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OBESIDADE INFANTIL E ENFRENTAMENTO FAMILIAR / CHILD OBESITY AND FAMILY STRUGGLE

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Academic year: 2021

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ARTIGO ORIGINAL

OBESIDADE INFANTIL E ENFRENTAMENTO FAMILIAR CHILD OBESITY AND FAMILY STRUGGLE

OBESIDAD INFANTIL Y ENFRENTAMIENTO FAMILIAR

Amanda Cristina Oliveira1 Débora Maria Ribeiro2 Ediane Machado Camargo3 Letícia Gramazio Soares4 Isabella Schroeder Abreu5 Larissa Gramazio Soares6 RESUMO

Objetivo: compreender como famílias de crianças obesas lidam com a obesidade infantil. Métodos: estudo descritivo, exploratório, de abordagem qualitativa. Os dados foram coletados no período de janeiro a junho de 2017, por meio de entrevistas semiestruturadas, nos domicílios das crianças atendidas na Clínica Escola de Nutrição da Universidade Estadual do Centro-Oeste, em Guarapuava, Paraná. A análise dos dados fundamentou-se na técnica de Análise de Conteúdo, modalidade temática. Resultados: participaram do estudo sete mães e um avô de crianças com obesidade. Dos dados emergiram duas categorias temáticas: “A influência da família nos hábitos saudáveis” e “Obesidade infantil e preconceito social”. Considerações finais: o enfrentamento da obesidade infantil pelas famílias requer o reconhecimento do papel decisivo que desempenham na formação de hábitos saudáveis durante a infância. Além disso, programas de educação em saúde que almejem mudanças de padrões alimentares e estimulem a prática de atividades físicas são importantes para melhorar a atenção à família da criança obesa, pois permitem reduzir danos e agravos provocados pelo excesso de peso.

Descritores: Relações Familiares; Obesidade Infantil; Enfermagem Pediátrica..

1 Enfermeira. Residente em Enfermagem no Programa Atenção Hospitalar / Urgência e Emergência/Enfermagem da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). E-mail: amandagruskoski@hotmail.com

2 Enfermeira. Residente em Enfermagem no Programa Atenção Hospitalar / Urgência e Emergência/Enfermagem da Universidade Federal do Paraná (UFPR). E-mail: ribeirodeboramaria@gmail.com

3 Enfermeira. Guarapuava, Paraná, Brasil; E-mail: edicamargo1253@gmail.com

4 Doutora em Enfermagem. Professora Adjunto A do Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual do Centro-oeste (Unicentro). Guarapuava, Paraná, Brasil; E-mail: leticiagramazio13@gmail.com

5 Doutora em Enfermagem. Professora Adjunto B do Departamento de Enfermagem da Unicentro. Guarapuava, Paraná, Brasil; E-mail: i_enf@yahoo.com.br

6 Doutoranda em Enfermagem pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Professora do Departamento de Enfermagem da Unicentro. Guarapuava, Paraná, Brasil; E-mail: lari_gramazio@hotmail.com

Autor correspondente: Leticia Gramazio Soares. Endereço: Rua Getúlio Vargas, 28, Trianon. CEP 85012-270, Guarapuava, PR, Brasil. E-mail: leticiagramazio13@gmail.com

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Obesidade infantil e enfrentamento familiar

ABSTRACT

Objective: To understand how families of obese children deal with childhood obesity. Methods: descriptive, exploratory, qualitative study. Data collection took place from January

to June 2017, through semi-structured interviews, in the homes of children followed-up at the Nutrition Clinic School of the Centro-Oeste State University, Guarapuava, Paraná. The data analysis was based on the technique of Content Analysis, thematic modality. Results: seven mothers and one grandfather of obese children participated in the study. From the data emerged two thematic categories: “The influence of the family on healthy habits” and “Childhood obesity and social prejudice”. Final considerations: dealing with childhood obesity by families requires acknowledgment of the critical role they play developing healthy habits in childhood. In addition, health education programs that target changes in eating patterns and stimulate physical activity are important for improving attention to the obese child’s family as they reduce weight-related harms and injuries.

Descriptors: Familiy Relations; Pediatric Obesity; Pediatric Nursing.

RESUMEN

Objetivo: comprender cómo las familias de los niños obesos se ocupan de la obesidad infantil. Métodos: estudio descriptivo, exploratorio, de abordaje cualitativo. Los datos fueron

recolectados en el período de enero a junio de 2017, por medio de entrevistas semiestructuradas, en los domicilios de los niños atendidos en la Clínica Escuela de Nutrición de la Universidad Estadual del Centro-Oeste, en Guarapuava, Paraná. El análisis de los datos se basó en la técnica de Análisis de Contenido, modalidad temática. Resultados: participaron del estudio siete madres y un abuelo de niños con obesidad. De los datos surgieron dos categorías temáticas: "La influencia de la familia en los hábitos saludables" y "Obesidad infantil y preconcepto social". Consideraciones finales: el enfrentamiento de la obesidad infantil por las familias requiere el reconocimiento del papel decisivo que desempeñan en la formación de hábitos saludables durante la infancia. Además, programas de educación en salud que anhelan cambios de patrones alimentarios y estimulan la práctica de actividades físicas son importantes para mejorar la atención a la familia del niño obesa, pues permiten reducir daños y agravios provocados por el exceso de peso.

Descriptores: Relaciones Familiares; Obesidad Pediátrica; Enfermería Pediátrica. INTRODUÇÃO

A obesidade é atualmente reconhecida como um importante problema de saúde pública, por se tratar de uma doença crônica multifatorial, cuja prevalência tem aumentado tanto nos países desenvolvidos como naqueles em desenvolvimento(1). Ademais, o aumento da obesidade em idades cada vez mais precoces tem preocupado pesquisadores e profissionais da saúde, especialmente pelos danos e agravos causados pelo excesso de peso à criança. Em 2016, o número de crianças menores de cinco anos com sobrepeso foi estimado em mais de 41 milhões, sendo 35

milhões residentes em países em desen-volvimento(2).

No Brasil, observa-se uma polarização epidemiológica nutricional, caracterizada pela permanência da desnutrição em determinadas regiões e pela difusa dis-tribuição do excesso de peso em outras, que vem atingindo indiscriminadamente os mais diversos grupos populacionais. Nesse sentido, faz-se necessário reduzir as carências nutricionais e, ao mesmo tempo, promover hábitos alimentares saudáveis desde a infância, a fim de modificar o perfil nutricional, epidemiológico e de morta-lidade da população(3).

Para o adequado enfrentamento da obesidade infantil, a promoção da ali-mentação saudável é fundamental durante a infância, quando os gostos alimentares

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estão sendo formados. Importante tam-bém que a criança desenvolva o hábito de realizar as refeições com sua família, em horários regulares, uma vez que os hábitos alimentares da família e práticas não saudáveis dos cuidadores são os principais fatores de risco para a obesidade infantil(4). Muito se discute sobre a prevenção da obesidade infantil por meio do incentivo ao aleitamento materno e pela promoção de alimentação saudável, bem como mediante a prática regular de atividade física. Além disso, normas regulamentadoras e contro-ladoras da indústria de alimentos para a infância são elaboradas mundialmente com o objetivo de evitar o consumo inoportuno e exagerado de alimentos de baixa qua-lidade nutricional entre crianças e pro-porcionar maior segurança alimentar familiar(5).

Para enfatizar a complexidade da obesi-dade infantil, estudo qualitativo, fenome-nológico, realizado com quem vivencia a obesidade infantil, ou seja, crianças obesas e seus pais, investigou fatores que dificul-tam o enfrendificul-tamento deste fenômeno e destacou a necessidade de intervenções mais eficazes, que considerem todos os elementos que circundam o fenômeno, inclusive as relações familiares(1). Nesse sentido, autores reconhecem a influência dos hábitos familiares nas práticas alimen-tares de crianças, bem como a maior incidência de obesidade infantil quando um ou ambos os pais são obesos, visto que os familiares exercem relevante influência nos hábitos dos filhos(6,7).

Diante do exposto e tendo em vista o cenário de mudanças no padrão nutrício-nal, em que se observa aumento signifi-cativo da obesidade na infância e reconhe-ce-se a importância da família nesse contexto, o presente estudo se justifica pela necessidade de conhecer melhor a dinâmica das famílias de crianças obesas no intuito de ampliar a compreensão do fenômeno. Dessa forma, este estudo teve o objetivo de compreender como famílias de crianças obesas lidam com a obesidade infantil.

MÉTODOS

Estudo descritivo, exploratório, de abordagem qualitativa, realizado no município de Guarapuava-Paraná (PR).

Participaram da pesquisa oito familiares de crianças obesas acompanhadas na Clínica Escola de Nutrição da Universidade Estadual do Centro-Oeste, por meio de um projeto de extensão desenvolvido pelo curso de Nutrição.

Constituíram seguintes critérios de inclusão: ser familiar de criança partici-pante do grupo de obesidade infantil; possuir mais de 18 anos; e residir em Guarapuava-PR.

A coleta de dados ocorreu no período de janeiro a junho de 2017, por três pesquisa-doras. Primeiramente, fez-se contato telefônico com os potenciais participantes, aos quais foram explicados os objetivos e procedimentos envolvidos no estudo e feito o convite para participar. Em seguida, mediante aceite, agendaram-se visitas domiciliares, para a realização de entre-vistas semiestruturadas, conduzidas por perguntas norteadoras. As entrevistas tiveram duração aproximada de 20 minu-tos, foram gravadas e posteriormente transcritas na íntegra. Ressalta-se que a entrevista não foi realizada na presença da criança, para que os familiares pudessem se expressar com maior liberdade a respeito do fenômeno pesquisado.

Após transcritos, os dados foram trabalhados por meio da técnica de Análise de Conteúdo, modalidade temática, pro-posta por Bardin(8), a qual contempla um conjunto de técnicas de análise de comuni-cação visando obter, por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, indicadores que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições da recepção dessas mensagens. Foram percorridas as três fases: (i) pré-análise, que consiste na organização do material coletado, ao realizar leitura flutuante, para formular hipóteses, o que sustentou a elaboração de indicadores, por meio de recortes de texto nos documentos de análise; (ii) exploração do material, para definição das categorias por meio da identificação das unidades de registro correspondentes ao segmento da mensagem, a fim de compreender a signifi-cação exata das unidades de registro; (iii) tratamento dos resultados, para inferência e interpretação dos dados, pelo destaque às informações para análise, culminando nas interpretações inferenciais, momento de análise reflexiva e crítica(8).

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Em observância às normas para pesquisas com seres humanos contidas na Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, o projeto foi previamente submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Estadual do Centro-Oeste, sendo aprovado sob parecer 684.231. Todos os parti-cipantes assinaram o Termo de Consen-timento Livre e Esclarecido em duas vias e foram mantidos sob anonimato, de modo que serão citados neste estudo apenas por siglas, seguidas de uma numeração arábica correspondente à ordem de realização das entrevistas, por exemplo: entrevistado 01 foi apresentado como E1.

RESULTADOS

Caracterização da população de estudo

A idade das crianças cujos familiares participaram do estudo variou de seis a dez anos; cinco eram meninas e três meninos. Em média, elas participavam do projeto de extensão da Universidade há um ano.

Em relação às características do familiares, a maioria era mãe e apenas um foi o avó. Quase todos tinham menos de seis anos de estudo, exceto uma mãe, que possuía ensino superior. A renda média manteve-se entre um e dois salários mínimos e, nos domicílios, residiam quatro pessoas, em média.

A análise das falas revelou duas categorias temáticas: “A influência da família nos hábitos saudáveis” e “Obesidade infantil e preconceito social”. A influência da família nos hábitos saudáveis

Foi possível identificar, por meio das falas, que as famílias se reconheciam como a principal influência no desen-volvimento dos hábitos alimentares das crianças, pois todas as ações por elas realizadas eram reproduzidas pelas crianças. Esse aspecto pode ser constatado nas seguintes falas:

“Eu não estou comendo salada, provavelmente ele não vai comer também, eu sei disso...aqui todo mundo é parado

[referindo-se à atividade física] (E2).

“Talvez se os adultos fizessem um esporte, ela

ficaria mais animada para fazer também (E4). “Teve uma vez que ele perguntou se eu não queria jogar bola com ele... eu disse que depois iria, mas não fui (E1).

Segundo os entrevistados, o fato de estarem inseridos no mercado de trabalho e, portanto, ausentes de casa durante a maior parte do dia, causava impactos nos hábitos alimentares da família e, por conseguinte, das crianças, tal como expressam as falas a seguir:

“Depois das seis horas eu vou para o colégio, mas, durante o dia inteiro, ela vai comendo ‘as porcarias dela’. A janta é na vó. Aí ela come com a vó, come com o pai e, quando chego em casa, às vezes, ela fala que está com fome, que ninguém deu nada para ela comer”. Eu fico na dúvida, mas dou comida para ela do mesmo jeito” (E4).

“O arroz, por um bom tempo, eu tentei fazer o integral, mas, por questão do tempo, eu vinha do trabalho na hora do almoço e o tempo de cozinhar?” (E2).

Além dos hábitos alimentares, os entrevistados também mencionaram dificuldades para a prática regular de exercício físico. Alegaram, sobretudo, falta de tempo e espaço domiciliar reduzido:

“Aqui não tem espaço, na rua é perigoso e a gente trabalha o dia todo, não conseguimos levá-la para brincar, assim, para gastar energia” (E2).

Contudo, alguns familiares, cientes da importância do exercício físico, estimulavam que as crianças praticassem atividades físicas continuadamente, apesar das dificuldades para iniciá-las e mantê-las:

“Aqui em casa só ela faz atividade física e adora, já eu, começo e paro. Ele não vê a hora de chegar o dia de vir no grupo [de

acompanhamento do projeto de extensão da Universidade], adora. Nas férias ela vai sentir

falta(E7).

No decorrer da pesquisa, também foi observado outro ponto que merece ser destacado: o risco da alimentação diferenciada aos finais de semana,

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bastante citada pelos familiares como sinônimo de lazer. Assinala-se que o termo lazer foi frequentemente associado ao consumo de alimentos calóricos e pouco saudáveis aos finais de semana, como forma de agradar as crianças. As falas a seguir evidenciam esse compor-tamento:

“Nos finais de semana comemos coisas diferentes, alguma bobagem” (E4).

“Sempre tem aquela: ‘Ah, vou levar um agradinho e isso e aquilo’. Não faz bem porque ele se acostuma da forma errada” (E2).

Outros entrevistados afirmaram que, de alguma forma, tentavam controlar a alimentação das crianças, por considera-rem exagerado o padrão alimentar que mantinham. Assim, buscavam eliminar alguns alimentos por eles considerados mais nocivos à saúde:

“Esses dias ele terminou de comer umas rosquinhas de polvilho, depois ele pegou um iogurte, terminou o iogurte e ainda queria que eu esquentasse o macarrão que sobrou do almoço às três horas da tarde para ele comer... aí ele levantou e foi pegar a barrinha de cereal para comer” (E2).

“Pizza não é sempre, mas nós compramos refrigerante, sorvete, chocolate, churros, pipoca, tudo que é porcaria ela come” (E4). “De manhã é café com leite, pão com manteiga, de vez em quando tem um presunto, porque tem que ficar cortando, porque senão ele comeria só presunto e queijo. Arroz ele não come de jeito nenhum, mas se eu fizer bolinho de arroz, que é frito, ele devora” (E6).

Também com o intuito de controlar o consumo de determinados alimentos, alguns afirmaram seguir as recomen-dações dos profissionais de saúde. Entretanto, quando a criança se recusava a ingerir o que havia sido indicado, permitiam que consumissem somente os alimentos preferidos dentre os demais, o que, segundo eles, dificultava o enfren-tamento da obesidade infantil no seio familiar. Assim, as orientações, frequen-temente, não eram aplicadas na prática, como revela o depoimento a seguir:

“Eu fazia o prato dele igual elas me orientaram, bem colorido. E ele comia só a

carne, o resto ele deixava. Todo dia assim e eu como mãe, prefiro dar o que ele quer do que ele ficar sem comer” (E3).

Em síntese, nesta categoria ficou evidente que os hábitos alimentares e a prática regular de exercício físico entre crianças obesas são consideravelmente influenciados pelos hábitos e rotinas de suas famílias. Além disso, embora os familiares identifiquem hábitos alimenta-res nocivos no cotidiano dos filhos, a rotina de trabalho e a falta de tempo impedem mudanças no estilo de vida. Obesidade infantil e preconceito social

Nesta categoria foi possível evidenciar, por meio das falas dos participantes, que as crianças obesas sofrem com precon-ceitos, o que demanda das famílias preparo para ajudá-las a enfrentar essa situação:

“Ela conversa demais, faz amizade fácil, mas hoje em dia tem muita discriminação” (E5).

“Ainda tem criança que chama ela de gordinha. Aí, às vezes, na van dizem ‘eu não vou sentar do teu lado, você é gordinha’” (E7).

O enfrentamento das condições com-portamentais e psicológicas também é imprescindível, pois o preconceito social e o julgamento podem alterar o compor-tamento das crianças e comprometer sua saúde:

“Outras crianças acabam chamando ele de gordinho, fofucho. Ele fica chateado e triste, às vezes” (E3).

“Ela é bem conversadeira, boazinha e comportada. O problema é quando alguma criança chama ela de gordinha, aí ela chega chorando em casa” (E7).

Por identificarem situações de precon-ceito e discriminação, que sabidamente ocasionam tristeza às crianças, percebeu-se, entre os pais, uma grande preocupação em oferecer apoio aos filhos para que, juntos, pudessem enfrentar a obesidade e lidar com suas consequências:

“Esse fato de bullying a gente trabalha muito em casa, sempre conversamos sobre tudo. A

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gente já deixa bastante liberdade, para ele não ficar guardando” (E3).

“Quando ela era menor, era mais ativa, depois que ficou mais gordinha, ficou mais parada, ela gosta de ir, mas acho que tem vergonha de correr, porque tem umas que não são tão gordinhas. Queremos que ela tome gosto porque, além de ajudar na perda de peso, ela faz amizades (E8).

Identificou-se que as famílias conviviam cotidianamente com o preconceito e a discriminação associados à obesidade infantil e, por isso, estimulavam que os filhos compartilhassem suas angústias. Incentivavam também que se aproxi-massem de outras crianças e fizessem novas amizades, na esperança de que isso os ajudasse a superar o sofrimento emocional.

DISCUSSÃO

No que diz respeito ao enfrentamento da obesidade infantil, é fundamental que a família se reconheça como elemento provedor de hábitos saudáveis, ou não, para as crianças. Nesse aspecto, ficou evidente neste estudo o reconhecimento dos participantes de que a origem da obesidade está atrelada a hábitos prejudiciais dos próprios familiares, tanto alimentares como aqueles decorrentes da falta de exercício físico. Situação semelhante foi observada em estudo realizado em duas escolas públicas no interior de São Paulo, no qual os pais se identificaram como parte do ambiente obesogênico das crianças(9).

Outro aspecto reconhecido pela literatura e também evidenciado no presente estudo diz respeito à ausência dos pais, que frequentemente trabalham fora de casa durante a maior parte do dia, o que, sabidamente, interfere no convívio familiar. Essa ausência compromete a troca de experiências diárias entre os membros da família, as quais são essenciais à criança que está formando seus hábitos, seja pela refeição oferecida na hora certa, pela escolha dos alimentos corretos, ou no sentido de fortalecer os vínculos familiares(10).

No entanto, a superação deste problema encontra muitos desafios. Estudo reconhece que o envolvimento entre pais e filhos é muitas vezes difícil, devido à falta de tempo para supervisionar a nutrição e as atividades físicas realizadas, sendo que 85,7% das crianças e adolescentes entrevistados demonstraram que hábitos alimentares inadequados estavam associados à psicodinâmica

familiar(11,12). Investigando mais profundamente o fenômeno, estudo qualitativo realizado em um município de Minas Gerais demonstrou que os cuida-dores familiares percebiam prejuízos físicos e psicossociais na qualidade de vida de crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade(13).

Os profissionais de saúde devem trabalhar para que a família reconheça o problema da obesidade infantil como algo compartilhado por todos os membros, e o tratamento deve considerar as histórias, os sofrimentos, conflitos, valores, cren-ças culturais e saberes dos grupos(14). Por isso, autores pontuam a necessidade de tratamento psicoterápico tanto aos pacientes como às suas famílias no enfrentamento da obesidade(12).

Com o intuito de favorecer a adoção de um estilo de vida saudável por parte das crianças, o Ministério da Saúde estabe-leceu a necessidade de promover o gasto energético desta parcela da população, o que envolve, entre outras ações, o estímulo à prática de atividades físicas em família(4). O estilo de vida dos pais influencia, ainda que inconscientemente, a construção de um padrão nutricional e de vida que determinará, ou não, a obesidade da criança. Assim, as modifica-ções nas estruturas familiares, os papéis sociais de gênero e os valores de uma sociedade capitalista podem ser considerados fatores determinantes do sobrepeso e da obesidade infantil, de modo que um caminho para alcançar melhorias na atenção à saúde das crianças talvez seja fortalecer essas instituições(15).

Estudo de revisão da literatura sobre a influência do exercício físico na obesidade infantil mostrou que o excesso de peso dificulta a realização deste tipo de atividade. Além disso, a indisposição das crianças obesas para a prática de

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atividade física tem chamado a atenção de diferentes autores, os quais apontam a diminuição no desempenho físico e os hábitos irregulares do pais como obstáculos para o enfrentamento da obesidade. Por outro lado, a diminuição do IMC e do colesterol e a melhoria da composição corporal são considerados alguns dos benefícios proporcionados pela prática regular de exercício físico em família(16).

Apesar de considerada fonte de prazer, a alimentação não deve ser capaz de comprometer a saúde pelo consumo inadequado. Embora o hábito de consu-mir alimentos mais calóricos aos finais de semana não deva ser criticado com veemência, a possibilidade da criança desenvolver preferência por tais produtos e passar a desejar consumi-los diaria-mente é preocupante, pois eles são saborosos e, portanto, naturalmente ins-tigam o consumo mais frequente. Além disso, destaca-se que a prevalência da obesidade aumentou na maioria dos países industrializados em consequência da alimentação excessiva, promovida pelo fácil acesso a alimentos de elevada palatibilidade, juntamente com grande concentrações de sal, açúcar, conservantes e elevada densidade energética(17).

A dificuldade de controlar a alimentação emergiu das falas dos participantes deste estudo como algo a ser ponderado, uma vez que, diante da exigência das crianças ou para cessar uma crise de choro ou até mesmo uma birra, permitiam que consumissem apenas os alimentos de sua preferência. Autores afirmam que esta dificuldade dos pais em negar determinados alimentos aos filhos ou exigir uma alimentação mais saudável é comum, principalmente quando sentem culpa por terem passado o dia no trabalho(18). Trata-se de uma situação que não só contribui para o aumento de peso e risco de comorbidade como dificulta o tratamento da criança por meio da adesão a hábitos saudáveis, estimulados, no caso do presente estudo, pela participação no projeto de extensão. A evolução da sociedade veio acompanhada da produção de diversos tipos de alimentos, os quais foram desenvolvidos para garantir maior aceitação da população e, portanto, maior consumo e comercialização. Novos

ingredientes foram utilizados para produzir alimentos cada vez mais atraentes e saborosos, capazes de chamar a atenção das crianças. No entanto, além desses produtos terem reduzido a qualidade dos nutrientes, houve a banalização do consumo e o fácil acesso, bem como a associação de tais alimentos a momentos de diversão e lazer(19). Nesse contexto, os pais têm a árdua tarefa de controlar o consumo desses produtos entre as crianças, dada a influência da família nesse contexto, a qual precisa estar preparada para enfrentar os desafios que envolvem o necessário controle do padrão alimentar dos filhos, sobretudo quando já existem comorbidades associadas, como o diabetes mellitus infantojuvenil(20).

Estudo afirma que o uso de alimentos para controle das emoções de crianças é algo que também pode contribuir para a obesidade na infância. Neste caso, o fato de os pais oferecerem alimentos com a finalidade de amenizar sentimentos de privação emocional fará com que os ofereçam com frequência cada vez maior à criança, que passará a desejá-los cada vez mais, muitas vezes exagerada-mente(21). Assim, o estilo de vida dos pais influencia inconscientemente a constru-ção de um padrão nutricional e de vida que determinará a obesidade da criança(15,22-25).

Importante destacar que o preconceito é um dos principais problemas a serem enfrentados por crianças que estão acima do peso, principalmente em ambiente escolar(13). A discriminação sofrida por crianças e adolescentes obesos está aumentando, e os impactos são observa-dos precocemente: menor grupo de amigos, menos afeição dos pais e pior desempenho escolar(19). As questões sociais que envolvem a obesidade na infância contribuirão, em grande parte, para alterações de comportamentos e poderão determinar problemas psicoló-gicos na criança.

Quando a obesidade afeta crianças e adolescentes, é comum que desenvolvam quadros sugestivos de depressão, manifestada por sintomas como déficit de atenção, hiperatividade, baixa autoes-tima e distúrbios comportamentais, pre-judicando o seu desenvolvimento nessa fase de vida(26). Estudos mencionam

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ainda a existência de padrões estigmati-zados na sociedade, que favorecem o desenvolvimento de sintomas de ansiedade, depressão e estresse entre crianças e adolescentes obesos, com prejuízos nas suas relações intrapessoais e interpessoais(27). Dessa forma, fornecer apoio psicológico é tão importante quanto orientar e incentivar a adoção/manu-tenção de hábitos de vida saudáveis. Proporcionar segurança, aceitação e estímulo possibilita um enfrentamento mais eficiente(28).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados deste estudo demonstram que as famílias reconhecem o papel decisivo que desempenham na formação de hábitos saudáveis por parte das crianças. No entanto, ficaram evidentes algumas dificuldades enfrentadas pelos familiares para a adoção de boas práticas de vida para si e, consequentemente, para as crianças. Demandas sociais, sobretudo falta de tempo pelo trabalho, configuram-se como principais impulsionadores do problema.

Os pais precisam ser sensibilizados sobre as consequências da obesidade para que possam promover mudanças na dinâmica familiar. Para tanto, sugere-se o acompanhamento de toda a família, e não somente da criança, mediante a oferta de serviços de atenção à criança obesa na escola, no serviço de saúde ou em ambulatórios.

A participação da família no processo do enfrentamento da obesidade é inigualável, pelo simples fato de que tudo

o que a criança observa e aprende dentro de casa refletirá na sua vivência diária. Dessa forma, para que ela alcance um progresso e modifique seus hábitos de vida, faz-se necessário o apoio de familiares e parentes.

O preconceito social também foi identificado neste estudo como um problema a ser enfrentado. Os fatores sociais, tendo relação com o preconceito associado à obesidade, influenciam a vida e os sentimentos dessas crianças.

Conhecer a individualidade de cada família é essencial, pois cada uma pode apresentar diferentes fatores que aumentam o risco para a obesidade. Componentes psicológicos podem contribuir para um ciclo vicioso e favorecer o ganho de peso e o desenvolvimento de outras comorbidades. Portanto, o tratamento da obesidade é complexo e requer o envolvimento dos familiares, uma vez que são os principais responsáveis por ensinar e incentivar hábitos saudáveis, bem como por identificar problemas no desenvolvimento orgânico e emocional dos filhos.

Sugere-se que os programas de educação em saúde para enfrentamento da obesidade infantil privilegiem a atenção familiar para que possam alcançar seu objetivo principal de atuação (a criança), pois quando trabalham somente com o paciente infantil, a mudança do padrão alimentar torna-se mais difícil. Nesse sentido, os profissionais de saúde, ao realizarem o cuidado à crianças obesas, devem considerá-las em seus contextos familiares, visto que os padrões alimentares são herdados da família.

Contribuição individual dos autores: Oliveira AC; Ribeiro DM; e Camargo EM: contribuíram substancialmente na coleta, análise e interpretação dos dados e na escrita do artigo e na sua revisão crítica. Soares LG; Abreu IS e Soares LG: contribuiu substancialmente para a concepção ou desenho da investigação e aprovaram a versão final a ser publicada. Todos os autores declaram ser responsáveis por todos os aspectos do trabalho, garantindo sua precisão e integridade.

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Obesidade infantil e enfrentamento familiar

REFERÊNCIAS

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Referências

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