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Associação Brasileira de Economia da Saúde - ABrES

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Associação Brasileira de

Economia da Saúde - ABrES

SEMINÁRIO

POLÍTICA ECONÔMICA E FINANCIAMENTO DA SAÚDE PÚBLICA

PAINEL 2

O SUS FRENTE AO AJUSTE FISCAL: IMPACTO E PROPOSTAS

Ajuste fiscal e os impactos para o financiamento das ações e

serviços públicos de saúde em 2015 e 2016

Francisco R. Funcia

• Consultor da Comissão de Orçamento e Financiamento/COFIN do Conselho Nacional de Saúde

• Consultor da Fundação Getulio Vargas (FGV) na área de Gestão, Orçamento e Finanças Públicas

• Professor de Economia da Universidade Municipal de São Caetano do Sul – USCS

Fu n cia SUS e A JUS TE FISCAL 1

(2)

ASPS - Execução Orçamentária

e Financeira de 2015

ASPS – Aplicação Mínima (último ano de vigência da regra da EC

29/2000 e LC 141/2012):

Variação nominal do PIB: PLOA2015/8,32% X IBGE/7,1%; ou

De R$ 99,444 bilhões para R$ 98,797 bilhões (PISO=TETO)

Anúncio de R$ 3,0 bilhões adicionais ao mínimo; então:

De R$ 98,8 bilhões para R$ 101,8 bilhões; dos quais:

Pessoal Ativo = R$ 10,3 bilhões e OCC = R$ 91,5 bilhões

2 SUS e A JUS TE FISCAL Fu n cia

(3)

Contingenciamento do Decreto nº 8456, de

22/05/2015 (R$ Bilhões) – MS/OCC

Despesas LOA 2015 Contingenciado Disponível

Obrigatórias 76,378 - 76,378 Discricionárias 16,566 5,102 11,464 PAC 1,171 0,095 1,076 Emendas Impositivas 5,027 2,413 2,614 Demais Emendas 4,134 4,134 -Total 103,276 11,744 91,532 3 SUS e A JUS TE FISCAL Fu n cia

Fonte: Ministério da Saúde – Apresentação ao Conselho Nacional de Saúde no dia 10/06/2015 e à Comissão de Orçamento e Financiamento do Conselho Nacional de Saúde (COFIN/CNS) em 25/06/2015

(4)

AJUSTE FISCAL E

SUBFINANCIAMENTO DO SUS

22/05/2015: Decreto Federal 8456 estabeleceu contingenciamento para

diversas áreas do governo. No Ministério da Saúde:

 Atingiu principalmente as Emendas Parlamentares: ficou liberado cerca de R$ 2,6 bilhões

 Adicionou cerca de R$ 3,0 bilhões ao valor mínimo de aplicação em ASPS, o que ajuda, mas não resolve o subfinanciamento do SUS...

o ...porque em 2014, a programação orçamentária do MS foi insuficiente para a realização de todas as despesas em torno de R$ 3,5 bilhões (compromissos 2014 vinculados às transferências para Estados e Municípios foram adiados para o início de 2015);

o ...porque a variação nominal do PIB de 7,1% para a aplicação mínima está abaixo da inflação projetada para 2015 (em torno de 8,2%), o que poderá resultar na repetição do quadro do final de 2014;

Recessão Econômica = Queda de receita na União, nos Estados e nos Municípios, o que aumentará a pressão de Estados e Municípios por recursos federais, inclusive na área da saúde.

4 SUS e A JUS TE FISCAL Fu n cia

(5)

MS - Restos a Pagar - Abril/2014 e

situação desde 2013

Não houve a compensação em 2013 e 2014 dos Restos a Pagar

cancelados em 2012 e 2013 de cerca R$ 2,5 bilhões; muito

provavelmente, não haverá também a compensação em 2015 dos

RP cancelados em 2014 no valor de R$ 0,9 bilhão.

Os valores dos Restos a Pagar não estão sendo depositados no

Fundo Nacional de Saúde.

5 SUS e A JUS TE FISCAL Fu n cia DENOMINAÇÃO / UNIDADE ORÇAMENTÁRIA RESTOS A PAGAR INSCRITOS e

REINSCRITOS CANCELADOS PAGOS

SALDO A PAGAR

LIQUIDADOS A LIQUIDAR TOTAL PESSOAL ATIVO 55.675.291 8.447.424 3.424.900 147.851 43.655.115 43.802.967 PESSOAL INATIVO E PENSIONISTA 587.410 587.410 587.410 SUBTOTAL 56.262.700 8.447.424 3.424.900 147.851 44.242.525 44.390.376 FNS 11.025.464.127 111.619.872 2.541.943.438 439.084.175 7.932.816.642 8.371.900.817 ANVISA 52.361.067 993.400 17.202.803 53.425 34.111.440 34.164.864 FUNASA 3.103.435.176 124.203.763 210.972.396 471.715.251 2.296.543.767 2.768.259.018 FIOCRUZ 565.314.681 587.065 355.525.227 2.033.712 207.168.677 209.202.390 ANSS 23.050.788 141.666 14.667.180 0 8.241.942 8.241.942 GHC 25.627.955 38.703 11.499.644 8.667 14.080.941 14.089.608 SUBTOTAL 14.795.253.795 237.584.468 3.151.810.688 912.895.230 10.492.963.409 11.405.858.639 MS - TOTAL GERAL 14.851.516.495 246.031.892 3.155.235.588 913.043.082 10.537.205.934 11.450.249.016 100,0% 1,6% 21,3% 6,2% 70,9% 77,1%

(6)

Orçamento do Ministério da Saúde

Ações e Serviços Públicos de Saúde

SIMULAÇÃO DOS IMPACTOS DA EC 86 E DO SAÚDE+10

Fu n cia S US e A JUS T E FIS CA L 6

Fonte: Elaboração do autor - Adaptado de Ministério de Saúde (RAG’s 2009 a 2014) e Secretaria do Tesouro Nacional/MF (RREO 6ºBIM/2014)

Nota:

(1) Receita Corrente Bruta 2014: R$ 1.243.280.132.000,00 (2) Receita Corrente Líquida 2014: R$ 641.578.197.000,00 (3) Artigo 52 da LDO 2014 União

DENOMINAÇÃO R$ % RCB¹ %RCL²

VALOR EMPENHADO MS 2014 92.243.191.171,00 7,42% 14,38%

SAÚDE+10 (10% RCB) 124.328.013.200,00 10,00% 19,38%

EC 86 - Aplicação Mínima (5º Ano 15% RCL) 96.236.729.550,00 7,74% 15,00%

EC 86 - Aplicação Mínima (1º Ano 13,2% RCL) 84.688.322.004,00 6,81% 13,20%

EMENDAS MS – Aplicação Obrigatória 2014³ 3.849.469.182,00 0,31% 0,60%

(7)

Execução Orçamentária e Financeira a partir de 2016

Parâmetros para avaliação dos riscos de perda de

financiamento do SUS com a EC 86

• Produto Interno Bruto (PIB) de 2014: R$ 5,521 trilhões¹ (variação nominal de 7,1% em relação a 2013);

• RCL da União de 2014: R$ 641,578 bilhões²;

• Despesas empenhadas em ASPS em 2014 e a média das emendas parlamentares empenhadas no período 2009-2013 pelo Ministério da Saúde (MS)³;

• Cenário “P1”: variação nominal positiva do PIB de 6,5% em 2015 e 6,5% em 2016; variação nominal positiva da RCL de 6,5% em 2015, 6,5% em 2016 e 12% em 2017 (efeito positivo moderado da retomada do crescimento econômico);

• Cenário “P2”: a variação nominal positiva do PIB de 4,0% em 2015 e 8,0% em 2016; variação nominal positiva da RCL de 8,5% em 2015, 10% em 2016 e 12% em 2017; e

• Perda dos Recursos do “Pré-Sal” como adicionais ao financiamento mínimo das ASPS não serão considerados na análise comparativa “antes e depois” da EC 86.

(1)Disponível em http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/pib/pib-vol-val_201404_8.shtm Acesso em 03/04/2015.

(2)Disponível em

http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/352657/RROdez2014+%28Corre%C3%A7%C3%A3o%29.p

df/30ec072d-9640-4039-b799-dcfab801c533Acesso em 03/04/2015.

(3)Brasil, Ministério da Saúde, Subsecretaria de Planejamento e Orçamento (SPO). Planilhas de Execução

Orçamentária e Financeira do Ministério da Saúde encaminhadas à Comissão de Orçamento e Financiamento do Conselho Nacional de Saúde (COFIN/CNS). Brasília: MS/SPO, 2009 a 2014.

Fu n cia SUS e A JUS TE FISCAL 7

(8)

Demonstrativo dos Riscos da EC 86 para

o valor da aplicação mínima em ASPS

Fu n cia SUS e A JUS TE FISCAL 8 Ano Lei Complementar nº 141/2012 (LC 141) ASPS

Emenda Constitucional nº 86/2015 (EC 86) ASPS Diferença Aplicação Aplicação ASPS R$ (a preços correntes) Variação Nominal PIB Base de Cálculo -RCL (R$ a preços correntes) Aplicação ASPS R$ (a preços correntes) ASPS R$ (a preços correntes) (A) (B) (C) 2016 E 2017: (D=C x 13,2%) e (D=C x 13,7%) EC86 (-) LC141 (E=D – A) 2014 92.246.967,10 7,10% 641.578.197,00 CENÁRIO "P1" 2015 98.796.501,76 6,50% 683.280.779,81 2016 105.218.274,38 6,50% 727.694.030,49 96.055.612,02 -9.162.662,35 2017 112.057.462,21 815.017.314,15 111.657.372,04 -400.090,17 CENÁRIO "P2" 2015 98.796.501,76 4,00% 696.112.343,75 2016 102.748.361,83 8,00% 765.723.578,12 101.075.512,31 -1.672.849,52 2017 110.968.230,78 857.610.407,49 117.492.625,83 6.524.395,05

Fonte: Elaboração do autor - adaptado de SPO/MS (2014) e STN/MF (2014); projeções baseadas no Relatório Focus do Banco Central (27/03/2015)

(9)

Emendas parlamentares individuais:

antes e depois da EC 86 (representam

perdas adicionais de aplicação)

(em R$ bilhões a preços correntes)

Fu n cia SUS e A JUS TE FISCAL 9 Ano e Cenários Projeção Percentual da RCL (A) RCL (B) Valor das Emendas Obrigatórias (C=AxB) Média das Emendas 2009-13 (D) Acréscimo das Emendas Obrigatórias (E=C-D) 2015 P1 0,60% 683,28 4,10 1,00 3,10 2015 P2 0,60% 696,11 4,18 1,00 3,18 2016 P1 0,60% 727,70 4,37 1,00 3,37 2016 P2 0,60% 765,72 4,59 1,00 3,59 2017 P1 0,60% 815,02 4,89 1,00 3,89 2017 P2 0,60% 857,61 5,15 1,00 4,15

(10)

10

GASTO DA UNIÃO COM SAÚDE ESTAGNADO EM 1,7%DO PIB DESDE

2000, MAS VEM CAINDO A PARTICIPAÇÃO PROPORCIONAL COM O AUMENTO DA ALOCAÇÃO DE RECURSOS DOS ESTADOS E DOS

MUNICÍPIOS

ANO UNIÃO ESTADOS MUNICÍPIO

1980 75% 18% 7%

1991 73% 15% 12%

2001 56% 21% 23%

2010 45% 27% 28%

2014 43% 26% 31%

(11)

Possíveis fontes para garantir a aplicação de

10% das Receitas Correntes Brutas da União

• Realocação dos gastos sem novas fontes (buscar cerca de R$ 45 bilhões num orçamento de quase R$ 1,4 trilhão)

• Reduzir em cerca de 15% a Renúncia de Receita de quase R$ 300 bilhões

• Reforma Tributária: criação de tributo específico para financiar o SUS com promoção de justiça tributária mediante a redução da participação dos tributos que incidem sobre os bens e serviços e o aumento da participação dos tributos que incidem sobre patrimônio.

• Por exemplo:

 aprovação do projeto de lei que institui o imposto sobre grandes fortunas (em tramitação no Congresso Nacional);

 reinstituição da tributação sobre movimentação financeira;

 Revisão do ITBCM (Estadual) e/ou extinção para criação de um imposto sobre herança (de competência federal);

 Revisão do IR com a criação de novas faixas de renda mais altas e alíquotas mais elevadas para estas faixas (o que poderia inclusive possibilitar a redução das alíquotas das faixas de renda mais baixas).

 Elevação das alíquotas da CSLL

Fu n cia SUS e A JUS TE FISCAL 11

(12)

Fortalecimento do processo de financiamento do SUS

 A favor do Saúde + 10 (10% das RCB)

 Revisão do processo de ajuste fiscal sob a coordenação do Ministério da Fazenda, com a adoção de medidas que onerem também as faixas de renda mais altas e com o estabelecimento de metas para o crescimento econômico a partir de 2016.

 Revisão da EC 86 para que os recursos do Pré-Sal retomem a condição de fonte para aplicação em ASPS adicional ao valor mínimo

 Contra o Projeto de Reforma Tributária que retira as fontes exclusivas de financiamento da Seguridade Social

 Por uma Reforma Tributária que reduza a incidência sobre bens e serviços e aumente a incidência sobre patrimônio, renda e riqueza

 Revisão da renúncia fiscal e combate mais forte à sonegação fiscal

 Contra a PEC de autoria do Deputado Eduardo Cunha que cria a obrigação para as empresas contratarem planos de saúde privados para os funcionários

 Enfrentamento da dívida pública federal (em 2014, os valores de juros, amortização e refinanciamento da dívida pública federal foram de R$ 170,6 bilhões, R$ 191,7 bilhões e R$ 616,8 bilhões)

 Por uma transparência total de informações nas notas fiscais dos produtos comprados pelo consumidor – a composição do preço segundo os custos de produção, lucros e tributos.

 É PRECISO FORTALECER O PROCESSO DE FINANCIAMENTO FEDERAL DO SUS DIANTE DO CARÁTER DO PACTO FEDERATIVO VIGENTE NO BRASIL: IMPORTÂNCIA DAS TRANSFERÊNCIAS INTERGOVERNAMENTAIS PARA O FINANCIAMENTO DO SUS ÀS ESFERAS ESTADUAIS E MUNICIPAIS

Fu n cia SUS e A JUS TE FISCAL 12

(13)

Obrigado

francisco.r.funcia@gmail.com

Fu n cia SUS e A JUS TE FISCAL 13

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