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'». '.-v *. í'' * s. Orgam da Associaçfto. REVISTA QUINZENAL Director I. V. DE JezüS. Curityba, 31 de Janeiro de 1S92.

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Texto

(1)

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Padre Alberto José Gonçalves, João Ferreira Leite,

Dario Vellozo.

Directoria do Club

Presidento—Cyro Velloso

Vice-presidente—Joaquim JHttencourt 1© Secretario—João Carvalho Júnior 2» Secretario—Augusto Stresser Io Thesoureiro—Agostinho Lima 2o Thesoureiro—Joaquim de Andrade Io Orador—Leoncio Correia 2° Orador—Balbino de Mendonça

CLUB CURITYBANO

Curitiba, 31 de Janeiro de 1SÜ2. O principio da dissolubilidade do matrimônio, tão fatal para o bem-estar dos filhos, para a di-gnidade da mulher e para a ven-tura do homem no lar domesti-co, não pôde forçosamente dei xar de produzir também desas tradas conseqüências na familia e na sociedade política.

A perpetuidade do vinculo matrimonial é o primeiro fun-damento da estabilidade dos la-ços de familia, porque, quando

C.

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es

l&&U+$í

TJm Ern_broglio

Tantas teem sido as oceurrencias desenroladas nestes últimos tempos que, por Deus, procuro as vezes uma para servir de.thema afim de, com o seu proclticto encher estas despretenciosas liras com que

cos-turno abarrota: as columnas do

roda-pí da revista do Club

Curity-bano, e não a encontro.

Isto è commum na vida, sei per-feitamente, mas o que não posso por principio algum comprehender, é como, devido aos tantos assum-ptos, não se encontre um que me-reça as honras de ser narrado para entretenimento das minhas muito digníssimas leitoras.

Sei, por exemplo' que o Fd. M : em praso breve colíocar-se ha ao abrigo de qualquer censura (imme-recida, já se vê) que a elie se qui-sesse dirigir pelas columnas do roda-pè deste jornal.

O motivo, porem, que o leva a distanciar-se assim da tal censura,

CURITYBANO

Orgam da Associaçfto REVISTA QUINZENAL Director— I. V. DE JezüS Curityba, 31 de Janeiro de 1S92. Instrucção e Recreio

Distribuição gratuita aos s:cios ANNO III

""* N.2

o coração não se vê refreado pela força do dever, quando não reconhece outra lei alem de sua vontade, appdera-se delle um desassocego indefinivel e insa-ciavel que sempre cresce e au-gmema sempre.

, Dizei aos cônjuges que a sua união não é perpetua, que ain-da podem aspirar á feliciain-dade com outro enlace, e de logo pe-netrará em seu peito não sei que sentimento de caprichosa in-quietude, precursor seguro de toda a paixão violenta.

Desgraçada então a mulher porque passará a ser escrava de-tyrannos hypocritas, que nos annos da juventude sacrificaram seus encantos e depois a aban-donaram ingratos na época da velhice.

Desgraçado então o homem, porque, deixando-se arrastar pelo aríoubamento de paixões reprovadas, se atolará n'um lo-daçal immundo e perderá para

g_^3>n__v,£__X__nr_5» I

fiem eu sei e nem procuro indagar. Sou reservado c por tanto n"to me encommodo, pois que tenho por habito respeitar o incógnito e gabo-me de conhecer a seguinte

maxi-ma- O segredo i a alma do nego-cio.

Sei também qu_ o Príncipe pre-tende apegar se a mesma bande'ra, a seguir o mesmo rumo,para, como aquelle seu velho amigo, primar pela ausência nas referidas colum-nas, não se importando, todavia, com o desmancho porque passou em a noute de 2o deste mez, conser-vando-se nHima bagagem louca.

A ser verdadeiro o facta, não

vejo rasão para se pretender morrer tysico. Antes escriptor volante que tão condemnavel procedimento.

Por informações de pessoas fide-dignas, sei mais que o popular e bemquistó Gostoso não tem gosta-do muito de certas brincadeiras on-de o seu eu é tratado um tanto a macarroni. A magoado amigo.res-peito-a e dou lhe rasão ; pois não

posso admittir que —, caçoadas de

alguma forma pesadas —, attinjam a altura de tão conspicuo sócio

sempre a doce consolação dos ternos affectos de familia.

Destruída a perpetuidade dos laços conjugaes, desapparece a familia ; porque não sendo per-petua a união dos pães como ha de ser perpetua a que existe tre os filhos ? Se o carinho en-tre o marido e a mulher se con-sidera accidental e passageiro, como se hão de considerar éter-nos os outros laços de familia ? O amor conjugai constitue u base primaria da familia ; onde

não houver verdadeiro amor entre os esposos, não poderá haver também a sociedade do* mestiça.

E triste da sociedade e do po-vo em que o homem não encon-trando no lar doméstico o affa-go e o carinho da esposa, que lhe animam o coração, vae pro-curar longe da sua casa a satis-facão do vácuo immenso que abriu em sua alma a ausência daquillo que procurara. *

d'este Club, mormente quando o sócio é,um exceiiente par para a walsa. (Dizem).

Dizem ainda que o Dario, para afogar novas pai...., trata de dar á luz (?) um segundo volume de poe-sias.... de fôlego, bem entendido^ Lamentando profundamente que o talentoso joverf tome com mais éssr\ recahida,bem-digo a sorte que enxotou-me do Parnaso como coi-sa ruim ; pois que do contrario an-daria qual o nosso bom Dario,sem-pre macambusio e lamurioso, cau-sando dó aos amigos dipettol

Muito em reserva contaram-me

que o Sampaio.... Conhecem o

Sampaio ?

Pois o Sampaio é.... é o Sam-paio, ora ahi está ; assim como que o Gomes é aquelle negociante co-rado qual pimentão e que reside á rua de Matto-Grosso onde não tem mãos a medir para servir a onda de freguezes que diariamente lá vão fazer a sua comprasinha.

Agora, se querem sobre o caso mais detidas e círcumstanciadas iri-formações, penso ser de bom aviso aguardarem opportunidade, ou

en--*_Sl . * ¦''mi ¦ I • __lfe; ¦:-;•; •••'-ti \ --¦i

(2)

Club Curitybano

Seeeão Litteraria

A PRIMAVERA

A pequena Margarida de

Toi-ras passeia com seu primo

Pau-Io, no vasto parque onde brinca

e ri o loiro sol. Abril espalha

sobre as arvores a sua neve

odo-rifera e as suas llôres róseas ;

uma brisa ligeira acaricia as

mi-mosas e tenras folhas verdes ;

os regatos rejuvenecidos

pare-cem rolar ondas nascidas d.*

hontem ; os passaritos cantam

com delicia ; toda naturesa,

en-tregue á contagiosa vertigem do

renovamento, extasia-se em

dô-ces e furtivos sorrisos, e

sabo-reia silenciosamente essa hora

adorável. Margarida tem trese

annos. Já crescida, como as

ra-pariguitas da sua raça, caminha

com os modos de rainha joven.

As suas feições são nobres na

sua graça infantil; mas sobre a

sua face mil rosas distillam a

sua exhuberante purpura e o

vento desalinha com

provoca-tão talvez seja conveniente chega-rema falia com os homens, que,es tou certo, elles contarão tudo — tim,por tim-tim.

Dizem mais que sir BifT anda to •

do esperançado de brevemente pi-lhar alguma sorte-grande d'este Es tado ou de algum outro que ole

reça melhores vantagens.

Cá por mim muito desejaria que estapretenção serealisasse porque sir Biff bem que merece ; mas des creio do bom êxito da empresa por-que me consta por-que o pretendente a tantas patacas não quer aventurar um só vintém na compra d'um bi-lhete! Um milagre, porem,....

Corre e com visos de verdade

que o Craveiro está bastante

dis-posto a revestir-se do mais

circums-pecto ar de seriedade logo que seja

promovido ; mesmo porque será

esse o tempo em que elle pretende fallar aquella porquem o seu cora ção padece.

Transformação tamanha será

re-cebida com especial agrado por

parte de todos os amigos de tão

distincto e bravo militar.

Não devo, porem, encerrar este

ção os bandos lisos dos seus

ca-bellos castanhos.

Paulo, esse é já um homem ;

tem]quinse annos. Grande

lei-tor de poesias, apprendeu nos

seus cantores amados

bellissi-masphrases,que evidentemente

se referem á sua prima, única

mulher que para elle existe no

mundo. Arde em desejos de

lhe recitar tudo «isso, de lh'o

di-zer, e é necessário também

com-paral-a com is estreitas, com os

lyrios, com os rouxinóes, com

os diamantes, com a gloria

in-(Iammada das rosas, com tudo

o que ha de mais divino na terra

e no céo. Para disermos tudo,

como elle porte amanha para

entrar de novo na sua prisão,no

abominável collegio, armou-se

de coragem,prometteu a si

mes-mo fazer uma declaração a

Mar-garida. E Margarida pelo seu

lado, espera essa declaração ;

sente que chegou a hora, e que

Paulo vae murmurar ao ouvido

d'ella palavras não escutadas

ainda. Ahi está o motivo

por-EflS

importante «Corre» sem a seguinte p r e ve n ç ão : Vir guiemos o caso.

De outros apetitos >s pratinhòs sei eu e sabe muita gente boa deste

Club, mas. .

Creio nlo haver quem ignore

que o Monge foi inspirado a deixar a vida de encarregado das cobraii • ças da casa onde exerce as nobres funeções de digno associado.E tan-to iste é verdade que o tal Santar-rão]í anda tratando dos papeis.

Na qualidade de bom e velho amigo de Frei Guimes, desejo-lhe um porvir brilhante de paz com uma vida folgada e milagrosa como soem merecer as almas bem forma-das.

Quanto ao mais,.... mais nada.

Também contaram me que o

muito bilontra lá da esquina,o Lo\x-r. iro por tradicção,está vae não vae a dizer o recado. A rasão de nâo ter ainda dado o bote é motivada pelo receio que tem de.. . ser ainda mui-to moço.

Maganão ! Então para praticar acção tão digna de applausos, tre-mérrí-te as pernas no entanto para navegar em mar alto e encapellado não trepidadas embarcar tanta

gen-que ambos se calam com um

em-baraço delicioso,recolhendo-se,

ella para ouvir, elle para fallar.

Mas n'esse momento, sem

que o tenham querido nem

pro-curado,as suas mãos

encontram-se, apertam-se com uma força

desconhecida, e sob a

commo-ção electrica, sentindo ambos a

um tempo o sangue refluir lhes

paraos corações,emquanto o

re-gato ergue de repente a sua voz

murmurante.eo perfume das

ar-vore:, em flor as envolve na sua

embriaguez delirante e macia,as

duas creanças desvairadas

ima-ginam que vão morrer.

T. de Banville.

Pensamentos

A nobre sciencia geológica mui-to deixa a desejar pela extrema

po-breza de seos archiv s.

A crosta da Terra, com seos des-troços soterrados,não deve ser consi-derad \ como completo museo ; po-rem como ínfima collcção feita ao accaso e com raros intervallos.

DarwIN.

te na canoa—, conservando três e quatro ao leme, eim ?

Maganão, repito.

E o Amado ? Não é que o

pro-prio nome deste cidadão só por si

encerra a maior ventura que um

mortal pode aspirar ?

Amado ! Quantos não procuram ser o que indica este significativo nome ?

Não tem duvida rapaz.

Apega-tc ao « caximbo-turco » e.... fumo na freguezia.

Quanto a patente, pede ao

com-mandante que faça a proposta e ao Príncipe que não te estorve

Ao concluir esta enfadonha tare-fa, tenho como o maior dos deve-res congratular-me com os dignos

sócios do Club Curitybano, pela

grande satisfação de que me acho

possuído por ver restituido ao lar

e a nossa sociedade o bravo e dis-tineto 1? Sargento do patriótico Ba-talhão —TIRA DENTES — o segun-do que transpoz o Pico por

ocea-sião da revolta na Fortaleza da

Santa Cruz.

E venha de lá mais um abraço. Nemo.

(3)

.*'"

Club < urityliiiito 3

LOGRO

0 CANTO DO GAÚCHO

Passara duas vezes ; á janella Faltara com a joven moreninha,

Pedindo-lhe acceitasse uma cartinha Cuns versos burilados para ella.

Um sim enternecido disse a bella,

Fazendo estremecer a pobre alminha, Que nutria por essa innoccntinha

Do ricaço a paixão pela baixella.

A' rot^a se chegou; vio dentro um vulto... Julgou que fosse a diva de seu culto,

Bateu de vagarinho e murmurou:

«Toma a carta, meu bem,de teu amante...» Respondeu-lhe uma voz mais que vibrante : «Espere, seu patife, que eu lá vou !»

Rap.

DE LONGE

Vae meu suspiro e conta o meu amor, Que, como o céu, é puro e illimitado ; Só pôde affecto ter de tal valor

Quem sr.be amar, quem sabe ser amado. A minha vida entre amarguras levo-a, E? a aurora que o nevoeiro embaça, ,

Mas amor d'ella é o sol que rompe a névoa, E' a ventura que ri-se da desgraça.

Vae meu suspiro, eu fico satisfeito.

Vae e diz que nos tempos que correram, Pezares innundaram o meu peito.

Vae meu suspiro e dize a minha bélla,

Que n'esse mar, que as maguas me fizeram Fluciua um cysne branco :—é o amor d'ella.

8 Janeiro 92.

Silveira Netto.

Eu não nasci para o mundo, Para este mundo cruel.

Só quero cortar os pampas, No dorso do meu corsel. Este meu pingo galhardo, Este meu pingo fiel.

Eu sou como a tempestade, Sou como o rijo tufão,

Que esmaga os vermes na terra E sobe para a amplidão.

Eu sou senhor dos desertos, Monarcha da solidão !

Quando eu, de lança enristada, Esbarro no meu bagual,

Não temo a fúria sanhuda D'essa canalha real.

Os reis são nuvem de poeira, Eu quero ser venda vai.

Eu sei que os reis, sobre os thronos, Zombam de mim ; eu bem sei;

Mas eu não troco o meu pingo Pela cabeça d'um rei.

Esses palhaços c'roados Que toda a vida eu odiei.

Que importa pois que elles zombem, Que elles riam-se de mim ?

Eu nunca fui um lacaio, Eu nunca serei mastim, Quero [viver sempre livre. Quem me quizer—é assim. Oh! como é bello—esta vida Assim tão livre levar I

Beber a luz d'alvorada

Quando ella vai rebentar ! Correr o Pampa deserto,

Correr... correr... não parar!... Eu tenho a crença no peito

Guardada no coração ; Quero surgir na batalha, A' voz da Revolução ;

Amortalhar-me nas dobras Do tricolor pavilhão.

Quando eu, de lança enristada, Cerro perna no bagual,

Não temo a fúria sanhuda D'essa canalha real.

Os reis são nuvem de poeira, E eu sou como o vendaval.

Assis Brazil.

(4)

4 Clllb tUiriiylMiiio

Scéção philosophica

A. Arte moderna

(Uma tentativa de estudo)

BILHETIS-PREFACIO

*

Dario Veilozo,

As nossas constantes palestras sobre escolas em matéria de arte, levaram-me a fechar por um pouco os livros sobre—ZW-reito—os indigestos digestos, para abrir outros sobre Arte, princi-palmente sobre o naturalismo, afim de emprchender este

mo-desto trabalho.

A falta de conhecimentos mais aprofundados da matéria é cau-sa das innumeras lacunas que esta tentativa de estudo con-tém ; essas lacunas serão fácil-mente notadas pelo leitor.

Qual a minha pretensão pu-blicando este trabalho ?

Será mostrar-me sábio ?

Será creâr nomeada? Não por certo; eu não affirmo que a ver-dade esteja comigo em tudo, e, pois, não sou propagandista de minhas idéas, dos fruetos de meus estudos ; o meu fim único é" aprender, incitar os mestres a apontar-me os erros de que com certeza estão eivadas as minhas concepções sobre o tão impor-tante assumpto que me serve

dethese.

Um estudante» um pnncipi-ante, não é um homem de sei-encia ; é claro, portanto, que o meu trabalho é imperfeitissimo.

' Do * '¦.¦&* ''*'&¦' i F. R. de Azevedo Macedo. Outubro de 91. BASES DO NATURALISMO

Em uma obra de arte transpa-rece sempre a philosophia do tempo em que ella foi produzi-§ da ; as doutrinas artisticas cor-respondem exactamenteás dou-trinas philosophicas. Ha sem-pxe uma doutrina philosophica

considerada superior e preferi-da por quasi todos a qualquer outra, influindo naturalmente sobre os usos e costumes.

Assim,do metaphysismo gre-co-romano nasceu e progredio

o classicismo ;

Do sentimento do infinito,in-troduzido na sociedade pela philosophia christã, nasceu e

progredio o romantismo.

Em fim, do positivismo phi-losophico'ftnasceu

modernamen-te O naturalismo ;

Taes são as três phases ge-ralmente reconhecida- por que a Philosophia e a Arte têm

pas-sado. \

Não nos estendemos sobre cada uma dellas, para não pec-carmos pela prolixidade ; limi-tamo-nos á ultima phase.

Depois que o pensamento hu-mano tinha vagado por uma infinidade de concepções pliati-tasticas, quando.graças á fadiga fatalmente causada por esse trabalho quasi infruetuoso, era preciso irromper no seio da hu-manidade uma nova camada histórica,—eis que Bacon e Ga-lileu no fim do século XVI dão ao mundo as bases de um novo methodo scientifico, substituiu-do o syllogismo.necessariamen-te estéril de Aristósyllogismo.necessariamen-teles, á velha tradicçãodo peripatetismo,pelo systhema que continha todos os elementos para o desenvolvi-mento ulterior da sciencia : o esperimentalismo.

Locke applica o novo metho-do a psychologia. Coudillac, D. Stewart e outros seguem a via traçada por Locke e espalham a

e s c o Ia d&psychologia-esperimental.

O movimento scientifico ain-da não se havia apoderado ain-das sciencias moraes e políticas que eram regidas ainda pelo, methodo dedutivo puro, quando appareceu Augusto Comte, que, aprovei-tando os elementos accumula-, dos na sciencia pelos seus

pre-cursores por meio do methodo esperimental. lançou as bases de um novo systhema de philo» sophia-positiva ; e appareceu igu-almente Spencer que aperfei-çoòu a nova escola, especial-mente nas sciencias moraes e

po-liticas.

A philosophia comtiana es-palhou-se e hoje a vassala quasi todo o mundo.

A evolução,* passagem gradual

do homogêneo incoherente ao hete»

rogmeo coherente, a transforma-ção do protopiasma cm elementos orgauisados,—tale a lei univer

sal que serve de fundamento á nova escola. A combinação harmônica da philosophia e da historia, da idea e do facto, da observação e da esperimentação,— tal é o novo methodo, único pelo qual se pode chegar ao conhecimento da verdade.

«Non piú metafísica», éa di-visa do século, na phrase de Miraglia.

Foi cedendo ao novo movi-mento philosophico que fatal-mente appareceu o naturalismo na Arte : «a ontologia desappa-rece para dar logar ao homem» diz Eugênio Véron (*)

Já não se diz com Ravaisson em seu Diccionario de Pedago-gia : «A Arte, considerada de um modo gerai e abstracto é a faculdade de produzir o bello» ; mas se diz com Véron em sua Èstttética : <-A Arte considerada no ponto de vista psychologico, não é outra cousa que a expres-são espontânea de certas con-cepções das cousas que derivam logicamente da combinação das influencias moraes ou physicas ás quaes se acham submettidas as diversas raças com as apti-does e as tendências originaes ou adquiridas dessa mesma raça».

Zola,definindo a obra de arte, synthetisa em poucas palavras

(5)

Club Ciirityhiiiio 5

essas idéas todas : «A obra de arte é um canto da creaçâo vis* to atravez de um temperamen-to.» Quando elle diz //;// canto da creação,Qx$úv(\® o elemento real da obra de arte; quando elle diz através de um temperamento cnun-cia o principio da personalidade do artista transparecendo na sua obra. (Continua) Azevedo Macedo. WÊÊmMWWÊÊÊÊÊmÊÊÊÊmWÊÊmwmwÊ^ÊmwwmÊÊmwmmmmm —IN I !¦ ¦¦ —— I —I --¦ ¦ || -¦

-Secção variada

RASCUNHOS ATRAVEZ DO PASSADO

Abria Dezembro a perfumosa cornucopia de suas flores, ás

derradeiras brisas da primavera de 1891. Levado bohemiosa-mente pelo enamorado phanta-siar de meos sonhos, resolvera ir passar algumas das canicu-lares horas de formoso dia á ca-rinhosa sombra do esmeraldino arvoredo do Passeio Publico

d'esta cidade.

Para não ir só, porquanto,em meo pensar, é preferível a pa-lestra de sincero amigo á sepul-cral mudez da solidão, corri os olhos por minha bibliothecasi-nha, procurando qual a victima de trez ou mais horas de imper-tinente paulificação.

Alberto Pimentel, com quem recentemente travara conheci-mento e cuja prosa agrada-me sobejo,foi o sentenciado aacom-panhar-me, sob calor de trinta grãos centígrados, ao pittoresco retiro, ensombrado de esmerai-dino arvoredo.

Convenientemente munido de charutos bahianos, (para meo consumo), bengala embaixo do braço, o Alberto em uma das mãos, sahi, sem appressar-me demasiado, rua do Riachoelo a fora (ou a dentro), acariciado pelo Sol, bohemiosamente leva-do pelo enamoraleva-do phantasiar de encantadores sonhares.

*

Sob a ciciosa folhagem de co-pado arbusto, â margem csqucr-da de preguiçoso e nacsqucr-da crys-talmo regato, a bengala e o cha-peo atirados por terra, charuto na bocca,em tosco banco de ma-deira, rosto voltado para o azul do espaço, entabolei conversa-ção com o Alberto, fazendome ouvinte, deixando-o peregrinar Atrave\ do passado, por entre va-gas concepções* de sonhos desfeitos,

cinzas fluetuantes de esperanças que se apagaram....

Sem mesmo fazer-se rogado, contou-me elle o que era Matto siuhos, como tecera bouquet de

Joannas e travara conhecimento

com o Alvares de Azevedo e o

Gonçalves Dias e o Casemiro de Abreu; quem vinha a ser o

lallixto e etc. etc....

Por fim, calou-se o Alberto» deixando,porem, na atmosphe-ra, a muzica de seo estylo, em-briagadora, singellamente me-lancholica.... Então, atravez do passado, fugio-me o pensamento sob o docel de azul de céo sem nuvens,cavalgando o Pégaso da idea, embevecendo-me,sensibi-iisando-me

E, sob a ciciosa folhagem do copado arbusto, em tosco banco de madeira, gostosamente espi-chado, o olhar perdido na im-mensidade, meditei por largos e insensiveis minutos, procuran-do nas minhas reminiscencias alguma cousa digna de ser con-tada, não implicando amorosos segredos ou ternas

j-iras,—com-quanto já sonhos desfeitos, cinzas fluetuantes de esperanças que se

apa-garam....

Confesso : — então nada en-contrei em minha memória,que, certamente, tirara o dia para flautear-me. '

Em compensação, hoje, so-bra-me assumpto e falta-me o tempo.

Eis porque termino aqui a se-rie que resolvi encetar, e que, espero, agradará a alguns dos

leitores,—talvez nos sendo dado encontrar oceasião propicia, em que Juntos faremos a viagem retrós-pectiva da existência, atravez do passado\ $ Juntos descansaremos um

momento n%esse longicuo paiz saudo so, a conversar as vacillantes ima-geu t, os entes im iginarios9 --vagas concepções de sonhos desfeitos,cinzas fluetuantes de esperanças que se

apa-garam.... Contiba, 1892. D. V. ¦¦ SOBRE O ADJECTIVO DIALOGO ENTRE Z E Y

Z. — Sabes que meditando ou-tro dia sobre a origem e a

for-mação das línguas, descobri um meio simples e pratico de

apreciar mathematicamente o que se poderia chamar o tempe-ramento de um estylo, seu vi-gor ou sua debilidade ?

Y. — Sabes que tua incorregi-vel mania de crear theorias,sys-temas, faz de ti um homem sin-guiar em nosso tempo em que se é tão meticuloso, tão affeiço-ado ao facto todo nu ?

Z. — Podes dizer o que quize-res. Para ii eu sou um pedaço de outra idade, um produeto atávico, uma sobrevivência, co-mo diz Tylor

Y. —Eu não digo isso

Z. — Mas assim o pensas.Não temas que eu me offenda com isso. Todas as sobrevivencias não são desprezíveis. Para di-zer a verdade, o homem todo in-teiro não é sinão uma sobrevi-vencia. Seu corpo lhe vem de bem longe ; é uma sobreviven-cia cuja origem remonta ao pro-toplasma primitivo ; sua mora-lidade não é sinão um habito hereditário ; quanto a sua intel-ligencia, ahi podes tu ver outra cousa que não seja o resultado e o resumo das innumeraveis experiências feitas pelos

precur-sores humanos e animaes ?

(6)

Clill» < urityhitiio

Y. — Eisque já partes a ga-lope,montado como de costume sobre o cavallo da hypothese.

Z. — Por favor, não maldigas esse útil animal, sem o qual não somente tu e eu. mas todos os philosophos, todos os sábios, mesmo os menos aventureiros, estaríamos na idade da pedra lascada. Que digo ! nem mesmo nessa idade ; porque antes de fabricar o seu primeiro macha-do de silèx o nosso antepassamacha-do paleolithico fez seguramente ai-gumas hypotheses sobre os ef-feitos e os usos deste novo

uten-silio.

Y. — Ouvindo-te. fica-se con vencido de que tens ódio pes-soai contra os factos. Sem du-vida elles te permittem algumas

vezes de crear theorias.

Z. — Não me supponhas me-nos sábio do que eu sou. O que me irrita não é o próprio facto, substancia e instrumento de to-do o saber, é o partito-do tomato-do de não systematisar os factos, de tapar os ouvidos para não ouvir o que elles dizem ! A des-peito da moda actual, eu creio que tal methodo não convém senão aos espíritos myopes, e tenho raiva, quando vejo dar-se onomede grandehomem a esse observador medíocre cujo me-rito consiste em ter bons olhos e em applical-os cada dia duran-te três horas sobre o oeulario de um microscópio. Talvez minha • irreverência seja demasiada, mas eu algumas vezes chego a

duvidar do valor intrínseco dos factos observados por estes sa-bios-machinas Um facto é mui-tas vezes coisa muito complexa; .. elle encerra toda uma synthese, e parabém observal-o,é preciso sempre conhecer os seus limi-tes. Para bem ver é preciso não somente olhar,mas comprehen-der. Sem isso, a mosca com seus milhares de olhos seria mais prespicaz que todos os philoso-phos. Em resumo, eu pretendo

que o numero destes factos, ob-servados por pessoas que têm sua gloria em não pensar, são menos authenticos, contêm

me-Ausentaram-se os sócios Te-ncnte Antônio Catão Mazza,An-tonio Duarte da Cunha, Tenen-te Coronel Norberto de Amo-. , rim Bezerra, Dr. Constante Af-nos verdades do que certas hy- fonso Coelh0) Tito Livi0 de potheses, cm apparencia muito

ousadas.

Y. — Bom! Estás de novo em sella. Procura [ao menos fazer com que teu fogoso corsel te le-ve ao fim. Duas palavras, por favor sobre tua descoberta da pedra de toque que te serve para estudar os poetas e os prosado-res, como um joalheiro os me-taes preciosos.

(Continua)

Dr. Ch. Letourneau.

Castro Velloso e José Teixeira Raposo.

Foram admittidos na qualida-de qualida-de sócios effectivos os Srs. Dr. Brasilio Campos, Carlos Meissner, Custodio Porto, Dr. Estacio Correia, Francisco Soa-res da Costa, Franklin SoaSoa-res Gomes eDr. Hcnri Lavevre.

NOTICIÁRIO

FALLECIMENTO

No dia 23 do corrente mez, deixou de existir a Exm? Sra.D. Targina de Oliveira Correia, virtuosa esposa do nosso

conso-cio Olavo Guimarães Correia. Ao viuvo e a toda a família da finada, apresentamos os nossos sinceros pezames.

BIBLIOTHECA

O movimento da bibliotheca durante a quinzena ultima, foi o seguinte :

Volumes sahidos. . . 101 Ditos entrados .... 62 Obras consultadas . . 5

mn

S. PROTECTORA DOS OPE-RARIOS

A Directoria do Club foi ob-sequiada com um convite para assistir a sessão magna e a pos-se da nova directoria da Socie-dade Protectora dos Operários, no dia 28 deste mez, nono anni-versario da installação de tão útil sociedade.

FREQÜÊNCIA

A freqüência de sócios e con-vidados nos salões do Club du-rante esta quinzena deo uma

media diária de 42 pessoas. CONFERÊNCIAS

Consta-nos que na noite de 31 será iniciada a serie de confe-rendas deste Club, no presente anno,e que o iniciador será o i° orador da Associação o Snr. Le-oncio Correia.

SARAOS

Nos dias 20 e 24 dançou se animadamente neste Club.

MOVIMENTO DE SÓCIOS Durante o mez de Janeiro re-gressaram a esta Capital os so-cios : José Secundino do Oli-veira. Tenente Servando de Loyola e Silva, João Pedro de Loyola, Dr. Antônio Felix de Souza Amorim, Ulysses Braga, e com suas Exmas. famílias An-tonio Ricardo dos Santos, Fran-cisco H. dos Santos e Coronel Carlos Vieira da Costa.

Nossos cumprimentos.

GRÊMIO ENSAIOS LITTE-RARIOS

A Directoria do Club, segun-do consta, pretende organisar no seio da Associação um Gre-mio para os sócios que se quei-ram dar aos estudos de littera-tura.

SORTEIO

Hoje ás duas horas da tarde deve realisar-se o primeiro sor-teio para amortisação de alguns Titulos de Divida do Club,con-forme já noticiámos.

AVISOS

A Bibliotheca do Club acha-se aberta e franca aos srs. so-cios, nos dias úteis, das 5 horas da tarde ás 9 da noite e nos santificados das 12 ás 3 da tarde. As sessões ordinárias da Di-rectoria do Club terão logar no dia iode cada mez ás 8 horas

da noite.

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Cluli 4 iii-íJyIhiho Os srs. sócios que não

rece-berem a Revista queiram recla-mal-a, na Secretaria do Club, durante as horas do

expedi-ente.

Todos os negócios concer-nentes ao Club tratam-se na Se-cretaria do mesmo, nos dias úteis, das 7 ás 9 horas da noite.

As transferencias de titulos do empréstimo para a compra do predio, serão feitas na Secre-taria do Club do dia 8 á 25 de cada mez, das 7 ás 9 horas da noite.

A Directoria communica aos srs. sócios e ás suas exmas. fa-milias que, todo o domingo, haverá saráo dançante neste Club.

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Festa commemorativa do pri-meiro decennario da instai-lacão do Club Curitybano, em 6 de Janeiro de 1892. Aos seis dias do mez de]Janei-ro do anno de mil oito centos e noventa e dous ás nove e meia horas da noite no salão princi-pai do Club Curitybano em pre-sença dos membros da"Directo-ria do anno passado, dos eleitos Directores para o presente an-no, dos representantes dos Clubs : dos Girondinos, Litte-rario Campolarguense, Littera-rio de Paranaguá, Litterario Portocimense,Republicano Re-creativo de Paranaguá, Italiano, das Sociedades : Elisabeth, Lit! teraria Lapeana, Thalia, Treze de Maio, Protectora dos Opera-rios, e Giuseppe Garibaldi ; da Imprensa, de muitas exmas. se-nhoras, de alguns convidados e de grande numero de sócios, o Presidente declara que a reunião de hoje tem por fim cornmemo-rar o décimo anniversario da installação do Club Curitybano e emposssar a Directoria eleita em sessão de Assembléa Geral de sócios de 20 de Dezembro ultimo, para servir no corrente

anno ; e fazendo a entrega dos" diplomas de benemérito aos res pectivos sócios presentes, con-vida ao sócio Benemérito Fun-dador, Presidente Honorário da Associação, o snr. Barão do Ser ro Azul, para presidir a sessão que se vae cffectuar e dar posse ánova Directoria.

O senr. Presidente honorário accedendo ao convite, assume a Presidência e declara aberta a sessão magna solcmne.

Pelo 1? Secretario são lidos os officios e telegrammas de fe-licitações dirigidos á esta Asso-ciação pelo Club Republicano Recreativo de Paranaguá, pelo CiubCampolarguense,pelo Club Portocimense, pelo Club Litte-rario de Paranaguá e pelo sócio Fundador Edmundo Requião.

Concedida a palavra ao pri-meiro Orador o senr. Leoncio Correia este,com asuareconhe-cida intelligencia,em eloqüente e primoroso discurso felicita aos senrs. sócios pela prosperidade e pelo engrandecimento do Club Curitybano.

Em seguida são convidados pelo Presidente honorário para assumirem os cargos para que forão eleitos os seguintes mem-bros da Directoria : Presidente, Cyro Vellozo; Vice-Presidente Joaquim José B. Bittencourt; 1? Secretario, João Carvalho de Oliveira Júnior ( reeleitos) ; 2? Secretario, Augusto Stresser; i? Thesoureiro, Agostinho José Pereira Lima; 2? Dito, Joaquim Augusto de Andrade; 1? Orador, Leoncio Correia (reeleito) ; 2? Dito Balbino Carneiro de Men-donça.

Empossada a Directoria,o res-pectivo Presidente agradece aos seos companheiros da Di-rectoria passada, os bons servi-ços que prestaram no desempe-nho dos seos cargos, aos senrs. sócios a distineção com que foi honrado sendo pela quarta vez

eleito Presidente do Club; pede o auxilio de todos os senrs. so-cios e de suas exmas. famílias para que a Directoria, ora em-possada, possa bem desempe-nhar-se da missão de que scacha incumbida, e declara que elle e seos companheiros não acceita* rião os cargos de que estão in-vestidos si não contassem com esse auxilio.

Usão da palavra : pelo Club dos Girondinos, o Sr. Balbino de Mendonça; pelo Club Litte-rario Campolarguense, o Snr* Azevedo Macedo; pelo Club Litterario de Paranaguá, pela Sociedade Guiseppe Garibaldi e pela Sociedade Treze de Maio, o Snr. Leoncio Correia ; pelo Club Litterario Portocimense e pela Sociedade Litteraria La-peana, o Snr. Francisco de Pau-Ia Guimarães; pelo Club Repu-blicano Recreativo de Paraná-guá, o Snr.Sebastião Lobo; pela Sociedade*Protectora dos Ope-rarios, o Snr. Antônio Maria ; e pelo Club Italiano,o Snr. Pedro Setragni, os quaes em bonitas phrases e bem elaborados dis-cursos, felicitão a Sociedade Pa-ranaensepelo desenvolvimento que vae tendo o Club Curityba-no e em Curityba-nome das Associações que representão fazem votos pe-Ia continuação da cordialidade que existe entre as Associações do Paraná.

Não havendo mais quem qui-zesse usar da palavra o Sr. pre-sidente concede-a ao segundo orador o Sr. Balbino de Men-donça que,com toda eloqüência, agradece á imprensa, ás Socie-dades e aos Clubs que se fizerão representar, ás Exmas. Senho-ras,aos sócios e aos convidados que concorrerão com a sua presença para o brilhantismo da festa e enviando saudações a todos os sócios do Club, con-clue levantando um vivaá Im-prensa e ás Associações do Pa-raná

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8

Club (iniiybiiiio

Pelo Snr. Presidente é encer rada a sessão.

O Snr. Henrique Henk, Pre-sidente da Sociedade Thalia, apresentou o escripto seguinte : «A Sociedade Thalia, represen-tada pela sua Directoria, vem agradecida pelo honroso convr te de seu irmão congcnere«Club Curitybano», saudar a nova era do seu progresso e apresentar seos votos pela prosperidade que que o aguarda.»

Passando as Directorias, as Commissões das diversas As-sociações, as Commissões do baile, os convidados e grande numero de sócios ao salão do buffet, são ahi saudadas : á Imprensa, ás Associações, ás Directorias do Club e ás diyer-sas commissões do baile, e en-thusiasticos vivas são

levanta-dos aos sócios em geral.

Em seguida é franqueado o buffet aos senrs. sócios, ás suas exmas. familias e aos convida dos.

Principiando o baile as onze horas,prolongou-se com bastan-te animação até ás quatro e meia horas da manhã.

Durante toda a festividade fe-riram os ares com sons harmo-niosos duas excellentes bandas de musica e reinou sempre a melhor ordem desejável.

Para constar eu João Carva-lho de Oliveira Júnior, i? Secre-tario fiz lavrar a presente acta que assigno com o Presidente

Cyro Veltozo.

J. Carvalho Júnior.

Ses*üo ordinária «Ia IIi-rectorja em 9de

Jauei-ra <IelSe*3.

Presidência do Sr. CyroVelioso. i° Secretario J. Carvalho Júnior

Aos nove dias do mez de Ja» neiro de mil oito centos e no-venta e dous, n'esta cidade de Curityba, na Secretaria do Club Curitybano, presentes os senrs.

Directores Presidente, Vice* Presidente, i? e a? Secretários, i?e2? Thesoureiros, faltando os senrs. i? e 2? Oradores, foi aberta a sessão.

Pelo senr. 1? Secretario foi li-do o seguinte

EXPEDIlCNTR

I

Officios das Sociedades, Pro-tectora dos Operários, Thalia, Trcse de Maio, Associação Lit-teraria Lapeana, Club Italiano, e Club Litterario Portocimense, aceusando o recebimento da communicação sobre a eleição da nova Directoria d'este Club. Officio da Sociedade Thalia agradecendo o convite para a festa do dia seis e communican-do que para representai-a foi nomeada uma commissão com-posta dos senrs.Henrique Henk, Francisco Weiser,. Augusto Hauer, e Adolpho Gui lati. Sei-ente. Archive-se.

Communicação do sócio Nor-berto de Amorim Bezerra, par-ticipando ausentar se da Capi-tal, e pedindo para ser conside-rado sócio ausente. Note-se.

Forão lidas, postas em discus-são e approvadas as seguintes propostas : Propomos para so-cio effectivo do Club Curityba. no, o senr. Henri de Lavevre-Curityba 5 de Janeiro de 1892. Henrique Itiberê. Arthur Cer-queira. Astolpho Bandeira.

Propomos para fazer parte d'este Club, como sócio effecti-vo o senr* Dr. Brasilio Campos. Curityba, 8 de Janeiro de 7892. 1'hilinto Braga, Tito Livio de Castro Vellozo. Luiz Coelho. J. Maravalhas.

Propomos para sócio effecti-vo d'este Club, o cidadão Carlos ¦Meissner. Secretaria do Club Curitybano, i.° de Janeiro de 1893. José Carvalho de Oliveira. Joaquim Antônio Coelho. José Fernandes Loureiro. José Joa-quim Ferreira de Moura. Ale-xandre José Fernandes

Rouxi-nol.

Propomos para sócio effectivo do Club Curitybano o cidadão Dr. Estacio Correia. Curityba, 30 de Dezembro de 1891. Alfre-do Coelho, João Ferreira Leite. Agostinho Lima.

Propomos para sócio effecti-vo do Club Curitybano, o senr.

Francisco Soares da Costa. Cu« rityba, i° de Janeiro de 1892. Francisco Theodoro Peixoto. Francisco da Cunha Brito. José Carvalho.

Propomos para sócio effectir vo do Club Curitybano, o cida-dão Custodio Porto. Curityba, t) de Janeiro de 1892. Augusto Loureiro. Luiz Braga de Carva-lho. Alexandre José Fernandes Rouxinol.

Propomos para sócio effecti-vo do Club Curitybano, o senr. Franklin Soares Gomes. Curi-tyba, 9 de Janeiro de 1892. João Tobias Pinto Rebello. Benedic-to da Motta Ribeiro. Brasilio

Ovidio da Costa. José Raposo. Foi deliberado um empresti-mo da quantia de quatro contos de reis (Rs. 4:ooo$ooo) ao juro de sete por cento ao anno (7%), ficando também deliberado que as sessões ordinárias da Directo-ria terão logar nos dias dez de cada mez.

Foi deliberado mais lançar-se na presente acta um voto de louvor á todas as commissões que tomaram parte nos traba-lhos da festa do dia seis, pela boa vontade com que desempe-nharam os seos encargos.

Tomou conta da Thesouraria do Club, o 2o Thesoureirô,visto o i° ter de ausentar-se d'esta Ca-pitai.

Nada mais havendo a tratar é encerrada a sessão e eu Eu João Carvalho d'OHveira Júnior, i° Secretario, fiz lavrar a presente acta que assigno com o Presi-dente

Cyro Velloso

Ei

João Carvalho Júnior. ¦ *

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Referências

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