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Utilização da fosfina (PHs) no controle de pragas do milho e feijão armazenados em alguns municípios da região polarizada por Campina Grande-PB e seus efeitos na germinação, vigor e umidade.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA PRO-REITORIA PARA ASSUNTOS DO INTERIOR

CENTRO DE C I E N C I A S E TECNOLOGIA

COORDENACAO DE POS-GRADUACAO EM ENGENHARIA AGRICOLA

UTILIZAQAO DA FOSFINA ( P H s ) NO CONTROLE DE PRAGAS DO MILHO E F E I J A O ARMAZENADOS EM ALGUNS MUNICIPIOS DA REG I AO POLARIZADA POR CAMPINA GRANDE-PB E SEUS E F E I T O S NA GERMINAGAO, VIGOR E UMIDADE.

DILMA MARIA DE BRITO MELO TROVAO

CAMPINA GRANDE - PARAIBA DEZEMBRO/1994

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UTILIZACAO DA FOSFINA ( P H3) NO CONTROLE DE PRAGAS DO MILHO E F E U A O ARMAZENADOS EM ALGUNS MUNICIPIOS DA REGIAO POLARIZADA POR CAMPINA GRANDE-PB E SEUS E F E I T O S NA GERMINACAO, VIGOR E UMIDADE.

D l s s e r t a c a o a p r e s e n t a d a ao C u r s o de M e s t r a d o em E n g e n h a r i a A g r i c o l a da U n i v e r s i d a d e F e d e r a l d a P a r a i b a em cumprimento a s e x i g S n c i a s p a r a o b t e n c a o do g r a u de M e s t r e .

AREA DE CONCENTRACAO : ARMAZENAMENTO E PROCESSAMENTO DE PRODUTOS AGRICOLAS

ORIENTADORES:

V i c e n t e de P a u l a Q u e i r o g a M a r c o s A n t o n i o S c a i c o

MESTRANDO:

D i l m a M a r i a de B. M. T r o v a o

CAMPINA GRANDE - PARAIBA DEZEMBRO/1994

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UTILIZACAO DA FOSFINA ( P H3) NO CONTROLE DE PRAGAS DO MILHO E FEIJAO ARMAZENADOS EM ALGUNS MUNICIPIOS DA REGIAO POLARIZADA POR

CAMPINA GRANDE-PB E SEUS EFEITOS NA GERMINAQAO,VIGOR E UMIDADE.

DILMA MARIA DE BRITO MELO TROVAO

DISSERTACAO APROVADA EM 20 DE DEZEMBRO DE 1994

VICENTE DE PAULA QUEIROGA (DOUT€*R] ORIENTADOR

CAMPINA GRANDE - PB DEZEMBRO - 1994

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P a r a Pedro, com c a r i n h o .

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A G R A D E C I M E N T O S

A Deus, que me deu f o r c a , satide e i n s p i r a c a o para r e a l i z a c a o deste t r a b a l h o .

Ao Prof. Marcos Antonio Scaico, p e l a amizade e v a l i o s a o r i e n t a c a o , sem os quais este t r a b a l h o nao t e r i a sido r e a l i z a d o .

Ao Dr. V i c e n t e de Paula Queiroga, pela c o n t r i b u i -cao c i e n t i f i c a e o r i e n t a c a o desta pesquisa.

Ao Dr. Francisco de A s s i s Cardoso Almeida, pelas v a l i o s a s sugestoes na elaboracao desta d i s s e r t a c a o .

As p r o f e s s o r a s Luiza Eugenia da Mota Rocha Cirne e Ana V i r g i n i a Rocha de Almeida Guimar&es, pelo constante

i n c e n t i v o apo i o .

Ao Centro Nacional de Pesquisa do Algodao (CNPA), por t e r p e r m i t i d o a u t i l i z a s a o de seus l a b o r a t o r i e s .

Ao t e c n i c o Mario B r i t o , do L a b o r a t o r i o de Sementes do CNPA, pela c o n t r i b u i c a o no desenvolvimento dos t r a b a l h o s p-raticos.

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento C i e n t l f i c o e Tecnologico (CNPQ), p e l a concessSo da b o l s a de estudos.

Aos meus p a i s e aos meus irmaos, pelo c a r i n h o e i n c e n t i v e

A Pedro, por sua compreensao e p a c i e n c i a durante todo o decorrer do mestrado e p r i n c i p a l m e n t e durante a execucao desta pesquisa.

A amiga Marcia Rejane Queiroz Almeida Azevedo, p e l a amizade, i n c e n t i v o e apoio em todas as etapas do mestrado.

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INDICE L I S T A D E T A B E L A S L I S T A D E F I G U R A S R E S U M O S U M M A R Y .. INTODUCRO R E V I S A O D E L I T E R A T U R A 0 A R M A Z E N A M E N T O A F U M I G A Q A O M A T E R I A I I S E M E T O D O S A R L I C A C A O D E Q U E S T I O N A R I O S E S T U D O S D E L A B O R A T O R I O R E S U L T A D O S E D I S C U S S A O A P J L I C A C A O D E Q U E S T I O N A R I O S . ESfTUDOS D E L A B O R A T O R I O C O N C L U S O E S , B I B L I O G R A F I A A N E X O S A N A N E X O 1 E X O 2 n i v v v i 0 1 0 5 0 5 1 1 2 0 2 0 2 1 2 5 2 5 4 2 5 1 5 2 6 2 6 2 6 7 i

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LISTA DE TABELAS

TABELA PAGINA

01 D i s t r i b u i c a o dos p r o d u t o r e s e/ou comerciantes e n t r e v i s t a d o s , em porcentagem, em funcSo da origem e do d e s t i n o dos produtos armazenadas... 25

02 D i s t r i b u i c a o dos produtores e/ou comerciantes e n t r e v i s t a d o s , em porcentagem, em funcao da

quantidade media dos produtos armazenados 27

03 D i s t r i b u i c a o dos produtores e/ou comerciantes e n t r e v i s t a d o s , em porcentagem, em funcao do

tempo medio de armazenamento dos produtos 29

04 D i s t r i b u i c a o dos p r o d u t o r e s e/ou comerciantes e n t r e v i s t a d o s , em porcentagem, em funcao da p e r i o d i c i d a d e de expurgo dos produtos com

f o s f i n a 30

05 D i s t r i b u i c a o dos p r o d u t o r e s e/ou comerciantes e n t r e v i s t a d o s , em porcentagem, em funcao das

dosagens de f o s f i n a u t i l i z a d a s no expurgo 33

06 Valores medics de germinaeao, v i g o r e t e o r de umidade das sementes de m i l h o submetidas a

t r e s dosagens de f o s f i n a durante s e i s

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TABELA PAGINA

07 Valores medios de germinacao, v i g o r e t e o r de umidade das sementes de f e i j a o submetidas a t r e s dosagens de f o s f i n a durante s e i s

periodos de exposicao 43

08 Quadrado medio da v a r i a n c i a e c o e f i c i e n t e de variac&o da germinacao das sementes de m i l h o , submetidas ao expurgo com f o s f i n a , em t r e s dosagens, durante s e i s periodos de exposicao... 45

09 Quadrado medio da v a r i a n c i a e c o e f i c i e n t e de v a r i a c a o da germinacao das sementes de f e i j a o submetidas ao expurgo com f o s f i n a , em t r e s

dosagens, durante s e i s periodos de exposicao... 45

10 Quadrado medio da v a r i a n c i a e c o e f i c i e n t e de v a r i a c a o do v i g o r das sementes de m i l h o , submetidas ao expurgo com f o s f i n a , em t r e s dosagens, durante s e i s periodos de exposicao... 46

11 Quadrado medio da v a r i a n c i a e c o e f i c i e n t e de v a r i a c a o do v i g o r das sementes de f e i j a o , submetidas ao expurgo com f o s f i n a , em t r e s

dosagens, durante s e i s periodos de exposicao... 46

12 Quadrado mSdio da v a r i a n c i a e c o e f i c i e n t e de v a r i a c a o da umidade das sementes de m i l h o , submetidas ao expurgo com f o s f i n a , em t r e s

dosagens, durante s e i s periodos de exposicao... 47

13 Quadrado medio da v a r i a n c i a e c o e f i c i e n t e de v a r i a c a o da umidade das sementes de f e i j a o submetidas ao expurgo com f o s f i n a em t r e s

dosagens, durante s e i s periodos de exposicao... 47

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA - PAGINA

01 Teores medios de Germinacao do milho em

funcao das t r e s dosagens u t i l i z a d a s 67

02 Teores medios de Germinacao do f e i j a o em

funcao das t r e s dosagens u t i l i z a d a s 68

03 Teores^ medios do Vigor do milho em fun©£o

das t r e s dosagens u t i l i z a d a s 69

04 Teores medios do Vigor do f e i j a o em funcao

das t r e s dosagens u t i l i z a d a s 70

05 Teores medios da Umidade do milho em func&o

das t r e s dosagens u t i l i z a d a s 71

06 Teores medios da Umidade do f e i j a o em funcao

(11)

R E S U M O

O presente t r a b a l h o teve por o b j e t i v o a v a l i a r a forma de r e a l i z a c S o do expurgo com f o s f i n a em sementes de milho e f e i j a o armazenados na regiSo p o l a r i z a d a por Campina Grande-PB, alem de v e r i f i c a r os p o s s i v e i s e f e i t o s do fumigan-t e sobre a germinacao, v i g o r e fumigan-t e o r de umidade dessas sementes. Em f e i r a s e mercados da r e g i a o , foram a p l i c a d o s q u e s t i o n a r i o s a 100 produtores e/ou comerciantes, f i c a n d o evidenciado que o uso da f o s f i n a e generalizado e que, mesmo sem uma orientacSo t e c n i c a , o produto e u t i l i z a d o de forma s a t i s f a t o r i a , embora o manuseio nao s e j a o i d e a l e as dosagens empregadas sejam s u p e r i o r e s as recomendadas. Em l a b o r a t o r i o , sementes de milho e f e i j S o foram submetidas a expurgo com f o s f i n a nas dosagens de 15, 30 e 45 comprimidos

de GASTOXIN/m3 e por periodos de exposicao de 0, 24, 48, 72,

96 e 120 horas, nao sendo v e r i f i c a d a s a l t e r a c o e s s i g n i f i c a t i -vas nas c a r a c t e r i s t i c a s estudadas.

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S U M M A R Y

The present study was aimed t o evaluate the expur-g a t i o n process u s i n expur-g phosphine on corn and bean seeds s t o r e d i n t h e area p o l a r i z e d by Campina Grande - PB and, a l s o , t o v e r i f y t h e e f f e c t s o f t h i s fumigant on t h e g e r m i n a t i o n , v i g o u r and h u m i d i t y l e v e l on t h e same s u b j e c t . One hundred q u e s t i o n n a i r e s , a p p l i e d among producers and wholesale t r a d e r s i n open-air markets, have t u r n e d e v i d e n t t h a t t h e use o f phosphine i s g e n e r a l i z e d and, even w i t h o u t a t e c n i c a l support, t h e product i s used i n a s a t i s f a c t o r y way, although being handled i n c o r r e c t e l y and w i t h h i g h e r dosages than t h e

recommended. During experimental s t u d i e s , corn and bean seeds where submitted t o an e x p u r g a t i o n w i t h phosphine u s i n g 15, 30

and 45 p i l l s o f GASTOXIN/M3 f o r p e r i o d s o f 0, 24, 48, 56, 72, 96 and 120 hours, b e i n g n o t v e r i f i e d s i g n i f i c a n t changes on the c h a r a c t e r i s t i c s t e s t e d .

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I N T R O D U C « 0

Nos paises em desenvolvimento, a d i e t a a l i m e n t a r da populacSo e c o n s t i t u l d a basicamente por c e r e a i s e leguminosas de graos. Em termos de v a l o r e s n u t r i t i v o s , os c e r e a i s podem s u p r i r as necessidades de c a l o r i a s do consumidor, porem apre-sentam menor concentracao em p r o t e i n a do que as leguminosas. A associacao dos d o i s produtos, na proporcao c o r r e t a , c o r r i g e as d e f i c i e n c i a s , um do o u t r o (ZIMMERMANN et al, 1988).

No B r a s i l , o f e i j a o c o n s t i t u i o q u a r t o produto em area plantada e o sexto em v a l o r da produeao a g r l c o l a , enquanto que o milho ocupa o p r i m e i r o l u g a r em area e o segundo em v a l o r de produeao (IBGE, 1980). Visando p r i n c i p a l -mente o b t e r a l i m e n t o para o consumo f a m i l i a r , os pequenos e medios a g r i c u l t o r e s da r e g i a o semiarida do Nordeste b r a s i

-l e i r o tern o h a b i t o de promover a conveniente associacao "cereal-leguminosa" a t r a v e s do p l a n t i o consorciado de m i l h o e f e i j a o (ZIMMERMANN et al., 1988).

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Embora essa p r a t i c a possa conduzir a uma produeSo s a t i s f a t o r i a , as perdas de milho e fei,jao produzidos podem ser muito grandes em decorreneia de t e c n i c a s inadequadas de manuseio e armazenamento. PUZZI (1977) informa que, com r e l a

cao aos generos a l i m e n t i c i o s , sao eomuns as e s t i m a t i v a s i n d i cando que cerca de urn t e r e o do que se produz no p a l s e p e r d i -do antes mesmo de chegar ao consumi-dor.

Assim, "como medida de prevencao durante o armaze-namento de graos, e importante que s e j a f e i t a uma protee&o c o n t r a as pragas que, i n d i v i d u a l m e n t e ou em c o n j u n t o , podem causar danoa aos produtos (MERCH, 1978). De f a t o , de acordo com COSTA e t al. (1980), os i n s e t o s causam s e r i e s p r e j u l z o s aos produtos armazenados, sendo urn dos maiores compstidores do homem na l u t a p e l o s alimentos.

No armazenamento de sementes ou graos destinados a a l i m e n t a c l o , ha a necessidade de se c o n t r o l a r i n s e t o s que atacam o produto ensacado ou a g r a n e l . Nesses casos, a f u m i gacao c o n s t i t u i uma t e c n i c a ja. b a s t a n t e u t i l i z a d a e vem s o l u -cionando s a t i s f a t o r i a m e n t e o problema (PUZZI & ORLANDO, 1963).

Os fumigantes sao gases de acao t o x i c a para os i n s e t o s . Como gases, difundemse na forma da moleoulas l s o l a -das, o que permite sua penetraGao nas pequenas a b e r t u r a s ,

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ranhuras ou fendas dos produtos armazenados, nos reduzidos espacos i n t e r g r a n u l a r e s e em o u t r o s i n t e r s t l c i o s de dimensSes d i m i n u t a s (PUZZI, 1986).

Dentre os fumigantes mais frequentemente u t i l i z a -dos, destaca-se a f o s f i n a , um produto altamente t o x i c o e e f i c a s no combate de i n s e t o s nos graos armazenados. A f o s f i n a 6 encontrada no mercado sob a forma de comprimidos de 0,6 "gramas,, ou t a b l e t e s de 3,0 gramas, que, ao serem submetidos a.

umidade do a r , l i b e r a m o gas t 6 x i c o . 0 seu p r i n c l p i o a t i v o e o f o s f e t o de a l u m l n i o , que se apresenta associado a o u t r o s componentes, como o carbamato de amonia e o amoniaco, sendo que a liberaGao do gas comepa a o c o r r e r uma hora apos a a p l i -cacao. Apos a decomposicao, a f o s f i n a deixa um po r e s i d u a l composto por h i d r o x i d o de a l u m i n i o (MERCH, 1976).

A dosagem de f o s f i n a normalmente a p l i c a d a em p r o -dutos armazenados e de um t a b l e t e para 15 a 20 sacos de 60 Kg ou de um comprimido para 3 a 4 sacos, sendo recomendado um

tempo de exposiea° de 72 horas em l o c a i s com temperatura

e n t r e 15 e 25°C e um tempo de 48 horas ends a temperatura f o r acima de 25°C (COSTA et al, 1980).

De acordo com PUZZI (1986), a f o s f i n a nao apre-senta acao f i t o t 6 x i c a nos graos armazenados e, mesmo quando

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a p l i c a d a em doses elevadas, nao provoca reducao no poder g e r m i n a t i v o nern deixa residues em alimentos t r a t a d o s com dosagens dez vezes s u p e r i o r e s a normal.

No estado da Paraiba, p a r t i c u l a r m e n t e na regiao p o l a r i z a d a por Campina Grande, a u t i l i z a c & o da f o s f i n a e bastante disseminada e n t r e a g r i c u l t o r e s e comerciantes. Sua

a p l i c a c a o e bem d i v e r s i f i c a d a e seu manuseio geralmente e i r r e g u l a r e Inadequado. Para um melhor conhecimento dessa s i t u a p l o , o presente t r a b a l h o f o i r e a l i z a d o com os seguintes o b j e t i v o s :

1. A v a l i a r as formas de emprego e dosagens mais u t i l i z a d a s da f o s f i n a na regiSo estudada;

2. V e r i f i c a r em condicOes de l a b o r a t o r i o os e f e i t o s da f u m i -gacao com f o s f i n a na germinacao, v i g o r e t e o r de umidade das sementes de m i l h o e f e i j a o .

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R E V I S S O D E L I T E R A T U R A

0 ARMAZENAMENTO

Os graos a l i m e n t i c i o s constituent uma das f o n t e s mais r i c a s de n u t r i e n t e s , i n d i s p e n s a v e i s t a n t o ao homem como aos animais, e sua d i s p o n i b i l i d a d e para s a t i s f a z e r as neces-sidades no momento desejado 6 o que leva muitos e s p e c i a l i s t a s a se aprofundarem no estudo do problema do armazenamento

(BARROS NETO, 1980).

De acordo com POPINIGIS (1975-a), a capacidade que a semente apresenta em desempenhar suas funcSes v i t a i s 6 d e c o r r e n c i a da sua qualidade f i s i o l 6 g l e a , que e c a r a c t e r i z a d a pelo sen poder g e r m i n a t i v o , v i g o r e longevidade.

0 armazenamento e f e i t o com a f i n a l i d a d e de p r e -servar a qualidade f i s i o l o g i c a das sementes desde o periodo p o s - c o l h e i t a at6 a sua u t i l i z a c a o f i n a l , a t r a v e s da minimiza-cao da velocidade da d e t e r i o r a t e - (DELOUCHE, 1970).

Para POPINIGIS (1975a), os f a t o r e s que i n f l u e n -ciam a qualidade f i s i o l o g i c a das sementes armazenadas sao: qualidade i n i c i a l da semente, t e o r de umidade da semente, temperatura ambiente e a i n t e r a c a o e n t r e temperatura, t e o r de umidade e condicoes de armazenagem.

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Delouche et al, (1973), c i t a d o s por FREITAS e t al. (1992), afirmam que durante o armazenamento os p r i n c i p a l s f a t o r e s que afetam a qualidade das sementes sao a temperatura e a umidade r e l a t i v a do ambiente armazenador. A umidade r e l a t i v a torna-se mais importante devido a sua relacSo d i r e t a com o t e o r de umidade das sementes, porem a temperatura c o n t r i b u i consideravelmente, uma vez que a f e t a a velocidade dos processos bioquimicos.

A p a r t i r da maturidade f i s i o l o g i c a , as sementes entram em um processo i r r e v e r s i v e l de d e t e r i o r a c a o que e r e s -ponsive 1 pela perda de v i a b i l i d a d e (FREITAS et al., 1992). Segundo DELOUCHE & BASKIN (1970), a d e t e r i o r a c a o das sementes e um conjunto de etapas a p a r t i r da m a t u r a ea o- sendo que o aumento da i n c i d e n e i a de p l a n t u l a s anormais e a perda do poder germinativo sao provavelmente as a l t e r a c o e s f i n a i s desse processo.

De acordo com H a r r i n g t o n (1972), c i t a d o por FREITAS

et al, (1992), a velocidade da d e t e r i o r a c a o r e s u l t a de d i v e r

-sos f a t o r e s , como as condicSes ambientais a n t e r i o r e s a c o l h e i t a , as i n j u r l a s mecanicas durante a c o l h e i t a e b e n e f i -ciamento e, em e s p e c i a l , as condicSes de armazenamento.

0 armazenamento, quando r e a l i z a d o em condicSes f a v o r a v e i s pode manter a qualidade das sementes, mas nunca melhora-la. A v e l o c i d a d e com que e l a s se degeneram depende

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das condicoes as quais e l a s sao expostas no campo, antes e durante a c o l h e i t a , do metodo de c o l h e i t a , de secagem e bene-f i c i a m e n t o , e das condic?5es de armazenamento (POPINIGIS, 1977).

Geralmente, o armazenamento a f e t a a qualidade dos graos que se destinam ao consumo, devido as perdas das carac-t e r i s carac-t i c a s i n i c i a i s que ocorrem ao longo do carac-tempo (PUZZI, 1977). Quando o armazenamento e r e a l i z a d o em condicoes f a v e -ra, ve i s as perdas podem ser diminuldas, havendo uma maior conservacao das sementes por um periodo maior, no e n t a n t o , submetidas a condicSes inadequadas, e l a s podem d e t e r i o r a r em poucos d i a s (HARRINGTON, 1972).

Para a germinacao, a semente n e c e s s i t a de agua e o x i g e n i o em quantidades adequadas, temperatura i d e a l e, as vezes, de l u z . Quando ocorre a i n t e r a c a o desses f a t o r e s , a

semente absorve agua i n i c i a n d o o processo de germinacao (SACCO, 1975).

De acordo com GOMES (1992), toda.semente destinada ao p l a n t i o deve ser cuidadosamente b e n e f i c i a d a e conservada para que nao s o f r a a l t e r a c S o na qualidade f i s i o l o g i c a durante o p e r i o d o de armazenamento, uma vez que a preservacao e con-servacao das s a f r a s a g r i c o l a s representam h o j e , uma questao absolutamente v i t a l .

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Grandes quantidades de m i l h o sao perdidas todos os anos, em todo o mundo, devido as mas condicoes de armazena-mento e manuseio. CondicSes adequadas de armazenagem mantem as qualidades a l i m e n t a r e s do produto por muito mais tempo

(PUZZI et al., 1966).

Segundo AGUIAR (1982), o armazenamento adequado de sementes e v i t a perdas q u a l i t a t i v a s e q u a n t i t a t i v a s

desneces-s a r i a desneces-s . Edesneces-stima-desneces-se que no B r a desneces-s i l adesneces-s= perdas decorrentes da

estocagem em termos q u a n t i t a t i v o s , em media, sao em t o r n o de 30% ao ano, dos quais 5% sao em d e c o r r e n c i a do p r 6 p r i o meta-bolismo da semente e i n t e r f e r e n c i a de microrganismos e os 25% r e s t a n t e s proven basicamente do ataque de i n s e t o s e roedores. As perdas no v i g o r e v i a b i l i d a d e das sementes sao d i f i c e i s de serem estimadas, mas sabe-se que os seus e f e i t o s podem causar reducao no p o t e n c i a l g e r m i n a t i v o e, consequentemente, a redu-cao da produeao a g r i c o l a .

0 v i g o r das sementes v a r i a com a especie, sendo que, dentro de uma mesma especie, algumas c u l t i v a r e s podem apresentar-se mais ou menos v i g o r o s a s do que o u t r a s . A t e mesmo dentro de. uma mesma c u l t i v a r pode haver d i f e r e n c a no v i g o r , se semeadas em l o t e s d i f e r e n t e s ( L I N , 1982).

GALLO et al. (1978), afirmam que os grSos armaze-nados podem ser atacados por v a r i a s especies de i n s e t o s ,

(21)

sendo que, no B r a s i l , as perdas por eles provocadas sao e s t i -madas em 20% .

As pragas de produtos armazenados, alem de causa-rem uma reducao severa no peso, depreciam o v a l o r comercial do produto, diminuem o seu v a l o r n u t r i c i o n a l , atuam como agentes disseminadores de fungos e favorecem a d e t e r i o r a e a o do produto, em v i r t u d e do acrescimo da umidade e temperatura da massa ^ie graos provocado p e l o metabolismo dos i n s e t o s

(MARTINS et al., 1984/5).

0 ataque de i n s e t o s nos produtos armazenados p r o -voca perdas i r r e p a r a v e i s na massa de grSos. NETO & ALMEIDA

(1984/5), avaliando os danos causados pelas l a r v a s de

Ephes-tia cautella em grSos de t r i g o , constataram que e s t a s , embora

nao provocassem uma perda de peso s i g n i f i c a t i v a , diminuiam de 6,7 a 42,8 % a faculdade g e r m i n a t i v a das sementes.

Mediante um levantamento r e a l i z a d o pela U n i v e r s i -dade Federal de VicGsa (UFV, 1970), observou-se que devido a precariedade do sisterna de armazenamento nas fazendas, num periodo de 3 a 7 meses, as perdas de milho a t i n g i r a m cerca de 12%, em d e c o r r e n c i a da reducao de peso provocada pelo ataque de i n s e t o s . S a l i e n t a s e tambem que os p r e j u i z o s nao se r e s -t r i n g e m apenas a perda de peso do c e r e a l , sendo comprome-tido tambem o seu v a l o r n u t r i t i v o e d i m i n u i d o o poder g e r m i n a t i v o das sementes, alem da desvaloriza©a° comercial do p r o d u t o .

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ANDRADE & NASCIMENTO (1984), estudando os danos causados por i n s e t o s em sementes de milho ( Zea mays) e de sorgo {Sorghum bicolor) armazenados, constataram que a q u a l i -dade f i s i o l o g i c a 6 seriamente a f e t a d a , r e s u l t a n d o na reducao da germinacao e do v i g o r a ponto de t o r n a - l a s i m p r e s t a v e i s para o p l a n t i o e a t e mesmo para o consume

FIGUEIREDO et al. (1982), assinalam que um dos f a t o r e s p r i n c i p a l s a serem considerados na conservacao de sementes e o .tempo de armazenamento. Sabendo-se o periodo de estocagem, pode-se d e f i n i r o t e o r de umidade de

armazenamen-t o , o armazenamen-traarmazenamen-tamenarmazenamen-to c o n armazenamen-t r a microrganismos e i n s e armazenamen-t o s e as demais condicSes de armazenagem.

MARTINS et al. (1984/1985), observaram que a par-t i r de um c e r par-t o p e r i o d o de armazenamenpar-to, as perdas de peso sao bem maiores devido a um aumento no I n d i c e de i n f e s t a c & o por i n s e t o s . Assim, um tratamento f i t o s s a n i t a r i o s e r i a con-v e n i e n t e , p o i s p o s s i b i l i t a r i a aos p r o d u t o r e s disporem de maior quantidade e melhor qualidade do p r o d u t o , p r o p i c i a n d o -l h e s rendas maiores.

Segundo AGUIAR (1970), para uma melhor conservacao das sementes faz-se n e c e s s a r i a a aplicacSo de produtos com a f i n a l i d a d e de c o n t r o l a r i n s e t o s no armazenamento, concorrendo assim para a manuntencao do v i g o r e da capacidade g e r m i n a t i v a do p r o d u t o , uma vez que as sementes permanecerao s a d i a s .

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0 ataque de i n s e t o s aos produtos armazenados que se destinam ao consumo humano e i n a d m i s s i v e l em qualquer n i v e l , p o i s as perdas e danos f i s i c o s , somam-se os e f e i t o s da conta-minacao por fezes dos i n s e t o s , odores, i n s e t o s mortos, fungos e m i c o t o x i n a s , que podem p e r s i s t i r nos produtos i n d u s t r i a l i -zados levando os consumidores a r e j e i t a - l o s . Segundo SANTOS (1993), para s o l u c i o n a r estes problemas faz-se n e c e s s a r i o o c o n t r o l e da i n f e s t a c a o , sendo que a fumigacao com f o s f i n a tem se mostrado o melhor metodo para combater os i n s e t o s que atacam os graos armazenados em s i l o s ou ensacados, p o i s , alem de e f i c i e n t e , e b a r a t o .

A FUMIGACAO

De acordo com BITRAN (1979), medidas r a c i o n a i s de protecSo e c o n t r o l e devem ser tomadas para combater o p r o b l e -ma do ataque de pragas a graos ar-mazenados, t a n t o em grandes s i l o s ou armazens como em d e p 6 s i t o s r u r a i s , uma vez que os danos ocasionados por estas pragas chegam a a t i n g i r elevados n l v e i s p e l a f a l t a de a p l i c a e a o ou a p l i c a e a o inadequada de medidas de prevencso.

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Segundo SCHIMANN & ARRUDA (1963), d i v e r s o s t r a b a

-Ihos demonstram que ha. um aumento no rendimento de algumas c u l t u r a s quando as sementes sao t r a t a d a s com algum i n s e t i c i d a para e v i t a r o ataque de I n s e t o s . Estudando a aplicaeao de i n s e t i c i d a s em eampos de demonstracao de amendoim, esses autores constataram uma s u p e r i o r i d a d e de produeao por p a r t e das p a r c e l a s t r a t a d a s com i n s e t i c i d a s sobre as p a r c e l a s nao t r a t a d a s .

Nos u l t i m o s anos, v a r i e s i n s e t i c i d a s vein sendo r e -comendados no tratamento das sementes durante o armazenamento e nas p i a n t a s provenientes destas sementes, valendo r e s s a l t a r que a.1 guns i n s e t i c i d a s tendem a d a n i f i c a r o embriao comprome-tendo a germinacao (UFCe, 1973).

SANTOS & FOSTER (1983), analisando os meeanismos de r e s i s t e n c i a do grao de milho ao gorgulho, r e l a t a m que os r e s u l t a d o s de pesquisas vera mostrando que apenas os i n s e t i c i -das fumigantes conseguem e l i m i n a r os i n s e t o s em m i l h o armaze-nados na palha.

BITRAN & CAMPOS (1974) afirmam que numa programa-cSo de combate as pragas do m i l h o armazenado, a fumigacao destaca-se como uma medida f i t o s s a n i t a r i a basica e precipua, na qual se pretende e l i m i n a r os i n s e t o s em todas suas fases

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de evolucao (ovo a a d u l t o ) . Devido a a l t a p r o l i f e r a c & o dessas pragas, r e s s a l t a - s e a i m p o r t a n c i a da fumigacao para e v i t a r qualquer foco de i n f e s t a c S o .

MARICONI (1983), d e f i n e os fumigantes como sendo substancias que, na forma de gases, matam i n s e t o s , a r a c n l -deos, r a t o s , nematoides e t c . , porem sua maior u t i l i z a c a o e c o n t r a i n s e t o s . 0 mesmo autor complementa dizendo que com a

introducao de um fumigante em um r e c i n t o fechado, os i n s e t o s que nele estiverem respiram ar envenenado e o gas penetra pelos estigmas, passando pelas t r a q u e i a s e t r a q u e o l a s e indo f i n a l m e n t e alcancar as c61ulas. Se o gas f o r energico e o r e c i n t o permanecer fechado por um determinado tempo, os i n s e -t o s morrem.

HALL (1971), observa que ha. um aumento da I n t e n s i -dade da respiracSo dos graos quando estes sao submetidos a a l t a s temperaturas, o que ocorre tambem com os i n s e t o s . Sendo assim, quanto maior a temperatura, mais e f i c i e n t e torna-se a

fumigacao, ate o l i m i t e maximo da respiracSo dos i n s e t o s .

HOWE (1973), d i z que alguns tratamentos a p l i c a d o s no combate aos i n s e t o s que atacam os produtos armazenados apresentam inconvenientes como a reducao no poder g e r m i n a t i v o e v i g o r das sementes. J a POPINIGIS (1975-b;1977), tratando do

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mesmo assunto, r e l a t a que ha uma pequena margem de seguranca e n t r e a dose t o x i c a aos i n s e t o s e a que causa a reducao na germinacao. 0 a u t o r a f i r m a ainda que a f o s f i n a e o fumigante que oferece o menor r i s c o em termos de reducao no poder germinativo das sementes fumigadas.

BITRAN (1978), d i z que com o advento da f o s f i n a apresentaram-se novas e f a v o r a v e i s p o s s i b i l i d a d e s na protecao dos produtos armazenados. Diversos t r a b a l h o s vem sendo r e a l i -zados com o i n t u i t o de estudar o emprego da f o s f i n a no con-t r o l e das pragas dos producon-tos armazenados.

Na decada de 60, a p r a t i e a da u t i l i z a c a o da f o s f i -na no combate as pragas dos grSos armaze-nados j& e r a bem disseminada. A r e s p e i t o d i s s o , BITRAN et al. (1970) afirmam que as Companhias de Armazens Gerais como a CEAGESP, o IBC ( I n s t i t u t o B r a s i l e i r o do Cafe) e o u t r a s f i r m a s estocadoras de graos vinham empregando a f o s f i n a com sucesso, atendendo indicacoes dos pesquisadores e do seu p r o p r i o corpo t e c n i c o .

0 expurgo com a f o s f i n a nao a l t e r a o sabor e o odor dos graos a l i m e n t i c i o s , nem das f a r i n h a s com e l e s f a b r i c a d a s . Por o u t r o lado, a f o s f i n a nao e f i t o t o x i c a e, p o r t a n t o , e de aplicaeao segura no expurgo de sementes destlnadas ao p l a n t i o © n i o a f e t a a germinacao, mesmo quando o t e o r de umidade e elevado MARICONI (1983).

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Segundo RODRIGUES et a1. (1984), a fumigacao de sementes com a f o s f i n a apresenta bons r e s u l t a d o s , nao provoca reduc&o no poder g e r m i n a t i v o , nao a l t e r a as propriedades o r g a n o l e p t i c a s e nao deixa r e s i d u e s no produto t r a t a d o .

LINDGREN e t al. (1958), BITRAN (1978) e v a r i e s o u t r o s autores fazem r e f e r e n d a ao f a t o das formas a d u l t a s dos gorgulhos serem mais s u s c e p t i v e ! s a aeSo da f o s f i n a que as formas imaturas. De f a t o , BITRAN & CAMPOS (1975) constataram experimentalmente a maior s u s c e p t i l i d a d e desse e s t a g i o ao fumigante.

FREIRE et al. (1968), u t i l i z a n d o a f o s f i n a no combate das pragas dos produtos armazenados, observaram que este produto se mostrou altamente e f i c a z c o n t r a a fase a d u l t a do "earuncho dos c e r e a i s " (Si tophi lus oryzae), no expurgo r e a l i z a d o por 48 horas na dosagem de 3 comprimidos por tone-lada de graos.

BITRAN & CAMPOS (1970), trabalhando com milho previamente expurgado em ensaios nas condicSes de armazem, observaram que depois de cinco meses de armazenamento a t e s -temunha havia s o f r i d o uma perda de 19,3% em peso pela ac&o d a n i f i c a d o r a do gorgulho do m i l h o .

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Estudos r e a l i z a d o s por BITRAN e t al. (1971) reve-laram ser a f o s f i n a (Phostoxin) altamente e f i c i e n t e no con-t r o l e das pragas que acon-tacam o m i l h o , p o i s obcon-tiveram 100% de e f i c i e n c i a para o tratamento com 6 comprimidos por tonelada de graos durante 7 d i a s .

BITRAN et al. (1971), ao analisarem a acao da f o s f i n a sobre o gorgulho do m i l h o (Sitophilus zeamais) em armazens e s i l o s , obtiveram 100% de m o r t a l i d a d e dos a d u l t o s em todos os tratamentos, nas dosagens de 3 e 7 comprimidos de 0,6g por tonelada de grao por um p e r i d o de exposicao de 5 d i a s , no caso dos s i l o s , e 1 t a b l e t e de 3g para 20 sacos de milho de 60 kg durante 72 horas, no caso de p i l h a s .

BITRAN & MELLO (1972) constataram que as perdas ocasionadas pelo ataque do gorgulho S. zeamais sao da ordem de 50 a 80% quando ha uma i n f e s t a c a o n a t u r a l , ocasionando um a l t o grau de d a n i f i c a c S o , e que a perda de peso e reduzida para 14 a 56% apos o m i l h o ser expurgado com f o s f i n a .

D'ANTONINO e t al. (1978), trabalhando com expugo e protec&o de milho em palha, v e r i f i c a r a m que a dosagem de 9 comprimidos de 0,2g de f o s f i n a durante t r e s periodos de exposicao (48, 72 e 96 h o r a s ) , associada ao repasse com p e r i o d i c i d a d e de 4 meses com M a l a t h i o n , p r o p i c i o u boa p r o t e -cSo aos graos. Dosagens menores a p l i c a d a s de 4 em 4 meses

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mostraram melhores e f e i t o s que dosagens a l t a s a p l i c a d a s de uma so vez.

MATIOLI et al. (1978), estudando os e f e i t o s da i n f e s t a c S o por S. oryzae sobre a germinacao de sementes de milho armazenado, i n i c i a r a m o t r a b a l h o fazendo um expurgo com

o produto GASTOXIN na base de um t a b l e t e de 3g para 15 sacos de 60 Kg, durante 48 horas, por considerarem que apos esse tratamento a i n e i d e n e i a de i n s e t o s s e r l a zero, uma vez que a f o s f i n a e l i m i n a r i a qualquer foco de i n f e s t a c a o proveniente do campo.

COSENZA et al. (1981), avaliando o e f e i t o do expurgo sobre a preservacao do alho armazenado, constataram que a f o s f i n a mostrou-se mais e f i c i e n t e que o brometo de m e t i l a no combate a algumas pragas, nao afetando a brotacao do alho. Observaram tambem que as menores dosagens de f o s f i n a sao recomendaveis, p o i s as dosagens mais elevadas nao apre-sentaram maior e f i c i e n c i a .

0 poder g e r m i n a t i v o das sementes pode ser afetado por d i v e r s a s causas, e n t r e e l a s o ataque de i n s e t o s , as mas condicSes de beneficiamento e armazenamento e a t e o uso de produtos no tratamento das sementes. Quanto a este u l t i m o f a t o r , pode-se c i t a r o t r a b a l h o de SADER et al. (1979), que pesquisaram os e f e i t o s de d i f e r e n t e s doses de t r i f l u r a l i n a no poder germinativo das sementes de amendoim.

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BITRAN & CAMPOS (1972), testando a acao dos i n s e -t i c i d a s Lindane/DDT e Bromophos, sob a forma de fume-tas,

sobre o gorgulho do m i l h o , v e r i f i c a r a m que apesar da e f i c i e n -c i a t e r sido -constatada, os i n s e t i -c i d a s nessa forma nao devem ser a p l i c a d o s em m i l h o armazenado destinado ao consumo, d e v i -do ao f a t o de apresentarem reslduos.

BITRAN et al. (1984) afirmam que d i v e r s o s t r a b a -lho s com utilizac§o da f o s f i n a no tratamento de grSos tern demonstrado que o produto nao a f e t a o poder germinativo das sementes, mesmo em dosagens e periodos de exposicao que ultrapassam aqueles usualmente empregados. De f a t o , STRONG &

LINDGREN (1960), conclulram que a f o s f i n a , em dosagens bem superior.es as u s u a i s e numa exposicao de sete d i a s , nao i n t e r f e r e na germinacao de sementes, i n c l u s i v e do m i l h o .

LINDGREN et al. (1958) tambem observaram que o uso da f o s f i n a em v a r i a s dosagens, temperaturas e periodos de exposicao, nao p r e j u d i c o u a germinacao de sementes armazena-das. MONRO et al. (1972) e MERCH (1976), fazem r e f e r e n d a a ausencia de f i t o t o x i d a d e da f o s f i n a em sementes. PUZZI (1973, 1977) tambem comenta que a f o s f i n a nao a l t e r a o poder germi-n a t i v o das semegermi-ntes.

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FARONI et al. (1984/1985), analisando os r e s i d u o s e p e r s i s t e n c i a de i n s e t i c i d a s u t i l i z a d o s no c o n t r o l e de pragas de f e i j a o armazenado, constataram que a testemunha t r a t a d a apenas com f o s f i n a apresentou quantidade de r e s i d u o s u p e r i o r a p e r m i t i d a p e l a l e g i s l a c a o logo ap6s a aplicaeao

(0,1 ppm).

Mais recentemente, BRUNO et al. (1991) v e r i f i c a r a m que sementes de m i l h o t r a t a d a s com f o s f i n a e biogas apresen-taram melhor desempenho quanto a. germinacao do que as semen-t e s semen-t r a semen-t a d a s com o u semen-t r o s produsemen-tos. Da mesma forma, RAZERA & MEDINA (1991) tambem observaram que a capacidade g e r m i n a t i v a das sementes de c a f e nSo f o i afetada quando estas foram submetidas a expurgo com f o s f i n a na dosagem de uma p a s t i l h a de 3g para cada 200 l i t r o s do produto pelos periodos de exposicSo de 72, 96 e 120 horas.

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M A T E R I A L E M E T O D O S

APLICACAO DOS QUESTIONARIOS

As informacSes r e l a t i v a s ao emprego de f o s f i n a e ao processo de armazenamento comumente adotados pelos peque-nos a g r i c u l t o r e s e comerciantes da r e g i a o foram o b t i d a s a t r a v e s da aplicaeao de um q u e s t i o n a r i o com i t e n s r e f e r e n t e s a. origem e d e s t i n o do produto, volume medio armazenado, tempo de armazenamento, t i p o de armazenagem, p e r i o d i c i d a d e do con-t r o l e , dosagem de f o s f i n a u con-t i l i z a d a , responsavel p e l a dosagem recomendada, responsavel p e l a a p l i c a e a o , processo de u t i l i z a

-QSO da f o s f i n a e comentarios ou observacSes consideradas

p e r t i n e n t e s .

0 q u e s t i o n a r i o u t i l i z a d o f o i elaborado a p a r t i r do aprimoramento de um modelo testado preliminarmente e n t r e 10 e n t r e v i s t a d o s , sendo as respostas compiladas em f l c h a s con-forme exemplo apresentado abaixo :

NOME: Chico Sales LOCAL: Boqueirao

ORIGEM: ProducSo p r o p r i a DESTINO: Consumo

VOLUME MEDIO: 40 sacos/milho - 15 s a c o s / f e i j a o TIPO: Deposito

TEMPO MEDIO: 2 anos

APLICACAO DE FOSFINA PERIODICIDADE: 6 meses

QUANTIDADE: 5 comprimidos/deposito (8 sacos) RESPONSAVEL: 0 p r 6 p r i o

INDICACAO: Indeterminado

PROCESSO: Vai colocando no d e p 6 s i t o , a l t e r n a n d o o produto com o comprimido

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Foi a p l i c a d o um t o t a l de 100 g u e s t i o n a r i o s , e n t r e p r o d u t o r e s , comerciantes a t a c a d i s t a s e comerciantes v a r e j i s

-t a s de milho e f e i j a o , e n -t r e v i s -t a d o s em f e i r a s e mercados de l o c a l i d a d e s s i t u a d a s nos m u n i c i p i o s de Campina Grande, Bo-q u e i r a o e Queimadas, estado da Paraiba.

A p a r t i r dos dados o b t i d o s a t r a v e s dos ques-t i o n e r i o s , foram elaboradas ques-t a b e l a s de q u a n ques-t i f i c a c a o das respostas, sendo que em a1guns casos estas foram agrupadas em c l a s s e s , para f a c i l i t a r a a n a l i s e . As respostas foram aj>re-sentadas em v a l o r e s p e r c e n t a i s .

ESTUDOS DE LABORATORIO

Foram a v a l i a d o s os e f e i t o s da f o s f i n a sobre a qualidade f i s i o l o g i c a e a umidade das sementes. Para o desenvolvimento dos t e s t e s , foram u t i l i z a d a s sementes de m i l h o (Zea mays) e de f e i j S o ( Vigna ungviculata) a d q u i r i d a s na f e i r a c e n t r a l de Campina Grande, t a i s quais as u t i l i z a d a s pelos a g r i c u l t o r e s e comerciantes das r e g i o e s onde foram a p l i c a d o s os q u e s t i o n a r i o s .

A fumigacao das sementes f o i r e a l i z a d a no Centro Nacional de Pesquisa do Algodao da Empresa B r a s i l e i r a de Pesquisa Agropecuaria (CNPA/EMBRAPA), em camara de expurgo, tendo s i d o empregado o produto GASTOXIN em comprimidos de 0,6 gramas, que corresponde exatamente ao u t i l i z a d o pelos a g r i -c u l t o r e s e -comer-ciantes da r e g i a o .

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Foram r e a l i z a d a s 3 operacSes de expurgo, u t i l i z a n d o

a f o s f i n a nas dosagens de 15, 30 e 45 comprimidos/m3, sendo

que a p r i m e i r a corresponde a dosagem maxima recomendada p e l o f a b r i c a n t e do produto. Em cada operacao, um saco de 60 kg de milho e o u t r o de fei.jao foram mantidos na camara sob a acao do fumigante durante 5 d i a s , sendo r e t i r a d a s amostras de 02 kg, devidamente e t i q u e t a d a s , no i n l c i o do processo e em i n t e r v a l o s de 24 horas a t e o f i n a l do processo, ap6s 120 horas de exposicao ao produto.

Apos o expurgo, as amostras foram submetidas a t e s t e s de a v a l i a c a o de germinacao e v i g o r e determinacao do t e o r de umidade, sendo adotado o delineamento experimental

i n t e i r a m e n t e casualizado com esquema f a t o r i a l 3 x 6 , onde os f a t o r e s foram representados pelos seguintes tratamentos:

1) Dosagem do fumigante

Da - 15 comprimidos/m3

D2 - 30 comprimidos/m3

Ds - 45 comprimidos/m3

2) Tempo de exposicao ao fumigante

To - 0 horas de exposicao (Testemunha) T i - 24 horas de exposicao

T 2 - 48 horas de exposicao

T 3 - 72 horas de exposicSo

T4 - 96 horas de exposicao

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Os t e s t e s de germinacao e v i g o r foram executados em condicSes ambientais de l a b o r a t 6 r i o , em bandejas de a l u m i n i o de 40 X 25 cm contendo s u b s t r a t o de a r e i a e s t e r i l i z a d a umede-c i d a periodiumede-camente umede-com agua d e s t i l a d a a t r a v e s de um regador. Para cada produto ( m i l h o e f e i j a o ) e cada combinacao (dosagem X tempo de e x p o s i c a o ) , foram preparadas 4 bandejas, cada uma contendo 100 sementes, num t o t a l de 7.200 sementes de m i l h o e 7.200 sementes de f e i j S o .

0 t e s t e de germinacao das sementes f o i r e a l i z a d o a t r a v e s da contagem de sementes germinadas no quarto e s£timo d i a s apos a semeadura do milho e no q u i n t o e nono d i a s para o f e i j a o , conforme as P.egras para A n a l i s e de Sementes (BRASIL, 1976). Os dados r e f e r e n t e s ao v i g o r das sementes foram os o b t i d o s na p r i m e i r a contagem de germinacao, tambem de acordo com BRASIL (1976).

Para determinacao da umidade das semente, tambem adotou-se o metodo da e s t u f a a 105°C * 2°C, metodologia o f i c i a l e s t a b e l e c i d a nas Regras de A n a l i s e s de Sementes (BRASIL, 1976), sendo tomadas amostras de 100 sementes para cada produto e t r a t a m e n t o , com 4 r e p e t i c S e s , perfazendo assim um t o t a l de mais 7.200 sementes de milho e 7.200 de f e i j a o . As sementes foram i n i c i a l m e n t e pesadas ( P i ) em uma balanca P1200 METTLER com p r e c i s a o de 0,0001 gramas e, entao, c o l o -cadas em capsulas m e t a l i c a s que foram postas em uma e s t u f a FANEM a 105°C durante 24 horas.

(36)

Retiradas da e s t u f a , as amostras foram colocadas em um dessecador por 30 minutos e, em seguida, foram novamente pesadas (Pf). Os dados o b t i d o s foram a p l i c a d o s na expressao

(Pi - Pf)/Pi x 100 para a obtencao do t e o r de umidade (%U)

das sementes.

As a n a l i s e s e s t a t i s t i c a s dos dados de germinacao, v i g o r e umidade foram r e a l i z a d a s a t r a v e s do Software C i e n t i -f i c o - SOC ( PANIAGO e t al., 1987).

(37)

R E S U L T A D O S E D I S C U S S S O

ANALISE DOS QUESTIONARIOS

O quadro 0 1 . n o s t r a a d i s t r i b u i c a o dos produtores e/ou comerciantes e n t r e v i s t a d o s por m u n i c i p i o .

MUNICIPIO No ENTREVISTADOS C . Grande : . 21 Boqueirao : . . . 4 9 Queimadas : 21 Cabaceiras : 05 Lagoa Seca : 01 Guarabira : 02 Olivedos : 01 TOTAL : 100

QUADRO 01. Numero de produtores e/ou comerciantes e n t r e v i s t a d o s por m u n i c i p i o .

Embora a p a r t i c i p a c a o mais expressiva no presente levantamento se«ja a dos m u n i c i p i o s onde as e n t r e v i s t a s foram efetivamente conduzidas, o quadro i n d i c a a p a r t i c i p a g S o de alguns o u t r o s m u n i c i p i o s da r e g i a o . T a l f a t o 6 decorrente da presenca constante de produtores e/ou comerciantes de o u t r a s l o c a l i d a d e s nos c e n t r o s comerciais de maior p a r t e , e s p e c i a l

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-mente no mercado c e n t r a l e na f e i r a de gado de Campina Grande, onde f o i r e a l i z a d o o maior numero de e n t r e v i s t a s .

As respostas o b t i d a s para as questoes relacionadas com as c a r a c t e r l s t i c a s do armazenamento por p a r t e dos produ-t o r e s e/ou comercianprodu-tes e n produ-t r e v i s produ-t a d o s esprodu-tao resumidas nas Tabelas 0 1 , 02 e 03.

TABELA 01 - D i s t r i b u i c a o dos produtores e/ou comerciantes e n t r e v i s t a d o s , em porcentagem, em funcao da origem e do d e s t i n o dos produtos armazenadas.

DESTINO ORIGEM

CONSUMO VENDA C0NS<i>+ VENDA TOTAL

P. PR0P.<2> 18 01 43 62 COMPRA 03 14 04 21 P.PROP. + COMPRA 05 01 11 17 TOTAL 26 16 58 100 C 1 ) CONSUMO C 2 > PHODUC^O PROPRIA

A a n a l i s e da Tabela 01 i n d i c a que 79% dos e n t r e v i s -tados produzem suas p r o p r i a s sementes, sendo que 2 1 % destes

(17% do t o t a l ) complementam sua produeao com a compra dos produtos em f e i r a s e mercados. Somente 2 1 % dos e n t r e v i s t a d o s nao produzem as sementes que armazenam, sendo que a m a i o r i a

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destes (14% do t o t a l ) armazena apenas para vender, podendo entao s e r c a r a c t e r i z a d a efetivamente como comerciante dos produtos.

A Tabela 01 r e v e l a ainda que 58% dos e n t r e v i s t a d o s armazenam sementes t a n t o para consumo como para venda, sendo que 74% destes (43% do t o t a l ) armazenam apenas sementes produzidas por e l e s mesmos. Revela ainda que apenas 3% dos

e n t r e v i s t a d o s armazenam produtos comprados para o seu p r t f p r i o consumo.

De um modo g e r a l , a p a r t i r desses dados, pode-se i n f e r i r que o armazenamento de sementes de milho e f e i j a o na r e g i a o estudada e r e a l i z a d o p r i o r i t a r i a m e n t e por p r o d u t o r e s , para seu p r o p r i o consumo e venda de excedentes, sendo que em alguns casos a produeao pode ser complementada p e l a compra dos produtos. A a t i v i d a d e e s t r i t a m e n t e c o m e r c i a l desses p r o -dutos, p o r t a n t o , r e p r e s e n t a apenas uma pequena p a r c e l a .

TABELA 02 - D i s t r i b u i c a o dos p r o d u t o r e s e/ou comerciantes e n t r e v i s t a d o s , em porcentagem, em func&o da quantidade media dos produtos armazenados.

QUANTIDADE MEDIA (SACOS) PRODUTO

0 1-10 11-30 31-60 61-100 >101

MILHO 02 21 25 31 10 11 FEIJAO 11 36 36 11 03 03

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Os dados da Tabela 02 indicam que a m a i o r i a dos e n t r e v i s t a d o s armazena os d o i s produtos analisados, uma vez que apenas 2 e 11% destes nao armazenam, respectivamente, milho e f e i j a o . Os dados indicam ainda que apenas 14% dos e n t r e v i s t a d o s armazenam quantidades s u p e r i o r e s a 100 sacos, o que os c a r a c t e r i z a r i a como comerciantes a t a c a d i s t a s . Assim, a grande m a i o r i a r e s t a n t e s e r i a composta por pequenos produto-r e s e/ou comeproduto-rciantes v a produto-r e j i s t a s .

Estabelecendo uma comparac&o e n t r e os d o i s p r o -dutos, a Tabela 02 mostra que, alem de ser maior o numero de e n t r e v i s t a d o s que nao armazenam f e i j a o , este produto e mais armazenado em quantidades i n f e r i o r e s as do m i l h o . Tsso ocorre provavelmente porque a p r o d u t i v i d a d e media do milho na regiao e s u p e r i o r a do f e i j a o e tambem pelo f a t o de que a epoca do p l a n t i o de milho no Nordeste c o i n c i d e com a e n t r e s s a f r a do

f e i j a o , fazendo com que ocorra uma maior demanda pelo produto e o seu preco s e j a elevado, d i f i c u l t a n d o a aquisicao das sementes. Alem do mais, o preco do f e i j a o e sempre s u p e r i o r ao do m i l h o , levando os pequenos produtores a optarem por este u l t i m o .

A a n a l i s e da Tabela 03 i n d i c a que a m a i o r i a dos e n t r e v i s t a d o s programa o armazenamento de seus produtos para periodos prdximos de 01 ano (48%) ou 01 semestre ( 2 6 % ) , sendo mais r a r o s os p e r i o d o s s u p e r i o r e s ou i n f e r i o r e s , o que

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nova-mente aportta para um procedimento de preservacao do produto para consumo, p l a n t i o e e v e n t u a l venda, e nao especlficamente para comercio.

TABELA 03 - D i s t r i b u i c a o dos produtores e/ou comerciantes e n t r e v i s t a d o s , em porcentagem, em funcSo do tempo medio de armazenamento dos produtos.

M E S E S

<01 06 12 24 i n d e t . c i > t o t a l

08 26 48 17 01 100

C1) i n d s t e r m i n a d o

As respostas o b t i d a s para as questoes r e l a c i o n a d a s com a u t i l i z a c a o da f o s f i n a pelos p r o d u t o r e s e/ou comercian-t e s e n comercian-t r e v i s comercian-t a d o s escomercian-tao resumidas nas Tabelas 04 e 05. Nessas t a b e l a s , f o i f e i t a uma d i s t i n c a o e n t r e o armazenamento em s a c a r i a e em deposit©, uma vez que esses proeedimentos i m p l i cam em d i f e r e n c a s c o n s i d e r a v e i s nao apenas quanto as p o s s i b i -l i d a d e s de i n f e s t a c a o do produto por i n s e t o s , como tambem quanto a p r o p r i a e f i c i ^ n c i a do fumigante.

Como pode ser v e r i f i c a d o a t r a v e s das e n t r e v i s t a s , na r e g i a o estudada o m i l h o e o f e i j S o sao habitualmente arma-zenados em sacos de 60 kg, empilhados em armazens, galpoes e r e s i d e n c i a s , ou entao a g r a n e l , em e s t r u t u r a s t r a d i c i o n a l m e n -t e denominadas " d e p o s i -t o s " , que correspondem a pequenos s i l o s

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c i l i n d r i e o s de since- com capacidade aproximada para 480 kg, ou s e j a , 8 sacos de 60 kg. No presente t r a b a l h o , f o i r e s p e i -tada a denominapao t r a d i c i o n a l para . a regiao.

TABELA 04 - D i s t r i b u i c a o e n t r e v i s t a d o s , p e r i o d i c i d a d e

dos p r o d u t o r e s e/ou em porcentagem, em de expurgo dos produtos

comerciantes funcao da com f o s f i n a

PERIODICIDADE SACARIA DEP0SIT0 T0TAL

UM MES -m 00 " 02 02 DOIS MESES 02 02 04 TRES MESES 03 01 04 SEIS MESES 09 19 28 DOZE MESES 01 04 05 APENAS NO INICIO 25 21 46 QUANDO HA INFESTACAO 10 00 10 TOTAL 50 49 99

A Tabela 04 mostra, i n i c i a l m e n t e , que de todos os produtores e/ou comerciantes e n t r e v i s t a d o s , apenas 01 a f i r m o u nao u t i l i z a r a f o s f i n a no combate as pragas do f e i j a o e m i l h o armazenados, o que i n d i c a uma ampla aeeitacao do produto e uma grande c o n f i a n c a na sua e f i c a c i a . De f a t o , como f o i observado durante o t r a b a l h o de campo, a f o s f i n a e e n a l t e c i d a por v a r i e s e n t r e v i s t a d o s , chegando a t 6 mesmo a ser c o n s i d e r a -da como "o melhor remedio do mundo" !

(43)

A Tabela 04 i n d i c a ainda que, t a n t o no armazena-mento em s a c a r i a como em d e p o s i t o , a p e r i o d i c i d a d e mais frequente para r e a l i z a c a o do expurgo e a de s e i s .meses, i n t e r v a l o alegado por 28% dos e n t r e v i s t a d o s . Essa informacSo se apresenta coerente com a s i t u a c a o r e a l , uma vez que, como pode ser v i s t o na Tabela 03, 65% dos e n t r e v i s t a d o s armazenam

seus produtos por periodos i g u a i s ou s u p e r l o r e s a 12 meses, o que p e r m i t i r i a , no minimo, d o i s expurgos.

SituagSo semelhante s e r i a a do armazenamento com tempo medio de 24 meses, indicado na Tabela 03 por 17% dos e n t r e v i s t a d o s . Esse i n t e r v a l o p e r m i t i r i a uma p e r i o d i c i d a d e de

12 meses para o expurgo, que f o i efetivamente declarada por 05% deles. Nesse caso, v a l e r e s s a l t a r que essa opcao f o i mais frequente para o armazenamento em d e p o s i t o , condicao mais segura e adequada para longos periodos.

No e n t a n t o , apesar desses armazenamentos por tem-pos mais prolongados p o s s i b i l i t a r e m , de f a t o , a r e a l i z a c a o de expurgos com p e r i o d i c i d a d e de 06 ou 12 meses, o que a Tabela 04 i n d i c a 6 que a m a i o r i a dos e n t r e v i s t a d o s (46%) r e a l i z a apenas uma operacao de expurgo, de c a r a t e r p r e v e n t i v e no

i n i c i o do periodo de armazenamento. Esse comportamento parece c o n f i r m a r , se nao a e f i c i e n c i a do fumigante, pelo menos a confianca n e l e depositada pelos e n t r e v i s t a d o s .

Ainda na Tabela 04, e x i s t e a i n d i c a c a o de que 10%

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dos e n t r e v i s t a d o s nao r e a l i z a m o expurgo i n i c i a l , deixando para a p l i c a r o fumigante apenas quando detectada a presence de i n s e t o s nos produtos armazenados. Nesse caso, nota-se que o procedimento e adotado somente para o armazenamento em s a c a r i a , certamente em d e c o r r e n c i a da maior f a c i l i d a d e de inspecSes p e r i d d i c a s e constatacao de p o s s l v e i s i n f e s t a c S e s .

BITRAN & CAMPOS (1974) e PUZZI (1977) consideram o expurgo como uma medida f i t o s s a n i t a r i a b a s i c a , onde se o b j e -t i v a a d e s -t r u i c a o de 100% dos i n s e -t o s que es-tejam i n f e s -t a n d o um produto. PUZZI (1986) c a r a c t e r i z a essa operacSo como a p r i n c i p a l fase do armazenamento, p o i s uma populacao r e s i d u a l de i n s e t o s , mesmo formada por poucos espeeimes, em c u r t o prazo pode transformar-se em uma a l t a i n f estaca'o.

Considerando que a i n f e s t a c a o do produto a ser armazenado pode o c o r r e r ainda no campo ou durante o t r a n s -p o s e , os graos devem s e r , em -p r i n c l -p i o , considerados como i n f e s t a d o s . Assim, o expurgo deve ser r e a l i z a d o sempre ao i n l c i o do armazenamento e, p o s t e r i o r m e n t e , se f o r constatada a presenca de i n s e t o s (PUZZI, 1977;1986).

No caso e s p e c i f i c o do m i l h o , BITRAN (1979) a f i r m a que como regra g e r a l as espigas j a vem contaminadas do campo e D'ANTONINO e t al. (1978) recomendam que o expurgo do

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De um modo g e r a l , pode-se e n t a o c o n s i d e r a r que a m a i o r i a dos p r o d u t o r e s e/ou comerciant.es e n t r e v i s t a d o s r e a l i

-sa o expurgo no momento a p r o p r i a d o , uma v e z que 8 9 % o fazem ao i n i c i o do armazenamento e que quase a metade d e s t e s ( 4 3 % do t o t a l ) a i n d a r e p e t e a operac&o, em i n t e r v a l o s que v a r i a m de 0 1 a 12 meses.

Na T a b e l a 05 e s t a o r e g i s t r a d a s as dosagens de f u m i g a n t e que os p r o d u t o r e s e/ou comerciante.s e n t r e v i s t a d o s a l e g a r a m u t i l i z a r h a b i t u a l m e n t e p a r a a r e a l i z a c a o do expurgo de seus p r o d u t o s .

TABELA 05 - D i s t r i b u i c a o dos p r o d u t o r e s e/ou c o m e r c i a n t e s e n t r e v i s t a d o s , em porcentagem. em funcSo das dosagens de f o s f i n a u t i l i z a d a s no e x p u r g o .

DOSAGENS SACARIA DEPOSITO TOTAL ( c o m p r i m i d o s / s a c o ) 0,0 0,3 04 12 16 0,3 0,6 00 19 19 0,6 0,9 00 02 02 0 1 16 09 25 02 22 07 29 03 06 00 06 04 01 00 01 06 0 1 00 01 TOTAL 50 49 99 33

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A T a b e l a 05 i n d i c a , i n i c i a l m e n t e , que a m a i o r i a dos e n t r e v i s t a d o s ( 5 4 % ) r e a l i z a a operaeSo de expurgo u t i l i -zando 1 ou 2 c o m p r i m i d o s de f o s f i n a p a r a cada saco de 60 k g de p r o d u t o armazenado e que, enquanto 37% empregam dosagens i n f e r i o r e s , apenas 8% u t i l i z a m dosagens m a i s e l e v a d a s .

A a n c l l i s e da T a b e l a e v i d e n c i a uma m a i o r u t i l i z a c & o de dosagens i n f e r i o r e s a 1 comprimido/saco no armazenamento em d e p d s i t o s ( 3 3 % ) , enquanto que as dosagens s u p e r l o r e s a 2 c o m p r i m i d o s p o r saco ( 8 % ) sao e x c l u s i v a s do armazenamento em s a c a r i a . 0 uso de 1 ou 2 c o m p r i m i d o s , embora p r a t i c a d o nas duas f o r m a s de armazenamento, i n d i c a tambem uma s u p e r i o r i d a d e marcante no caso da s a c a r i a ( 3 8 % ) quando comparada com o

de-p o s i t o ( 1 6 % ) .

Essa s i t u a e S o pode s e r p e r f e i t a m e n t e compreendida uma vez que os d e p o s i t o s o f e r e c e m m e l h o r e s c o n d i e o e s de p r o t e c a o aos p r o d u t o s armazenados e que, p a r a o expurgo em s a c a r i a , o h a b i t o da m a i o r i a dos e n t r e v i s t a d o s 6 de i n t r o d u -z i r os c o m p r i m i d o s nos p r o p r i o s sacos dos p r o d u t o s , o que impede a u t i l i z a c S o de f r a e o e s .

De a c o r d o com PUZZI ( 1 9 8 6 ) , p a r a o expurgo de g r a o s armazenados em s a c a r i a , sob t e n d a p l a s t i c a , a f o s f i n a deve s e r u t i l i z a d a na q u a n t i d a d e de um comprimido de 0,8 g

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p a r a 3 ou 4 sacos de 60 Kg, o que s i g n i f i c a uma dosagem de 0,25 a 0,33 c o m p r i m i d o s p o r saco. Segundo as i n f o r m a c S e s de r o t u l o do p r o d u t o GASTOXIN (Anexo 2 ) , que e o e f e t i v a m e n t e u t i l i z a d o na a r e a em e s t u d o , nessas c o n d i e o e s de armazenamen-t o devem s e r usados de 5 a 15 c o m p r i m i d o s p a r a 15 a 20 sacos, 0 que c a r a c t e r i z a r i a a dosagem de 0,25 a 0,33 comprimido/saco apenas como a dos v a l o r e s m i n i m o s , e s t a b e l e c e n d o a dosagem de 1 comprimido/saco como o v a l o r maximo recomenciado.

Considerando esses v a l o r e s , percebe-se que 3 2 % dos e n t r e v i s t a d o s que armazenam seus p r o d u t o s em s a c a r i a ( 1 6 % do t o t a l ) fazem uso da dosagem maxima recomendada p e l o f a b r i c a n -t e e apenas 8% ( 4 % do -t o -t a l ) u -t i l i z a m dosagens i n f e r i o r e s a esse l i m i t e . Por o u t r o l a d o , 60% d e s t e s que armazenam em s a c a r i a ( 3 0 % do t o t a l ) empregam dosagens mais e l e v a d a s , c o r r e s p o n d e n d o ao dobro da maxima recomendada ( 4 4 % ) , ao seu t r i p l o ( 1 2 % ) ou a i n d a mais a l t a s ( 4 % ) .

A u t i l i z a c a o da f o s f i n a em dosagens s u p e r i o r e s £ maxima recomendada, que em um dos casos chega a s e r s e i s v e z e s m a i o r , c o n s t i t u i uma i n d i c a c S o de que a m a i o r i a dos u s u a r i o s desse p r o d u t o nSo segue a o r i e n t a c a o de seu f a b r i -c a n t e , p o r nao -con-cordarem -com e l a o u , s i m p l e s m e n t e , p o r d e s c o n h e c e - l a .

(48)

Para o armazenamento em d e p o s i t o , as i n f o r m a c S e s de r o t u l o do p r o d u t o GASTOXIN apontam p a r a o uso de 5 a 15

comprimidos p o r m3 de g r a o s , no e n t a n t o , c o n s i d e r a n d o as

c a r a c t e r i s t i c a s dos pequenos d e p 6 s i t o s u t i l i z a d o s na r e g i a o , a dosagem mais adequada p a r a o caso s e r i a a r e f e r e n t e ao expurgo a g r a n e l , que e de 5 a 15 c o m p r i m i d o s / t o n e que c o r r e s p o n d e ao i n t e r v a l o de 0,3 a 0,9 comprimidos/saco de 60 k g . Dessa f o r m a , v e r i f i c a - s e na T a b e l a 05 que, d e n t r e os p r o d u t o r e s e/ou c o m e r c i a n t e s que armazenam seus p r o d u t o s em d e p d s i t o s , apenas 32% ( 1 6 % do t o t a l ) u l t r a p a s s a m o v a l o r maximo recomendado, sendo que na m a i o r i a desses casos a

dosagem e x c e d e n t e e de apenas 0,1 comprimido/saco. Essa s i t u a c S o a p o n t a p a r a a compreensao, p o r p a r t e dos e n t r e v i s t a -dos, de que os d e p o s i t o s oferecem m e l h o r e s c o n d i e o e s de p r o t e c a o aos p r o d u t o s armazenados, r e q u e r e n d o menores dosa-gens de f u m i g a n t e do que as u t i l i z a d a s no expurgo em s a c a r i a .

Com r e l a c a o a f o n t e de o r i e n t a c a o quanto as dosa-gens de f o s f i n a a serem empregadas no e x p u r g o , em 76% dos casos nao f i c o u e s t a b e l e c i d o quern e r a o e f e t i v o r e s p o n s a v e l p e l a i n d i c a c S o , f i c a n d o s u b e n t e n d i d o , em f u n c a o de a l g u n s c e m e n t a r i o s f e i t o s d u r a n t e as e n t r e v i s t a s , que essas dosagens sao " r e c e i t a d a s " p o r o u t r o s u s u a r i o s , amigos ou p a r e n t e s , ou e n t a o d e c i d i d a s p e l o p r 6 p r i o u s u ^ r i o , p o r i n t u i c a o ou baseado em e x p e r i f e n c i a s a n t e r i o r e s . Como a f i r m a um a g r i c u l t o r de B o q u e i r a o , " e" h e r e d i t a r i a , ... passa de pai para filho ".

(49)

A i n d a com r e l a c g o a recomendacao de dosagem, 20% dos e n t r e v i s t a d o s a l e g a r a m t e r s i d o o r i e n t a d o s em " f a r m a c i a s v e t e r i n a r i a s " , onde o GASTOXIN e h a b i t u a l m e n t e c o m e r c i a l i z a -do, e 4% a t r i b u i r a m a m a o r i e n t a c a o a t e c n i c o s da EMATER. Essa s i t u a e & o s e r i a r e a l m e n t e d e s e j a v e l , no e n t a n t o , uma s i m p l e s comparacao e n t r e as dosagens e f e t i v a m e n t e u t i l i z a d a s p o r esses e n t r e v i s t a d o s m o s t r a uma t o t a l d i s c r e p a n c i a q u a n t o aos v a l o r e s , i n d i c a n d o que a o r i e n t a c a o nunca e x i s t i u ou, e n t a o , f o i mal compreendida na m a i o r i a dos casos.

V a l e r e s s a l t a r que em 87% dos casos e s t u d a d o s o expurgo e r e a l i z a d o h a b i t u a l m e n t e p e l o s p r 6 p r i o s e n t r e v i s t a -dos, o que l e v a a c r e r que suas r e s p o s t a s sao c o n d i s e n t e s com a r e a l i d a d e . Nos 13% r e s t a n t e s , quern r e a l i z a a fumigacato sao os empregados, sempre porem sob a o r i e n t a c a o dos p a t r o e s

( e n t r e v i s t a d o s ) .

Quanto ao p r o c e s s o de u t i l i z a c a o da f o s f i n a , no caso de armazenamento em d e p 6 s i t o o b s e r v a s e uma c e r t a p a d r o -n i zasao -na forma de r e a l i z a s S o do e x p u r g o . De f a t o , 86% dos

que armazenam m i l h o e/ou f e i jao dessa m a n e i r a a f l r m a r a m

a l t e r n a r o p r o d u t o com os c o m p r i m i d o s , enquanto que os 14% r e s t a n t e s r e a l i z a m a operaeao a i n d a na s a c a r i a , a n t e s de l e v a r e m os g r a o s aos d e p 6 s i t o s .

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Para o case- dos p r o d u t o r e s e/ou c o m e r c i a n t e s que fazem o expurgo em s a c a r i a ( 5 7 % ) , as e n t r e v i s t a s i n d i c a r a m que apenas 10% d e s t e s ( 6 % do t o t a l ) fazem o expurgo de f o r m a c o r r e t a , ou s e j a , c o l o c a n d o os c o m p r i m i d o s em r e c i p i e n t e s f o r a dos sacos e c o b r i n d o as p i l h a s com l o n a s ou p l a s t i c o s . I n t e r e s s a n t e n o t a r , n e s t e caso, que t o d o s e l e s armazenam g r a n d e s q u a n t i d a d e s e apenas um d e l e s p r o d u z seus g r a o s . Desta f o r m a , esse grupo p o d e r i a s e r c o n s i d e r a d o como o de

g r a n d e s c o m e r c i a n t e s a t a c a d i s t a s , que p r o v a v e l m e n t e tem m a i o r acesso as i n f o r m a c S e s s o b r e os f u m i g a n t e s e seu uso c o r r e t o .

A i n d a no caso de expurgo em s a c a r i a , os 90% dos e n t r e v i s t a d o s r e s t a n t e s a f i r m a r a m r e a l i z a r a fumigacao i n t r o -d u z i n -d o os c o m p r i m i -d o s nos p r o p r i o s sacos, em c o n t a t o -d i r e t o com o p r o d u t o , sendo que 5% d e s t e s tomam a "precauca'o" de e n v o l v e r os c o m p r i m i d o s em s a q u i n h o s p l a s t i c o s p a r a e v i t a r t a l c o n t a t o .

De um modo g e r a l , alem das d i f e r e n c a s na p e r i o d i -c i d a d e , dosagens e p r o -c e s s o s de u t i l i z a -c S o do f u m i g a n t e , as e n t r e v i s t a s e v i d e n c i a r a m tambem uma c e r t a unanimidade com r e l a c S o a f a l t a de c u i d a d o s n e c e s s a r i o s na m a n i p u l a c a o do p r o d u t o . De acordo com suas d e c l a r a c S e s , t o d o s os e n t r e v i s t a -dos manuseiam os c o m p r i m i d o s de f o s f i n a sem l u v a s e mascaras e a m a i o r i a f a z o e x p u r g o em seu p r o p r i o ambiente de t r a b a

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-l h o , quando nao d e n t r o da sua p r 6 p r i a r e s i d e n c i a .

A r e s p e i t o desses a s p e c t o s , PUZZI & ORLANDO (1963) a f l r m a m que a f o s f i n a e um gas a l t a m e n t e venenoso p a r a o homem e, p o r i s s o , deve s e r m a n i p u l a d a com precaucSo. Assim, p r e s c r e v e m o uso de l u v a s , p a r a e v i t a r o c o n t a t o d i r e t o dos c o m p r i m i d o s com as maos e, embora nSo c o n s i d e r e m n e c e s s a r i o o uso de mascara com f i l t r o p a r a f o s f i n a , recomendam t e - l a £ mio p a r a o caso de s e r n e c e s s a r i o e n t r a r no ambiente com o gas. Quanto aos t r a b a l h o s em a m b i e n t e s c o n t l g u o s aos l o c a i s onde se r e a l i z a o e x p u r g o , a f i r m a m nao h a v e r n e c e s s i d a d e de i n t e r r o m p e - l o s , desde que h a j a boa v e n t i l a c a o .

MERCH ( 1 9 7 6 ) , r e f e r i n d o - s e a e x i s t e n c i a de dosado-r e s e s p e c i f i c o s que aumentam a segudosado-ranca no uso de f o s f i n a , comenta que, com f r e q u e n c i a , os o p e r a d o r e s a p l i c a m o p r o d u t o manualmente, f i c a n d o s u j e i t o s a. i n a l a e a o do g a s , que e a l t a m e n t e t o x i c o . Essa f o i , e f e t i v a m e n t e , a s i t u a c a o mais c o n s t a t a d a d u r a n t e o p r e s e n t e t r a b a l h o e p a r e c e c a r a c t e r i z a r a forma de manuseio do p r o d u t o em t o d a a r e g i a o . Um o u t r o i m p o r t a n t e a s p e c t o a s e r c o n s i d e r a d o no t r a t a m e n t o de g r a o s com f o s f i n a e a p o s s i v e l acSo r e s i d u a l do p r o d u t o . A esse r e s p e i t o , MERCH (1976) comenta que, d u r a n t e o

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r e s i d u a l composto de h i d r o x i d o de a l u m i n i o , recomendando que esse r e s i d u o se.ja e l i m i n a d o em l o c a l s e g u r o . Nesse caso, o a u t o r e s t a se r e f e r i n d o , c e r t a m e n t e , ao expurgo r e a l i z a d o em s a c a r i a , com a c o l o c a c a o dos comprimidos em pequenas b a n d e j a s e n t r e os sacos.

Essa s i t u a c a o , c o n s i d e r a d a i d e a l , n§o c o r r e s p o n d e ao v e r i f i c a d o na grande m a i o r i a dos casos de armazenamento em s a c a r i a e, p o r s e r i m p r a t i c a v e l , em t o d o s os casos de armazenamento em deposit©. De f a t o , como f o i r e g i s t r a d o a n t e r i o r -mente na quase t o t a l i d a d e dos casos e s t u d a d o s , os c o m p r i m i d o s

de f o s f i n a passam p e l o p r o c e s s o de decomposicao m i s t u r a d o s com a massa de g r a o s .

Com r e l a c S o a essa p o s s i v e l acao r e s i d u a l do p r o -d u t o , m u i t o s a g r i c u l t o r e s asseguram que po-de-se c o n s u m i r o m i l h o ou o f e i j a o expurgados sem p r o b l e m a s , mesmo no caso de dosagens e l e v a d a s , desde que se tome a precaucSo de l a v a r o p r o d u t o a n t e s de c o l o c a - l o p a r a c o z i n h a r . Essa a f i r m a c a o , embora e m p i r i c a , nao p a r e c e t o t a l m e n t e d e s p r o v i d a de s e n t i d o , uma vez que PUZZI ( 1 9 8 6 ) r e l a t a que r a t o s s u b m e t i d o s d u r a n t e

3 meses a uma d i e t a com t r i g o t r a t a d o com a l t a c o n c e n t r a c a o de f o s f i n a nao a p r e s e n t a r a m nenhum s i n t o m a d e s f a v o r a v e l .

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Um dos important.es f a t o r e s e n v o l v i d o s na questgo de p o s s i v e i s e f e i t o s r e s i d u a l s da f o s f i n a e o tempo d e c o r r i d o e n t r e a r e a l i z a c S o do e x p u r o e o consumo do p r o d u t o . De a c o r d o com a o r i e n t a c S o do f a b r i c a n t e do GASTOXIN, esse i n t e r v a l o , denominado p e r i o d o de car<§ncia, deve s e r de 4 d i a s , ou s e j a 98 h o r a s , no e n t a n t o , o que se c o n s t a t o u d u r a n t e as e n t r e v i s t a s f o i que esse p e r i o d o , quando e x i s t e , e g e r a l m e n t e de apenas 48 ou 24 h o r a s . Para m u i t o s c o m e r c i a n t e s " • v a r e j i s t a s , em e s p e c i a l da F e i r a C e n t r a l de Campina Grande, a

f o s f i n a nao causa mal algum, de modo que e l e s expurgam o m i l h o e/ou f e i j a o e, i m e d i a t a m e n t e , colocam o p r o d u t o & venda p a r a consumo.

S u r p r e e n d e n t e m e n t e , m u i t o s e n t r e v i s t a d o s a f i r m a r a m que o f u m i g a n t e GASTOXIN tern a p r e s e n t a d o um e x c e l e n t e desem-penho como r a t i c i d a !

Referências

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