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Supremo Tribunal Federal Secretaria de Administração Pregoeiro

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Academic year: 2021

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PREGÃO ELETRÔNICO Nº 22/2009 Processo nº 333.123

IMPUGNAÇÃO. ALEGAÇÕES DE VÍCIOS NOS TERMOS DO EDITAL. OBEDIÊNCIA À LEGISLAÇÃO VIGENTE. PROVIMENTO NEGADO PARCIALMENTE NO MÉRITO. ALTERAÇÃO DA DATA DE ABERTURA DA SESSÃO.

Trata-se de pedido de impugnação encaminhado pela empresa ELEVADORES ATLAS SCHINDLER, no uso do direito previsto no art. 18, do Decreto nº 5.450/2005 e na Seção XXII do Edital, interessada em participar do Pregão Eletrônico nº 22/2009, que tem por objeto a contratação de empresa para prestação de serviços de manutenção preventiva e corretiva e atendimento emergencial em elevadores do Supremo Tribunal Federal.

2. A empresa ELEVADORES ATLAS SCHINDLER. impugna os termos

do Edital alegando que o edital possui vícios que, se não forem sanados, inviabilizarão a contratação, os quais são:

1º) A adoção do pregão na forma eletrônica, tem beneficiado as Microempresas e as Empresas de Pequeno Porte, durante a fase de lances;

2º) O prazo de 30 minutos para realizar o atendimento das chamadas de emergência pode-se revelar-se extremamente exíguo, dependendo das circunstâncias do caso concreto;

3º) A sistemática de reembolso do valor das peças de reposição não se configura muito apropriado, uma vez que a pesquisa de preços pela administração somente será realizada após aquisição da peça pela contratada;

4º) A manutenção de técnico residente em todo horário compreendido entre 8h e 22h (quatorze horas diárias), onera demasiadamente as propostas, pois demandará a contratação de 02 (dois) técnicos, exclusivamente para atender esse STF;

5º) Violação a lei de regência, na medida que amplia a responsabilidade da Contratada por todo e qualquer dano, de acordo o escrito no item 6.33 do Anexo I do edital.

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presente certame licitatório, modificada, conseqüentemente, a modalidade de licitação; e, num novo edital, sejam realizadas as alterações formais e substanciais acima requeridas.”

PRELIMINARMENTE

4. O pedido de impugnação foi apresentado tempestivamente de acordo com

os termos da Lei nº 10.520/2002, do Decreto nº 5.450/2005 e da Seção XXII do Edital.

NO MÉRITO

5. Primeiramente, destaca-se que o Pregão na forma Eletrônica, adotado

pelo STF, está em consonância com os ditames da Lei nº 10.520/2002, conforme transcrito:

Art. 1º Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na modalidade de pregão, que será regida por esta Lei.

(...) Art. 2º

§ 1º Poderá ser realizado o pregão por meio da utilização de recursos de tecnologia da informação, nos termos de regulamentação específica.

6. E também, com os termos do Decreto nº 5.450/2005, que regulamenta o

pregão, na forma eletrônica, para aquisição de bens e serviços comuns, conforme transcrito:

(...)

Art. 4º Nas licitações para aquisição de bens e serviços comuns será obrigatória a modalidade pregão, sendo preferencial a utilização da sua forma eletrônica. § 1º O pregão deve ser utilizado na forma eletrônica, salvo nos casos de comprovada inviabilidade, a ser justificada pela autoridade competente.

7. Assim, não restam dúvidas que a contratação de empresa para prestar o

serviço objeto deste certame, na modalidade Pregão na forma Eletrônica, está de acordo com os ditames da legislação vigente.

8. Além disso, com o advento da Lei Complementar nº 123/2006, as ME’s e

EPP’s foram beneficiadas com o tratamento diferenciado e favorecido no âmbito da Administração Pública. E em cumprimento a citada Lei Complementar o sistema Comprasnet do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, realiza automaticamente, após a fase de lances, a classificação das ME’s e EPP’s que estão até 5% superiores a proposta mais bem classificada.

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9. Dessa forma, o sistema Comprasnet demonstra-se adaptado aos termos da mencionada Lei Complementar, a fim de garantir o tratamento diferenciado às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, como também a garantir a competitividade na fase de lances.

10. Vale ressaltar que antes e durante a fase de lances, o sistema não

disponibiliza para o pregoeiro qualquer informação que possibilite identificar o nome das empresas participantes, e se quer identificar se os menores lances foram ofertados por uma ME/EPP ou empresa de médio ou grande.

11. Assim, restou demonstrado que as alegações da impugnante e as suas

sugestões apresentadas na peça impugnatória estão em conflito com a legislação que disciplina a realização da aquisição de bens e a contratação de empresas para a prestação de serviços considerados comuns no âmbito da Administração Pública por meio do Pregão Eletrônico.

12. Quanto às alegações da impugnante referentes: ao prazo de 30 minutos

para realizar o atendimento das chamadas de emergência; à sistemática de reembolso do valor das peças de reposição; à manutenção de técnico residente em todo horário compreendido entre 8h e 22h (quatorze horas diárias); a Seção de Manutenção Predial, por meio do Memorando nº 046/2009(fls. XXXXX), respondeu cada ponto abordado da seguinte forma:

“Referente ao item IV da Impugnação, que trata do prazo de atendimento das chamadas de emergência, esclarecemos que o prazo de 30 minutos não é para a resolução do problema como indica a empresa, esse prazo é de até 24 horas (Clausula 5.3.4). O prazo de atendimento visa criar um limite de tempo para a empresa verificar o problema, não prejudicando sua resolução nem a segurança do serviço. Para o primeiro atendimento do chamado de emergência a empresa possui metade do tempo de uma manutenção corretiva não emergencial que é de 1 hora. O prazo de 45 minutos solicitado pela empresa tem uma diferença quase irrelevante em relação ao prazo não emergencial. No caso de uma pessoa com restrições de saúde ficar presa em uma cabine de elevador por 45 minutos para ser resgatada pode gerar muitos transtornos a pessoa e pode até levá-la a complicações em sua saúde. Desta forma, achamos que o prazo de 30 minutos é razoável para o tipo de situação e uma eventual complicação no atendimento da empresa, esta poderá entrar em contato com o gestor do contrato e solicitar uma prorrogação do prazo apresentando uma justificativa.

Referente ao item V da Impugnação, que trata do reembolso do valor das peças de reposição, informamos que o STF possui um déficit de elevadores para o alto tráfego de passageiros que possui. Logo, qualquer elevador que permaneça parado a espera de apresentação de laudos, aprovações e pesquisas de preço, acarretará grandes transtornos a movimentação desses passageiros nos edifícios criando caos no Tribunal. Desta forma, a maneira de ressarcimento solicitada pela empresa em sua impugnação inviabiliza o funcionamento do Tribunal. Informamos que o sistema de ressarcimento apresentado em edital já ocorre em diversos contratos no STF sem complicações.

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item 5.4.1 do edital, provavelmente alterado na elaboração do edital, que se difere da versão original, item 5.6.11, do Projeto Básico que menciona: “A contratada deverá manter um técnico de manutenção residente no STF no horário compreendido de 8:00 às 22:00horas, de 2ª a 6ª feira. Este período deverá ser ocupado por 01 (um) profissional”. Isto posto, o técnico deverá ser mantido nas dependências do STF em horário compreendido entre 8h e 22h e não em todo horário compreendido entre 8h e 22h. Assim, o técnico de manutenção residente será apenas 1 profissional que cumprirá as 44 horas semanais, porém o STF indicará qual o horário entre 8h as 22h este técnico estará presente no Tribunal. O técnico residente foi solicitado para melhorarmos os serviços de manutenção atuais prestados, possibilitando maior controle dos serviços e para o melhor atendimento a solicitações de questões que envolvem a segurança dos passageiros.”

13. Assim, dos pontos respondidos pela Seção de Manutenção Predial, restou

demonstrado que somente a alegação referente ao horário da prestação dos serviços pelo técnico residente, é procedente, devendo-se neste caso realizar alteração nos termos do item 5.4.1 do Anexo I do edital. A referida alteração está contemplada no Adendo nº 01 ao edital do Pregão Eletrônico nº 22/2009 (fl.399).

14. Em relação ao aspecto apontado pela impugnante referente à violação a

lei de regência, na medida em que amplia a responsabilidade da Contratada por todo e qualquer dano, não há dúvidas que a Contratada, somente assumirá os danos ou prejuízos que ocorrerem em virtude da execução do contrato e oportunamente apurados, observados os princípios do contraditório e da ampla defesa. E essa situação é descrita com muita precisão no Anexo I do edital:

“6.33. Responsabilizar-se por todo e qualquer dano causado ao patrimônio do CONTRATANTE ou de terceiros, decorrentes da execução dos serviços contratados.”

15. Diante do exposto, com exceção da alteração realizada nos termos do

item 5.4.1 do Anexo I do edital, os demais pontos abordados na impugnação não geraram ajustes no edital, visto que não são procedentes os argumentos da impugnante.

16. Por fim, o procedimento licitatório adotado pela Administração deste

STF e os Termos do Convocatório para a contratação do objeto em tela, estão fundamentados na legislação vigente e no princípio básico da competitividade a fim de selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração.

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CONCLUSÃO

17. Assim, pelos fundamentos apresentados pela impugnante, o Pregoeiro

decide conhecer da impugnação interposta pela empresa ELEVADORES ATLAS SCHINDLER, e, no mérito, negar-lhe parcialmente provimento, visto que o item 5.4.1 do Anexo I do edital teve a sua redação alterada, conforme adendo. Os demais termos do Edital do Pregão Eletrônico nº 22/2009 foram mantidos.

13. A data de abertura da sessão pública do certame foi alterada para o dia

15/05/2009, às 14 horas, conforme publicação veiculada na Seção 3 do Diário Oficial da União do dia 04/05/2009 (fl.401).

Brasília, 30 de maio de 2009.

Cezar Augusto Barros Gadelha Pregoeiro

Referências

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