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ILMOS. SRS. MEMBROS DA COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. At. Secretaria Executiva Subsecretaria de Assuntos Administrativos

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ILMOS. SRS. MEMBROS DA COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

At. Secretaria Executiva – Subsecretaria de Assuntos Administrativos

Tomada de Preços nº 03/2006

ELEVADORES ATLAS SCHINDLER S.A., empresa brasileira, regularmente inscrita no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica do Ministério da Fazenda, sob o nº 00.028.986/0001-08, com Matriz localizada na Capital do Estado de São Paulo, na Avenida do Estado nº 6116, Cambuci, e filial inscrita no CNPJ/MF sob o nº 00.028.986/0006-12, localizada em Brasília - DF, na SAA Quadra 03 Lote 440, vem, respeitosamente, por seu representante infra assinado, com fundamento no artigo 41, § 2º, da Lei nº 8666/93, apresentar IMPUGNAÇÃO aos termos do Edital da Tomada de Preços nº 03/2006, pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas:

I. Do Objeto Licitatório

1. O processo de licitação em epígrafe, na modalidade Tomada de Preços, tem por objeto a execução de obras de engenharia, com fornecimento de materiais, visando implantar ações de acessibilidade para deficientes de locomoção e visual nos Ed. Sede, Anexo e Conselho Nacional de Educação do Ministério da Educação em Brasília – D.F (item 1.1. do Edital).

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1.1. O Anexo I, do Edital, relaciona as ações a serem implantadas nos 11 (onze) elevadores da marca Atlas e 06 (seis) elevadores da marca Otis, distribuídos em 03 (três) unidades distintas do Ministério da Educação (Ed. Sede, Eds. Anexos e Conselho Nacional de Educação); bem como as especificações acerca do fornecimento e da instalação de um elevador, com plataforma para deficiente de locomoção, no Ed. Sede. 2. O critério de julgamento adotado, nos termos do item 5.1, do Edital, consistirá no menor preço global, apresentado pelo concorrente capaz de executar o objeto licitado. 3. No entanto, de início, deve-se salientar que a implantação de ações de acessibilidade, pela mesma empresa, em elevadores de diferentes marcas (Atlas e Otis), localizados em diferentes unidades; e, ainda, concomitantemente com o fornecimento e a instalação de um elevador/plataforma, impossibilitam a apresentação da proposta mais vantajosa para Administração Pública.

4. Como se trata de elevadores de marcas distintas (Atlas e Otis), é evidente que a administração obteria propostas mais vantajosas se separasse a licitação por itens, sendo um item (a) para implantação de ações de acessibilidade, nos 11 (onze) elevadores da marca Atlas; e outro (b) para implantação de ações de acessibilidade, nos 06 (seis) elevadores da marca Otis.

4.1. A razão é óbvia, na medida em que somente os próprios fabricantes possuem controle dos preços de seus produtos.

4.2. Ademais, cumpre informar que a ora impugnante está prestando serviços manutenção preventiva e corretiva nos 03 (três) elevadores do Conselho Nacional de Educação, cujo termo final do contrato ocorrerá, somente, em 2008.

4.3. E tal circunstância poderá acarretar o seguinte problema prático: caso os serviços de implantação de ações de acessibilidade sejam adjudicados à outra empresa, que não a Elevadores Atlas Schindler S.A., haverá um conflito entre a garantia, de 05 (cinco) anos, que a contratada estará obrigada a oferecer (subitem 4.2.1.15, do Edital), e o contrato de manutenção já celebrado e que se encontra em vigor com a Elevadores Atlas Schindler S.A.

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4.3.1. Isto é, haverá duas empresas prestando serviços, de mesma natureza, nos mesmos elevadores. E isso não é possível, na medida em que uma interferirá nos serviços da outra, inevitavelmente.

5. Por outro lado, também deverá haver a separação, por item, do serviço de fornecimento e instalação de um elevador/plataforma, uma vez que nem todas as empresas do setor de fornecimento de elevadores possuem “plataformas elevatórias” em suas linhas de produção, como é o caso da ora Impugnante, prejudicando, assim, de forma inegável, a obtenção da proposta mais vantajosa pela Administração, por restringir a participação de um maior número de licitantes, no presente certame.

6. Outros pontos sob os quais versa a presente impugnação, referem-se (i) à exigência da contratada realizar obras civis; (ii) ao exíguo prazo de 150 (cento e cinqüenta) dias, para entrega da obra; (iii) e aos valores estimados na planilha orçamentária, que estão bem abaixo dos praticados no mercado.

II. Da Licitação Por Itens

7. O artigo 23, § 1º e § 2º, da Lei nº 8666/93, assim estabelece:

“Art. 23. As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do artigo anterior serão determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o valor estimado da contratação:

(...)

§ 1º As obras, serviços e compras efetuadas pela administração serão divididas em tantas parcelas quantas se comprovarem técnica e economicamente viáveis, procedendo-se à licitação com vistas ao melhor aproveitamento dos recursos disponíveis no mercado e à ampliação da competitividade, sem perda da economia de escala.

“§ 2º Na execução de obras e serviços e nas compras de bens, parceladas nos termos do parágrafo anterior, a cada etapa ou conjunto de etapas da obra, serviço ou compra, há de corresponder licitação distinta, preservada a modalidade pertinente para a execução do objeto em licitação.”

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8. Verifica-se, dessa maneira, que o aludido § 1º, do artigo 23, da Lei 8666/93, acima transcrito, impõe a obrigatoriedade desse fracionamento, pois a regra retrata a vontade legislativa de ampliar a competitividade e o universo de possíveis interessados 9. Acerca do “parcelamento” da licitação, Marçal Justen Filho assevera que

“uma das soluções praticadas usualmente consiste na adoção da chamada “licitação por itens”. A figura é muito conhecida e de larga utilização na praxe administrativa. Consiste na concentração, em um único procedimento, de uma pluralidade de certames, de que resultam diferentes contratos. A licitação por itens corresponde, na verdade, a uma multiplicidade de licitações, cada qual com existência própria e dotada de autonomia jurídica, mas todas desenvolvidas conjugadamente em um único procedimento, documentado nos mesmos autos. Poderia aludir-se a uma hipótese de ‘cumulação de licitações’ ou ‘licitações cumuladas’, fazendo-se paralelo com a figura da cumulação de ações conhecida no âmbito do Direito Processual.” 1

10. O fracionamento conduz à licitação e a contratação de objetos de menor dimensão quantitativa, qualitativa e econômica, o que leva ao aumento do número de pessoas em condições de disputar. Tal fato implica na redução de preços e pressupõe que a Administração desembolsará menos, em montantes globais, através da realização de uma multiplicidade de contratos de valor inferior do que aquele pactuado através de um único contrato.

11. Ressalte-se, também, que a possibilidade de participação de maior número de interessados não é objetivo imediato e primordial, mas via instrumental para se obter melhores ofertas.

12. E segundo Jessé Torres Pereira Júnior:

“o parcelamento da execução é desejável sempre que assim o recomendem dois fatores cumulativos: ‘melhor aproveitamento dos recursos disponíveis no mercado’ e a ‘ampliação da competitividade’.

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(...) Por conseguinte, parcelar a execução, nessas circunstâncias, é dever a que não se furtará a Administração sob pena de descumprir princípios específicos da licitação, tal como o da competitividade. Daí a redação trazida pela Lei nº 8883/94 haver suprimido do texto anterior a ressalva ‘a critério e por conveniência da Administração’, fortemente indicando que não pode haver discrição (parcelar ou não) quando o interesse público decorrer superiormente atendido do parcelamento. Este é de rigor, com evidente apoio no princípio da legalidade.”2

(O grifo não é do original)

13. A obrigatoriedade do fracionamento, sublinhe-se, já foi enfatizada pelo Tribunal de Contas da União, especialmente na Decisão nº 393/94, do seguinte teor:3

“Recomenda o TCU à Delegacia de Administração do Ministério da Fazenda (DAMF) que, ao elaborar certames licitatórios, passe a utilizar o parcelamento como regra na contratação, ‘a menos que inviabilidade de ordem técnica, devidamente comprovada, impeça tal atitude.’”

14. Desse entendimento compartilha o Tribunal de Contas do Estado do Paraná, que assim decidiu:

“Obra. Parcelamento. Viabilidade Técnica e econômica. Licitação. Modalidade Convite. Nada obsta que a execução de uma mesma obra seja fracionadas em tantas vezes quantas se comprovarem técnica e economicamente viáveis, desde que isto represente vantagem para a administração e cada certame licitatório seja realizado na modalidade que seria a adotada para a totalidade da obra.” 15. Como se percebe, o item 5.1, do Edital em tela, indubitavelmente, restringe a participação de maior número de licitantes e, por conseqüência, prejudica o oferecimento da melhor proposta pelos concorrentes, uma vez que cada licitante teria melhores condições de oferecer a proposta mais vantajosa se o Edital discriminasse diferentes objetos, cada qual considerado como um item autônomo, processados conjuntamente, no mesmo certame.

2 In: Comentários à Lei das Licitações e Contratações da Administração Pública. 4ª edição. Renovar. Pag. 161

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16. Razão pela qual requer-se o fracionamento da presente licitação, dos seguintes itens: (I) implantação de ações de acessibilidade nos 11 (onze) elevadores da marca Atlas; (II) implantação de ações de acessibilidade nos 06 (seis) elevadores da marca Otis; e (III) fornecimento e instalação de um elevador/plataforma, para deficiente de locomoção, no Ed. Sede.

III. Da Exigência da Contratada Realizar Obras Civis 17. O subitem 4.2.1.5, do Edital, dispõe que:

“A contratada deverá contemplar em sua proposta de preços a eventual necessidade de serviços de recuperação e instalações físicas, tais como: paredes, pintura, forro, piso ou outros serviços, como execução de base de concreto, etc;” 18. E, por sua vez, o terceiro ponto, da alínea “d”, do subitem 3.2.4, do Anexo I, assim prevê:

“Os serviços englobam as obras civis para construção da caixa de corrida, instalação de portas de pavimento opostas no térreo e subsolo, construção do alojamento e da base para encapsulamento e montagem do pistão, instalação de pistão central, guias, unidade hidráulica para acionamento do pistão, quadro de comando eletrônico micro processado para elevadores hidráulicos, fornecimento de acessórios e montagem final.”

19. As referidas exigências devem ser suprimidas do edital em tela, tendo em vista o teor de seu subitem 15.9 (“É vedada a subcontratação parcial e/ou global desta licitação”) e à disposição da Cláusula Terceira, item 24, da Minuta de Contrato (Anexo V), abaixo transcrita:

“Constituem obrigações da CONTRATADA: (...)

24. não subempreitar global ou parcialmente os serviços avençados;”

3 Carlos Pinto Coelho Motta. In: Eficácia nas Licitações e Contratos. 9ª edição. Pag. 213.

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20. Do contrário, estar-se-á exigindo que a contratada, a um só tempo, seja (a) especializada em instalação e fornecimento de elevadores, com plataforma para portadores de deficiência, (b) e em obras civis.

21. E, data venia, essa não é a realidade do mercado atual, das empresas do ramo de elevadores, que sempre terceirizam os serviços de montagem e obras civis, com vistas a melhor atender sua atividade-fim.

22. Sendo assim, insta serem excluídos o subitem 4.2.1.5, do Edital, e o terceiro ponto, da alínea “d”, do subitem 3.2.4, do Anexo I, sob pena de frustrar o caráter competitivo do presente certame e, conseqüentemente, impedir a Administração Pública de obter a proposta mais vantajosa.

IV - Do Prazo das Obras e da Vigência do Contrato

23. De acordo com os subitens 4.2.1.13, do Edital, e 4.1, do Anexo I, o prazo para a conclusão dos serviços e de vigência do contrato será de, no máximo, 150 (cento e cinqüenta) dias corridos, a contar da data da assinatura do contrato, pelo MEC. 24. No entanto, data venia, esse prazo máximo estipulado está completamente fora da realidade, ainda mais considerando o tipo escolhido para a licitação (Menor Preço Global), que também aqui se impugna.

25. Ora, exigir que a contratada implemente condições de acessibilidade para portadores de deficiência em 17 (dezessete) elevadores e, concomitantemente, forneça e instale um elevador/plataforma, tudo isso, em 150 (cento e cinqüenta) dias corridos, é fadar ao insucesso a presente licitação.

26. É evidente que a referida exigência frustra o caráter competitivo do certame em apreço e, conseqüentemente, viola o art. 3º, §1º, I, da Lei 8666/93, in verbis:

“Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da

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probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

§ 1o É vedado aos agentes públicos:

I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo e estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato;” (O grifo não é do original)

27. Sendo assim, requer que o referido prazo seja ampliado, em razão da complexidade dos serviços licitados.

V – Da Planilha Orçamentária (Anexo II)

28. Por fim, cumpre informar que os valores estimados na Planilha Orçamentária (Anexo II) estão muito aquém dos valores praticados no mercado.

29. Sendo assim, para que os licitantes possam elaborar suas propostas, é de suma importância que essa r. Comissão Permanente de Licitação solicite aos fabricantes dos elevadores informações acerca dos valores praticados no mercado, para, posteriormente, refazer a referida planilha.

30. E é o que ora se requer. VI. Do Pedido

31. Diante do exposto, e com o intuito de se evitar posteriores nulidades, requer a Elevadores Atlas Schindler S.A. que essa r. Comissão Permanente de Licitação julgue procedente a presente impugnação, a fim de que (a) seja revisto o item 5.1, do Edital, com adequação dos seus demais dispositivos, para que se fracione o objeto licitatório, procedendo-se a licitação por itens, na forma anteriormente exposta; (b) sejam excluídos o subitem 4.2.1.5, do Edital, e o terceiro ponto, da alínea “d”, do subitem 3.2.4, do Anexo I; (c) seja ampliado o prazo previsto nos subitens 4.2.1.13, do Edital, e 4.1, do Anexo I, em razão da complexidade dos serviços licitados; e (d)

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seja refeita a Planilha Orçamentária (Anexo II), de acordo com informações solicitadas e prestadas pelos fabricantes dos elevadores; ou, diante da impossibilidade de tal providência, determine a anulação do Edital em epígrafe, abrindo-se novo processo licitatório, com as reformas e adequações ora requeridas.

Termos em que, Pede deferimento. Brasília, 15 de agosto de 2006.

ELEVADORES ATLAS SCHINDLER S/A Elisangela Freire da Cunha de Matos

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