• Nenhum resultado encontrado

Plano de Benefício Definido Centrus - PBDC. Política de Investimentos - Período 2019 a 2023

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Plano de Benefício Definido Centrus - PBDC. Política de Investimentos - Período 2019 a 2023"

Copied!
11
0
0

Texto

(1)

Plano de Benefício Definido Centrus - PBDC

Política de Investimentos - Período 2019 a 2023

I - Alocação dos Recursos Garantidores

Alocação-Alvo dos Recursos sobre os Recursos Garantidores - RG Segmento de Aplicação out/18 Alvo - % RG

R$ milhões % RG 2019 2020-2023

Renda fixa 379,3 80,4 92,1 93,4

Renda variável 86,8 18,4 7,2 3,6

Estruturado 0,0 0,0 0,0 1,2

Imobiliário 2,5 0,6 0,1 -

Operações com Participantes 2,9 0,6 0,6 0,6

Exterior - - - 1,2

Limites de Alocação dos Recursos - 2019

Em % dos RG

Segmento de aplicação Alocação em 2019 Limite Máximo Mínimo Alvo Máximo

Renda fixa 70,0 92,1 100,0 100,0

Renda variável - 7,2 20,0 70,0

Estruturado - - 5,0 20,0

Imobiliário - 0,1 2,0 20,0

Operações com participantes - 0,6 5,0 15,0

Exterior - - 5,0 10,0

Fundamentação da Política

O PBDC, plano na modalidade de benefício definido, encontra-se fechado a novos participantes, com a meta atuarial equivalente à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA acrescida de 4,5% a.a., e tem perfil de passivo atuarial de maturidade elevada, demandando o alongamento do prazo dos investimentos.

O plano já conta com o casamento do fluxo de caixa (cash flow matching), por meio da compra de títulos públicos, prioritariamente de Notas do Tesouro Nacional, Série B - NTN-B, atreladas ao mesmo indexador da meta mais taxa de juros contratada no momento da compra, com risco soberano. Tal situação deve ser preservada, apesar da existência de dificuldades de se encontrar ativos que satisfaçam parcela do fluxo do passivo atuarial (7,2%) com prazos mais longos, aliada à necessidade de maior diversificação dos investimentos, a fim de se obter diferentes prêmios de risco, objetivando minimizar o risco de reinvestimento, caracterizado pela possibilidade de contratar taxas menores no momento do recebimento de fluxo de títulos de renda fixa.

No período de 2019 a 2023, a necessidade de liquidez inferior a R$ 1,0 milhão/mês está suportada pelos títulos públicos, com fluxo de pagamento de juros e vencimento próximos para minimizar o risco de reinvestimento.

(2)

Nos intervalos de tempo entre os prazos de vencimento dos títulos disponíveis no mercado e as necessidades de pagamento diárias ou mensais, são usados instrumentos de investimentos atrelados a taxas de curtíssimo prazo, de liquidez imediata, sujeitos a perdas mínimas por liquidação antecipada, tais como os Fundos de Investimentos em Renda Fixa - FIRF, lastreados em títulos públicos, sem prejuízo da utilização de outros instrumentos de características semelhantes.

Assim, é importante considerar que os RG do PBDC sejam investidos em outros segmentos, tais como renda variável, renda fixa com crédito privado, estruturados e exterior, para os compromissos mais longos do que os vencimentos dos títulos, a fim de compensar eventuais reduções nas taxas de juros reais dos títulos públicos e obter resultados compatíveis com os prêmios de riscos condizentes com o mercado, mediante a utilização de controles de risco para não comprometer o atendimento do fluxo de benefícios previstos no regulamento do Plano.

Dado o vulto das alocações em títulos públicos, essa parcela é diminuta e está alocada, basicamente, no segmento de renda variável, como também nos segmentos estruturado, imobiliário e de operações com participantes, nesse caso, em menor representatividade ainda.

Para o dimensionamento das alocações-alvo, para 2019, a estratégia prioriza o casamento de fluxo e busca de prêmios de risco nos segmentos de maior incerteza de retorno, com os recursos excedentes.

Assim, a partir das projeções de rentabilidade do estoque de ativos de renda fixa e de operações com participantes, foi estimado quanto a alocação em renda fixa deve ser ampliada para que, mesmo o segmento de renda variável não trazendo retornos no ano, não haja comprometimento do cumprimento da meta atuarial. Dessa forma, aumenta-se a segurança do atingimento da meta, sem deixar de se buscar os prêmios de riscos disponíveis em outros segmentos.

Objetivando atender o fluxo de pagamentos em prazos superiores aos de vencimentos dos títulos de renda fixa disponíveis no mercado, foi considerada a parcela excedente do passivo atuarial como valor mínimo de alocação na componente de maior risco.

Nessa linha, em 2019, para melhorar a relação de risco/retorno da carteira de investimentos, deve-se iniciar a diversificação da parcela alocada no segmento de renda variável nos seguintes instrumentos disponíveis nos mercados financeiros: renda fixa com crédito privado; fundos multimercados do segmento estruturado; e investimentos no segmento exterior, realizando alocações de pequenos volumes, sendo indispensável o monitoramento dos riscos, a fim de se verificar quais os segmentos mais adequados. No período de 2020 a 2023, a continuidade dessa estratégica deverá permitir a implementação de maiores alocações nos novos segmentos, limitadas à parcela da carteira que não comprometa o casamento de fluxo de caixa ou a gestão da liquidez de curto prazo.

Alocação dos Recursos e Limites por Segmento de Aplicação Segmento Renda Fixa

Os percentuais alocados em renda fixa correspondem ao montante necessário para a estratégia de casamento de fluxo de caixa em títulos públicos e à necessidade de caixa anual a ser alocada em FIRF.

(3)

Aplicações de recursos em CDB, DPGE e LF também poderão ser realizadas, limitadas, no conjunto, a 10% dos RG, com o objetivo de fazer face a desembolsos de prazos curto e médio, na hipótese de o vencimento dos títulos públicos ofertados pelo Tesouro Nacional e os recebimentos de juros não se adequarem às necessidades do fluxo de caixa e da rentabilidade.

Para tal estratégia, ainda em 2019, pode ser feita seleção de fundo de investimento classificado como de “crédito privado”. Não há previsão de alocação-alvo para este caso, mas a expectativa é que seja importante componente para o perfil da carteira no período de 2020 a 2023.

Segmento Renda Variável

Conforme a fundamentação desta PI, a alocação-alvo no segmento de renda variável foi determinada a partir do mínimo estabelecido, referente à parcela do passivo atuarial com prazo superior aos vencimentos dos títulos de renda fixa disponíveis no mercado. Atualmente composto pela carteira de gestão própria de ações e de cotas de fundo de índice de mercado negociado em bolsa de valores, deve ser dimensionado de forma adequada para os objetivos do PBDC.

Além disso, também são componentes de retorno para o segmento, posicionamentos táticos com maior ou menor exposição no segmento, estratégias ativas em companhias ou setores econômicos e operações de empréstimo de ativos, limitadas a 70% da posição do ativo e com prazo de até quarenta dias.

No médio prazo, a estratégia é que a alocação no segmento de renda variável, representando a parcela de maior risco na carteira, se desdobre em outros segmentos de investimentos, mantendo-se o casamento de fluxo de caixa, mas melhorando o perfil da carteira de investimentos em termos de risco e retorno.

Segmento Estruturado

Atualmente, o plano tem apenas uma aplicação em FIP, cujo valor contábil é de R$ 26 mil, representando menos de 0,1% do patrimônio. O fundo está em processo de fechamento que envolve a solução de pendências judiciais nas empresas investidas. Não há expectativa de novos investimentos em FIP.

Por outro lado, sob a estratégia de médio prazo, assim como nos fundos de renda fixa de crédito privado, em 2019, pode-se buscar fundos multimercados classificados no segmento estruturado. Da mesma forma, não há alocação-alvo em 2019, mas, a partir de 2020, tem-se a expectativa de que tal instrumento possa ser componente importante de diversificação de riscos e que possa agregar retorno.

Segmento Imobiliário

No segmento imobiliário, mantém-se a estratégia de alienação, em 2019, dos dois empreendimentos em Porto Alegre/RS, já incluídos no Plano de Alienação de Imóveis - PAI, prevendo-se a venda das salas comerciais do Edifício Corporate Financial Center, em Brasília, no período de 2020 a 2023, em cumprimento da Resolução CMN nº 4.661/2018, que estabelece prazo de doze anos para as Entidades Fechadas de Previdência Complementar - EFPC alienarem o estoque de imóveis e terrenos de sua carteira própria ou constituírem Fundo de Investimento Imobiliário - FII para abrigá-los.

Enquanto não realizada a venda, a rentabilidade do segmento é determinada pelas reavaliações contábeis anuais e pelas receitas de aluguel, descontadas as despesas de manutenção.

(4)

Segmento Operações com Participantes

Com referência ao segmento de operações com participantes, avaliado contabilmente em R$ 2,9 milhões, o plano possui carteira de empréstimos e de financiamento imobiliário.

O regulamento dos empréstimos prevê remuneração equivalente à variação do IPCA + 7% a.a., além dos demais encargos previstos nesse tipo de operação. Já na carteira de financiamentos imobiliários, mantém-se a estratégia de não concessão de novas operações, concentrando-se a gestão na administração da única operação ativa e na eventual recuperação dos créditos.

Segmento Exterior

Buscando agregar retorno à carteira de investimentos, o segmento exterior também pode ser explorado a partir de 2019, em especial, porque apresenta benefícios em termos de diversificação de riscos, pois tem correlações muito baixas com os ativos investidos pelo PBDC, chegando a ser negativas em alguns casos.

Limites de Alocação e Concentração por Emissor e Investimento

Resolução CMN nº 4.661, de 2018, prevê limites de alocação e de concentração por emissor:

Em % dos RG Alocação por emissor Limite - PI Limite

máximo Tesouro Nacional 100,0 100,0 Instituição financeira 5,0 20,0 Companhia aberta 10,0 10,0

Concentração por emissor Limite - PI Limite máximo % do Capital total e votante - Companhia aberta 10,0 25,0 % do Patrimônio Líquido:

Instituição financeira 10,0 25,0

ETF 10,0 25,0

Fundo de investimento do segmento estruturado 10,0 25,0 FII do estoque de imóveis da carteira própria 100,0 100,0

ETF do segmento exterior 10,0 25,0

Fundo não-exclusivo do segmento exterior 10,0 25,0 Fundo exclusivo do segmento exterior 100,0 100,0

Com relação à concentração por investimento, a Resolução nº 4.661, de 2018, estabelece que a EFPC deve observar, considerada a soma dos recursos por ela administrados, o limite de 25% de uma mesma classe ou série de cotas de fundos de investimento e demais títulos ou valores mobiliários de renda fixa.

Rentabilidade dos Segmentos de Aplicação

Segmento de aplicação Rentabilidade - %

2014 2015 2016 2017 2018¹ Acumulada PBDC 6,97 9,46 18,49 11,08 9,52 68,79 Renda fixa 12,94 17,03 13,55 9,32 9,15 79,08 Renda variável -9,79 -19,45 49,28 25,42 14,82 56,22 Estruturado -6,84 -27,02 54,85 -11,85 0,47 -6,76 Imobiliário 13,32 9,84 59,39 12,97 2,05 128,72

Operações com participantes 21,17 13,37 14,61 25,45 7,06 111,46

(5)

II - Diretrizes Gerais de Gestão dos Investimentos dos Planos Administrados Processo de Aplicação dos Recursos

O Regulamento de Aplicações - RA é o documento que estabelece os princípios que devem nortear as decisões sobre as aplicações dos recursos vinculados aos planos administrados, constituindo peça fundamental ao processo decisório de investimento, o parecer técnico elaborado pela área técnica.

A aplicação dos recursos garantidores deve obedecer aos critérios de liquidez, segurança, transparência, aderência aos procedimentos, limites e parâmetros estabelecidos neste documento e na Política de Gerenciamento de Riscos - PGR, além dos dispositivos legais, e regulatórios para a gestão de investimentos das EFPC.

No RA está estabelecido que a gestão é realizada de forma integrada, consoante a estrutura e as competências estabelecidas no Estatuto e no Regimento Interno - RI, sendo clara a separação de responsabilidades e objetivos de cada componente no processo de aplicação de recursos, realçando a vedação de decisões monocráticas.

Alçadas Decisórias de Investimentos

Monitoramento dos Investimentos

O RI prevê uma área responsável pela avaliação e pelo monitoramento dos controles internos e pelas atividades de compliance da Fundação.

A PGR trata dos procedimentos e dos controles, realçando os enfoques administrativo e operacional, em especial, como processo interativo e cíclico, com o monitoramento, de maneira sistemática, dos riscos relacionados aos investimentos.

Objeto

Títulos públicos Conse

Renda variável:

giro, realização de ganhos e reforço ou recomposição

CAP Direx

Demais operações com títulos e valores mobiliários

Imóveis - Alienação Imóveis - Renovação de aluguel sem alteração de condições

Imóveis - Renovação de aluguel com alteração de condições Fundos de investimento - Seleção FIRF - Aplicações e resgates CAP Direx CIG

Instância Decisória % dos RG do Plano CAP Conse Direx Conse CAP 0,5% 3,0% 5,0%

(6)

Risco e Retorno Esperado dos Investimentos

A avaliação do retorno esperado e os impactos nos parâmetros de risco devem fazer parte do parecer técnico que fundamenta as estratégias de investimento.

Além disso, em complemento à diligência, aos controles internos e ao previsto na PGR, à luz da regulamentação, considerando a representatividade e o nível de complexidade, o acompanhamento é efetuado diariamente, com ponderações por plano no relatório de gestão dos recursos ou no de risco, no que couber.

O acompanhamento do cenário macroeconômico e do desempenho de cada investimento, além de evidenciar o risco do portfolio, permite a execução de movimentos táticos para ajustá-lo aos objetivos estratégicos.

Capacidade Técnica e Conflitos de Interesses

O Manual de Governança Corporativa - MGC, no âmbito do quadro de pessoal da Centrus, preconiza a política de certificação obrigatória de gestores da Fundação, que abrange dirigentes, administradores e participantes do processo decisório de investimentos, incluindo os membros do Conselho Deliberativo - CD, da Diretoria-Executiva - Direx e os com direito a voto do Comitê de Investimentos e Gestão - CIG e do Comitê de Aplicações - CAP, podendo ser estendida a outros empregados da Centrus, sem prejuízo da política de incentivo ao treinamento e de capacitação aos colaboradores internos.

Os conflitos de interesses são tratados em capítulo específico do Código de Conduta e Ética da Centrus, com atribuições e procedimentos diligenciados pelo Comitê de Ética da Centrus - CEC.

A Fundação é signatária do Código de Autorregulação em Governança de Investimentos, instituído pelas entidades Abrapp, Sindapp e ICSS1/, que também prevê como obrigação contemplar, na seleção e monitoramento de prestadores de serviços de investimentos, a verificação de existência de conflitos de interesses, dentre outros aspectos.

Princípios de Responsabilidade Ambiental, Social e de Governança

A Governança da Centrus está alinhada com as orientações do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa - IBGC e encontra-se consolidada no MGC. A Fundação é certificada e possui o selo de Autorregulação em Governança de Investimentos, e também é signatária do Código de Princípios Éticos e de Condutas para o Regime Fechado de Previdência Complementar, instituído pela Abrapp e pelo Sindapp. Tais iniciativas demonstram o comprometimento da Centrus com o desenvolvimento de processos para a boa governança dos investimentos.

Taxa Mínima Atuarial e Índice de Referência por Segmento de Aplicação

A taxa mínima atuarial do PBDC é formada pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA, acrescida de 4,50% a.a.

Para cada segmento de aplicação, assim definidos na Resolução CMN nº 4.661, de 25 de maio de 2018, a Fundação adota os seguintes índices de referência:

1/

Abrapp - Associação Brasileiradas Entidades Fechadas de Previdência Complementar, Sindapp - Sindicato Nacional das Entidades Fechadas de Previdência Complementar e ICSS - Instituto de Certificação dos Profissionais de Seguridade Social.

(7)

Segmento de Aplicação Índice de Referência

Plano IPCA + 4,5% a.a.

Renda fixa DI

Renda variável Ibovespa

Estruturado DI

Operações com participantes IPCA + 7% a.a.

Exterior S&P 500 (em R$)

Imobiliário IGP-M

Apreçamento dos Ativos Financeiros

A Centrus realiza o processo de apreçamento dos ativos financeiros, definidos nos termos da regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários - CVM, em conformidade com a Resolução CMN nº 4.661, de 2018.

Em observância à Resolução CNPC nº 29, de 2018, a Centrus possui ativos financeiros de renda fixa classificados como “títulos para negociação” e “títulos mantidos até o vencimento”.

Em se tratando dos “títulos para negociação” adota-se como fonte de referência o preço unitário, equivalente à taxa indicativa divulgada diariamente pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais - Anbima.

O apreçamento dos “títulos mantidos até o vencimento” é feito a partir da atualização do índice a que está atrelado, quando for o caso, e da taxa negociada com o cálculo diário do preço equivalente, cujo ágio ou deságio apurado no momento da negociação é reduzido linearmente até ser completamente eliminado na sua data de vencimento.

As operações de compra de títulos públicos com compromisso de revenda no dia seguinte, registradas no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - Selic (operações compromissadas de um dia), são marcadas a mercado e o preço de compra observa a taxa divulgada pela Anbima.

Os fundos de investimento têm as suas cotas diárias apuradas pelos respectivos administradores e verificadas pelo agente custodiante contratado pela Fundação.

Os Certificados de Depósito Bancário - CDB, os Depósitos a Prazo com Garantia Especial - DPGE e as Letras Financeiras - LF são avaliados pela taxa contratada.

Para as debêntures, a precificação é obtida pelos preços equivalentes às taxas indicativas divulgadas diariamente pela Anbima, quando for o caso.

As ações integrantes da carteira própria e os derivativos são apreçados segundo a metodologia descrita no Manual de Apreçamento publicado e atualizado regularmente pelo agente custodiante.

As ações objeto de empréstimo são avaliadas a mercado, diariamente, pelo preço de fechamento dos ativos negociados no dia, divulgado pela B3. As receitas com operações de empréstimos de ações são incorporadas diariamente, a partir da taxa negociada, pro rata temporis, até o vencimento ou na data da liquidação antecipada, quando for o caso.

(8)

Utilização de Derivativos

O uso de derivativos é previsto no RA, tanto para o segmento de renda fixa quanto para o de renda variável.

As propostas de derivativos na carteira própria devem ser individualmente submetidas à aprovação do CIG, da Direx e do CD, vedada a manutenção de posições a descoberto ou com alavancagem que possibilitem perda superior ao valor da carteira ou, no caso de fundo, que obriguem ao cotista aportar recursos adicionais para cobrir eventual prejuízo, exceto os classificados como ativos finais.

Os procedimentos de controle e de avaliação do risco de mercado e dos demais riscos envolvidos nas operações com derivativos observam as disposições contidas na Resolução CMN nº 4.661, de 2018 e na PGR.

Avaliação e Controle de Riscos

A PGR consolida as práticas de gerenciamento de riscos, atribuindo as responsabilidades e descrevendo os procedimentos de prevenção e de mitigação de perdas.

O setor de Compliance elabora relatório diário de acompanhamento das exposições ao risco de mercado, encaminhando-o à área de Aplicações e, mensalmente, consolida as informações pertinentes aos indicadores sob monitoramento, apresentando relatório para conhecimento dos membros da Direx, do CD e do Conselho Fiscal - Cofis.

Risco de Mercado

O risco de mercado é apurado diariamente por meio da metodologia do Value at Risk - VaR com os parâmetros discriminados a seguir:

A tomada de risco é inerente ao perfil do PBDC e à alocação máxima prevista para o segmento que concentra o risco, sendo a exposição consoante com o seguinte limite de VaR: 0,63% diário e alocação de 20% em Renda Variável.

Caso ultrapassado o limite de VaR, a área técnica deve encaminhar relatório às instâncias colegiadas com justificativa e plano de ação para tratamento dos riscos. Em situações de variações abruptas no mercado acionário, os seguintes limites passarão a ser observados, considerando a aplicação de cenário de stress, de 2,93%, estimado pela B3 para o Ibovespa.

Os pareceres técnicos de proposta de estratégias de investimentos devem conter, inclusive, o resultado de simulações de VaR para avaliar os impactos nos riscos. O setor de Compliance realiza backtesting mensal para avaliar a acurácia do modelo de VaR, cujos resultados são incluídos no relatório mensal de risco encaminhado à Direx e ao Cofis.

Descrição Parâmetro

Modelo Paramétrico

Base da amostra 252 dias Nível de confiança 95% Horizonte de tempo 1 dia EWMA 1/ 0,94 (126 retornos) 1/ exponentially weighted moving average - volatilidade

baseada no modelo de médias móveis, com série de retornos diários ponderada por fator de decaimento.

(9)

Risco de Crédito

Conforme previsto na PGR, a Fundação usa critérios específicos de risco de crédito na análise de títulos privados de instituições financeiras ou não-financeiras (crédito corporativo), na renovação de aluguéis de imóveis, na alienação de imóveis e em operações com participantes.

No processo de identificação e de avaliação do risco de crédito para instituições financeiras e não-financeiras, demonstrado em parecer técnico submetido às instâncias colegiadas, verifica-se a capacidade de adimplir do tomador, por meio de indicadores previstos na PGR, e exige-se a nota de crédito de, pelo menos, duas agências de reconhecida reputação em funcionamento no país, considerando-se aceitáveis apenas as instituições que obtiverem as seguintes avaliações mínimas:

Agência Rating

Curto prazo Longo prazo

Austin Rating A1 - A2 AAA - A

Fitch Rating F1+ - F1 AAA - A

Moody's P1 - P2 Aaa - A3

Standard & Poor's A1+ - A1 AAA - A+

Nas aplicações em DPGE, admitidas até o montante de cobertura do Fundo Garantidor de Créditos - FGC, disciplinado pelo CMN, observa-se a nota de crédito de pelo menos duas agências de classificação de risco de crédito, para as seguintes notas mínimas:

Agência Rating

Curto prazo Longo prazo

Austin Rating A1 - B- AAA - B

Fitch Rating F1+ - B AAA - BB

Moody's P1 - P3 Aaa - Baa3

Standard & Poor's A1+ - B AAA - BB

Quanto ao risco de crédito atinente ao segmento de imóveis, confronta-se a inadimplência do locatário ou do comprador, conforme indicadores previstos na PGR, segundo o tipo de operação, com a sua capacidade de pagamento, adotando-se as medidas necessárias à regularização do débito vencido.

Nas operações com participantes, verifica-se a margem consignável do postulante para efeito de concessão do crédito, adotam-se os procedimentos de cobrança de operações em atraso, na esfera extrajudicial ou judicial, consoante a situação da dívida vencida e, no caso de desligamento, a utilização de recursos de direito do ex-participante na liquidação de saldo devedor. Tais operações contam com o Fundo de Reserva de Garantia, para a quitação do saldo devedor, na ocorrência de falecimento.

Risco de Liquidez

A Fundação faz o acompanhamento das necessidades de liquidez por meio do fluxo de caixa disponível diariamente, para o curto prazo, e mensalmente, para os prazos médio e longo.

Do lado do passivo, são projetados os compromissos administrativos e de benefícios. Do lado do ativo, são avaliados o fluxo de recebimentos programados (pagamento de juros e vencimento de títulos) e os riscos de perda com o desinvestimento antecipado de ativos, como no caso do mercado de ações.

(10)

Visando melhor controle da liquidez e da disponibilidade de recursos, são usados os FIRF exclusivos, que possuem liquidez diária e investimentos subjacentes em ativos com vencimento no curtíssimo prazo.

Limites Prudenciais

O Código de Autorregulação em Governança de Investimentos apresenta, como uma das obrigações, a definição de limites prudenciais a partir das obrigações previdenciais.

Nesse sentido, de acordo com as características e objetivos do PBDC, são estabelecidas, como regras prudenciais de investimentos, que os fluxos de entradas devem guardar relação com a maturidade do Plano e a alocação de recursos deve ser embasada em estudos de gestão de ativos e de passivos.

Prestadores de Serviços de Investimentos

No RA está estabelecido que a seleção de gestores e de administradores de recursos deve ser fundamentada em parecer técnico contendo análise da capacidade e da credibilidade da instituição, da consistência de resultados e da aderência aos objetivos. O parecer deve ser submetido à avaliação do CIG e da Direx.

Os gestores externos contratados são avaliados pela área técnica semestralmente, abordando a qualidade dos serviços prestados, o retorno e a volatilidade observada no período. Além disso, são realizadas conciliações mensais das cotas dos fundos de investimento dos quais o plano participa, sendo encaminhado relatório ao Cofis.

As sociedades corretoras credenciadas a realizar operações dos planos são selecionadas dentre as de maior volume financeiro no mercado à vista e que atendam critérios especificados no RA, incluindo a posse do Selo de Qualificação Operacional Execution Broker da B3.

Na avaliação periódica desses prestadores são levados em consideração os seguintes quesitos: execução de ordens; liquidação de operações; e fornecimento de material técnico de investimentos e análises econômico-financeiras.

A Centrus utiliza serviço de custódia e de liquidação terceirizado, cuja contratação é de competência da Direx, com base, no mínimo, nos seguintes aspectos: especialização; custo dos serviços; qualidade dos serviços; e eficiência do suporte técnico.

Administradores estatutários responsáveis

Com base nas melhores práticas, a Fundação adota a segregação de funções entre as atividades de gestão de investimentos e de riscos.

Conforme o RI, a função de Administrador Estatutário Tecnicamente Qualificado - AETQ deve ser exercida pelo Diretor de Aplicações - Dirap, o qual dentre outras, é responsável por responder pela alocação, pela supervisão e pela gestão dos RG dos planos e pela prestação de informações relativas à aplicação de tais recursos.

No tocante à função de administrador responsável pela gestão de riscos, a atribuição é exercida pelo Diretor-Presidente - Presi, sob o qual está o componente administrativo responsável pelas atividades de compliance e de avaliação e monitoramento dos controles internos.

(11)

A função de Administrador Responsável pelos Planos de Benefícios - ARPB é exercida pelo Diretor de Benefícios - Diben.

Participação em Assembleia de Acionistas

A participação da Centrus em assembleia de acionistas é obrigatória se o investimento representar 10% ou mais dos RG dos planos de benefícios ou se a participação no capital votante ou total da companhia investida for igual ou superior a esse percentual, ou, mesmo no caso de investimentos não enquadrados nesses critérios, de acordo com a sua conveniência, em face dos assuntos objeto de pauta.

Referências

Documentos relacionados

Série da mesma data, é criado, na Região Militar de Angola (RMA), o Centro de Instrução de Comandos (CIC), a título de força eventualmente constituída, no âmbito do Ministério

Um estudo retrospectivo realizado em São Paulo por Castro 4 e colaboradores, tendo como objetivo identificar os fatores que levaram os médicos a prescreverem opióides

Esta Norma contém requisitos que podem ser auditados, porém não estabelece requisitos absolutos para o desempenho de SST, além dos compromissos expressos na política de SST, de

Detectadas as baixas condições socioeconômicas e sanitárias do Município de Cuité, bem como a carência de informação por parte da população de como prevenir

Distribuição das armadilhas Moericke, Pitfall e McPhail para captura de himenópteros em área de produção de melancia no município de Baraúna-RN, (distribution of Moericke,

Avaliação do impacto do processo de envelhecimento sobre a capacidade funcional de adultos mais velhos fisicamente ativos.. ConScientiae

A administração da PT não teve conhecimento do plano de aquisição da TVI/MEDIA CAPITAL pela sociedade Taguspark nem das diligências desenvolvidas nesse plano pelo seu

libras ou pedagogia com especialização e proficiência em libras 40h 3 Imediato 0821FLET03 FLET Curso de Letras - Língua e Literatura Portuguesa. Estudos literários