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PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO

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Academic year: 2021

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PÓS GRADUAÇÃO

(2)
(3)

Art. 130 Os créditos tributários

relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de

bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela

prestação de serviços

referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a

(4)

Caso...

Luciana é proprietária de um imóvel urbano, mas em razão de

uma mudança de cidade, decide vender para Francisco, e para

tal formalizam um contrato de compra e venda em fevereiro de

2014. Após a realização do registro do imóvel em nome do novo

proprietário, Luciana muda para uma nova cidade. Ocorre que foi

surpreendida com uma citação para se manifestar em uma

Execução Fiscal de dívidas de IPTU de 2013, quando era

proprietária. A alegação de Francisco que havia sido citado

inicialmente, foi de que todo o processo de venda somente foi

concluído em 2014, e seu nome neste momento sequer constava

em CDA ou dívida ativa, e que também seu bem imóvel adquirido

estaria protegido por ser considerado

“Bem de Família”. Diante

dos fatos o Juízo deferiu seu pedido para que a execução fosse

redirecionada a Luciana. Sendo seu escritório contratado pela

Luciana para auxiliar no caso, responda:

(5)

Caso...

A – É legítima a responsabilidade solidária da Luciana para responder pela dívida tributária?

B – O argumento do atual proprietário com relação a impenhorabilidade do bem de família, se aplicaria ao caso em tela? C – Quais argumentos poderiam ser apresentados para afastar a responsabilidade da Luciana nessa Execução Fiscal?

(6)

Jurisprudência...

IPTU. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA PROP-TER REM. INCLUSÃO DO NOVEL PROPRIETÁRIO. SUBSTITUIÇÃO DA CDA. POSSIBILIDADE. 1. A obrigação tributária real é propter rem, por isso que o IPTU incide sobre o imóvel (art. 130 do CTN). 2. Devera, ainda que alienada a coisa litigiosa, é lícita a substituição das partes, preceito que se aplica a execução fiscal, em cujo procedimento há regra expressa de alteração da inicial, qual a de que é lícito substituir a CDA antes do advento da sentença. 4. O IPTU tem como contribuinte o novel proprietário, porquanto consubstanciou-se a responsabilidade tributária por sucessão, em que a relação jurídico tributária deslocou-se do predecessor ao adquirente do bem. Por isso que impedir a substituição da CDA pode ensejar que as partes dificultem o fisco, até a notícia da alienação, quanto a exigibilidade judicial do crédito sujeito à prescrição. 7. Consequentemente, descoberto o novel proprietário, ressoa manifesta a possibilidade de que, na forma do art. 2º, da Lei 6.830/80, possa a Fazenda Pública substituir a CDA antes da sentença de mérito, impedindo que as partes, por negócio privado, infirmem as pretensões tributárias”. (STJ, 1ª T., REsp 840.623/BA, Rel. Ministro Luiz Fux, Set/07).

(7)

Art. 3º A impenhorabilidade é

oponível em qualquer

processo de execução civil, fiscal, previdenciária,

trabalhista ou de outra

natureza, salvo se movido: IV - para cobrança de

impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do imóvel familiar

(8)

Jurisprudência...

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. BEM DE FAMÍLIA. IMPENHORABILIDADE. LEI Nº 8.009/90. ESTATUTO DO IDOSO. LEI Nº 10.741/2003. EXEGESE. DIGNIDADE HUMANA DO IDOSO. 1. A impenhorabilidade do bem de família, prevista na Lei 8.009/80, visa a preservar o devedor do constrangimento do despejo que o relegue ao desabrigo. 2. Deveras, a lei deve ser aplicada tendo em vista os fins sociais a que ela se destina, por isso que é impenhorável o imóvel residencial caracterizado como bem de família, bem como os móveis que guarnecem a casa, nos termos do artigo 1º e parágrafo único da Lei nº 8.009, de 25 de março de 1990. Precedentes: AgRg no AG nº 822.465/RJ, Rel. Min. JOSÉ DELGADO, DJU de 10.05.2007.

(9)

Jurisprudência...

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO. PENHORA. BEM DE FAMÍLIA. DÍVIDAS CONDOMINIAIS. POSSIBILIDADE. MENOR ONEROSIDADE. MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. SÚMULA 7 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. RECURSO NÃO PROVIDO. 1. Diante do quadro fático delineado pelas instâncias ordinárias, é inviável, na via estreita do recurso especial, discutir-se acerca da menor onerosidade da penhora para o executado, da suficiência dos bens nomeados, bem como da existência de outros bens passíveis de constrição, tendo em vista o óbice da Súmula 7/STJ. 2. O acórdão recorrido foi proferido em consonância com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, no sentido de que "é permitida a penhora do bem de família para assegurar pagamento de dívidas oriundas de despesas condominiais do próprio bem está em sintonia com a jurisprudência deste Superior Tribunal de Justiça. Aplicação da Súmula 83 do STJ" (AgRg no Ag 1.041.751/DF, Quarta Turma, Rel. Min. JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, DJe de 19/4/2010)

(10)

Jurisprudência...

RECURSO ESPECIAL Nº 1.656.799 - GO (2017/0043337-8) RELATORA : MINISTRA MARIA ISABEL GALLOTTI

RECORRENTE : CONDOMÍNIO EDIFÍCIO IPANEMA

RECORRIDO : JOANA TEREZINHA DE OLIVEIRA e RODRIGO QUEIROZ NOLETO

As exceções à impenhorabilidade do bem de família, previstos no art. 3º da Lei nº 8.009/1990, devem ser interpretadas restritivamente, considerando a sistemática estabelecida pela lei, sendo certo que a ressalva da lei decorre de dívida do imóvel por contribuição de cota condominial e não contribuição de melhoria. 5. A penhorabilidade por despesas condominiais tem assento exatamente no referido dispositivo, como se colhe nos seguintes precedentes: no STF, RE 439.003/SP, Rel. Min. EROS GRAU, 06.02.2007; no STJ, REsp. 160.928/SP, Rel. Min. ARI PARGENDLER, DJU 25.06.01 e REsp. 203.629/SP, Rel. Min. CESAR ROCHA, DJU 21.06.1999. 6. A exegese proposta coaduna-se com a dignidade humana que tutela o idoso, nos termos do art. 37 da lei 10.741/03. 7. Recurso especial a que se nega provimento.

(11)

Caso...

Maria de Lourdes, advogado trabalhista, recentemente em razão de seu trabalho, adquiriu um bem imóvel e por saber que seria responsável pelas dívidas tributárias, requereu ao alienante uma certidão negativa para se proteger de futuros incômodos com a prefeitura. Ocorre que recentemente foi surpreendida com a cobrança de um IPTU do período anterior à data da compra, e por entender ser ilegítima se dirigiu a secretaria da fazenda municipal requerendo a correção dos dados. A servidora pública municipal que atendeu a nova proprietária argumentou que a cobrança estava correta, pois esse crédito que agora está inscrito em Dívida Ativa não havia sido apurado anteriormente, e conforme nota descrita na CND emitida a época (vide abaixo) tal certidão não contemplava ainda tais dívidas.

Como consultor jurídico qual seria a recomendação a ser dirigida a Maria de Lourdes?

(12)

Caso...

CERTIDAO NEGATIVA DE DÉBITOS

Ressalvado o direito de a Fazenda Pública Municipal cobrar e inscrever quaisquer dívidas de responsabilidade do sujeito passivo acima identificado que vierem a ser apuradas, é certificado que não

constam pendências sobre o Bem Imóvel identificado acima, relativas a tributos administrados pela Secretaria Fazendária Municipal de São Paulo e as inscrições em Dívida Ativa do Município

(13)

Art. 130, PU

No caso de arrematação em

hasta pública, a sub-rogação

ocorre sobre o respectivo

(14)

Art. 131

São pessoalmente

responsáveis:

I - o adquirente ou remitente,

pelos tributos relativos aos

bens adquiridos ou remidos.

(15)

Caso...

Pedro vendeu seu veiculo automotor para Júlio, e ambos foram até o cartório para reconhecimento de firma do documento de transferência. Combinaram que caberia a Júlio a realização da transferência do documento no departamento de transito, pois Pedro iria viajar brevemente. Recentemente Pedro recebeu uma notificação do Departamento de Transito de sua região que conforme determina o Artigo 134 do CTB: “No caso de transferência de propriedade, o

proprietário antigo deverá encaminhar ao órgão executivo de trânsito do Estado dentro de um prazo de trinta dias, cópia autenticada do comprovante de transferência de propriedade, devidamente assinado e datado, sob pena de ter que se responsabilizar solidariamente pelas penalidades impostas e suas reincidências até a data da comunicação”. Por isso, seu nome foi inscrito em Dívida Ativa a partir

desta data, pois conforme consta, Júlio não adimpliu o IPVA, bem como a Taxa de Licenciamento do veículo, o que ensejaria pela ausência da comunicação a responsabilidade do Pedro. Como consultor jurídico avalie o caso em tela.

(16)

Jurisprudência...

Súmula 585 - STJ

“A responsabilidade solidária do ex-proprietário, prevista no artigo

134 do Código de Trânsito Brasileiro – CTB, não abrange o IPVA

incidente sobre o veículo automotor, no que se refere ao período

posterior à sua alienação”.

(17)

Art. 131

São pessoalmente

responsáveis:

I - o adquirente ou remitente,

pelos tributos relativos aos

bens adquiridos ou remidos.

(18)

Art. 131

São pessoalmente

responsáveis:

II - o sucessor a qualquer

título e o cônjuge meeiro,

pelos tributos devidos pelo

de cujus até a data da

partilha ou adjudicação,

limitada esta

responsabilidade ao

montante do quinhão do

legado ou da meação;

(19)

Art. 131

São pessoalmente

responsáveis:

III - o espólio, pelos tributos

devidos pelo de cujus até a

data da abertura da

(20)

Art. 192

Nenhuma sentença de

julgamento de partilha ou

adjudicação será proferida

sem prova da quitação de

todos os tributos relativos

aos bens do espólio, ou às

suas rendas.

(21)

Jurisprudência...

MULTA. TRIBUTO. RESPONSABILIDADE DO ESPOLIO. NA

RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA DO ESPOLIO NÃO SE

COMPREENDE A MULTA IMPOSTA AO "DE CUJUS".

TRIBUTO NÃO SE CONFUNDE COM MULTA, VEZ QUE

ESTRANHA

AQUELE

A

NATUREZA

DE

SANÇÃO

PRESENTE NESTA. RE 95213 SP

-

11 de Maio de 1984

TRIBUTARIO.PROCESSUAL CIVIL.SUCESSÃO.MULTA. 1.

Responde o espólio pelos créditos tributários, inclusive

multas, até a abertura da sucessão. 2. Aplica-se a multa em

razão de tributo não recolhido e regularmente inscrito na

dívida ativa antes do falecimento do devedor. 3.Recurso

especial provido. (REsp 86.149/RS, 2ªT., rel. Min. Castro

Meira, j. 19-08-2004).

(22)

Caso...

Flávia proprietária de um imóvel próprio não realizou o pagamento do IPTU vencido em 10.02.2011, e por isso, foi inscrita em Dívida Ativa. Ocorre que em 10.05.2013, realiza a venda do imóvel para Cristina, que no registro abriu mão da apresentação da Certidão Negativa.

O Fisco ao identificar que não houve pagamento, realizou uma execução Fiscal em nome de Flávia em 05.01.2014, que nos autos da Execução se manifestou como ilegítima, por força do artigo 130 do CTN.

O Procurador do município ao receber tal informação, requereu o redirecionamento ao novo proprietário, por força do artigo 203 do CTN: “A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo anterior, ou

o erro a eles relativo, são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a parte modificada.”

(23)

Caso...

Outro argumento utilizado pelo fisco, é o que determina o artigo 2º, parágrafo 8º da Lei 6.830/80:"Até a decisão de primeira instância, a Certidão de Dívida Ativa poderá ser emendada ou substituída, assegurada ao executado a devolução do prazo para embargos.“

O Advogado do contribuinte entende que deveria ser aplicado neste caso a Sumula 392 do STJ que veda a modificação da sujeição passiva no processo de execução.

(24)

Art. 134

Nos casos de

impossibilidade de exigência

do cumprimento da

obrigação principal pelo

contribuinte, respondem

solidariamente com este nos

atos em que intervierem ou

pelas omissões de que

(25)

Art. 134, P.U

O disposto neste artigo só

se aplica, em matéria de

penalidades, às de caráter

moratório.

(26)

Art. 134, P.U

I - os pais, pelos tributos

devidos por seus filhos

menores;

II - os tutores e curadores,

pelos tributos devidos por

seus tutelados ou

curatelados;

III - os administradores de

bens de terceiros, pelos

tributos devidos por estes;

IV - o inventariante, pelos

tributos devidos pelo espólio;

(27)

PÓS GRADUAÇÃO

Referências

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