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AVALIAÇÃO DE METAIS DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS EM POÇOS PARA O MONITORAMENTO DE ATERRO SANITÁRIO

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AVALIAÇÃO DE METAIS DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS EM POÇOS PARA O

MONITORAMENTO DE ATERRO SANITÁRIO

Cristina Filomena Pereira Rosa Paschoalato (*)

Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP) e Universidade da Associação de Ensino de Ribeirão Preto (UNAERP) SP- Brasil.

Carlos Eduardo Blundi (in memoria)

Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP) Maristela Silva Martinez

Universidade da Associação de Ensino de Ribeirão Preto (UNAERP) SP- Brasil. Carmen Sílvia Gonçalves Lopes

Universidade da Associação de Ensino de Ribeirão Preto (UNAERP) SP – Brasil. Jacob Fernando Ferreira

Universidade da Associação de Ensino de Ribeirão Preto (UNAERP) SP-Brasil Joedna Nogueira de Oliveira

Laboratório de Resíduos da Universidade da Associação de Ensino de Ribeirão Preto (UNAERP) SP-Brasil. Weliton de Oliveira Machado

Laboratório de Recursos Hídricos -Universidade da Associação de Ensino de Ribeirão Preto (UNAERP) SP- Brasil. André Chiconelli Carvalho Ferreira

Universidade da Associação de Ensino de Ribeirão Preto (UNAERP) SP- Brasil. Cristina Filomena Pereira Rosa Paschoalato (*)

Engenheira Química pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Mestre em Hidráulica e Saneamento pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP). Professora da Universidade da Associação de Ensino de Ribeirão Preto (UNAERP) SP- Brasil. Conselheira no CREA- SP.

Rua Argeu Fuliotto, 4l9 Ribeirânia -Ribeirão Preto -SP CEP:14096-520 - Brasil Tel.: (55) (16) 624 07 32 e-mail: lrh@unaerp.br ou paschoalato@online.unaerp.br

RESUMO

Tendo em vista que o município de Ribeirão Preto, nordeste do Estado de São Paulo, Brasil, está localizado em zona de recarga do aqüífero Botucatu e utiliza de captação de água subterrânea para seu sistema de abastecimento público é de grande importância o monitoramento destas águas. A existência de um Aterro Sanitário nesta região trouxe uma preocupação que levou ao monitoramento da qualidade das águas subterrâneas. A presença de metais em águas subterrâneas deste aqüífero é motivo de preocupação por parte da sociedade, dos órgãos de saúde e governamentais. Este trabalho vem apresentar os valores obtidos para 10 metais monitorados semestralmente no período de janeiro de 2000 a janeiro de 2002. As analises foram realizadas por espectrometria de absorção atômica, conforme recomenda APHA (1998). Os resultados obtidos indicam a ocorrência de alterações em termos de concentração de alguns metais. Foi utilizado os valores máximos permissíveis citados pela atual legislação, segundo o Ministério da Saúde.

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1. INTRODUÇÃO

A questão do Lixo Urbano vem ganhando cada vez mais importância devido ao crescente aumento do volume gerado no mundo. Este problema envolve desde as cidades mais populosas até as comunidades mais carentes fazendo com que um número crescente de pesquisadores e administradores municipais se esforcem para encontrar soluções viáveis para as questões do lixo urbano.

O município de Ribeirão Preto utiliza apenas águas subterrâneas para o abastecimento público. Segundo ZUQUETE (1993), existe uma crescente preocupação com a disponibilidade e manutenção da qualidade dessas águas a prefeitura deste município através de uma parceria com a UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO (UNAERP), vem efetuando um monitoramento com periodicidade semestral dessas água. Pretende-se avaliar a ocorrência de uma possível contaminação do aqüífero por líquidos percolados. Os parâmetros de referência para avaliação da qualidade do aqüífero monitoramento no presente trabalho de investigação é a Portaria n° 36 e a Portaria n° 1469 do Ministério da Saúde.

Este trabalho vem apresentar uma avaliação dos valores de concentração de alguns metais investigados em amostras de águas subterrâneas deste aterro. Um grupo de parâmetros característicos que podem ser utilizados como indicadores de uma possível contaminação de água subterrânea viabilizando assim um monitoramento de baixo custo, com análise químicas simples com respostas rápidas que podem ser utilizadas em qualquer região do País.

2. OBJETIVOS

- Avaliar os resultados obtido durante o período de monitoramento para verificar se ocorre alguma alteração nas águas dos poços.

- Entre os metais avaliados, indicar alguns que possam evidenciar a presença de líquidos percolados no aqüífero, a fim de viabilizar técnica e economicamente o monitoramento de águas subterrâneas em aterros sanitários.

- Avaliar a variação destes parâmetros ao longo de um período de 3 anos de monitoramento realizados nas águas subterrâneas do atual Aterro Sanitário de Ribeirão Preto –SP.

3. MÉTODOS

O Aterro em estudo opera dentro das normas exigidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) desde 1990. A geologia desta área consta de uma camada de rocha básica sobre o arenito Botucatu onde situa-se o aqüífero que abastece o município. O lençol freático encontra-se à 20 m de profundidade (Alvarenga, 1988). Está situado nas margens da rodovia Mário Donéga, km 1,5, próxima ao anel viário de Ribeirão Preto, limite do perímetro urbano, ocupando uma área de 135.000 m2. Atualmente, aterra 560 toneladas por dia de lixo doméstico e incinera 8 toneladas por dia de lixo hospitalar.

O aterro possui 4 poços para monitoramento, sendo um à montante (IAC) e três à jusante (ATS 4, ATS 5, ATS 6) do sentido de escoamento do lençol freático. Neste trabalho apresentamos o monitoramento de alguns metais desde o ano de 2000.

Os metais analisados no presente trabalho são: alumínio, cádmio, cromo total, chumbo, cobre, cálcio, magnésio, manganês, zinco, e ferro.

Todos os poços de monitoramento foram esgotados três dias antes da data da coleta das amostras. Este procedimento faz-se necessário para descartar a possibilidade de se coletar líquidos que estivessem estagnados e concentrados nos tubos dos poços (SOUZA, 1977) . O volume esgotado correspondeu à três vezes ao volume que continha cada poço, considerando-se o nível a profundidade e o diâmetro. As análises foram realizadas por espectrofotometria de Absorção Atômica num equipamento Perkin Elmer AAnalist 700 e os métodos analíticos estão de acordo com APHA, 1998. ( PASCHOALATO, 2000).

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4. RESULTADOS

Foram realizadas coletas nos seguintes períodos: Fevereiro e Julho de 2000, Janeiro e julho de 2001 e janeiro de 2002.

Com base nos resultados analíticos obtidos, podemos avaliar a ocorrência de uma variação significativa da concentração dos metais analisados do lençol freático.

TABELA 1: Resultados obtidos nas análises de Alumínio expressos em mg Al/L, no período de 2000 à 2002

Poço Fev./2000 Jul./2000 Jan./2001 Jul./2001 Jan./2002

IAC <0,001 0,086 <0,001 <0,001 <0,001

ATS 4 <0,001 0,076 <0,001 <0,001 <0,001

ATS 5 <0,001 0,072 <0,001 <0,001 <0,001

ATS 6 <0,001 0,002 <0,001 <0,001 <0,001

Valor Máximo permissível pela portaria 1469 GM/2002, 0,20 mg Al/L.

TABELA 2: Resultados obtidos nas análises de Ferro expressos em mgFe/L, no período de 2000 à 2002

Poço Fev./2000 Jul./2000 Jan./2001 Jul./2001 Jan./2002

IAC <0,001 0,021 0,053 0,386* <0,001

ATS 4 0,027 0,444* 0,031 1,692* 0,010

ATS 5 0,037 0,112 0,336* 0,921* 0,029

ATS 6 0,140 0,026 0,011 <0,001 <0,001

*Valores acima do Valor Máximo permissível pela Portaria 1469 GM/2002, 0,30 mg Fe/L.

Figura 1: Representação gráfica da variação da concentração de ferro em função dos poços durante o período de monitoramento.

TABELA 3: Resultados obtidos nas análises de Zinco expressos em mgZn/L, no período de 2000 à 2002

Poço Fev./2000 Jul./2000 Jan./2001 Jul./2001 Jan./2002

IAC 0,004 0,020 0,015 0,061 0,017 ATS 4 0,020 0,041 0,034 0,038 <0,001 ATS 5 0,020 0,041 0,034 0,032 0,010 ATS 6 0,003 0,010 0,017 0,017 0,001

Ferro

0 0,3 0,6 0,9 1,2 1,5 1,8

IAC ATS 4 ATS 5 ATS 6

Poços de monitoramento

mg Fe /L

Fev./2000 Jul./2000 Jan./2001 Jul./2001 Jan./2002

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Figura 2: Representação gráfica da variação da concentração de zinco em função dos poços durante o período de monitoramento.

TABELA 4: Resultados obtidos nas análises de Cálcio expressos em mgCa/L, no período de 2000 à 2002

Poço Fev./2000 Jul./2000 Jan./2001 Jul./2001 Jan./2002

IAC 11,61 23,08 15,35 11,39 6,84

ATS 4 4,00 13,54 6,41 4,54 5,01

ATS 5 2,96 15,05 26,70 7,61 7,37

ATS 6 5,91 14,00 6,98 24,31 2,17

Não consta especificação de valor máximo permissível para cálcio na citada legislação.

Figura 3: Representação gráfica da variação da concentração de Cálcio em função dos poços durante o período de monitoramento

TABELA 5: Resultados obtidos nas análises de Magnésio expressos em mgMg/L, no período de 2000 à 2002

Poço Fev./2000 Jul./2000 Jan./2001 Jul./2001 Jan./2002

IAC 2,44 4,01 2,67 2,14 2,49

ATS 4 1,62 3,317 2,00 2,05 1,98

ATS 5 0,137 4,740 1,40 4,03* 2,60

ATS 6 2,52 4,250 2,70 3,23 0,98

Não consta especificação de valor máximo permissível para magnésio na citada legislação. Zinco

0 0,05 0,1 0,15

IAC ATS 4 ATS 5 ATS 6

Poços de monitoramento mg Zn /L Jan./2002 Jul./2001 Jan./2001 Jul./2000 Fev./2000

Cálcio

0 5 10 15 20 25 30

IAC ATS 4 ATS 5 ATS 6

Poços de monitoramento mg Ca /L Fev./2000 Jul./2000 Jan./2001 Jul./2001 Jan./2002

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Figura 4: Representação gráfica da variação da concentração de magnésio em função dos poços durante o período de monitoramento

TABELA 6: Resultados obtidos nas análises de Manganês expressos em mgMn/L, no período de 2000 à 2002

Poço Fev./2000 Jul./2000 Jan./2001 Jul./2001 Jan./2002

IAC <0,001 0,006 <0,001 0,005 0,008

ATS 4 0,082 0,105* 0,066 0,020 0,005

ATS 5 0,137* 0,397* 0,272* 0,438* 0,027

ATS 6 0,008 0,004 <0,001 <0,001 0,017

*Valores acima do Valor Máximo permissível pela portaria 1469 GM/2002, 0,10 mg Mn/L

Figura 5: Representação gráfica da variação da concentração de manganês em função dos poços durante o período de monitoramento.

TABELA 7: Resultados obtidos nas análises de Chumbo expressos em mg Pb/L, o período de 2000 à 2002

Poço Fev./2000 Jul./2000 Jan./2001 Jul./2001 Jan./2002

IAC <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001

ATS 4 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001

ATS 5 <0,001 <0,001 <0,001 0,012 <0,001

ATS 6 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001

Valor Máximo permissível pela portaria 1469 GM/2002, 0,05 mg Pb/L

Manganês

0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5

IAC ATS 4 ATS 5 ATS 6

Poços de monitoramento mg Mn /L Fev./2000 Jul./2000 Jan./2001 Jul./2001 Jan./2002

Magnésio

0 1 2 3 4 5

IAC ATS 4 ATS 5 ATS 6

Poços de monitoramento mg Mg /L Fev./2000 Jul./2000 Jan./2001 Jul./2001 Jan./2002

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TABELA 8: Resultados obtidos nas análises de cádmio expressos em mg Cd/L, no período de 2000 à 2002

Poço Fev./2000 Jul./2000 Jan./2001 Jul./2001 Jan./2002

IAC <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 0,010

ATS 4 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001

ATS 5 <0,001 <0,001 <0,001 0,003 <0,001

ATS 6 <0,001 <0,001 <0,001 0,004 <0,001

Valor Máximo permissível pela portaria 1469 GM/2002, 0,005 mg Cd/L.

TABELA 9: Resultados obtidos nas análises de cobre expressos em mg Cu/L, no período de 2000 à 2002

Poço Fev./2000 Jul./2000 Jan./2001 Jul./2001 Jan./2002

IAC - 0,035 0,003 0,015 0,017

ATS 4 - 1,247* <0,001 0,037 <0,001

ATS 5 - <0,001 <0,001 0,012 <0,001

ATS 6 - 0,010 0,005 0,005 0,014

*Valores acima do Valor Máximo permissível pela portaria 1469 GM/2002, 1,0 mg Cu/L.

TABELA 10: Resultados obtidos nas análises de Cromo Total expressos em mgCr/L, no período de 2000 à 2002

Poço Fev./2000 Jul./2000 Jan./2001 Jul./2001 Jan./2002

IAC - 0,033 0,007 0,004 <0,001

ATS 4 - 0,001 0,004 0,005 0,030

ATS 5 - 0,004 0,004 0,005 <0,001

ATS 6 - 0,010 0,005 0,005 0,014

Valor Máximo permissível pela portaria 1469 GM/2002, 0,05 mg Cr/L. 5. CONCLUSÕES

Pela analise dos resultados obtidos podemos observar que os valores de ferro e manganês obtidos no poço do IAC (à montante) apresentam-se sempre abaixo do VMP.

O Poço ATS 4 apresentou valores de Ferro e Manganês acima do VMP no período de seca desta região (julho).

O Poço ATS 5 começou apresentar valores elevados de ferro a partir de 2001. Em 2002 este valor diminuiu. Todos os valores de Manganês obtidos no poço ATS 5 estão acima do VMP. Apenas em janeiro de 2002 o valor está dentro do limite recomendado. Tal fato pode ser associado à elevados índices pluviométricos ocorridos neste período, provocando a percolação deste metal.

O poço ATS 6 não tem apresentado valores acima do recomendável. Tal fato nos leva a concluir que o sentido de escoamento do aqüífero predomina na direção do poço ATS 5.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICA. (1985). Apresentação de projetos de aterros Sanitários de Resíduos Sólidos Urbanos. NBR –8849/84. São Paulo, SP

ALVARENGA, E. C. (1988). Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental do Aterro Sanitário e Incinerador. Vol I. Secretária Municipal do Meio Ambiente de Ribeirão Preto, SP.

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AMERICAN PUBLIC HELT ASSOCIATION; AMERICAN WATER WORKS ASSOCIATION; WATER ENVIROMENT FEDERATION.(1998). Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 20 th edition. Washington. USA.

BRASIL, Leis e Decretos etc (1990). Portaria nº 36 de 19 de janeiro de 1990 do Ministério da Saúde. Diário Oficial, Brasília, 23 de janeiro de 1990. Aprova normas e o padrão de potabilidade da água destinada ao consumo humano.

BRASIL, Leis e Decretos etc (2000). Portaria nº 1469 de 29 de dezembro de 2000 do Ministério da Saúde. Diário Oficial, Brasília, 02 de janeiro de 2001. Aprova normas e o padrão de potabilidade da água destinada ao consumo humano.

PASCHOALATO, C. F. P. R (2000). Caracterização dos líquidos percolados gerados por disposição de lixo urbano em diferentes sistemas de aterramento. Dissertação de mestrado, Escola de Engenharia de São Carlos. Universidade de São Paulo ( USP), São Carlos, SP, Brasil.

SOUZA, H. B.; DERISIO, J.C. (1977). Guia Técnico de coleta de Amostras de Água. Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – CETESB- São Paulo, SP.

ZUQUETE, L. V. et al. (1993). Carta do potencial de risco à contaminação das águas subterrâneas e do potencial agrícola, região de Ribeirão Preto, SP. Geociências, São Paulo, vol. 12, n 2, p. 531-540.

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