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Articulação vertical dos currículos de ciências no ensino básico: perspetivas dos professores de um Agrupamento de Escolas

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Academic year: 2021

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ciências no ensino básico: perspetivas dos

professores de um Agrupamento de Escolas

Helena Moita de Deus1

Gonçalo Nuno Carreira Pereira2

1 - Centro de Formação de Professores Novafoco,

Rua António Nunes Sequeira, 1, 2735-058 Cacém, Portugal.

hmd.formacao@gmail.com

2 - Universidade de Lisboa – Instituto de Educação, Alameda da Universidade, 1649-013 Lisboa, Portugal.

(2)

Articulação

Curricular

Vertical – organização do

currículo de acordo com uma lógica de progressão do

conhecimento disciplinar.

Horizontal – organização do

currículo de acordo com uma lógica de harmonização e interação da aquisição de conhecimentos num mesmo patamar de desenvolvimento. (Roldão, M.C., 2009)

(3)

A aprendizagem das ciências pode ser potenciada

pela eficaz articulação curricular dos

conteúdos

e das

metodologias

ao longo dos vários ciclos de

ensino (Bentley, et al., 2007).

Estudo do Meio 1º CEB Ciências Naturais 2º CEB Ciências Naturais 3º CEB Aprendizagens

(4)

A organização do currículo de ciências, ao longo

dos ciclos do ensino básico, pode potenciar as

aprendizagens em ciências ao nível de:

• Conteúdos (animais, plantas, rochas, ...)

Capacidades (observar, registar, inferir, ...)

Atitudes (curiosidade, disciplina,

cooperação, ...)

(5)

Para tal, é essencial que os docentes dos 3 ciclos do ensino básico, dentro do mesmo Agrupamento de Escolas, tomem decisões conjuntas para concertar os conteúdos a lecionar e as estratégias a implementar. (Kelsey e Steel, 2001)

(6)

NATUREZA DO ESTUDO

O presente estudo é qualitativo e de natureza

exploratória.

PROBLEMA DE INVESTIGAÇÃO

Qual é a evolução do conceito de articulação

curricular no ensino das ciências, em formandos

dos três ciclos de ensino do mesmo agrupamento

de escolas do Concelho de Sintra, ao longo de

(7)

Ação de Formação (AF) em Articulação Curricular

no Ensino das Ciências

Participantes:

22 formandos dos três ciclos de

ensino, pertencentes ao mesmo agrupamento de

escolas do Concelho de Sintra.

Os formandos foram convocados pela Direção do

agrupamento para realizar a AF, devido aos fracos

resultados detetados pela inspeção nesta área.

Na primeira sessão, os formandos revelaram baixa

motivação para realizar esta AF e alguma

(8)

Os objetivos da ação foram:

1.

Refletir sobre os aspetos mais teóricos

relativos à articulação curricular;

2.

Analisar os conteúdos propostos nas metas

curriculares, numa perspetiva de articulação;

3.

Integrar nas propostas de articulação dos

conteúdos, as capacidades a desenvolver e as

atitudes a valorizar no ensino das ciências, ao

longo dos 3 ciclos do ensino básico.

4.

Concertar estratégias e projetos que reforcem

a articulação vertical.

(9)

Para atingir os objetivos propostos, os formandos

organizaram-se em grupos onde coexistiam professores dos três ciclos do ensino básico.

Cada grupo preparou um documento com as suas propostas de articulação curricular.

Os trabalhos produzidos foram apresentados e discutidos com toda a turma.

(10)
(11)

estratégias capacidades atitudes

Exemplo da integração das capacidades a desenvolver, atitudes a valorizar e estratégias a implementar no ensino das ciências, ao longo do Ensino Básico.

(12)

INSTRUMENTOS DE RECOLHA DE DADOS

Narrativas dos formandos acerca do conceito de

articulação curricular recolhidas no início e fim

da formação.

Relatório individual dos formandos entregue no

fim da ação de formação.

ANÁLISE DOS DADOS

Análise de conteúdo dos instrumentos de recolha

de dados.

(13)

Apresentação e discussão dos dados

A análise de conteúdo das narrativas obtidas no início e no final da formação permitiu obter os seguintes dados:

0 10 20 30 40 50 60 CONTEÚDOS

CURRICULARES COMPETÊNCIAS DOSALUNOS PARTILHADA DAPLANIFICAÇÃO PRÁTICA PEDAGÓGICA

SUCESSOS DE CADA

ALUNO GESTÃO ESCOLAR

n º de re sp os ta s (%) antes depois

(14)

essencialmente nos conteúdos curriculares, não dando relevância ao desenvolvimento das capacidades (competências) importantes na aprendizagem das ciências.

Destaca-se a importância atribuída, desde o início da AF, à planificação partilhada das práticas pedagógicas.

Os formandos do 1º CEB consideravam que fazer articulação

curricular se resumia à reunião entre o professor titular e o DT do 2º ciclo, na qual se partilham os pontos fortes e fracos de cada aluno, visando a sua boa integração e o seu sucesso futuro.

Nenhum formando referiu a importância das opções de gestão escolar no reforço da articulação curricular vertical.

(15)

0 10 20 30 40 50 60

tomar conhecimento dos

conteúdos acerto na ordem dosconteúdos aprofundar os conteúdos(curriculo em espiral)

n º de r es p os ta s (% ) antes depois CONTEÚDOS

Uma análise mais detalhada

relativamente à atenção dada aos conteúdos revela que, de início, a preocupação maior era em tomar

conhecimento dos conteúdos dos vários ciclo de ensino do EB

No final da ação, verificou-se que a maior preocupação recaía no acerto da sequência a dar aos conteúdos .

(16)

0 5 10 15 20 25 30 35 40 partilha de

estratégias ideias/saberespartilha de interdisciplinarabordagem dos conteúdos

gestão de

expectativas valorizar otrabalho experimental n º de re sp os ta s (%) antes depois PARTILHADA DA PRÁTICA PEDAGÓGICA

Uma análise mais

detalhada relativamente à importância atribuída à planificação partilhada da PP revela que foi muito constante a preocupação com a partilha de estratégias, ideias e saberes.

No final da AF, notou-se um ligeiro aumento na atenção dada à interdisciplinaridade e destacou-se, pela primeira vez, a importância do trabalho experimental.

(17)

0 5 10 15 20 25 30 35 40 valorizar atitudes transversais (cidadania)

valorizar o uso correto

da língua portuguesa definir projetos adesenvolver definir critérios deavaliação

n º de re sp os ta s (%) OUTROS ASPETOS IMPORTANTES EM ARTICULAÇÃO CURRICULAR No final da ação as

narrativas dos formandos permitem perceber que outros aspetos da PP podem ser importantes para valorizar na

articulação curricular:

• atitudes de cidadania;

• uso correto da língua portuguesa;

• projetos transversais a todo o agrupamento de escolas;

(18)

CONCLUSÕES

Os formandos, inicialmente, tinham uma noção muito limitada do que é articulação curricular, associando-a apenas ao conhecimento dos conteúdos a lecionar e às decisões de alteração da ordem com que eles são

lecionados.

A falta de contacto entre os docentes dos vários ciclos gera constrangimentos de comunicação entre eles,

inibindo quaisquer esforços de construir um plano de articulação curricular concertado.

(19)

CONCLUSÕES

O trabalho em grupo heterogéneo, com professores dos 3 ciclos do EB, obrigou os vários docentes a tomar

conhecimento e a discutir os conteúdos, as capacidades e as atitudes valorizadas no ensino das ciências pelos seus pares no agrupamento.

As discussões em grupo heterogéneo levaram à partilha de ideias, saberes e estratégias o que, rapidamente, motivou os docentes a ensaiar propostas de articulação curricular muito ricas e interessantes.

(20)

CONCLUSÕES

A enfase dada à articulação curricular vertical estimulou também a discussão da articulação horizontal (interdisciplinaridade); o entusiasmo dos formandos levou-os à partilha espontânea de materiais, entre

professores dos 3 ciclos do EB.

(21)

CONCLUSÕES

Apesar da resistência inicial, as discussões em grupo

heterogéneo demonstraram aos formandos as vantagens de planificar as práticas docentes em conjunto (1º, 2º, e 3º CEB), quando se quer implementar a articulação curricular vertical. Entretanto, verificou-se que a planificação conjunta

transversal é difícil de conseguir, por falta de tempo e por limitações inerentes à distância entre as escolas. Para

ultrapassar estas limitações a Direção do Agrupamento tem de atribuir horas no horário dos docentes, especialmente aos

(22)

CONCLUSÕES

A formação contínua de docentes revela ser um contexto favorável à evolução do conceito de articulação

curricular no ensino das ciências.

Os centros de formação poderão ser locais privilegiados para o encontro e discussão deste tema, com formandos dos três ciclos de ensino, pertencentes ao mesmo

(23)

BIBLIOGRAFIA

Bentley, M., Ebert II, E. and Ebert, C., (2007). Teaching

constructivist science K-8. Thousand Oaks: Corwin Press.

Kelsey, K. and Steel, A. (2001). The truth about science: a

curriculum for developing young scientists. Arlington: NSTA press.

Roldão, M. C. (2009). A articulação curricular - do pré-escolar ao

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professores de um Agrupamento de Escolas

Helena Moita de Deus1

Gonçalo Nuno Carreira Pereira2

1 - Centro de Formação de Professores Novafoco,

Rua António Nunes Sequeira, 1, 2735-058 Cacém, Portugal.

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2 - Universidade de Lisboa – Instituto de Educação, Alameda da Universidade, 1649-013 Lisboa, Portugal.

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