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DIVISÃO COM MATERIAL DOURADO

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Academic year: 2021

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DIVISÃO COM MATERIAL DOURADO

MORAES, A. T. V.; BRITO, L. C.

RESUMO: O presente trabalho visa analisar que o método de ensino, através do

material dourado oferece resultado satisfatório para a resolução de problemas na aprendizagem de matemática que envolva divisão, avaliando a sua importância nas instituições de ensino. Busca-se definir e diferenciar este método, analisando a sua contribuição no desenvolvimento dos educandos. Trata-se de uma pesquisa aprofundada em autores que relatam sobre o assunto em questão, buscando assim o entendimento para a aplicação na prática como docente além da aplicação de um plano de aula utilizando esse método. Sabendo que existem certas dificuldades na aprendizagem de matemática, o estudo busca analisar as dúvidas que cercam tal problemática no contexto da reflexão sobre o processo de ensino aprendizagem, atentando as características do aluno assim como às do professor, já que ambas são peças chave para compreender o contexto da aprendizagem escolar.

PALAVRAS-CHAVE: Educação Matemática; Material Manipulável; Divisão. ABSTRACT: This study aims to analyze the method of teaching, through the

golden material provides satisfactory result for problem solving in learning mathematics involving division, evaluating its importance in educational institutions. We seek to define and differentiate this method, analyzing their contribution in development of students. This is a thorough search on authors who report on the subject in question, thus searching for understanding the practical application as well as the application of teaching a lesson plan using this method. Knowing that there are certain difficulties in learning mathematics, the study explores the questions surrounding this issue in the context of reflection on the teaching and learning process, noting the characteristics of the student and the teacher, as both are key to understanding the context of school education.

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1 INTRODUÇÃO

O uso de materiais manipuláveis tem-se constituído como uma forma de diminuir as barreiras entre o abstrato e o concreto no ensino da matemática. Com isso supõe-se que ao utilizar-se o material manipulável este seja capaz de levar o aluno a compreender, raciocinar e resolver os cálculos e os problemas apresentados abstratamente favorecendo o processo de ensino aprendizagem.

De acordo com Piaget as crianças de 7 a 11 anos estão na fase de operações concretas. É nesta fase que a criança consegue realizar operações mentais a partir de uma ação que foi realizada de forma física anteriormente. Mas observando as dificuldades encontradas por alunos do 6º ao 9º ano em realizar a operação de divisão, optou-se por usar material manipulável chamado material dourado para desenvolver o raciocínio e fazer uma ligação entre essa etapa concreta e os algoritmos.

Os materiais manipuláveis promovem formas específicas de participação entre alunos e professor. Por isso é importante que o professor conheça o método e os materiais que irá utilizar para fazer com que esse momento de aprendizagem seja significativo e não somente um passa tempo.

2 REFERENCIAL TEÓRICO:

De acordo com Krupa (1994), uma das ideias mais difundidas quando se fala em educação e processo ensino-aprendizagem da matemática, é a que diz respeito ao fracasso escolar, ou seja, alunos que não conseguem acompanhar o ritmo dos colegas e acabam ficando para trás, sem entender muito onde e porque fracassaram. Segundo Patto (1990), um dos maiores problemas na educação é o fracasso escolar, tema muito significativo para os professores e profissionais da educação. Em uma sala de aula há alunos individualmente diferentes, com ritmos e estilos de cognição diferentes e motivações diversas, constituindo um mapa de aprendizagens, totalmente peculiar.

E há certamente aqueles que aprendem menos que os outros, mais lentamente que os outros, diferentemente dos padrões esperados, há os que

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aprendem mais rapidamente que os demais e que rapidamente se desinteressam das atividades, tendo problemas de disciplina.

Frente às altas taxas de insucesso escolar, ainda se tenta localiza-lo na própria criança, deixando a problemática a ser resolvida pela família e pelo profissional de saúde. Isentando-se das responsabilidades a instituição escolar e os sistemas sociais delegam a este profissional, e ao de saúde, a tarefa de resolver a questão. Segundo Delors (2000), o professor deve ensinar aquilo que seu aluno necessita, e não aquilo que ele acha que seu aluno precisa. Além de adequar esses conhecimentos à capacidade do seu aluno, pois “não há preconceito do que tratar igualmente aquele que não é igual”. (p.212).

Mantoan (1999) relata que são fundamentais as situações diferenciadas de aprendizagem que permitem em todos os alunos estabelecer os seus próprios planos para alcançar os objetivos, dando-lhes liberdade e autonomia para definir os métodos de trabalho a serem utilizados para realizar a aprendizagem.

Assim, é importante que o professor se atente a diversificar seus métodos para que todos indistintamente possam aprender.

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O trabalho consiste em utilizar material dourado (material em madeira ou plástico que contém vários cubos pequenos, barras com dez unidades, placas com cem unidades e um cubo grande que representa mil unidades) e entender o processo algoritmo da divisão. Primeiramente apresenta-se o material para os alunos para conhecer e entender como ele funciona. Nesse momento já se trabalha valor posicional do número (unidade, dezena, centena e unidade de milhar), valor máximo trabalhado com essas turmas.

Após esse momento, convida dois alunos para iniciar a atividade. Já em dupla, pede para que um aluno pegue um número pedido (Ex: 120 1 centena e duas dezenas) e distribua entre os dois. Inicialmente deixe que faça de forma livre, e a tendência é que comecem pelas dezenas (o que vai dar um pra cada), em seguida irão perceber que uma centena não dá para repartir, então discuta o

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que eles pensem o que pode ser feito, até que se conclua que tem que trocar uma centena por dez dezenas.

Depois de realizado a troca necessária, distribui as dez dezenas entre os dois e conta à quantidade que cada um ficou chegando à conclusão que cento e vinte divido por dois é sessenta.

A próxima etapa é formar um grupo com três pessoas e refazer as etapas citadas anteriormente, mas agora, com o cuidado de escolher um número que tenha que trocar as dezenas por unidades também, lembrando que enquanto esse grupo realiza a atividade proposta os demais auxiliam em todo o processo com sugestões para se resolver a situação. Aqui já comece a intervir para que eles percebam que começar a divisão pelo valor posicional maior facilita o processo e consequentemente entenderão o porque se inicia assim no algoritmo.

Na sequencia divida a sala em grupos com quatro a seis alunos que irão realizar a mesma atividade, só que envolvendo números maiores (dividendo) por divisores maiores (quatro, cinco ou seis). Não deixar de acompanhá-los, pois como esse trabalho não foi realizado na fase certa (7 a 11 anos), como diz Piaget, provavelmente eles terão algumas dificuldades.

Quando perceber que todos os alunos compreenderam o processo com o material manipulável, levá-los a interligar as trocas realizadas com o material e as trocas feitas no algoritmo, o quociente e a quantidade que cada um fica, e o que sobra no centro da divisão com o material com o resto. Faça uma revisão dos termos usados na divisão (dividendo, divisor, quociente e resto) e também do que é divisão exata e não exata.

Para finalizar, propõe uma situação problema que envolva o mesmo e avalia-se qual processo o aluno utilizou para realizar a atividade e se esse processo apresentou resultados positivos ou não.

4 CONCLUSÕES

Observa-se que com a utilização do material dourado os educandos absorveram com mais facilidade a ideia da divisão, fazendo com o auxílio da professor-intermediador as relações necessárias entre a concretude do material e

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o uso do algorítmo ao mesmo tempo em que desenvolveram o cálculo mental, valor posicional e a nomenclatura adequada de tal operação.

Percebe-se ainda que o processo de aprendizagem na disciplina de matemática deve se estruturar de forma a possibilitar o desenvolvimento pessoal e profissional dos professores. Enfim, com esse trabalho pode se perceber que cada criança é de um jeito e cada lugar tem sua realidade, mas que um professor com muita disposição, pesquisa e vontade pode fazer a diferença nesse meio escolar, levando a todos os educandos sem distinção a aprender. Há que se conjecturar idéias que provoquem transformações reais no saber, ser e fazer do professor. (GIESTA, 2001).

A continuação desse trabalho é extremamente importante, pois comparando com outros parecido em outras realidades pode aprimorá-lo ou debate-lo.

5 REFERÊNCIAS

DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez, 2000.

GIESTA, Caporlíngua Nágila. Cotidiano escolar e formação reflexiva do

professor: moda ou valorização do saber docente? Araraquara: JM, 2001.

KRUPA, Sonia Portela. Sociologia da educação. São Paulo: Cortez, 1994.

MANTOAN, Maria Tereza. A integração de pessoas com deficiências: contribuição para uma reflexão sobre o tema. São Paulo: Memmon, 1997.

PATTO, Maria Helena Souza. A produção do fracasso escolar: histórias de submissão e rebeldia. São Paulo: Queiroz, 1990.

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