tamb´em foi considerada

satisfat´oria, al´em disso atrav´es dessa an´alise verificou-se que existe uma dependˆencia

es-pacial dos dados. Por fim, feitas as previs˜oes para 10, 20 e 50 anos; concluiu-se que n˜ao

h´a uma melhora nas temperaturas m´aximas que ´e um resultado preocupante, por´em n˜ao

h´a um crescimento exponencial nas temperaturas, o que pode considerar satisfat´orio.

Para este trabalho, foi feito um estudo apenas de an´alises descritivas e a modelagem

atrav´es da GEV; por´em ter´a continuidade em trabalhos futuros com os seguinte objetivos:

(i) Um estudo das microrregi˜oes com foco na Teoria de Copulas;

(ii) Identifica¸c˜ao das microrregi˜oes com maiores probabilidade as temperaturas altas;

(iii) C´alculos de correla¸c˜ao espacial;

(46)

Referˆ

encias

[1] FISHER, R.; TIPPETT, L. H. C. Limiting forms of the frequency distribution of the largest or smallest member of a sample. Proceedings of the Cambridge Philosophical Society, 1928.

[2] GUMBEL, E. J. Statistics theory of extreme values and some pratical applications. Nat. Bureau of Standards Applications Mathmatics Series, 1954.

[3] GNEDENKO, B. V. Sur la distribution limite du terme maximum dune serie. [S.l.]: Annals of Mathematics, 1943.

[4] MENDES, B. V. de M. Introdu¸c˜ao `a An´alise de Eventos Extremos. [S.l.]: E-papers,

2004.

[5] SANFINS, M. A. Copulas para Distribui¸c˜oes Generalizadas de Valores Extremos

Mul-tidimensionais. [S.l.]: Publica¸c˜ao Academica, 2009.

[6] PIRES, G. L. G. Teoria dos Valores Extremos: Valor em Risco Para Ativos de Renda

Vari´avel. [S.l.]: Publica¸c˜ao Academica, 2008.

[7] JAMES, B. R. Probabilidade: um Curso em n´ıvel intermedi´ario. [S.l.]: Projeto

Eucli-des, 1981.

[8] MORETTIN, P.; BUSSAB, W. de O. Estat´ıstica b´asica.

Saraiva, 2012. ISBN 9788502136915. Dispon´ıvel em:

<https://books.google.com.br/books?id=8mUrywAACAAJ>.

[9] ARTES, R. Teste Qui-quadrado de aderˆencia. [S.l.], 2014.

[10] ARTHUR, G. J. et al. Probability weighted moments: Definition and

re-lation to parameters of several distributions expressable in inverse form.

Water Resources Research, v. 15, n. 5, p. 1049–1054. Dispon´ıvel em:

<https://agupubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1029/WR015i005p01049>.

[11] VALVERDE, A. E. L. et al. Momentos-l: Teoria e aplica¸c˜ao em hidrologia. v. 28, 12

2004.

[12] HOSKING, J. R. M.; WALLIS, J. R.; WOOD, E. F. Estimation of the generali-zed extreme-value distribution by the method of probability-weighted moments. Te-chnometrics, [Taylor Francis, Ltd., American Statistical Association, American So-ciety for Quality], v. 27, n. 3, p. 251–261, 1985. ISSN 00401706. Dispon´ıvel em: <http://www.jstor.org/stable/1269706>.

(47)

Referˆencias 46

[13] HOSKING, J. R. M. L-moments: Analysis and estimation of distributions using linear combinations of order statistics. Journal of the Royal Statistical Society. Series B (Methodological), [Royal Statistical Society, Wiley], v. 52, n. 1, p. 105–124, 1990. ISSN 00359246. Dispon´ıvel em: <http://www.jstor.org/stable/2345653>.

[14] HOSKING, J. R. M.; WALLIS, J. R. Regional Frequency Analysis: An Approach Based on L-Moments. [S.l.]: Cambridge University Press, 1997.

[15] COLES, S. An Introduction to Statistical Modeling of Extreme Values. [S.l.]: Springer Series in Statistics, Springer: Berlin., 2001.

[16] QUAL ´e a maior temperatura que o corpo pode aguentar? Accessed: 12/2018.

Dis-pon´ıvel em:

(48)

ANEXO A -- An´

alises Gr´

aficas de Coles

Esse Anexo apresenta as an´alises gr´aficas dos modelos que foram rejeitados no teste

de aderˆencia. ●●●●●●●●●● ●● ●● ●●●● ●● ●●●●●●● ●●●●●●●● ●●●●● ●●●●● ●●● ●●●●● 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 Probability Plot Empirical Model ●● ● ● ●●● ●● ●●● ●●●● ●●●●●● ●●●●●●●●●●●●●● ●●●●●● ●●●●●● ●●●● ● 30 32 34 36 30 32 34 36 Quantile Plot Model Empir ical

1e−01 1e+00 1e+01 1e+02 1e+03

28 30 32 34 36 Return Period Retur n Le v el

Return Level Plot

●●●●● ●●●●● ●●● ●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●● ● ●●●● ● Density Plot z f(z) 28 30 32 34 36 0.00 0.10 0.20 ●● ●● ●●●●●●● ●●● ●● ● ●●● ●●●●●● ●●●● ●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●● ● (d) ●●●●●●●●●● ●● ●● ●●●● ●● ●●●●●●● ●●●●●●●● ●●●●● ●●●●● ●●● ●●●●● 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 Probability Plot Empirical Model ●● ● ● ●●● ●● ●●● ●●●● ●●●●●● ●●●●●●●●●●●●●● ●●●●●● ●●●●●● ●●●● ● 30 32 34 36 30 32 34 36 Quantile Plot Model Empir ical

1e−01 1e+00 1e+01 1e+02 1e+03

28 30 32 34 36 Return Period Retur n Le v el

Return Level Plot

●●●●● ●●●●● ●●● ●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●● ● ●●●● ● Density Plot z f(z) 28 30 32 34 36 0.00 0.10 0.20 ●● ●● ●●●●●●● ●●● ●● ● ●●● ●●●●●● ●●●● ●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●● ● (e) ●●●●●●●●●●●●● ●●●● ●●● ●●●●●●●●●●● ●●●●●●●●● ●●● ●● ●●●●●●● ●●●●●● ●●●●●● 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 Probability Plot Empirical Model ●● ●●● ●●●● ●●●●●●●● ●●● ●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●● ●●●●●●●●● ●●●● ●●● ●● 38 39 40 41 38.0 39.0 40.0 41.0 Quantile Plot Model Empir ical

1e−01 1e+00 1e+01 1e+02 1e+03

38 39 40 41 Return Period Retur n Le v el

Return Level Plot

●●●●● ●●●●●●●● ● ●●●●●● ●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●● ●● ●● ●● Density Plot z f(z) 38 39 40 41 0.0 0.2 0.4 0.6 ● ● ● ● ●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●● ●●●●●●●●●●●●●●●●● ●●●●●●●●●●● (f) ●●●●●●●●●●●●● ●●●● ●●● ●●●●●●●●●●● ●●●●●●●●● ●●● ●● ●●●●●●● ●●●●●● ●●●●●● 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 Probability Plot Empirical Model ●● ●●● ●●●● ●●●●●●●● ●●● ●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●● ●●●●●●●●● ●●●● ●●● ●● 38 39 40 41 38.0 39.0 40.0 41.0 Quantile Plot Model Empir ical

1e−01 1e+00 1e+01 1e+02 1e+03

38 39 40 41 Return Period Retur n Le v el

Return Level Plot

●●●●● ●●●●●●●● ● ●●●●●● ●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●● ●● ●● ●● Density Plot z f(z) 38 39 40 41 0.0 0.2 0.4 0.6 ● ● ● ● ●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●● ●●●●●●●●●●●●●●●●● ●●●●●●●●●●● (g)

(49)

Anexo A -- An´alises Gr´aficas de Coles 48 ●●●●●●● ●●●●● ●●● ●●●●●●●●●●●● ●●●● ●●●●●●●●●● ●●●● ●●●●●● ● ●●●● ●●●●●●●● 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 Probability Plot Empirical Model ● ● ● ●●●● ●●●● ● ●●●●●●●● ●●●●●●●●●●●●● ●●●●●●●●●●●●●●●●●●● ●●●● ●●●●●● ● ● 31.5 32.0 32.5 33.0 33.5 34.0 31.5 32.5 33.5 Quantile Plot Model Empir ical

1e−01 1e+00 1e+01 1e+02 1e+03

31.5 32.5 33.5 34.5 Return Period Retur n Le v el

Return Level Plot

● ●● ●●●● ●●● ●● ●●●●● ● ●●●●●●●●●● ● ●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●● ●●●●●●●●● ●● Density Plot z f(z) 31.0 32.0 33.0 34.0 0.0 0.2 0.4 0.6 ● ● ● ● ● ● ● ● ●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●● ●●●●●●●● ●●●●●●●●●●●●●●●●● (h) ●●●●● ●●●●●●●● ●● ●● ●●●●●●●● ●●●●●●●●●●●● ●●●●● ●●● ●●●●●●●●●●● ●●●●●● ●● 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 Probability Plot Empirical Model ● ●● ●● ●●●●●●●● ●●● ●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●● ●●●● ● ● 31.5 32.5 33.5 34.5 32 33 34 35 Quantile Plot Model Empir ical

1e−01 1e+00 1e+01 1e+02 1e+03

32 33 34 35 Return Period Retur n Le v el

Return Level Plot

●●● ●● ●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●● ●●●●●●●●●●●●●● ●●●● ● ● Density Plot z f(z) 31 32 33 34 35 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 ● ● ● ● ●● ●●●●●●●●●●● ●●●●●●●●●●●●● ●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●● ● (i) ●●●●● ●●●●●●●● ●● ●● ●●●●●●●● ●●●●●●●●●●●● ●●●●● ●●● ●●●●●●●●●●● ●●●●●● ●● 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 Probability Plot Empirical Model ● ●● ●● ●●●●●●●● ●●● ●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●● ●●●● ● ● 31.5 32.5 33.5 34.5 32 33 34 35 Quantile Plot Model Empir ical

1e−01 1e+00 1e+01 1e+02 1e+03

32 33 34 35 Return Period Retur n Le v el

Return Level Plot

●●● ●● ●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●● ●●●●●●●●●●●●●● ●●●● ● ● Density Plot z f(z) 31 32 33 34 35 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 ● ● ● ● ●● ●●●●●●●●●●● ●●●●●●●●●●●●●● ●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●● ● (j) ●●●●●●●●●●● ●●●● ●●●● ●●●● ● ●●●●●● ●●●●●●●●●● ●●●●●●●●●●● ●●●●●●●●● ●●●● 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 Probability Plot Empirical Model ●● ● ●● ● ●●●● ●●●●● ●●● ●●●●●●● ●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●● ●●●●● ●● ● ● 42 43 44 45 46 42 43 44 45 46 Quantile Plot Model Empir ical

1e−01 1e+00 1e+01 1e+02 1e+03

41 42 43 44 45 46 Return Period Retur n Le v el

Return Level Plot

●●● ●●●● ●●●●●●●●●●●●●●●●●● ●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●● ●●● ● ● ● Density Plot z f(z) 41 42 43 44 45 46 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 ● ● ● ●●●●●●● ●●●●●●● ●●● ●●●● ●●●●● ●● ●●●●●●●● ●● ●●●●●●●●●● ●●●● ●●●●● ●●●● (k)

Referências

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