THJBSH
SOBRE OS TRES POXTOS SEG(TINTESI.
—
SCIEXCIAS MEDICAS.DO IODO ,SIASPREPARAÇÕES MEDIC,IVIES
.
DIALSEJ \ A SI\ACtlOAO TRATAMENTO DASMOLÉSTIASEMQIB ÉRECLAMADO.
II.
—
SCIEXCIASACCESSOMAS.
OLE.PAPEL REPRESENTA 0 FLIIDO ELECTRIC
«
OUGALYANICO NOSPIIENOMENOSDAVIDA ? (II.
—
SCIENCIASCIRÚRGICAS.
QUINTASSEROSASTEM OU PÓDE TER 0 APPARELIIO GENITO
-
URINÁRIO , COMO SEDISTINGUE!OUSEDEMONSTRlOTApresentadaáFaculdadedeMedicina do Rio de Janeiro,esustentada cm10 de Dezembro de1851
rot
JOSE COXSTWC
.
IO DE OLIVEIRA E SILVA DOCTOR EM MEDICINA PEI.A MESMA FACl'LDAPENatural da Proví ncia de Minas Geraes FlLIIOLEGITIMO DE
FRANCISCO JOSÉ DASILVA
Ill'j ï (UK«Uni*.orHW rtfou tat I« Ms ntrvll«il laoaurn a,«,1 ;att,14
.
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ÏPOGRAPIIIAUNIVERSAL DE
LAEMMERT
Ruados Inválidos,Gl B 1851
MCMIM
IIE
MEDICINA
no mo
DE JANEIRO
.
DIRECTOR..C o m
.
«.
.
"!»«-
JOSÉ MARTINS o* CRÜZ JOBIM.
LENTES PROPRIETÁRIOS. OSi<J>Sas
.
DUBTOBIS: I.»Asso.IMiyaica Medica
.
BotanicaMedica,c Principio*elementaresde Zoologia
.
F
.
'D«P.
CÂNDIDOF.F.ALLEMÂO,Examinador \)
2
.
®Asso.
Glúmica Medica,cPrincipio*elementare*de Mineralogia.
Anatomia geral e descriptiva.
)
J
.
V.TORRESIIOMEM J.M.NUNES GARCIA.3.»Asso
.
J.M.
NUNESGARCIA. .L
.
DKA.r.D* CUNIIA.Examinador. . .
Pbysiologia.
Anatomia geraledescriptira. 4
.
®Asso.Patliologia geralc externa
.
Palhologia geraleinterna.Pharmacia ,Materia Medica, especialmentea Brasileira,Therapeutica e Arte deformular. J
.
B.D« ROSA. .
.J.J.D* SI LXA. . .
.
)
J.J
.
D* CARVALHO,Presidente 5.®Asso.Operações,Anatomiatopographica eApparelhos
.
Partos,Moléstiasde mulherespejadas eparidas,ede meninosrecem
-
nascidos. C.
R.MONTEIRO L.
t*C.FEIJO',ExaminadorÎ
6.®Asso.
c sSANTOS T.
G J.
M.D»C.JOBIMHygieneeHistoria de Medicina
.
Medicina Legal.HM
-
:**Ï.'Mi
.
*M.F.
P.
D«CARVALHO.
.
. .
ao t».®M.
D« \.PIMENTEL.. . .
Clinicaexterna e Anat.Pathologie» respectif »
.
Clinica internaeAnat.Pathologie»respectif ».LENTES SUBSTITUTOS
.
jSecçãodas Sciencia*accessorias
.
jSecção Medica. !SecçãoCirúrgica
.
A.
M.DRMIRANDAaCASTROF.G
.
D* ROCHA FREIRE , Examinador.
A.
F.MARTINSF
.
FERREIRAD* ABREUSECRETARIO. Da.LUIZCARLOSD AFONSECA.
JV
.
li.A Faculdadenauapproranemreprova asopiniões emittidasnasTheses que lhesão ntadas.AOS
MANES
DE MEUS
SEMPRE
CHORADOS
PAIS
.
A
.ME
:
Us PREZADOS
;
IRM
ÃOS
FRANCISCODEPAULA DASILVA,JUNIOR, <ommrndndor da Ordern de ChristocCavallciradaImperialOrderndaRosa.
SILVESTRE JOSÉ DA SILVA
.
Recebei,Senhores,estahumildeprova deintimaamizade,que vos dedicao
VossoIrmão.
D. CONSTANÇA EUFROZINA DA SILVA E OLIVEIRA. D. FRANCISCA JOSEPHINA DA SILVA
.
Du. FRANCISCO JOSÉ DE ARAUJO E OLIVEIRA.Terminando minha carreiranão podiaolvidar vossos desvelos ,e interesse pela minha felicidade.É semduvidamuitomesquinhaestaprova,para vosmostraro quanto vos sou grato,porémmarcandoestetrabalho amêlade minhacarreira,lambemdevo elleassignalar a época emquevossa dedicação para comigo mais semanifestou.Consenti poisque cu
aquiescrevaosvossosnomes,comoeuostenlioescriptos nomeu
corar
ãoe naminha gratalembrança
.
AOSMEUS VERDADEIROS AMIGOS
© JIL
“
® Sr.
íllajor fíilufstrc 3osc /rcirc c sua uirtuosa ©sposa. Sr.
(tcncntc
-
CoronrlfHanocl
Silucstrc .freire. Desdeaminha infelizinfanciaemque perdimeusadorados Pais,n3oconhecioutros amigos senãovós,uuecomo verdadeirosPais,vos tendes sempre mostrado cheios deinte -resseededicaçãopela minhafelicidade.O meumais ardentedesejo ésempremostrar
-
vos a minha gratidão.
Recebeiportantoesta fructo dos meustrabalhos,como umalimitadaprovadoquantovossoudevedor.0 311.mo
AOILL *SR.SILVESTRE ALVES DE AZEVEDO. Senhor
.
Aquicumpre-
me agradecer-
vos os cuidados quetomastespelaminhaeducação , comomeuTutore Amigo: dignai-
vos pois deaceitar estaofferta,fructo dosmeusestudos, elucubraçõescoino uma recordação doquanto cooperastespara aminhacompletaeducação.Á MINHA QUERIDA PRIMA D. ALEXANDRINA CANDIDA DE BRITO
.
A MINHA PRIMA E CUNIIADA
D. EUFROZINA CANDIDA DE BRITO FREIRE DA SILVA ÁSMINHAS PRIMAS
I). JOSEPHINA AMELIA FREIRE DE MESQUITA. I). EUFROZINA AMELIA FREIRE. AOSSfHKTJIPAIDJEEHHOIS VISIR©AE)IBnS(0>AIfflKB©
Sr. «floriano feite Ribeiro. © 311.mo
ÁMINIFY MADRIMIA 21 311.'“•c 0r.ma Sra. D
.
2lnna 3osrpl)a beSouja frite
.
AOILL.-
SR.ANTONIO PINTOLEITE E SUA EX.
“ FAMÍLIA AOILL.
“*SR.
COMMENDADOR A\ASTACIO LEITE RIBEIRO BSUA E\.
“ ‘FAMÍLIA.
—
AOS MEUS PREZADOS E SINCEROS AMIGOS
OS SRS
.
CORONEL JOSÉ CARNEIRO DE MENDONÇA FRANCO JOÃO BAPTISTACARNEIRO.
FRANCISCO DE PAULA CARNEIRO EDUARDO CARNEIRO DE MENDONÇA
.
MELCHIOR CARNEIRO DE MENDONÇA.
ASILL.“"EEX.”"SENHORAS D. ANNA FIRMTNA OF
.
ALMEIDA LEITE.
D. MARIA VENANCIA l)E ALMEIDA LEITE.
Aamizade verdadeirae constanteque sempre dedicastes a mim,eaminhafamílianãodata dehontem;não é portantocornestatãopequena oITerta queeu desejovosmostrarminha gratidão,cilanada maispódesignificarsenão o desejo que cu tenhodesemprevosmostrar agradecidopolointeressequotomáveispela ultimarão deminhacarreira.
A© sósseas©Am©©
Sr. intente 3oíto 3e>5c be Araujo e 0lii>eira
.
0 311.moAO ILL.""SR. MAJOR
JOAQUIM JOSÉ DE OLIVEIRA M.AFRA E SUA EX.”* FAMÍLIA. -^&Htf.VSess
3o 311
.
"•Sr.
Dr.
JOSÉ JORGE DA SILVA.c
<
£.moSr. Oariïo bc 3tambc E SUA EX.“* PAMILIA
.
m o
Aomeu prezadoAmigo o Sr. CustodioTeixeira Leite. Admiroas nobres esublimes qualidadesque constituemvosso caracter.
3o 311
.
moAOILL
.
“0SR. JOSÉ EUGENIO TEIXEIRA LEITE. Pequena prova de amizadoesympathia.
Sr. /elirianno Coelljo Duarte, OfficialdaImperialOrdemdaRosa,Cavallciroda deChristo , Commandante Superior
da Guarda Nacional doMunicípiode Itarbaccoa
.
E A TODA SUA RESPEITÁVEL FAMÍLIA, ESPECIALMENTE AO ILL.m#SR
.
DR.
JOSE RODRIGUES LIMA DUARTE. 311.moAOS MEUS AMIGOS E COLLEGAS OS SRS. DOUTORES
MANOEL FAUSTINO CORRÊA BRANDÃO
.
PEDRO RETLM PAES LEME.
EUGENIO CARLOS DE PAIVA.SILVERIO JOSÉ LESSA
.
GERVASIO PINTO DE GOES E LARA.
AOSICTUS EHŒ ECffiitIfiï©©S 1$COZJUI&ÀS
OS SRS
.
DOUTORESPEDRO MARIA DA FONSECA FERREIRA
.
JOSÉ FRANCISCO NETTO.
JOÃO NOGUEIRA PENIDO.
AOSMEUS BONSAMIGOS ECOMPANHEIROS
OS SENHORES
CASSIANO AUGUSTO DE OUVRIRA LIMA
.
JOAQUIM CLAUDIO DE SALLES.CARLOS ANTUNES HUDSON.
3o meu Slmigo o Sr
.
3oiloDicira
bo nascimento.ASI EU PRIMOEAMIGO OILL.ro°SR
.
DR.
FRANCISCO BONIFACIO DE ARREU. AO EX."0 SR. CONEGO JOSÉ ANTONIO MARINHO ,
Gommendadorda Ordern de Christo
.
Camarista Secreto deSuaSantidade.
Cura da FrcgueziadoSS.Sacramento,«fcc,& c
.
Homenagemáintelligentsiaeillustração.=
*Sí:<3-
:S>AO ILL."0SR.COMMENDADORJOSÉ MAXLMIANORAPTISTA MACHADO,
Moçoda Imperial Camara.
rvi.
O ILL
.
"°SR.
DR.
JOÃOJOSÉ DE CARVALHO.
Aceitai,Senhor,estemeutrabalhocomoprovade respeito ao vosso saber, e docavalheirismo ebondadecom que vosdignastes encarregar
-
vos da presidência desta These.V ILUSTRE FACULDADE
1
)E MEDICIXA DO RIO
DE JWEIRO
AO ILL.”0 SR. DR. ANTONIO
FEUX MARTIN'
S.
Recebeiestaprovado quanto admiro vossa grandeintelligence,illustrate esublimes qualidades.
AO ILL."* SR. DR. LUIZ DA CUNHA FEIJQ*
.
Tributo de homenagemao distincteProfessor.
PRIMEIRO
PONTO
Do Iodo
,suas prepara
çõ
es medicinaes
:
Qual
seja
a
sua ac
çã
o no tratamento das
molé
stias
em que
é
reclamado
.
Noções pbysicas
.
O iodo é um corpo simples pertencente áclasse clos métalloïdes , descoberto por Mr.Courtoisem1811.Mr
.
(îay-
bussac foiumdosquemais estudou as principaes propriedadesdestecorpo,eporcausadabellacôr ròxa deseusvapores é que elleochamou Iodo, dapalavra grega que quer dizervioláceo ou còrde violetas.
Ellenãoexistelivre na natureza, assimcomo oehloro e obromo, estecorposeachasempre unido ao sodio eaopotássio formandoioduretos.
Em algumas plantas marinhas,taescomo asdifferentes especies de fucus, e sobretudo nossargaços , nasesponjas, nasaguas domar,emdiversos molluscos , e em certas aguasmineraos Iodo. É solido na temperatura ordinaria, seu cheiro é '•ncontra-
se o-
>2ei~desagradavel e semelhante ao docliloro e do bromo, temumaspecto brilhante, eeste brilho é denincinzentometallico
.
Elleseapresenta em forma de laminas rhomboidaes, largas, brilhantes, e muitas vezesem oetaedros allongados quandosecryslallisa.
Seupeso especi ûcoéde4,948; elleentra em fusãonatemperatura de107.
°evolatilisa-
sea175.
*dando vaporesdeumabellacor roxa.
Noções chimicas.
0 iodo é muipoucosolúvelnaagua, quedellenãodissolvesenão 0,007 de seu pesonatemperatura ordinaria ;porémé muito solúvelnoether,e noalcool,aquem communica uma córescura mui carregada.Estadisso
-lução alcoolica deposita pela evaporaçãocrystaes de iodo,ellaprecipita pela agua quedeliaseparaimmedialamente o iodosobaforma de um precipitado escuro.
Sobre as substancias organicasestecorpo temuma acçáodestructive,ecolóra de amarelloaepiderme ,eopapel,&c .Esta coloraçãodesapparecesobainfluencia deumatemperaturaelevada, seo contactonãotemsidoprolongado,oquedestruiria completamenteamate -riaorganica;oiodo neste caso combina-secom ohydrogenioda substancia para formar oacido iodhydrico ouhydriodico.Ellenão é alteravelpela luz, e nem ooxygenioo ataca natemperaturaordinaria;porémemuma temperatura rubrapódecombinar-se
comelleeformar ácidos,eooxvdo de iodo,cuja existência muitoschimicos poemem duvida.
Umadas pro-priedadesmais notáveis destecorpoé produzir,quandoemcontactocom oamido, uma combinação decòrazul que tem o nome de iodureto de amido.Tambémsecombina com alguns outroscorpos,coinoopotássio,o bario,ocálcio, oenxofre,chumbo, mercúrio,<fcc.Extracção e preparação do Iodo
.
Reduz-se a cinzasossargaços e outras especies de plantas marinhas, lavão
-
se estas cinzas,e delias se tirão tantoquanto épossível ossaesestra->3<r
-nhospormeio deevaporações eresfriamentosreiterados
.
Depoislança-
se nas aguas mais acido sulphurícoconcentrado , ajunta-
se bi-oxydo de manganez,eaquece-
se denovo.
Obtem-
seentão o iodo, queseprecipita pó; lava-se eaquecidodenovoem umaretorta ellesevolatilisa, e condensa-
se em forma de laminas no recipiente: secca-
se entre duas folhasde papel,econserva-
seemumvasobemfechado.
em
Preparaçõesmedicinaes.
0iodolivrequasiquenãoéempregadosenão externamente: combinado
porém elle tem grande valortherapeutico
.
Tratemos demostrar assuasprincipaespreparações que seempregão emmedicina
.
Applica
-
seo iodo cm tintura etherca ou alcoolica, conforme ella é preparada.
Nasseguintesproporções sepreparaatintura :Iodo
—
1 parte,Alcool
—
12 p.
Dissolve
-
sepor meio deumbrando calor,e depoisíiltra-
se.Injecçãoiodada deMr.Velpeau
.
Tintura de iodo§ß Aguadislillada§iij. É empregadanoscasos de hydrocele.
Emprega-se tambémoiodo em pommadafeitacom 18grãos de iodo 3ivde banha
.
Emprega-
se em fumigações.
Ioduretos metallicos
.
Temosoiodureto de potássio, oqual ó branco, apresenta
-se em forma
dc crystaescúbicos; é déliquescente, epor isso muito solúveln’aguae alcool;pode,como outrosioduretosalcalinos,conter maior quantidade de iodo,passando então ao estado de iodureto de potássio ioduretado.
no-
î*44-Applica
-
seoiodureto de potássio dissolvido uagua distillada naspropor -çõesseguintes:.
. 1 parte. 16 p
.
(Magendie.
)Ioduretodepotássio .
.
Agua distillada. .
.
.Emprega
-
se era forma depommadadamaneiraseguinte: Iodureto depatassioBanha fresca
.
Prefere
-
se algumas vezesps preparações como iodureto de potássio ioduretado.
grãosXVIII.
8
-
jIoduretodebarioouhydriodatode barita
É branco,crystallisadoempequenas agulhas,desaboracre,emuisolúvel nagua:póde-seobtè-lo precipitando o ioduretodeferropela barita.A pommada doiodureto debario compõe
-
sede:Iodureto de bario Banhafresca
. .
grãosIV. 5j
-Oiodureto de cálcio indicado por Breratemas mesmas applicaçoes.
0iodureto doenxofreapresenta
-
se emforma de uma massa escura, de aspecto crystallino.
Mr.
Biett oempregaempommada,cujacomposiçãoéamesmaqueado iodureto de bario.
0ioduretodeferro de còr verdeescura, apresentando
-
seem placas quebradiças,ó um excellente meilicamento muipreconisadopor alguns autores,como Magendie,Ricord,Dupasquier &c.
,contraasescrophulaso chlorose.Mr.Bouchardat julga mais conveniente applicar-
se este medica-mentoempilulas porser elle muito alteravel.0proto
-iodureto de
ferrodá-se também misturado a um xarope;etambém empastilhas.0iodureto dechumbo seapresentacomumabella
còramarella,é poucosolúvelnagua friae ainda menosnagua quente. Administra-se este iodureto cm pommada naproporçãoseguinte:
Iodureto de chumbo Banha fresca
. .
.
.
-T»5
lnleriormcnte lambemseadministracmpilulas.
Iodurctodechumbo .
Conserva de rosas . . .
Y.S.A.Hi:cadaumacontém 1 \de grão doiodureto.
Pommadadeioduretode clmrnbo:
Iodureto de chumbo .
Hanhafresca
. . grãos 3(>.
• • 3j. 5j*
Temoslambemoproto,osesquieobi-iodurelodemercúrio; oprimeiro
emmedicina.0proto
-
iodureto éo oultimo sãoos únicosempregados
am
.
«reiloesverdeado,volatil,insolúvelnaguae noalcool;facilmente esteproto-ioduretosetransformaemhi-iodureto.
0 proto
-
ioduretoemprega-
3eempilulasjkoolica;eisumadasformulas:
])0inmada e em tintura
,em
Proto
-
ioduretodemercúrio . . . grãos12.Thridaceo .
Para 1-18 pilulas.
2eseropulos. (Hielt.)
Pommada de proto
-
iodureto.Proto
-
ioduretode mercúrio . . . grãos 20.Hanha fresca 3 ß«
0 bi-iodurelo évermelho, insolúvel nagua,porémsolúvelno alcool
quente;volatilisa-sefacilmente e combina-secomoschloruretos alcalinos,
efazentãoopapel deatidos.Asformulas,comquescempregaestemedi -camento,são asmesmas queas«lo[»rotoiodureto.
0 iodureto dearsénico éuma preparaçãoempregadaemmedicinacom
grandesvantagens,principnlmentenasmoléstias depelle,emalgunscasos
de dartrosroedoresetuberculosos; sua coré de umhello vermelhocomo
adolacre,iundindo
-
sefacilmente,eéempregadoempommadanapro-porção seguinte:
Iodureto«le arsénico
Hanha fresca
dósede 1
/
5degrãoaté3 grãos pordia.Oiodureto«!•; ouroé pulverulento,amarelloesverdinhado
,insolúvelnaguafria,empre-lono ,
• • g r J
-. . 3j.
—
>6<-ga
-
se damesmamaneira,enasmesmascircumstonciasqueuioduretodomercúrio
.
Mr. Boucliardatrecommendaumnovomedicamento,oiodoforme, cujo
saboré doce, enada tem decorrosivo
.
Bileconsideraestemedicamento«orno mui vantajoso substituindo ao iodo, cujas propriedades locaes
irritantes sãomuitopronunciadas
.
Accao physiologica.
Entrandonaapreciaçãodaacçàophysiologicadoiodosobre
animal,adoptaremosaordemque seguio em seu tratadodeMateria medica
oillustreprofessordePadua(Giacomini);umavezqueadoptaraos as ideas,
e asabiadoutrina dessa obra philosophica felizmenle introduzida como compendioda Escola deMedicinadesta corte pelo illustre professor de
Materiamedicadamesma Escola
.
Nósjamais confundiremosos efleitosmecanico
-
chimicos do medicamento que nosoccupacom osdynamicos.«los« piaesnosoccnparemosmaisespecialmente,poisquecsobre ellesque
repousaa verdadeiraacção therapeutica,oua«[uellaque sempre occupou
mais seriamenteoespiritodos homensdaarte
.
Assimpois, estudaremosscparadamenle os efleitos do iodo sobre a economia, começando por
mostrarseus eíTeilos sobre osanimaes, sobreohomem noestadodesaude,
edepoissobre as moléstias emqueó reclamado.
aeconomia
Effeitos sobreos animaes.
M.Magendie, administrandoacãesatintura de iodonãovioproduzir
-
se outrophenoineno ou symptomaolémdovomito.
M.Orfilu dando desdeuma até très oitavas de tintura iodica envenenou animaes desta especie,notando nellesmovimentoscontí nuos dedeglutição,evacuaçõesnlvinas, abatimentoprogressivo, porém sem omenor signalou apparencia de dòr , de convulsões e de paralysia
.
A autopsia cadavérica nestes animaes mostrou o estomogoe os intestinos cobertos de uma camada mucosa,-
>7rodeadasde uma zonaamarella
.
M.Devergie administrandoumaa duas oitavas deproto-
iodureto depotássio,observou osmesmos plienomenos.Estesal injectado nas veiasinalou instantaneamente a cães,aosquaes
foi administrado. Para os toxieologistasestes plienomenosrevelão noção irritante, e esta éa conclusão que parece ter sido por elles inferida, assim como por outros muitos autores
.
Elles não attendent senão ás escoriações, ús manchas, vermelhidão e outras alterações que npresentão os intestinos e o estumago dos animaes sacriíicadosexperiências
.
Para ellesa acção uiecanico-
chimica do iodo, assimcomode todasassubstancias que delia gozãoem gráu maisou menos «•levado, ésó de per si capazde explicarou determinara mortenos animaes em que ella tem lugar
.
Esta conclusão é para nósabsurda, c de nenhum valor, quandose
sabeporfeitaroente quegrande partedessas alterações,dessas manchas,
que apresenta »> estomago «lesses animaes envenenados, podem ser
produzidas depoisdamorte, e «pieconseguintemente cilasnãooflerecem
uma prova cabal para explicar
-
sea morte.
A pathologia vem aindacontra umasemelhantemaneira de concluir, pois«jueninguém ignora
quetodaainliam mação temum períodoa percorrer;esseperiodotem uma duração,atequeaterminaçãofatal tenha lugar
.
Comopoder-
se-
ha pois conciliar estes factos ouestascondições pnlhologicascom n rapidez«la morte , que ordinariamente tem lugar logodepois de ingerida a
substancia?
uma
nas
Não temos nós visto grandes ulceraçõesnosintestinos dosindividuos que forãootlectados de febrehphonic,c estesdurarempormuitotempo,
•
; muitas vezesserem curados? As inllaminações intensaseagudas do apparellio digestivo,cuja mucosanos temsido mostrada pelaautopsia toda amollecidaccheia de manchas, nãopermiti irãomuitasvezestantos dias de vidaaosindividuos delias otlectados?Como pois querer queasligeiras na mucosa«lt»estomago, e«juesendotão limitadaainllammuçãoahi produzida pela sua acçãoirritante mecanico -«himica decidào em tãopoucas horas«lavidados queatemsolTrido ?É pois evidente que esta acção«loiodonão«'*suíliciente paradeterminar tão violentamente amorte,equeauma outradevemos attribui
-
la: póde ser senão a acção dvnamicamanchas produzidas pelo iodo
e estanão ou consecutiva á absorpção «lo medicamento:ella é «le uma natureza byposthenisanleenãoirritante, «omodemonstraremos.
-
äs8ei-\ào negamos, c antes reconhecemos<(uc osefleitos irritantesprove
-nientes da acçãolocalouinecanico
-
cliimira doiodo podem muitas vezessópor si determinaramortenosindivíduosquesoflVòrãoasua influencia:
tal seráa gravidadedesta acçáo, masaindaassim ellanãopoderáser tão
violenta, comoa quedeterminaoefleitodynamicodo medicamento,e que vimosproduzir
-
se nosanimaes, segundo os autores..'
I. Giaconiinidizterobservado queosefleitos do iodocessão,quandooalcoole outro
-excitantes sãoapplicadoscontra edles
.
M.
Magendieemsuasexperiencias.
injectando uma oitava de tintura de iodoemcães, não vioproduzir-se
efleito algum sensivel
.
Diz ainda M.Giacominiqueeste factoteriaJugarseunidosingredientes desta tinturanãofossedotadodeumaacçáoopposta ádo outro
.
Effeitos sobre o homem no estado de saude
.
Oiodoproduz sobreapelleumamancha amarellada ;omesmo aconlee»-quandoseservede uma dissolução de hydriodato de potassa, a pelle «olora
-
sedeamarello,ccobre-
sedepequenas postulas.
Comovimosquando tratámosdaspropriedades chimicasdoiodo ,asua acçáosobre amateria organica, outra explicaçãonãopodemos «laraofactodacoloração senão amesma acçãochimica. Ellatemlugar também nocadaver , e offerece muita analogia com a côrparticular,eulceraçãoque se encontra no esto-mago dealguns cadavcres.
Quando se toma nina pequena dósede iod<* pela koccasente-
seum ligeiro calor na garganta, expecloraçãoligeira.
augiiientode appetite cautores,umemmagrecimento geralsedeclaraquandosecontinuaatomar este medicamento; c este eminagrecimento póde degenerar ,segundo alguns ,emuniaplitisica nervosa
.
MojsisovitzdeVienna diz,queexperi -mentando oiodo esuas preparações, notou sobre mais de oitocentos doentes accidentesgravíssimos,comoodesapporecimenlo dosseios, do> testículos,<&c.
PorémM.
Trousseaueoutrosdizem nãoterobservado esses accidentes,pois que usandocontinuamente«latinturae dealgumasoutras preparações de iodo,nãonotarãocircumstancia alguma grave.
Segundoa -observaçõesdeHaup, Kollci, Schmid , Gairdner,os plienomenosproprio -aacção do iodosãotremoresaprincipionasmãos,edepoiscmtodoo corpo.
grondeemissãodeourinas, esegundoalgun -uma-
ï» í>«í~anxicdadc,prostrarão,frequência cfraquezadopulso
.
A cdemacia das pernas, os suores frios, os olhosencovados ,orostopallidoealterado tambémsãophenomenosobservados
porKolleieGarrdencr;segundoelles, phenomenostem sidoseguidosdamorte.
M.
Fegnolio diz , queos effcilos do iodo são analogos aos dos mercuriaes, eque aquclles não differem destes, sen ão emque ossegundostem uma acção particular sobreasglandulassalivares, entretanto queosprimeiros, istoé,osdoiodo temasuaacçãoparticularsobreaglândulathyroïde.
M.Trousseaudiz ter observado umavezasalivaçãoproduzida poreste medicamento.
Wallace diztertambémobservadoomesmophenomeno.
Nósnotaremosquetodos estesphenomenos queparecemoudenuncião mesmo umaacçãoirritante ouhypersthenisantesãoantesdevidas ú acçãolocal doremedio,doqueá sua acçãogeraloudynamic;». M.Goutliierdiz nunca1erobservado o emma-grecimento,usandodoiodureto depotássio,e quanto aodesapparecimento dasglandulasmammares edostesticulos,Wallace,Bicord eKlug,nunca oobservarãopraticando em grandes hospitaes.Pelos effeitos que semanifeslãonãosó sobroosanimaes,comotambém sobreo homem emestado desaude, não duvidaremos collocaromedica
-estesmentoquenosoccupa na classednquelles queMr
.
Giacomini denomina hyposthenisantes. Adiante veremos comoestaacçãosemanifesta sobre o apparelho lymphaticoglandular; pelo queotem este autordenominado lymphatico-glandular
,que é uma das classes dos seus medicamentos. Quando todas, ougrandeparte das moléstiasemquea acção do iodoé reconhecida como vantajosa,tem sidoiguatmentetratadas eom proveito pelosmercuriaes,cuja acçãohyposlhenisante lymphatico-
glandularestá fora de duvida, quandoessas mesmasmoléstias debelladas pelo iodoo sãoigualmentepelas sangrias,eporoutroshyposthenisantes,poderemos nósduvidar daacçãohyposthenisantedo iodo? Poderiaelledebellaressas moléstias, se não fosse dotado da mesmaacção queosmercuriaes,as sangrias, oscmollientese outros muitos hyposthenisantes? \ào só a analogia queexiste entrea acçãodo medicamentoque fazoobjectode nossadiscussão, cadosmercuriaes, tambem os factos que nos tem oíTerecido suaacçãophysiologicanos animaes,cnohomemno estado de sande,nos autorisáo dealguma maneiraadeduziraevidenteacçãohypos -thenisante do iodo.
Entretantoestesfactos,em que pareceexistiruma grandecontrariedadepelamaneiradifferenteporque elles tem sidoiuter->01« ,
-
»>10<-prelados, temsido chamados em auxiliopor algunsautorespara pórem em duvidaa verdadeira acçãophysiologicadoiodo
.
Ellesconfundirão os effeitosquesódeveriâo serattribuidosá acçãomecanica do remedio com osque resultãode suadadosseparadamente,quando emfimasdifférentescondições individual nãosão attendidas,acontrariedadeentre osfactos seráumaconsequência necessária ,poisque sabemos quantopodemestas influencias individuaes modificar aacçãodosmedicamentos
.
Insistiremos ainda, queesta contra -riedade entre os factos observadospelosdifferentesautores,nãodepen -dendo senãoda differente maneira porqueelles os teminterpretado, náu nosabala daconvicçãosobreaverdadeiraeincontestável acçãohyposthe -nisante doiodo.acçãodynamics
.
Quando esteseffeitosnãosãoestu-Nós vamosapresentaralgumas interessantes observações feitas porM
.
Gouthier sobre o iodureto de potássio.
Estasobservações nosmostrarão evidentemente que os effeitos ouaacção irritante attribuidaao iodo não tem outra origem sen ão em suapropriaacção local,enão em suaacção geral ou dynamica, pois(pienão podemosconceber como oiodo simples -mente, ou aquellas preparações emqueestecorpo existeemumestado livre , como natintura, tenha , abstrahindo desua acçãolocal, uma acção dynamica differente da do iodureto de potássio.
Aquellas preparações, comohapouco dissemos, emque o iodoseacha,comoqueemestadodo suspensão,enãode combinaçãocomonatintura alcoolica,sãocomcffeito dotadasde uma acçãolocalirritantemuipronunciada,edahiadifferença entreseuseffeitos mecânicos, easdo iodureto.
Muitosautoresrccommendáo sérioscuidados sobreousodo iodo ; estessão comeffeito empregadospara de algumamaneira preveniraacçãotópica irritantedomedicamento.Éa M.Gouthier deLyonquesedevemosmelhores trabalhoseestudosobreas differentespreparaçõesiodicas,que seempregãocmmedicina.
Este pratico applicouoiodureto depotássioamais de150doentes,enãoobservoune -nhumdosaccidentesassignaladosporM.
Hicord ,eestacircumstanciadiz.elle ser semduvida devidaaotercomeçado oempregodesteremediopordóses muitomenoresdoqueasqueempregaM.Hicord.
Elles adoptúrão thodo naapplicoçãodoiodureto,começando por dóses pequenas,eauginen -tandogradualmente,edepois diminuindo,observando ouestabelecendo destamaneira a lei datolerância.
AfinalM.Hicordconfessaqueos accidentes provenientesdoremediosãoraros,equesevèemcentenaresdedoentes umme-J*»11 ci
-sofifrem
.
Mr.
Gouthierdizainda,quetudo quanto se disse doque os nao
iodopuronão temreferencio algumaaoiodurelodepotássiotal, como se
administra oclualmente, e que seus efieitossãointeiramente diversos«lo?
do iodo puro
.
Wallaceconfirma tambémesta maneiradepensar,quando elledizque, se se introduznoestomago de um cãooiodo puro se encontra logodepoisamucosagastricainflammada,
alterada em sua cor,culcerada, entretanto que se seintroduz uma quantidade equivalente,oumesmomaior de iodureto de potássio,oestomagonãosofifrealteraçãoalguma
.
Estesfactossem duvidaprováoaacção local mais irritante de um medica
-mento,quede outro ; eque muitos accidentesqueseattribuemaoiodoe nalgumas dassuaspreparações,nãotemoutraorigemsenão emsuaacçao mecanico
-
cbimica,cquede modoalgumellaspodemprovirde sua acçãointimaoudynamica. Seccertoqueascombinaçõesepreparações por que passàoalguns medicamentos, influemdealgumamaneira sobre a suaacção
mecanica , corrigindo oumodificando suasqualidadestópicasirritantes, estesfactosprovãobem estaverdade
.
Mr.
Gouthierdizque nunca observouque a frequência do pulso se augmentasseoudiminu íssenos doentesque
tomavãooiodureto de potássio,quando elles nãoapresenlavãofebre, logo queentravão nousodoremedio; porémquandoeslavão afiectados deuma
febre heclicn,opulsonãotardavaarestituir
-
seao seurtybmo normaleossuoresnocturnosdesapparecião
.
Continuaainda estepraticodizendo queos elleitos constantesproduzidos pelo iodureto de potássio,segundo ellemuitasvezesobservou,sãoaugmentodeappetite, c desse estado«pieosFrnncezes
cliamão1'embonpoint,nsecrecçãodas ourinas mais abundante.
Proseguindoelle,diz, que o appetitese augmenta em quasitodos os doentes; «quellesmesmosque sofifrem dòresepigastricas
osalimentosnaoosfatigao. Entretantoosindivíduosque seachãoemum estado de grande emmagrecimentoefraqueza,e quealgumasvezesnão
podemtolerar nutriçãoalguma antesdeempregar
-
seomedicamento,sentem um appetitemaiorque aquelles quegozãodeummelhor estado de saude geral. Estes lactos são todos bem concludentes, c sem duvida nósnãodeixaremos de deduzir déliésaacçãohyposthenisantedoremedio, obser
-vando que seo iodo puroe
comemmais,e
tintura pareceu produzir algumas vezes phenomenos irritantes, deveeste accidenteserattribuidonãosó á irritação local,como também ásuaabsorpçãoouassimilaçãoincompleta, calgumasvezesnulla,por'
mesmoa
queumasubstanciamedicamentosajamais isso
'S»12«
*
-póde ser absorvida quandocorróee mortifica ostecidos, comosquaes sa
póz emcontacto. A absorpção nestaspartescdifiicil,emuitasvezes nem
se effectua , epor issonão nos deverá sorprenderquando amoléstia,
contra a qual se applicou o medicamento, persistacorn todososseus
svmptomas,oqueénaturalnão tendosidocombatida pela ncçáodynamic«;
eentãomuitas vezes ellesmaisseexasperão, por issoque éaoestadohyper
-stenicoque jáexistia, quese vaiajuntaraindaoquo resulta da infiammação
e mais alteraçõesdaspartes que estiverão em contacto com oremedio.
Nósaqui podemosbem claramentecomprehenderopensamento deMr.
Giacomini,quando elle conclue deoutrosfactos analogesaosque apresen
-tamos,queasduas acçóesdeummedicamento, istoé,a aeçãomecânico
-chi mica e adynamic«existememumperfeitoantagonismo , que ellas se
produzem na razãoinversa uma deoutra,isto é,tantomaior ca aeção
physico
-
chimien de um medicamento, quanto menor será a suaaeçãodynamica e vice
-
versa. Resulta do que dissemos: 1.* que a aeçãodynamica deum medicamento não poderá ser bemapreciada, e seus
efteilos bemconhecidos quando asuaaooãolocal irritante tiversido mui
pronunciada, pois que neste caso oremedio tendo sido absorvido em
pequena quantidade, onmesmonãotendo sido,osseusefieitosserãomui
fracos, emesmonullos,e entãoosque resullàoda irritaçãolocal,inflam
-mação e outras alterações das partes em contacto serão facilmente
confundidos: 2
.
°que oiodotemumaaeçãoirritante local maior,doqueoiodureto,e que até aqui nenhum facto nosautorisa anegara aeção
dynamico
-
hyposlbenisantetioiodo.
Effeitos sobre as moléstias.
O papelquerepresentaoiodo no arsenalthcrapeutico é sem duvidade uma importânciairamensa
.
Os excellentesresultados obtidos pela appli -caçãodeste medicamentonasaffecções escropbulosas , annuneiadas grandenumerode trabalhos e memórias,<£c., feitas pordifferentesjticos
, são bem notorios.
Estes práticospreconisão e recommendáo este medicamentocomoumemum ira
-meio heroico para combaterestas moléstias. M Bouchardatdiz emseu formulário magistral , queaefficacia deste remedio-
> 13r.ãoé tão apreciávelsómenlenotralamentodasescrophulas,ella é igual
-meiite «le uma vantagem reconhecida («li/, elle ) no tratamentodessas
moléstias,queoutroranenhumaesperança davâoao doentee aomedico
.
Kssesterriveisaccidentes, «íontin úao mesmoautor «le infecçáo syphilitica
réfractarios aos inercuriaes tantas vezes applicados, essasexostosesacom
-devoradores,
panhadas deinsupportaveisdòres nocturnas,esses cancros
cujos effeitos dcslruulores nadapodiaobstar, oiodo administrado pormão
habildebella
-
os ,ou aomenos sustaseusefteitossempre fataes.
Muteaempilulas,ou cmbebida quarenta grãos«leiodurelo de ferroou«lepotássio
repethlos porespaçode|<uin/
.
e «lias, ealgumas vezes emmenostempo ,tomsido sutlieienlesparaproduziruma verdadeira resoluçãoem moléstias
tãoprofundamente arraigadas
.
A acção«loiodosobre o bocio temainda si«loreconhecida vantajosa por M.
Coindet ,«juefoi oprimeiroqueintro-duzio este medicamentona lherapeutka
.
M
.
Courtois,a« piemsedevendescoberta«loiodo,mostrouqueaellicacia«la esponja calcinada , que outrora se observava como um excellente
remedio contra esta moléstia,era «levidoápresença do iodo nella
.
ComelTeito,ostrabalhos ehimieos tentadospor muitos observadores depoisde
Courtois ,confirmarãoaexistênciadeste medicamento na esponja,efoi
cntãoqueelle pensandoseresta substanciaapartecíHcazda esponja,adminis
-trouinleriormcnte, edepois exteriormenteatintura«le iodoaosatlectados
«lebocio:osresultados destaapplicaçãosalisíizerãocompletamenteassuas esperanças
.
Depois as experiencias e tentativas, feitasporCourtoisforão repetidas em Padua porBrera,semprecoroadas«lefelizes resultados.
Em ParisM
.
Hielt ensaiouo iodo associado ao mercúrio nas moléstias venereaschronicas, eobteve optimos resultados,edesdeentãooiodurelo «Icmercúrio adquirio em medicinagrande reputaçãotherapeutica.
Oio«lo tomainda sidoempregadocomvantagem porPattersoncontraacarie das vertebras.
Manson , Buisson, Bayle prescrevem-
notambém contra os tu -moresbrancos articulares.Contra asyphilis foi reconhecidoproveitosooempregodesteremedio ,eseu efieitosobrecilaé talque hoje é considerado como um dosmedicamentosmais poderosos, r~
«rharaado auli-syphiliticoemesmo especifico, lína syphilis constitucional que«le preferenciaoempregãoalgi
"
tilcomo omercúrio no tratamento desta assoladora moléstia. Riconl lambemoreconheceutãoutiicomo mm epor isso práticos
.
Wallacediz ser elle tão inscomo osinercuriaescontra asyphilisein
-WDO-
>1í >ar-pregando
oiodurclodo potássio.
Elle opplicou este remeiliono quer,liamãoaccidentes terciários; eis aordem «los syinptoinasque «edmn
.
semindo elle, aoempregodoiodnroto d«'potássio:ostubci«*ulospr«>lun«!us
dapelle c«Insmembranas mucosas,os«I«*t«?ci«locellularou tumores gom
-iiiosos,aspcriostoses,a carie,nsexostoses,asdòresosleOcopàs. Rii.
-
hoiidaconselha em uma memoriapor ellepublicadaa tintura «1«» iodo como
muito util no tratamentodablennorrhagia,
tratamento destes é puramenlelocal. Hiconlexperimentouaacçào«loio«lo
tratamento«la bydroeele;elleempregaa tintura diluidnnagua«listil
-la«la, applicando sobre o tumor compressoscmbebnlas «leste liquido.
Ouando
lia menossensibilidadeemaisdureza nostecúlos,elleaugmentapiantidadedatintura
.
Tem-
seusa«!«»,ehoje ordinariamenteseemprega a tinturade iodo para injecçào na tunira vaginal;M. Velpeauareeoui-inenda comomui vantajosa
.
Klugeempregoueoutraasalivaçãomercurialoi«)«lo com grandes successos noHospital«I«?('aridade«1«?Berlim
.
Biett, í
.
occher, Halber, ( »imelle prescrevem-
no contra as nudestins clironicasda pelle; as pomma«las são a formaeiuque ordinarianient«* applicãoeste remedioexlernamenle, nestas moléstias.
Gairdnerlambemoindicacontra os tubérculos pulmonares. Diversasespccies«letumores
de naturezatantoescroplmlosa,comos«piirrliosa,quandoestesnãosofiYèrào
los buhócs renereos;« »
l i o
a«
grande degeneração, e quando ainda não existe uma dia these, furão
igualmente tratadosrum suceesso por este medicamento
.
Grande parte «los práticos virão no iodo,ou quizerão dar-
lhe uma acçàoespeci(i«.-
a»•«mira asescrophulas
.
Dos numerosos factos clinicosemqueacura«lestasmoléstias loiopera«la poresteremedio , concluirão a sua acçào especifica anti
-
escrophulosn.
Entretantoesta aceitoespecificanãoexiste,pois queumgrande numero de fa«tos existe, queprovãoevidenteinente que
tgualmentc dotados«lossaarçãoenergieacontra asoscropludas.
Esta acçào «lo iodo considerada
osmer
-euriaessao
«•orno especifica contra este género«le moléstias cparanósuma prova «lequeellasemanifestamais particular-mentesobreoapparelbo lymphatico glandular,puisqueécvidenlcmcut«' estoapparelbo quenaseseropbulasapresentaalteraçõesbemprofunda raraoteristi«
-
ns. Nós entraremos em alguns delallies sobreestamoléstia**«:
laiiçamlo uma vista d’olhos sobre suas causas, naturezacprogressais ;e neste abreviado exame faremos vercom mais evidenciaa acçàohyposdio
-nisant».'lyinphatiro-glandular
«lo iodo.
-
Ja15<~Deu
-
se comotuna «lusmaispoderosas causaspiedisponentesda moléstiaescropliulosaa hereditariedade, e sobre este ponto parece estarem de accordo grande numero«lepráticos
.
Pelahereditariedade osfilhos rece-constiluição fraco, todaespecial,uma disposição
menos pronunciada para conlrahirem a moléstia
.
Concebe-
se fa-cilmenteque comoconcurso «le uma causa occasional qualquer , esta
predisposição determinaráo appa rechnento«la moléstia
.
Aidade c tam-hem assignalada como causa predisponente
.
Cullen «liz que as escro-phulasaJ»parecemgcrnlmenleein um periodo particularda vida , sobre
-vindo maiseommummente«los sete annuscm«liante;entretantoacontece muitasvezesque ellas seinanifesláo niais tarde; haexemplos «leterem
apparecido mesmo pela primeiravez emt« »«l« »sosperíodosqueprecedem
a puberilade: além desta phase «la vi«la é raro o apparecimento da moléstia
.
Sexo.Kofeminino «pie muitas vezescmaisaíTcctado quo o mascu
-lino, é umfacto observado econfirmado por todos os observadores
.
DizM. Lepellelier , fundado nas observações «le muitas taboas estatísticas comparativas, organisadas nos maioreshospilaes do Paris, «jueas escro
-phulasdo sexofemininoestão paraas«lomasculinocomo5:3
.
Estetem si«looresultado obtido «loexame«lessesmappos estatísticos.
Esta dille-rença parece liga«la a algumacausa,c esta causa não pareceser outra senãoainfluenciadosexo unida ao temperamentolymphalico,queordi
-nariamentepredominana mulher.
Temperamento
.
Vopinião de<)uasi todos os autores e a mais geral-menteadmillida é, « pieotemperamentolympbaticoé uma «las causas
«jue maispredispõem« >siudividuusncontrabirasescropbulas; este tem
-peramentotemtraçosbem sensiveis, elle é caraclcrisado pela finura e
alvura da pelle,por uma cabeça volumosa, pescoço allongado, peito estreito,ventreproeminente,aiiiculatiócssalientes, redondeza«lasformas;
molleza«lascarnes,on antes fraqueza muscular, cemlim pela apathin «
intlillerença
.
A influencia atmospheric» goza também «le uma grande acção na
produeçáo«lasescropbulas
.
Ahabitação«lelugares frios,húmidos, baixos, chuvosose inaecessiveisá luz solar favorecem«leummodomui direcU» aodesenvolvimento da moléstia escropliulosa.
Aalteração doar,quein-falliveliiienle resulta «laagglomeraçãodas babitn«;õesdos indivíduosabri
-bem deseuspais uma maisou
-
> IGco-mais,devem seracausa
gado sol>omesmo tecto,edeoutrascondições
de uma nutriçãoviciosa
.
Os alimentosdemánalureza,passados,alterados, escassos de princí
-pios nutritivos, produzindo umclivlo máo,
irritandoconsequentemente osorgãosdigestivos, são emconcursocom
uma ou outra das cansas« pietemosreproduzido,c emíim com todasas
consequências da miséria edo pauperismo,
escrophulas
.
Quando a inlluencia atmosplierica tem determinado asescrophulas,oengorgitamcnlo dosglanglios lympliaticos cervicaesesub
-inaxillares inanifestáo logoa sua existência
.
Veem-
se então apparecertumores globulosos ou ovolares moveis sob a pelle, multiplicando
-
seaugmentandode volume; estespermanecem a princi
-pio indolentes durante mezes c atéanuos
.
Limitados a principio naregiãocervical« piepareceserolugarpredilectodestestumores, ellesse
estendem depoisa outrospontos, como ásaxillas c vorillias
.
Depois demenor lapsodetempo , elleslornão
-
semolles,sensíveis ,ecm-tiinulcerão
-
seesuppurão.
Kstasuppuração,queprovémdosganglios lym-liomogeneo, fatigandoe
nao
poderosa origemdas
uma
maisoumenose
maiorou
phalicosou dos tecidosvizinhos ,é maisouiuenosabundante e deuma
duração incerta.
Se a moléstiatem
-
se desenvolvido emgrande escala,ostumoresqueentãoapparecemsãomuitas vezes enormes, ellesul«x*rào
-
seclornão-
seíistulosos c cicatrisão
-
se diflicilmente, deixando manchasesignaes in-deléveis
.
Se estas ulcerações sefcchão, abrem
-
sede novo no lim dealgum tem-po,repetindo-
se estepbenomeno odioso muitas vezes.
Quando estegenero de moléstiasetemdesenvolvido sobainfluenciadeuma má alimentação, amoléstiacomeçacomoutraordem dephenomenos, e então os symp -tomasqueserevelàopelo engorgitamcnlo dosganglios cervicaes,quando o aralmosphcrico temsidoa causadesta moléstia, manifestão-
se de outramaneira ,eparecem revelar-
sepelos desarranjosdadigestão,epela irregularidadede seus trabalhos , provindo dahi grandes perturbaçi cm todoesteapparelbo, e entãooindivíduoeinmagreceprogressivo mente, osouventre torna-
sevolumoso,suas paredesse estendem, torna-
seabau -lado,e pela compressãosepódealgumas vezes reconhecer aqui e alipe -quenoscorpos duros,que revelàoaexistênciade tubérculos.
Os ganglios niesentcricos são os queapresentào em maiorescala a producçào tu-berculosa.-
>174rEste facto é reconhecido pelospráticos, eaautopsiafeita nos escrophulosos quasi constantementemostra estatuberculisaçãomesenterica
.
Estasduas fôrmasdeescrophulas, diz M.Giacomini,nãoseencontrãoordinariamente unidas, porémquando cilas seaclião reunidas emo mesmo indivíduo pôde-
se asseverarqueas duascausas(otaneamenle
.
EstadilTerençana manifestaçãodamoléstiaparececomeíleito devidaá natureza differente das causasqueadeterminarão.
Comcffeito, primeirocasoquandooaratmospliericoviciadofoia causadas escro -phulas,csem duvida sobreaquellas partes maissupcrficiaesque apresentào uma texturamais delicada , e que mais descobertas seachão, queelle deve obrar commaisenergia.
Sabe-
se quãodelicadaéa cutis dopescoçoe dorosto, principalmentedasmulheres , eque precisamentedevemestas partes mui sensíveis ser:alémdisso,sabe-
sequeé naregiãocervical onde se encontrãogrande numerodeganglioslymphaticos,eque consequen -tementedevemserellesosprimeirosalfectados, e que muitasvezessãoos únicos.
Estafôrmade escrophuladevesernaturalmentemaisbenigna:a inllaminação,o cngorgitaincnto , ea tuberculisaçãodosvasoseganglios lymphaticosmesentericos,sendo umdossymptomasdaescrophula produ-zidapelamá alimentaçãoé, segundo pensão os autores esegundomesmo M.
Giacomini,oresultadode ummáu chylo devido aosmú us alimentos, sendo muito natural que osvasos e ganglios lymphaticos intestinaes, soffrendo mais dircctamentea accão perniciosa domáuchyloproduzido poressesalimentos , sejáo osprimeirosqueresintão seuscffeitos.
Alémde todos os caracteres esymptomas morbidosqueacabamos deindicar,ha outrosmuitos que semanifestãonoprogressodaenfermidade.
Assim aophtalmiaéumadas lesõesasmais frequentesdaescrophula, peloquelhe veioonomedeophtalmia escrophulosa :osabcessos, ostu
-mores brancos, as necroses, periosloses,aspéritonites tuberculosas que algumasvezestambémtemlugar, cmíim aphtisica pulmonar escrophu -losa,e muitasoutraslesõesque constituem uma dasfôrmas mais graves desta moléstia, quemuitasvezes se torna rebeldee refractaria a todo tratamento ,são outrostantossymptomasmorbidos que se manifestão,e que termináoquasi sempre de uma maneira fatal.
Pelos meios anti -phlogistieoscomoaa digitalis, a salsaparrilha, o ferro, camomilla , e outros muitos combatia
-
semuitas vezes esta enfermidade , eantesdo iodoentrar na suaIODO 5
alimentos)obrarãosimul
-areos
ser no
i S
carreira therapeutic«,erâoestesos meiosempregados pelos práticos: e
niiidaosãomuitas vezes comoeflicazes
.
Sobreaacçáohyposthenisanledestesmeios nenhuma duvidalemos:comquedireitopoishavemos nósrecusar
mesmaacçâoaoiodoqueébojetãoconhecidoeempregadocombri
-esta1hantes succcssos no tratamento dasescrophulas, eoutrasmuitas moléstias,
dermatosas e assyphiliticas?
Seria talvez ocioso insistirmos ainda na eflicacia do iodo contra as escrophulas, quandotantos e tão numerosos factosprovãoestaverdade,
quando tantos práticos apreconisão , havendoentre elles a respeitável opinião de M . Baudelocque ,que diz que de todos os medicamentos vantajosos para o tratamentodas escrophulasoiodoó «quelledequemse pódeesperarosmaioressucccssos
.
Everdadequetodos os medicamentos quese temempregado, eentre estes oiodo,contra asescrophulas,nem sempretemsidoelïicazes.
Esta anomalia será devida ásdiíferentesépocaseperiodos emque elles sãoapplicados?Nósoacreditamos,sendocertoque quandoapparecem todos esses symptomas ealteraçõespathologicasque caracterisão as escrophulas ,como sãoostumores, crescimentodeventre, osabcessos,osturherculos, atrophiadosmembros,<fcc
.
, já a moléstia teminvadido muiprofundamente o organismo,eentãoadiathese tuber-culosa,essas necroses eperiostosesque apparecem ,dão-
lheumafôrmatáo maligna , quecilasetornamuitas vezes indifferentea tratamentosos mais hemdirigidos,etiraaopratico todasasesperanças.
E poisevidentequooiodo,assim como outroqualquermedicamento que se julgueconvenienteempregarcontra estaenfermidade, deverá applicado em umaépoca maisfavoravel ,antesqueappareça toda serie desymptomas elesõesque nada maisrevelãoqueo muiavançado progresso da moléstia
.
M.Giacominidiz.aestorespeito,quecxaminando
-
scattentamenteestasmudançase alterações«las partesaífectadasesuasrelaçõescom suascausas, ver
-
se-ha
queamoléstia começou antesdessaépocaemqueopescoçose apresentacobertodepequenostumores,oventreduro , volumosocdesi -gual.
Continuaelle,a moléstiatemjápassadopelo seu primeiro periodo quandoopraticopercebeasprimeiraserupções da escrophula.Boni judi-ciosasachamosasconsideraçõesdeste celebreautor,pois semduvida deve
sero periodomais propriopara asindicaçõestherapeuticas«quelle que
precedera outros játãofrancos e caracterisadosportãomanifestas altera
-como as
ser essa
-
*
»19G f-evasos lymphaticosdo
emnma
‘
, Énesse primeiro période que osganglios
pescoçoresentemaacção do aratmosplicricoquepodeconsistir
mudançarapidade temperatura produzindoareabsorpção dos humores
quedevião screxpellidos,outambernnahumidadeeemoutrosprincípios
desuacomposiçãoquo entrãonoorganismo, e podem ahideterminaruma
çoes
.
moditlcaçãonociva
.
K assim lambem queomáochylo contendo princí pios heterogéneos em
sua composição, sendo mal elaborado,eresultandode alimentosalterados
edemá natureza,affecta os vasoseganglioslymphaticosinteslinacs, os
recebendo immediatainentedosintestinos,essechyloassim alterado,
sentir aacçãoirritante que delle necessariamente
quaes
são os primeiros a
resulta
.
O resultado destaacção engendra a inflammação destaspartes
.
Estainflammaçãonão se manifestatãofrancamente comoa dealgunsoutros
orgãoscointodosossymptomas que constituem ocaracteressencialdesse
estado pathologico;poisé bem certoqueumainílammaçãonãoéamesma
emtodos osorgãos, ella modifica
-
se segundoanaturezadessesorgãos;nosganglios lymphaticos c sua marcha lenta,sua forma chronica
.
Estesgangliossãoorgãosquerecebempoucosangue,igualmentonãorecebem
nervo algum volumoso, e porisso a sua inflammaçãonão se manifesta
com um cortejo desymptomastão pronunciadososalientes comoosque acompanhão a inflammaçãode umorgãodotado demaisvida ; assimadòr,
ocalor,a vermelhidão nãopodemserbemapreciadosnestesorgãos
.
Atiune-faccão sendo tambémumdos symptomas inflammatorios não se manifesta
logonos ganglios lymphaticos , porque,alémdeserem dotados de pouca
vida,accresce maisseremcollocados debaixoda pellec naprofundidade
dos tecidos dos orgãos, condição esta (pieimpedesemduvida queesta tumefaeçãosemanifestesensivelmente
.
Quando ainflammaçãodestesorgã
ostemchegadoa umgráoelevadodeintensidade, invadindo o propagando
-
se tecidos vizinhos ,é então que estatumefaeção setorna sensível;assim pois, já a moléstia tem soílrido grandes evoluções quando chega a traduzir-
se no exterior, econseguintemente o individuo delia affectado,já antes de sua revelaçãoachou
-
se sob a influencia de uma lyrnpha-denilis, segundo M
.
Giacomini, antes de ser todavia escropliuloso.
Esta observação de M. Giacomini, parece
-
nos mui judiciosa, pois cilanão só está de accordo
aos
com as leispathologicas, comotambémsatisfaz completamenle ao espirito
.
Na verdade, como se poderá concebero-
>
20c!?-engorgitamcnto, o
endurecimento
,atuberculisaçã
odostecidosaffectados semadmittirumestadoinflammatoriodeterminado pelainfluencia«les^emáocbvlo, que podemos dizer ser elle acausa
estado inllammatoriodeveteruma marcha chronica, íúrmaestadevida ánaturezadosorgãoslymphaticos:esta inflaminaçãochronica é,como se sabe,aorigem dessasalterações ephases pathologicas porque passã« > as partes aflectadas; estas alterações deinandão sem duvida bastante tempo para queseapresentem comotacs
.
Do quetemosdito, não queremos concluirque o iodo e suas diversos preparações medieinaes nãosejão eílicazesno tratamentodas escropbulas,
(piandoestasseapresenlão com todos osseus traçosmorbidos,quando emflm setemdeclaradoadiathesetuberculosa,ou , como admittem alguns, adiatheseescrophulosa
.
Nósíizemosunicamenteverqueseria muito mais vantajosaa suaacçãoantesdessaserie immensa de alteraçõesmórbidas.
Tem
-
sevisto muitas vezes ser coroada«le successos brilhantesa applicaçãodo iodo,mesmonasfôrmasasmaisgraves ou malignas das escropbulas
complicadasmuitasvezes «leinfecção syphilitica
.
Sevimos que é o uppa -relholymphalicoquem figuracomooprincipal elementonamoléstia<piooccupa n nossaaltençãopelas alterações que elle ahi soflre,sevimosque estas alterações são devidas n causas emminenteinente hvpersthenicas, alterações «pie só porsiexprimemevidentementen naturezapblogistica
«la moléstia, nenhuma duvida podemoster da natureza hypcrslhenicadas escropbulas, e ser a suasédeosystemalymphalico
.
Seoiodo,como temosvisto,é umdosmedicamentos«piemais energicamenteacombate,sendo estaasserçãoapoiadupormuitas autoridades,nósconcluiremos«pieoiodo atacandoumamoléstia de talnaturezae com talséde,nãopódedeixarde
terumaacçãohyposthenisante lymphatieo
-
glandular.
Antes destemedi -camento entrar em suacarreira therapeutica erão os mercuriaescomque maisse combatiàoasescropbulas;aenergia deosconsidcrão comoespecíficos contra esta moléstia,e sendoaacção destes hyposthenisante lymphatieo
-
glandular, nósnão vemos razão por quenão seja o iodo dotado desta mesma acção, sendo igualmentc energico contra esta moléstia.
Alguns autores considerão-notambém especifico contraasescropbulas; entretanto nós diremos que esta especificidade admitlida por alguns autores nos pareceainda umaprova paramostrar asua acçãomais directa sobre oapparclho lymphatieo-
glandular, sendo este aquelle cujas lesões mais numerosas semostrãonestaenfermidade.
dessalyinpbalite.
Esteacçãoctal<[uemuitos sua
-
*
» 21<
-O»autores dãolambem ao iodo umaacçãofundenteouresolutiva,e é
nestesentidoque ellesoapplicão sobrealgunstumores, ecomcífeito, é
bemreconhecidaemanifesta esta maneira domedicamentoobrar, pois
veem
-
se fócos e colí
ecçõesde líquidosde naturezamórbidaexlinguirem-
scsobaacçãodeste medicamento,eassim lambem vccm
-
se tumores dediffe-rentes naturezas desapparecerem ou diminu í rem consideravelmente
quandoestes não tem soll ridoainda grandes degenerações,oquemuitas vezesfazabortar aacção doiodo
.
Nesta acçaofundenteouresolutiva nósreconhecemos aindao iodoobrando como hyposlhenisante
.
Diz M.
Gia-comini, queomecanismo que dálugaraeste cífeitodependesemduvida
dos vasos lymphaticos ou absorventes que exercem energicamente
sua funeção sobre essas massasliquidas quese acbáo debaixo de sua
apprehensão, e as levão á torrente circulatória paraserem de novo
assimiladas
.
Nósadoptamos esta maneira depensar, poisde nenhummodo podemos compartilhar a opinião dos autores que admit tem
queosmedicamentosque assimobrão produzem uma excitação estimu
-lando osvasosabsorventes; estaopiniãoestácmmanifestaopposicão com
asleisphysiologicasquenãoadmiltem nos orifíciosdosvasos absorventes
quaesquerque sejão,senão duas especiesde movimento ,asaber :ode
eontraeção ede dilatação pelosquaeselles podem receberou recusaras
substancias que se achãojuntode seusorifícios
.
A eontraeçãonos orifícios destes vasos deve necessariamente produzir asuareclusão,assim comodo seurelaxamentodeveresultarasua abertura;porissoé facilcompre
-henderqueairritação destes vasos deveoppòr
-
seeimpediráabsorpção,e que polo contrario uma acção opposta deve favorecê
-
la.
Logoqueasubstancia penetra o vaso eincontacto comsuasparedes irritaa porção
que occupa, esta contrahindo comprime oliquido,eéesteobrigadoa
avançaratéchegaraos troncoslymphaticos paradaliiseremdepoislevados átorrentecirculatória
.
bom cífeito,este factopareceserlevado ainda ú evidencia pela patholo
-gia, eassim mois confirmaraopinião queacabamos de citar, sendomui
evidente queainflam maçãoéumverdadeiroobstáculoqueimpossibilita
esta funeção,
determinando
umaeontraeção permanentenosorifíciosdos\asos.Osmeios curativos queseempregãoparaobstaraabsorpçãodecertos
venenos ainda provãobastanteonossa opinião, pois que elles consistem
22«$
-am
produzir pormeio ilo cautério actual, ou outro qualquerirritante
inllummação artificial
.
Outras applicações <leque mui-energico, uma
tasvezes èe lança mão para auxiliarou promover a absorpção provão airnla estaasserção,poisnunca paraesteíimse recorre a umasubstancia
irritanteou
hypersthenisante
,porémsim aoseraollientesque sãoverda -deiroshypostlienisantes. Asyphilis, moléstia contra aqualforãoempre-gados por muito tempoos meios nnti
-
phlogisticos, como as emissõessangu
íneas , e outros que formavão abase de seu tratamento , é hojecombatida energicamente pelo iodo. Quando se levantarão algumas
opiniõescontra os mercuriacs , osquaes julgavão
-
seincapazesdecurar asyphilis , e oosquaes muitas vezesolé
-
seattrihuiúo ossymploinasconsecu-tivos quando estesapparecião ,tratou
-
sede procurar um medicamento que os substituísse ; oiodo conhecido então de poucotem[>onãodeixou de chamara altenção dosqueseoppunliáo ú s applicações mercuriaes.
M.
Richoud foioprimeiroque cm 1828 oempregounablennorrbagiaebubôes.
A tintura de iodo era a preparação a quemelle dava preferencia, e prescreviainternamentenadóse de 20a30gollas, e em fricçõesnadeuma
aduas oitavas. Em1820 M
.
Lallemant de Montpellier recommendavatambémasfricçõesio
.
licas sobre os bubòes.
Eispoisoiodo combatendo os süymptomasprimitivosdesyphilis,
estessvmptomas revolãobem claramenteumestadohypersthenico;ablennorrbagia,os bubões sãoaíleeçõcsbem conhecidas, em uma o calor, adòr, o corrimento mucoso purulento
acompanhadodephymosisou parapbymosis , emoutraoengorgitamento,
a inílaminação ctumefaeção dos ganglios inguinaes são caracteres que
determinãobemcnaturezahypersthenisante da moléstia
.
Muitosautoresoonsiderãoestas aíTecções como verdadeiraslimpbitiscm um estadoagudo
ouchronico,e sendo umaverdadecomodizM
.
Giacomini , queasyphilisiuTecla prií
neiramente
ascriptas mucosas , sendoovirus ahi levadoimmc-diatamcnlejAo coitooupeloslymphaticos,edahipenetrandonosganglios
edepoiscm todooorganismo,nósdevemos concluir quea acçãodo iodo
manifesta
-
se Lem evideiitemenle no systema liinphatico-
glandular.
M .laddei de Gravinapublicoualguns lãctosdesvpliilis primitivatratada pelo ioduretodepotássio : alem dellemostrar de umamaneirageral asvanta
-gense eficácia do hvdriodato ioduretado de potassa nas moléstias syphiliticas, apresenta quatro importantes observações onde se vè a
23
observações referequeumindivíduo de idade devinte e très annos, do temperamento sangu í neo, soíTria de duas grandes ulceras syphiliticas, umapertoda coroa daglande,eoutrasobre a face interna doprepucio
.
A opplicação de banhos locaes emollienles, depois a de caloinelanos sobreellas,emfimonitratodepratanenhumresultadoproduzirão ,antes pareceu incendiar-
semais a irritação, nãoimpedindo odesenvolvimento de outras pequenas aopé das primeiras, administrou então interior -menteohydriodatoiodurelado depotassa na dosede10grãosdissolvidos em4 onçasd'agua distillada , para tomarquatro vezespor dia em uma forte decocçãode cevada, afim de evitar sua acção tocaimuito directa sobre oestomago.
Nofim decincodias, quando ainda o doentenão tinha chegadoa tomar50 grãos do remedio,aspequenasulceras caminhavão para a cicatrisacão , cas«luas grandes deixavão de seaprofundar.
A me -dicação continuou aindapor espaçode 12 dias,no fim dosquaes, as ulcerasapresentárão-
secompletamcnte cieatrisndas.
Ima outraobservação é de uma jovende14annos, de um temperamento lymplmtieo,ainda não menstruada,que apresentava nosgrandes lábios,nacommissurado angulo esquerdo da bocca,esobre o véodo palatino,ulceras de appa -rencia syphilitica , assim comodores nocturnas aolongodadyaphisedos ossos.
Prescreveu-
lhe collutoriocom decocção de cevadac5 grãos de hydriodato ioduretado para em quatro vezes, nodecursodo dia ; dous dias depoisdeu-
lhe8 grãos,elevou-
osa10 tomados da mesma maneira por espaçode12dias ; edepois foi diminuindo pouco apouconaproporção quetinha sido augmentada a dóse do medicamento.
Adoente chegoua tomar127grãos, e desdea administração do hydriodato , amarchada moléstia foiaseguinte:nofim de oito dias detratamento ,asdòres osteo-copastinhão desapparecido, orosto tinha perdido sua còr terrea eadqui -rido a coloração rosada ; as ulceras tinhão cessadodeseestender,eotTe -recião uma còr vermelha, e depois cicatrisarão-
se completamente.
A terceiraobservaçãotempor objectoumliomemde50annos,detempera -mentonervoso sanguíneo, de umacòrdecobre.Estavaalfectado hamuitos mezes deumaulceraçãolargaeprofunda,estendendo-sedesde a base do penis atésobre quasi todaaregião anterior do escroto,e complicadade umablennorrhagia virulenta,eapplicou-
lhe cataplasma de malvas sobre a ulcera,eadministrou 8grãosdehydriodatoioduretadodepotassaem 4 dósespordia.
Cincodias depois,ablennorrhagiadiminuio;administrou-
lhe2
'
i <-então10grãospor
espa
çodeoitodias,no fim dosquaesocorrimento tinha cessado, e a ulcera se tinha estreitadoeconvertidoem uma bella ferida simples, quecicatrisou-
sc seis dias depois.
A mulherdo doente,objecto desta observação,que tinha contraindo delle uma blennorrhagia abun -dante , foi tratadaigualmente pelo hydriodatoioduretado depotassa,cem doze dias ficouperfeitamenteboa.
Wallace empregatambém oiodureto de potássionosaccidentes primitivos.
Contraossymjtfomasterciários é este medicamentoempregadocom iinmensa vantagem.
Nós prescindimosdeentraremdetalhes sobre esta ultima ordem de symplomasdesyphilis,por issoque julgamosseremaelles,assim comoa todas as moléstias em que é reclamado este medicamento, applicaveis os mesmosraciocíniosquedesenvolvemosparaasescrophulascsymptomas primitivos de syphilis,e concluiremosaqui o nosso ponto dizendo,que em todas as moléstiasemqueo iodoéreclamado, elle obra como um remédiohyposlhenisante, assestando a sua acçãodepreferenciasobreo appareiho lymphatico glandular
.
SEGUNDO
PONTO
Que
papel
representa o
fluido electrico ou
galvanico
nos
phenomenos
da
vida
?
Para desenvolvermos conveniontcmente esta questão , julgamos de indeclinável necessidade entrarmos eraalgunsdetalhesgeraes,quenos servirai»depreliminaresao pontoquenosoccupa.Nóscomeçaremospor entrar em algumas noçõesphysicasgeraes sobreaclectricidade,cdepois entãoestudaremososseusprincipacsphenomenos na vida,podendo assim melhorapreciaropapel que cila ahi representa
.
Electricidade.
Seiscentos annosantesda era vulgar,foiaelectricidade descobertaentre
•
sphilosophosgregos.
O succinoouambar amarcllo,uma especie de resina, foiaorigem destadescoberta,pois foi pormeio desta substancia queelle»S®26
eV-conhecérão que haviãocorpos que adquiriâopoloattrito apropriedadede attrahiroscorpos ligeiros, comopor exemplo:limalhade ferro,tfcc
.
&c.A deste phenoracno chamarão elles electricidade,da palavra grega dizer ambar.
Desde então observarão elles , que causar
>
7pov, que quermuitos corpos gosavão da propriedadede attrahir unsc repelIiroutros; porémapreciandoestesphenomenos ,ellesnãotinhão nem asleis,nem asbellastheoriasque hoje conhecemos parasuainterpretação cexplicação, e por issonem umaimportância derãoáelectricidade
.
As seitas e as cos -mogonias dessesphilosophos provão evidentementeestaverdade; poisao passoqueellas dão aoinú nito,aofrioeaocalor todas asforças creadoras, nemumpapelfazemrepresentar áelectricidade.
Thalèsde Milet , um dos sete sábios da Grécia ,fundador daseita ionica diziaqueo céosecom -punhade frioecalor,equehaviaumainfinidade de mundos quenascião, acabavão e entravão noinfinito.Anaximandro de Milet,seudiscípulo, adoptavaas mesmas crençaseideas.
Se as theorias electricas fossem nessaépocaconhecidas , Archelau de Athenasexplicariamelhor como suaalmosphera infinitaeraoúnico ele
-mento que , rarefeito,produzia ofogo , e condensado, a agua. Hyppon deKhegio nãoadmittiriao fogo e aagua comoosprimeiros elementos.
AindaosPersas, osMagosdoOriente , eophilosopho Heraclito abando -narião seu fogo creador, e tomaviào a electricidade para substitui-
lo.
Estudando e acompanhandoamarcha doespiritohumano em todos esses séculos passados ,encontraremosaindaoutrosmuitosphilosophos profes -sando essas seitas e doutrinas de Pythagoras , Thalès ác.
, taes como Democlito,Empedoclesde Agrigento eoutros.
Quanto nãoseinflammariao espirito dessesphilosophos,seentão ellesconhecessemofluido electrico com suas theorias e leis! Dar-
lhe-
hiào talvez olugar de primeiroe unico elemento capaz de explicaraformaçãodoscorpos.Noções geraes
.
lodos oscorposda naturezaestãopenetradosdo fluido electrico ; entre