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Adicional de insalubridade AULA 4. Adicional de periculosidade Parcelas não integrativas da remuneração Sistema de proteção da remuneração

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Adicional de insalubridade Adicional de periculosidade Parcelas não integrativas da

remuneração

Sistema de proteção da remuneração

(3)

DIREITO DO TRABALHO

ADICIONAIS DE RISCO

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE ADICIONAL DE PERICULOSIDADE

(4)

ADICIONAIS DE

RISCO

Adicional insalubridade = risco à

saúde;

Adicional periculosidade = risco

de vida

(5)

INSALUBRIDADE e PERICULOSIDADE

Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição

social: (...) XXIII – adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma

da lei;

Constituição Federal

A insalubridade no dicionário é identificado como causa de doença!!

Esta matéria está inserida na área da Medicina e Higiene do Trabalho.

(6)

DESTINATÁRIOS

São destinatários os empregados urbanos e

rurais e os trabalhadores avulsos

Adicional de risco

Fundamento: art. 14 da Lei 4.860/65 = para eles não há

periculosidade/insalubridade

Quanto aos portuários

que trabalhem na

(7)

DESTINATÁRIOS

Art 14 da Lei 4.860/65. A fim de remunerar os riscos relativos à insalubridade, periculosidade e outros porventura existentes, fica instituído o "adicional de riscos" de 40% (quarenta por cento) que incidirá sôbre o valor do salário-hora ordinário do período diurno e

substituirá todos aquêles que, com sentido ou caráter idêntico, vinham sendo pagos.

§ 1º Êste adicional sòmente será devido enquanto não forem removidas ou eliminadas as causas de risco.

§ 2º Êste adicional sòmente será devido durante o tempo efetivo no serviço considerado sob risco.

(8)

DESTINATÁRIOS

Para os portuários que se ativam em terminal privativo não se aplica o ADICIONAL DE RISCO, mas os

ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE

OJ 402 da SDI-1. Adicional de risco. Portuário. Terminal privativo. Arts. 14 e 19 da Lei nº 4.860, de 26.11.1965. Indevido.

(DeJT 16/09/2010. Mantida - Res. 175/2011 - DeJT 27/05/2011) O adicional de risco previsto no artigo 14 da Lei nº 4.860, de 26.11.1965, aplica-se somente aos portuários que trabalham em portos organizados, não podendo ser conferido aos que operam

(9)

As NRs apresentam princípios norteadores para

implantação de um programa de higiene ocupacional a ser complementado com metodologias de avaliação

ambiental da FUNDACENTRO MINISTÉRIO DO TRABALHO faz o

enquadramento dos AGENTES INSALUBRES

A higiene ocupacional é ciência que se dedica à prevenção, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos existentes e originados nos locais de trabalho e que podem prejudicar a saúde

do homem e o bem estar das pessoas no trabalho, causando impactos no meio ambiente em geral

(10)

A Norma Regulamentar 15 (NR 15) da Portaria 3.214/78 caracteriza as atividades e operações insalubres baseado nas avaliações quantitativas e

qualitativas, dependendo do agente envolvido,

orientando o empregador a pagar o adicional devido ao empregado

MINISTÉRIO DO TRABALHO faz o enquadramento dos AGENTES

INSALUBRES

A NR 15 (e também a NR 09 que regulamenta o PPRA) define os riscos ambientais que são potenciadores de

(11)

INSALUBRIDADE : CLT

Art. 189 - Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos

limites de tolerância fixados em razão da natureza e da

intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.

PREVISÃO LEGAL

Art. 190 - O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades e operações insalubres e adotará normas sobre os

critérios de caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do empregado a esses agentes

(12)

A Norma Regulamentar 15 (NR 15) caracteriza as atividades e operações insalubres baseado nas

avaliações quantitativas e qualitativas, dependendo do agente envolvido, orientando o empregador a pagar o

adicional devido ao empregado MINISTÉRIO DO TRABALHO faz o

enquadramento dos AGENTES INSALUBRES

A NR 15 (e também a NR 09 que regulamenta o PPRA) define os riscos ambientais que são potenciadores de

(13)

INSALUBRIDADE : CLT

Art. 189 - Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos

limites de tolerância fixados em razão da natureza e da

intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.

PREVISÃO LEGAL

Art. 190 - O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades e operações insalubres e adotará normas sobre os

critérios de caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do empregado a esses agentes

(14)

INSALUBRIDADE

Adicional de insalubridade é devido àquele

trabalhador que esteja sujeito a risco à sua

saúde, enquanto executar o trabalho

Agentes físicos

Agentes químicos

Agentes biológicos

Agressão à saúde

Decorre de

Agentes psicológicos?

(15)

INSALUBRIDADE

A interpretação do art. 189 da CLT dispõe no

sentido de que a caracterização da

insalubridade depende de uma avaliação

quantitativa da intensidade dos agentes físicos

e sua comparação com os limites de tolerância

Entretanto, a interpretação dos Anexos da NR

15 leva à constatação de que a caracterização

da insalubridade acontecerá por duas formas:

avaliação quantitativa e avaliação

(16)

Riscos ambientais: MINISTÉRIO DO TRABALHO e NR 15 e RISCOS AMBIENTAIS Ruído Calor Vibrações Frio Umidade Radiações ionizantes Radiações não ionizantes

Pressões (anormais) Agentes físicos

(17)

Riscos ambientais: MINISTÉRIO DO TRABALHO e NR 15 e RISCOS AMBIENTAIS Substâncias químicas na forma de: Gases Vapores Aerodispersóides Agentes químicos Anexo 13

(18)

Anexo 13 da NR 15 apresenta a relação das atividades e operações envolvendo agentes químicos tipo:

arsênico, carvão, chumbo, cromo, fósforo,

hidrocarbonetos e outros compostos de carbono, mercúrio, silicatos, substâncias cangerígenas e operações diversas (outros produtos especificamente

listados no anexo) Agentes químicos

Enquadramento feito por avaliação qualitativa: segundo a caracterização da atividade do funcionário dentro do

(19)

Riscos ambientais: MINISTÉRIO DO TRABALHO e NR 15 e

RISCOS AMBIENTAIS

Anexo 14

Este anexo relaciona as atividades e não os

agentes;

Ex.: pacientes em

isolamento por doenças infecto-contagiosas =

grau máximo Agentes biológicos

(20)

AGENTE BIOLÓGICO

As atividades relacionadas são aquelas que o MTE entende que apresentam maior risco devido a contato com microorganismos, encontrados nos ambientes e equipamentos utilizados no exercício do trabalho, com alto potencial para provocar doenças nos trabalhadores

Trabalhadores protegidos: médicos, enfermeiras,

atendentes de ambulatórios e hospitais, dentistas, lixeiros, açougueiros, trabalhadores em cortumes,

agricultores, coveiros e veterinários

Doenças relacionáveis: infecções, tuberculose, brucerose, tétano, febre amarela, febre tireóide, entre outras

(21)

ENQUADRAMENTO

É necessário que o agente agressivo esteja previsto e classificado pelo Ministério do Trabalho, não bastando a constatação por laudo pericial

Súmula 460 do STF- Para efeito do adicional de insalubridade, a perícia judicial, em reclamação

trabalhista, não dispensa o enquadramento da atividade entre as insalubres, que é ato da competência do

Ministro do Trabalho e Previdência Social. (DJ 08.10.1964)

Art. 196 da CLT - Os efeitos pecuniários decorrentes do trabalho em condições

de insalubridade ou periculosidade serão devidos a contar da data da inclusão da respectiva atividade nos quadros aprovados pelo Ministério do Trabalho,

(22)

Ausência de enquadramento

Súmula 448 do TST – 19/05/2014

448. Atividade Insalubre. Caracterização. Previsão na Norma

Regulamentadora nº 15 da Portaria do Ministério do Trabalho nº 3.214/78. Instalações Sanitárias. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 4 da SBDI-1

com nova redação do item II - Res. 194/2014, DJ 21.05.2014).

I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação

da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho. II – A higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande

circulação, e a respectiva coleta de lixo, por não se equiparar à limpeza em residências e escritórios, enseja o pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, incidindo o disposto no Anexo 14 da NR-15 da Portaria do MTE nº

(23)

ENQUADRAMENTO

Previsão da OJ 173 da SDI-1 do TST

173 - Adicional de insalubridade. Raios solares. Indevido. (Inserida em 08.11.2000)

Em face da ausência de previsão legal, indevido o adicional de insalubridade ao trabalhador em atividade a céu aberto (Art. 195, CLT e NR 15 MTb, Anexo 7)

Havendo reclassificação ou descaracterização da

insalubridade pelo Ministério do Trabalho, o adicional passa a ser indevido, sem ofensa a direito adquirido ou ao princípio da

irredutibilidade salarial

Ex.: em 20.02.1991 foi retirada do mundo jurídico o direito ao adicional de insalubridade por iluminamento insuficiente no local da prestação de serviços. A

(24)

Mais de um agente agressivo

TST entende que não se acumulam os adicionais quando o empregado está sujeito a mais de um agente insalubre, dada a

vedação expressa do item 15.3. da NR 15

NR 15, item 15.3 No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas considerado o de

grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a percepção cumulativa.

Ex.: operador de Raio X que mantém contato com portadores de doença contagiosa

(25)

Classificação/Apuração

A classificação da insalubridade decorre da previsão do art. 192 da CLT: máxima (40%); média (20%) mínima (10%) Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário mínimo da região, segundo

se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo.

E a apuração deve ser feita através de MÉDICO ou ENGENHEIRO, registrado no Ministério do Trabalho (art. 195)

(26)

Apuração

A classificação da insalubridade decorre da previsão do art. 192 da CLT: máxima (40%); média (20%) mínima (10%)

Art. 195 - A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho,

far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho

(...)

§ 2º - Argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por sindicato em favor de grupo de associados, o juiz designará perito

habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do Trabalho

(27)

Apuração

OJ 165 da SDI-1- Perícia. Engenheiro ou médico. Adicional de insalubridade e periculosidade. Válido. Art. 195, da CLT. (Inserida em 26.03.1999)

O art. 195 da CLT não faz qualquer distinção entre o médico e o engenheiro para efeito de caracterização e classificação da insalubridade e

periculosidade, bastando para a elaboração do laudo seja o profissional devidamente qualificado.

PERÍCIA

Regulamentação = art. 3º da Lei 5.584/70

Os exames periciais são realizados por perito único (o art. 826 da CLT dizia que cada parte poderia indicar um perito – revogado);

As partes podem indicar um assistente cada, cujo laudo (? ou parecer?) deve ser apresentado no mesmo prazo assinado para

(28)

PERÍCIA

PERÍCIA

Perícia de insalubridade e periculosidade se faz na forma de vistoria. Outras formas: exame (inspeção sobre pessoa);

avaliação e arbitramento;

Valoração da prova pericial : regulada pelo art. 436 do CPC = juiz não está adstrito ao laudo pericial, podendo formar sua

convicção com outros elementos ou fatos provados nos autos;

Segundo o art. 437 do CPC, o juiz pode determinar uma nova perícia, para corrigir inexatidões de resultado ou omissão da perícia anterior; esta não descarta a primeira: o

(29)

LOCAL DESATIVADO

E se o local está desativado

A prova é legal! Independe de requerimento da parte. Obrigatória, sob pena de nulidade.

?

OJ SDI-1 278 - Adicional de insalubridade. Perícia. Local de trabalho desativado. (DJ 11.08.2003)

A realização de perícia é obrigatória para a verificação de insalubridade. Quando não for possível sua realização como em caso de fechamento da

(30)

Agente nocivo diverso daquele indicado

Se a parte indica ruído na inicial e o perito apura contato com agente químico, pode reconhecer o adicional sem afrontar os

limites do pedido?

Súmula 293 do TST - Adicional de insalubridade. Causa de pedir. Agente nocivo diverso do apontado na

inicial (Res. 3/1989, DJ 14.04.1989) A verificação mediante

perícia de prestação de serviços em condições nocivas, considerado agente insalubre diverso do apontado na

inicial, não prejudica o pedido de adicional de insalubridade.

(31)

BASE DE INCIDÊNCIA DA INSALUBRIDADE

Para os técnicos de radiologia aplica-se o

art. 16 da Lei 7.394/85 = incide sobre o piso

salarial da categoria

Segundo a disposição do art. 192 da CLT incide

sobre o salário mínimo;

Art. 16 O salário mínimo dos profissionais, que executam as técnicas definidas no Art. 1º desta Lei, será equivalente a 2 (dois) salários mínimos profissionais da região, incidindo sobre esses vencimentos 40% (quarenta

(32)

BASE DE INCIDÊNCIA DA INSALUBRIDADE

Para os técnicos de radiologia aplica-se o

art. 16 da Lei 7.394/85 = incide sobre o piso

salarial da categoria

Segundo a disposição do art. 192 da CLT incide

sobre o salário mínimo;

Art. 16 O salário mínimo dos profissionais, que executam as técnicas definidas no Art. 1º desta Lei, será equivalente a 2 (dois) salários mínimos profissionais da região, incidindo sobre esses vencimentos 40% (quarenta

(33)

Súmula 17 do TST : CANCELADA

Súmula 17 do TST - Adicional de insalubridade (RA 28/1969,

DO-GB 21.08.1969. Cancelada - Res. 29/1994, DJ 12.05.1994. Restaurada - Res. 121/2003, DJ 19.11.2003. Cancelada - Res. 148/2008, DJe do TST de 04.07.2008 - Republicada no DJ de

08.07.2008 em razão de erro material)

O adicional de insalubridade devido a empregado que, por força de lei, convenção coletiva ou sentença normativa, percebe salário

profissional será sobre este calculado.

Não é cabível insalubridade sobre piso salarial de CCT ou sentença normativa;

Decisão do TST = RR 54900-80.2004.5.04.0122 – J. 28.04.2010 – Min. Agusto Cesar Leite de Carvalho;

(...) Insalubridade. Base de cálculo. É impossível o conhecimento de recurso de revista por contrariedade à Súmula 17 do TST, porquanto esta foi cancelada por

(34)

BASE DE INCIDÊNCIA DA INSALUBRIDADE

Súmula Vinculante 4 do STF – 30.04.2008

Salvo nos casos previstos na Constituição, o

salário mínimo não pode ser usado como

indexador de base de cálculo de vantagem de

servidor público ou de empregado, nem ser

substituído por decisão judicial

Segundo a disposição do art. 192 da CLT incide

sobre o salário mínimo

(35)

INSALUBRIDADE: base cálculo x Súmula 04

Na solução do AIRR 1121/2005-029-04-40.6, da 7ª Turma, publicado no DJ de 13/06/2008, Ministro Ives Gandra:

“... (...) 2. Assim decidindo, a Suprema Corte adotou técnica decisória

conhecida no Direito Constitucional Alemão como declaração de inconstitucionalidade sem pronúncia de nulidade

(-Unvereinbarkeitseerklärung), ou seja, a norma, não obstante ser declarada inconstitucional, continua a reger as relações obrigacionais,

em face da impossibilidade do Poder Judiciário se substituir ao legislador para definir critério diverso para regulação da matéria.

(36)

INSALUBRIDADE: base cálculo x Súmula 04 Ementa:

RECURSO DE REVISTA - ADICIONAL DE INSALUBRIDADE - BASE DE CÁLCULO - SÚMULA VINCULANTE Nº 4 DO EXCELSO STF - SUSPENSÃO DA SÚMULA Nº 228 DO TST - DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE SEM

DECLARAÇÃO DE NULIDADE - MANUTENÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO COMO BASE DE CÁLCULO ATÉ A EDIÇÃO DE NOVA LEI EM SENTIDO CONTRÁRIO

OU CELEBRAÇÃO DE CONVENÇÃO COLETIVA. O Supremo Tribunal Federal,

mediante o julgamento do RE 565.714/SP, editou a Súmula Vinculante nº 4, em que concluiu, quanto aos termos do art. 7º, IV, da Constituição Federal, ser vedada a

utilização do salário mínimo como base de cálculo do adicional de insalubridade. Apesar de se reconhecer a inconstitucionalidade da utilização do salário mínimo como

indexador da base de cálculo do referido adicional, foi vedada a substituição desse parâmetro em decisão judicial. Assim, ressalvado meu entendimento no que tange às

relações da iniciativa privada, o adicional de insalubridade deve permanecer sendo calculado com base no salário mínimo enquanto não superada a inconstitucionalidade

por meio de lei ordinária ou convenção coletiva. Precedentes da SBDI-1.

Recurso de revista conhecido e provido.

Processo: RR - 112140-83.2006.5.04.0404 Data de Julgamento: 05/05/2010, Relator Ministro: Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, 1ª Turma, Data de

(37)

INSALUBRIDADE: repercussão sobre demais verbas contratuais

A parcela enquanto percebida integra o salário para todos os efeitos legais; exceção feita a descansos semanais remunerados

e feriados. POR QUÊ?

Porque a base de cálculo da parcela (e também da periculosidade é mensal) e já os contempla.

OJ 103 da SDI-1 do TST - Adicional de insalubridade. Repouso semanal e feriados. (Inserida em 01.10.1997. Nova redação - Res. 129/2005, DJ.

20.04.2005)

O adicional de insalubridade já remunera os dias de repouso semanal e feriados.

(38)

INSALUBRIDADE: repercussão sobre demais verbas contratuais

Súmula 139 do TST - Adicional de insalubridade. (RA

102/1982, DJ 11.10.1982 e DJ 15.10.1982. Nova redação em decorrência da incorporação da Orientação Jurisprudencial nº

102 da SDI-1 - Res. 129/2005, DJ. 20.04.2005)

Enquanto percebido, o adicional de insalubridade integra a remuneração para todos os efeitos legais. (ex-OJ nº 102 –

Inserida em 01.10.1997)

Possui natureza salarial, apesar da finalidade indenizatória : princípio da força atrativa do salário x habitualidade

Inclui-se: hora extra (OJ 47- SDI-1)

Cálculo = hora normal + adicional de insalubridade + adicional he

(39)

INSALUBRIDADE: ALTERAÇÃO DO AMBIENTE

Atenção : não é fornecimento de EPI! É alteração no ambiente de trabalho.

E se o ambiente se tornar salubre?

Ação revisional que pode ser promovida pela

empregadora, com pedido de exclusão definitiva da

parcela, quando o ambiente de trabalho não pode mais

(40)

Ação revisional: termo do pagamento da parcela

Caso: Volkswagen autora de ação revisional. Dois recursos ao TST.

Empregado: pede revisão da sentença que determinou a exclusão definitiva e a devolução de valores quitados após a

prolação da sentença;

Empregador: pede tutela revisão da decisão que indeferiu a tutela antecipada para imediata suspensão da parcela.

Revista não processada. AGI improvido TST – AIRR- 50540662005

Prevaleceu o entendimento que o adicional deve ser suprimido a partir da data da prolação da sentença e não da distribuição

da inicial. Discussão natureza jurídica da ação? Desconstitutiva?

(41)

INSALUBRIDADE: eliminação = EPI

O Equipamento de proteção individual (EPI) pode

eliminar a insalubridade ou reduzir a nocividade.

Então o empregado não terá mais direito ao

adicional;

A eliminação da nocividade é constatada por perícia

Duas Súmulas tratam essa questão = Súmula 80 do TST

Súmula 289 do TST + Art. 191 e 194 da CLT

(42)

INSALUBRIDADE: Art. 191 da CLT

Art. 191 - A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá:

I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância;

II - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a

limites de tolerância.

Art. 194 - O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua

saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho

(43)

INSALUBRIDADE: eliminação = EPI

Súmula 80 TST- Insalubridade (RA 69/1978, DJ 26.09.1978) A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do respectivo adicional.

Súmula 289 TST - Insalubridade. Adicional. Fornecimento do

aparelho de proteção. Efeito (Res. 22/1988, DJ 24.03.1988) O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador

não o exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao uso

(44)

INSALUBRIDADE: intermitência

Trabalho intermitente é aquele que possui

interrupção momentânea; intervalos; suspensões.

Súmula 47 do TST

- Insalubridade (RA 41/1973, DJ

14.06.1973) O trabalho executado em condições

insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só

por essa circunstância, o direito à percepção do

(45)

PERICULOSIDADE: Hipóteses/ Previsão legal

O adicional de periculosidade é devido a empregado que

trabalhe diretamente com inflamáveis, explosivos ou

eletricidade

A regulamentação da periculosidade está disposta nos

artigos 193 que sofreu nova redação;

Havia dúvidas em relação a RADIAÇÕES IONIZANTES

(se considerada insalubridade ou periculosidade), mas a

Portaria nº. 3.393/87 caracterizou trabalho com radiação

ionizante como atividade perigosa. Agora não há mais

discussão.

No caso dos RADIOLOGISTAS, verificar o caso concreto

e resolver pela norma mais favorável (??) ou: Portaria x Lei

(46)

Lei 12.997/2014

Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por

sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: I - inflamáveis, explosivos ou energia

elétrica; (Inciso incluído pela Lei nº 12.470/2012 - DOE 10/12/2012)

TST:

II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. (Inciso incluído pela Lei nº 12.470/2012 - DOE

10/12/2012)

§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de

gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. TST:

§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido.

§ 3º Serão descontados ou compensados do adicional outros da mesma natureza eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de acordo coletivo. (Parágrafo § 4º São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta.

(47)

Lei 12.997/2014

Concede aos motoboys e motofretistas o adicional de

periculosidade;

Portaria 1.565 de 13/10/2014, que incluiu Anexo 5 NR

16

Exclui

(a)percurso residência/trabalho;

(b) veículo que não necessite emplacamento/CNH;

(c) motonetas e motocicletas em locais privados;

(d) uso de motoneta/motocicleta de forma eventual

(48)

PERICULOSIDADE: RADIAÇÃO IONIZANTE

Súmula 345 do TST - Adicional de periculosidade. Radiação ionizante ou substância radioativa. Devido. (DJ 22.06.2005)

A exposição do empregado à radiação ionizante ou à substância radioativa enseja a percepção do adicional de periculosidade, pois a regulamentação ministerial (Portarias do

Ministério do Trabalho nºs 3.393, de 17.12.1987, e 518, de 07.04.2003), ao reputar perigosa a atividade, reveste-se de

plena eficácia, porquanto expedida por força de delegação legislativa contida no art. 200, caput, e inciso VI, da CLT. No período de 12.12.2002 a 06.04.2003, enquanto vigeu a Portaria

nº 496 do Ministério do Trabalho, o empregado faz jus ao adicional de insalubridade.

(49)

Art. 193 da CLT

Art. 193 - São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com

inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado

§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade

assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de

gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa

§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido

(50)

INFLAMÁVEIS = NR 16 do MTE

OPERAÇÕES DE TRANSPORTE DE INFLAMÁVEIS = líquidos ou gasosos liquefeitos, em qualquer vasilhame ou a granel, é considerada em condições de periculosidade, salvo pequenas

quantidades

200 litros para inflamáveis líquidos ou

135 litros para inflamáveis gasosos liquefeitos

Item 16.6

As quantidades constantes nos tanques de consumo próprio dos

veículos não serão consideradas para efeito desta Norma

(51)

ABASTECIMENTO AERONAVE

Súmula 447. Adicional de periculosidade. Permanência a bordo durante o abastecimento da aeronave.

Indevido. (Resolução nº 193/2013, DeJT 13.12.2013)

Os tripulantes e demais empregados em serviços auxiliares de transporte aéreo que, no momento do abastecimento da

aeronave, permanecem a bordo não têm direito ao

adicional de periculosidade a que aludem o art. 193 da CLT e o Anexo 2, item 1, “c”, da NR 16 do MTE.

(52)

INFLAMÁVEIS = NR 16 do MTE

O contato deve ser permanente = conceito para excluir o trabalho eventual;

Mas para caracterizar a periculosidade não é necessário que o trabalhador permaneça toda a jornada exposto ao risco;

É PERIGOSO o que a NR 16 assim determinar a partir de seus critérios técnicos e legais.

Não há interpretação subjetiva do risco. A perícia de insalubridade não é uma inspeção de segurança

(53)

Exposição EVENTUAL E INTERMITENTE

O trabalho eventual é aquele que de tão diminuto, torna-se INCERTO;

No trabalho intermitente, o ADICIONAL DE PERICULOSIDADE é DEVIDO!!

Súmula 364 do TST- Adicional de periculosidade. Exposição eventual, permanente e intermitente. (Conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 5, 258 e 280 da SDI-1 - Res. 129/2005, DJ 20.04.2005. Cancelado o item

II e dada nova redação ao item I - Res. 174/2011 - DeJT 27/05/2011)

Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto

permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim

considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo

extremamente reduzido. (exOjs da SBDI1 nºs 05 inserida em 14.03.1994 -e 280 - DJ 11.08.2003. Nova r-edação - R-es. 174/2011 - D-eJT 27/05/2011)

(54)

CASUÍSTICA

FRENTISTAS

Súmula 39 do TST - Periculosidade (RA 41/1973, DJ 14.06.1973) Os empregados que operam em bomba de

gasolina têm direito ao adicional de periculosidade (Lei nº 2.573, de 15.08.1955).

Súmula 212 do STF: Tem direito ao adicional de serviço perigoso o empregado de posto de renda de combustível

líquido

INSTALADORES DE LINHAS E

APARELHOS TELEFÔNICOS

(55)

CASUÍSTICA

ARMAZENAMENTO/PREDIO

VERTICAL :

OJ385. Adicional de periculosidade. Devido. Armazenamento de líquido inflamável no prédio.

Construção vertical. (DeJT 09/06/2010) É devido o pagamento

do adicional de periculosidade ao empregado que desenvolve suas atividades em edifício (construção vertical), seja em pavimento igual ou distinto daquele onde estão instalados

tanques para armazenamento de líquido inflamável, em

quantidade acima do limite legal, considerando-se como área de risco toda a área interna da construção vertical.

(56)

CASUÍSTICA

ARMAZENAMENTO/PREDIO

VERTICAL : alteração pela NR 20 em

06/03/2012

Antes o armazenamento era de até 250 litros por

tanque:

A partir da alteração de 2012, passou ser possível

armazenar um total de 3.000 litros em prédios;

(57)

SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA

Lei 7.369/85 c.c Decreto 93.412/86

A Lei 7.369/85 concedeu aos empregados do setor de energia elétrica o direito ao adicional de periculosidade.

No Decreto 93.412/86 estão delimitadas as atividades específicas do setor de energia elétrica que garantem ao

trabalhador o adicional de periculosidade

A OJ 324 da SDI-1 pacificou o entendimento de que não é devido o adicional apenas aos trabalhadores que se ativem em

empresas de energia elétrica, mas todos que se ativem no sistema elétrico de potência

(58)

PERICULOSIDADE = base de cálculo

Súmula 191 TST- Adicional. Periculosidade. Incidência

(Res. 13/1983, DJ 09.11.1983. Nova redação - Res. 121/2003, DJ 19.11.2003) O adicional de periculosidade incide apenas

sobre o salário básico e não sobre este acrescido de outros adicionais. Em relação aos eletricitários, o cálculo do adicional

de periculosidade deverá ser efetuado sobre a totalidade das parcelas de natureza salarial.

(59)

SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA

Lei 7.369/85 c.c Decreto 93.412/86

A Lei 7.369/85 concedeu aos empregados do setor de energia elétrica o direito ao adicional de periculosidade.

No Decreto 93.412/86 estão delimitadas as atividades específicas do setor de energia elétrica que garantem ao

trabalhador o adicional de periculosidade

A OJ 324 da SDI-1 pacificou o entendimento de que não é devido o adicional apenas aos trabalhadores que se ativem em

empresas de energia elétrica, mas todos que se ativem no sistema elétrico de potência

(60)

PERICULOSIDADE

OJ 324 do TST - Adicional de periculosidade. Sistema elétrico de potência. Decreto nº 93.412/86, art. 2º, § 1º. (DJ

09.12.2003)

É assegurado o adicional de periculosidade apenas aos

empregados que trabalham em sistema elétrico de potência em condições de risco, ou que o façam com equipamentos e

instalações elétricas similares, que ofereçam risco equivalente, ainda que em unidade consumidora de energia elétrica

(61)

PERICULOSIDADE

OJ 347 da SDI-1 do TST - Adicional de periculosidade. Sistema elétrico de potência. Lei nº 7.369, de 20.09.1985,

regulamentada pelo Decreto nº 93.412, de 14.10.1986. Extensão do direito aos cabistas, instaladores e reparadores de linhas e aparelhos em empresa de

telefonia. (DJ 25.04.2007) É devido o adicional de

periculosidade aos empregados cabistas, instaladores e reparadores de linhas e aparelhos de empresas de telefonia,

desde que, no exercício de suas funções, fiquem expostos a condições de risco equivalente ao do trabalho exercido em

(62)

PERICULOSIDADE = intermitência/eventualidade

Súmula 364 TST - Adicional de periculosidade. Exposição eventual, permanente e intermitente. (Conversão das Orientações

Jurisprudenciais nºs 5, 258 e 280 da SDI-1 - Res. 129/2005, DJ 20.04.2005)

I - Faz jus ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de

forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. (ex-OJs nº 05 –

Inserida em 14.03.1994 e nº 280 - DJ 11.08.2003)

II - A fixação do adicional de periculosidade, em percentual inferior ao legal e proporcional ao tempo de exposição ao risco, deve ser

respeitada, desde que pactuada em acordos ou convenções coletivos. (ex-OJ nº 258 - Inserida em 27.09.2002)

(63)

PERICULOSIDADE

DISPENSA DA REALIZAÇÃO DA PERÍCIA

OJ 406 da SDI-1. Adicional de periculosidade. Pagamento espontâneo. Caracterização de fato incontroverso. Desnecessária a perícia de que trata o

art. 195 da CLT. (Divulgada no DeJT 22/10/2010)

O pagamento de adicional de periculosidade efetuado por mera liberalidade da empresa, ainda que de forma proporcional ao tempo de exposição ao risco ou em percentual inferior ao máximo legalmente previsto, dispensa a realização da prova técnica exigida pelo art. 195 da CLT, pois torna incontroversa a existência do trabalho

(64)

PERICULOSIDADE

DISPENSA DA REALIZAÇÃO DA PERÍCIA

OJ 406 da SDI-1. Adicional de periculosidade. Pagamento espontâneo. Caracterização de fato incontroverso.

Desnecessária a perícia de que trata o art. 195 da CLT. (Divulgada no DeJT 22/10/2010)

O pagamento de adicional de periculosidade efetuado por mera liberalidade da empresa, ainda que de forma proporcional ao

tempo de exposição ao risco ou em percentual inferior ao máximo legalmente previsto, dispensa a realização da prova técnica exigida pelo art. 195 da CLT, pois torna incontroversa a

(65)

CUMULAÇÃO ou OPÇÃO DO ADICIONAL

Posição do TST no RR 1072-722011.5.02.0384, Ministro

Cláudio Brandão, 7ª Turma acolhe a cumulação do adicional de insalubridade e periculosidade;

Posição MAIS recente entende que o art. 193 da CLT foi recepcionada pela CF e que os adicionais não são cumuláveis.

Notícia do TST dá conta da divergência

jurisprudencial e da atual posição que é pela não

concessão acumulada

(66)

TST afasta pagamento cumulativo de adicionais de periculosidade e insalubridade

TST afasta pagamento cumulativo de adicionais de periculosidade e insalubridade

Por sete votos a seis, a Subseção 1 Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho absolveu a Amsted-Maxion Fundição e Equipamentos Ferroviários S. A. de condenação ao pagamento dos adicionais de periculosidade e insalubridade cumulativamente a um

moldador. O entendimento majoritário foi o de que o parágrafo 2º do artigo 193 da CLT veda a acumulação, ainda que os adicionais tenham fatos geradores distintos.

A decisão afasta entendimento anterior da Sétima Turma do TST de que a regra da CLT, que faculta ao empregado sujeito a condições de trabalho perigosas optar pelo adicional de insalubridade, se este for

mais vantajoso, não teria sido recepcionada pela Constituição Federal de 1988.

Na reclamação trabalhista, o moldador afirmou que trabalhava em condições de insalubridade, pela exposição a ruído e pó em valores superiores aos limites legais, e de periculosidade, devido ao contato

com produtos inflamáveis, como graxa e óleo diesel. Por isso, sustentou que fazia jus aos dois adicionais.

O pedido foi julgado procedente pelo juízo da 4ª Vara do Trabalho de Osasco e pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP). Segundo a sentença, a Constituição de 1988 prevê, no artigo 7º, inciso

XXIII, os dois adicionais para situações diversas, "já que um remunera o risco da atividade e o outro a deterioração da saúde decorrente da atividade", sem ressalvas quanto à necessidade de escolha pelo trabalhador por um dos adicionais. A Sétima Turma do TST desproveu recurso da Amsted-Maxion com

os mesmos fundamentos.

Nos embargos à SDI-1, a indústria sustentou que os adicionais não são cumuláveis, e que o próprio inciso XXIII do artigo 7º da Constituição assegura os adicionais "na forma da lei".

Impossibilidade

A corrente majoritária da SDI-1 entendeu que os adicionais não são acumuláveis, por força do parágrafo 2º do artigo 193 da CLT. Para a maioria dos ministros, a opção prevista nesse dispositivo implica a

impossibilidade de cumulação, independentemente das causas de pedir.

O voto vencedor foi o do relator, ministro Renato de Lacerda Paiva, seguido pelos ministros Emmanoel Pereira, Brito Pereira, Aloysio Corrêa da Veiga, Guilherme Caputo Bastos, Márcio Eurico Vitral Amaro e

(67)

TST afasta pagamento cumulativo de adicionais de periculosidade e insalubridade Impossibilidade: decisão de 13.10.2016 – voto ainda não publicado em 16/11/2016

A corrente majoritária da SDI-1 entendeu que os adicionais não são acumuláveis, por força do parágrafo 2º do artigo 193 da CLT. Para a maioria dos ministros, a opção prevista nesse dispositivo implica a impossibilidade

de cumulação, independentemente das causas de pedir.

O voto vencedor foi o do relator, ministro Renato de Lacerda Paiva, seguido pelos ministros Emmanoel Pereira, Brito Pereira, Aloysio Corrêa da Veiga, Guilherme Caputo Bastos, Márcio Eurico Vitral Amaro e

Walmir Oliveira da Costa.

Divergência

Seis ministros ficaram vencidos: Augusto César Leite de Carvalho, João Oreste Dalazen, José Roberto Freire Pimenta, Hugo Carlos Scheuermann, Alexandre Agra Belmonte e Cláudio Brandão. Eles mantiveram o entendimento de que, diante da existência de duas causas de pedir, baseadas em agentes nocivos distintos, a

cumulação é devida.

Precedente

Em junho deste ano, a SDI-1 afastou a não recepção da norma da CLT pela Constituição, no julgamento do E-ARR-1081-60.2012.5.03.0064. O relator daquele caso, ministro João Oreste Dalazen, explicou que os dois preceitos disciplinam aspectos distintos do trabalho prestado em condições mais gravosas: enquanto a CLT

regula o adicional de salário devido ao empregado em decorrência de exposição a agente nocivo, a Constituição prevê o direito a adicional "de remuneração" para as atividades penosas, insalubres e perigosas

e atribui ao legislador ordinário a competência para fixar os requisitos que geram esse direito.

Naquele julgamento, porém, a SDI-1, também por maioria, concluiu que é possível a cumulação desde que haja fatos geradores diferentes. A opção pelo adicional mais vantajoso seria facultada ao trabalhador exposto a um mesmo agente que seja concomitantemente classificado como perigoso e insalubre, mas aquele exposto

a dois agentes distintos e autônomos faria jus aos dois adicionais. No caso concreto, como não havia a comprovação dessa condição, a cumulação foi negada.

(Carmem Feijó)

Processo: E-RR-1072-72.2011.5.02.0384

Leia mais:

(68)

OPÇÃO PELO ADICIONAL: INSALUBRIDADE ou

PERICULOSIDADE

§2º do art. 193 : O empregado poderá optar pelo

adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido

Qual é o momento da opção:

SENTENÇA?

EXECUÇÃO?

E se opta na sentença e a reclamada recorre e

reforma e exclui a parcela pela qual houve opção?

(69)

SINDICATO: LEGITIMAÇÃO EXTRAORDINÁRIA

Nos termos do §2º do art. 195 da CLT o Sindicato

detém legitimação extraordinária para postular

ADICIONAIS de INSALUBRIDADE e

PERICULOSIDADE

Foi previsto como

substituição processual;

Mas hoje pode ser caracterizada como defesa de

direito individual homogêneo,

nos termos do inciso III

do art. 8º da CF e das normas que regem a ação

(70)

Formas de pagamento do salário Em moeda corrente

Art. 463 - A prestação, em espécie, do salário será paga em moeda corrente do País.

Parágrafo único - O pagamento do salário realizado com inobservância deste artigo considera-se como não feito.

Contra recibo

Art. 464 - O pagamento do salário deverá ser efetuado contra recibo, assinado pelo empregado; em se tratando de analfabeto, mediante sua

impressão digital, ou, não sendo esta possível, a seu rogo.

Parágrafo único - Terá força de recibo o comprovante de depósito em conta bancária, aberta para esse fim em nome de cada empregado, com o consentimento deste, em estabelecimento de crédito próximo ao local de

(71)

Pagamento complessivo

Súmula 91 - Salário complessivo (RA 69/1978, DJ 26.09.1978) Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou percentagem para atender englobadamente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador.

Súmula 330 do TST - Quitação. Validade (Revisão da Súmula nº 41 - Res.

22/1993 , DJ 21.12.1993. Explicitação dada pela RA nº 4/1994, DJ 18-02-1994. Nova Redação dada pela Res.108/2001, DJ 18.04.2001) A quitação passada pelo

empregado, com assistência de entidade sindical de sua categoria, ao empregador, com observância dos requisitos exigidos nos parágrafos do art. 477 da CLT, tem eficácia liberatória em relação às parcelas expressamente consignadas no recibo, salvo se oposta ressalva expressa e especificada ao valor dado à parcela ou parcelas

impugnadas.

I - A quitação não abrange parcelas não consignadas no recibo de quitação e, conseqüentemente, seus reflexos em outras parcelas, ainda que estas constem desse

recibo.

II - Quanto a direitos que deveriam ter sido satisfeitos durante a vigência do contrato de trabalho, a quitação é válida em relação ao período expressamente consignado no

(72)

SISTEMAS DE PROTEÇÃO DO SALÁRIO

Abusos do empregador Valor Salário mínimo

Art. 76 e 82, púnico) Irredutibilidade Art. 6º CF e Art. 462 CLT Proibição do truck system Art. 468 CLT Natureza Inalterabilidade forma pagto Proteção da época e forma de pagamento = Art.459 e parágrafo único; Art.

465; Art. 467; Art. 459, parágrafo único

Periodicidade = 30 dias

Pagto em dia útil Pagto em horário próximo do de trabalho Pagto em primeira audiência Pagamento no local de prestação Pagto até o 5º dia

útil

Proteção da certeza de pagamento

Pagto contra recibo

Assinado pelo empregado; com

(73)

SISTEMAS DE PROTEÇÃO DO SALÁRIO

Credores do empregado

Credores do empregador

Proteção da cessão do crédito salarial (Art. 464)

Impenhorabilidade do salário (CPC, Art. 649, IV)

Privilégio geral do crédito salarial (Art. 499) até o limite de 150 salários mínimos

(74)

Descontos lícitos (Art. 462 da CLT)

Basicamente, o empregador pode descontar apenas

adiantamentos (vales) e parcelas previstas em lei (INSS, IR, contribuições sindicais, vale transporte)

Danos = se houver previsão contratual, no caso de culpa. Dano causado por dolo do empregado tem dedução prevista em lei

Súmula 342 do TST- Descontos salariais. Art. 462 da CLT (Res.

47/1995, DJ 20.04.1995) Descontos salariais efetuados pelo empregador, com a autorização prévia e por escrito do empregado, para ser integrado em

planos de assistência odontológica, médico-hospitalar, de seguro, de previdência privada, ou de entidade cooperativa, cultural ou recreativo-associativa de seus trabalhadores, em seu benefício e de seus dependentes,

não afrontam o disposto no art. 462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a existência de coação ou de outro defeito que vicie o ato jurídico.

(75)

Truck System

Sistema destinado a escravizar o trabalhador pela via indireta, quando este não tem acesso a bens de consumo que não sejam vendidos pelo próprio empregador e, por conseqüência, passar a dever ao empregador mais do que recebem de salário.

Art. 462 (...)§ 2º - É vedado à empresa que mantiver armazém para venda de mercadorias aos empregados ou serviços destinados a proporcionar-lhes prestações

in natura exercer qualquer coação ou induzimento no sentido de que os empregados se utilizem do armazém ou dos serviços.

§ 3º - Sempre que não for possível o acesso dos empregados a armazéns ou serviços não mantidos pela empresa, é lícito à autoridade competente determinar a adoção de

medidas adequadas, visando a que as mercadorias sejam vendidas e os serviços prestados a preços razoáveis, sem intuito de lucro e sempre em benefícios dos

empregados.

§ 4º - Observado o disposto neste Capítulo, é vedado às empresas limitar, por qualquer forma, a liberdade dos empregados de dispor do seu salário.

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