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CLAREAMENTO CASEIRO OU CLAREAMENTO DE CONSULTÓRIO: QUAL A TÉCNICA MAIS EFETIVA?

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CLAREAMENTO CASEIRO OU CLAREAMENTO

DE CONSULTÓRIO FOTO ILUMINADO:

QUAL A TÉCNICA MAIS EFETIVA?

adson Mathyas Domingos da Silva1 Fábio Carvalho Nobre2 Meglorem Maciel da Silva3 Bruna Antonielly Vanderlei Paulino4 Anna Thereza Peroba Rezende Ramos5 Laís Lemos Cabral6

Odontologia

ISSN IMPRESSO 1980-1769 ISSN ELETRÔNICO 2316-3151

RESUMO

INTRODUÇÃO: O clareamento dental tem sido um dos procedimentos estéticos mais procurados por indivíduos que buscam à alteração da cor dental, a fim de um sorriso mais harmônico. Duas técnicas bastante utilizadas são a do clareamento caseiro e a de consultório foto iluminado, porém, essas geram bastante dúvidas tanto no meio científi-co, quanto ao paciente sobre qual ser a mais eficaz. OBJETIVO: Este estudo teve como objetivo revisar a literatura acerca da eficácia entre a técnica de clareamento caseiro foto iluminado. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão integrativa, por meio de pesqui-sas nas bases de dados LILACS e SCIELO, utilizando o operador boleano AND, sendo cri-tério de inclusão, artigos publicados entre 2008 e 2018, nos idiomas: português e inglês, disponíveis na íntegra. À realização dos levantamentos bibliográficos ocorreu no mês de outubro de 2018. RESULTADOS: Analisaram-se quinze artigos que atenderam aos cri-térios de inclusão. Os artigos revisados mostraram que ambas as técnicas são eficazes, cada uma possuindo sua indicação, e o correto uso por parte do cliente o fator principal para o sucesso do tratamento. CONCLUSÃO: Ambas as técnicas são eficazes, sendo a escolha do gel, concentração, técnica e tempo de uso fator determinante no resultado.

PALAVRAS-CHAVES

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ABSTRACT

INTRODUCTION:Tooth whitening has been one of the most sought after aesthetic pro-cedures by individuals who seek to change their dental color in order to achieve a more harmonious smile. Two widely used techniques are home whitening and photo lighted office, however, these generate a lot of doubts in both the scientific and the patient as to which is the most effective. OBJECTIVE: This study aimed to review the literature on the efficacy between the home and light whitening technique. METHODOLOGY: An integrative review was carried out, using LILACS and SCIELO databases, using the Boolean operator AND, being an inclusion criterion, articles published between 2008 and 2018, in Portuguese and English, available in full. The collection of bibliographies occurred in October 2018. RESULTS: Fifteen articles that met the inclusion criteria were analyzed. The reviewed articles showed that both techniques are effective, each having its indication, and the correct use by the client the main factor for the success of the treatment. CONCLUSION: Both techniques are effective, being the choice of gel, con-centration, technique and time of use a determining factor in the result.

KEYWORDS

Tooth Bleaching; Esthetic Dental; Dental Offices.

1 INTRODUÇÃO

A busca pela estética do sorriso tem sido algo bastante presente na odontolo-gia e este fenômeno têm ganhado bastante força na sociedade moderna (MATIS et al., 2015). Um sorriso harmônico é um aspecto fundamental para autoconfiança e a cor dos dentes é fator indiscutível neste processo. Alterações na harmonia do sorri-so podem interferir negativamente na vida do indivíduo, uma vez que desencadeia problemas como dificuldade em interação social e abalo na autoestima (PENHA et al., 2015; REICHERT et al., 2010).

Às alterações de cor dos dentes podem ser tanto extrínsecas quanto intrínsecas, sendo esta última mais difícil e complicadas de tratar (SILVA; NACANO; PIZI, 2012). O uso de clareadores dentais tem sido muito utilizado na prática clínica odontológi-ca, por se mostrar uma técnica de rápido resultado, baixo nível de desconforto e de preço consideravelmente acessível (FLOREZ et al., 2012; SILVA, NACANO, PIZI, 2012; TOLEDO et al., 2011).

O clareamento dental pode ser realizado em duas modalidades, o caseiro e o de consultório com ou sem luz (foto iluminado), podendo haver associação das técnicas. No clareamento de consultório, o profissional faz uso de géis clareadores com con-centrações maiores, já no caseiro, o paciente aplica o gel clareador de concentração menor numa moldeira personalizada, sendo o produto e o tempo de uso de escolha do profissional (PENHA et al., 2015).

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Este tratamento é o método mais simples e menos invasivo para dentes com man-chas extrínsecas, como pigmentações causadas por alimentos, sendo bastante eficiente na remoção ou eliminação dessas manchas (GARCIA et al., 2012; MAIA; CATÃO, 2010).

Por apresentarem-se em variadas concentrações e modalidades de uso, o empre-go da técnica clareadora vem gerando dúvida ao usuário e até a profissionais quanto a sua eficácia e sua possível causa de fatores deletérios, como microdureza e sensibi-lidade (PENHA et al., 2015). Este trabalho tem por objetivo revisar a literatura acerca da eficácia entre a técnica de clareamento caseiro e de consultório foto iluminado.

2 METODOLOGIA

Neste estudo, foi realizada uma revisão integrativa da literatura, definida como aquela em que as pesquisas já publicadas são sintetizadas e geram conclusões sobre o tema em estudo. A elaboração da revisão integrativa compreende seis etapas: sele-ção das hipóteses ou questões para a revisão, definisele-ção dos critérios para a selesele-ção da amostra, definição das características da pesquisa original, análise de dados, interpre-tação dos resultados e apreseninterpre-tação da revisão (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008).

Para a realização deste artigo foi seguido uma ordem cronológica que iniciou com a pergunta norteadora da pesquisa foi: Qual a técnica de clareamento é mais eficaz: a técnica caseira ou a de consultório foto iluminado?

Para a busca dos artigos foi utilizado a seguinte base de dados: Literatura Lati-no-Americano e do caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e The Scientific Electro-nic Library Online (Scielo).

Para o levantamento dos artigos foram utilizados como descritores, “Clareamento dental”, “Estética dentária”, e “Consultório Odontológico”. Inicialmente, realizou-se a busca pelos descritores individualmente. Em seguida, foram realizados cruzamentos, utilizando o operador boleano AND. Posteriormente, os três descritores foram cruzados em conjunto.

Os critérios de inclusão para a seleção da amostra foram: artigos publicados em português, publicados e indexados nas referidas bases de dados, nos últimos dez anos e que retratassem a temática em estudo e os critérios de exclusão, materiais que não se enquadrassem nos critérios estabelecidos para inclusão. Os Quadros 1 e 2 eviden-ciam a estratégia de busca utilizada.

Quadro 1 – Publicações encontradas entre os anos de 2008 e 2018 segundo a base de dados Lilacs

DESCRITOR PUBLICAÇÕESTOTAL DE PUBLICAÇÕES FILTRADAS

APÓS LEITURA DO TÍTULO APÓS LEITURA DO RESUMO Clareamento dental 3.564 109 44 6 Estética dentária 14.821 111 8 1 Consultório Odontológico 4.486 58 0 0

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DESCRITOR PUBLICAÇÕESTOTAL DE PUBLICAÇÕES FILTRADAS APÓS LEITURA DO TÍTULO APÓS LEITURA DO RESUMO Clareamento dental e estética dental 425 54 13 1 Clareamento dental e Consultório odontológico 29 10 5 4 Estética dentária e consultório odontológico 19 0 0 0 Clareamento dental e estética dentária e Consultório odontológico 3 1 0 0

Fonte: Dados da pesquisa (2018).

Quadro 2 – Publicações encontradas entre os anos de 2008 e 2018 segundo à base de dados Scielo

DESCRITOR PUBLICAÇÕESTOTAL DE PUBLICAÇÕES FILTRADAS

APÓS LEITURA DO TÍTULO APÓS LEITURA DO RESUMO Clareamento dental 18 13 11 2 Estética dentária 142 4 1 0 Consultório Odontológico 54 6 0 0 Clareamento dental e estética dental 2 2 2 1 Clareamento dental e Consultório odontológico 0 0 0 0 Estética dentária e consultório odontológico 0 0 0 0 Clareamento dental e estética dentária e Consultório odontológico 0 0 0 0

Fonte: Dados da pesquisa (2018).

Os mecanismos utilizados para o levantamento dos artigos foram adaptados para à base de dados, de acordo com suas especificidades de acesso, sendo guiadas pela pergunta condutora e critérios de inclusão. Para escolha dos artigos foram lidos todos os títulos e selecionados aqueles que tinham relação com o objetivo do estudo.

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Em seguida, foram analisados os resumos e elegidos para leitura do artigo na íntegra, aqueles que estavam relacionados com a temática em estudo. Em suma, fo-ram lidos quarenta e oito artigos, escolhidos vinte, os quais respondiam à questão condutora do estudo e se encaixavam nos critérios de inclusão da revisão integrativa. A realização dos levantamentos bibliográficos ocorreu no mês de outubro de 2018. Os artigos encontrados foram colocados em ordem retrospectiva. Assim, os artigos foram submetidos a releituras, com a finalidade de realizar uma análise inter-pretativa, direcionada pela questão condutora. Para análise dos dados foram criadas categorias temáticas de acordo com o agrupamento dos conteúdos encontrados, referentes a eficácia entre a técnica de clareamento caseiro e de consultório.

3 RESULTADOS

Foram pesquisados e selecionados quarenta e oito artigos científicos relacionados ao tema abordado, sendo que vinte e três artigos se repetiam, restando apenas quinze artigos, que estavam dentro dos critérios de inclusão previamente estabelecidos. Os dados do quadro 3 apresentam o sumário das características dos estudos incluídos. Quadro 3 – Apresentação das características dos artigos incluídos na Revisão Integrativa

TÍTULO AUTORES ANO DELINEAMENTO DESFECHO

Estudo compa-rativo entre as técnicas de clare-amento dental Em consultório e clareamento dental caseiro supervisionado Em dentes vitais: uma revisão de literatura BARBOSA, D. C, et al. 2015 Revisão de Literatura

O emprego das técnicas de clareamento caseiro e em consultório, quando corretamente executadas, possibilitam resultados

esté-ticos satisfatórios. Paciente com sensibilidade dental, o mais indicado é o clarea-mento caseiro; em pacien-tes com retração gengival, o mais indicado é o de consultório. ScanWhite: méto-do objetivo para avaliação do nível de clareamento dentário FLOREZ, F. L. E, et al. 2012 Estudo Experimental

O clareamento dental pode ser avaliado por meio de técnicas comparativas

sub-jetivas (visual) ou obsub-jetivas (instrumental). O uso do ScanWhite gera maior con-forto e segurança durante o

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TÍTULO AUTORES ANO DELINEAMENTO DESFECHO Clareamento dentário associa-do à aplicação de fosfopeptídio de caseína-fosfato de cálcio amorfo (CPP-ACP): relato de caso PINI, N. I. P,

et al. 2012 Relato de caso

A associação do agente cla-reador com fosfopepitídeo de caseinase mostrou-se efetiva, pois potencializou os valores da luminosidade

da cor, melhorando o res-tabelecimento estético do sorriso do paciente, dentro

das suas expectativas

Avaliação clínica de dois sistemas de clareamento dental SILVA, F. M. M; NACA-NO, L. G; PIZI, E. C. G.

2012 Estudo experi-mental

O estudo avaliou clinica-mente dois sistemas de clareamento dental caseiros

em diferentes tempos de uso diário conforme o efeito

clareador, a sensibilidade e a satisfação do paciente. Foi

usado o teste Mann-Whi-tney. O clareamento dos dentes superiores alcançou

maiores médias quando comparados aos dentes inferiores; nenhum

pacien-te mostrou-se insatisfeito quanto à estética, apesar de

na arcada inferior, alguns mostrarem-se parcialmente satisfeitos. Avaliação clínica da nova técnica de clareamento no consultório sem remoção do gel clareador MARSON, F. C; CON-CEIÇÃO, E. N; BRISO, A. L. F.

2011 Quantitativa, ana-lítica descritiva

Avaliou-se longitudinal-mente um novo protocolo para clareamento dental em

consultório. Concluiu-se que não existiu diferença no

clareamento ou sensibilida-de sensibilida-dentária entre os gru-pos, sendo desnecessária a troca do gel clareador e/ou a utilização de fonte de luz para os agentes clareadores

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TÍTULO AUTORES ANO DELINEAMENTO DESFECHO

Evaluation of tooth color after

bleaching with and without

light--activation

ROBERTO,

A. R. et al. 2011 Estudo observa-cional

A execução do clareamen-to dental com produclareamen-tos distintos, por meio de fontes

de luz ou sem foi realizado em vinte e quarto áreas de dentes bovinos. Os resulta-dos não foram satisfatórios quanto a mudança de cor

com a presença da luz.

Influência do cla-reamento dental foto ativado na resistência da união adesiva ao esmalte MOURA, E.

N, et al. 2011 Estudo experi-mental

O estudo avaliou à Influên-cia do clareamento dental fotoativado na resistência da

união adesiva ao esmalte. Os autores concluíram que

o clareamento com PH35, bem como o uso de fonte Foto ativadora associado ao

gel clareador, não interferi-ram na resistência da união

adesiva ao esmalte, inde-pendente do tempo pós--clareamento adotado para

realizar as uniões. Técnica mista: clareamento dentário e micro-abrasão: relato de caso clínico TOLEDO, F.

L, et al. 2011 Caso Clínico

O estudo apresenta a re-solução de um caso onde o paciente tinha os dentes escurecidos e fluorose. Foi realizado o clareamento dental somado a microa-brasão de esmalte. Pôde-se constatar resultado estético satisfatório alcançado por meio do clareamento dos dentes e remoção das

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TÍTULO AUTORES ANO DELINEAMENTO DESFECHO

Estudo compa-rativo in vitro da eficácia de clarea-dores para uso em

moldeiras e em consultório REICHERT, L. A, et al. 2010 Estudo experi-mental

O estudo teve como obje-tivo determinar qual técni-ca de clareamento é mais eficaz em dentes vitalizados.

O clareamento vital caseiro com peróxido de carbamida

a 15%, e o clareamento vital em consultório utilizando peróxido de hidrogênio a 35% fotoativado, são

estatis-ticamente equivalentes. As-sim, é possível afirmar que a escolha por uma ou outra técnica deverá basear-se na subjetividade de cada caso, e no domínio da técnica

pelo profissional.

Cytotoxicity of carbamide pero-xide bleaching gel

on L929 cells

SANTOS, R.

L. dos, et al. 2010 Estudo experi-mental

Este estudo sugeriu que altas concentrações de peróxido de carbamida possuem maiores chances

de citotoxicidade, sendo a concentração, composição e tempo de exposição, vari-áveis diretamente ligadas ao

risco de danos aos tecidos gengivais.

Clareamento den-tal laser (470 nm) e led com peróxi-do de hidrogênio

MAIA, A. C. L; CATÃO, M. H. C. de

V.

2010 Estudo experi-mental

O estudo avaliou in vitro a efetividade do

clareamen-to dental usando o Laser e o LED com peróxido de hidrogênio a 35% em dentes

bovinos escurecidos arti-ficialmente. Os métodos apresentaram diferenças estatisticamente tanto em

relação ao LED e ao Laser no Clareamento dental e

em relação à tonalidade, apresentando maior

efetivi-dade o peróxido de hidro-gênio ativado pelo Laser.

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TÍTULO AUTORES ANO DELINEAMENTO DESFECHO Avaliação da

tem-peratura na câma-ra pulpar ducâma-rante clareamento den-tal externo com diferentes fontes de luz e materiais clareadores BETTIN, F. L;BRITO, M. L. B; NA-BESHIMA, C. K.

2010 Estudo Experi-mental

Este estudo visou avaliar a variação de temperatura da

câmara pulpar durante o clareamento dental exter-no sob diferentes fontes de

luz e diferentes géis cla-readores. A luz halógena aumentou a temperatura da câmara pulpar, enquanto

a luz LED não promoveu aquecimento. Efeito do clare-amento dental sobre os materiais restauradores MAGDALE-NO, J. P. S et al. 2009 Revisão de Litera-tura

Feito uma análise dos agentes clareadores à base do peróxido de carbamida e peróxido de hidrogênio, concluiu-se que

esses agentes podem afetar microscopicamente os ma-teriais restauradores. Avaliação do des-gaste produzido em esmalte por cremes dentais clareadores TOSTES, N.

E, et al. 2009 Estudo experi-mental

Muitos cremes dentais pro-pagam ter efeito clareador sobre os dentes, tornando--os mais claros com o uso contínuo. Porém, ao analisar

suas fórmulas, nenhum possui material que produza

oxigênio, única forma de modificar a pigmentação dental, clareando-os. Após análise, o Creme dental Col-gate Ultrabranco foi o que

mais causou desgaste do dente, dando a impressão

de dente mais branco. Influência da embebição dental em substâncias com corantes na eficácia do cla-reamento dental com peróxido de carbamida a de-zesseis por cento

CANEPPE-LE, T. M. F,

et al.

2009 Estudo experi-mental

Este estudo objetivou ava-liar in vitro o clareamento dental com peróxido de

car-bamida (PC) 16% em dentes submetidos à embebição em substâncias com

coran-tes durante o tratamento. Concluiu-se que a embebi-ção dos dentes em soluções

com corantes não afetou o resultado do tratamento

clareador.

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4 DISCUSSÃO

O clareamento dental é uma técnica que vem sendo utilizada desde a década de 1980 e, desde então, tem se mostrado cada vez mais eficaz, devido aos achados científicos no que diz respeito a suas concentrações e substâncias (NAHSAN et al., 2012; AYRES, 2012). Sendo uma alternativa conservadora e satisfatória para tratar den-tes com alterações de cor decorrente de manchas extrínsecas como as advindas de alimentos, ou até mesmo intrínsecas, como as ligadas à idade, uma vez que dente claro traz ao paciente autoconfiança, status de social, padrão de beleza e saúde (PI-NHEIRO et al., 2011; CANEPELLE et al., 2009).

As manchas no dente podem ser classificadas como extrínsecas e intrínsecas (SILVA; NACANO; PIZI, 2012). As manchas extrínsecas são advindas de alimentos, chá, uso abusivo de café, vinho tinto, entre outras. As intrínsecas, podem estar ligadas a fa-tores como genética, idade, alterações na formação dos dentes, doenças congênitas, traumatismos dentais, entre outras (BARBOSA et al., 2015).

Entre as formas de tratamento clareador caseiro e consultório, a procura pela estética dentária houve um aumento por ser um dos problemas enfrentados no con-sultório (XAVIER et al., 2008). Existem formas para promover o desejado, contudo, entre as técnicas, nota-se que essas podem acarretar vantagens e desvantagens, mas tudo depende do manejo e prática correta. Existem indicações do clareamento ca-seiro em pacientes que possui a sensibilidade dental e de consultório para retração gengival, devendo o profissional escolher a forma para cada caso, evitando possíveis intercorrências (BARBOSA et al., 2015).

Pela popularização da técnica clareadora, a preocupação existente em função de usuários que ignoram as instruções do cirurgião-dentista e do fabricante, subutili-zando o clareamento, geram o insucesso do mesmo, ou sobreutilizam por meses na busca de resultados que talvez possam não ser possíveis, podendo ainda aumentar o seu nível de sensibilidade (PINI et al., 2012; BOAVENTURA et al., 2011).

Quanto às alterações morfológicas de aspecto semelhante na superfície do es-malte dental, tanto o agente clareador em alta concentração, quanto em baixa con-centração são capazes de promover essa alteração, caracterizadas pelo aumento de porosidade, realce das periquimácias e áreas de erosão (PINHEIRO et al., 2011). Ainda, MAGDALENO e outros (2009) concluíram por meio de uma revisão de literatura que esses agentes clareadores podem também modificar microscopicamente os mate-riais restauradores, como resina composta e amálgama.

O emprego de agentes clareadores distintos tem sido ressaltado quanto a seu comportamento e níveis semelhantes, com base em requisitos observados de forma visível ou por meio de instrumentais, foi constatado que houve disparidade das técni-cas sendo a de maior eficácia e propondo maior estabilidade a técnica de consultório foto iluminado (FLOREZ et al., 2012).

Com a finalidade de instituir uma técnica válida em dentes vitalizados, estima--se aos avanços dos distintos compostos como peróxido de carbamida a 15%, Opa-lescence PF (UltradentProductsInc, South Jordan, UT) como forma caseira, e peróxido

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de hidrogênio a 35%, OpalescenceXtra (UltradentProductsInc, South Jordan, UT) de consultório, para uma identificação mais eficaz, ao ser submetido aos métodos, foi analisado que esses meios apresentam resultados que se assemelham, desta forma o ideal quanto a isto só se relaciona com a dominação do administrador (ROBERTO et al., 2011; REICHET et al., 2010).

O uso de dois distintos meios de clareamento mediante do peróxido de carba-mida a 16% e peróxido de hidrogênio 7,5%, apresentaram resultados eficientes, porém, houve discordância em relação às médias na arcada superior e inferior, não afetando aos pacientes, visto que, apesar dessa discrepância, mostrou sua efetividade e eleva-do grau de clareamento (SILVA et al., 2012).

Já Marson e outros autores (2011) afirmaram que tanto a técnica por meio do

OpalescenceXtraBoost (Ultradent) quanto por White Gold Office (Dentsplay) não observaram divergências entre compostos ou a presença de sensibilidade, sem a necessidade de alterações quanto à escolha ou a presença de luz.

O peróxido de Hidrogênio (PH) a 35% mostrou-se uma excelente escolha para casos de pacientes com dentes escuros e manchas de fluorose, juntamente com microabrasão do esmalte para eliminação de manchas esbranquiçadas (TO-LEDO et al., 2011).

Bettin e outros autores (2010) buscaram avaliar as alterações de temperatura da câmara pulpar no decorrer do clareamento dental com a presença de distintas fontes de luz e géis, as mudanças foram vistas entre a luz halógena e de LED. A primeira pro-vocou elevação da polpa e a segunda o aquecimento.

No tratamento com o peróxido de carbamida a 16% em dentes que foram su-bordinados a meio de corantes, durante o procedimento não houve interferência do agente quando expostos a uso de diferentes substâncias, contendo corantes (CANE-PPELE et al., 2009). A partir de comparações de técnicas de clareamento, foi feito uma divisão de grupos, com o propósito de observar as reações que cada grupo apresen-tava e seus efeitos clareadores (BERNARDON et al., 2010).

O contato por menor tempo do agente clareador em contato com a superfície dos dentes não diminui a eficácia do clareamento caseiro quando igualado ao uso por oito horas, mas diminui consideravelmente a porcentagem de pacientes com sensibilidade. Foi provado que 80% dos pacientes que clarearam com peróxido de carbamida a 10% por 8 horas tiveram sensibilidade, em contrapartida apenas 13% ti-veram sensibilidade quando clarearam por apenas 1 hora por dia (GARCIA et al., 2012).

Tostes e outros autores (2009) realizaram análises quanto ao uso de cremes dentais diverso sobre seu efeito clareador, foi observado que nenhum processo cla-reador ocorre, pois, os dentifrícios não possuem substâncias capazes de clarear os dentes, ocorrendo apenas o efeito abrasivo.

Ainda, Carnevalli e outros autores (2010) sugerem que os profissionais façam uso de fotografias de antes e depois do tratamento, pois os pacientes costumam não lembrar de como era antes a coloração de seus dentes, acreditando que o clareamen-to não fez efeiclareamen-to satisfatório.

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5 CONCLUSÃO

Pôde-se concluir que ambas as técnicas são eficazes, sendo o sucesso no trata-mento relacionado diretamente ao correto uso do gel clareador, tempo e indicação. O peróxido de Carbamida (PC) nas porcentagens de 10% a 16% mostra-se como uma excelente alternativa para o clareamento caseiro, enquanto o peróxido de Hidrogênio nas concentrações de 25% a 35% é uma boa eleição para o clareamento de consul-tório foto iluminado.

REFERÊNCIAS

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XAVIER, Rafael Canzi Almada de Paula et al. Avaliação da rugosidade do esmalte de dentes bovinos clareados com e sem ativação por laser. RSBO, v. 6, n. 1, 2009.

1 Acadêmico do curso de Odontologia pelo Centro Universitário Tiradentes – UNIT/AL. E-mail: jadsondomingues0@gmail.com

2 Acadêmico do curso de Odontologia pelo Centro Universitário Tiradentes – UNIT/AL. E-mail: fabiocarvalhonobre@hotmail.com

3 Acadêmico do curso de Odontologia pelo Centro Universitário Tiradentes – UNIT/AL. E-mail: meglorem@hotmail.com

4 Acadêmica do curso de Odontologia pelo Centro Universitário Tiradentes – UNIT/AL. E-mail: brunaantonielly@outlook.com

5 Professora do curso de Odontologia pelo Centro Universitário Tiradentes – UNIT/AL. E-mail: annatherezaramos@hotmail.com

6 Professora do curso de Odontologia pelo Centro Universitário Tiradentes – UNIT/AL. E-mail: laiscabral@hotmail.com

Data do recebimento: 06 de dezembro de 2018. Data da avaliação: 23 de novembro de 2019. Data de aceite: 19 de dezembro de 2019.

Referências

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