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ANÁLISE DE DISTRIBUIÇÃO DE GANHOS NA CADEIA DE COMERCIALIZAÇÃO DE CARVÃO VEGETAL NO DISTRITO DE MOCUBA, ZAMBÉZIA. MUSSAGY JÚLIO RAMUDALA

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ANÁLISE DE DISTRIBUIÇÃO DE GANHOS NA CADEIA DE

COMERCIALIZAÇÃO DE CARVÃO VEGETAL NO DISTRITO DE MOCUBA, ZAMBÉZIA.

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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE ENGENHARIA AGRONÓMICA E FLORESTAL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL

ANÁLISE DE DISTRIBUIÇÃO DE GANHOS NA CADEIA DE

COMERCIALIZAÇÃO DE CARVÃO VEGETAL NO DISTRITO DE MOCUBA, ZAMBÉZIA

MUSSAGY JÚLIO RAMUDALA

MOCUBA 2020

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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE ENGENHARIA AGRONÓMICA E FLORESTAL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL

ANÁLISE DE DISTRIBUIÇÃO DE GANHOS NA CADEIA DE

COMERCIALIZAÇÃO DE CARVÃO VEGETAL NO DISTRITO DE MOCUBA, ZAMBÉZIA

Autor: Mussagy Júlio Ramudala Orientador: Mestre Victor Virgílio Mutepa

Monografia submetida à Faculdade de Engenharia Agronómica e Florestal, Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Zambeze, Mocuba, em parcial cumprimento dos requisitos para a obtenção do nível de Licenciatura em Engenharia Florestal.

MOCUBA 2020

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DECLARAÇÃO

Eu, Mussagy Júlio Ramudala, declaro por minha honra, que esta monografia é resultado do meu próprio trabalho e está a ser submetida para a obtenção do grau de Licenciatura na Universidade Zambeze. Ela não foi submetida antes para obtenção de nenhum nível ou para avaliação em nenhuma outra Universidade.

________________________________________________ (Mussagy Júlio Ramudala)

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DEDICATÓRIA

Aos meus pais Júlio Ramudala e Atija Munhetua, pelo amor incondicional, educação, mostrando o certo e o errado e boa convivência na sociedade.

A minha única irmã Amina Júlio Ramudala, que este trabalho lhe sirva de fonte de inspiração, para que esteja claro que com foco e determinação, tudo é possivel.

As minhas sobrinhas Saima Sérgio, Nazira Ossumane, apesar da idade, fazem parte da motivação e inspiração.

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AGRADECIMENTOS

Glória para ALLAH, todos louvores são para si, Deus único, dono dos sete céus e sete terras e tudo que nele existe. Meu profundo agradecimento pelo dom da vida. Aos meus pais Júlio Ramudala e Atija Munhetua, em especial a minha amada mãe pelo ensinamento, encorajamento, pelo ombro, amor, carinho e dedicação. Enfim, não tenho palavras nem adjectivos suficientes para exprimir o meu maior agradecimento e admiração.

Ao meu supervisor Mestre Victor Virgílio Mutepa, pela disponibilidade, compreensão, paciência e ensinamentos transmitidos no decorrer dessa pesquisa. E para além de um supervisor ganhei um amigo pelo qual contarei com ele em todos os momentos.

Aos que colaboraram na obtenção de dados (produtores e comerciantes de carvão vegetal).

A Universidade Zambeze pela oportunidade de ingressar nesta instituição onde busquei a ciência, me tornando um novo homem intelectualmente. A todos os docentes da FEAF, em especial aos Eng. M.Sc. Jeremias Benjamim, dr. Bruno Nicuate, Eng. M.Sc. Nelson Rafael e ao Director da faculdade Mestre Dinis Gimo.

A minha irmã Amina Júlio Ramudala pela força, conselhos, suporte e amor dado desde que éramos apenas meras crianças sem consciência de amor, mas mesmo assim já me proporcionavas, do fundo do meu coração, meu muito obrigado.

A minha companheira das labutas, a minha mais que tudo, que me faz sentir o amor e me deixa prisioneiro no seu coração, ela Anatercia Sérgio Sebastião Bango, não trabalho para ela, mas sim senhora.

Aos colegas Amarcio de Jesus, Meque Canteleia, Eduardo Matsinhe, Nando Calonga, Faruque Ribeiro e Orízia Guirengane pelo companheirismo. Em especial Gamito Lesta pela sua generosidade, sei que vai além do que fizeste por mim, obrigado por tudo. Sem deixar de lado a minha geração FEAF - 2016, a qual fui o líder, que a camaradagem mostrada nos 4 anos prevaleça em outros campos da vida, e que ALLAH todo poderoso abençoe ricamente a todos vocês.

Aos grandes amigos que a vida me deu, dr. Bryan Mudadi, dr. Mussa Maliuata, Chababe Jafar, e dr. Lito Barroso, obrigado pelo apoio que me têm dado.

Certamente que não consegui nomear todos e, assim, agradeço de coração, a todos que directa e indirectamente fizeram com que esse sonho torna-se realidade.

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EPÍGRAFE

“Gastar o suor no treino, para poupar o sangue em combate”

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ÍNDICE

Conteúdos Páginas

RESUMO ... i

ABSTRACT ... ii

LISTA DE FIGURAS ... iii

LISTA DE ANEXOS ... iii

LISTA DE ABREVIATURAS, ACRÓNIMOS E SIGLAS ... iv

LISTA DE SÍMBOLOS ... iv

CAPÍTULO I.: INTRODUÇÃO... 1

1.1. Contextualização ... 1

1.1. Problema de estudo ... 2

1.2. Objectivos do estudo ... 3

CAPÍTULO II.: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 4

2.1. Quadro conceptual ... 4

2.1.1. Elasticidade de transmissão de preços ... 4

2.1.2. Margem de comercialização ... 5

2.1.3. Custos ... 6

2.1.4. Combustível ... 7

2.2. Produção de carvão e redução da pobreza ... 7

2.3. Produção, consumo e comercialização de carvão vegetal ... 8

2.3.1. Panorama internacional ... 8

2.3.2. Panorama nacional ... 8

2.4. Resumo de estudos empíricos sobre transmissão de preços e margem de comercialização ... 9

CAPÍTULO III.: METODOLOGIA ... 12

3.1. Descrição da área de estudo ... 12

3.1.1. Localização geográfica ... 12

3.1.2. Clima ... 12

3.1.3. Recursos florestais ... 13

3.2. Fonte de dados e amostragem ... 13

3.3. Descrição de variáveis de estudo ... 15

3.4. Modelo de elasticidade de transmissão de preços ... 15

3.5. Testes de Regressão ... 16

3.5.1. Testes da primeira ordem ... 16

(9)

3.7. Analise de dados ... 17

CAPÍTULO IV.: RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 18

4.1. Resultados do Modelo de Transmissão de Preços na cadeia de comercialização de carvão vegetal ... 18

4.2. Resultado de análise das margens ... 19

CAPÍTULO V.: CONCLUSÕES ... 20

CAPÍTULO VI.: RECOMENDAÇÕES ... 21

CAPÍTULO VII.: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 22

CAPÍTULO VIII.: ANEXOS ... 26

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Mussagy Júlio Ramudala i RESUMO

Esta investigação foi desenvolvida com o objectivo de avaliar a distribuição de ganhos na cadeia de comercialização de carvão vegetal em Mocuba. Para o alcance destes objectivos estimou-se um modelo econométrico baseado em regressão linear multipla e foram analisadas as margens de comercialização absoluta e relactiva da cadeia. Para estimar este modelo utilizou-se dados de corte transversal referentes ao período de Abril à Julho de 2020. Trata-se de um inquérito baseado em entrevistas directas à 30 intervenientes da cadeia de comercialização do carvão vegetal. Os resultados do estudo revelaram imperfeição na distribuição de ganhos, sendo que um aumento em 1% no preço do grossista resulta em aumento desproporcional para o retalhista em cerca de 1,9%. Os resultados revelam ainda concentração de margens de comercialização maiores entre grossistas e retalhistas e baixa participação do produtor. A principal implicação destes resultados é de que se não forem tomadas medidas de política florestal que estimulem ganhos ao produtor, no longo e médio prazo será comprometida a oferta e abastecimento desta fonte de energia para o mercado. Outra importante implicação, é de que esta oferta limitada no médio e longo prazo poderá aumentar o preço do carvão vegetal e reduzir o poder de compra do cidadão.

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Mussagy Júlio Ramudala ii ABSTRACT

This investigation was carried out with the aim of evaluating the distribution of gains in the charcoal marketing chain in Mocuba. To achieve these objectives, an econometric model based on multiple linear regression was estimated and the absolute and relative marketing margins of the chain were analyzed. To estimate this model, cross-sectional data from April to July 2020 were used. This is a survey based on direct interviews with 30 players in the charcoal marketing chain. The results of the study revealed imperfection in the distribution of earnings, with a 1% increase in the wholesaler price resulting in a disproportionate increase for the retailer by around 1.9%. The results also reveal a concentration of higher marketing margins between wholesalers and retailers and a low participation of the producer. The main implication of these results is that if forest policy measures are not taken that encourage gains to the producer, in the long and medium term the supply and supply of this energy source to the market will be compromised. Another important implication is that this limited supply in the medium and long term may increase the price of charcoal and reduce the purchasing power of the citizen.

(12)

Mussagy Júlio Ramudala iii LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Localização do distrito de Mocuba. ... 12

LISTA DE TABELAS Tabela 1: Espécies usadas para Madeira, lenha e carvão no distrito Mocuba. ... 13

Tabela 2: Sumário estatístico das variáveis ... 14

Tabela 3: Fórmula de margens absoluta e relactiva. ... 17

Tabela 4: Resultados do Modelo de Transmissão de Preços estimado. ... 18

Tabela 5: Margem de comercialização absoluta e relactiva. ... 19

LISTA DE EQUAÇÕES Equação 1: Equação de modelo linear multipla ... 15

LISTA DE ANEXOS Anexo 1: Estatística Sumária. ... 26

Anexo 2: Matriz de Correlação. ... 26

Anexo 3: Modelo de transmissão de preços. ... 26

Anexo 4: Teste de normalidade. ... 26

Anexo 5: Teste de heterocedasticidade. ... 26

Anexo 6: Teste de Multicolinearidade... 27

Anexo 7: Dados da pesquisa. ... 27

Anexo 8: Variáveis logaritmizadas... 27

LISTA DE APÊNDICES Apêndice 1: Questionario a ser usado na recolha de informações dos diferentes intervenientes da cadeia de comercialização. ... 28

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Mussagy Júlio Ramudala iv LISTA DE ABREVIATURAS, ACRÓNIMOS E SIGLAS

CF Custo fixo

CT Custo total

CV Custo variável

FAO Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação

L Lucro

MAE Ministério da Administração Estatal Mts Meticais

Nr. Número

PEDDM Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Mocuba

R Receitas

LISTA DE SÍMBOLOS

% Percentagem

º C Graus celsius

>, <, = Maior que, menor que e igual

Kg Quilograma

Km2 Quilómetros quadrados

m3 Metros cubico

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Análise de distribuição de ganhos na cadeia de comercialização de carvão vegetal no distrito de Mocuba, Zambézia

Mussagy Júlio Ramudala 1

I. INTRODUÇÃO

1.1. Contextualização

As florestas são o recurso fundamental para a sobrevivência e bem estar da população rural (FAO, 2009). Além de fornecerem lenha, carvão vegetal, madeira e outros bens valorizados pelo mercado, as florestas proporcionam importantes benefícios indirectos se forem manejadas racionalmente (Mafuca, 2001). A nível mundial, o carvão vegetal é considerado o energético mais usado no quotidiano, seu emprego abrange desde tradicionais fogões a lenha, para a decocção de alimentos, até as mais modernas caldeiras geradoras de vapor, que operam à combustão em sólidos (De Campos, 2010).

O continente africano, está na lista de 10 maiores produtores mundiais de Carvão vegetal, e é representado por 7 países, nomeadamente: Nigéria, Etiópia, Moçambique, República Democrática do Congo, Tanzânia, Gana e Egipto (Steierer, 2011). De acordo com a mesma fonte, nestes países a urbanização e o crescimento económico têm incrementado o uso de lenha e carvão vegetal, sendo que esta situação preocupa aos ambientalistas e os responsáveis pela gestão dos recursos florestais.

Em Moçambique existe uma grande diversidade de recursos florestais, e estes desempenham uma extrema importância no desenvolvimento económico, social e ambiental, através da geração de emprego, fornecimento de energia e outros benefícios (Alberto, 2006). De acordo com Uhlig et al. (2008) o maior combustível doméstico utilizado pelas populações em geral e especificamente nas zonas rurais é a lenha e o carvão vegeta. Cerca de 80% da população moçambicana depende do combustível lenhoso para satisfazer as necessidades energéticas (Chavana, 2014).

Segundo Kwaschi (2008), em Moçambique os combustíveis lenhosos são obtidos a partir de árvores de floresta natural, mangais, dos restos da derruba para novas machambas, árvores mortas e plantações florestais como também de podas de árvores nas cidades (árvores de sombra e ornamentais) e resíduos das serrações.

De acordo com Sepulcri e Trento (2010), o processo de comercialização do carvão vegetal é efectuado mediante três canais: (i) produtor - consumidor; (ii) produtor - vendedor grossista - consumidor; (iii) produtor - vendedor grossista - vendedor retalhista - consumidor. Segundo a mesma fonte, esta lógica comercial descreve etapas que compõem uma cadeia produtiva, que é constituída por empresas que se unem através de um fluxo de bens, recursos financeiros e informação.

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Segundo Carvalho (2013), os agentes que actuam nas cadeias produtivas são utilizados como indicadores para determinar o comportamento do sector agrícola, e sua atuação basicamente se dá com maior ênfase durante a etapa de apropriação da produção, devido ao poder de negociação que possuem.

Porém, Meyere e Cramon-Taubadel (2004) afirmam que no processo de comercialização, observa-se uma instabilidade na negociação no preço do produto e na distribuição de ganhos obtidos nos diferentes intervenientes da cadeia de comercialização do carvão vegetal.

Entretanto, ao se identificar a origem de eventuais alterações nos preços e definir o grau de intensidade dos aumentos ou descontos, que são transmitidos para os demais níveis da cadeia, abre-se a possibilidade de prever quais serão os efeitos causados no sector produtivo ou nos demais elos da cadeia. Neste contexto, o presente estudo visa avaliar a distribuição de ganhos na cadeia de comercialização do carvão vegetal em Mocuba.

Relativamente a estrutura, a presente monográfia está organizada em cinco capítulos nomeadamente: introdução, revisão bibliográfica, métodos e procedimentos, resultados e discussão e as conclusões e recomendações do estudo. O segundo capítulo faz a revisão da bibliografia relevante (isto é directamente relacionado com o tema da pesquisa) na sua vertente teórica e empírica. O terceiro é dedicado à apresentação dos métodos e procedimentos adoptados incluindo dados de análise. O quarto capítulo analisa os resultados do estudo. O quinto faz as conclusões e apresenta as recomendações deste estudo.

1.1. Problema de estudo

A produção e comercialização de carvão vegetal em África e em Moçambique especificamente, representa uma fonte de sobrevivência para as comunidades rurais. Embora seja considerado um factor determinante no aumento do desmatamento, vale realçar que a produção sustentável de carvão vegetal contribui para redução da pobreza nas zonas rurais através de aumento de rendimento das famílias e a produção e oportunidade de emprego.

Um sistema de comercialização a funcionar de forma eficiente, permite uma distribuição de ganhos equitativo e benéfico para todos os intervenientes, nomeadamente produtores, intermediários e consumidores. Esta distribuição de ganhos

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é importante na medida em que permite o funcionamento eficiente da cadeia; caracterizado por uma quantidade de oferta continua e acessível. Importa lembrar que o carvão vegetal é considerado como uma das principais fontes de energia em Moçambique, sobretudo nas zonas urbanas e peri-urbanas.

Estudos que analisam a distribuição de ganhos na cadeia de comercialização tornam-se relevantes ao permitir que os formuladores de políticas econômicas e florestal, adoptem medidas que permitam uma contribuição deste subsetor na redução de pobreza e desigualdade social.

Até onde sabemos, poucos estudo têm analisando a distribuição de ganhos na cadeia de comercialização em geral em Moçambique e sobretudo na sua componente florestal. Neste contexto, o presente estudo propõe-se a analisar esse tópico procurado, com as seguintes perguntas fundamentais da investigação:

Será que existe uma transmissão de preços equitativa na cadeia de comercialização de carvão vegetal em Moçambique?

Qual é a elasticidade de transmissão de preços na cadeia de comercialização de carvão vegetal?

Será que existe uma distribuição equilibrada e equitativa nas margens de comercialização?

1.2. Objectivos do estudo

A presente pesquisa tem como objectivo geral avaliar a distribuição de ganhos na cadeia de comercialização do carvão vegetal em Mocuba, especificamente:

i. Estimar a elasticidade de transmissão de preço ao nível da cadeia de comercialização;

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II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Quadro conceptual

Com o objectivo de permitir maior compreensão da pesquisa, discute-se neste quadro os seguintes conceitos, elasticidade de transmissão de preço, margem de comercialização, relação custo benefício, combustível.

2.1.1. Elasticidade de transmissão de preços

Em relação à análise do relacionamento entre variáveis econômicas, destaca-se a elasticidade de transmissão de preços. Segundo Margarido (2001), o conceito de elasticidade de transmissão de preços mostra como variações de preços de um produto em determinado mercado são transmitidas para os preços do mesmo produto dentro de um mesmo mercado, porém em outro nível ou então, como as variações de preços em determinado produto são transmitidas para o preço do mesmo produto em outro mercado. De acordo com a mesma fonte, no primeiro caso tem-se a elasticidade de transmissão de preço vertical e no segundo a elasticidade de transmissão de preços horizontal (ou espacial).

Por tanto, em relação à transmissão de preços entre mercados há duas vertentes: transmissão vertical de preços e transmissão horizontal de preços. De acordo com Barros e Burnquist (1987) citados por Margarido (2001), a definição para elasticidade de transmissão de preços vertical refere-se à variação relactiva no preço a um nível de mercado em relação à variação no preço a outro nível, mantidos em equilíbrio esses dois níveis de mercado após o choque inicial num deles. Neste estudo analisa-se a transmissão vertical ou horizontal. Estudos relacionados com a transmissão horizontal de preços baseiam-se nos conceitos relacionados com a formação competitiva dos preços, ou seja, tem como alicerce a Lei do preço único (Margarido, 2001).

De acordo com Figueiredo et al. (2013) a elasticidade de transmissão refere-se à intensidade e ao período de ocorrência da transmissão de preço. A intensidade da transmissão é obtida por meio da elasticidade de transmissão de preços, ou seja, o impacto percentual da variação do preço em um segmento do sistema agroindustrial sobre a variação de preço do outro segmento.

Segundo a mesma fonte, uma elasticidade unitária implica que os preços estão sendo transmitidos na mesma proporção de sua alteração original. Portanto, nesse caso, a transmissão pode ser interpretada como um indicativo de uma distribuição equânime

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de ganhos proporcionados pelo aumento do preço do produto final da cadeia. Quando a elasticidade de transmissão de preços é inferior à unidade, a transmissão é imperfeita. Nesse caso, essa medida indica a possibilidade de existência de exercício de poder de mercado.

2.1.2. Margem de comercialização

Comumente se apontam a oferta dos produtores e a demanda dos consumidores como sendo os determinantes do preço de mercado (Leuthold, 1989). No entanto, consumidores e produtores estão separados por muitos intermediários (transportadores, processadores e armazenadores) que se encarregam da condução da produção agrícola da região produtora até os consumidores finais (Barros, 2006).

Na verdade, o contato direto entre produtores e consumidores só ocorre significativamente em economias primárias, segundo Mendes (2007), em economias modernas, produção e consumo estão separados no espaço e no tempo tornando, assim, necessário que os intermediários transportem, armazenem e transformem o produto antes que o consumidor final tenha acesso a ele. Dessas actividades dos intermediários resulta um custo de comercialização que será incorporado ao preço do produto para o consumidor (Barros, 2006).

A margem de comercialização corresponde à diferença entre o preço de venda e a soma dos custos variáveis. O resultado deve ser suficiente para cobrir os custos fixos, assim como, obter o lucro líquido desejado pela empresa. Ou seja, a margem de contribuição representa o valor que cobrirá os custos e despesas fixas da empresa e proporcionará o lucro (Crepaldi, 2004).

Segundo Oliveira et al. (2010) a margem de comercialização representa as despesas que consumidores pagam aos intermediários pelo processo de comercialização. Na mesma onda de ideias, estes autores definem como sendo a diferença no preço do produto nos diversos níveis de mercado expressa em unidades equivalentes.

Barros (2006) ressalta que a margem e custo de comercialização são dois conceitos inter-relacionados e, por isso, às vezes, confundidos entre si. Segundo este autor à execução das funções de comercialização corresponde um custo incorrido pelos comerciantes na forma de salários, aluguéis, insumos diversos, depreciações, juros e/ou impostos. A determinação do custo de comercialização envolve o levantamento desses vários itens, o que é, sem dúvida, mais difícil do que o levantamento dos preços dos

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produtos nos diversos níveis de mercado. A partir desses preços é que se determina a margem de comercialização.

1.2.1.1. Utilização e Limitação das Margens

A principal utilização das medidas das margens de comercialização refere-se ao acompanhamento de sua evolução, propiciando uma avaliação do desempenho dos mercados, que segundo Barros (2006), tal avaliação requer o pleno conhecimento do significado da medida em questão.

A margem de comercialização é afetada, em primeiro lugar, pelas características do mercado em que o produto é transacionado. Importa considerar a estrutura - grau de concorrência, fundamentalmente - desse mercado, esperando-se margens maiores à medida em que a formas oligopolizadas ou monopolizadas predominem no mercado. A intensidade e frequência dos choques de oferta e demanda do produto e de seus insumos de produção e de comercialização também são relevantes (Mendes, 2007).

Para o mesmo autor as características do produto são aspectos importantes no que toca a margem de comercialização, pois produtos processados tendem a apresentar margem maior, assim como os produtos perecíveis que exigem maiores cuidados na comercialização. Em outros casos, o valor do produto em relação ao seu peso ou volume tende a predominar na magnitude da margem.

Bacchi e Boteon (2012) apontam que as mudanças tecnológicas (como armazenamento e transporte a granel) podem reduzir os custos e as margens. Em outras situações, ocorrem alterações nos serviços de comercialização adicionados ao produto. É o que acontece, por exemplo, nas lojas de auto-serviço (supermercados, restaurantes e outros) em que deixa de ser prestado o atendimento individual aos consumidores.

2.1.3. Custos

Rodriguez et al. (2018) definem custo como sendo o gasto relativo ao bem ou serviço utilizado na produção de outros bens e serviços, ou seja, são todos os gastos relativos à atividade de produção, e estes podem ser fixos ou variáveis. O custo fixo é a parcela do custo que se mantém fixa, quando a produção varia, enquanto que os custo variáveis são aqueles cujos valores se alteram em função do volume de produção da empresa Martins (2001).

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2.1.4. Combustível

Definido por Mulder (2007) como sendo tudo que arde, em uma reacção que se desenvolve por si mesma, onde os agentes intervenientes dessa reacção são produzidos pela própria reacção. Os combustíveis de acordo com Mirasse (2004) podem ser classificados como (i) lenhosos e (ii) não lenhosos.

(i) Combustível lenhoso

De acordo com Mirasse (2004) os combustíveis lenhosos são aqueles que provem da madeira na sua fase sólida, envolvem o carvão e lenha, e fase liquida (óleos, pirolíticos e metanol).

(ii) Combustíveis não lenhosos

Segundo Sardinha (2008), os combustíveis não lenhosos são aqueles que o seu consumo não envolve a biomassa lenhosa, dentre estes destacam-se o gás natural, electricidade, combustíveis fosseis, petróleo.

2.2. Produção de carvão e redução da pobreza

A produção de carvão é uma actividade que não é muito exigente em termos de recursos financeiros assim como humanos. Portanto, a produção de carvão é tida como meio de subsistência principalmente para os pobres rurais, contribuindo para renda familiar para os que não tem emprego, servindo também como alternativa de arrecadação de receitas para complementar as outras actividades.

De acordo com a FAO (2009), as comunidades identificam de forma continua soluções alternativas com objectivo de arrecadar receitas sem que estejam virados exclusivamente à agricultura, criação de animais e exploração intensiva de madeira. A exploração e comercialização de recursos florestais são actividades geradoras de empregos e rendimentos em muitos locais.

O carvão vegetal também contribui para uma energia confiável, conveniente e acessível para cozinhar em todos os momentos e com um custo baixo relativamente as outras alternativas. Além disso, o comércio de carvão oferece oportunidades de geração de renda para muitas pessoas nas áreas urbanas por meio de comércio retalhista de pequena escala principalmente dirigido por mulheres que vendem o produto ao longo das estradas urbanas (Chavana, 2014)

Para o caso do distrito de Mocuba, cujo clima é tropical seco e com precipitação inferior a 500 mm as famílias são obrigadas a optar pela produção de carvão dada a

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aparente disponibilidade do recurso florestal uma vez que não há condições para obter altos rendimentos provenientes da produção de culturas.

Não obstante reconhecer-se que a produção e venda de lenha e carvão vegetal são vitais fontes de rendimento para grande parte da população moçambicana, não existem dados estatístico sobre o rendimento que as famílias conseguem obter na actividade de exploração e comercialização do carvão vegetal em Moçambique (Mabote, 2011).

2.3. Produção, consumo e comercialização de carvão vegetal 2.3.1. Panorama internacional

Sardinha (2008), afirma que o carvão continua sendo um significante recurso de energia para muitos países da África, Ásia e América Latina. Estima-se que nos países em desenvolvimento, a madeira para combustível e o carvão suprem mais de 70% da demanda nacional de energia (Cunha et al., 2008).

Na África subsaariana, 90% de energia usada por alguns países nas actividades domésticas e industriais é proveniente da biomassa lenhosa (FAO, 2007). De acordo com a mesma fonte 90% das explorações do material lenhoso neste continente destina-se à produção de energia, abrangendo um total de 70% do consumo total de energia primária.

Segundo Steierer (2011), o Brasil é o maior produtor mundial de carvão vegetal, a produção total em 2009 foi estimada em 10 milhões de toneladas e a de 2013, em 7,4 milhões de toneladas, mostrando que houve uma redução na produção brasileira de carvão vegetal, isso se dá pela redução na produção de aço no sector siderúrgico.

De acordo com a mesma fonte, o uso significativo de carvão vegetal como combustível e agente redutor nos altos-fornos de redução de minério de ferro, em substituição ao coque metalúrgico (proveniente do carvão mineral), é uma característica que diferencia o Brasil de outros grandes produtores de ferro-gusa e derivados.

2.3.2. Panorama nacional

Segundo Uhlig et al. (2008), os combustíveis lenhosos são a principal fonte de energia usada pelos moçambicanos para suprir as suas necessidades de energia doméstica. Conforme Brouwer e Falcão (2004) o consumo foi estimado em cerca de 0,82m3 nas áreas urbanas e 0,9 m3 nas zonas rurais, e a taxa de exploração anual de

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madeira para a produção de energia, rondava em cerca de 17 milhões de m3 sendo que a

maioria destes é extraída de florestas naturais primárias ou secundárias.

Kwaschik (2008), afirmou que um estudo realizado em Moçambique, mostrou que cerca de 200 milhões de dólares de carvão vegetal são vendidos anualmente nas vilas e cidades onde é principalmente usado, mas nas áreas rurais onde o carvão é produzido, as famílias normalmente usam lenha.

Segundo Sitoe et al. (2007) o carvão vegetal é um dos mais importantes produtos produzidos pelas famílias rurais ao nível da África que é largamente utilizado nas áreas urbanas. O produto em causa é importante para a geração de renda nas áreas rurais e a sua produção pode ser mais importante do que outras actividades como a agricultura.

De acordo com o mesmo autor o carvão vegetal também contribui para uma energia confiável, conveniente e acessível para cozinhar em todos os momentos e com um custo baixo relativamente as outras alternativas. Além disso, o comércio de carvão oferece oportunidades de geração de renda para muitas pessoas nas áreas urbanas por meio de comércio retalhista de pequena escala principalmente dirigido por mulheres que vendem o produto ao longo das estradas urbanas.

Bila (2005) e afirma que o processo de produção de carvão é caracterizado pela ausência de técnicas de maneio sustentável de florestas, ameaçando a perpetuação destes recursos a médio e longo prazo. Na sequência, Alberto (2006) ressalta que o corte é caracterizado por corte raso com ausência de programas de reflorestamento.

Sendo assim, para que haja um uso sustentável dos recursos florestais, e a produção de carvão vegetal contribua para o desenvolvimento sustentável e de igual modo para redução da pobreza, uma abordagem diferente para o sector de carvão vegetal deve ser tomada brevemente (Alberto, 2006).

2.4. Resumo de estudos empíricos sobre transmissão de preços e margem de comercialização

Estudos sobre transmissão de preços têm sido desenvolvidos por vários pesquisadores ao longo do tempo. Entretanto maior parte destes são ligados a produtos agrícolas, destacando-se os estudos de Margarido et al. (2018) e Figueiredo et al. (2010). Poucos são os estudos ligados ao ramo florestal, destacando as pesquisas levadas a cabo por: Chavana (2014), Soares et al. (2004), Fontes et al. (2005). Mesmo

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tratando-se de produtos diferentes a metodologia usada nos estudos em evidência é aplicável a presente pesquisa.

Em seu estudo da cadeia de valor de carvão vegetal no sul de Moçambique, Chavana (2014), verificou que os actores da cadeia de valor são os produtores, comerciantes (grossistas e retalhistas) e os consumidores, sendo o processo de comercialização efectuado mediante três canais: do produtor ao consumidor; do produtor ao vendedor grossista ao consumidor; e o último, do produtor ao vendedor grossista ao vendedor retalhista ao consumidor. Na análise económica da actividade de produção e comercialização do carvão vegetal, considerando o mesmo volume produzido independentemente dos custos incorridos, mostrou que os produtores obteram retornos entre 94% a 183%; os comerciantes grossistas nas mesmas condições podem adquirir retornos entre 23% a 48% enquanto os comerciantes retalhistas obtêm retornos mais baixos, estimados em 10%.

Soares et al. (2004), fazendo a análise econométrica do mercado brasileiro de carvão vegetal no período de 1974 a 2000 verificaram que a elasticidade – preço da demanda de carvão vegetal foi de 0,10, sugerindo que um aumento de 10% no preço do carvão vegetal, ocasionaria uma redução de 1,0 % na quantidade demandada desse produto, indicando que a demanda do carvão vegetal é inelástica com relação ao preço do produto, sendo assim a demanda do carvão vegetal pouco sensível a variação no preço.

Fontes et al. (2005), na integração espacial no mercado mineiro de carvão vegetal em Brasil, após concluir que os mercados são integrados, efetuaram o teste Dickey-Fuller para verificar como ocorre a transmissão das variações de preços entre os mercados e qual mercado lidera essas variações, onde registou até sete defasagens, das quais uma, duas, três e cinco defasagens diferiram entre si, sendo os resultados com três e quatro defasagens semelhantes entre si, e os resultados com cinco, seis e sete defasagens também foram semelhantes entre si.

Margarido et al. (2018) fazendo a análise da elasticidade da transmissão dos preços internacionais do açúcar para os preços no Brasil concluíram que variações de 1% no preço internacional do açúcar são transmitidas para o preço médio recebido pelos exportadores brasileiros de açúcar com magnitude de 0,3%, em média, configurando relação inelástica entre as duas variáveis e, por consequência, a não ocorrência da Lei do Preço Único. Logo, existem mecanismos nesse mercado que estão impedindo o

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pleno funcionamento do processo de arbitragem. Tal fato não é incomum haja vista ser o açúcar um dos produtos mais protegidos comercialmente e que sofre muitas interferências.

Análise da Transmissão de Preços no Mercado Brasileiro de Castanha de Caju, Figueiredo et al. (2010), registaram uma elasticidade de transmissão de 26,7% tanto para elevações quanto para baixas de preço. As margens tendem a aumentar quando os preços de exportação em reais sobem, e tendem a retornar para sua posição inicial quando os preços de exportação em reais caem.

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III. METODOLOGIA

3.1. Descrição da área de estudo 3.1.1. Localização geográfica

Este estudo foi realizado no distrito de Mocuba, concretamente Município do mesmo nome. De acordo com PEDDM (2014), o distrito de Mocuba localiza-se na parte central da província da Zambézia com uma área de 8.802 km2, fazendo limite com os distritos de Lugela e Errego ao Norte; Maganja da Costa a Este; Namacurra e Morrumbala a Sul e Milange a Oeste. A figura abaixo ilustra o mapa da área de estudo.

Figura 1: Localização do distrito de Mocuba. Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

3.1.2. Clima

De acordo com a classificação de Thorntwaite, o distrito apresenta um clima sub-tropical com influência da zona Intertropical. Com uma temperatura média mensal que varia entre 20 e 27º C (máximas de 27 a 35º C e mínimas de 15 a 22º C). A precipitação média anual vária de 850 mm, 1175 mm e 1300 mm nas três estações climáticas do distrito (PEDDM, 2014).

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3.1.3. Recursos florestais

O distrito de Mocuba é potencial em espécies florestais e variedades de árvores para a madeira, lenha e carvão. A exploração das florestas existentes pelas comunidades é feita quer de forma organizada em associações bem como individualmente como fonte de rendimento (Chavana, 2014).

Segundo Bila (2005), a maioria dos produtores geralmente usa todas as espécies de árvores dependendo da disponibilidade das mesmas na área de produção. Entretanto Chavana (2014) aponta Jambire (Millettia stuhlmannii Taub), Umbila (Pterocarpus angolenses D.C), Chamfuta (Afzelia quanzensis Welw), Mondzo (Combretum imberbe Wawra), Mucarala (Burkea africana Hook), Murroto (Cordyla africana Lour) e Pau-ferro (Swartzia madagascariensis Desv) para a produção de madeira e apenas a Messassa (Brachystegia spiciformis) para o uso de carvão vegetal. A tabela abaixo ilustra as principais espécies para madeira, lenha e carvão.

Tabela 1: Espécies usadas para Madeira, lenha e carvão no distrito Mocuba.

Classe commercial Nome científico Nome commercial

Preciosa Swartzia madagascariensis Desv Pau-ferro Primeira classe Millettia stuhlmannii Taub Jambire Primeira classe Pterocarpus angolenses D.C Umbila Primeira classe Afzelia quanzensis Welw Chanfuta Primeira classe Combretum imberbe Wawra. Monzo

Primeira classe Cordyla africana Lour Mutonto

Segunda classe Burkea africana Hook Mucarala

Segunda classe Brachystegia spictfonnis Messassa Fonte: PEDDM (2014)

Conforme se pode observar na tabela a maior parte das espécies são da primeira classe.

As árvores são a origem dos dois principais subtipos de biomassa lenhosa e da utilização doméstica que são a lenha e o carvão, em que o carvão é a fonte de energia mais usada no distrito para a confecção dos alimentos (Nhalusse, 2013).

3.2. Fonte de dados e amostragem

O estudo usa dados de um corte transversal representando o período de Abril a Julho de 2020. Os mesmos foram obtidos através de entrevista directa por meio de questionário (apêndice 7.1) dirigido a diferentes intervenientes da cadeia

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comercialização de carvão vegetal em Mocuba, nomeadamente produtor, grossista e retalhista.

O questionário foi estruturado de tal forma que permitiu a obtenção de informações para realização do estudo, especificamente no que tange a aspectos relacionados ao mercado de carvão vegetal. Foram concretamente recolhidas informações sobre: os preços praticados por diferentes intervenientes da cadeia utilizando um recipiente de referência com o peso de 50Kg. A tabela abaixo ilustra o resumo das estatísticas sumarias dos dados utilizados neste estudo.

Tabela 2: Sumário estatístico das variáveis

Variáveis Média Desv-padrão Min Max

Produtor 55 5,270463 50 60

Grossista 165 14,33721 140 180

Retalhista 250 52,70463 200 300

Fonte: O autor, 2020

Conforme a tabela acima, o preço médio do produtor foi de 55,00 Mts, mínimo 50,00Mts e máximo 60Mts. Para o grossista, o preço médio foi de 165,00Mts, mínimo 140,00Mts e máximo 180Mts. E por fim o retalhista obteve 55,00Mts de preço médio, mínimo 200,00Mts e máximo 300,00Mts. Vale ressaltar que o estudo usa dados de corte transversal, isto é, de um ponto especifico de tempo, neste caso ano 2020, período de Abril a Julho.

De acordo com Woodrigde (2006), uma importante característica dos dados do corte transversal é que não podemos frequentemente assumir que eles foram obtidos de amostragem aleatória da população subjacente. Isto porque algumas vezes esse tipo de amostragem nem sempre é possivel obter dados para este tipo de estudo, sobretudo quando se analisa factores ligados a acumulação de prejuízos e riqueza pessoais, se por exemplo, for mesmo provável que as famílias / indivíduos ricos se recusam a relatar os seus ganhos e riquezas. Neste contexto mesmo com essa violação, a aplicação de ferramentas estatísticas de análise tornam-se válidas.

Dentre os vários métodos para extrair uma amostra, o de amostragem aleatória é considerado o mais relevante. No entanto a sua utilização depende de regras bem definidas, entre outras a existência de uma população finita e acessível.

Dada a inexistência das hipóteses acima verificado, adoptou-se a amostragem não probabilística. De acordo com Batalha (2017), este não segue as mesmas características de uma amostragem probabilística, mas é empregado por simplicidade ou

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por impossibilidade de obtenção de uma amostragem aleatória como foi o caso desse estudo.

Dado que o universo da população de interesse não é conhecida devido a natureza informal desta actividade, a determinação da amostra não obedeceu os critérios estatísticos. Assim o seu cálculo foi arbitrário procurando-se entrevistar maior número possivel disponível existente. Neste sentido, o tamanho da amostra deste estudo foi estratificado da seguinte maneira: 10 produtores, 10 grossistas, 10 retalhista, que foram selecionados intencionalmente tendo em conta a disponibilidade destes.

3.3. Descrição de variáveis de estudo

Constituem variáveis em análise desse estudo as seguintes: preços ao produtor, preços ao grossista, preço ao retalhista, medidos com base em um recipiente de referência com uma capacidade de 50Kg.

3.4. Modelo de elasticidade de transmissão de preços

Para analisar a transmissão de preço foi estimado um modelo econométrico, baseado na regressão linear múltipla utilizando o método dos mínimos quadrados ordinários. De acordo com (Gujarate, 2000), um modelo de regressão simples pode ser representando matematicamente a partir da seguinte equação:

Equação 1: Equação de modelo linear multipla

𝑌 = 𝛽0+ 𝛽1 𝑥 + 𝛽2𝑥 + 𝜇 (1)

Onde: Y – Variável dependente; β0 – Intercepto (valor de Y quando x=0); β1 –

Coeficiente da variável X, (mede o efeito marginal de x em relação a Y); X – Variável independente (mede a dimensão seccional); 𝜇 – termo do erro, capta outros factores não observados que também rugem a variável dependente. Mas concretamente será estimada a seguinte equação:

ln𝑃𝑝 = 𝛽0+ ln𝛽1𝑃𝑔 + ln𝛽2𝑃𝑟 (2)

Onde: Pp– Preço do produtor medido em meticais; βO – preço do produtor quando o

preço do grossista é igual a zero; β1 – é a capacidade Pg; Pg – é o preço ao grossista

medido em meticais; ln – logaritmo natural. Adaptou-se a forma funcional logarítmica para facilitar o cálculo da elasticidade. O modelo adopta a forma funcional logarítmica para permitir o cálculo directo das elasticidades. Segundo Figueiredo et al. (2013), o modelo de transmissão de elasticidade de preço, pode ser interpretado como um

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indicativo de uma distribuição de ganhos na cadeia de comercialização. O modelo foi estimado com recurso ao pacote estatístico STATA.

3.5. Testes de Regressão

Para a análise da regressão foram realizados dois tipos de testes nomeadamente teste da primeira e segunda ordem. Nos teste da primeira ordem formam efetuados os testes de significância global e teste de significância individual. Para os da segunda ordem foram realizados testes de diagnósticos de modelo de regressão, especificamente o teste de normalidade e o teste de heterocedascidade.

3.5.1. Testes da primeira ordem

i) Teste de significância global: Para a realização do teste foi utilizado o teste F-

Fisher ao nível de significância de 5%, de acordo com este teste foi descrito a seguinte hipótese:

Ho: ß1 = ß2 = 0 (ßj = 0).

H1: ßj ≠ 0 (Pelo menos uma das variáveis diferente de zero, modelo significativo). ii) Teste de significância individual: para a realização deste, realizou-se o teste

t-student à 5% de significância, sendo formulada as seguintes hipóteses: Ho: ßi = 0 (modelo não é significativo).

H1: ßi ≠ 0 (modelo é significativo). a) Testes da segunda ordem

 Teste de normalidade: para análise da normalidade entre as variáveis realizou-se o teste de Shappiro-Wilk à 5% de significância.

 Teste de heterocedascidade: realizou-se o teste de Breusch-Godfrey a 5% de significância.

3.6. Avaliação de margem de comercialização de carvão vegetal

A análise da margem de comercialização de carvão vegetal baseou-se nas fórmulas propostas por Barros (2007) e Oliveira et al. (2010). De acordo com estes autores as margem de comercialização podem ser medidas de forma absoluta e relativa. A margem relactiva pode ser analisada com mark-up, isto é, medida de desempenho do mercado. A tabela abaixo ilustra as fórmulas utilizadas para o cálculo das margens.

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Tabela 3: Fórmula de margens absoluta e relactiva.

Níveis Margens Absoluta Relactiva (%) Produtor 𝑀𝑝= 𝑃𝑟− 𝑃𝑝 𝑀𝑅𝑃= 𝑃𝑟 − 𝑃𝑝 𝑃𝑟 ∗ 100 Grossista 𝑀𝑔= 𝑃𝑔− 𝑃𝑝 𝑀𝑅𝑔= 𝑃𝑔− 𝑃𝑝 𝑃𝑔 ∗ 100 Retalhista 𝑀𝑟 = 𝑃𝑟− 𝑃𝑔 𝑀𝑅𝑟 = 𝑃𝑟− 𝑃𝑔 𝑃𝑟 ∗ 100 Nota: Mp, Mg, Mr – Margem do produtor, grossista e retalhista; Pp, Pg, Pr – Preços do produtor, grossista e retalhista.

3.7. Analise de dados

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IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. Resultados do Modelo de Transmissão de Preços na cadeia de comercialização de carvão vegetal

A estimação do modelo de transmissão de preços produziu os resultados apresentados no Anexo 3 e sumarizados na tabela abaixo.

Tabela 4: Resultados do Modelo de Transmissão de Preços estimado.

Variável dependente: preço do retalhista Variáveis independentes Coeficientes Erros padrão Valor de P > ׀ t ׀

Produtor -0,3002024 0,4935492 0,562 Grossista 1,910311* 0,5376421 0,009 Constante -3,044508 3,510716 0,415 Número de observações = 10 F (2, 7) = 6,72 Prob > F = 0,0235 Adj. R-squared = 0,5597 Root MSE = 0,14179

Nota: * Estatisticamente significativos a nível 5% de significância. Fonte: O autor.

Os resultados na tabela acima revelam que a elasticidade de transmissão de preço ao nível do grossista revelou-se estatisticamente significativo. Este resultado revela a existência de uma elasticidade preço grossista elástica. Este sugere que um aumento em 1% no preço do grossista aumenta o preço pago pelo consumidor sinal em 1,9%, ou seja, em 0,9%. Isto sugere um desequilíbrio na distribuição de ganhos.

Relativamente ao preço ao produtor, o modelo mostra que na regressão estimada, o coeficiente desta variável não é estatisticamente significativa. Este resultado sugere que o preço fixado não tem grande influência em termos de magnitude sobre o preço pago pelo consumidor final e pelo ganho dos restantes intermediários. Este resultado, revela ainda, que produtor não tem grande capacidade de fixação de preço, sugerindo a existência do poder de mercado por parte do grossista. Assim, o seu ganho reflete o preço fixado pelo grossista. Todavia, resultados similares foram registados por Figueiredo et al. (2013).

Quanto aos testes realizados, os resultados dos testes de significância global (Prob > F = 0,023) revelam que o modelo de transmissão de preço é estatisticamente significativo a níveis de significância convencionais de 5 % e 10%. Assim, o modelo serve para prever a distribuição de ganhos na cadeia.

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Quanto aos teste de diagnósticos de regressão, os resultados revelaram que o modelo satisfaz os requisitos de Gauss Markov, assim sendo, o modelo satisfaz os seguintes requisitos: normalidade dos resíduos (anexo 4 – teste de normalidade de Shappiro-Wilk), variância do erro homogêneo (anexo 5 - teste de heterocedasticidade de Breusch-Godfrey), não existência de correlação linear entre as variáveis independentes (multicolinearidade anexo 6 – teste VIF – Factor de Inflação de Variância).

4.2. Resultado de análise das margens

Os resultados da análise da margem de comercialização estão apresenta na tabela abaixo.

Tabela 5: Margem de comercialização absoluta e relactiva.

Margens de comercialização

Níveis da Cadeia Absoluta (mts) Relactiva (%)

Produtor - -

Grossista 110 67

Retalhista 85 34

Total 195 78

PP 22

Fonte: Cálculos do autor, com base nos dados

Este resultado revela que a diferença entre o preço do grossista e do produtor perfaz 67% do preço do retalhista, isto é, pago pelo consumidor, revela assimetria. Isto pode estar associado aos diversos factores que o grossista enfrenta para aquisição do produto, destacando-se o transporte e o poder de mercado. O resultado sobre margens do retalhista revelam que a diferença entre o preço do retalhista e preço do grossista perfaz 34%.

No entanto, estes resultados estão em consonância com os encontrados por De Oliveira (2018), Baumert (2016), Chavana (2014) e Gomes (2007). Resultados contraditórios a estes foram reportados por Castro (2017).

Quanto a participação do produtor os resultados revelam que da margem total da cadeia de comercialização do carvão vegetal 22% perfaz o preço do grossista.

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V. CONCLUSÕES

Este estudo investigou a distribuição de ganhos na cadeia de comercialização de carvão vegetal em Mocuba, permitiu concluir que:

 A distribuição de ganhos na cadeia não é perfeita, pois não apresenta uma elasticidade de ganho unitária. A implicação disso é que, se os ganhos contribuirem a acumular-se em apenas alguns elos, a oferta desta fonte de Energia poderá reduzir e consequência disso será o aumento do custo de Energia, e o poder de compra do Consumidor final poderá deteorar pelo aumento do preço ocasionado pela escassez.  As alterações de preços na cadeia ocorrem de todos os intervenientes de

comercialização, especialmente do grossista e retalhista. Este resultado tem implicancia negativa sobre o rendimento do produtor e no abastecimento dos mercados.

 As margens revelaram a existência de poder de mercado sendo concentrado em maior magnitude os intervenientes grossista e retalhista.

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VI. RECOMENDAÇÕES

De acordo com as conclusões da pesquisa recomenda-se:

 SDAE´s, Sector Privado, ONG´s, a organização de carvoeros em associação para que melhorar o poder de negociação dos preços e difundir técnicas de produção sustentavel de carvão vegetal.

 Governo, estimular sistemas informação de mercados florestais para reduzir a assimetria de informação.

 Academia, pesquisas para apoiar o desenvolvimento de politicas para o sector florestal.

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VIII. ANEXOS

Anexo 1: Estatística Sumária.

Anexo 2: Matriz de Correlação.

Anexo 3: Modelo de transmissão de preços.

Anexo 4: Teste de normalidade.

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Anexo 6: Teste de Multicolinearidade.

Anexo 7: Dados da pesquisa.

Ordem Produtor Grossista Retalhista

1 50 180 300 2 50 150 200 3 50 160 300 4 60 180 300 5 60 160 200 6 60 140 200 7 60 160 200 8 60 180 300 9 50 180 300 10 50 160 200

Anexo 8: Variáveis logaritmizadas.

ln produtor ln grossista ln retalhista erro

3.912023 5.192957 5.703783 .002527 3.912023 5.010635 5.298317 -.0546473 3.912023 5.075174 5.703783 .2275293 4.094345 5.192957 5.703783 .0572603 4.094345 5.075174 5.298317 -.1232025 4.094345 4.941642 5.298317 .1318843 4.094345 5.075174 5.298317 -.1232025 4.094345 5.192957 5.703783 .0572603 3.912023 5.192957 5.703783 .002527 3.912023 5.075174 5.298317 -.1779359

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Análise de distribuição de ganhos na cadeia de comercialização de carvão vegetal no distrito de Mocuba, Zambézia

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IX. APÊNDICES

Apêndice 1: Questionario a ser usado na recolha de informações dos diferentes

intervenientes da cadeia de comercialização.

QUESTIONÁRIO SECÇÃO A

PRODUÇÃO DE CARVÃO

1. Onde produz o carvão?

1.1. Mocuba sede ( ) 1.2. Namanjavira ( ) 1.3. Mugeba ( ) 2. Que espécie utiliza para fabrico de carvão vegetal? ______________________ 3. Como adquire a espécie que utiliza no fabrico?

3.1.Corta na floresta ( ) 3.2. Compra ( )

Se compra. Quanto compra? ________Mts Que quantidade compra? _________

4. Como fabrica o carvão?

______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 5. Com quem fabrica?

5.1.Sozinho ( ) 5.2. Contrata mão-de-obra ( )

Se contrata. Quantos contrata? _________ Quanto paga a mão-de-obra? _______Mts. 6. Quantos sacos produz mensalmente? _________ Sacos.

7. Qual é o preço de venda por Saco?

7.1. Saco de 10kg - __Mts 7.1. Saco de 25kg - __Mts 7.3. Saco de 50kg - ___Mts 8. Como vende?

8.1. Retalho ( ) 8.2. Grosso ( ) 8.3. Grosso / Retalho ( ) 9. Para quem vende?

9.1. Consumidor final ( ) 9.2. Revendedor ( ) 10. Onde vende?

10.1. Local de fabrico 10.2. Mercado ( ) 11. Usa transporte para venda?

11.1. Sim ( ) 11.2. Não ( )

Se sim. Paga? Sim ( ) Não ( ) Quanto paga? ______Mts. 12. Qual é preço do Saco para embalagem do carvão.

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12.1. Saco de 10kg - ___Mts. 12.2. Saco de 25kg - __Mts. 12.3. Saco de 50kg - __Mts.

SECÇÃO B

COMERCIALIZAÇÃO DO CARVÃO VEGETAL

13. Nível da cadeia.

13.1. Produtor ( ) 13.2. Retalhista ( ) 13.3. Grossista ( ) 14. Onde Compra o carvão? ____________________________.

15. Quanto Compra?

15.1. Saco de 10kg - ____Mts. 15.2. Saco de 25kg - ___Mts. 15.3. Saco de 50kg - ___Mts.

16. Paga transporte?

17. Sim ( ) 15.2. Não ( ) Se sim. Quanto? _______Mts. 18. Que quantidade compra? _________Sacos.

19. Quanto vende?

19.1. Saco de 10kg - ____Mts. 18.2. Saco de 25kg - ___Mts. 18.3. Saco de 50kg - ___Mts.

20. Quanto tempo leva para vender o carvão?

20.1. Semana ( ) 20.2. Mês ( ) 20.3.Mais tempo (indicar) _____________. 21. Paga taxa no mercado

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