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Conjuntura Macroeconômica Semanal

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Academic year: 2021

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CONJUNTURA

MACROECONÔMICA

SEMANAL

Departamento de Pesquisas e

Estudos Econômicos

Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Conjuntura Macroeconômica Semanal

06 de março de 2015

Marcelo Cirne de Toledo Leandro Câmara Negrão

• O Federal Reserve tem em seu mandato atingir a meta de inflação de 2% e o propósito de promover o máximo emprego. Na situação atual, esses objetivos ainda não estão sendo atingidos, mas o Fed está cada vez mais próximo de atender ao seu mandato duplo. • Depois da adoção de diversos programas de estímulo monetários nos últimos anos, o mercado de trabalho exibiu recuperação mais significativa e está gradualmente retornando à normalidade. Os indicadores de emprego de fevereiro, divulgados nesta semana, reforçam essa trajetória. Tanto a taxa de desemprego oficial quanto a taxa ampla estão em queda consistente nos últimos trimestres. • O objetivo de elevar a inflação ainda não está sendo cumprido. Contudo, a experiência histórica e os modelos econômicos do Fed (e de qualquer outro banco central) mostram que é apenas uma questão de tempo até que um aquecimento da economia e do mercado de trabalho resulte em elevação da inflação. • Nossa visão continua sendo que o Fed iniciará a normalização dos juros em setembro deste ano, o que deverá ser comunicado de forma gradual e antecipada para tentar reduzir a volatilidade que esse movimento pode provocar nos preços de ativos.

Fed está cada vez mais próximo de atingir seu duplo objetivo

Indicadores fiscais brasileiros pioraram mais do que a média dos países emergentes • Recentemente, um dos temas mais debatidos a respeito da economia brasileira tem sido a piora das contas públicas, observada nos últimos anos. No Brasil, entre 2011 e 2014, o déficit nominal do setor público aumentou em R$ 235,9 bilhões (4,1 p.p. do PIB) e atingiu a marca de 6,7% do PIB. Essa redução foi resultado de uma piora do resultado primário em 3,75% do PIB e um aumento dos gastos com juros em 0,4%, também em relação ao PIB. Em paralelo à evolução da política fiscal, nesse período, o crescimento médio do PIB brasileiro passou de uma média de 4,6% entre 2007 e 2010 para 1,6% nos últimos quatro anos. Adicionalmente, o déficit em conta corrente como proporção do PIB passou de 2,6% em 2011 para 6,6% no ano passado. • Fazendo um comparativo internacional dos principais indicadores fiscais nos últimos anos, temos que os indicadores econômicos brasileiros apresentaram uma deterioração maior do que a média observada no grupo dos países emergentes, refletindo inclusive nos preços dos ativos financeiros. Entre 2011 e 2014, a moeda brasileira foi uma das que mais depreciou no grupo dos países emergentes, 41,2% ante uma média de 14,4%. A bolsa brasileira em dólar também foi uma das que mais caiu no período, 14,2% ante recuo médio de 5,2% dos emergentes. O CDS foi outro ativo que refletiu a piora dos indicadores econômicos do País registrando uma alta de 30,5 pontos nos últimos quatro anos, uma elevação de 23,0%. Enquanto que na média dos países emergentes apresentou uma redução de 3,2 pontos. • Com isso, se fazia necessário ao final de 2014 uma reorientação da política econômica brasileira. As primeiras medidas adotadas neste ano, tanto no âmbito da despesa como receita, visam ajustar políticas adotadas nos últimos anos e reorganizar a política macroeconômica brasileira. Acreditamos que mesmo diante da dificuldade política hoje enfrentada, o ajuste das contas públicas é essencial para que o País possa retomar a rota do crescimento nos próximos anos.

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Cenário Doméstico

Fonte: EIU

Elaboração: BRADESCO Leandro Câmara Negrão

Déficit nominal como proporção do PIB (%) 2014

Indicadores fiscais brasileiros pioraram mais do que a média dos países emergentes

Recentemente, um dos temas mais debatidos a respeito da economia brasileira tem sido a piora das contas públicas, observada nos últimos anos. No Brasil, entre 2011 e 2014, o déficit nominal do setor público aumentou em R$ 235,9 bilhões (4,1 p.p. do PIB) e atingiu a marca de 6,7% do PIB. Essa redução foi resultado de uma piora do resultado primário em 3,75% do PIB e um aumento dos gastos com juros em 0,4%, também em relação ao PIB. Em paralelo à evolução da política fiscal, nesse período, o crescimento médio do PIB brasileiro passou de uma média de 4,6% entre 2007 e 2010 para 1,6% nos últimos quatro anos. Adicionalmente, o déficit em conta corrente como proporção do PIB passou de 2,6% em 2011 para 6,6% no ano passado. Hoje, diante desse cenário, temos sinais claros de mudança na condução da política econômica, na direção de recuperar os resultados das contas públicas.

Fazendo um comparativo internacional dos principais

indicadores fiscais nos últimos anos, buscamos entender se a piora desses componentes aconteceu de forma localizada ou espraiada. Em nossa amostra vamos considerar um grupo de cinquenta e seis países, dividido igualitariamente entre desenvolvidos e emergentes. O primeiro comparativo será do indicador de déficit nominal dos países. Esse é formado pelo déficit primário dos governos e pelo pagamento de juros de suas dívidas. Conforme citado acima, o Brasil atingiu no fim de 2014 um déficit nominal de 6,7% do PIB acumulando um aumento de 4,1 pontos percentuais nos últimos quatro anos. Com isso, o Brasil passou de uma posição intermediária para figurar entre os quatro maiores déficits nominal do mundo, segundo o grupo de países selecionados. Em 2014, os países com déficits maiores que o Brasil eram o Egito (-12,0% do PIB), o Japão (-7,8% do PIB) e a Sérvia (-7,0% do PIB). No ano passado, a média do déficit nominal das economias emergentes foi de 3,4% do PIB e dos desenvolvidos 1,9%. -12,0 -6,6 -3,4 -2,6 1,6 -14,0 -12,0 -10,0 -8,0 -6,0 -4,0 -2,0 0,0 2,0 Egit o Jap ão Sér vi a B ra si l C ost a R ica C roá cia Es pa nha U cr ânia R eino U nido Tunís ia M ar ro co s C hipr e Fr an ça G réci a Es lov enia Á fric a do S ul Índia Por tuga l B an gl ad esh Equa dor Irla nda M al ási a Em er gen tes M éx ico B élgic a Itá lia H ung ria Es lov

áquia EUA Israel

A ust rál ia H ola nda D es env olv idos A us tria Indoné sia Su éci a C hile Ta ilâ ndia C an ad á C olôm bia R om ênia R epúblic a C he ca Polonia Tai w an Tur quia N ige ria Filipina s R ussi a N ov a Ze ndia Peru C or éia do S ul Suíç a Es tonia C inga pur a A le m anha H ong K ong A bia S audit a D in am ar ca 2014 Observando a evolução do déficit nominal entre 2011 e 2014, as economias desenvolvidas reduziram o seu déficit nominal em 1,45 p.p. do PIB, em média. Essa melhora foi impulsionada por países europeus que, após a crise de dívida soberana, fizeram um forte ajuste em suas contas nesse período. A Grécia e a Irlanda foram os países que apresentaram as maiores reduções, de 5,8 e 9,0 p.p. do PIB, respectivamente. Já as economias emergentes mostraram uma

elevação média do déficit de 0,95 p.p. do PIB nesse período. Os destaques negativos ficaram com Arábia Saudita, Ucrânia e Brasil, aumentando o seu déficit em 10,6, 4,1 e 4,0 p.p. do PIB, respectivamente. Vale lembrar que o déficit nominal está na lista das variáveis observadas pelas agências classificadoras de risco para graduar um país. Assim, a tendência e o nível dessa variável são elementos fundamentais na condução da política econômica.

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Cenário Doméstico

Variação do déficit nominal como proporção do PIB entre 2011 e 2014

Variação da dívida bruta como proporção do PIB entre 2011 e 2014 -10,6 -4,0 -1,0 1,0 9,0 -12,0 -8,0 -4,0 0,0 4,0 8,0 A bia S audit a U cr ânia Brasi l Equa dor C hile H ong K ong Tunís ia Sér vi a Per u Su éci a Egit o C ost a R ica N or ue ga R ussi a Indoné sia C or éia do S ul Em er gen tes M éx ico C inga pur a Á fric a do S ul Ta ilâ ndia Es tonia B an gl ad esh Es lov enia Suíç a C olôm bia Tur quia A us tria Polonia Isr ael N ige ria Itá lia Fr an ça Tai w an B élgic a C hipr e D es env olv idos Jap ão A ust rál ia M al ási a Es lov áquia Filipina s R epúblic a C he ca Índia A le m anha C an ad á H ola nda C roá cia M ar ro co s R eino U nido R om ênia H ung ria Por tuga l D in am ar ca Es pa nha N ov a Ze ndia EUA G réci a Irla nda 2011-14 Fonte: EIU Elaboração: BRADESCO Outro indicador que tem que ser acompanhado com atenção e que traduz a sustentabilidade das contas públicas do país é a relação dívida bruta como proporção do PIB. Voltando a análise para esse componente, em 2014, o Brasil terminou com uma relação de 63,5%. Em comparação a 2011, essa razão aumentou em 9,3 p.p.. Nesse mesmo período, Chipre, Ucrânia, Espanha e Portugal foram os países

que apresentaram as maiores elevações de sua dívida, 42,6, 37,5, 28,1 e 23,8 pontos percentuais, respectivamente. Enquanto que Bangladesh, Turquia, Polônia e Peru foram os países com maiores reduções nos últimos anos. Entre 2011 e 2014, os países desenvolvidos mostraram uma elevação média de 8,7 p.p. no período enquanto que os emergentes registraram uma alta média de 5,1 p.p.. 53,0 35,8 41,2 45,0 58,4 53,0 75,6 80,1 51,8 76,7 67,7 58,8 63,5 32,0 42,0 52,0 62,0 72,0 82,0 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Emergentes Desenvolvidos Brasil

Dívida bruta como proporção do PIB (%) Fonte: EIU Elaboração: BRADESCO -8,9 3,8 7,5 9,3 42,6 -12,0 0,0 12,0 24,0 36,0 48,0 B an gl ad esh Tur quia Polonia Per u H ung ria A le m anha Filipina s Isr ael D in am ar ca A bia S audit a C an ad á C olôm bia Índia N ov a Ze ndia R ussi a N ige ria H ong K ong Suíça G réci a Tai w an Indoné sia Tunís ia N or ue ga R epúblic a C he ca M al ási a C or éia do S ul C hile Es tonia Em er gen tes A us tria Su éci a R om ênia B élgic a C inga pur a Ta ilâ ndia Á fric a do S ul A ust rál ia M éx ico D es env olv idos R eino U nido H ola nda EUA Brasi l Egit o Equa dor Fr an ça M ar ro co s C ost a R ica Es lov áquia Itália Sér vi a Jap ão Es lov enia Irla nda C roá cia Por tuga l Es pa nha U cr ânia C hipr e 2011-2014 Fonte: EIU Elaboração: BRADESCO

Saindo do campo fiscal e passando para outros indicadores econômicos, analisaremos outros dois componentes relevantes: o crescimento médio do

PIB e o resultado das contas externas. No primeiro item, comparamos a variação média entre 2007 e 2010 com a média de 2011 a 2014. Nessa base

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Cenário Doméstico

Variação média do PIB entre 2007 e 2010

Variação média do PIB entre 2011 e 2014

de comparação, o Egito e o Brasil foram os países que mais desaceleraram. O Egito passou de um crescimento médio de 6,0% no primeiro período para um crescimento de 2,1% no segundo. Por sua vez, o Brasil cresceu em média 4,6% entre 2007 e

2010 e passou a crescer 1,6% entre 2011 a 2014. Com a desaceleração do crescimento observada nesses países, eles deixaram de registrar os crescimentos mais pujantes para figurar em uma posição mediana. -2,4 1,10 3,44 4,6 8,1 -3,0 -1,0 1,0 3,0 5,0 7,0 9,0 Es tonia Gréci a Irla nda H ung ria Itá lia D in am ar ca C roá cia U cr ânia R eino U

nido Japão EUA

Es pa nha Fr an ça Por tuga l N or ue ga A le m anha Es lov enia A us tria Su éci a B élgic a C an ad á H ola nda D es env olv idos M éx ico N ov a Ze ndia R epúblic a C he ca Suíç a R om ênia C hipr e Sér vi a Tur quia Á fric a do S ul A ust rál ia R ussi a Equa dor H ong K ong Ta ilâ ndia Chile Em er gen tes C ost a R ica C or éia do S ul Es lov áquia C olôm bia Tai w an M ar ro co s M al ási a Polonia Isr ael Tunís ia B ra si l Filipina s A bia S audit a Indoné sia B an gl ad esh Egito C inga pur a Per u N ige ria Índia Fonte: EIU Elaboração: BRADESCO -4,6 1,1 1,6 3,2 5,9 -6,0 -4,0 -2,0 0,0 2,0 4,0 6,0 G réci a C hipr e Por tuga l C roá

cia Itália

Es pa nha U cr ânia H ola nda Es lov enia D in am ar ca Sér vi a R epúblic a C he ca B élgic a Jap ão Fr an ça A us tria D es env olv idos H ung ria A le m anha Su éci a B ra si l Suíç a R eino U nido N or ue ga Irla nda Es lov áquia R om

ênia Egito EUA

Tunís ia Á fric a do S ul C an ad á R ussi a N ov a Ze ndia Ta ilâ ndia A ust rál ia Polonia H ong K ong Tai w an M éx ico C or éia do S ul Em er gen tes Isr ael M ar ro co s C inga pur a Es tonia C ost a R ica C hile Tur quia C olôm bia Peru N ige ria Equa dor M al ási a A bia S audit a Índia Indoné sia Filipina s 2011-2014 Fonte: EIU Elaboração: BRADESCO -3,9 -3,0 -0,3 -0,3 3,0 -5,0 -4,0 -3,0 -2,0 -1,0 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 Egit o B ra si l G réci a C inga pur a Índia Tunís ia Sér vi a Es lov áquia Por tuga l Per u N ige ria Polonia Tai w an Isr ael H ola nda Es pa nha C or éia do S ul Ta ilâ ndia Es lov enia R epúblic a C he ca C roá cia M ar ro co s R ussi a D es env olv idos H ong K ong Em er gen tes U cr ânia B élgic a Á fric a do S ul Suíç a Itá lia A ust rál ia Indoné sia R om ênia A bia S audit a A us tria B an gl ad esh Fr an ça C ost a R ica Su éci a Jap ão A le m anha Chile C olôm bia D in am ar ca Filipina s N or ue ga M al ási a N ov a Ze ndia C an ad á R eino U nido M éx ico EUA Tur quia Equa dor H ung ria Irla nda Delta Diferencial da variação entre média de 2007 a 2010 e média de 2011 a 2014 Fonte: EIU Elaboração: BRADESCO Por fim, o último quesito analisado será o resultado da conta corrente como proporção do PIB. Entre 2011 e 2014, os países emergentes registraram uma pequena piora na conta corrente nesse período, de 0,2 p.p. do PIB. Por outro lado, as economias desenvolvidas apresentaram melhora de 1,4 p.p. em média. Nesse período, o Brasil registrou uma elevação do seu déficit em conta corrente de 2,0 p.p., passando de 2,1% em 2011 para 4,1% no fim de 2014. A Arábia Saudita e a Malásia foram os países com as maiores reduções, de -11,1 e -7,4 p.p. do PIB respectivamente. Já, a Grécia (+11,2) e Portugal (+7,7) foram os países que apresentaram as

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Cenário Doméstico

maiores altas. Em termos de nível, Tunísia, Marrocos e a Sérvia são os países que apresentaram os maiores déficits em conta corrente no fim de 2014. O Brasil tem hoje o décimo terceiro maior déficit em conta corrente do grupo de países selecionados. É importante destacar que mesmo com o aumento registrado no déficit em conta corrente nos últimos anos, a capacidade de financiamento do País garante nossa sustentabilidade, tanto através de entrada de investimento estrangeiro direto como de investimento em carteira.

Conta corrente como proporção do PIB 2014 (%) Fonte: EIU Elaboração: BRADESCO -9,2 -5,8 -4,1 -1,8 1,8 22,1 -12,0 -6,0 0,0 6,0 12,0 18,0 24,0 Tunís ia M ar ro co s Sér vi a Tur quia C hipr e Á fric a do S ul R eino U nido C ost a R ica Per u C olôm bia N ov a Ze ndia U cr ânia Brasi l A ust rál ia B élgic a Indoné sia EUA C an ad á Em er gen tes M éx

ico Chile Índia

Polonia R epúblic a C he ca Fr an ça Egit o R om ênia Es tonia C roá cia Equa dor Jap ão Es pa nha B an gl ad esh Por tuga l A us tria G réci a Itá lia D es env olv idos H ong K ong Es lov áquia N ige ria Ta ilâ ndia R ussi a Isr ael H ung ria M al ási a Filipina s Irla nda Su éci a Es lov enia C or éia do S ul D in am ar ca A le m anha H ola nda N or ue ga Suíç a Tai w an A bia S audit a C inga pur a 2014 -11,1 -2,0 -0,2 0,8 11,2 -12,0 -8,0 -4,0 0,0 4,0 8,0 12,0 A bia S audit a M al ási a R eino U nido H ong K ong Á fric a do S ul Indoné sia N or ue ga Per u C hipr e R ussi a B élgic a B ra si l Tunís ia C olôm bia Jap ão N ov a Ze ndia C inga pur a Es tonia N ige ria A ust rál ia M éx ico A us tria C hile Em er gen tes Su éci a Equa dor Ta ilâ ndia C ost a R ica C roá cia D in am ar ca EUA B an gl ad esh Fr an ça H ola nda D es env olv idos C an ad á A le m anha R epúblic a C he ca Índia M ar ro co s Isr ael Filipina s U cr ânia Egit o Sér vi a Tai w an H ung ria R om ênia Tur quia Polonia Irla nda Es pa

nha Itália

C or éia do S ul Suíç a Es lov enia Es lov áquia Por tuga l G réci a 2011-2014 Variação do déficit em conta corrente como proporção do PIB

2011 a 2014

Fonte: EIU Elaboração: BRADESCO

Essa análise comparativa mostra que nesses últimos anos os indicadores econômicos brasileiros apresentaram uma deterioração maior do que a média observada no grupo dos países emergentes, refletindo inclusive nos preços dos ativos financeiros. Entre 2011 e 2014, a moeda brasileira foi uma das que mais depreciou no grupo dos países emergentes, 41,2% ante uma média de 14,4%. A bolsa brasileira

em dólar também foi uma das que mais caiu no período, 14,2% ante recuo médio de 5,2% dos emergentes. O CDS foi outro ativo que refletiu a piora dos indicadores econômicos do País registrando uma alta de 30,5 pontos nos últimos quatro anos, uma elevação de 23,0%. Enquanto que na média dos países emergentes apresentou uma redução de 3,2 pontos. 41,2% -14,2% 23,0% 14,4% -5,2% -1,7% -20,0% -10,0% 0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0%

Câmbio Bolsa (em US$) CDS (Em %)

Brasil

Média Emergentes

+30,5

pontos -3,2 pontos

Variação dos ativos – Média 2014 em relação à média de 2011

Fonte: Bloomberg Elaboração: BRADESCO

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Cenário Doméstico

Com isso, se fazia necessário ao final de 2014 uma reorientação da política econômica brasileira. As primeiras medidas adotadas neste ano, tanto no âmbito da despesa como receita, visam ajustar políticas adotadas nos últimos anos e reorganizar a

política macroeconômica brasileira. Acreditamos que mesmo diante da dificuldade política hoje enfrentada, o ajuste das contas públicas é essencial para que o País possa retomar a rota do crescimento nos próximos anos.

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Cenário Externo

Fonte: BLS Elaboração: BRADESCO

Taxa de desemprego oficial e ampla (%)

Variação do emprego – média móvel de 3 meses (ritmo de 200 mil é o necessário para manter a taxa de desemprego constante)

Fonte: BLS Elaboração: BRADESCO

Marcelo Cirne de Toledo

O Federal Reserve tem um duplo mandato, a meta de inflação de 2% e o objetivo de promover o máximo emprego1. Seguindo a experiência histórica dos bancos centrais e a teoria econômica, a instituição considera que, dentro dos limites de atuação do Fed, o melhor a fazer para atingir o segundo objetivo é cumprir o primeiro. Na situação atual, esses objetivos ainda não estão sendo atingidos, mas o Fed está cada vez mais próximo de atender ao seu mandato duplo. Não é por outro motivo que os membros do banco central estão cada vez mais ampliando os avisos que um aumento de juros está próximo.

O desafio mais importante do Fed após a crise de 2008, evidentemente, era recuperar a economia e o emprego. Depois da adoção de diversos programas de estímulo monetário nos últimos anos, o mercado de trabalho exibiu recuperação mais significativa e está gradualmente retornando à normalidade. Com base nas projeções de longo prazo dos membros do FOMC, podemos considerar como um objetivo a redução da taxa de desemprego oficial para cerca de 5,4%. Além disso, a presidente do Fed, Janet Yellen, também ressalta a importância de reduzir o desemprego

Fed está cada vez mais próximo de atingir seu duplo objetivo

em tempo parcial, o que é contemplado pela taxa de desemprego ampla. Os indicadores de emprego de fevereiro, divulgados nesta semana, reforçam essa trajetória. Tanto a taxa de desemprego oficial quanto a taxa ampla estão em queda consistente nos últimos trimestres. A velocidade de criação de vagas nos últimos trimestres também indica que essa tendência prosseguirá à frente. Foram criadas 288 mil vagas em média nos últimos três meses, o que representa uma expansão ao ritmo de 2,5% ao ano do estoque de emprego. Mesmo levando em conta que parte dessa criação de vagas representa uma migração de pessoas de outras ocupações para um emprego formal, esse ritmo é mais do que suficiente para absorver a expansão da população economicamente ativa (que ocorre ao ritmo de cerca de 1% ao ano). Dessa forma, o hiato do mercado de trabalho, medido pela taxa de desemprego oficial ou pela taxa ampla, está sendo reduzido. Vale notar que, ao contrário do que se esperava há alguns anos, a taxa de participação não mostrou tendência de elevação. É possível que o aquecimento do mercado de trabalho resulte em alguma elevação adiante, mas o Fed não pode mais contar com esse cenário como fator de alívio do mercado de trabalho.

1 De fato, o Fed tem legalmente um triplo mandato: além dos dois mencionados, também deve perseguir taxas de juros moderadas no longo prazo.

-287 25 -135 296 109 291 115 206 99 -214 -774 309 -78 231 143 284 78 205 154 284 298288 200 -840 -540 -240 60 360 out /0 1 fev/ 02 jun/0 2 out /0 2 fev/ 03 jun/0 3 out /0 3 fev/ 04 jun/0 4 out /0 4 fev/ 05 jun/0 5 out /0 5 fev/ 06 jun/0 6 out /0 6 fev/ 07 jun/0 7 out /0 7 fev/ 08 jun/0 8 out /0 8 fev/ 09 jun/0 9 out /0 9 fev/ 10 jun/1 0 out /1 0 fev/ 11 jun/1 1 out /1 1 fev/ 12 jun/1 2 out /1 2 fev/ 13 jun/1 3 out /1 3 fev/ 14 jun/1 4 out /1 4 fev/ 15 3,4 6,1 4,6 9,0 7,8 10,8 7,8 3,8 6,3 4,4 10,0 5,9 5,5 11,80 9,90 6,80 10,40 7,90 17,10 11,00 5,0 8,8 3,0 5,0 7,0 9,0 11,0 13,0 15,0 17,0 19,0 fev/ 64 ago/6 5 fev/ 67 ago/6 8 fev/ 70 ago/7 1 fev/ 73 ago/7 4 fev/ 76 ago/7 7 fev/ 79 ago/8 0 fev/ 82 ago/8 3 fev/ 85 ago/8 6 fev/ 88 ago/8 9 fev/ 91 ago/9 2 fev/ 94 ago/9 5 fev/ 97 ago/9 8 fev/ 00 ago/0 1 fev/ 03 ago/0 4 fev/ 06 ago/0 7 fev/ 09 ago/1 0 fev/ 12 ago/1 3 fev/ 15

Taxa Desemprego Taxa Desemprego Ampla (U6) Média Média U6

(8)

Cenário Externo

Fonte: BLS

Elaboração: BRADESCO

Hiato do mercado de trabalho – diferença entre a taxa de desemprego oficial e ampla e as respectivas médias de longo prazo

Inflação PCE cheia e núcleo – variação em 12 meses (% aa)

Inflação PCE cheia e núcleo – variação em 3 meses (% aa)

0,5 1,1 5,0 2,9 1,7 0,5 0,7 -0,9 -2,0-1,9 0,6 1,5 -0,9 8,3 7,5 5,7 5,4 3,4 2,2 -3,0 -1,0 1,0 3,0 5,0 7,0 9,0 dez /94 nov /9 5 out /9 6 set /97 ago/9 8 jul/9 9 jun/0 0 m ai/0 1 ab r/02 m ar /03 fev/ 04 ja n/0 5 dez /05 nov /0 6 out /0 7 set /08 ago/0 9 jul/1 0 jun/1 1 m ai/1 2 ab r/13 m ar /14 fev/ 15

Diferença Taxa Deemprego - Média Diferença Taxa Deemprego Ampla (U6) - Média

O segundo objetivo importante do Fed é com relação à meta de inflação. Não deixa de ser interessante notar que, ao contrário do que é historicamente usual, enquanto o objetivo mais difícil está sendo alcançado (a taxa de desemprego), o objetivo de elevar a inflação (a princípio algo fácil para um banco central) não está sendo cumprido. Mesmo abstraindo do efeito sobre a inflação cheia da substancial queda dos preços do petróleo, a inflação está baixa. O núcleo do PCE

(referência para o Fed) está em 1,3% nos últimos 12 meses e ainda mais baixo nos últimos seis meses (0,9% ao ano). O núcleo do índice de preços ao consumidor, CPI, que tem uma ponderação maior para os aluguéis, registrou alta de 1,6% e 1,4% ao ano nos últimos 12 e 6 meses, respectivamente. As expectativas de inflação de longo prazo também estão baixas, inferiores a 2% (medida com base na inflação implícita dos títulos vinculados à inflação). 3,5% 4,2% 0,2% -1,2% 2,2% 2,9% 1,5% 0,9% 0,2% 2,3% 1,0% 0,9% 1,3% 1,3% 2,0% -1,6% -0,8% 0,0% 0,8% 1,6% 2,4% 3,2% 4,0% 4,8% fev/ 07 jul/0 7 dez /07 m ai/0 8 out /0 8 m ar /09 ago/0 9 ja n/1 0 jun/1 0 nov /1 0 ab r/11 set /11 fev/ 12 jul/1 2 dez /12 m ai/1 3 out /1 3 m ar /14 ago/1 4 ja n/1 5 PCE PCE núcleo Meta Fed Fonte: BLS Elaboração: BRADESCO Fonte: BLS Elaboração: BRADESCO

O objetivo da inflação, portanto, é o elemento que ainda traz dúvidas ao Fed sobre quando deve elevar a taxa de juros e cria a atual divisão dentro do comitê de política monetária. Como afirmou a presidente da instituição, o comitê precisa ganhar mais confiança que a inflação de fato retornará para 2% ao longo do

tempo. Além disso, os membros do Fed continuam avaliando que é melhor errar para “mais tarde” do que para “mais cedo” no aumento de juros, uma vez que haveria grande custo em abortar uma recuperação que exigiu tanto esforçou. Assim de um lado, a inflação corrente baixa torna o Fed paciente. Contudo, a

4,3% 4,8% 6,4% -8,5% 3,3% 4,7% 0,9% 0,0% 3,3% -0,3% 2,0% 0,9% 2,5% -3,3% 1,1% 1,9% -0,2% 0,8% 1,3% 0,5% -10,0% -7,0% -4,0% -1,0% 2,0% 5,0% 8,0% fev/ 07 jul/0 7 dez /07 m ai/0 8 out /0 8 m ar /09 ago/0 9 ja n/1 0 jun/1 0 nov /1 0 ab r/11 set /11 fev/ 12 jul/1 2 dez /12 m ai/1 3 out /1 3 m ar /14 ago/1 4 ja n/1 5 PCE PCE núcleo Meta Fed

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Cenário Externo

experiência histórica e os modelos econômicos do Fed (e de qualquer outro banco central) mostram que é apenas uma questão de tempo até que um aquecimento da economia e do mercado de trabalho resulte em elevação da inflação.

Esse cenário tem levado os membros do Fed a ampliarem os avisos que um aumento de juros está ficando mais próximo. A comunicação tem sido incremental e a sinalização é de que o Fed será paciente, procurando evitar turbulências. As posições dentro do comitê de política monetária também têm ficado mais afastadas, com alguns membros sugerindo uma elevação no curto prazo e outros argumentando que a inflação permanece muito abaixo de 2% e, portanto, haveria motivos para esperar. A mensagem da presidente do Fed, naturalmente, é a que deve ser mais atentamente seguida. Em seu depoimento ao Congresso, Janet Yellen indicou que o Fed avalia que o mercado de trabalho caminha em direção favorável, mas que a inflação ainda não satisfaz ao requerimento para uma elevação da taxa de juros. Apesar de essa ser a sinalização mais importante, tendo em vista a reputação profissional de outro membro do Fed, Stanley Fischer2, é interessante ressaltar sua opinião recente. Suas mensagens foram claras: (1) há uma elevada chance de um aumento de juros em 2015; (2) o motivo é que o Fed está caminhando para cumprir seus dois objetivos (desemprego baixo e uma inflação que deverá subir após dissipado o efeito da queda do preço do petróleo); (3) a taxa de juros zero é “distante do normal”; (4) o Fed não pretende, a princípio, realizar aumentos seguidos por um longo período (ao contrário do que ocorreu em 2004); (5) a apreciação do dólar não preocupa, pelo menos até o momento. O duplo objetivo do Fed, portanto, está mais próximo de ser atingido, ainda que não tenha sido alcançado no momento. A inflação baixa permite à instituição esperar por algumas reuniões para ganhar segurança que um aumento de juros pode ser realizado sem colocar a economia em risco. De outro lado, a experiência dos bancos centrais é que um aumento da inflação é apenas uma questão de “quando” e não “se” à medida que o mercado de trabalho passa a ficar mais forte. Nossa visão continua sendo que o Fed iniciará a normalização dos juros em setembro deste ano, o que deverá ser comunicado de forma gradual e antecipada para tentar reduzir a volatilidade que esse movimento pode provocar nos preços de ativos.

2 Stanley Fischer tem contribuições substanciais em Economia, foi professor de muitos presidentes e diretores de bancos centrais, além de ter sido

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Quadro de Projeções Macroeconômicas Externas

Fonte: FMI

Elaboração e (p) projeção: BRADESCO

Quadro de Projeções - PIB real Mundial e países selecionados 2005-2015

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015p Países Desenvolvidos 2,6 3,0 2,8 0,1 -3,6 2,9 1,6 1,2 1,4 1,8 2,2 Estados Unidos 3,1 2,7 1,9 -0,3 -3,5 2,4 1,8 2,2 1,9 2,4 2,9 Área do Euro 1,7 3,2 3,0 0,4 -4,3 1,8 1,5 -0,6 -0,4 0,9 1,3 Alemanha 0,8 3,9 3,4 0,8 -5,1 3,6 3,1 0,9 0,4 1,6 1,7 França 1,8 2,5 2,3 -0,1 -3,1 1,7 1,7 0,0 0,3 0,4 0,6 Itália 0,9 2,2 1,7 -1,2 -5,5 1,8 0,4 -2,7 -1,9 -0,3 0,4 Reino Unido 2,8 2,6 3,6 -1,0 -4,0 1,8 0,9 0,3 1,9 2,7 2,5 Japão 1,3 1,7 2,2 -1,0 -5,5 4,7 -0,5 1,5 1,5 0,0 1,0 Países Emergentes 7,2 8,2 8,6 6,2 2,8 7,4 6,3 5,1 4,7 4,4 4,1 China 11,3 12,7 14,2 9,6 9,2 10,4 9,3 7,7 7,7 7,4 6,5 Coréia 4,0 5,2 5,1 2,3 0,3 6,3 3,6 2,0 2,8 3,3 3,5 Rússia 6,4 8,2 8,5 5,2 -7,8 4,3 4,3 3,4 1,3 0,6 -4,0 Índia 9,3 9,6 9,7 8,2 6,4 9,7 7,5 5,1 4,5 5,2 6,8 América Latina 4,7 5,7 5,8 4,3 -1,3 6,1 4,5 2,9 2,7 1,1 1,0 Brasil 3,2 4,0 6,1 5,2 -0,3 7,5 2,7 1,0 2,5 0,0 -0,5 Argentina 9,2 8,4 8,0 3,1 0,1 9,1 8,6 0,9 3,0 -2,3 -2,0 Chile 6,2 5,7 5,2 3,3 -1,1 7,5 4,8 5,4 3,6 1,8 3,0 Colômbia 4,7 6,7 6,9 3,6 5,8 4,0 6,6 4,0 4,7 4,8 3,5 México 3,2 5,1 3,2 1,2 -6,2 5,1 4,0 3,9 1,1 2,1 3,2 Peru 6,8 7,8 8,9 10,1 1,1 8,4 6,5 6,0 5,6 2,7 2,6 Mundo 4,5 5,2 5,4 2,9 -0,6 5,4 4,1 3,4 3,3 3,1 3,2

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Quadro de Projeções Macroeconômicas Domésticas

Fonte: Dados oficiais para números efetivos Elaboração e (*)projeção: BRADESCO

(1): A partir de 2002 com dados calculados de acordo com a nova metodologia da Pesquisa Mensal de Emprego. (**) Para 2014, apenas os dados do PIB referem-se a projeções.

Atualizado com dados até 6/março/2015

Quadro de Projeções Macroeconômicas - Ano base 2006-2016

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014* 2015* 2016*

ATIVIDADE, INFLAÇÃO E JUROS

PIB (%) 4,0 6,1 5,2 -0,3 7,5 2,7 1,0 2,5 0,0 -0,5 2,0

Agropecuária (%) 4,8 4,8 6,3 -3,1 6,3 3,9 -2,3 7,3 1,0 0,0 3,0

Indústria (%) 2,2 5,3 4,1 -5,6 10,4 1,6 -0,8 1,7 -1,7 -2,0 1,5

Serviços (%) 4,2 6,1 4,9 2,1 5,5 2,7 1,7 2,2 0,7 0,0 2,1

Consumo Privado (%) 5,2 6,1 5,7 4,4 6,9 4,1 3,1 2,6 0,9 -0,3 1,6

Consumo da Adm. Pública (%) 2,6 5,1 3,2 3,1 4,2 1,9 3,2 2,0 2,2 0,0 2,0

Investimento (FBKF) (%) 9,8 13,9 13,6 -6,7 21,3 4,7 -4,0 5,2 -7,7 -3,0 5,0

Exportações Bens e Serviços Não Fatores (%) 5,0 6,2 0,5 -9,1 11,5 4,5 0,5 2,5 -0,6 1,0 3,0

Importações Bens e Serviços Não Fatores (%) 18,4 19,9 15,4 -7,6 35,8 9,7 0,2 8,3 -1,3 -1,0 5,0

PIB (R$) - bilhões (Preços Correntes) 2.369 2.661 3.032 3.239 3.770 4.143 4.392 4.845 5.214 5.665 6.177

PIB (US$) - bilhões 1.088 1.366 1.653 1.622 2.142 2.474 2.247 2.245 2.215 1.957 2.088,8

População - milhões 187,3 189,5 191,5 193,5 195,5 197,4 199,2 201,0 202,8 204,5 206,1

PIB per capita - US$ 5.810 7.211 8.629 8.379 10.956 12.532 11.279 11.169 10.926 9.570 10.136

Produção Industrial - IBGE (%) 2,7 5,9 3,1 -7,1 10,2 0,4 -2,3 2,0 -3,2 -3,0 1,5

Taxa de Desemprego Aberto (30 dias) - IBGE (1) 10,0 9,3 7,9 8,1 6,7 6,0 5,5 5,4 4,9 6,2 6,0

Vendas no Comércio Varejista - Restrita (%) 6,2 9,7 9,1 5,9 10,9 6,7 8,4 4,3 2,2 -0,5 4,5

IPCA - IBGE (%) 3,1 4,5 5,9 4,3 5,9 6,5 5,8 5,9 6,4 8,0 5,7

IPC - FIPE (%) 2,5 4,4 6,2 3,7 6,4 5,8 5,1 3,9 5,2 7,3 5,7

IGP-M - FGV (%) 3,8 7,8 9,8 -1,7 11,3 5,1 7,8 5,5 3,7 5,6 5,5 IGP-DI - FGV (%) 3,8 7,9 9,1 -1,4 11,3 5,0 8,1 5,5 3,8 5,6 5,5

Taxa Selic (final de período) % 13,25 11,25 13,75 8,75 10,75 11,00 7,25 10,00 11,75 13,00 11,50

Taxa Selic nominal (acumulado 12 meses) % 15,08 11,85 12,48 9,92 9,78 11,62 8,48 8,21 10,91 12,61 11,89

Taxa Selic real / IPCA (acumulado 12 meses) % 11,6 7,1 6,2 5,4 3,7 4,8 2,5 2,2 4,2 4,3 5,9

Taxa Selic real / IGP-M (acumulado 12 meses) % 10,8 3,8 2,4 11,8 -1,4 6,2 0,6 2,6 7,0 6,6 6,1

EXTERNO, CÂMBIO, RISCO E BOLSA

Balança Comercial (US$ bilhões) 46,5 40,0 24,9 25,4 20,1 29,8 19,4 2,6 -3,9 8,4 9,2

Exportações (US$ bilhões) 137,8 160,6 197,9 153,0 201,9 256,0 242,6 242,2 225,1 198,0 206,4

Importações (US$ bilhões) 91,3 120,6 173,0 127,6 181,8 226,2 223,1 239,6 229,0 189,6 197,2

Corrente de Comércio (% PIB) 21,1 20,6 22,4 17,3 17,9 19,5 20,7 21,5 20,5 19,8 19,3

Déficit em serviços e rendas (US$ bilhões) -37,1 -42,5 -57,3 -52,9 -70,3 -85,3 -76,5 -87,3 -88,9 -78,1 -84,9

Saldo em conta-corrente (US$ bilhões) 13,6 1,6 -28,2 -24,3 -47,3 -52,5 -54,2 -81,4 -90,9 -65,6 -71,4

Saldo em conta-corrente (% PIB) 0,8 0,1 -1,7 -1,6 -2,2 -2,1 -2,4 -3,6 -4,2 -3,4 -3,5

Investimento Direto Estrangeiro (US$ bilhões) 18,8 34,3 45,1 25,9 48,5 66,7 65,3 64,0 62,5 55,0 60,0

Taxa de câmbio (final de período) R$ / US$ 2,14 1,77 2,34 1,74 1,67 1,88 2,04 2,35 2,64 2,90 2,99

Taxa de câmbio (média anual) R$ / US$ 2,18 1,95 1,83 2,00 1,76 1,67 1,95 2,16 2,35 2,90 2,95

Desvalorização nominal ponta (%) -8,66 -17,15 31,94 -25,49 -4,31 12,58 8,94 12,81 12,59 9,43 3,63 Desvalorização nominal média (%) -10,56 -10,53 -5,82 8,89 -11,89 -4,85 16,70 10,43 9,06 23,04 2,13

Reservas internacionais (US$ bilhões) - liquidez 85,8 180,3 206,8 239,1 288,6 352,0 378,6 375,8 374,1 379,7 387,3

Dívida Externa Total Médio e Longo Prazo (US$

bilhões) 172,5 193,2 198,4 202,3 256,8 298,2 312,9 308,6 348,7 357,1 375,0 Dívida Externa / Exportações 1,3 1,2 1,0 1,3 1,3 1,2 1,3 1,3 1,5 1,8 1,8 Reservas Internacionais / Importações 0,9 1,5 1,2 1,9 1,6 1,6 1,7 1,6 1,7 2,0 2,0 Rating Soberano Moody's Ba2 Ba1 Ba1 Baa3 Baa3 Baa2 Baa2 Baa2 Baa2 - -Rating Soberano S&P BB BB+ BBB- BBB- BBB- BBB BBB BBB BBB- - -IBOVESPA - Pontos 44.474 63.886 37.550 68.588 69.305 56.754 60.952 51.507 50.007 -

-FISCAL

Resultado primário do setor público (R$ bilhões) 75,9 88,1 103,6 65,8 101,7 129,0 105,0 92,0 -33,0 68,0 123,5

Resultado primário do setor público (% PIB) 3,20 3,31 3,42 2,03 2,70 3,11 2,38 1,90 -0,63 1,20 2,00

Resultado nominal do setor público - sem câmbio

(% PIB) -3,6 -2,8 -2,0 -3,3 -2,5 -2,6 -2,5 -3,3 -6,7 -4,9 -4,2

Dívida Líquida do Setor Público (R$ bilhões) 1120,1 1211,8 1168,2 1362,7 1475,8 1508,5 1550,5 1640,5 1921,0 2108,3 2244,6

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Equipe Técnica

Octavio de Barros - Diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos Marcelo Cirne de Toledo - Superintendente executivo

Economia Internacional: Fabiana D’Atri / Felipe Wajskop França / Thomas Henrique Schreurs Pires

Economia Doméstica: Igor Velecico / Andréa Bastos Damico / Ellen Regina Steter / Myriã Tatiany Neves Bast

Análise Setorial: Regina Helena Couto Silva / Priscila Pacheco Trigo / Leandro de Oliveira Almeida

Pesquisa Proprietária: Fernando Freitas / Leandro Câmara Negrão / Ana Maria Bonomi Barufi

Estagiários: Ariana Stephanie Zerbinatti / Vanderley Rodrigues Gonçalves Junior / Lucas Zaniboni / Thomaz Lopes Macetti / Victor Hugo Carvalho Alexandrino da

Silva / Davi Sacomani Beganskas / Ives Leonardo Dias Fernandes / Henrique Neves Plens

Equipe Técnica

O DEPEC – BRADESCO não se responsabiliza por quaisquer atos/decisões tomadas com base nas informações disponibilizadas por suas publicações e projeções. Todos os dados ou opiniões dos informativos aqui presentes são rigorosamente apurados e elaborados por profissionais plenamente qualificados, mas não devem ser tomados, em nenhuma hipótese, como base, balizamento, guia ou norma para qualquer documento, avaliações, julgamentos ou tomadas de decisões, sejam de natureza formal ou informal. Desse modo, ressaltamos que todas as consequências ou responsabilidades pelo uso de quaisquer dados ou análises desta publicação são assumidas exclusivamente pelo usuário, eximindo o

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