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SOCIEDADE RURAL BRASILEIRA CÂMARA DE MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM

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SOCIEDADE RURAL BRASILEIRA CÂMARA DE MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM

Regimento Interno

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INDICE

Sumário

REGIMENTO INTERNO DA CÂMARA DE MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM ... 3 MODELOS DE CLÁUSULAS COMPROMISSÓRIAS ... 30 ANEXO I ... 33 TABELA DE CUSTAS E DESPESAS – EM VIGOR A PARTIR DE 03 de agosto de 2016 ... 33

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REGIMENTO INTERNO DA CÂMARA DE MEDIAÇÃO E

ARBITRAGEM

CAPÍTULO I – DISPOSIÇÕES INICIAIS

1. DA CÂMARA DE MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM

1.1. A Câmara de Mediação e Arbitragem da Sociedade Rural Brasileira, também denominada “CARB” é departamento da Sociedade Rural Brasileira (“SRB”), associação civil sem fins lucrativos, com sede na Rua Formosa, nº 367, inscrita no CNPJ nº 60.527.215/0001-97, criado com finalidade específica de administrar procedimentos de arbitragem e mediação de controvérsias que lhe forem submetidos por interessados, associados ou não da SRB.

1.2. A SRB e a CARB não respondem pelo conteúdo das sentenças arbitrais ou acordos obtidos na mediação.

1.3. A CARB deverá atuar com autonomia funcional em relação à SRB, cabendo ao “Comitê de Mediação e Arbitragem da CARB” (“Comitê”), órgão técnico orientador das atividades da CARB e dos procedimentos a ela submetidos, a coordenação de suas atividades.

1.3.1. O Comitê será composto de até 9 (nove) profissionais, os quais serão nomeados pelo Conselho Superior da SRB, por maioria de votos, dentre pessoas de reputação ilibada e notório conhecimento sobre mediação e/ou arbitragem, para um mandato de 3 (três) anos, admitida a reeleição.

1.3.2. As reuniões do Comitê deverão se realizar sempre que houver convocação pelo Secretário Executivo ou pelo Presidente do Comitê, presencial ou remotamente, devendo suas decisões ser tomadas por maioria simples.

1.3.3. As deliberações do Comitê deverão ser registradas em ata em livro próprio, admitido o registro eletrônico das atas, arquivado em servidor na sede da SRB. 1.4. O Comitê de Mediação e Arbitragem deverá eleger o seu Presidente, a quem

competirá privativamente:

a) Representar a CARB perante a SRB e ao público em geral;

b) Convocar e presidir as reuniões do Comitê de Mediação e Arbitragem; c) Zelar pela aplicação deste Regimento e do Regulamento de Mediação

e de Arbitragem da CARB;

d) Nomear e contratar o Secretário Geral da CARB, bem como fiscalizar os seus atos;

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e) Substituir o Secretário Geral da CARB, no caso de falta ou impedimento deste;

1.5. O Secretário Geral da CARB será nomeado ou contratado pelo Presidente do Comitê de Mediação e Arbitragem da CARB dentre profissionais de ilibada reputação e conhecimentos específicos em arbitragem e mediação, para as seguintes funções:

a) Supervisionar todas as rotinas administrativas da CARB;

b) Zelar pelo bom andamento dos procedimentos administrados pela CARB, especialmente quanto ao cumprimento de prazos;

c) Manter, sob sua responsabilidade, os registros e documentos da CARB;

d) Exercer as demais atribuições estabelecidas pelo Regulamento para o Secretário Geral ou Secretário Executivo.

1.5.2. O Secretário Geral da CARB, com anuência do Presidente do Comitê de Mediação e Arbitragem poderá, sempre que necessário, nomear ou contratar Secretário ad-hoc para funcionar em procedimentos administrados pela CARB, sob sua coordenação e responsabilidade, devendo declinar o nome do Secretário ad-hoc no termo de arbitragem respectivo.

1.6. A CARB manterá arquivado na sede da Sociedade Rural Brasileira, preferencialmente em mídia eletrônica, sob condição de sigilo, os seguintes documentos:

a) Livro de registro de procedimentos de arbitragem; b) Livro de registro de procedimentos de mediação; c) Livro de registro de adesão de árbitros e mediadores;

d) Livro de registro de adesão a protocolos de boas práticas em solução de controvérsias;

e) Minutário de documentos internos da CARB, tais como notificações, termos, etc.

1.6.2. Os procedimentos de arbitragem e mediação administrados pela CARB deverão ser registrados no livro próprio pelo Secretário Geral no ato do recebimento do requerimento respectivo, com atribuição de um número sequencial respectivo, devendo ser anotada a data de ingresso dos documentos, de assinatura dos termos e de conclusão do procedimento, para controle e registro da Câmara.

1.6.3. A Secretaria Geral deverá autuar todos os documentos recebidos das partes envolvidas em procedimentos de mediação e arbitragem em pasta própria, em mídia física ou digital, a ser arquivada sob condição de sigilo na Sociedade Rural Brasileira, com proteção de senha ou biometria. Os documentos retro

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mencionados deverão ser mantidos pela SRB em sigilo pelo prazo de 20 (vinte) anos.

a) Os referidos documentos só poderão ser destruídos com a anuência das Partes, após notificação.

b) Na hipótese de as Partes não se manifestarem no prazo de 15 (quinze) dias a contar da notificação, os documentos serão destruídos.

1.6.4. Mediante expressa anuência das Partes, declinada no termo de arbitragem respectivo, a CARB poderá disponibilizar o conteúdo das sentenças arbitrais e relatórios de mediação para consulta e pesquisa, bem como realizar a sua publicação, mantida a condição de anonimato das Partes envolvidas.

1.7. O Secretário Geral da CARB deverá organizar um quadro permanente de árbitros e mediadores previamente selecionados, a integrarem, mediante convite, o rol indicativo de árbitros da CARB, devendo a mencionada lista ficar pública para consulta na Sede e nos meios de comunicação da SRB.

1.7.1. Serão convidados para integrar o rol de árbitros da CARB profissionais de reputação ilibada e notório conhecimento técnico em suas respectivas áreas de atuação, mediante prévia aprovação ad referendum do Comitê de Mediação e Arbitragem da CARB.

1.8. O Secretário Geral da CARB, ouvido o Presidente do Comitê de Mediação da CARB, deverá elaborar orçamento anual da CARB, até o dia 1º de dezembro do ano anterior ao do exercício, para apresentação à Diretoria da SRB, devendo zelar no respectivo orçamento a autossuficiência das atividades da Câmara.

1.8.1. Na proposta de orçamento retro mencionada, o Secretário Geral da CARB deverá elaborar proposta de Tabela de Custas dos procedimentos administrados pela CARB, bem como Tabela de Honorários dos árbitros e mediadores da CARB, com validade anual, para o exercício subsequente à sua aprovação pela Diretoria da SRB.

1.8.2. A Tabela de Custas acima mencionada deverá garantir aos associados da SRB, pessoas físicas e jurídicas, benefícios especiais na utilização dos serviços da CARB, vedado o favorecimento quanto aos honorários de árbitros e mediadores. 1.9. Toda e qualquer dúvida a respeito da interpretação deste Regimento será solucionada pelo Presidente da CARB ou, se iniciada a arbitragem pelo Tribunal Arbitral no julgamento do caso concreto, facultando-se aos árbitros solicitar parecer prévio de orientação ao Comitê.

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2.1. O sigilo e confidencialidade em relação a qualquer informação relacionada a alguma arbitragem ou mediação é essencial a todas as atividades e funções da CARB, devendo ser observado por todos os diretores, empregados, prepostos e prestadores de serviço da SRB que participarem de forma direta ou indireta de suas atividades, devendo firmar termo de compromisso de confidencialidade.

2.2. Na arbitragem, as partes e seus respectivos representantes, advogados ou não, também se sujeitam à observância do sigilo e confidencialidade a partir do momento em que apresentam o requerimento de arbitragem, recebem o requerimento de arbitragem ou praticam qualquer ato na arbitragem, dispensando-se, para tanto, a lavratura de compromisso, salvo apenas quando uma das partes for a administração pública, situação em que o procedimento observará a publicidade.

2.3. Na mediação, as partes e seus respectivos representantes, advogados ou não, também se sujeitam à observância do sigilo e confidencialidade a partir do momento em que apresentarem a solicitação de mediação e aceitarem o convite para mediação. 2.4. Sem prejuízo dos termos do presente artigo, a CARB poderá proceder à publicação

da tese e dos fundamentos jurídicos da sentença arbitral, independentemente do consentimento das partes, desde que suas identidades ou fatos que permitam a identificação das partes não sejam revelados, após 24 (vinte e quatro) meses do término do procedimento arbitral.

3. SUJEIÇÃO AO PRESENTE REGIMENTO E AO REGULAMENTO DE MEDIAÇÃO E DE ARBITRAGEM DA CARB

3.1. As partes que resolverem submeter qualquer controvérsia à CARB ficam vinculadas ao presente Regimento e ao Regulamento de Mediação e de Arbitragem da CARB, que deverão ser observados pelo Tribunal Arbitral, pelos mediadores, pelas partes, pelos representantes legais e por todos os demais envolvidos, bem como cumprido com auxílio do Secretário Geral e/ou do Secretário Executivo, de acordo com as orientações do Comitê.

3.2. As partes poderão, observados os princípios previstos pela Lei de Arbitragem, especialmente da equidade e do devido processo legal, estabelecer alterações no procedimento arbitral previsto no presente Regimento e no Regulamento de Arbitragem, conforme vier a ser pactuado no termo de arbitragem, desde que não haja disposição que alterem a organização e a condução administrativas dos trabalhos da CARB.

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3.3. Salvo disposição em contrário, serão aplicados o Regimento e o Regulamento de Mediação e de Arbitragem que estiverem em vigor na data do Requerimento de Arbitragem ou da Solicitação da Mediação.

3.4. Para os efeitos deste Regimento e do Regulamento de Mediação e de Arbitragem: a) A expressão Tribunal Arbitral será utilizada para designar

indiferentemente árbitro único ou tribunal arbitral;

b) Os termos requerente e requerido aplicam-se indiferentemente a um ou mais requerentes ou requeridos.

CAPÍTULO II - REGULAMENTO DE ARBITRAGEM 1. DAS NOTIFICAÇÕES, MANIFESTAÇÕES E PRAZOS

1.1. A Secretaria Geral da CARB receberá todas as peças processuais do procedimento arbitral, ficando a seu exclusivo cargo remeter às partes as cópias das manifestações das demais partes e das decisões proferidas pelo Tribunal Arbitral.

1.1.1. Todas as manifestações escritas apresentadas pelas partes, bem como os documentos a elas anexados, deverão ser enviados para a Secretaria contra recibo, carta registrada ou entrega expressa, com aviso de recebimento, em tantas vias quantas forem necessárias para a entrega às demais partes, ao árbitro e arquivo na Secretaria da CARB.

1.1.2. Exceto a comunicação inicial, de instauração de procedimento arbitral, que deverá ser formalizada por telegrama ou carta registrada com Aviso de Recebimento, as demais intimações e comunicações às partes poderão ser efetuadas por correio eletrônico, desde que haja expressa previsão no Termo de Arbitragem.

1.1.3. Caso as comunicações encaminhadas por correio eletrônico não sejam confirmadas como tendo sido recebidas pelos destinatários no prazo de 2 (dois) dias úteis, a Secretaria deverá encaminhar os documentos por carta registrada ou entrega expressa com aviso de recebimento.

1.2. Todas as intimações serão consideradas devidamente realizadas desde que tenham sido entregues nos endereços eletrônicos estabelecidos no Termo de Arbitragem, ficando as partes, seus advogados e árbitros obrigados a manter seus dados cadastrais atualizados perante a Secretaria durante todo o período arbitral, comunicando imediatamente a Secretaria, árbitros e advogados das partes em caso de alteração, sob pena de, não o fazendo, serem consideradas regulares as intimações realizadas nos últimos endereços informados.

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1.3. Os prazos para cumprimento de qualquer providência durante todo o transcorrer do procedimento serão sempre estabelecidos formalmente pelo Tribunal Arbitral através de expediente de sua exclusiva competência ou poderão ser estabelecidos no termo de arbitragem ou, ainda, em calendário processual.

1.4. Os prazos especificados ou fixados de conformidade com o presente Regulamento serão contados por dias corridos, excluindo-se, da contagem do prazo, o dia do recebimento e incluindo-se o dia da data final. Quando o dia seguinte àquele do recebimento não for dia útil no local em que a notificação ou comunicação foi recebida, o prazo começará a contar no primeiro dia útil seguinte. Quando o dia da data final não for útil no local em que notificação ou comunicação foi recebida, o prazo vencerá no primeiro dia útil seguinte.

1.5. Os prazos previstos neste Regulamento poderão ser prorrogados, caso estritamente necessário, a critério do Secretário Executivo da CARB, antes da constituição do Tribunal Arbitral, ou pelo árbitro único ou Presidente do Tribunal Arbitral, depois que o mesmo estiver constituído.

2. INSTITUIÇÃO DA ARBITRAGEM

2.1. Aquele que desejar dirimir litígio relativo a direitos patrimoniais disponíveis sob a administração da CARB deverá apresentar Requerimento de Arbitragem à Secretaria Geral desta entidade, indicando:

a) nome, endereço e qualificação completa das partes envolvidas; b) nome, endereço e e-mail de seu advogado, se houver, acompanhado

da procuração correspondente;

c) cópia integral do instrumento que contenha a convenção de arbitragem;

d) breve síntese dos fatos que deram origem ao Requerimento de Arbitragem;

e) súmula dos pedidos;

f) sede, idioma e direito aplicável à controvérsia; g) valor estimado da demanda; e

h) indicação de seu respectivo árbitro ou coárbitro.

2.2. Ao apresentar o Requerimento de Arbitragem, o requerente deverá comprovar que efetuou o depósito, não reembolsável, da Taxa de Registro para fazer face às despesas iniciais até a celebração do Termo de Arbitragem.

2.3. Caso os requisitos do Requerimento de Arbitragem não sejam cumpridos, a Secretaria Geral estabelecerá prazo de 10 (dez) dias para o seu aditamento pelo Requerente. Não

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havendo cumprimento das exigências dentro do prazo concedido, o Requerimento de Arbitragem será arquivado, sem prejuízo de nova apresentação.

2.4. Aceito o pedido de instauração da arbitragem, a Secretaria da CARB providenciará a entrega de cópias do requerimento a todas as partes requeridas e as convidará para, no prazo de 10 (dez) dias, apresentarem por escrito, sua resposta ao requerimento de arbitragem. Nesta ocasião, cada parte requerida deverá apresentar sucintamente, o objeto da reconvenção, se houver, o valor atribuído à reconvenção, e, se desejar, uma sucinta exposição das razões que fundamentam a pretensão reconvencional.

2.4.1. As cópias do requerimento serão acompanhadas de exemplar deste Regulamento e da relação dos integrantes do Corpo de Árbitros.

2.5. As partes requeridas, ainda que mais de uma, indicarão um único árbitro na resposta ao requerimento de arbitragem. Na falta de acordo, caberá ao Comitê a nomeação de todos os integrantes do tribunal arbitral.

2.6. Em se tratando de arbitragem multiparte, i.e., caso o procedimento arbitral envolva 3 (três) ou mais Partes que não possam ser agrupadas como requerentes e/ou requeridas (“Multipartes”), as Multipartes deverão nomear, de comum acordo, no prazo estabelecido no item 4.1 do Regulamento, 2 (dois) coárbitros, que, por sua vez, nomearão o terceiro árbitro para atuar como Presidente do Tribunal.

2.7. Caso as Multipartes não cheguem a um acordo sobre os 2 (dois) coárbitros, o Comitê nomeará os 3 (três) árbitros, e indicará um para atuar como presidente do Tribunal. 2.8. Recusando-se a parte requerida a submeter-se à arbitragem ou se, havendo com ela

concordado, deixar de firmar o termo de arbitragem, é facultado à parte requerente, à sua discrição, requerer, dentro do prazo de 10 dias contados a partir da intimação que lhe fará a Câmara, que esta promova o andamento da arbitragem, desde que a cláusula compromissória determine que a arbitragem seja administrada pela CARB e de acordo com seu Regulamento.

2.8.1. No caso da opção pelo que determina este artigo, a parte requerente submeterá à CARB minuta de termo de arbitragem, cujo conteúdo será aprovado pelo Comitê, respeitadas as disposições da cláusula compromissória e os demais requisitos previstos por este Regulamento.

2.8.2. No caso de a parte requerente não estar de acordo com eventuais alterações, introduzidas na minuta proposta pela CARB, a Secretaria declarará extinto o processo de arbitragem, arquivando os termos respectivos.

2.8.3. Dando-se prosseguimento à arbitragem, na forma deste artigo, caberá ao Diretor Executivo a indicação de árbitro como se indicado fosse pela Requerida, a qual, como revel, será intimada de todos os atos procedimentais. A Requerida poderá ingressar no processo a qualquer tempo, no estado em que este se encontrar.

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2.8.4. No procedimento arbitral, a parte não sofrerá os efeitos da revelia mencionados na Lei Processual Civil.

2.9. No caso de reconvenção, a manifestação do requerido deverá conter também: a) breve síntese dos fatos que deram origem à reconvenção; b) súmula dos pedidos;

c) sede, idioma e direito aplicável à controvérsia reconvencional; d) valor estimado da demanda reconvencional.

2.10. Quando uma parte apresentar Requerimento de Arbitragem quanto à relação jurídica que seja objeto de procedimento arbitral instaurado entre as mesmas partes ou, ainda, quando for comum, entre as demandas, o objeto ou a causa de pedir, competirá ao Tribunal Arbitral da arbitragem já instituída decidir acerca da consolidação das arbitragens.

2.11. Caberá ao Comitê decidir, antes de constituído o Tribunal Arbitral, as questões relacionadas à existência, validade, eficácia e escopo da convenção de arbitragem, bem como sobre consolidação de arbitragens, devendo o Tribunal Arbitral, após constituído, decidir sobre essas questões, confirmando, revogando ou modificando a decisão do Comitê.

2.12. Se as partes tiverem celebrado convenção de arbitragem válida, esta deverá prosseguir mesmo que uma das partes se recusar ou se abstiver de participar da arbitragem, não impedindo que o Tribunal Arbitral profira a sentença, devendo a parte ausente ser comunicada, via postal, de todos os atos do procedimento, ficando aberta a possibilidade para que intervenha a qualquer tempo.

3. DOS ÁRBITROS

3.1. Poderão ser nomeados árbitros tanto os integrantes do Corpo de Árbitros da CARB como outros que dela não façam parte, desde que, neste último caso, sejam aprovados pelo Comitê da CARB mediante exame do curriculum vitae.

3.2. As pessoas nomeadas para atuar como árbitros subscreverão Termo de Independência e Disponibilidade declarando, sob as penas da lei, não estarem impedidas ou suspeitas para assumir a função, devendo revelar qualquer circunstância que possa ocasionar dúvida justificável nas partes quanto à sua imparcialidade ou à sua independência. O Termo de Independência deverá conter ainda declaração da pessoa nomeada a respeito de sua competência técnica e disponibilidade necessárias para conduzir a arbitragem corretamente e dentro do prazo estipulado.

3.3. Qualquer das partes poderá impugnar o árbitro que: a) for parte no litígio;

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b) tiver participado no litígio como mandatário, consultor ou parecerista de qualquer das partes, mediador, testemunha ou perito, judicial ou extrajudicialmente;

c) for cônjuge ou parente até terceiro grau de qualquer uma das partes ou de seus advogados;

d) participar de órgão de direção ou de administração de pessoa jurídica que seja parte no litígio ou participe de seu capital;

e) for amigo íntimo ou inimigo de qualquer uma das partes ou de seus advogados;

f) for por qualquer outra forma interessado, direta ou indiretamente, no julgamento da causa em favor de qualquer uma das partes;

g) justificadamente, não tenha independência ou imparcialidade para conduzir a arbitragem ou julgar o litígio.

3.4. Ocorrendo qualquer das hipóteses referidas no item anterior, compete ao árbitro informar tal fato imediatamente à Secretaria da CARB, às partes e aos demais árbitros, antes, durante e após a arbitragem. O árbitro poderá, por uma das razões referidas no item precedente, recusar sua nomeação ou apresentar renúncia, mesmo quando tenha sido indicado por consenso das partes.

4. DA NOMEAÇÃO DE ÁRBITROS

4.1. As partes deverão indicar seus respectivos coárbitros no momento do Requerimento de Arbitragem e da Resposta ao Requerimento de Arbitragem, respectivamente, conforme previsto neste Regulamento.

4.2. Uma vez indicado(s) o(s) árbitro(s), a Secretaria Geral da CARB solicitará a este(s) que, no prazo comum de 10 (dez) dias, manifeste(m)-se nos termos do item 3.2 deste Regulamento.

4.3. Após o recebimento do Termo de Independência e Disponibilidade pela Secretaria Geral da CARB, as partes serão intimadas, sendo-lhes concedido o prazo de 5 (cinco) dias para solicitar esclarecimentos ou o prazo de 10 (dez) dias para oferecer, direta e fundamentadamente, eventual impugnação dos árbitros. Caso as partes optem por pedir esclarecimentos, o árbitro será notificado pela Secretaria Geral da CARB para respondê-lo e, depois de intimadas as partes sobre a resposta, reiniciará o prazo de 10 (dez) dias para eventual impugnação.

4.4. Caso a impugnação seja baseada em fato superveniente, o prazo de 5 (cinco) dias para pedir esclarecimentos e o prazo de 10 (dez) dias para impugnação fluirão a partir do momento em que a parte interessada tiver tomado conhecimento de sua ocorrência.

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4.4.1. Em caso de impugnação do(s) árbitro(s), o(s) mesmo(s) será(ão) intimado(s) pela Secretaria Geral da CARB para que se manifeste(m) no prazo de 5 (cinco) dias, do que será concedida vista às partes por igual prazo.

4.4.2. Competirá ao Comitê prazo de 15 (quinze) dias, decidir sobre a impugnação do árbitro, suspendendo-se o processo até a prolação da respectiva decisão. 4.5. Acolhida a impugnação, a parte que indicou o árbitro afastado terá 10 (dez) dias para

indicar o árbitro substituto, seguindo-se o procedimento descrito a partir do item 4.2. 4.6. Não havendo impugnação ou tendo ela sido rejeitada, os co-árbitros nomeados indicarão em conjunto, no prazo de 10 (dez) dias, o terceiro árbitro, que funcionará como presidente do Tribunal Arbitral. Não sendo alcançado o consenso entre os árbitros indicados pelas partes ou esgotado esse prazo, a indicação do árbitro presidente caberá ao Comitê, que o fará no prazo de 10 (dez) dias.

4.7. Quando as partes optarem pela nomeação de árbitro único, deverá este ser indicado por consenso. Caso não cheguem a um consenso dentro do prazo de 15 (quinze) dias contados do recebimento da Resposta ao Requerimento de Arbitragem pela requerente, caberá ao Comitê indicar um árbitro para dirimir o conflito, no prazo de 10 (dez) dias.

4.8. Quando as partes não tiverem definido, na convenção de arbitragem, o número de árbitros que atuarão no procedimento arbitral ou não chegarem a um consenso a este respeito, caberá ao Comitê definir se haverá nomeação de árbitro único ou de três árbitros, considerando-se a natureza do litígio, devendo a indicação se dar na forma deste Regulamento.

4.9. Se qualquer das partes - tendo celebrado convenção de arbitragem que eleja o Regulamento da CARB ou após concordar com a instauração da arbitragem - deixar de indicar árbitro nos prazos previstos no Regulamento, o Comitê designará o árbitro não indicado por uma das partes ou árbitro único para a solução do litígio dentre os nomes que integrarem seu Corpo de Árbitros.

4.10. Quando mais de uma parte for requerente ou requerida e a controvérsia for submetida a três árbitros, o requerente ou os múltiplos requerentes deverão indicar um árbitro, enquanto o requerido ou os múltiplos requeridos deverão indicar outro árbitro.

4.11. Na ausência de consenso para a indicação de árbitro pelos múltiplos requerentes ou pelos múltiplos requeridos, no prazo fixado neste Regulamento, o Comitê nomeará os três integrantes do Tribunal Arbitral, indicando quem exercerá a presidência.

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5. DO TERMO DE ARBITRAGEM

5.1. Após a nomeação do(s) árbitro(s), a Secretaria Geral da CARB elaborará a minuta do Termo de Arbitragem, o qual deverá conter:

a) nome, profissão, estado civil e domicílio das partes e de seus advogados, se houver;

b) nome, profissão e domicílio do(s) árbitro(s) e do árbitro presidente do Tribunal Arbitral;

c) a indicação do secretário do procedimento arbitral, no caso de indicação de secretário ad-hoc pela Secretaria da CARB;

d) a matéria que será objeto da arbitragem, súmula das alegações de cada uma das partes e seus respectivos pedidos;

e) local onde será proferida a sentença arbitral;

f) a autorização para que o(s) árbitro(s) julgue(m) por equidade, se assim for convencionado pelas partes;

g) o calendário inicial para o procedimento arbitral com prazo para apresentação da sentença arbitral;

h) o idioma em que será conduzido o procedimento arbitral; i) o direito aplicável à controvérsia;

j) o valor da arbitragem.

5.2. As partes e o Tribunal Arbitral deverão firmar o Termo de Arbitragem em audiência especialmente designada para tal finalidade. Após a assinatura do Termo de Arbitragem, nenhuma das partes poderá formular novos pedidos, aditar ou modificar os pedidos existentes ou desistir de qualquer dos pedidos sem anuência da(s) outra(s) parte(s) ou do Tribunal Arbitral.

5.2.1. As Partes têm um prazo de 30 (trinta) dias para assinarem o Termo de Arbitragem, prorrogável pela Secretaria Geral da CARB a pedido das Partes e/ou do Tribunal Arbitral, a partir da nomeação e confirmação do Presidente do Tribunal Arbitral.

5.3. A arbitragem será considerada instituída e iniciada a jurisdição arbitral com a aceitação do(s) árbitro(s), mediante a assinatura do Termo de Arbitragem.

5.4. Os efeitos da instituição da arbitragem retroagirão à data do protocolo na CARB do Requerimento de Arbitragem.

5.5. A recusa de qualquer uma das partes em assinar o Termo de Arbitragem não impede o regular desenvolvimento da arbitragem, consoante o que for determinado pelo Tribunal Arbitral já instituído.

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6. DOS PROCURADORES

6.1. As partes poderão se fazer representar por advogados munidos de poderes necessários para agir em nome do representado em todos os atos relativos ao procedimento arbitral.

6.2. Todas as comunicações, notificações ou intimações dos atos processuais serão feitas à parte ou, se houver procurador por ela nomeado, exclusivamente a este, por carta, telegrama, correio eletrônico ou qualquer outra forma de comunicação escrita dirigida ao endereço físico e/ou eletrônico fornecido pela(s) parte(s) à Secretaria Geral.

7. DO PROCEDIMENTO

7.1. Na audiência de assinatura do Termo de Arbitragem, o Tribunal Arbitral promoverá, inicialmente, tentativa de conciliação das partes. Frustrada a conciliação, aplicar-se-á automaticamente o procedimento descrito nos itens abaixo, salvo se as partes tiverem convencionado procedimento diverso na convenção de arbitragem ou no Termo de Arbitragem.

7.2. O requerente terá o prazo de 30 (trinta) dias contados da data da assinatura do Termo de Arbitragem para apresentar suas alegações iniciais. O mesmo prazo comum deverá ser observado pelo requerido para apresentar as alegações iniciais de seu pleito reconvencional, se for o caso.

7.3. Em seguida, independentemente da prolação de nova ordem processual, será aberto ao requerido o prazo de 30 (trinta) dias para apresentação da resposta às alegações iniciais da outra parte. O mesmo prazo comum deverá ser observado pelo requerente para apresentar a resposta às alegações iniciais do pleito reconvencional da outra parte, se for o caso.

7.4. Em seguida, independentemente da prolação de nova ordem processual, será aberto ao requerente o prazo de 30 (trinta) dias para apresentação da réplica à resposta da outra parte. O mesmo prazo comum deverá ser observado pelo requerido para apresentar a réplica à resposta do pleito reconvencional da outra parte, se for o caso. 7.5. Em seguida, independentemente da prolação de nova ordem processual, será aberto

ao requerido o prazo de 30 (trinta) dias para apresentação da tréplica à réplica da outra parte. O mesmo prazo comum deverá ser observado pelo requerente para apresentar a tréplica à réplica do pleito reconvencional da outra parte, se for o caso.

7.6. O Tribunal Arbitral fixará prazo comum de 5 (cinco) dias para que as partes se manifestem a respeito das provas que pretendem produzir.

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7.7. No prazo de 10 (dez) dias, o Tribunal Arbitral deliberará sobre a produção de provas. Entendendo não serem necessárias novas provas, o Tribunal Arbitral declarará encerrada a instrução e concederá às partes o prazo comum de 15 (quinze) dias para que ofereçam suas alegações finais.

7.8. Se o Tribunal Arbitral considerar necessário a produção de novas provas, para seu convencimento, poderá deferir àquelas requeridas pelas partes ou de ofício determinar a realização de outras. Caso haja necessidade de diligência fora da sede da arbitragem, o presidente do Tribunal Arbitral determinará dia, hora e local de realização da diligência, disto dando conhecimento às partes para que estas possam acompanhá-la, se assim o desejarem.

7.9. A prova documental suplementar será produzida no tempo e na forma determinados pelo Tribunal Arbitral. O depoimento pessoal das partes e a prova testemunhal serão produzidos em audiência a ser designada pelo Tribunal Arbitral.

7.10. Caberá ao Tribunal Arbitral dispor sobre a necessidade de prova pericial para a instrução da arbitragem. Nessa hipótese, o Tribunal Arbitral disporá sobre a apresentação de quesitos pelas partes, a nomeação de perito, prazo para impugnação ao perito, o pagamento dos honorários periciais, admissão de assistentes técnicos, apresentação do laudo pericial e de seus esclarecimentos, bem como interrogatório do perito em audiência. Caso o Tribunal Arbitral entenda conveniente, a prova pericial poderá ser substituída pela apresentação de laudos particulares apresentados por cada uma das partes.

7.11. Em relação ao perito, aplicar-se-ão às mesmas restrições de impedimento e suspeição aplicáveis aos árbitros, conforme previsto neste Regulamento, cabendo ao Tribunal Arbitral decidir sobre eventual impugnação ao perito.

7.12. Recusando-se qualquer testemunha a comparecer à audiência ou escusando-se de depor sem motivo legal, poderá o presidente do Tribunal Arbitral, a pedido de qualquer das partes ou de ofício, requerer à autoridade judiciária as medidas adequadas para a tomada do depoimento da testemunha faltosa.

7.13. O secretário do procedimento arbitral providenciará, a pedido de qualquer das partes, cópia dos depoimentos tomados em audiência, bem como serviços de intérpretes ou tradutores, cabendo à parte que o solicitar arcar com os respectivos custos que deverão ser adiantados à CARB.

7.14. Concluída a produção das provas, as partes disporão do prazo comum de 15 (quinze) dias para apresentarem suas alegações finais, se outro não for fixado pelo Tribunal Arbitral.

7.15. Eventual nulidade de ato realizado no procedimento arbitral deverá ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão.

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8. DAS MEDIDAS DE URGÊNCIA

8.1. O Tribunal Arbitral, mediante requerimento de qualquer das partes, poderá, por decisão devidamente fundamentada, determinar medidas de urgência, cautelares ou antecipatórias de mérito, inclusive impondo multa cominatória que incentive o seu cumprimento.

8.2. Enquanto não instalado o Tribunal Arbitral, as partes poderão requerer medidas cautelares ou antecipatórias à autoridade judicial competente. Neste caso, a parte deverá, imediatamente, dar ciência do pedido à CARB. O Tribunal Arbitral, tão logo constituído, deverá reapreciar o pedido da parte, ratificando, modificando ou revogando, no todo ou em parte, a medida deferida pela autoridade judicial.

8.3. Na hipótese de não cumprimento de qualquer ordem do Tribunal Arbitral e havendo necessidade de medida coercitiva, a parte interessada ou o Tribunal Arbitral requererá sua execução ao órgão competente do Poder Judiciário.

8.4. O requerimento efetuado por uma das partes a uma autoridade judicial para obter medidas cautelares ou antecipatórias de mérito, antes de constituído o Tribunal Arbitral, não será considerado renúncia à convenção de arbitragem, tampouco excluirá a competência do Tribunal Arbitral para reapreciá-la.

9. SENTENÇA ARBITRAL

9.1. O Tribunal Arbitral proferirá sentença no prazo de até 60 (sessenta) dias contados do término do prazo para as alegações finais das partes, salvo se outro prazo houver sido fixado no Termo de Arbitragem.

9.2. A sentença e demais decisões serão deliberadas em conferência, por maioria, cabendo um voto a cada árbitro, inclusive ao presidente do Tribunal Arbitral. Se não houver acordo majoritário, prevalecerá o voto do presidente do Tribunal Arbitral.

9.3. A sentença será reduzida a escrito pelo Tribunal Arbitral e será assinada por todos os árbitros, sendo, todavia, suficiente para sua eficácia a assinatura da maioria, caso algum deles se recuse ou não possa firmá-lo.

9.4. A sentença arbitral conterá:

a) o relatório, com o nome das partes e resumo do litígio;

b) os fundamentos da decisão, em que serão analisadas as questões de fato e de direito, com menção expressa, quando for o caso, de ter sido proferida por equidade;

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c) o dispositivo, em que o(s) árbitro(s) resolverá(ão) todos os pedidos feitos e fixará(ão) o prazo para cumprimento eventual sanção, se for o caso; e

d) a data e o lugar em que foi proferida.

9.5. A sentença conterá, também, a fixação das custas e despesas da arbitragem, de conformidade com a Tabela de Despesas da CARB, incluindo a Taxa de Administração e Honorários de Árbitros, bem como a responsabilidade de cada parte no pagamento dessas parcelas, respeitados os limites estabelecidos na convenção de arbitragem ou no Termo de Arbitragem, conforme o caso.

9.6. Proferida a sentença pelo Tribunal Arbitral e encaminhada à Secretaria Geral da CARB no prazo previsto no item 9.1, a Secretaria Geral encaminhará a cada uma das partes, no prazo de 5 (cinco) dias, uma via original, com comprovação de recebimento. A Secretaria Geral manterá em seus arquivos cópia do inteiro teor da sentença, junto a uma via dos autos, devidamente autenticada pelo presidente do Tribunal Arbitral.

9.7. Na hipótese de erro material, omissão, obscuridade, dúvida ou contradição da sentença arbitral, as partes terão o prazo de 5 (cinco) dias, contado da data de recebimento da sentença, para formular pedidos de esclarecimentos. O Tribunal Arbitral decidirá o pedido de esclarecimentos no prazo de 10 (dez) dias, seguindo-se o procedimento de envio da decisão às partes e ao arquivo, descrito na cláusula 9.6. 9.8. O Tribunal Arbitral poderá proferir sentença parcial antes da decisão final da

arbitragem, bem como bifurcar o procedimento para exame em separado de diferentes questões.

9.9. As Partes deverão cumprir a sentença tal como proferida, na forma e nos prazos que forem determinados.

10. DA TAXA DE ADMINISTRAÇÃO, HONORÁRIOS DE ÁRBITRO E DEMAIS DESPESAS

10.1. A Diretoria da SRB deverá elaborar e tornar pública a Tabela de Despesas e Honorários de Árbitros a ser aplicada nos procedimentos arbitrais por ela administrados.

10.2. A Taxa de Administração será fixada de acordo com o valor econômico do litígio. Em caso de reconvenção, o valor da Taxa de Administração deverá levar em conta também o valor da reconvenção.

10.3. As despesas relativas a correio, fotocópias, ligações interurbanas, locação de equipamentos e local para a realização de audiência, caso esta não ocorra na sede da

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CARB, bem como despesas de honorários e deslocamento de peritos, tradutores e árbitros não estão incluídas na Taxa de Administração, podendo a Secretaria da CARB solicitar às partes depósito caução para fazer frente a tais despesas.

10.4. Mediante notificação, e no prazo estabelecido pela Secretaria Geral da CARB, o(s) requerente(s) depositará(ão) metade do total da Taxa de Administração e dos Honorários de Árbitros, enquanto o(s) requerido(s) depositará(ão) a outra metade do total da Taxa de Administração e dos Honorários de Árbitros, segundo os critérios definidos neste Regulamento e na Tabela de Despesas.

10.5. Caso haja acordo entre as partes, após a assinatura do Termo de Arbitragem e antes da apresentação das alegações iniciais, o(s) árbitro(s) receberá(ão) apenas 25% (vinte e cinco por cento) do total dos honorários, sendo o restante devolvido às partes. Caso haja acordo entre as partes, após a apresentação das alegações iniciais e antes da audiência arbitral de instrução, o(s) árbitro(s) receberá(ão) apenas 50% (cinquenta por cento) do total dos honorários, sendo o restante devolvido às partes.

10.6. No caso do não pagamento, por qualquer das partes, da Taxa de Administração e/ou dos Honorários de Árbitros, no tempo e nos valores estipulados, poderá a outra parte adiantar o respectivo valor de modo a permitir a realização da arbitragem, procedendo-se ao acerto das contas ao final do procedimento arbitral, conforme decidir a sentença arbitral. Caso não haja o adiantamento integral da Taxa de Administração e/ou dos honorários no prazo de 15 (quinze) dias pela outra parte, a arbitragem será suspensa, podendo ser retomada após a efetivação do referido pagamento. Na hipótese de haver reconvenção, esse item aplicar-se-á separadamente aos pleitos do(s) requerente(s) e àqueles do(s) requerido(s).

10.7. Se, no curso da arbitragem, verificar-se que o valor econômico de litígio informado pelas partes é inferior ao valor econômico real apurado com base nos elementos produzidos durante o procedimento, a Secretaria Geral da CARB ou o(s) árbitro(s) procederão à respectiva correção, devendo as partes, se for o caso, complementar o valor inicialmente depositado a título de Taxa de Administração e Honorários de Árbitros, no prazo de 15 (quinze), a contar do recebimento da intimação que lhe(s) for feita.

10.8. Na hipótese de não pagamento do referido complemento, a arbitragem será suspensa, nos moldes do item 10.6 deste Regulamento.

10.9. A suspensão por não pagamento não poderá ser superior a 90 (noventa) dias, findos os quais a arbitragem será considerada encerrada para todos os fins de direito. Os valores referentes à Taxa de Administração e aos Honorários de Árbitros até então pagos serão revertidos em favor da CARB e dos árbitros, respectivamente.

10.10. As despesas incorridas para a prática de atos no procedimento arbitral serão arcadas pela parte que requerer a respectiva providência ou por ambas as partes se a

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providência for requerida por ambas as partes, for de iniciativa do Tribunal Arbitral ou estiver prevista neste Regulamento. A Secretaria Geral da CARB poderá solicitar das partes adiantamento de valor suficiente para fazer face às despesas previstas para o processo, em valor a ser estipulado de acordo com o caso específico, valor este que estará sujeito à prestação de contas. A responsabilidade final pelas despesas com a arbitragem será fixada na sentença arbitral, nos termos do item 9.5 deste Regulamento.

10.11. Não será cobrado das partes qualquer valor adicional no caso de o Tribunal Arbitral ser solicitado a corrigir qualquer erro material da sentença arbitral, a esclarecer alguma obscuridade, dúvida ou contradição na mesma ou, ainda, a se pronunciar sobre ponto omitido a respeito do qual deveria manifestar-se na decisão.

11. DA ELEIÇÃO DO PROCEDIMENTO SIMPLIFICADO

11.1. Para questões de menor valor, as partes poderão, ao formalizar o requerimento de arbitragem, optar por arbitragem simplificada, limitando o procedimento às previsões do presente capítulo.

11.2. Não poderá ser submetida à arbitragem simplificada:

a) Questões com pluralidade de partes nos polos ativo e passivo; b) Questões com valor superior ao da alçada estabelecida pelo Comitê; c) Questões que demandem alta indagação técnica ou jurídica;

d) Questões que dependam da realização de provas periciais ou orais, exceto para liquidação de sentença.

11.2.2. Caberá ao Secretário Geral e/ou Executivo da CARB apreciar a possibilidade de arbitramento do litígio no procedimento simplificado, tendo em vista o valor e a complexidade das questões versadas.

11.2.3. Sem prejuízo da análise prévia pela Secretaria Geral e/ou Executiva, poderá a parte requerida, ao ser intimada do requerimento de arbitragem, rejeitar a adoção do procedimento simplificado, submetendo o litígio ao procedimento comum, a ser processado na forma dos capítulos precedentes.

12. DO PROCEDIMENTO SIMPLIFICADO DE ARBITRAGEM 12.1. No procedimento simplificado de arbitragem:

a) O Tribunal Arbitral será composto por árbitro único, indicado pelas partes por consenso no prazo de 15 (quinze) dias contados do

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recebimento da Resposta ao Requerimento de Arbitragem ou escolhido pela Secretaria Executiva da CARB, por sorteio, no prazo de 10 (dez) dias.

b) As partes deverão produzir previamente todas as provas, apresentando no ato da assinatura do Termo de Arbitragem todos os documentos, laudos técnicos e demais elementos de prova que entendam pertinentes à decisão do árbitro.

c) Somente serão objeto de conhecimento do árbitro questões meramente de direito, podendo ser proferida sentença de situação jurídica em tese, sujeita a liquidação ou condição, a ser realizada pelas partes em procedimento apartado.

d) A sentença arbitral deverá ser proferida no prazo de 60 (sessenta) dias a contar da assinatura do Termo de Arbitragem, independentemente de realização de audiência de instrução, prova pericial ou outra diligência.

12.2. A sentença arbitral proferida em procedimento simplificado poderá ser não conclusiva na hipótese em que os elementos de prova apresentados pelas partes não sejam suficientes para a decisão segura do árbitro. Neste caso, as partes deverão ser submetidas ao procedimento ordinário de arbitragem.

12.3. Caso a sentença arbitral proferida em procedimento simplificado dependa da realização de laudo técnico, agronômico, pericial ou de avaliação, deverá o árbitro, na sentença, apontar com precisão os quesitos a serem respondidos pelo perito e as suas consequências jurídicas.

12.4. O perito deverá ser indicado pelas partes à Secretaria Geral e/ou Executiva por consenso, no prazo de 15 (quinze) dias após a prolação da sentença. Não havendo consenso, deverá o árbitro indicar o perito, dentre profissionais ou empresas de reputação ilibada, notório conhecimento técnico da questão e que não estejam sujeitos a nenhuma das restrições de suspeição ou impedimento aplicáveis aos árbitros nos termos deste regulamento.

12.5. O extrato do laudo pericial, com as respostas aos quesitos que condicionavam a sentença arbitral proferida em procedimento simplificado será parte integrante da sentença.

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13.1. Na ausência da fixação, pelas partes, na cláusula compromissória, do local da arbitragem, este será o da sede da CARB.

13.2. Inexistindo acordo entre as partes, o Tribunal Arbitral determinará o idioma ou os idiomas do procedimento arbitral, levando-se em consideração todas as circunstâncias relevantes, inclusive o idioma do contrato.

13.3. Caberá ao Tribunal Arbitral interpretar e aplicar o presente Regulamento em tudo o que disser respeito à sua competência, a seus deveres e suas prerrogativas, facultando-se solicitar parecer prévio de orientação ao Comitê.

13.4. Sempre que entender necessário, o Comitê poderá editar súmulas ou enunciados para auxiliar partes, advogados, árbitros e Secretaria Geral, quanto aos termos do presente regulamento ou questões específicas pertinentes ao procedimento arbitral.

13.5. O presente Regulamento poderá ser alterado por proposta subscrita pelo Presidente do Comitê de Mediação e Arbitragem, aprovada pelo Conselho Superior da SRB, a ser deliberada na segunda reunião ordinária seguinte à apresentação da proposta.

13.5.1. No caso de alteração do presente regulamento no curso de qualquer procedimento arbitral, continuará vigente o Regulamento em vigor na data do Requerimento de Arbitragem, salvo acordo das partes e dos árbitros em sentido diverso.

13.6. Toda controvérsia entre os árbitros concernente à interpretação ou aplicação deste Regulamento será resolvida pelo presidente do Tribunal Arbitral, cuja decisão a respeito será definitiva, facultando-se solicitar parecer prévio de orientação ao Comitê.

13.7. Os casos omissos serão regidos pela Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996, e pelos tratados e convenções sobre arbitragem que tiverem aplicação no território brasileiro. À falta de estipulação em tais instrumentos, os casos omissos serão resolvidos por deliberação do Tribunal Arbitral constituído, facultando-se solicitar parecer prévio de orientação ao Comitê, ou diretamente pelo Comitê, caso esse ainda não tenha sido constituído.

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REGULAMENTO DE MEDIAÇÃO

1. DA MEDIAÇÃO

1.1 As partes interessadas em propor mediação poderão, independentemente de previsão contratual, submeter quaisquer conflitos patrimoniais ou não, de natureza cível, agrária, familiar ou comercial que versem sobre direitos disponíveis ou direitos indisponíveis que admitam transação à CARB de acordo com os termos do presente regulamento.

1.2 Para os efeitos do presente regulamento, considera-se mediação a atividade técnica exercida por terceiro imparcial, sem poder decisório que, com a devida capacitação auxilia as partes, facilitando a comunicação e a negociação para a resolução consensual de controvérsias.

1.3 A mediação poderá ser solicitada e instaurada antes, durante ou depois de um processo judicial ou arbitral. Se durante processo judicial ou arbitral, as partes deverão requerer ao juiz ou árbitro a suspensão do processo por prazo suficiente para a solução consensual do litígio.

1.4 O procedimento de mediação será orientado pelos princípios da imparcialidade do mediador, da isonomia entre as partes, oralidade, informalidade, autonomia da vontade das partes, busca do consenso, confidencialidade e boa-fé.

1.5 Ninguém será obrigado a permanecer em procedimento de mediação. Porém, se existir previsão contratual de cláusula de mediação, as partes deverão comparecer à primeira reunião de mediação.

1.6 As partes poderão ser assistidas por advogados na mediação. Comparecendo uma das partes acompanhada de advogado, o mediador suspenderá o procedimento até que todas estejam devidamente assistidas.

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2. DO REQUERIMENTO DE MEDIAÇÃO

2.1 A parte interessada em propor procedimento de mediação apresentará requerimento por escrito a CARB com as seguintes informações:

(i) nome, qualificação completa telefone, endereço físico e eletrônico dos indivíduos ou dos representantes legais das partes envolvidas e/ou seus procuradores, se houver. As partes deverão obrigatoriamente ter poder decisório;

(ii) breve relato sobre a questão a ser mediada;

(iii) cópia do(s) contrato(s), caso haja cláusula de mediação, o qual será analisado à luz do Artigo 22 da Lei nº 13.140 de 26 de junho de 2015 (a “Lei de Mediação”);

(iv) comprovante de pagamento da Taxa de Registro, estipulada de acordo com a Tabela de Custos de Mediação então em vigor.

2.2 O presidente do Comitê de Mediação e Arbitragem fará o juízo de admissibilidade do requerimento de medição, admitindo-o ou não.

3. DA REUNIÃO PRÉVIA

3.1 Admitido o requerimento de mediação, a Secretaria da CARB convidará, no prazo máximo de até 5 (cinco) dias, tanto a(s) pessoa(s) que solicitou (solicitaram) a mediação, quanto o(s) outro(s) possível(is) participantes para reuniões prévias.

3.2 As reuniões prévias serão feitas separadamente para a(s) pessoa(s) que solicitou(solicitaram) a mediação e o(s) outro(s) possível(is) participantes. Essas reuniões têm caráter informativo e não constituem o início do procedimento de mediação, que ocorrerá somente na data da primeira reunião, com a assinatura do termo inicial de mediação entre as partes e o mediador. 3.3 As partes terão 5 (cinco) dias para confirmar seu interesse na realização do procedimento de mediação.

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4.1 Havendo interesse dos participantes na realização do procedimento de mediação, a CARB apresentará às partes a Lista de Mediadores, para que escolham de comum acordo o profissional que conduzirá o procedimento de mediação, no prazo de 5 (cinco) dias. Não havendo consenso, aos participantes será solicitado que cada um apresente uma lista com 5 (cinco) nomes da Lista de Mediadores, colocando-os em ordem de preferência.

4.2. Se houver um nome em comum, este será o Mediador que conduzirá o procedimento. Havendo mais de um nome em comum, o critério de desempate será o da somatória da ordem de preferência de cada nome nessas listas.

4.3 Se os critérios previstos neste Regulamento não forem suficientes para a escolha do mediador, este será indicado pelo Presidente do Comitê de Mediação e Arbitragem, no prazo de 5 (cinco) dias.

4.4 As partes, em comum acordo, poderão nomear mediador que não integre a Lista de Mediadores da CARB, desde que de ilibada reputação e comprovada experiência e qualificação. Esta nomeação está sujeita à aprovação do Presidente do Comitê de Mediação e Arbitragem.

4.5 Todos os mediadores da Lista de Mediadores, bem como mediadores escolhidos pelas partes nos termos do Artigo 4.4 acima estarão obrigados pelos termos deste Regulamento, do Regimento e do Código de Ética da CARB. 4.6 A secretaria da CARB convidará o mediador escolhido que deverá manifestar sua aceitação, impedimento ou impossibilidade no prazo de 5 (cinco) dias. Caso aceite, assinará e enviará à Secretaria da CARB o Termo de Independência e Imparcialidade.

4.7 Em caso de impedimento ou impossibilidade de participação do mediador, mesmo que se tenha tomado durante o procedimento, as partes escolherão um novo mediador no prazo de 5 (cinco) dias seguindo o mesmo procedimento acima. Na ausência de concordância entre as partes, o Presidente do Comitê de Mediação e Arbitragem fará a nomeação de um novo mediador. 4.8 O mediador escolhido poderá recomendar e as partes poderão requerer a comediação. Se aprovada por todos, o mediador escolherá o

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comediador e submeterá à aprovação das partes. Qualquer impasse será resolvido pelo Presidente do Comitê de Mediação e Arbitragem.

4.9 Em caso de comediação, todas as referências ao mediador feitas neste Regulamento serão também aplicáveis ao comediador.

5. DO INÍCIO DO PROCEDIMENTO

5.1 Em seguida a Secretaria da CARB designará data, hora e local da primeira reunião, que deverá realizar-se no prazo máximo de 5 (dias) dias após a indicação do mediador, na qual as partes, os advogados e o mediador fixarão o cronograma de reuniões, firmando o Termo de Mediação, com o recolhimento pelas partes dos encargos devidos fixados na Tabela de Custas e fixação dos honorários do mediador.

5.2 O Termo de Mediação deverá conter:

a) nomes, qualificação completa das partes, seus representantes legais e/ou advogados, conforme o caso e do(s) mediador(es);

b) breve indicação do objeto da mediação;

c) data de início, local, cronograma provisório e possível prazo de encerramento;

d) os honorários do(s) mediador(es) conforme a Tabela de Custos de Mediação da CARB então em vigor, bem como a forma de pagamento, que será preferencialmente rateado igualmente entre as partes;

e) acordo de confidencialidade assinado pelas partes e mediador(es) assegurando o sigilo do procedimento de mediação, ressalvadas as hipóteses previstas em lei ou por acordo expresso entre as partes;

f) declaração assinada pelas partes isentando de responsabilidade a CARB, a Sociedade Rural Brasileira e o(s) mediador(es) de participação e responsabilidade em qualquer disputa judicial ou procedimento arbitral que eventualmente venha a ser iniciado pelos participantes da mediação ou por

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ato ou omissão relacionados ao objeto de uma mediação conduzida de acordo com as leis aplicáveis, este Regulamento, o Regimento e o Código de Ética da CARB.

5.3 Salvo disposição em contrário das partes, o procedimento de mediação não poderá ultrapassar 30 (trinta dias), a contar da assinatura do Termo de Mediação.

6. DAS REUNIÕES DE MEDIAÇÃO

6.1 A CARB está sediada na sede da Sociedade Rural Brasileira, onde preferencialmente deverão ocorrer as reuniões de mediação. As partes poderão definir, em comum acordo e juntamente com o mediador, outro local para a realização das reuniões, desde que as partes custeiem as respectivas despesas.

6.2 As reuniões de mediação poderão ser realizadas em conjunto, com a presença de ambas as partes, ou individuais, com apenas uma das partes. 6.3 As reuniões poderão ser feitas por videoconferência, pela internet ou por outro meio de comunicação que permita a transação à distância desde que as partes e o mediador estejam de acordo e que as partes se responsabilizem pela confidencialidade ou qualquer dano decorrente dessa utilização.

7. DO ENCERRAMENTO DA MEDIAÇÃO

7.1 Havendo composição, total ou parcial, por meio de acordo amigável das partes, o respectivo Termo de Acordo será redigido pelas partes, juntamente com seus advogados e o(s) mediador(es).

7.2 O procedimento de mediação também será encerrado: (a) Por declaração escrita do mediador ou de qualquer parte

comunicando a decisão de encerrar a mediação a qualquer momento; e

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(b) Pelo decurso do prazo previsto no Artigo 5.3 deste Regulamento; 7.3 Havendo acordo ou em qualquer das hipóteses do Artigo 7.2 acima, o mediador comunicará o encerramento do procedimento de mediação à Secretaria da Câmara..

7.5 Uma via do Termo de Mediação, uma via do Termo de Acordo, se houver, e uma via do Termo de Encerramento ficarão arquivadas digitalmente na CARB. Os demais documentos apresentados pelas partes durante o procedimento de mediação serão devolvidos ou destruídos após o encerramento da mediação.

8 DOS CUSTOS DA MEDIAÇÃO

8.1 A Tabela de Custos e Honorários dos Mediadores (“Tabela de Custos”) está disponível no site da CARB (www.carb.org.br). A Tabela de Custos poderá ser revista periodicamente pela Câmara, sendo aplicado o valor em vigor na data de assinatura do Termo de Mediação.

8.2 No ato de apresentação do requerimento da mediação, a parte requerente deverá recolher à CARB o valor da Taxa de Registro, não compensável ou reembolsável conforme previsto na Tabela de Custos.

8.3 Na primeira reunião, juntamente com a assinatura do Termo de Mediação, as partes recolherão à CARB a Taxa de Administração e um pacote inicial de honorários de um só mediador ou de dois mediadores, em caso de comediação. Nessa oportunidade as partes definirão o prazo e a forma para recolhimento da Taxa de Administração complementar e de novos pacotes de horas de mediação, caso necessário.

8.4 O procedimento de mediação só será instituído mediante a confirmação pela Secretaria da CARB d recolhimento das Taxas de Registro e de Administração e depósito integral do pacote mínimo de honorários do(s) mediador(es).

8.5 A CARB poderá exigir judicial ou extrajudicialmente o pagamento das Taxas de Registro e de Administração e dos honorários do(s) mediador(es) devidos, que serão considerados líquidos e certos, podendo ser cobrados por meio de processo de execução, acrescidos de juros e correção monetária, conforme aplicável.

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8.6 Encerrado o procedimento de mediação, a CARB prestará contas às partes das quantias pagas, solicitando a complementação de verbas, se houver, com a devolução do saldo eventualmente existente. Sendo interrompido o procedimento de mediação, as partes serão reembolsadas das quantias antecipadas e referentes às horas não trabalhadas do mediador, desde que superem o pacote de horas mínimas de honorários de mediador previsto na Tabela de Custas.

9. DISPOSIÇÕES FINAIS

9.1 Qualquer pessoa que tiver funcionado como mediador ficará impedida de atuar como árbitro (e vice-versa), testemunha ou perito caso o litígio venha a ser submetido à arbitragem.

9.2 Nenhum fato ou circunstância revelados ou ocorridos durante a fase de mediação prejudicarão o direito de qualquer das partes, em eventual procedimento arbitral ou judicial que se seguir, na hipótese de a mediação frustrar-se.

9.3 O procedimento de mediação é rigorosamente sigiloso, sendo vedado aos membros da CARB, ao mediador e às próprias partes ou seus advogados divulgar quaisquer dados ou informações relacionadas com ele, a que tenham acesso em decorrência de ofício ou de participação no referido procedimento. 9.4 Todos os prazos deste Regulamento são contínuos e somente serão considerados e contados os dias úteis, excluindo-se o dia do recebimento e incluindo-se o do vencimento.

9.4.1 Os prazos começam a correr no primeiro dia útil seguinte à notificação ou comunicação recebida pela Secretaria da CARB.

9.4.2 Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil subsequente se o vencimento cair em dia em que não houver expediente na CARB.

9.5 O Regimento Interno da CARB e o Código de Ética do Mediador da CARB são partes integrantes deste Regulamento para todos os fins de direito. 9.6 Cabe ao Presidente do Comitê de Mediação e Arbitragem interpretar e aplicar o presente Regulamento aos casos específicos, sanando eventuais lacunas ou omissões.

9.7 Nos casos omissos, aplicam-se subsidiariamente a este Regulamento as disposições da Lei nº 13.140 de 26 de junho de 2015 e da Lei nº 13.105 de

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16 de março de 2015 (Código de Processo Civil).

9.8 O presente Regulamento revoga o anterior e entra em vigor no ato de sua expedição, ou seja, em [data], valendo para os procedimentos de mediação iniciados perante a CARB a partir dessa data.

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MODELOS DE CLÁUSULAS COMPROMISSÓRIAS

CLÁUSULA PADRÃO:

“Qualquer litígio originário do presente contrato, inclusive quanto à sua interpretação ou execução, será definitivamente resolvido por arbitragem, administrada pela Câmara de Mediação e Arbitragem da Sociedade Rural Brasileira (“CARB”), de acordo com o seu Regulamento, constituindo-se o tribunal arbitral de [um/três] árbitros, indicados na forma do citado Regulamento, nos termos da Lei 9.307.”

CLÁUSULA DETALHADA:

Qualquer controvérsia oriunda deste contrato ou com ele relacionada será definitivamente resolvida por arbitragem, nos termos da Lei 9.307/1996. A arbitragem será administrada pela Câmara de Mediação e Arbitragem da

Sociedade Rural Brasileira (“CARB”) e obedecerá às normas estabelecidas no seu Regulamento, cujas disposições integram o presente contrato.

O tribunal arbitral será constituído por [um/três] árbitros, indicados na forma prevista no Regulamento do CARB.

1.3-. A arbitragem terá sede em [Cidade, Estado].

1.4-. O procedimento arbitral será conduzido em [idioma]. 1.5-. [lei aplicável]

CLÁUSULA PADRÃO ESCALONA MED-ARB.:

Qualquer controvérsia originária do presente contrato, inclusive quanto à sua interpretação ou execução, será submetida obrigatoriamente à Mediação, administrada

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pela Câmara de Mediação e Arbitragem da Sociedade Rural Brasileira (“CARB”), de acordo com o seu Regimento e Regulamento de Mediação, a ser coordenada por Mediador participante da Lista de Mediadores da CARB, indicado na forma das citadas normas.

A controvérsia que porventura não seja resolvida por mediação, conforme a cláusula de mediação acima, no prazo de 30 (trinta) dias prorrogável por vontade das partes será definitivamente resolvida por arbitragem, administrada pela mesma CARB, de acordo com o seu Regulamento de Arbitragem, constituindo-se o tribunal arbitral de [um/três] árbitros, indicados na forma do citado Regulamento, nos termos da Lei 9.307/1996.

CLÁUSULA DETALHADA ESCALONADA MED-ARB.:

Qualquer controvérsia originária do presente contrato, inclusive quanto à sua interpretação ou execução, será submetida obrigatoriamente à Mediação nos termos da Lei nº 13.140/2015, administrada pela Câmara de Mediação e Arbitragem da Sociedade Rural Brasileira (“CARB”), de acordo com o seu Regimento e Regulamento de Mediação, a ser coordenada por Mediador participante da Lista de Mediadores da CARB, indicado na forma das citadas normas.

A controvérsia que porventura não seja resolvida por mediação, conforme a cláusula de mediação acima, no prazo de 30 (trinta) dias prorrogável por vontade das partes será definitivamente resolvida por arbitragem, administrada pela mesma CARB, de acordo com o seu Regulamento.

A arbitragem será administrada pelo CARB e obedecerá às normas estabelecidas no seu Regulamento, cujas disposições integram o presente contrato.

O tribunal arbitral será constituído por [um/três] árbitros, indicados na forma prevista no Regulamento da CARB, de acordo com os termos da Lei 9.307/1996.

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A arbitragem terá sede em [Cidade, Estado].

O procedimento arbitral será conduzido em [idioma].

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ANEXO I

TABELA DE CUSTAS E DESPESAS – EM VIGOR A PARTIR DE 03 de

agosto de 2016

MEDIAÇÃO

Os custos dos procedimentos de mediação são os seguintes: 1. Taxa de Registro

1.1 A parte que requerer à CARB a notificação da outra parte para uma possível mediação pagará uma taxa de registro não reembolsável de R$ 400,00 (quatrocentos reais) que cobrirá os custos de notificação, das reuniões de pré-mediação e quaisquer outros custos anteriores ao início da pré-mediação.

2. Taxa de Administração

2.1 Na data da primeira reunião, concomitantemente à assinatura do Termo de Mediação entre as partes e o(s) mediador(es), as partes pagarão em partes iguais a taxa de administração no valor total de R$ 1.000,00 (mil reais). Se qualquer uma (ou mais) das partes for associada da Sociedade Rural Brasileira, a Taxa de Administração sofrerá uma redução de 20% (vinte por cento). 2.2 A Taxa de Administração será devida mensalmente enquanto durar o processo

de mediação.

2.3 Caso a mediação não seja suficiente para a solução da controvérsia e as Partes submetam o seu conflito a arbitragem administrada pela CARB, a Taxa de Administração do procedimento arbitral será reduzida em 50% dos valores ordinários, conforme tabela própria.

3. Honorários dos mediadores

3.1 Os honorários do(s) mediador(es) em procedimento de mediação deverão ser recolhidos, em partes iguais, pela parte solicitante e pela parte solicitada no ato da assinatura do Termo de Mediação, no valor total de R$2.000,00 (dois mil reais) por um pacote mínimo de 5 (cinco) horas de mediação.

(34)

3.2 Se forem necessárias mais horas de mediação, as partes recolherão, em partes iguais, novos pacotes de 5 (cinco) horas.

3.3 No caso de comediação, o valor do pacote de 5 (cinco) horas será de R$3.000,00 (três mil reais).

3.4 O valor correspondente ao pacote inicial de mediação ou comediação não será reembolsável se as 5 (cinco) horas iniciais não forem utilizadas pelas partes. No caso de pacotes adicionais, o valor das horas pagas e não utilizadas será reembolsado às partes depois de descontados quaisquer tributos que possam vir a incidir sobre tais pagamentos.

4. Despesas da Mediação

4.1 Não estão incluídos nos itens acima descritos eventuais despesas incorridas pelos mediadores e pela CARB, que solicitará, sempre que necessário, a constituição de fundo de despesas ou o reembolso dos valores despendidos.

TABELA DE CUSTAS DA MEDIAÇÃO – RESUMO DA TABELA ANEXA AO REGULAMENTO

TAXA DE REGISTRO R$400,00 paga pela parte requerente TAXA DE ADMINISTRAÇÃO R$1.000,00 divididos igualmente entre as

partes; devida mensalmente;

TAXA DE ADMINISTRAÇÃO

(ASSOCIADA)

R$800,00 divididos igualmente entre as partes; devida mensalmente;

HONORÁRIOS COM UM MEDIADOR R$2.000,00 por 5 horas de reunião; divididos igualmente entre as partes; HONORÁRIOS EM COMEDIAÇÃO

(DOIS MEDIADORES)

R$3.000,00 por 5 horas de reunião; divididos igualmente entre as partes; DESPESAS (se necessário) Depósito para fundo de despesas conforme

(35)

ARBITRAGEM

1. Taxa de Registro

1.1. O Requerimento de Arbitragem deverá estar acompanhado do comprovante do recolhimento da Taxa de Instituição no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais). Referida taxa não é reembolsável e será considerada como adiantamento das custas administrativas que cabem à(s) parte(s) requerente(s).

1.2. Aos associados da SRB é concedido um desconto de 20% (vinte por cento) na taxa de registro.

2. Taxa de administração

2.1. Requerente e Requerida, em processo de arbitragem deverão cada qual efetuar o pagamento integral da Taxa de Administração calculada conforme o valor da disputa, na forma da Tabela abaixo.

2.2. Nas arbitragens em que haja múltiplas Partes, como Requerentes ou como Requeridas, os valores devidos a título de Taxa de Administração dos serviços prestados pela CARB serão rateados entre as Partes que compõem o mesmo polo, em partes iguais, salvo ajuste em sentido contrário.

2.3. As faturas para pagamento das taxas de administração serão encaminhadas pela SRB e seu recolhimento deverá ser realizado em até 30 (trinta) dias contados da apresentação do Requerimento de Instituição pela Requerente, ou 45 (quarenta e cinco) dias contados da Notificação sobre a Instituição pela Requerida.

2.4. O valor a ser pago a título de custas administrativas poderá ser revisto pela Secretaria da CARB, a qualquer momento e por iniciativa própria, caso, no curso da arbitragem, haja fixação ou variação, para mais ou para menos, dos montantes em disputa. 2.5. Aos associados da SRB é concedido um desconto de 20% (vinte por cento) na taxa

de administração.

Valor da controvérsia Valor das custas administrativas

Até R$ 100 mil R$ 5 mil

(36)

De R$ 500 mil a R$ 1 milhão R$ 13 mil + 1% do valor acima de R$ 500 mil De R$ 1 milhão a R$ 5 milhões R$ 18 mil + 0,5 % do valor acima de R$1

milhão

De R$ 5 milhões a R$ 20 milhões R$ 38 mil + 0,1% do valor acima de R$ 5 milhões

De 20 milhões a R$ 100 milhões R$ 53 mil + 0,03% do valor acima de R $20 milhões

Acima de R$ 100 milhões R$ 80 mil (taxa fixa)

3. Honorários dos Árbitros

3.1. Requerente e Requerida deverão, cada qual, depositar 50% (cinquenta por cento) dos honorários dos árbitros na CARB, conforme tabela abaixo, exceto se qualquer uma das Partes solicitar a segregação dos custos.

3.2. Nas arbitragens em que haja múltiplas Partes, como Requerentes ou como Requeridas, os valores devidos a título de Honorários dos Árbitros serão rateados entre as Partes que compõem o mesmo polo.

3.3. O valor a ser pago a título de honorários poderá ser revisto pela Secretaria da CARB, a qualquer momento ou por iniciativa própria, caso, no curso da arbitragem, haja fixação ou variação, para mais ou para menos, dos montantes em disputa.

3.4. O recolhimento dos honorários dos árbitros deverá ser realizado em até 30 (trinta) dias contados da apresentação do Requerimento de Instituição pela Requerente, ou 45 (quarenta e cinco) dias contados da Notificação sobre a Instituição pela Requerida.

Valor da controvérsia Valor dos honorários dos árbitros

Até R$ 100 mil R$ 10 mil

De R$ 100 mil a R$ 500 mil R$ 10 mil +1,5 % do valor acima de R$ 100 mil De R$ 500 mil a R$ 1 milhão R$ 16 mil + 1% do valor acima de R$ 500 mil De R$ 1 milhão a R$ 5

milhões R$ 23 mil + 0,5% do valor acima de R$1 milhão

Acima de R$ 5 milhões R$ 52,5 mil + 0,25% do valor acima de R$ 5 milhões

Referências

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