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CONHECIMENTOS PRÉVIOS DOS ALUNOS INGRESSANTES NO CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS SOBRE ECOLOGIA DE PORIFERA

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Academic year: 2021

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CONHECIMENTOS PRÉVIOS DOS ALUNOS INGRESSANTES

NO CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

SOBRE ECOLOGIA DE PORIFERA

Géssica Oliveira Ramos; Josimaria Cardoso de Oliveira; Jéssica da Silva; Paula Idma

Chaves Nunes e Tamara dos Santos Teixeira

Universidade do Estado da Bahia-UNEB, Campus VI-Caetité. gessycah2010@hotmail.com.

Eixo 1 - Ensino e aprendizagem de Ciências

Resumo: O ensino de ciências vem sendo trabalhado de forma fragmentada e descontextualizada,

priorizando a memorização de nomes e características. Assim este trabalho buscou avaliar o conhecimento prévio dos alunos ingressantes no curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do campus VI, da Universidade do estado da Bahia, sobre os conteúdos Relações Ecológicas e Ecologia de Porífera, através de análise de questionários. A metododologia se baseou na aplicação de questionários com uma turma com 31 estudantes ingressos no primeiro semestre do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas. Em seguida os dados foram tabulados e analisados, e observou-se que os alunos apresentarm um resultado satisfatório, entretanto verifivou-se que os discentes que acessaram os conteúdos por meios informais obtiveram melhor resultado, que os que tiveram em instituições de ensino formal.

Palavras-Chave: Ensino; licenciatura; ecologia de poríferas. Introdução

O ensino desempenha um papel importante na formação de cidadãos, a biologia e as ciências atuam como base neste processo, uma vez que oportunizam intensos debates, buscando um processo contínuo de construção de conhecimentos. Para Bizzo (2007), ensinar ciências no mundo atual constitui uma das prioridades para todos as escolas, que devem investir na constituição de uma população consciente e crítica diante das escolhas e decisões a serem tomadas.

Segundo Braga (2012), um dos processos mais complexos e fascinantes do pensamento humano é o do ensino-aprendizagem. Identificar o modo de funcionamento cognitivo durante a aquisição de um novo conteúdo seria muito útil na elaboração das estratégias pedagógicas.

O conhecimento prévio, atua como uma base, auxiliando na organização, incorporação, compreensão e fixação das novas informações. Assim, segundo a teoria de Ausubel, entende-se que cada indivíduo, dentro de sua consciência, possui conhecimentos sobre diversos aspectos. O simples fato de nascer e viver é suficiente para inserir elementos na mente de uma pessoa, que podem ser mais ou menos desenvolvidos. Na infância, isso se chama formação de conceitos, e é realizada pela experiência de cada indivíduo.

A escola deve cumprir um papel importante na formação de conceitos junto aos discentes, para Libâneo (1994), a escola ocupa um papel importante na sociedade por garantir uma cultura de base para todas as crianças e jovens. Essa tarefa é realizada no processo de

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ensino que é a atividade específica da escola e tem como função principal assegurar o processo de transmissão e assimilação dos conteúdos do saber escolar, entretanto este ensino vem apresentando uma carência, e a ecologia não está isenta.

Ecologia é um dos conteúdos do ensino médio, também trabalhado nas graduações em Ciências Biológicas, e é de fundamental importância ao cidadão. O acesso a esse conteúdo é dado perante um meio formal, onde nas escolas o professor apresenta-o através de aulas teóricas, práticas, com vídeos e inclusive com o auxílio do livro didático. Nos livros didáticos do ensino médio a ecologia está geralmente no volume 3 e distribuído na apresentação de cada grupo de organismos no volume 2. Nos conteúdos, por exemplo, os filos apresentam além das características gerais, suas relações e habitat, que são tópicos de ecologia.

Das “Orientações Curriculares para o Ensino Médio” acerca dos conteúdos e metodologias para o ensino da Biologia tem-se que:

Um professor que utilize o livro didático em suas aulas, conta com uma sequência já organizada de apresentação dos assuntos. Diante da proposta dos temas estruturadores, e considerando a sua realidade específica, as necessidades de seus alunos, as particularidades de sua escola e região, o professor pode selecionar os temas que são mais significativos e resolver como deverão ser trabalhados de modo a possibilitar situações de aprendizagem a partir das vivências dos alunos (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2006, p. 22).

Além da escola, é presente nos meios de comunicação, debates, documentários que envolvem questões ecológicas. Cavaline e Cavassan (2009) dizem que, se não houver uma adequação do ensino, buscando diferente estratégias, em diferentes espaços, não será possível absorver, interpretar e difundir a grande quantidade de informações que estão disponíveis nas diversas mídias.

O conhecimento também pode ser adquirido ao acaso, em suas modalidades de aprendizagem com afirma Araújo et al., (2006), ocorre sem intenção, a qualquer hora e lugar ao longo da vida. Esses conhecimentos, seja de origem formal ou informal, compõem o que chamamos de conhecimentos prévios e contribuem para a aprendizagem dos alunos.

O presente trabalho buscou avaliar o conhecimento prévio dos alunos ingressantes no curso de Licenciatura em Ciências Biológicas no campus VI-UNEB, verificando o perfil dos alunos quanto aos conhecimentos prévios em relação ao conteúdo Relações Ecológicas e Ecologia de Porífera.

Metodologia

A presente pesquisa foi baseada no processo investigativo, na qual foi utilizada uma abordagem quantitativa e qualitativa que favorece a compreensão do assunto a partir da investigação realizada com os participantes (LÜDKE e ANDRÉ, 1993). Existem diversas

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formas de caracterizar o perfil de um determinado grupo, entre elas, a aplicação de questionários para a obtenção e comparação de dados, considerando diferentes situações (MINAYO, 1996).

Sendo assim, a partir do embasamento teórico-metodológico acima citado, foram desenvolvidas atividades de natureza descritiva, incluindo no delineamento amostral desta pesquisa. Para a obtenção dos dados, o campo empiricamente determinado para esta pesquisa foram os alunos do primeiro semestre do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus VI, localizada na cidade de Caetité -BA.

A classe era constituída por 31 estudantes de ambos os gêneros, a pesquisa foi conduzida pelas autoras deste trabalho. Foram aplicados questionários individuais, contendo 7 questões que estão em anexo, contendo perguntas objetivas variadas, acerca das interações ecológicas de poríferas. Em seguida recolheu-se os questionários para efetuar a análise qualitativa dos dados. Foram analisadas da seguinte forma: dividiu-se dois blocos de questões, o primeiro bloco que representava as questões 4 e 6 estavam relacionadas com “Relações ecológicas em geral” e o segundo bloco de questões, que era representado pelas questões 3, 5 e 7 foram de” ecologia de Porífera”.

Resultados e discussão

Dos alunos que participaram da pesquisa 13 deles possuíam algum conhecimento prévio, todos esses viram o conteúdo na escola, possuindo assim um conhecimento formal adquirido através de aulas teóricas e práticas, e 8 viram por meio de outros recursos, através de meios de comunicação, debates, documentários que envolviam questões de Ecologia. Constatou-se um alto índice em relação aos alunos que nunca viram o conteúdo na escola, representando um total de 18 alunos, que apresentavam assim, um conhecimento ao acaso.

Nas questões 4 e 6 relacionadas com as “Relações ecológicas”, os alunos que possuíam um conhecimento formal acertaram de 20 a 40% das questões, os alunos que possuíam um conhecimento informal uma faixa de 60% de acertos, já os alunos que representavam a maioria, que nunca viram o conteúdo em espaço formal e informal, apenas outros meios, acertaram de 40 a 60%.

Assim os resultados obtidos demonstram que no que se refere as questões sobre a “Relações ecológicas” os alunos que apresentam o conhecimento formal, apresentaram um índice baixo de acertos, demonstrando assim, prováveis problemas no processo de ensino que obtiveram. Já os alunos que possuíam o conhecimento informal conseguiram acertar uma boa parte das questões apresentadas, assim como os alunos que possuíam um conhecimento ao acaso. O conhecimento informal assim como afirma Cavassan (2009) se inicia após o nascimento, a partir de observações do ambiente, se nem sempre existir a motivação, tem-se a obrigação em memorizar-se uma série de informações, distantes da nossa realidade, para

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preenchermos com suficiência essas lacunas. Desse modo pode-se perceber a importância que o conhecimento informal desempenha no processo de ensino-aprendizagem, assim como destaca Cavassan (2009, p.5) “a experiência vivida corresponde à melhor fonte de ensinamentos”.

Analisando as questões que envolveram “Ecologia de Porífera”, observou-se que quanto os alunos que viram este conteúdo na escola, apresentou um índice de 40 a 60% de acertos, já os alunos que viram por outros meios, acertaram de 16 a 38% das questões apresentadas, e os alunos que tinham conhecimento ao acaso, obtiveram um índice elevado de acertos, com variação de 40 a 90% de acertos.

Ao observar os resultados, percebe-se que os alunos que viram ecologia de porífera na escola, apresentam um nível razoável, uma vez que tiveram a oportunidade de conhecer o conteúdo formalmente. Já os alunos que conhecem informalmente, apresentaram mais uma vez um desempenho muito relevante, comprovando a eficácia de outros meios para aprendizagem informal.

Ao realizar uma análise geral, percebeu-se que, os discentes apresentaram maior deficiência quando se trata de conteúdos que envolvem Ecologia de porífera, e apresentaram maior facilidade com os conteúdos “Relações ecológicas em geral”. Uma vez que relações de ecologia vem sendo apresentadas no cotidiano dos alunos, ao contrário dos conhecimentos específicos do grupo animal, que na maioria, só é visto nas escolas, muitas vezes relacionadas ao uso assíduo do livro didático e apresentação de aulas que não prendem atenção dos alunos, ocasionando assim um grande déficit na aprendizagem desse discentes de forma geral.

Conclusão

Após a análise dos resultados pode-se perceber que os alunos que viram o conteúdo na escola, apresentando assim um conhecimento formal, mostraram ter menor domínio de conceitos, expressas nas dificuldades quanto a alguns conteúdos. Isso denota uma grande falha no processo de ensino aprendizagem dos mesmos, que de alguma forma não está contribuindo para que o conhecimento se concretize dentro do espaço escolar.

O conhecimento informal vem contribuindo muito na preparação dos alunos, em análise dos resultados, estes apresentaram um melhor domínio de conceitos, uma vez que não viram o conteúdo em instituições formais, assim não se pode deixar de ressaltar o conhecimento adquirido ao acaso, ou seja, em suas vivências.

É necessário que professores e alunos, reformulem juntos uma melhor estratégia que contribua de forma significativa para a aprendizagem dos mesmos, garantindo assim conhecimentos prévios necessários para ingressantes em universidades, utilizando métodos de ensino eficazes.

Dessa forma, é importante ressaltar que, aos alunos que estão começando o curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, assim com afirma Fumagalli (1998), o conhecimento específico possibilita uma participação ativa e com senso crítico numa sociedade como a atual,

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na qual o fato científico está na base de grande parte das opções pessoais que a prática social exige.

Referências:

ARAUJO, E.S.N.N.; CALUZI, J.J.; CALDEIRA, A.M.A. Divulgação e cultura científica. Divulgação científica e ensino de ciências: estudos e experiências. São Paulo: Escrituras, 2006. BRASIL. Secretaria.

BIZZO, Nelio. Ciências: fácil ou difícil? 2ª ed. São Paulo: Editora Ática, 2008.

CAVASSAN, O. Conhecendo botânica e ecologia no cerrado. [et al.] -- Bauru : Joarte Gráfica e Editora, 2009. 60 p.

COUTINHO, M. Contribuições para uma arqueologia do conceito de comunidade biológica. Estudos de História e Saúde, n.4, 1992.

COUTINHO, MC. Ecologia e pensamento ambientalista: uma reflexão acerca do tráfego de ideias e conceitos. São Paulo: Contexto, 1992.

Ciências da natureza, matemática e suas tecnologias. / Secretaria de Educação Média e Tecnológica – Brasília : MEC ; SEMTEC, 2002. 144 p.

FUMAGALLI, Laura. O ensino de ciências naturais no nível fundamental de educação formal: argumentos a seu favor. In: WEISSMANN, Hilda (Org.). Didática das ciências naturais: contribuições e reflexões, Porto Alegre: ArtMed, 1998.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.

Linguagens, códigos e suas tecnologias. / Secretaria de Educação Média e Tecnológica – Brasília: PCN + Ensino Médio: Orientações Educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. MEC; SEMTEC, 2002. 244 p.

MOREIRA, Marco Antônio; MASINI, Elcie. Aprendizagem Significativa: A teoria de David Ausubel. 2 ed. São Paulo: Centauro. 2001.

Parâmetros curriculares nacionais: reflexões e críticas. Motriz, v.7, n.1, p.S77-S83, 2001. SENICIATO.T.; CAVASSAN O. Afetividade, motivação e construção de conhecimento cientifico nas aulas desenvolvidas em ambientes naturais. Revista Ciência & Cognição, Rio de Janeiro, v. 13, n. 3, p. 120-136, 2008.

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