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Mais tarde, o Decreto 5.622, de 19/12/2005, vem definir a educação a distância, afirmando que é:

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Expectativas dos alunos recém-ingressados no curso de Licenciatura

em Química da UFMG – modalidade a distância

Cristiane Martins Pereira dos Santos (FM), Luciana Campos Miranda (PG), Nilma Soares da Silva (PG), Valéria Alves da Silveira (FM), Janaina Queiroz Meira (FM), Ana Luiza de Quadros (PQ)

cricaquimica@yahoo.com.br.

Departamento de Química – ICEx – UFMG

Palavras Chave: motivos e expectativas, Licenciatura em Química, Educação a distância.

RESUMO: Com o objetivo de identificar os motivos e expectativas de um grupo de alunos selecionados a iniciar o

curso de Licenciatura em Química da UFMG, na modalidade a distância, desenvolvemos este trabalho. Aplicamos um instrumento de coleta de dados usando as mesmas ferramentas que esse alunos usarão durante o curso que iniciavam. Percebemos uma relação limitada com o computador e a internet, mas que o curso representaria, para a maioria deles, uma possibilidade de adquirir cidadania, através da formação num curso superior, numa universidade que consideram de prestígio, alem de outros.

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – EAD

Os primeiros registros sobre educação a distância “institucionalizada” são bastante antigos e referem-se ao ensino de línguas, a cursos de extensão, profissionalizantes e comerciais, que ocorreram em várias partes do mundo. Os recursos usados para promover a educação a distância foram variados. Mas, foi com o desenvolvimento das tecnologias de comunicação e informação que essa modalidade se consolidou enquanto possibilidade de formação.

No início do século XX o Brasil já oferecia cursos profissionalizantes a distância, sendo a maioria deles de curta duração. Esses cursos utilizavam-se de material impresso e serviam-se dos correios para a troca de informações. Eram, então, chamados de cursos por correspondência. Apesar de terem atendido um grande número de brasileiros, esses cursos nunca foram reconhecidos pelo sistema formal de ensino.

Uma segunda geração da EaD no Brasil se caracterizou pela integração dos meios audiovisuais, como rádio, televisão, fax e outros ao material impresso e pelo incremento da oferta de programas e cursos nesta modalidade. Os principais representantes desses cursos foram os Projetos Minerva (1970), Logos (1973) e o Telecurso (1978), sendo o último divulgado pela UNESCO como exemplo a ser usado em outros países e que sobrevive até hoje.

Na década de 90 a EaD vive o que vamos chamar de sua terceira fase. Os avanços das tecnologias de informação e comunicação acabaram por relativizar os conceitos de espaço geográfico e tempo, reduzindo virtualmente as distâncias globais e otimizando o tempo gasto para acessar o vasto acervo da produção cultural da humanidade. Essa expansão da comunicação

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através de uma rede internacional – a Internet – propulsiona o Ensino a Distância, tanto que essa modalidade passa a ser reconhecida oficialmente. No Brasil, as bases legais para a modalidade de educação a distância foram estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996), que foi regulamentada pelo Decreto n.º 5.622, publicado no D.O.U. de 20/12/05 (que revogou o Decreto n.º 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, e o Decreto n.º 2.561, de 27 de abril de 1998) com normatização definida na Portaria Ministerial n.º 4.361, de 2004 (que revogou a Portaria Ministerial n.º 301, de 07 de abril de 1998 ).

Mais tarde, o Decreto 5.622, de 19/12/2005, vem definir a educação a distância, afirmando que é:

a modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos. A partir da criação da Secretaria de Ensino a Distância – SEED, o Ministério da Educação passa a atuar como agente de inovação tecnológica nos processos de ensino e aprendizagem e a incentivar o uso das tecnologias de informação e comunicação na promoção do ensino a distância.

Tendo em vista uma carência de professores para atuar na educação básica, principalmente na área de ciências, e a exigência legal (a partir da LDB de 1996) de que os professores tenham, no mínimo, o curso superior, o Ministério da Educação lança duas iniciativas para promover e consolidar essa formação. Trata-se dos programas “Formação Inicial para Professores do Ensino Fundamental e Médio – Pró-Licenciatura” e “Universidade Aberta do Brasil – UAB”. Ambos fazem parte de um conjunto de ações para a melhoria da educação básica do país.

O primeiro (Pró-Licenciatura) destina-se à profissionais da rede pública, em exercício, que não possuem habilitação na disciplina em docência. Já o segundo (UAB) tem por objetivo expandir a oferta de cursos e programas de educação superior, levando o ensino superior de qualidade aos municípios brasileiros que, em sua maioria, não possuem estes serviços. Em um país onde as desigualdades sociais se refletem num precário nível de acesso à educação de nível superior, no qual apenas 10% dos jovens entre 18 e 24 anos estão matriculados em cursos superiores, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, PNAD/IBGE, – níveis inferiores a de outros países da América latina – a EAD pode se configurar como um facilitador do acesso de jovens e adultos

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aos níveis médio e superior de ensino. A meta da UAB para 2008 é alcançar mais de 500 pólos de educação a distância e, para 2010, mais de mil pólos.

A UFMG E O ENSINO A DISTÂNCIA

A partir da Portaria nº. 2.691 de 29/7/2005, publicada em 2/8/2005, que credencia a UFMG a oferecer cursos de graduação a distância, dois grandes projetos já em construção passam à sua fase final de elaboração: Licenciatura em Química e Licenciatura em Biologia. Esses foram seguidos pelo Normal Superior e Bacharelado em Geografia, além de outros.

Esses cursos visam a qualificação de profissionais em regiões do estado de Minas Gerais e os pólos que ofertam esses cursos estão localizados em regiões interioranas que não possuem ensino superior público, o que dificulta a inserção da população na educação superior e, por conseqüência, minimiza as possibilidades de desenvolvimento com qualidade de vida dessas comunidades.

Há uma crença, dentro da instituição, de que a EaD se consolide como uma importante estratégia para a democratização do saber, o acesso à educação superior e a interiorização da oferta de cursos. Isso porque essa modalidade facilita o acesso ao conhecimento a uma clientela dispersa, caracterizada por ritmos de aprendizagem diferenciados e sem a possibilidade de participar regularmente de um ensino presencial.

O curso de Licenciatura em Química inicia suas atividades em cinco diferentes pólos, localizados em Governador Valadares, Araçuaí, Montes Claros, Teófilo Otoni e Frutal, todos municípios de Minas Gerais.

Ao abrir a inscrição ao vestibular, incluindo esses pólos, o curso de química ofereceu 200 vagas em cada um dos programas, totalizando 400 vagas e teve 168 aprovados no programa UAB e 177 no programa Pró-Licenciatura. Entre os 345 aprovados, 276 efetivaram a matricula (147 do pró- Licenciatura e 129 da UAB) e passaram a fazer parte do quadro de alunos da instituição.

Com o intuito de identificar as expectativas desse grupo de alunos com o curso que iniciavam e sobre os motivos que os levaram a escolher a modalidade a distância, desenvolvemos esse trabalho.

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Por tratar-se de modalidade de ensino que usa, além de livros didáticos produzidos para tal, as tecnologias de comunicação e informação para a interação professores/tutores/alunos, também nos utilizamos das mesmas para a coleta dos dados.

Construímos um instrumento de coleta de dados, que foi colocado na página de suporte a disciplina, a qual os alunos teriam acesso na primeira semana do curso. O material solicitava informações gerais sobre os alunos, os motivos que os levaram a escolher o curso e as expectativas que os mesmos tinham.

Os alunos, num total de 181, responderam ao mesmo em seus pólos e, imediatamente, tivemos acesso aos dados, que foram tabulados e analisados pelo grupo de pesquisadores.

ANALISANDO OS RESULTADOS

Dos 276 alunos matriculados e presentes nos pólos na data da aula inaugural, 181 deles responderam ao questionário, sendo 125 do programa Pró-Licenciatura e outros 56 do programa UAB.

Percebemos que o programa “Pró-Licenciatura", oferecido apenas a professores em exercício que não possuíam titulação para tal teve, já de início, entre os aprovados no vestibular, um maior número de alunos que ingressaram no curso. O programa UAB, aberto à comunidade em geral, apresentou, entre os aprovados no vestibular, um maior percentual de “desistentes”, ou seja, alunos que não efetivaram suas matrículas.

Entre os alunos que participaram desta pesquisa, dos que fazem parte do programa UAB, 60,7% deles estão abaixo dos 30 anos de idade, enquanto no pró- licenciatura este número é de 44,8%. Todos os alunos do pró-licenciatura já são trabalhadores (essa era uma exigência para a inscrição ao vestibular) e do programa UAB apenas 15 não trabalham, sendo estes os de idade entre 17 e 21 anos. A média de idade dos alunos ingressantes nesses programas é superior à média dos alunos do ensino presencial.

Como trabalhadores, os estudantes informaram, no instrumento de coleta de dados, que a renda familiar é baixa, confirmando a caracterização que tínhamos das regiões nas quais os pólos estão inseridos: regiões cujo índice de desenvolvimento humano é baixo. Dos 181 participantes, 126 deles afirmaram que recebem entre 1 a 3 salários mínimos como renda mensal. A maioria deles trabalha com magistério (cerca de 76%) mas, entre estes, pouco mais da metade já teve algum tipo de experiência com ensino de química, função para a qual serão formados no curso escolhido.

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Por se tratar de curso a distância, que usará, durante toda a formação, uma página da Internet como forma de interação entre alunos/professores/tutores e como “sala de aula virtual”, também nos interessou identificar a relação destes alunos com o computador e a internet.

No que se refere ao uso do computador, os dados obtidos estão sintetizados na Tabela 1, abaixo:

Tabela 1: Relação dos estudantes com o computador, no início do curso.

Relação com o computador Nº. de Respostas

Sabe apenas ligar e desligar 07

Digita textos simples 93

Digita e edita textos facilmente 68

É expert na função 13

Podemos perceber que, pela relação descrita dos alunos com o computador, muitos deles terão dificuldade em acompanhar as primeiras disciplinas. Mesmo tendo uma das disciplinas ofertadas “Tecnologias de Informação e Comunicação” o objetivo de ensinar a usar o programa no qual estarão as páginas de apoio às disciplinas, as demais que ocorrem simultaneamente usarão essas tecnologias.

Em relação ao uso da Internet, percebemos uma situação ainda mais preocupante. As respostas dos estudantes aparecem na tabela 2, abaixo:

Tabela 2: Relação dos estudantes com a Internet, no início do curso.

Relação com a Internet Nº. de Respostas

Nunca usou 07

Usa e- mail, mas com dificuldade 62 E- mail é uma forma usual de comunicação 20 Faz pesquisa e baixa textos 66

É expert na função 26

Torna-se claro que cada uma das primeiras disciplinas oferecidas terá que se preocupar em “ensinar” a usar o e- mail que faz parte da página de apoio e que cada tutor e professor dessas disciplinas funcionará como um apoio à disciplina “TIC”. Os tutores locais, que ficam nos pólos recebendo esses alunos terão, muito mais do que auxiliá- los em termos de conteúdo, auxiliá- los no uso das Tecnologias de Informação e Comunicação.

Em relação aos motivos que levaram os alunos a escolher o curso de Licenciatura em Química na modalidade a distância, oferecido pela UFMG, descrevemos, sucintamente, o que a nossa análise das respostas permitiu entender.

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Encontramos várias respostas nas quais os estudantes se referem à UFMG como uma instituição na qual a formação é de qualidade ou que ter um diploma dessa instituição valorizaria a formação dos mesmos quando buscam o mercado de trabalho. Dentro das escolas, ao que parece, ser formado nessa instituição também oferece um “status” diferenciado das demais. Provavelmente isso se deve à multiplicação de instituições particulares por todo o estado e pela facilidade que significa conseguir uma vaga nessas instituições privadas. Alguns, inclusive, descrevem já ter iniciado cursos em outras instituições e que, além do pagamento de mensalidades, o outro motivo que os fez desistir foi a percepção que tinham de pouca aprendizagem.

b) Pela EaD e sua organização

A modalidade a distância foi outro dos motivos citados pelos estudantes. Muitos deles trabalham com carga horária alta e entendem que essa modalidade vai lhes permitir conciliar o trabalho e o estudo. Também o fato do curso ser oferecido na cidade em que residem parece ter sido importante para que decidissem buscar uma formação superior. Apesar dos baixos salários descritos, dificilmente esses estudantes teriam condições de abandonar seus empregos e manter-se em outras cidades para estudar. O deslocamento de ônibus para outras cidades também foi descrito como dificultador nos estudos, já que significa tempo e dinheiro, os quais esses alunos não têm disponíveis.

c) Pela melhoria da educação

Há algumas descrições, nos instrumentos de coleta de dados, de gosto pela atividade de ensinar e de lidar com alunos. Como conseqüência, alguns descrevem a preocupação com a já conhecida “não aprendizagem”, com a qualidade de ensino, com a qualificação profissional e esperam que o curso que iniciam os capacite a serem melhores professores e, assim, melhorar a qualidade das aulas de química.

d) Pela Química

Entre os motivos usados para justificar a escolha do curso, alguns deles descrevem que, durante o ensino Médio, gostavam da disciplina de Química e que ser um "Químico" era um dos sonhos que os acompanhava. Não sabemos se esses alunos gostariam de ser professores de química mas, certamente, terão muito contato com a química durante esse curso.

e) Pelo campo de trabalho

A falta visível de professores de química em cidades de interior coloca essa profissão como uma boa oportunidade de emprego. Na maioria das cidades nas quais foram instalados os pólos, há poucos professores de química com formação na área. Isso torna evidente

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que existe campo de trabalho e que, ao se formarem em Licenciatura em Química, facilmente encontrarão emprego. Provavelmente isso fez com que alguns deles decidissem fazer esse curso e, ao responderem à questão proposta, usaram termos como "oportunidade de emprego", "futuro melhor", ter uma "profissão", entre outros.

No que se refere a expectativas em relação ao curso para o qual foram selecionados e iniciavam quando aplicamos o instrumento de coleta de dados, agrupamos, de acordo com o nosso entendimento das respostas dadas, nas seguintes categorias:

a) Adquirir conhecimentos na própria profissão

Nessa categoria estão incluídos muitos daqueles que já são professores e que possuem consciência de que a sua prática de sala de aula precisa melhorar. Eles afirmam que, com os conhecimentos com os quais entrarão em contato nesse curso, poderão superar as dificuldades que encontram na profissão e possibilitar uma formação melhor aos seus próprios alunos. Além disso, alguns mostraram preocupação com a manutenção do emprego, já que sendo designado (termo usado para o professor não efetivo) não têm estabilidade no emprego.

b) Curso de qualidade

O imaginário que alguns recém- ingressados no curso possuem em relação à instituição que o oferece é que a mesma tem profissionais capacitados e oferece formação de qualidade. Isso provavelmente está vinculado ao fato da UFMG ter sido considerada uma das cinco melhores instituições de ensino superior do país. Além disso, a proliferação de instituições particulares, que não têm uma história de tradição em educação, pelo estado de Minas Gerais – assim como em todo país – reforça a concepção de que a UFMG é uma instituição de qualidade. Esses alunos, pela nossa interpretação das respostas, sentem orgulho por ter ingressado na UFMG. Outros descreveram a certeza de que o curso a distância terá a mesma qualidade dos cursos presenciais, como constava no projeto político pedagógico do curso.

c) Novas formas de aprender

As expectativas de alguns alunos referem-se a novas formas de aprendizagem que os mesmos imaginam estar presentes num curso a distância. Alguns desses já iniciaram um curso de graduação, mas não conseguiram terminá- lo. Provavelmente esperam que as estratégias usadas na modalidade a distância estejam mais ajustadas às suas formas de aprender.

d) Satisfação pessoal

Nesta categoria estão as falas dos alunos sobre a oportunidade que o curso representa em suas vidas, em termos de crescimento pessoal e profissional. Para muitos deles, ter um curso

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superior significava um projeto quase inatingível. Estando, agora, sendo oferecido em suas próprias cidades (ou cidades próximas), ser de uma instituição pública e, ainda, considerada de qualidade, tornou-se a realização de um sonho. Para alguns deles, esse curso auxiliaria na melhoria da qualidade de vida.

CONCLUINDO ...

A análise que fizemos dos dados obtidos no questionário nos leva a crer que os estudantes que buscaram o curso de Licenciatura em Química da UFMG, na modalidade a distância não são, em suas aspirações, diferentes dos estudantes que ingressam no curso presencial: eles chegam à universidade cheios de sonhos e de expectativas, certos de que encontrarão uma qualificação que os permita viver melhor no mundo e os qualifique a serem bons profissionais nesse mercado de trabalho competitivo no qual vivemos.

Apesar dos sonhos de ter um curso superior e da aspiração de que este seja um curso de qualidade, muitos dos ingressantes enfrentarão sérias dificuldades pelo pouco contato que demonstraram ter com as tecnologias de informação e comunicação. Para aqueles a quem o computador ainda é um artefato que não faz parte do seu dia a dia, ingressar num curso que explora essas tecnologias e a rede mundial de comunicação, certamente o torna mais desafiador, principalmente no seu início. Enquanto realizam duas disciplinas que os visa preparar para o ensino a distância, estarão cursando outras duas que se utilizam de tais procedimentos/técnicas. Esse contexto faz-nos supor que o abandono ou desistência pode ser significativo nessa etapa.

A percepção de que um grande número de ingressantes não têm domínio do computador e nem da internet também nos mostra que, apesar da grande preocupação com a inclusão digital e de inúmeros programas e cursos de incentivo a essa inclusão, isso ainda não é uma realidade nas cidades interioranas de Minas Gerais. Não são comuns reclamações de professores do ensino presencial, de que seus alunos tenham essa dificuldade. Esse será um problema para o ensino a distância, que chega a locais nos quais a população nem sempre tem contato com as tecnologias de comunicação e informação.

Também nos preocupa, pelas respostas dadas por alguns alunos, a falta de clareza do que seja Educação a Distância e do que ela representa em termos de autonomia de estudos. Muitos dos alunos, ao relatarem as expectativas, aspiram “aulas com bons professores” – imaginário construído em relação à UFMG. Para esses, que encontrarão, na maior parte dos encontros presenciais apenas os tutores (locais e a distância) nos pólos, certamente se decepcionarão.

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Apesar do imaginário não tão elaborado sobre EaD e do pouco contato de alguns com as tecnologias de comunicação e informação, certamente esse curso representará um diferencial para alguns deles e nisso estará o significado da extensão universitária: produzimos conhecimento que coloca a instituição entre as melhores do país. Mas esse conhecimento não muda a qualidade de vida da população que vive mais distante dela, que nem mesmo conhece essa produção. Não temos dúvida de que, ao sair do seu “campus” principal e avançar pelo estado através de pólos, dará a pessoas visivelmente excluídas a oportunidade de ter acesso a um curso superior, mesmo que isso seja um desafio “acima do esperado por eles”.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Decreto 5.622, de 19/12/2005. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5622.htm Acesso em:

10/03/2008.

BRASIL/UAB – Sobre educação a Distância. Disponível em:

http://uab.mec.gov.br/conteudo.php?co_pagina=33&tipo_pagina=1 Acesso em: 10/03/2008. BRASIL/UAB. Como funciona o sistema UAB. Disponível em:

Referências

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