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EXCELENTISSÍMO SENHOR CONSELHEIRO FABRÍCIO MOTTA, DIRETOR DA 4ª REGIÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DE GOIÁS

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Rua 68, nº 727, Centro, Goiânia–GO-CEP:74055-100-Fone:3216-6243-www.tcm.go.gov.br/mpc

EXCELENTISSÍMO SENHOR CONSELHEIRO FABRÍCIO MOTTA, DIRETOR DA 4ª

REGIÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DE GOIÁS

O Ministério Público de Contas dos Municípios do Estado de Goiás, no uso das

atribuições que lhe são conferidas pelo art. 94, I, da Lei Orgânica do TCMGO (Lei Estadual nº

15.958/07) e pelo art. 115, I, do Regimento Interno do TCMGO (Resolução Administrativa n°

73/09), vem à presença de Vossa Excelência oferecer REPRESENTAÇÃO, nos termos do art.

208, II, do RITCMGO, pelos fatos e fundamentos expostos seguir.

I – DA LEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS

O artigo 94, inciso I, da Lei Orgânica do TCM/GO (Lei Estadual n° 15.958/07), dispõe

sobre a atribuição dos Procuradores de Contas para promoverem a defesa da ordem jurídica

requerendo perante o Tribunal de Contas dos Municípios as medidas de interesse da Justiça,

da Administração e do Erário.

Já o artigo 208, inciso II, do RITCM/GO, ao tratar especificamente sobre os legitimados

para representação perante o Tribunal, estabelece que:

Art. 208. Têm legitimidade para representar ao Tribunal de Contas dos Municípios: (...)

II – Membros do Ministério Público de Contas junto a este Tribunal;

Em face disso, é inequívoca a aptidão do autor para provocar o Tribunal.

II – DA COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS

A Lei Orgânica do TCMGO dispõe que compete a esta Corte de Contas “exercer a

fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial das prefeituras e

câmaras municipais demais entidades instituídas e mantidas pelo Poder Público Municipal

” (art.

1º, inciso II, da Lei Estadual n.º 15.958/07).

Além disso, a Lei autoriza, expressamente, a iniciativa deste Tribunal para realizar

fiscalizações e auditorias, nos seguintes termos:

Art. 1º Ao Tribunal de Contas dos Municípios, órgão de controle externo, compete, nos termos da Constituição Estadual e na forma estabelecida nesta Lei:

(2)

[...]

V - realizar, por iniciativa própria ou da Câmara Municipal, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo e Executivo municipais e demais entidades instituídas e mantidas pelo erário municipal;

[...]

Art. 19. O Tribunal exercerá a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial das unidades dos Poderes Municipais e das entidades da administração indireta, inclusive das fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público Municipal, na forma estabelecida no Regimento Interno, para verificar a legalidade, a legitimidade e a economicidade de atos, contratos, convênios, termos de parceria e outros ajustes, das aplicações das subvenções e renúncias de receitas, com vistas a assegurar a eficácia do controle que lhe compete e a instruir o julgamento de contas de gestão.

Explícita, assim, no caso, a competência do TCMGO para a matéria.

III – FATOS E FUNDAMENTOS

Este Ministério Público de Contas (MPC), no exercício de suas atividades rotineiras de

guarda da lei e fiscal de sua execução, constatou vícios na estrutura remuneratória de cargos

em comissão na Prefeitura Municipal de Niquelândia.

A – Da concessão de gratificações por atos infralegais

Extrai-se da leitura da Lei Complementar nº 14/2009 de 04 de maio de 2009, que

dispõe sobre a Estrutura Organizacional do Poder Executivo do Município de Niquelândia, a

previsão de acréscimo ao vencimento de cargo de provisão em comissão de até 2/3, como

gratificação de representação, calculada sobre o valor do vencimento do respectivo

cargo, consoante art. 33 do Diploma Legal.

Em pesquisa ao Sistema Informatizado deste TCM, pesquisou-se a folha de pagamento

dos municípios goianos referente ao exercício de 2020, elaborada pela Superintendência de

Gestão Técnica desta Casa, o que viabilizou a extração de todas as informações necessárias

que compõem o vencimento dos servidores, consoante planilha anexada no final desta peça

exordial.

Cumpre destacar a irregularidade da concessão da gratificação a servidores

comissionados denominada

“Representação”, com base no art. 33 da Lei Complementar nº

14/2009, já que possibilita a concessão de benefício remuneratório por ato infralegal, ao permitir

que o Chefe do Poder Executivo estipule o percentual sobre o vencimento para se obter o valor

da gratificação, sem que a lei estabeleça pormenorizadamente os requisitos a serem cumpridos

pelo servidor para obter essa vantagem.

(3)

Nesse sentido, elaboramos duas planilhas dos servidores comissionados da

municipalidade, contendo na primeira, os que percebem a mencionada gratificação, em

percentuais distintos, e, na segunda, os que não foram com ela contemplados, comprovando,

desta forma, a quebra de isonomia a critério da chefia.

Tamanha liberdade de ação administrativa não é discricionariedade, mas arbítrio.

Contraria a necessidade de respeito a valores imanentes à gestão de verbas públicas e abre

ensejo para favorecimentos que não se coadunam com a administração de recursos, a qual, em

última análise, pertence à própria sociedade local. A ausência de critérios objetivos para a

fixação do benefício indica claramente a quebra do princípio da impessoalidade, que deve

imperar no âmbito da Administração Pública.

Cumpre destacar que a Constituição Federal é expressa ao estabelecer o princípio da

reserva legal para a concessão de qualquer parcela remuneratória a servidores públicos,

conforme determina o seu art. 37, X, in verbis:

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

[...]

X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;

Além da exigência de lei específica, a Carta Magna apresenta, em seu art. 39, § 1º, as

diretrizes para a fixação dos componentes remuneratórios da Administração Pública, vejamos:

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas.

§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório observará:

I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira;

II - os requisitos para a investidura; III - as peculiaridades dos cargos.

O dispositivo supracitado estabelece os critérios a serem observados na fixação dos

componentes remuneratórios por meio de lei, afastando a possibilidade de graduação de

qualquer valor adicional por ato unilateral do Chefe do Poder Executivo.

(4)

Nessa senda, vale transcrever trecho do voto proferido pelo Desembargador Leobino

Valente Chaves

1

, do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, na ADI nº 275-8/200, in verbis:

Analiso, em primeiro momento, o modo pelo qual foram previstas as concessões das gratificações de representação de gabinete e de representação especial, ou seja, “em até 50%” do vencimento básico.

É induvidoso que tal critério permite uma margem de discricionariedade ao Chefe do Poder Executivo de estabelecer, nos limites daquele percentual, para mais ou para menos o valor das gratificações ali previstas, possibilitando-lhe uma atuação divorciada dos princípios basilares da Administração Pública que deve ser sempre legal, moral e impessoal.

Sob tal prisma, então, tais dispositivos normativos amostram-se inconstitucionais, na medida em que abrem caminho à prática de ato administrativo (concessão de gratificações) sem critério fixo em lei, segundo o alvitre do concedente.

O art. 92, caput, da Constituição Estadual dispõe no seguinte sentido:

“Art. 92. A Administração Pública direta, autárquica e fundacional e a indireta do Estado e dos Municípios obedecerão aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e:” É verdade, ninguém contesta, que servidores desempenhando a mesma função não podem ficar à mercê de receberem, segundo a ótica do Administrador, maior ou menor contraprestação pecuniária, sob pena de imposição de comando personalista, distorcido da finalidade pública de regência.

Marino Pazzaglini Filho (Princípios Constitucionais Reguladores da Administração Pública, 2ª ed., Atlas, 2003, p. 29) utilizando-se dos ensinamentos de Cármem Lúcia Antunes Rocha, observa, com precisão:

“...a impessoalidade administrativa é rompida, ultrajando-se a principiologia jurídico-adminstrativa, quando o motivo que conduz a uma prática pela entidade pública não é uma razão jurídica baseada no interesse público, mas no interesse particular de seu autor. Este é, então, motivado por interesse auxiliar (o que é mais comum) ou beneficiar parentes, amigos, pessoas identificadas pelo agente e que dele mereçam, segundo particular vinculação que os aproxima, favores e graças que o Poder facilita, ou, até mesmo, em prejudicar pessoas que destoem do seu círculo de relacionamento pessoais e pelos quais nutra o agente público particular desafeição e desagrado”.

A mesma interpretação impera quanto ao estudo da gratificação por encargos de curso ou concursos (art. 62 da Lei nº 1.318/93), por não apontar precisamente o valor da gratificação, relegando-o ao arbítrio do Chefe do Poder Executivo.

Esta Corte de Contas também tem decisões nas quais entendeu indevida a fixação de

gratificações por ato infralegal. Nesse sentido são os Acórdãos nº 00888/18 e nº 6054/16:

II - Dar procedência à Representação, no mérito, para converter o comando veiculado na medida cautelar concedida por meio do Acórdão AC nº 06932/17 em ordem definitiva, em razão das ilegalidades constatadas, para que se determine ao Prefeito Municipal de Caiapônia/GO que: a) se abstenha de conceder gratificação de representação com base em variação de percentual do vencimento, conforme dispõe artigo 58 e inciso I, do §3º, do artigo 59 da Lei nº 965/94.

b) promova no prazo de 60 dias a anulação de todos os atos de concessões de gratificações baseados no artigo 58 e inciso I, do §3º, do artigo 59 da Lei nº 965/94, haja vista os vícios de

1 Disponível em:

http://www.mp.go.gov.br/portalweb/hp/16/docs/adi_200800330026_regime_juridico_itaja.doc. Acesso em: 28 set. 2020.

(5)

legalidade e moralidade constatados, observando-se o contraditório e a ampla defesa e comprovando-se o cumprimento da medida neste Tribunal no referido prazo;

c) deflagre processo legislativo (Projeto de Lei à Câmara Municipal), no prazo de 30 dias, de alteração da disciplina remuneratória das gratificações de representação, a fim de prever valores fixos correspondentes à complexidade das atribuições, mediante lei formal, nos termos dos artigos 37, inciso X e 39, §1º da Constituição Federal, comprovando-se o cumprimento da medida neste Tribunal no mesmo prazo. (TCMGO. Acórdão nº 00888/18 - Tribunal Pleno. Processo nº 04610/17. Rel: Cons. Valcenôr Braz de Queiroz. 21/02/2018).

II - CONSIDERA-SE procedente a Representação, em razão da ilegalidade da gratificação concedida aos servidores comissionados do Município de Iporá, e da respectiva inconstitucionalidade da Lei Municipal que instituiu a referida gratificação. Nesse sentido, deve o Prefeito, senhor Danilo Gleic Alves dos Santos, atender às determinações relacionadas abaixo, sob pena de imputação de multa, com fundamento no art. 47-A, inciso X, da LOTCM:

a. PROMOVER no prazo de 60 dias a anulação de todos os atos de concessões de gratificações com base nos arts. 73 e 66 da Lei Complementar Municipal nº 01/08, observando-se o contraditório e a ampla defesa, e comprovando-se a medida a este Tribunal;

b. ABSTER-SE de conceder gratificações de representação e de função com base no art. 73 e o art. 66 da LC nº 01/08 e determine se aos seus auxiliares que também se abstenham de conceder essas gratificações, devendo comprovar perante esta Corte no prazo de 20 dias a publicação de ato nesse sentido;

c. INICIAR o procedimento administrativo de reavaliação da disciplina remuneratória das gratificações de representação dos cargos em comissão e das gratificações correspondentes às funções de confiança do Município, a fim de conferir-lhes valores fixos e mediante lei formal, consoante art. 37, X, e 39, § 1º, da Constituição da República, e comprove a deflagração perante esta Corte no prazo de 20 dias; (TCMGO. Acórdão nº 6054/2016 - Tribunal Pleno. Processo nº 18791/2014. Relatora: Conselheira Maria Teresa Garrido Santos. 14/09/2016)

Mais recentemente, o TCMGO encontrou prática semelhante de fixação de remuneração

por atos infralegais na Câmara Municipal de Anápolis, ocasião em que obstou, em sede cautelar,

novas concessões e alterações de valores já deferidos:

EMENTA. REPRESENTAÇÃO COM PEDIDO DE MEDIDA CAUTELAR. CÂMARA MUNICIPAL DE ANÁPOLIS. IRREGULARIDADES RELATIVAS À CONCESSÃO DE GRATIFICAÇÕES EM PERCENTUAL VARIÁVEL NO PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL. FIXAÇÃO POR ATO INFRALEGAL E EM PERCENTUAL VARIÁVEL. PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS LEGAIS. FUMUS BONI IURIS E PERICULUM IN MORA. DEFERIMENTO

(...)

2. CONCEDER medida cautelar (inaudita altera pars), para determinar ao Sr. LEANDRO RIBEIRO DA SILVA, Presidente da Câmara Municipal de Anápolis, que se abstenha imediatamente de conferir gratificações com valores definidos por ato infralegal e de aumentar, por ato infralegal, valores de gratificações já conferidas aos servidores efetivos e comissionados da Câmara Municipal, até decisão posterior deste Tribunal; (TCMGO. Acórdão nº 02748/2020 - Tribunal Pleno. Relator: Cons. Daniel Augusto Goulart. 10/06/20)

Também em decisão recente, este Tribunal de Contas confirmou o impedimento de fixar

gratificação por ato infralegal, vejamos:

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DENÚNCIA. OUVIDORIA. 1 – CONCESSÃO IRREGULAR DE GRATIFICAÇÕES A SERVIDORES COMISSIONADOS. SEM APLICAÇÃO DE MULTA. 2 – OMISSÃO NA REGULAMENTAÇÃO DE GRATIFICAÇÕES CONCEDIDAS MEDIANTE ATO INFRALEGAL. 3 – CONCESSÃO E MANUTENÇÃO DE GRATIFICAÇÃO COM PERCENTUAL ACIMA DO LIMITE LEGAL. 4 – DESCUMPRIMENTO DO PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE EM SÍTIO OFICIAL. 5 – MULTAS APLICADAS. PROCEDENTE. 1. É vedada a concessão de gratificações a servidores públicos ocupantes de cargo em comissão, uma vez que tal benefício é recebido apenas por servidores públicos efetivos e deve estar instituído por lei, nos termos do at. 37, inciso V da CF/1988. Diante da suspensão das concessões de gratificações, não enseja na aplicação de multa. 2. A regulamentação e concessão de gratificações a servidores públicos mediante ato infralegal é inconstitucional (Resolução), por violação direta à norma do inciso X do art. 37 da CF/1988, devendo ser estabelecido por lei em sentido estrito e por apresentar valores variáveis, segundo critérios não objetivos, viola também, a regra do §1º do art. 39 da mesma lei. 3. A concessão e manutenção de adicionais e gratificações a servidores públicos com o percentual acima do limite estabelecido em lei, feri os preceitos do art. 37, caput e inciso XIV da CF/1988. 4. A omissão da divulgação em sítio oficial de informações de interesse geral, bem como remunerações de servidores, juntamente com portarias e decretos do município, viola o princípio constitucional da publicidade e os mandamentos da Lei Federal n. 12.527/2011 c/c art. 7º, §3º, VI do Decreto n. 7.724/2012. 5. Os fatos denunciados procedentes motivam a aplicação de multas aos gestores responsáveis, nos termos do art. 47-A, VIII da LOTCMGO. (Acórdão nº 02193/20-Tribunal Pleno, relator: Conselheiro Francisco José Ramos, data do julgamento: 20/05/2020)2

Esta Procuradoria constatou, no levantamento realizado, que foram estabelecidos

diferentes percentuais para a percepção da gratificação aos ocupantes de mesmo cargo, citando

como exemplo, dentre vários outros: “Adm de unidade de saúde” – entre 40 e 50%, “Chefe de

setor” – entre 31,25 e 80% (Sra. Patricia Roberta S. Pimentel - Chefe de setor de triagem do

gabinete do prefeito – 31,25% e Sr. Nilson Júnior de Souza – Chefe setor recepção secretaria

municipal de educação – 80%), conforme se depreende da planilha anexa. Observa-se, também,

que o servidor Valber Luiz Gomes percebe a gratificação no percentual de 125%.

Registre-se, ainda, o desrespeito quanto à fixação dos percentuais que se limitam

a 2/3 do valor do respectivo vencimento, o que implica dizer, que o percentual máximo da

gratificação deve se restringir a 66,67%.

Por fim, restou evidente que não foi respeitada a isonomia sequer na concessão da

gratificação, eis que, cotejando as tabelas I e II, vários cargos constantes da tabela I

contemplados com a gratificação, também integram a tabela II, destinada àqueles

servidores que não percebem a questionada vantagem, como o caso de ocupantes do

cargo de Adm. de unidade de saúde, Chefe de Departamento, Chefe de Setor etc.

Isso demonstra a concessão de gratificações em percentuais distintos, por atos

infralegais, ao alvedrio do Chefe do Poder Executivo, ou seja, sem o estabelecimento de

critérios definidos em lei, malferindo os princípios da impessoalidade e da legalidade.

2 Disponível em:

https://www.tcmgo.tc.br/ecs/d/d/workspace/SpacesStore/2f654cd3-cf12-48fd-8a18-410ba8240368/00359.PDF. Acesso em: 23 mar. 2021. Digitally Signed by REGIS GONCALVES LEITE:32972776100-AC SOLUTI Multipla v5

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Diante disso, resta comprovada a inconstitucionalidade do artigo 33 da Lei

Complementar nº 14/2009, do Município de Niquelândia, uma vez que permite a fixação de

verba remuneratória dos servidores do Poder Executivo por ato infralegal, em violação direta ao

art. 37, X, da CF/88.

B) Da concessão de gratificação a servidores ocupantes de cargos comissionados

Adicionalmente, salienta-se a mácula de inconstitucionalidade do art. 33 da Lei

Complementar nº 14/2009, já que o pagamento de gratificação a servidores comissionados é

irregular ante a própria natureza do cargo, que exige dedicação integral e se destina às funções

de chefia, direção ou assessoramento. Assim, a função a ser gratificada já é inerente ao cargo,

nos termos do art. 37, V, da Constituição Federal, sendo que a remuneração já compreende a

contraprestação por essas atribuições (chefia, direção ou assessoramento). Vejamos doutrina

3

sobre o tema:

As gratificações, por sua vez, são vantagens pecuniárias atribuídas de forma precária a servidores que prestam serviços comuns da função em condições anormais de segurança, salubridade ou onerosidade (gratificações de serviço ou propter laborem), ou concedidas a servidores que reúnam as condições pessoais que a lei especifica (gratificações pessoais ou propter personam). Por conseguinte, em regra, aos servidores ocupantes de cargo em comissão é devido o pagamento de gratificações, como, por exemplo, insalubridade por serviço noturno e salário-família, desde que devidamente instituídas por lei e expressamente estendidas aos servidores comissionados.

Porém, existem algumas gratificações que, por sua natureza jurídica, são incompatíveis com o regime de comissionamento, destinado apenas às funções de direção, chefia e assessoramento, nos termos do art. 37, V, da CF. As gratificações relativas ao exercício de função de confiança são indevidas a servidores ocupantes de cargos em comissão, visto que o exercício de função gratificada (função de confiança) está expressamente reservado a ocupantes de cargos efetivos, nos termos do art. 37, V, da CF.

[...] Corrobora essa conclusão o fato de que o mesmo dispositivo constitucional, nos seus incisos XVI e XVII, veda a acumulação de cargos, empregos e funções pública;

[...] A vedação ao percebimento de gratificação por exercício de função se deve não apenas por ser reservada exclusivamente a servidores efetivos, mas, também, devido à impossibilidade de se acumular a função com o exercício do cargo em comissão.

[...] A gratificação pelo exercício de função de confiança possui várias denominações, de acordo com cada estatuto que rege a matéria, pois, devido à diversidade dos diplomas legais, em alguns é tratado como gratificação de função, em outros como gratificação de representação, função gratificada, etc.

Qualquer que seja a denominação dada, consubstanciando-se na definição de função de confiança, é indevido o pagamento da gratificação correspondente ao servidor ocupante de cargo em comissão.

3 SANTOS, Vinicius Nascimento. Pagamento de gratificação a ocupante de cargo em comissão. Revista Brasileira de Direito Municipal – RBDM, Belo Horizonte, ano 15, n. 53, p. 53-54, jul/set. 2014.

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Acerca desse assunto, este Tribunal de Contas possui o entendimento do Acórdão

AC-CON nº 008/2014, que possui a seguinte ementa:

EMENTA: Ao servidor comissionado é vedada a percepção de gratificação pelo exercício dos cargos de direção, chefia e assessoramento, porquanto o cargo já é destinado exclusivamente ao exercício de tais atribuições (art. 37, V, CF). Somente por lei específica é possível a fixação ou a alteração de remuneração dos servidores, sendo vedada a vinculação ou equiparação salarial. PUBLICAÇÃO DOC: 221, de 19.09.2014. p. 147.

Em decisões recentes, o TCMGO confirmou o impedimento de comissionados

perceberem gratificação, vejamos:

REPRESENTAÇÃO. 1 – PREVISÃO INCONSTITUCIONAL NA LEI MUNICIPAL DE PAGAMENTO DE GRATIFICAÇÃO A SERVIDOR COMISSIONADO. PARCIALMENTE PROCEDENTE. 1. Ao servidor comissionado é vedada a percepção de gratificação pelo exercício de cargos de direção, chefia e assessoramento, porquanto o cargo já é destinado exclusivamente ao exercício de tais atribuições, bem como o exercício de função gratificada (função de confiança) está expressamente reservado a ocupantes de cargos efetivos, nos termos do art. 37, V, da CF/1988. (Acórdão nº 04862/20-Tribunal Pleno, relator: Conselheiro Francisco José Ramos, data do julgamento: 09/09/2020)

Nesse mesmo caminho, o Tribunal de Contas do Paraná, no Acórdão nº 948/13

Tribunal Pleno

4

, assim decidiu:

Sobre esta questão, cumpre salientar que este Tribunal de Contas, em Consulta de nº 19947-2/05 formulada pelo Município de Centenário do Sul averbou não ser possível que servidor municipal ocupante de cargo em comissão acumule função gratificada e dedicação exclusiva, senão vejamos: “[...]O pagamento de gratificação aos ocupantes de cargo em comissão fere ao princípio da moralidade, eis que o cargo comissionado é remunerado por subsídio, fixado em parcela única sem qualquer acréscimo. O cargo em comissão já reflete a execução de regime integral e dedicação exclusiva, sendo desproporcional a concessão de tal aditivo; [...]

4 – O Servidor Público Municipal ocupante de Cargo em Comissão pode acumular Função Gratificada e Dedicação Exclusiva?

Não e não. Quanto à dedicação exclusiva, os cargos em comissão já pressupõem comprometimento análogo a essa gratificação, sendo incompatíveis com o pagamento de tal verba. No tocante à função gratificada, os cargos em comissão têm mesma premissa, qual seja, o desempenho de atividade de direção, chefia ou assessoramento, sendo que, por pressuporem dedicação exclusiva, não poderão os cargos em comissão serem acumulados com outras funções.

No caso em tela verificam-se contornos fáticos diferentes, pois o pagamento de Gratificações por Encargos Especiais ao servidor Clodoaldo Farinha, estava amparado pela Lei Municipal nº 1170/1993 (peça nº18, fls. 8-9):

Art. 86. Aos ocupantes de Cargos de Provimento em Comissão, o Prefeito poderá conceder gratificação de encargos especiais.

4 Disponível em: http://www1.tce.pr.gov.br/multimidia/2013/4/pdf/00244539.pdf. Acesso em: 22 mar. 2021. Digitally Signed by REGIS GONCALVES LEITE:32972776100-AC SOLUTI Multipla v5

(9)

Parágrafo único - o valor da gratificação será fixada entre os limites de trinta a cem por cento dos vencimentos que receber, tendo em vista a essencialidade, complexidade e responsabilidade de determinadas funções ou atribuições, bem como as condições e natureza do trabalho das unidades administravas correspondentes. Deste modo, forçoso tecer algumas considerações sob o viés constitucional da situação apresentada.

Assim, ainda que exista Lei Municipal permitindo a concessão de gratificação por encargos especiais, trata-se de norma infraconstitucional inconstitucional, a qual não pode prevalecer ou se sobrepor à Constituição Federal, devendo ser modificada a fim de que se adeque ao teor constitucional.

Como bem destacado no parecer ministerial, dada a natureza das atividades exercidas pelo detentor de cargo em comissão (de chefia, assessoramento e direção), as mesmas já pressupõem o exercício de um encargo diferenciado de serviços, de natureza própria e especial. Não há que se falar, no caso, em percepção da remuneração do cargo em comissão, acrescido de gratificação por encargos especiais. Ressalte-se, inclusive, que a legislação municipal ao prever referida vantagem, sequer discrimina que atividades especiais seriam estas a autorizar o seu pagamento, possibilitando, inclusive, que o gestor determine a porcentagem a ser atribuída ao servidor (entre 30% e 100% dos vencimentos). Deste modo, cabível sanção ao gestor Sr. José Ronaldo Xavier responsável pela concessão da gratificação a servidor comissionado, a quem aplico multa administrativa, nos termos do artigo 87, inciso IV, alínea “g”, da Lei Complementar nº 113/2005:

(ACÓRDÃO Nº 948/13 - Tribunal Pleno, Processo nº 521565/09)

Com efeito, o exercício do cargo em comissão, pela sua própria natureza intrínseca de

direção, chefia e assessoramento, não possibilita o pagamento de gratificações pessoais ou

propter personam, independentemente da nomenclatura que se dê a tais verbas.

Ademais, pagar gratificação pelo simples exercício das atribuições do cargo configura

nítido pagamento em duplicidade, uma vez que o servidor, ao receber seu vencimento, já é

remunerado pelo desempenho de suas funções.

O atual período crítico requer reavaliação do planejamento financeiro e elaboração de

um plano de contingenciamento de despesas, sendo fundamental a identificação das despesas

irregulares, afigurando-se como despesa pública ilegal e ilegítima, conforme o art. 70 da

Constituição Federal, violando diretamente a Recomendação Conjunta nº 01/2020, a qual prevê

que a sua natureza orientadora não isenta os jurisdicionados de responsabilização futura por

consequências que poderiam ser mitigadas ou eliminadas, caso as medidas nela sugeridas

tivessem sido implementadas (item 2.10).

Por todo o exposto, é de suma importância que o TCMGO promova uma ampla

fiscalização do Poder Executivo de Niquelândia, em razão da concessão da vantagem

denominada

“Representação” por meio da Lei Complementar nº 14/2009, a fim de determinar

providências com o intuito de sanar as irregularidades apontadas.

IV – DO PEDIDO

(10)

Ante o exposto, este Ministério Público de Contas pugna pelo conhecimento da presente

Representação e requer:

a) a notificação do Prefeito Municipal de Niquelândia para que remeta a esta Corte, no

prazo de quinze dias úteis, esclarecimento acerca das concessões da Gratificação de

Representação, a servidores comissionados, com fundamento no artigo 33 da Lei

Complementar nº 14/2009, juntando aos autos cópia dos atos concessórios, dos atos de

nomeação, da motivação utilizada para sua prática, dos critérios adotados para a definição dos

percentuais, dentre outros documentos considerados pertinentes pelo gestor;

b) a fiscalização da regularidade das gratificações concedidas com base no artigo 33 da

Lei Complementar nº 14/2009, com requisição dos quantitativos, dos atos concessórios, dos

atos de nomeação, da motivação utilizada para sua prática, dos critérios adotados para a

definição dos percentuais, dentre outros documentos e informações considerados relevantes

pelas unidades técnicas deste TCMGO, com vistas a determinar a correção de atos cuja

irregularidade reste confirmada, bem como para determinar a correta disciplina remuneratória

na Câmara Municipal, em conformidade com os art. 37, V e X; art. 39, §1º, e art. 61, § 1º, II, “a”,

todos da CF/88, alertando ao responsável, Prefeito Municipal de Niquelândia, que a concessão

de gratificações indevidas a servidores comissionados pode levar à aplicação de multa (art.

47-A, VIII, da LOTCM), acarretar imputação de débito e irregularidade de contas;

c) ao final, seja considerada procedente a presente Representação, adotando-se as

medidas saneadoras que o caso requer. (PROC)

Ministério Público, em Goiânia, aos 05 dias do mês de abril de 2021

Regis Gonçalves Leite

Procurador de Contas

Anapaula

(11)

PLANILHA I – SERVIDOR COMISSIONADO COM GRATIFICAÇÃO – ART. 33 –

LC.14/2009 NIQUELÂNDIA

Nome Órgão Cargo Vínculo Salário Gratificação %

VALDIRENE DIVINA R. ESPINDOLA FUNDO MUN. DE SAUDE ADM. DE UNIDADE DE SAÚDE Comissão 1000,00 400,00 40,00% MARCOS ANTONIO P. DOS SANTOS FUNDO MUN. DE SAUDE ADM. DE UNIDADE SAUDE Comissão 1000,00 500,00 50,00% RHAYANNE RAMOS SANTOS FUNDO MUN. DE SAUDE ADM. DE UNIDADE SAUDE Comissão 1000,00 500,00 50,00% HELENIRA P. DA SILVA ARAUJO FUNDO MUN. DE EDUCACAO ASSESSOR ADJUNTO SEC. EDUCAÇÃO Comissão 1000,00 250,00 25,00% WOBEER CORREA FUNDO MUN. DE A. SOCIAL CH. GAB. SEC. ASSIST. SOCIAL Comissão 1500,00 1000,00 66,67% JANETE RIBEIRO DA COSTA FUNDO MUN. DE EDUCACAO CH. DEPART. ARQUIVO Comissão 800,00 200,00 25,00% SONIA MARIA GOMES MARTINS FUNDO MUN. DE EDUCACAO CH. DEP. ZELADORIA SEC. EDUCAÇÃO Comissão 800,00 455,00 56,88% CASSIA ROSA FONTES PALMEIRA FUNDO MUN. DE EDUCACAO CH. GAB. SEC. EDUCAÇÃO Comissão 1500,00 1000,00 66,67% WEBER MENEZES PORTUGUES FUNDO MUN. DE SAUDE CH. GAB. SEC. SAUDE Comissão 1500,00 500,00 33,33% PATRICIA ROBERTA S. PIMENTEL FUNDO MUN. DE A. SOCIAL CH. ST. TRIAGEM GABINTE PREFEITO Comissão 640,00 200,00 31,25% NILSON JUNIOR DE SOUZA FUNDO MUN. DE EDUCACAO CH. ST. RECEPÇÃO SEC. EDUCAÇÃO Comissão 500,00 400,00 80,00% IRANI MARIA PEIXOTO FUNDO MUN. DE SAUDE CH. DEP. CONTROLE EM SAUDE SEC. SAUDE Comissão 800,00 200,00 25,00% FABIULA FERNANDES T. GUSMAO FUNDO MUN. DE A. SOCIAL CH. DEP. ORGANIZAÇÃO E EVENTOS Comissão 800,00 200,00 25,00% VALBER LUIZ GOMES FUNDO MUN. DE EDUCACAO CH. DEP. ALMOXERIFADO SEC. EDUCAÇÃO Comissão 800,00 1000,00 125,00% MAISA CORREA DOS SANTOS PREF. MUN. DE NIQUELANDIA CONTR. LEG. E DOC. DA PROC GERAL DO MUN Comissão 3200,00 1600,00 50,00% GILMA JOSE DA SILVA FUNDO MUN. DE A. SOCIAL COORD MUTIRÃO E CIDADANIA SEC DE A. SOCIAL Comissão 800,00 198,00 24,75% MARLENE DE ALMEIDA ABREU FUNDO MUN. DE A. SOCIAL COORD MUTIRÃO E CIDADANIA SEC. A. SOCIAL Comissão 800,00 200,00 25,00% FLAVIA SOARES PESSOA FUNDO MUN. DE SAUDE COORD. ATENCAO BASICA SEC. SAUDE Comissão 2000,00 1300,00 65,00% ANA JUDITH ROSA V. FREITAS FUNDO MUN. DE A. SOCIAL COORD. DE CURSOS SEC A. SOCIAL Comissão 800,00 200,00 25,00% MARIA DE FATIMA S. TORRES FUNDO MUN. DE A. SOCIAL COORD. DE CURSOS SEC. A. SOCIAL Comissão 800,00 200,00 25,00% MARIA MADALENA DE BRITO FUNDO MUN. DE A. SOCIAL COORD. DE CURSOS SEC. A. SOCIAL Comissão 800,00 200,00 25,00% DENIZE ALVES DE SOUSA FUNDO MUN. DE A. SOCIAL COORDENADOR DE PROGR. PROJETO . SOCIAIS Comissão 800,00 500,00 62,50% EDRIANA RODRIGUES SANTANA FUNDO MUN. DE A. SOCIAL COORDENADOR DE PROGR. PROJETO . SOCIAIS Comissão 800,00 200,00 25,00% LAYLA LORRANY A. SILVA FUNDO MUN. DE A. SOCIAL COORDENADOR DE PROGR. PROJETO . SOCIAIS Comissão 800,00 198,00 24,75% FLAVIO EDUARDO F. MELLO FUNDO MUN. DE SAUDE DIRETOR ADM. DE HOSPITAL MUNICIPAL Comissão 2750,00 750,00 27,27% GLEDSON SOUZA MAIA FUNDO MUN. DE SAUDE DIRETOR CLINICO DO HOSPITAL Comissão 2750,00 1800,00 65,45% DEBORAH SANTOS REGIS FUNDO MUN. M. AMBIENTE ENC DA AREA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL Comissão 1200,00 800,00 66,67% DEJANIRA DAMIAO PEREIRA FUNDO MUN. M. AMBIENTE GERENTE DE FISCALIZAÇÃO DO MEIO AMBIENTE Comissão 1500,00 1000,00 66,67% HENRIQUE CESAR N. R. FILHO FUNDO MUN. M. AMBIENTE GERENTE DE RECURSOS HIDRICOS Comissão 1000,00 666,00 66,60% GEANDRA FERREIRA ROSA FUNDO MUN. DE A. SOCIAL GERENTE DO PETI Comissão 1500,00 500,00 33,33% HILDA GERALDA S. BRANT SANTOS FUNDO MUN. DE SAUDE SUPERITENDENTE DA SAUDE BUCAL Comissão 2750,00 1830,00 66,55% INACIA GONCALVES LOPES FUNDO MUN. DE A. SOCIAL SUPERV. DE CURSOS E CAPAC. SEC. A. SOCIAL Comissão 2000,00 500,00 25,00%

*66,67% DE GRATIFICAÇÃO CORRESPONDE A 2/3 DO SALÁRIO DO SERVIDOR

(12)

PLANILHA II – SERVIDOR COMISSIONADO SEM GRATIFICAÇÃO – ART. 33 –

LC.14/2009 NIQUELÂNDIA

Nome Órgão Cargo Vínculo

LEIA PONTES NERES FUNDO MUN. DE SAUDE ADM. DE UNIDADE DE SAÚDE Comissão

VALERIA A. BORGES FUNDO MUN. DE SAUDE ADM. DE UNIDADE DE SAÚDE Comissão

ANDREIA F. TOLEDO FUNDO MUN. DE SAUDE ASSESSOR ADJUNTO SEC. SAÚDE Comissão

JOSENALDO S. NEVIS FUNDO MUN. DO MEIO AMBIENTE ASSESSOR ADJUNTO SEC. MEIO AMBIENTE Comissão HELENA DALVA C. MATOS FUNDO MUN. DE ASSIST. SOCIAL ASSESSOR ADJUNTO SEC. ASSIST. SOCIAL Comissão VALDIRENE APARECIDA M. S. SOL FUNDO MUN. DO MEIO AMBIENTE CH. ST. APOIO OP SEC. MEIO AMBIENTE Comissão AUREA APARECIDA CHARLES FUNDO MUN. DE ASSIST. SOCIAL CH. DEP. CONVENIO SEC. ASSIST. SOCIAL Comissão DEUSIMAR RODRIGUES LOPES FUNDO MUN. DO MEIO AMBIENTE CH. DEP. PROD. E MUDAS SEC. MEIO AMBIENTE Comissão

MARIANA DIAS FAGUNDES FUNDO MUN. DE SAUDE CH. DE CONTROLE ACOMP,F M.SAUDE Comissão

IZABELLA FERNANDES DOS SANTOS FUNDO MUN. DE SAUDE CH. DE GAB SEC. SAUDE Comissão

LEIDIANE PEREIRA DE SOUZA FUNDO MUN. DE SAUDE CH. DE ST. RECPÇÃO SEC. SAUDE Comissão

MARIA DE JESUS PEREIRA DA SILVA FUNDO MUN. DE SAUDE CH. DE ST. RECPÇÃO SEC. SAUDE Comissão

ROSA ADRIANA FERREIRA FRANCA FUNDO MUN. DE SAUDE CH. DE ST RECPÇÃO SEC. SAUDE Comissão

LUANA ALMEIDA DE BRITO FUNDO MUN. DE ASSIST. SOCIAL CH. DEP. BENEFÍCIOS SOC.SEC. ASSIST. SOCIAL Comissão GENIVAL LOPES TEIXEIRA FUNDO MUN. DE ASSIST. SOCIAL CH. DEP. CADASTRO DO PETI SEC.ASSIST. SOCIAL Comissão

LUZIA FURTADO DE OLIVEIRA FUNDO MUN. DE SAUDE CH. DEP. SUPRIMENTO ALMOXARIFADO Comissão

PAULO SERGIO MARTINS DE SOUZA FUNDO MUN. DO MEIO AMBIENTE CH. DEP. DE CONTR. E DE QUAL.- SMA Comissão MAYHARA JORDANNA L. COSTA FUNDO MUN. DE EDUCACAO CH. DEP. DE EXEC. ORÇ. E FINANCEIRA Comissão

KEILA CORREIA DA SILVA FUNDO MUN. DO MEIO AMBIENTE CH. DE ST. DE RECEPCAO Comissão

LILIAM GEBRIM FUNDO MUN. DE ASSIST. SOCIAL CH. DE ST. DE RECEPÇÃO- SEC. ASST. SOCIAL Comissão

ELISMAR RAMOS DAS NEVES FUNDO MUN. DE EDUCACAO CH. DE ST. RECEPÇAO SEC. EDUCAÇAO Comissão

CJANE GONÇALVES DIAS FUNDO MUN. DE ASSIST. SOCIAL CH. ST. RECEPCAO SEC. AMB.SOCIAL Comissão VALDIRENE C. V. MACHADO FUNDO MUN. DO MEIO AMBIENTE CH. ST. RECEPCAO SEC. M AMBIENTE Comissão

ADRIANA CRISTINA M. SILVA FUNDO MUN. DE SAUDE CH. ST. TRIAGEM SEC. SAUDE Comissão

CLEIDE A. COELHO RODRIGUES FUNDO MUN. DE SAUDE CH. ST. TRIAGEM SEC. SAUDE Comissão

MILIA FERREIRA DE MENEZES FUNDO MUN. DE SAUDE CH. ST. TRIAGEM SEC. SAUDE Comissão

ERICA DE SOUZA BORGES MARTINS FUNDO MUN. DE EDUCACAO CH. ST.TRIAGEM SEC. EDUCAÇÃO Comissão

FERNANDO RAMOS PIMENTEL FUNDO MUN. DE EDUCACAO CH. ST TRIAGEM SEC. EDUCAÇÃO Comissão

LETICIA EVANGELISTA AZARIAS FUNDO MUN. DE SAUDE CONTROLADOR DO CENTRO DE R. CREN Comissão

FERNANDA C. R. DOS SANTOS FUNDO MUN. DE ASSIST. SOCIAL COORD. ASSISTENCIA SOCIAL Comissão

ALENCASSIA A. A. RODRIGUES FUNDO MUN. DE ASSIST.SOCIAL COORD. PROG. E PROJ. SOCIAIS Comissão IZAMAR VITORINO DE ARAUJO FUNDO MUN. DE ASSIST. SOCIAL COORD. PROG. E PROJ. SOCIAIS Comissão MARIA ADRIANA R. C. GAMA FUNDO MUN. DE ASSIST.SOCIAL COORD. PROG. E PROJ. SOCIAIS Comissão MARIA VILMA P. S. FERNANDES FUNDO MUN. DE ASSIST. SOCIAL COORD. PROG. E PROJ. SOCIAIS Comissão

CLAUDIO SILVA DE JESUS FUNDO MUN. DE EDUCACAO COORD. TRANSPORTE ESCOLAR Comissão

IRACY PEREIRA DOS SANTOS FUNDO MUN. DE SAUDE COORD. PROGRAMA/CONVENIO Comissão

TALES HENRIQUE M. SANTOS FUNDO MUN. DE ASSIST. SOCIAL COORD. CURSOS SEC M. ASSIST. SOCIAL Comissão NEUZA DE FATIMA A. SOUSA FUNDO MUN. DE ASSIST. SOCIAL GERENTE CENTRO REF. SEC. ASSIST.SOCIAL Comissão

IGOR DE FREITAS ARAUJO FUNDO MUN. DE SAUDE GERENTE DE COMPRAS PARA A SAUDE Comissão

JUNIO MARQUES P. SILVA FUNDO MUN. DE EDUCACAO GERENTE DE CURSOS E EVENTOS SEC. EDUCAÇÃO Comissão

EDIANA PEDROSO DA SILVA FUNDO MUN. DE ASSIST. SOCIAL GERENTE DE RECP E. TRIAGEM Comissão

JOSE VALMIR VAZ FUNDO MUN. DE SAUDE GERENTE DE RECP. E TRIAGEM SEC. SAUDE Comissão

Referências

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