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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRÍ GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRÍ

GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

LUANA DE MEDEIROS SILVA HENRIQUE

REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E INTEGRALIDADE NA

ASSISTÊNCIA A SAÚDE DA POPULAÇÃO DE GAYS,

LÉSBICAS, BISSEXUAIS, TRAVESTIS E TRANSEXUAIS.

SANTA CRUZ

2015

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LUANA DE MEDEIROS SILVA HENRIQUE

REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E INTEGRALIDADE NA ASSISTÊNCIA A

SAÚDE DA POPULAÇÃO DE GAYS, LÉSBICAS, BISSEXUAIS, TRAVESTIS

E TRANSEXUAIS.

Artigo

científico

apresentado

a

Faculdade de Ciências da Saúde do Trairí

da Universidade Federal do Rio Grande do

Norte para obtenção do título de Bacharel

em Enfermagem.

Orientadora Profª Anne Cristine Damásio

Santa Cruz

2015

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Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / FACISA

Biblioteca Setorial Especializada da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairí.

H519r Henrique, Luana de Medeiros Silva.

Representações sociais e integralidade na assistência a saúde na população de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais / Luana de Medeiros Silva Henrique. – Santa Cruz, 2015.

13f. : il.

Orientadora: Anne Cristine Damásio.

Monografia (Graduação em Enfermagem). – Faculdade de Ciências da Saúde do Trairí, Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

1. Identidade de gênero. 2. Saúde pública. 3. Enfermagem. I. Damásio, Anne Cristine. II. Título.

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LUANA DE MEDEIROS SILVA HENRIQUE

Representações sociais e integralidade na assistência a saúde da

população de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais.

Artigo científico apresentado a Faculdade de

Ciências da Saúde do Trairí da Universidade Federal

do Rio Grande do Norte para obtenção do título de

Bacharel em Enfermagem.

Aprovado em 03 de Dezembro de 2015

BACA EXAMINADORA

Profª Ana Karina Silva Azevêdo – Membro da banca

Nota: 8.0

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Profª Anne Christine Damásio – Orientadora

Nota: 8.0

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Profº José Jailson de Almeida Júnior – Membro da banca

Nota: 8.0

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

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SUMÁRIO

1. RESUMO ...3

2. INTRODUÇÃO ...3

3. OBJETIVO ...6

4. MÉTODO ...6

5. RESULTADOS ...6

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...9

REFERÊNCIAS ...9

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REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E INTEGRALIDADE NA ASSISTÊNCIA A SAÚDE DA POPULAÇÃO DE GAYS, LÉSBICAS, BISSEXUAIS, TRAVESTIS E TRANSEXUAIS.

RESUMO

OBJETIVO: Analisar os efeitos das representações sociais da população LGBTT, e sua influência na perspectiva de saúde. MÉTODO: pesquisa exploratória com técnica de revisão integrativa. RESULTADOS: Foram evidenciados vestígios históricos de exclusão a essa população e reprodução homofóbica dentro do espaço científico, implicando na fragilidade teórica e prática voltada à saúde da população LGBTT nos dias atuais, assim como o despreparo dos profissionais de enfermagem sobre a temática e fragilidade da Política Nacional de Atenção a saúde de LGBTT com poucos avanços desde sua criação em 2010. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Faz-se necessário a introdução de ações interdisciplinares no percorrer da graduação de enfermagem objetivando a restauração da Integralidade do sujeito, e inclusão social da população LGBTT.

PALAVRAS-CHAVE: Identidade de gênero, saúde pública, Enfermagem INTRODUÇÃO

A busca pela saúde humana pode ser considerada uma das maiores responsáveis pela sobrevivência da espécie e uma utopia para o equilíbrio da perfeição entre todas as vertentes que a compõe, o bem psíquico/físico/social. Ao mesmo tempo em que é encontrada uma realidade com avanços tecnológicos, estudos mais específicos e profissionais mais capacitados é evidente o pensamento minucioso sobre a compreensão por partes do ser humano, atenção prioritária a doença e, com isso, o enfoque da saúde resumida principalmente como bem físico, deixando a margens os outros elos que a compõe. O século XVII foi um marco sobre o pensar em saúde refletido no que consiste a prática vigente predominante, o filósofo René Descartes sugerira o pensamento do ser humano como dualismo corpo/alma, posteriormente dualismo corpo/homem, onde a doença estaria associada ao físico, ao palpável o que influenciou ao nascimento do modelo biomédico, centralizando a doença física, refletido na prática dos dias atuais1. Sendo assim, como refletir a saúde vista pela perspectiva de minorias sociais onde o corpo se torna exclusão estigmatizada? A busca pela saúde se torna um tabu histórico, quando as vertentes psicológicas e sociais transcendem a vertente física refletindo-se no corpo, expondo sua importância à atenção equivalente. Faz-se necessário, dessa forma, a reflexão política/prática para a desconstrução de representações sociais presentes no imaginário biomédico existente entre os profissionais de saúde.

Uma das várias minorias a serem consideradas nessa perspectiva é a população de Gays, Lésbicas, Bissexuais, travestis e transexuais, conhecida como população LGBTT, que fora estigmatizada de tal forma, que sua história de formação política se encontra a mercê de “retalhos” a serem

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investigados.2 Indicaria isso, uma forma de exclusão social refletida na raiz base da educação, evidenciada na fragilidade de produções científicas no campo de educação superior/avançada?

“...a história da homossexualidade não faz parte da história dos vencedores, e sim da história daqueles que são considerados derrotados, daqueles que foram privados do direito a construir sua própria memória social, coletiva e política, pelo fato de terem sido privados de um nome, da palavra, da visibilidade”2

A relação sexual entre pessoas do mesmo sexo foi (é) considerada inadmissível socialmente, visto que debatia (debate) a ideologia religiosa de sexo como ato para procriação, tornando-se assunto indesejável e indiscutível. Com o desenvolver da ciência, tem-se analisadas (re)produções que relacionam explicações científicas embasadas ao contexto religioso, sendo encontrados trabalhos que sustentam inclusive, a tríade crime/pecado/doença que fomentam em resultado de exclusão, ao ponto de vista sociológico, de minorias ao percorrer da história. A sexualidade a partir do erotismo passa por processo de proibição ou regulação social segundo a hipótese de regulação de Michel Foucault, o que justifica uma explícita alusão da subordinação social ligada ao gênero feminino advinda do modelo judaico-cristão. Seguindo esta hipótese, a necessidade de caracterização homo e heterossexual, ao ponto de vista médico, surge como processo natural de busca por justificativa da segregação ao modelo familiar referido religiosamente, principalmente nas sociedades ocidentais onde o cristianismo é predominante, influenciando assim, o pensamento patológico ao que se exclui dos padrões considerados normais. 3

A partir do século XX, deu-se início a criação ao termo homossexualidade como definição a tal ato, acompanhada posteriormente por estudos de organizações internacionais que evoluíam na busca para diagnosticar gays, lésbicas e travestis com seus possíveis tratamentos, propondo a homossexualidade como categoria patológica. Ao longo do processo de socialização foi construída uma moldagem de gênero, através do processo de reiteração que encontra nas instituições (familiares, escolares, religiosas), as grandes responsáveis pela produção e reprodução das verdades que vão se naturalizando e sendo incorporadas trazendo a homofobia enquanto um determinante social, que ceifa existência tanto simbólica como efetiva, assim se tem a reprodução da homofobia nos vários espaços sociais.

Após análise sociológica, na década de 1970, a Associação Americana de psiquiatria inicia um processo de despatologização da homossexualidade, que culmina em 1990, com a afirmação da Organização Mundial de Saúde sobre a homossexualidade como categoria não patologica.3 O termo Distúrbio de Identidade de Gênero (DIG)23, é utilizado atualmente como um dos diagnósticos para a necessidade de intervenção cirúrgica e/ou hormonal em transexuais que optam por cirurgia de mudança de sexo, ou por desenvolvimento de características sexuais secundárias, para que isso seja considerado seu possível tratamento.4, 20 Neste ponto, vale-se introduzir o questionamento sobre o que significa diagnosticar algo que não é patológico?

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Essa patologização do termo vem sendo discutida por vários autores que questionam a problematização raiz nesta questão, já que tanto a homossexualidade quanto a heterossexualidade advêm do gênero, definido como característica mutável, variável e natural, influenciado pelo contexto social ao qual o indivíduo se identifica independentemente de seus órgãos sexuais.5 Isso posto, como seria possível tratar as vertentes do bem psíquico/físico/social presentes na transexualidade como doença, já que entraríamos na contradição do significado do que aceitamos como saúde?

Atualmente a Constituição Federal na lei 8080, mais precisamente no artigo 196 relata a saúde como direito de todos e dever do Estado, garantida mediante políticas públicas e sociais, incluindo os diferentes grupos ou segmentos sociais.6 A Enfermagem deve possuir uma conduta norteada pela ética, a fim de obedecer os princípios doutrinados os quais compõem o Sistema Único de Saúde (SUS), englobando assim, a inclusão de todos os indivíduos independente de limites geográficos, econômicos, culturais, étnicos, sexuais ou quaisquer peculiaridades que venham a compor a variabilidade de indivíduos ou de grupos específicos:7

Os princípios doutrinados do SUS são:

Universalidade: consiste na garantia da cidadania, é direito de todos a oferta de serviços de saúde garantidos pelo Estado cobrindo ações de promoção, prevenção, tratamento e cuidados paliativos;

Integralidade: é a busca completa de todas as vertentes para a composição da saúde levando em consideração as necessidades específicas que possa desenvolver cada pessoa, ou grupo, buscando a visão holistica na atenção à saúde;

Equidade: Corresponde a busca pelo equilíbrio das disparidades geográficas e sociais, por meio das ações e dos serviços de saúde que essa necessidade deve se dar 7, compondo um processo que se inicia na formulação de políticas de saúde em níveis abrangentes e específicos.

Como sustentar em prática estes princípios seria possível de acordo com a interseccionalidade, que emerge enquanto categoria na discussão sobre a população LGBTT?

É importante apontar que a perspectiva de interseccionalidade retrata a necessidade de se perceber as categorias de diferenciação e seus efeitos distintos, neste caso, reporta-se ao levantamento histórico encontrado na perspectiva social, refletida nas causas e efeitos sobre a saúde da população LGBTT.8

Como já discutido, a discriminação dessa população se torna reflexo histórico respaldado como caracterização repugnada religiosamente e posteriormente “patologizada” pela ciência, resultando em exclusão social acumulativa, influenciando ao retrocesso científico na saúde antes mesmo da escolha dos cursos por estudantes, futuros cientistas, o que se torna possível explicação na persistência da realidade e exclusão social da população LGBTT.

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Para assegurar sua qualidade, o SUS rege-se por políticas de saúde, onde suas formulações são tidas como traduções do governo de seus propósitos, programas e de suas ações, com fins de produzirem mudanças reais que obedeçam as diretrizes e seus princípios, refletindo em benefícios para a saúde humana e ambiental.9

OBJETIVO

Analisar os efeitos das representações sociais sobre a população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, e sua influência na perspectiva de prestação a serviços de saúde nesta população.

MÉTODO

O presente trabalho trata-se de uma pesquisa de revisão integrativa. A pesquisa de revisão integrativa envolve uma sistematização de resultados de pesquisas bibliográficas na saúde reunindo informações úteis à prática clínica buscando a integração de pesquisa científica e prática profissional.

Foram-se analisados trabalhos os quais trazem a discussão da problemática inclusa na pergunta norteadora desta pesquisa: Quais as causas que influenciam ao despreparo profissional frente a prestação de serviços de saúde da população LGBTT? Sendo assim, foram analisados trabalhos do banco de dados da Bireme que traziam “população LGBTT ‘and’ políticas de saúde” com os seguintes critérios de inclusão: trabalhos completos, publicados nos últimos cinco anos (período da implementação da Política Nacional de Atenção Integral a Saúde de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais) e que apresentem como assunto o Brasil, os critérios de exclusão corresponderam aos demais trabalhos que não fizeram parte dos critérios de inclusão acima descritos. Foram encontrados três trabalhos incluindo a própria política de saúde da população. Embasado na escassez de trabalhos nessa temática, foram pesquisados trabalhos em outros bancos de dados entre eles a revista Bagoas, onde foram selecionados mais três trabalhos com direcionamento a discussão abordada. Entretanto, por fragilidade de acesso a acervo bibliográfico referente a temática, foram analisadas demais referencias bibliográficas encontradas nos trabalhos selecionados, sem demais critérios de exclusão. Ao fim, foram totalizados 25 trabalhos com relação à temática, entre eles: 21 artigos, a Constituição da República Federativa do Brasil, 2 estudos monográficos e 1 livro, datados entre 1988 (Constituição) à 2015.

RESULTADOS

Na década de 80, movimentos sociais lutavam para o fim da discriminação, da violência e por ações de saúde específicas a população de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis. Um dos maiores enfoques atribuídos nesses movimentos iniciou-se pelo auto índice de contaminação de HIV/Aids onde as representações sociais apontavam esta população como maior acometida.

“Peste gay”? “Castigo”? O direcionamento a população LGBTT como grupo de risco ou de comportamento de risco, dentro dos parâmetros ;;;epidemiológicos para identificar Doenças

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Sexualmente Transmissíveis e o HIV/Aids, influenciado pela exposição a mídia, levou a ações de saúde específicas a esta população, o que contribuiu mais uma vez a patologização e por sua vez, a discriminação da homossexualidade vista pela ciência, deixando a margens as variantes as quais o coletivo se insere e não traduzindo o comportamento epidemiológico da doença em sua totalidade. Em 1998, foi evidenciado que a maior população acometida pelo vírus do HIV se encontrava entre mulheres monogâmicas negras e pobres, afirmando-se então, que a contaminação pelo vírus está influenciada principalmente pelas variantes coletivas e o contexto social as quais estão inseridas.10

O Programa Brasil sem Homofobia: Programa de Combate à Violência e à Discriminação contra GLBT e de Promoção da Cidadania Homossexual foi elaborado em 2004, apontando a necessidade à atenção a saúde de forma mais ampla a essa população, com enfoque especialmente nos direitos humanos e a cidadania11.

Embasado no Programa Brasil sem Homofobia e de acordo com as diretrizes do SUS, foi elaborada a Política Nacional de Saúde Integral a Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais em 2010, tornando-se marco histórico de reconhecimento das demandas na saúde dessa população em condições de vulnerabilidade12.

Os movimentos sociais são os maiores responsáveis pelas dinâmicas na reforma sanitária do SUS em nosso país, como forma de preencher as lacunas advindas pelas necessidades sociais, cabe ao SUS e suas instancias promover as mudanças na saúde e no campo de formação profissional.24 Sendo assim, foi proposto, pela gestão de educação permanente em saúde do Ministério da Saúde, a criação de instâncias de articulação entre instituições formadoras, gestores do SUS, serviços (principalmente os ligados a educação), instancias de movimentos sociais e representações estudantis no funcionamento como co-gestões 13. Mas ainda existem vários obstáculos à efetividade das propostas do governo.14

“A introdução da educação em serviço como política pública afirma a perspectiva da construção de espaços locais, microrregionais e regionais com capacidade de desenvolver a formação e desenvolvimento das equipes de saúde, dos agentes sociais e de parceiros intersetoriais para uma saúde de melhor qualidade.”13

Entretanto, quando se trata da Política Nacional de Saúde Integral a Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, é perceptível a fragilidade de conhecimento advinda de profissionais de saúde, indicando possível lacuna no campo de formação profissional a respeito dessa temática.14, 15 Fazendo-se necessária melhor implementação de estímulo a educação permanente e continuada voltada aos profissionais, estudantes e comunidade.25

Devido à não adequação à identidade sexual não heteronormativa, a população LGBTT muitas vezes se encontra em situação de vulnerabilidade por ter seus direitos humanos básicos agredidos mediante ao despreparo de profissionais de saúde e os próprios serviços de saúde, os quais cominam

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em maior possibilidade de proporcionar constrangimento, sofrimento e não resolutividade dos problemas específicos a essa população em questão.16

Uma falha ao cuidado a essa população está no desconhecimento de enfermeiros de Unidades Básicas de Saúde apontados por Silva:

"Os enfermeiros demonstraram pouca ou nenhuma pr ca e conhecimento na assistência a traves , não conseguindo iden c -las pelo gênero de escolha, onde as ulgam apenas por suas caracterís cas sicas e aparentes, atrelando a estas, a rotulação de homossexuais, não reconhecendo e diferenciando algumas vertentes da sexualidade, tais como orientação sexual, iden dade de gênero e sexo biológico".17

Outro exemplo vigente a falha da atenção à saúde dessa população se encontra no escasso acervo científico disponível direcionado aos cuidados de enfermagem se comparados ao quantitativo de trabalhos de enfermagem sobre as demais políticas de saúde, mostrados na tabela a seguir, importante salientar a dificuldade na elaboração do quadro descritivo, no que se refere as questões relativas a formação no que tange a população lgbtt.

Critério de inclusão: Textos completos, que apresentem região como assunto o Brasil, nos últimos cinco anos

Descritor Trabalhos publicados

Políticas Públicas 3382

Políticas Públicas and Saúde do Homem 2353

Políticas Públicas and Saúde do Idoso 1525

Políticas Públicas and População Indígena 15

Políticas Públicas and Saúde da mulher 174

Políticas Públicas and Saúde da Criança 307

Políticas Públicas and População Negra 30

Políticas Públicas and População LGBT 3

Tabela 1. Quadro quantitativo de trabalhos publicados na Biblioteca Virtual de Saúde.18

A falta de maior quantitativo em acervo científico indica o despreparo dos profissionais na atenção a saúde dessa população e reflete sobre a educação de base em graduação por estudantes de enfermagem sobre a temática, levando a questionar se esse problema advém por causa das

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representações sociais que acabam sendo interiorizadas tanto pelos profissionais, quanto pelos sujeitos que optam pelo curso deixando essa problemática à margens.

Dessa forma, a introdução de ciências sociais aplicadas a saúde advém pela necessidade de empoderar as minorias sociais21, neste caso da população LGBTT, na busca pelo principio doutrinado do SUS de integridade, buscando-se assim, a (re)formulação no pensar e no planejar a saúde sobre uma perspectiva macroscópica e específica, implicando a pesquisa sobre a problematização raiz dos problemas existentes que cominam no porquê da fragilidade no campo da saúde sobre a temática analisada.19

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando a escassez bibliográfica sobre assuntos ligados a saúde da população LGBTT; Considerando a interseccionalidade das representações históricas dessa população; E, considerando o despreparo dos profissionais de enfermagem apontados pelos trabalhos analisados; É evidenciado o estacionamento de teorias e ações na perspectiva de inclusão a saúde dessa população, o que acarreta na quebra da Integralidade, fragmentação dos princípios doutrinados do SUS e reforça a continuidade da exclusão social desta população. O cumprimento da Política de Atenção Integral à Saúde LGBT ainda se encontra fragilizado no que tange os conhecimentos escassos ou ausentes dos profissionais de Enfermagem na atenção básica, cuja conduta deve ser respaldada na formação dos profissionais, tornando-se objeto de estudo quase inexplorado pela área de saúde/enfermagem. A política em sua íntegra também influencia uma mudança do processo de trabalho em saúde voltada a essa população e demanda a existência da ética do cuidado de enfermagem. Isso posto, faz-se necessário a introdução de ações que visem principalmente a inclusão de educação em conjunto as vertentes sociais/psíquicas/fisiológicas/políticas, projetos interdisciplinares introduzidos ao percorrer do processo de construção e formação profissional, e prestação de capacitações aos profissionais já em ação em busca do reestabelecimento da integralidade a assistência a saúde, desconstrução/construção das representações sociais dessa população e consequente inclusão social da população LGBTT.

REFERÊNCIAS

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http://www.periodicos.ufrn.br/bagoas/article/view/6542/5072

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negras às DST/aids. Scientific Electronic Library Online, vol. 19, 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12902010000600006

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