Normas de Saúde dos SSCGD
Atos de Saúde Sujeitos a Autorização Prévia
ENTRADA EM VIGOR: dezembro 2016
1. A Autorização Prévia (AP) de um ato de saúde consiste num aval por parte dos Serviços Sociais da Caixa Geral de Depósitos (SSCGD) para a atribuição de comparticipação à despesa inerente à realização do mesmo. A AP de um ato de saúde não produz efeitos sobre a sua integração no contrato (convenção) existente entre os SSCGD e um prestador.
2. Estão sujeitos a AP todos os atos de saúde previstos na “Lista de Atos de Saúde Sujeitos a Autorização Prévia”. 3. A Assessoria Clínica (AC) da Direção dos SSCGD (DSS) é a entidade responsável pela concessão de AP.
4. Os SSCGD informam os seus prestadores sobre os atos de saúde sujeitos a AP, no momento de celebração do contrato (convenção) e sempre que procedam a atualizações na “Lista de Atos de Saúde Sujeitos a Autorização Prévia” através do Portal.
5. As prescrições médicas devem conter a codificação e a nomenclatura definidas nas normas e tabelas dos SSCGD.
6. Caso a codificação referida no número anterior não exista, o pedido de AP tem de ser acompanhado por um orçamento discriminado emitido pelo prestador a que o sócio ou o beneficiário pretendam recorrer.
7. Nas situações de:
a. Podologia (n.º 32) – apenas para tratamentos;
b. Cirurgias do Sistema Cardiovascular e Serviços Cardiovasculares (n.º 5) – apenas para colocação de próteses endovasculares, colocação de cardioversores/desfibrilhadores, colocação de pacemakers e cirurgia da ablação; c. Transplantes de órgãos (n.º 40);
d. Implante coclear (n.º 24).
É necessária a aprovação de orçamento discriminado pela DSS, sempre que executados em prestadores privados. No caso dos transplantes de órgãos (n.º 40), se se prevê a sua execução em hospitais públicos, deve ser notificada antecipadamente a AC, da inscrição efetuada para o efeito.
8. Os prestadores convencionados devem zelar pelo cumprimento da presente norma e anexar à fatura a respetiva AP. A falta de apresentação da AP implica a não garantia de pagamento por parte dos SSCGD.
9. Os atos de saúde que sejam prescritos por prestadores não convencionados, incluindo os que são abrangidos pelo regime de complementaridade, estão também sujeitos a AP, quando constem da “Lista de Atos de Saúde Sujeitos a Autorização Prévia”.
10. Os pedidos de AP são feitos pelos sócios com recurso aos meios disponibilizados pelos SSCGD para o efeito. Mediante acordo específico, podem também ser remetidos pelo prestador para o endereço de correio eletrónico servsociais.autorizacoesprevias@cgd.pt, mas só serão considerados válidos quando devidamente assinados pelo sócio. 11. Situações de Urgência:
a. Para os atos de saúde que constam na “Lista de Atos de Saúde Sujeitos a Autorização Prévia” é dispensada a obtenção de AP, quando estes sejam prestados em situações de urgência.
b. A urgência referida no número anterior terá de ser comprovada pela AC, mediante apreciação:
i. De nota de alta/declaração médica justificativa, em caso de internamento hospitalar, a ser remetida pelo sócio no prazo máximo de 10 dias úteis após a alta hospitalar;
ii. De declaração médica justificativa, nos restantes casos, a ser remetida pelo sócio no prazo máximo de 10 dias úteis após a realização do ato de saúde.
12. Medicina da Dor (tratamento da dor crónica)
a. O processo de AP de atos de saúde prestados no âmbito da Medicina da Dor (tratamento da dor crónica – n.º 30) carece de avaliação prévia do doente em consulta de dor crónica, constituída de acordo com o previsto na norma dos SSCGD aplicável a esta matéria, da qual resulte a emissão de relatório clínico circunstanciado e definição de plano terapêutico.
13. As exposições sobre situações omissas na presente norma serão apreciadas pela DSS.
ANEXO I - LISTA DE ATOS DE SAÚDE SUJEITOS A AUTORIZAÇÃO
PRÉVIA (AP)
01 Angiodinografias, sempre que solicitado em simultâneo estudo venoso e arterial, do mesmo território
02 Cateterismo cardíaco/angiografia coronária
03 Cirurgia do intersexo e transexual 04 Cirurgia endovascular
05 Cirurgias do sistema cardiovascular e serviços cardiovasculares, onde exista necessidade de recorrer a próteses ou outros dispositivos médicos implantados
06 Cirurgias plásticas e toda e qualquer cirurgia efetuada por cirurgião plástico, exceto tratamento de queimaduras
07 Colonoscopia virtual
08 Dermobrasão química (total ou parcial)
09 Deslocações entre as Regiões Autónomas e Portugal Continental, onde o tempo de permanência no destino seja superior a 3 dias
10 Deslocações ao estrangeiro
11 Dietistas/Nutricionistas – consultas
12 Deslocações com necessidade de acompanhante (exceto para doentes menores de idade)
13 Eletroporação irreversível prostática (EPI)
14 Embolização das artérias prostáticas 15 Embolização das artérias uterinas
16 Enterografia por Ressonância Magnética Nuclear (Entero-RMN)
17 Enterografia por Tomografia Axial Computorizada (Entero-TAC)
18 Enteroscopia de/com duplo balão
19 Enteroscopia por cápsula
20 Enxerto de cabelo
21 Exames de genética para diagnóstico de doença oncológica
22 Fatores de crescimento plaquetário
23 GDX (Análise Fibras Óticas) 24 Implante coclear
26 Litotrícia extracorporal (LEOC) - sessão inicial e sessões complementares
27 Litotripsia biliar extracorporal
28 Medicamentos hospitalares para dispensa em ambulatório (MHDA)
29 Medicamentos importados por inexistência de similar em Portugal
30 Medicina da Dor (tratamento da dor crónica), nomeadamente (lista não exaustiva): • Procedimentos no sistema nervoso periférico
• Procedimentos do neuroeixo (ex. colocação de bomba infusora programável epidural/intratecal) • Procedimentos de neuromodulação (ex. colocação de gerador de neuroestimulação)
• Procedimentos em articulações, músculos, tendões e partes moles • Ozonoterapia
• Procedimentos por radiofrequência
• Outros procedimentos (vertebroplastia, cifoplastia, colocação de espaçador interssomático) 31 Ondas de choque/ortotrícia
32 Podologia – consultas e tratamentos
33 Próteses penianas
34 Sedação ou anestesia para qualquer tipo de exames complementares de diagnóstico, exceto Colonoscopia
35 Sistema Med X
36 Terapêutica fotodinâmica com Visudyne (cada sessão)
37 Termoterapia transpupilar (TTT)
38 Testes Melisa
39 Tomografia por emissão de positrões (PET) 40 Transplantes de órgãos
41 Tratamento “Tinnitus Signed” (por ultra sons)
42 Tratamento da obesidade mórbida
43 Tratamentos por laser:
- Em Dermatologia – atos médicos c/ os seguintes códigos da Tab. Ordem Médicos:
• De 15.03.00.04 – Laserbrasão total da face com laser CO2 ou Erbium/YAG – até - 15.03.00.12 – Tratamento de lesões vasculares com outros lasers (>20 cm2)
- Em Oftalmologia - ato médico c/ o seguinte código da Tab. Ordem Médicos:
• 46.01.00.17 – Queratomileusis por Lasik, independentemente do tipo de laser utilizado - Em Cirurgia do Aparelho Uro-Genital - atos médicos c/ os seguintes códigos da Tab. Ordem Médicos:
• De 40.00.00.60 - Fotorradiação percutânea com laser de cálices, bacinete ou SPU – até - 40.00.00.62 - Litotrícia extracorporal por ondas de choque (sessões complementares - dentro de um período de 3 meses)
• De 40.01.00.59 – Fotorradiação percutânea com laser do uréter – até - 40.01.00.61 - Idem, sessão complementar
• 40.02.00.53 - Litotrícia extracorporal por ondas de choque • 40.02.00.54 - Idem sessão complementar