REUTILIZAÇÃO
DA ÁGUA USADA
NO PROCESSO DE
DESTILAÇÃO
Letícia Lorena Corgosinho Abreu
1Jainy de Fátima Pedroso
2Bruno Henrique de Paula
3Larissa Carvalho Soares Amaral
4Carlos Ademir da Silva
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PALAVRAS-CHAVE: reutilização de água; destilador de água;
custo operacional.
1. INTRODUÇÃO
O abastecimento e consumo de água estão cada vez mais escassos e medidas para evitar ou diminuir o desperdício devem ser tomadas, já que a água usada no preparo de soluções deve possuir pureza adequada. O procedimento realizado no Laboratório de Química do CEFET-MG em Nepomuceno para purificar a água é a destilação convencional. O equipamento usado é um destilador de pequeno porte, de baixo custo de aquisição e manutenção, mas que gera um grande desperdício de água. Trabalhos relatam o descarte de 21 a 60 litros de água de refrigeração para cada litro de água destila-da (APPELT et al., 2008; AZEVEDO et al., 2016; SILVA, 2014). Diversas instituições têm proposto e implantado projetos para re-aproveitar a água desses equipamentos (COUTINHO et al., 2010; MARISCO et al., 2008; MARSARO; GUIMARÃES, 2007; SILVA et al., 2012; SILVA, 2014).
O objetivo deste trabalho é estudar a eficiência do destilador de água do laboratório de Química e elaborar um projeto para aproveitar a água que é descartada, com o intuito de reduzir seu consumo, além de energia elétrica e mão de obra.
2. METODOLOGIA
Para estimar o desperdício, foram realizados três ensaios para a ob-tenção de 1 litro de água destilada. Em cada ensaio, mediu-se o tempo necessário para a obtenção de 1 litro de água destilada, o volume de água de refrigeração descartado e o custo da energia elé-trica e da água usadas no processo.
Para elaborar o projeto de reutilização da água de resfriamento, foi realizada uma revisão de literatura científica que avaliava sistemas
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considerando o custo de implantação x benefício e a demanda do laboratório. Para isso, foi construído um protótipo com o sistema escolhido.
3. DISCUSSÃO E RESULTADOS
Para a obtenção de 1 litro de água destilada, pode-se observar que o descarte da água de refrigeração em média foi de 440l, valor muito acima dos relatados (APPELT et al., 2008; AZEVEDO et al., 2016; SILVA, 2014). Ainda, em média, o tempo gasto foi de 2h18, o custo da água foi de R$7,04 sem a inclusão da taxa de esgoto, e o custo de energia foi de R$2,45 para a obtenção de 1 litro de água destilada. O sistema escolhido para ser implantado será a construção de um circuito fechado que, através de sua infraestrutura de instalação e de seus reservatórios, permitirá o aproveitamento do fluxo de água por gravidade, com instalação simples no recalque do fluxo de reutili-zação da água de refrigeração (Figura 1). Nesse sistema, buscou-se solucionar um problema encontrado com materiais de baixo custo. Figura 1. Circuito fechado do processo de reaproveitamento do destilador
O protótipo construído (Figura 2) foi apresentado na 26ª Mostra Específica de Trabalhos e Aplicações da Unidade Nepomuceno, do CEFET-MG. O protótipo foi constituído de um reservatório elevado que recebia o abastecimento de água e, através de tubulações, cone-xões e válvulas, que por gravidade alimenta o destilador. O processo descarta a água processada que alimenta o segundo reservatório no
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piso inferior. O circuito consiste em recalcar a água por uma bomba centrífuga que alimentará o reservatório principal, fazendo, assim, o fechamento do ciclo.
Figura 2. Protótipo construído
Protótipo 26ª META Destilador atual
O projeto de implantação do sistema no laboratório foi dividido em quatro etapas:
• Primeira: apreensão da metodologia de instalações indus-triais pelos estudantes;
• Segunda: identificação e realização do levantamento dimen-sional e de materiais necessários, através da situação atual, propondo as mudanças necessárias;
• Terceira: instalação, através do projeto definitivo, das mu-danças propostas;
• Quarta: o “start” do sistema, a fim de verificar o funciona-mento e o desempenho da instalação proposta.
Assim são necessárias modificações na infraestrutura do Laboratório, conforme sugestões no protótipo apresentado na 26ª META.
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4. CONCLUSÃO
O destilador de água desperdiça grande volume de água, além de apresentar alto custo operacional. Portanto, é necessário implan-tar um sistema para reutilizar a água descartada pelo destilador do Laboratório de Química do CEFET-MG na Unidade Nepomuceno, pois o sistema proposto diminuirá o consumo de água e de energia elétrica, além de reduzir o desperdício de água.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
APPELT, P. et al. Estimativa do desperdício de água de refrigeração
de destiladores laboratorial. Synergismus scyentifica UTFPR, v.
3, n. 4, 2008. Disponível em: <http://revistas.utfpr.edu.br/pb/index. php/SysScy/article/view/302>. Acesso em: 16 set. 2016.
AZEVEDO, F. G. P. et al. Avaliação da qualidade da água
des-cartada pelos destiladores. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
GESTÃO AMBIENTAL, VII, 2016. Anais eletrônicos... Campina Grande: 2016. Disponível em: <http://www.ibeas.org.br/congresso/ Trabalhos2016/VIII-008.pdf>. Acesso em: 5 dez. 2016.
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uma unidade para destilação de água com reciclo do fluído re-frigerante. In: CONGRESSO DE PESQUISA E INOVAÇÃO DA
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COUTINHO, L. F. C. et al. Sistema capaz de reaproveitar a água
utilizada para a produção de água destilada no laboratório in-tegrado de águas residuais e mananciais – LIAMAR do IFCE.
Fortaleza, 2010. Disponível em: <http://melhorespraticas.mec.gov. br/arquivos/ceara.pdf>. Acesso em: 14 jun. 2016.
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MARISCO, L. V.; FERNANDES, V. M. C. Estudos para
im-plantação de sistema de reuso dos efluentes de aparelhos des-tiladores. In: ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA DO
AMBIENTE CONSTRUÍDO, 2008, Fortaleza. Anais eletrônicos... Disponível em: <http://www.infohab.org.br/entac2014/2008/arti-gos/A2192.pdf> . Acesso em: 22 ago. 2016.
MARSARO, G.C.S.; GUIMARÃES, C.P. Avaliação da
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DO NORTE E CENTRO-OESTE, I., 2007, Cuiabá. Anais eletrô-nicos... Disponível em: <http://www.abrh.org.br/novo/i_simp_rec_ hidric_norte_centro_oeste46.pdf>. Acesso em: 14 mar. 2015.
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de refrigeração de um destilador de água laboratorial. 2014. 42
f. Monografia (Graduação em Ciência e Tecnologia) – Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Mossoró, 2014.
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NOTAS
1Estudante do Curso Técnico em Mecatrônica, CEFET-MG,
Nepomuceno, MG, Brasil. leticialorenaabreu@gmail.com
2Estudante do Curso Técnico em Mecatrônica, CEFET-MG,
Nepomuceno, MG, Brasil. bhdpaula@gmail.com.
3Estudante do Curso Técnico em Mecatrônica, CEFET-MG,
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4Bacharel em Química, Doutora em Ciências, Professora do
Departamento de Formação Geral, CEFET-MG Nepomuceno, Minas Gerais, Brasil. larissacsoares@nepomuceno.cefetmg.br.
5Engenheiro Mecânico, Mestre em Engenharia Mecânica,
Professor do Departamento de Mecânica e Computação, CEFET-MG, Nepomuceno, Minas Gerais, Brasil. carlossilva@nepomuceno.cefetmg.br.
6Engenheiro Mecânico, Mestre em Engenharia Agrícola, Professor
do Departamento de Mecânica e Computação, CEFET-MG, Nepomuceno, Minas Gerais, Brasil. jader@nepomuceno.cefetmg.br.