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RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS GERADAS PELA EMBRAPA

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Academic year: 2021

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RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO

DOS IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS

GERADAS PELA EMBRAPA

Nome da tecnologia: Cultivares de mamona para o Nordeste brasileiro - BRS

149 (Nordestina) e BRS 188 (Paraguaçu)

Ano de avaliação da tecnologia: 2002 a 2012

Unidade: CNPA

Equipe de Avaliação: Gilvan Alves Ramos e Maria Auxiliadora Lemos Barros

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RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DAS

TECNOLOGIAS GERADAS PELA EMBRAPA

1 - IDENTIFICAÇÃO DA TECNOLOGIA

1.1 - Nome/Título:

Cultivares de algodão herbáceo para o Cerrado brasileiro.

1.2 - Objetivo Estratégico PDE/PDU:

Indique em qual objetivo estratégico da Embrapa (PDE/PDU) se enquadra a tecnologia avaliada:

Objetivo Estratégico PDE/PDU

(X) Competitividade e Sustentabilidade do Agronegócio ( ) Inclusão da Agricultura Familiar

( ) Segurança Alimentar – Nutrição e Saúde ( ) Sustentabilidade dos Biomas

( ) Avanço do Conhecimento ( ) Não se aplica

1.3 - Descrição Sucinta:

A cultura do algodão se deslocou de áreas tradicionalmente produtoras para o Cerrado brasileiro durante a década de 1990 - estando nos últimos anos também se consolidando nas áreas de cerrado do Maranhão e do Piauí – e a Embrapa teve papel fundamental nesse acontecimento, devido a pesquisas realizadas que culminaram na proposta de um sistema de produção de algodão que pode ser realizado em médias ou grandes propriedades rurais. Nesse sistema produtivo, as áreas para plantio de algodão são consolidadas, em termos de fertilidade e correção do solo, sendo o cultivo do algodoeiro iniciado, geralmente, após alguns anos de plantio de outras 4 culturas anuais. O sistema tem como base a rotação de culturas, o não-revolvimento do solo, e o plantio direto sobre adequada camada de palha como cobertura vegetal do solo. Dentro do sistema de plantio direto, o espaçamento entre linhas pode variar de 0,76m a 0,90m, o que permite a colheita com máquinas do tipo Picker (fusos). A população de plantas por hectare varia de 70.000 a 85.000 para cultivares de porte alto e de 85.000 a 100.000 para cultivares de porte baixo. Preconizam-se a adoção de manejo integrado de pragas - MIP, doenças e plantas invasoras, bem como o uso racional de fertilizantes, reguladores de crescimento, desfolhantes e promotor de abertura de maçãs. Para esse sistema de produção, a Embrapa passou a disponibilizar ao setor produtivo da região diversas cultivares

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adaptadas ao processo produtivo. Ou seja, antes da tecnologia proposta pela Embrapa, o algodão herbáceo no Cerrado era produzido com a utilização de baixo padrão tecnológico, sendo o plantio realizado de forma convencional, com o uso da mesma área com a cultura por safras seguidas, aração e gradagem inadequadas, além de outras práticas não-recomendadas.

Esse pode bem ser um dos caminhos para identificar e analisar a tecnologia que pode ser comparada com aquela que a Embrapa desenvolveu; porque antes da tecnologia ser apresentada os produtores do Centro-Oeste não tinham alternativa de cultivo rentável de uma cultura que fizesse a rotação com a soja. A Embrapa Algodão desenvolveu a cultivar CNPA ITA 90 e recomendou o cultivo do algodoeiro em esquema de rotação de culturas; com abertura anterior do cerrado, seguida do cultivo de arroz para uma safra, seguindo-se ao arroz três safras de soja, e outras duas safras de algodão, e, depois, uma safra de milho. Usando-se essa rotação do algodão em ciclos trianuais, com soja e milho, evita-se o agravamento dos problemas com doenças e pragas, além de se obter produtividades mais elevadas e custos mais baixos com as três lavouras, melhor aproveitamento da mão-de-obra e das máquinas na propriedade rural. Assim, os produtores do Centro-Oeste viram no algodão herbáceo uma ótima oportunidade de negócios, e acreditaram nas condições favoráveis para o desenvolvimento da cultura e da utilização de variedades adaptadas às condições locais, tolerantes a doenças e com maior potencial produtivo, aliado às modernas técnicas de cultivo. Some-se a isso a expressiva elevação dos preços internos no primeiro semestre de 1997, o estreito suprimento do produto no mercado interno e o estímulo dos Governos Estaduais, através de programas especiais de incentivo à essa cultura, o que criou as condições materiais adequadas para a tecnologia se consolidar. De forma que – e desde esse ano de 1997 – a Embrapa Algodão tem lançado de uma a três cultivares por ano para o Cerrado. As principais características de uma cultivar de algodão desenvolvida pela Embrapa - e seus parceiros do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA) - para utilização nos ambientes do Cerrado são: alta produtividade (170 a 300 @/ha); resistência múltipla a doenças (viroses, ramulose, bacteriose, complexo fusarium + nematóide, alternaria, ramularia); alto rendimento de fibras (38 a 40%); alta resistência de fibras (acima de 28 gf/tex); finura de fibra na faixa de 3,9 a 4,2; fibra de comprimento médio entre 30 e 34 mm; e adaptação à colheita mecânica (Embrapa Algodão, 2003).

Sendo assim, a alta produtividade obtida no sistema produtivo proposto pela Embrapa aponta como identificar a tecnologia a ser comparada com ele mesmo: tanto pode ser o sistema de produção convencional existente na região, e que não atendeu - nos idos dos anos 1990 e nem atende agora - os anseios dos produtores mais arrojados tecnologicamente, em geral também plantadores de soja, quanto podem ser as cultivares criadas por empresas privadas e outros órgãos de governo (o caso do IAPAR, do Paraná) que vieram depois a competir no mercado de sementes com as da Embrapa. A propósito, neste Relatório se fez a avaliação dos impactos sociais com base na média dos resultados das entrevistas realizadas junto a 10 (dez) produtores adotantes da tecnologia, tomando-se como referência esse sistema de produção de algodão recomendado pela Embrapa, e que foi descrito acima, em substituição ao sistema de produção convencional. Mas acontece também que uma análise dessa alternativa tecnológica surgida há mais de vinte anos ficaria incompleta sem considerar o papel central que as cultivares criadas pela Embrapa Algodão - capitaneadas pela CNPA ITA 90 -, tem na obtenção daquela alta

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produtividade no sistema inovador. Alta produtividade foi, e é, também obtida com as cultivares comercializadas pelas companhias privadas. Isso é particularmente importante para o argumento de que a tecnologia a ser comparada seriam as cultivares de algodão herbáceo das companhias privadas, e não o sistema produtivo inovador. Veja-se que, no segundo caso, então, a Área de Adoção da tecnologia teria acompanhado o crescimento da área colhida com algodão no País, a uma taxa de 3,5% nos últimos 12 anos, e não teria decrescido como veio acontecendo ano a ano no período de tempo considerado neste Relatório. Assim, a aceitação da comparação com as cultivares criadas por empresas privadas, concorrentes, justifica a diminuição sistemática da Área de Adoção, mesmo que a Participação % da Embrapa se mantenha por todo no tempo o patamar de 60%.

Todas as cultivares de algodão recomendadas pela Embrapa para as condições do Cerrado apresentam características iguais ou superiores às que foram anotadas anteriormente. As cultivares de algodão que estão sendo avaliadas desde 2002 neste Relatório são: CNPA ITA 90, lançada em 1990; BRS FACUAL, lançada em 1999; BRS 201, lançada em 2000; BRS AROEIRA, lançada em 2001; BRS IPÊ, lançada em 2001; BRS SUCUPIRA, lançada em 2001; BRS CEDRO, lançada em 2001; BRS JATOBÁ, lançada em 2002; BRS ACÁCIA, lançada em 2002; BRS CAMAÇARI, lançada em 2004; BRS ARAÇÁ, lançada em 2005; BRS 269 - BURITI, lançada em 2005; BRS 286, lançada em 2008; BRS 293, lançada em 2009; BRS 336, lançada em 2011, e BRS 335, também lançada em 2011.

Na safra 2011/2012, as cultivares de algodão da Embrapa constantes do Zoneamento Agrícola de Risco Climático, realizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, e recomendadas aos agricultores do Cerrado, foram: em Rondônia, BRS 269, BRS 293, BRS ARAÇÁ, BRS AROEIRA e BRS CEDRO; no Piauí, BRS 201, BRS ACACIA, BRS ARAÇÁ, BRS CEDRO, BRS RUBI, BRS SAFIRA, BRS SUCUPIRA, BRS TOPAZIO, BRS VERDE, BRS 286 e BRS 293; no Maranhão, BRS 293, BRS ARAÇÁ, BRS CEDRO e BRS 336; na Bahia, BRS 201, BRS ACACIA, BRS RUBI, BRS SAFIRA, BRS SUCUPIRA, BRS TOPAZIO, BRS VERDE, BRS 269, BRS 286, BRS ARAÇÁ, BRS CEDRO, BRS 335 e BRS 336; em Minas Gerais, BRS 269 e BRS 293; no Distrito Federal, BRS 269, BRS 286 e BRS 293; em Goiás, BRS Aroeira, BRS 269, BRS 293, BRS ARAÇÁ, BRS CEDRO, BRS 286 e BRS 336; no Mato Grosso, BRS 269, BRS 293, BRS ARAÇÁ, BRS AROEIRA, BRS CEDRO, BRS 286 e BRS 336, e no Mato Grosso do Sul, BRS 269, BRS 293, BRS ARAÇÁ, BRS CEDRO, BRS 286 e BRS 336.

Então, para a região do Cerrado – abrangendo os estados de Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rondônia, Maranhão, Piauí e Distrito Federal – estão disponíveis cultivares de algodão de fibra branca como as BRS CEDRO, BRS ARAÇÁ, BRS 269 – Buriti, BRS 286, BRS 293; BRS 335 e BRS 336 (estas duas últimas lançadas em 2011). A cultivar BRS CEDRO, indicada para cultivo nos estados de MT, GO, BA, MS, MA e PI, apresenta porte alto, ciclo médio a tardio (em função da altitude), potencial produtivo de 250 a 300 @/ha, é altamente resistente a viroses. A cultivar BRS ARAÇÁ, indicada para cultivo nos estados de MT, GO, BA, MS, MA e PI, apresenta porte médio (112 cm), é medianamente tolerante a ramulariose, e medianamente sensível à alternaria, além de apresentar baixo índice de apodrecimento de maçãs nas condições do Mato Grosso. Foi avaliada no Cerrado brasileiro por quatro safras (2000/01 a 2003/04) obtendo-se produtividade média de algodão em caroço de 4.625 kg/ha (308@/ha) e de 1.923

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kg/ha de fibras (128@/ha). A cultivar também foi avaliada em espaçamentos ultraestreitos, e no plantio de safrinha, obtendo bons desempenhos nestas condições, podendo ser usada para terminação de plantios e safrinha. A BRS 269 – Buriti é uma cultivar de ciclo longo, com elevado vigor de crescimento, resistente às principais doenças que ocorrem no Cerrado, com destaque para sua resistência à ramulariose. Sua produtividade média é próxima de 4,60 t/ha de algodão em caroço, com percentagem de fibra entre 38,5 % a 40,5%. O comportamento rústico, com tolerância a estresses bióticos (doenças) e abióticos (estresse hídrico), e responsivo com a melhoria dos ambientes, confere à BRS 269-Buriti ampla adaptabilidade. Já a BRS 293 é uma cultivar de ciclo médio, médio vigor de crescimento e elevado potencial produtivo, manifestado principalmente nos ambientes de maior altitude (acima de 700 m), com valores médios geralmente superiores a 2.200 kg de pluma de pluma/ha, haja vista seu elevado teor de fibra, frequentemente superiores a 42 %. Juntamente com a cultivar BRS 269 – Buriti, apresenta fibra de comprimento médio (29 a 31 mm) com resistência de fibra superior a 29 gf/tex e micronaire entre 3,8 a 4,3. Para o Cerrado dos estados da Bahia, Maranhão e Piauí e do Distrito Federal, é indicada a cultivar de fibra branca BRS 286, de ciclo precoce e baixo vigor de crescimento. Em condições do estado da Bahia, onde a BRS 286 é uma excelente opção para meio e fechamento de plantio, tem-se rendimento médio superior a 4,5 t/ha em sequeiro, com percentagem de fibra entre 39,5% e 41%. A BRS 286 é resistente a viroses e bacteriose e fibra com comprimento entre 29 mm e 31 mm, resistência de fibra superior a 28 gf/tex e micronaire entre 3,9 e 4,5. A cultivar BRS 335 apresenta ciclo e porte médios, com elevada produtividade de fibra. A progênie foi avaliada como linhagem final em 18 localidades do Cerrado, abrangendo os estados da Bahia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Maranhão, Piauí e Rondônia. As plantas possuem porte médio, atingindo de 1,1 m a 1,2 m de altura, e a abertura da primeira maçã ocorre de 105 dias após a emergência de plântulas (DAE) a 115 DAE. Nessas condições, e com o uso de desfolhante e promotor de abertura de maçãs, a colheita é prevista para de 150 DAE a 170 DAE. A BRS 335 foi avaliada quanto à resistência às principais doenças, sendo resistente à mancha-angular, medianamente suscetível ao nematoide-das-galhas, murcha-de-fusário, doença azul e mancha-de-ramulária, e suscetível à ramulose. Em decorrência da suscetibilidade da BRS 335 à ramulose, ela é indicada para cultivo em áreas sem histórico de ocorrência dessa doença, tal como o Cerrado do estado da Bahia. As características das fibras da BRS 335 estão de acordo com as exigências do mercado consumidor interno e externo, relativas a fibras de comprimento médio na espécie Gossypium hirsutum, L. Latifolium, Hutch. A produtividade de pluma em caroço da BRS 335 é de 4.779Kg/ha, e a produtividade de pluma é 2.067Kg/ha (Embrapa Algodão, 2011b). (Embrapa Algodão, 2011a).

A cultivar BRS 336, por sua vez, tem uma característica altamente desejada no mercado têxtil atual que é a fibra de comprimento médio-longo, e exibiu comprimento de fibra superior a 32,0 milímetros, em todos os testes de campo. Além disso, a resistência das fibras superou todas algodão herbáceo atualmente cultivado no Brasil. Essa cultivar foi avaliada como linhagem final em 12 localidades do Cerrado, abrangendo os estados da Bahia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Maranhão, Piauí e Rondônia nas safras 2008/2009 e 2009/2010. As plantas possuem porte médio, atingindo de 1,15 m a 1,25 m de altura. Em uma altitude próxima a 700 m, o surgimento da primeira flor ocorre de 60 a 65 DAE, e a abertura da primeira maçã ocorre de 110 a 120 DAE. Nessas condições e com o uso de desfolhante e promotor de abertura de maçãs, a

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colheita é estimada para 170 a 180 DAE. A BRS 336 foi avaliada quanto à resistência às principais doenças em ensaios de campo e em condições controladas nas safras 2007/2008, 2008/2009 e 2009/2010. As avaliações em condições de campo foram realizadas nos municípios de São Desidério (BA), Formosa do Rio Preto (BA), Barreiras (BA), Correntina (BA) e Santa Helena de Goiás (GO). Nessas avaliações, a cultivar foi caracterizada quanto à resistência à mancha-angular, doença azul, mancha-de-ramulária, ramulose, murcha-de-fusário e nematoide-das-galhas. A cultivar é resistente à mancha-angular, medianamente resistente à doença-azul, medianamente suscetível à mancha-de-ramulária e à ramulose, e suscetível à murcha-de-fusário e ao nematoide-das-galhas. As fibras da BRS 336 superam as exigências do mercado consumidor interno e externo quanto a fibras em cultivares de algodão herbáceo. A produtividade da pluma em caroço dessa cultivar alcançou 3.851Kg/ha, e a produtividade de pluma é 1.527Kg/ha (Embrapa Algodão, 2011b).

Os produtores rurais do Centro-Oeste, que não tinham alternativa de cultivo rentável de uma cultura que fizesse a rotação com a soja, passaram a ter o algodão herbáceo; e a tecnologia que se pode comparar com a que a Embrapa apresentou ao setor produtivo cotonicultor do Cerrado brasileiro é a resultante da própria evolução técnica que ocorreu com a presença atuante de companhias privadas, que só estiveram dispostas a participar na busca conjunta de soluções para os problemas da cotonicultura no Cerrado quando suas descobertas puderam ser patenteáveis. Tendo em conta os altos volumes de recursos financeiros necessários para se ter um mínimo de competitividade em mercados de tecnologia, muitas das empresas concorrentes, apesar de concorrerem, também atuam como parceiras no desenvolvimento de tecnologias de interesse mútuo (ver opinião do Dr. Eliseu Alves, em De Volta às Raízes da EMBRAPA. Época Negócios, maio de 2012). Este processo de desenvolvimento conjunto de soluções para a cadeia produtiva brasileira do algodão deve ocorrer por meio de parcerias público-privadas. Para a safra 2012/2013, por exemplo, o Zoneamento Agrícola do MAPA aponta as seguintes cultivares:

Cultivares de algodão comercializadas por empresas privadas para o Cerrado Brasileiro, e zoneadas pelo MAPA para a safra 2012/2013

Estados Cultivares

Maranhão FM 966 LL, FMT 523, a FM 910, a FM 951LL, a FM

975WS e a FM 993, da BAYER S/A; NuOPAL, DeltaOPAL e DP 604 BG, da D&PL BRASIL LTDA; a IMACD 408, do IMAMT; e as FMT 701, FMT 705, FMT 707 e FMT 709, da Fundação Mato Grosso.

Piauí FM 966 LL, FM 910, FM 951LL, FM 975WS e FM

993, da BAYER S/A.

Bahia FM 966 LL, da BAYER; a FMT 523, da Fundação

Mato Grosso; a IMACD 6001 LL, do IMAMT; as FM 910, FM 993, FM 951LL e FM 975WS, da BAYER S/A; as DeltaOPAL, DP 555 BGRR, DP 604 BG, NuOPAL e NuOPAL RR, da D&PL BRASIL LTDA; as FMT 701, FMT 705, FMT 707 e FMT 709, da Fundação Mato Grosso; as IMACD 408 e IMACD 8276, do IMAMT.

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993, da BAYER S/A.

Goiás FMT 701, FMT 705, FMT 707, FMT 709, FMT 523,

da Fundação Mato Grosso; FM 966 LL e SICALA 40, FM 910, FM 951LL, FM 975WS e FM 993, da BAYER S/A; as DeltaOPAL, DP 555 BGRR, DP 604 BG, NuOPAL e NuOPAL RR, da D&PL BRASIL LTDA; a IMACD 408, do IMAMT, e as IPR 120, IPR 140 e IPR Jataí, que são de um órgão público, o IAPAR, do Governo do Paraná.

Mato Grosso FM 966 LL e SICALA 40, FM 910, FM 951LL, FM

975WS e FM 993, da BAYER S/A; a IMACD 6001LL, da IMAMT; a FMT 523, da Fundação Mato Grosso; as DeltaOPAL, DP 555 BGRR, DP 604 BG, NuOPAL e NuOPAL RR, da D&PL BRASIL LTDA; as IMACD 408 e IMACD 8276, do IMAMT, e as FMT 701, FMT 705, FMT 707 e FMT 709, da Fundação Mato Grosso.

Mato Grosso do Sul FM 966 LL, SICALA 40, FM 910, FM 951LL, FM 975WS e FM 993, da BAYER S/A; a FMT 523, da Fundação Mato Grosso; as DeltaOPAL, DP 555 BGRR, DP 604 BG, NuOPAL e NuOPAL RR, da D&PL BRASIL LTDA; a IMACD 408, do IMAMT, e as FMT 701, FMT 705, FMT 707 e FMT 709, da Fundação Mato Grosso.

Rondônia Nenhuma, só as da Embrapa: BRS 269, BRS 293,

BRS ARAÇÁ, BRS AROEIRA e BRS CEDRO

E de propósito foi deixado o cerrado de Rondônia por último, porque é área de ocupação tardia, e ainda não tem empresa privada recomendando cultivares para lá, embora os produtores locais já testem cultivares de outras empresas, como a transgênica IMACD 6001-LL (Folha de Vilhena, edição de 06/08/2011), que não é zoneada ainda... Assim, como em outras áreas do Cerrado, a chegada de empreendedores privados para concorrer não demorará a acontecer. No Item 7 - AVALIAÇÃO INTEGRADA E COMPARATIVA DOS IMPACTOS GERADOS é feita uma tentativa de melhorar a identificação e análise da tecnologia com a qual a tecnologia da Embrapa está sendo comparada.

1.4 - Ano de Lançamento: a partir de 1990. 1.5 - Ano de Início de adoção: a partir de 1992.

1.6 - Abrangência: Selecione os estados brasileiros onde a tecnologia selecionada está

sendo adotada:

Nordeste Norte Centro Oeste Sudeste Sul

AL AC DF X ES PR

BA X AM GO X MG RS

CE AP MS X RJ SC

MA X RO MT X SP

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PE TO

PI X

RN SE

1.7 – Beneficiários: Produtores rurais capazes de utilizar alto nível de tecnologia;

vendedores de insumos e máquinas e equipamentos; empresários da indústria têxtil; trabalhadores rurais qualificados.

2 - IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS NA CADEIA PRODUTIVA

Até a década de 1970 a produção brasileira de algodão possuía expressiva participação no mercado internacional; porém, do final dos anos 1980 até o início dos anos 1990, o Brasil perdeu participação nesse mercado, por razões econômicas, fitotécnicas e relativas ao comércio exterior. Razões essas que, associadas à falta de competitividade, provocaram desestímulo à produção interna, contribuindo para a ampliação da defasagem entre oferta e demanda.

Após este período de infortúnio, passou-se a observar mudanças drásticas na cotonicultura brasileira, como o deslocamento das regiões produtoras do Nordeste e Sudeste para o Cerrado brasileiro e o uso de novas práticas culturais. A cultura passou por um período de plena recuperação, graças a incentivos fiscais, ao profissionalismo de grandes produtores e aos investimentos em pesquisas. Em pouco mais de uma década, a cultura do algodão se consolidou na agricultura do Cerrado, principalmente na região Centro-Oeste e na parte oeste do estado da Bahia. Nesses locais a produção é altamente tecnificada, moderna e empresarial, o que confere ao algodão brasileiro qualidade superior ou equivalente aos melhores algodões do mundo. Antes da adoção das tecnologias de produção agrícola recomendadas pela Embrapa, como um todo, e o uso das cultivares de algodão desenvolvidas para os ambientes do Cerrado brasileiro, o algodão era produzido ali com a utilização de baixo padrão tecnológico, sendo o plantio realizado de forma convencional, com o uso da mesma área com a cultura por safras seguidas, aração e gradagem inadequadas, além de outras práticas não-recomendadas. Como resultado dos investimentos feitos no Cerrado, a área colhida no Brasil na safra 2002/2003 foi de 714 mil hectares, 6% inferior à área colhida em 2001/2002. No entanto, a produção em 2002/2003 atingiu 2,230 milhões de toneladas de algodão em caroço (aproximadamente 892 mil toneladas de pluma), quantidade 3% maior que a de 2001/2002. Esse resultado positivo no ano agrícola 2002/2003 deveu-se ao aumento de 9% no rendimento médio das lavouras, passando de 2.859 kg por hectare de algodão em caroço na safra anterior para 3.122 kg/ha. Em 2004, a safra brasileira de algodão em caroço foi de 3,790 milhões de toneladas, superando em aproximadamente 70% a safra anterior (aproximadamente 1,415 milhão de toneladas de algodão em pluma, ou seja, 523 mil toneladas a mais do que na safra anterior). O aumento de produção nessa safra resultou da grande expansão de área cultivada, que passou de 714,2 mil hectares, na safra 2002/2003, para 1,146 milhão de hectares na safra 2003/2004 (aumento de 60%). O rendimento também sofreu uma elevação de 6%, passando de 3.122kg/ha para 3.307kg/ha. Em 2005, a safra brasileira de algodão manteve seus números próximos aos do ano anterior. A área colhida foi de 1,255 milhão de hectares e a produção de algodão

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em caroço foi de 3,661 milhões de toneladas (aproximadamente 1,364 milhão de toneladas de pluma). Nesse ano, devido a problemas climáticos, e diminuição no uso de recursos técnicos, o rendimento sofreu uma redução de, aproximadamente, 12%. Em 2006, devido a problemas de mercado, houve uma acentuada queda em relação a 2005, tanto na área colhida, que atingiu 898.650 hectares, quanto na produção que atingiu 2.883.547 toneladas de algodão em caroço (aproximadamente 1,096 milhão de toneladas de pluma). Em 2007, houve uma nova recuperação da produção: a área colhida atingiu 1.121.288 hectares e a produção foi de 4.094.410 toneladas (aproximadamente 1,556 milhão de toneladas de pluma). Em 2008, a safra brasileira de algodão manteve seus números próximos aos do ano anterior. A área colhida atingiu 1.062.847 hectares e a produção foi de 3.996.699 toneladas (aproximadamente 1,519 milhão de toneladas de pluma) (dados do IBGE-LSPA, 2002-2009). Em 2009, a produção de algodão sofreu um decréscimo de 26% em relação a 2008, sendo a área colhida um total de 812.295 hectares (redução de 23,5%) (dados do IBGE-LSPA, 2010). Esse declínio está associado à crise financeira internacional iniciada em 2008 que provocou, também, uma tendência de declínio nas exportações, nos estoques finais do produto e na relação estoque-consumo. Em 2010, a produção de algodão manteve-se nos níveis de 2009, ainda como reflexos da crise financeira internacional iniciada em 2008. A área colhida atingiu 824.396 hectares e a produção foi de 2.931.295 de toneladas. Em 2011, a safra brasileira de algodão em caroço foi de 5.058.763 milhões de toneladas, superando em aproximadamente 58% a safra anterior (ou seja, 2.127.468 de toneladas a mais do que na safra anterior). O aumento de produção nessa safra resultou da grande expansão de área cultivada, motivada por forte demanda externa de pluma, ocorrida no ano anterior, com preços majorados pela maior alta da História dessa cadeia produtiva (o preço do quilo da fibra do algodão passou de R$2,50, em fevereiro de 2010, para cerca de R$7,50, em janeiro de 2011); e isso esteve ligado a fato conjuntural, no caso, uma forte redução dos estoques estratégicos em todo o mundo, da quebra da safra global e no Brasil, do aumento do consumo interno e no mercado asiático. A área plantada passou de 831.687 hectares, na safra 2009/2010, para 1.401.314 hectares na safra 2010/2011 (aumento de um pouco mais de 68%). O rendimento também sofreu uma elevação de 1,57%, passando de 3.555 kg/ha para 3.611 kg/ha. Em 2012, a safra brasileira de algodão em caroço foi de 4.966.595 toneladas, diminuindo em aproximadamente 1,82% em relação à safra anterior (ou seja, 92.168 toneladas a menos). O interessante da análise de 2012 é que houve aumento da área plantada mas com uma produção resultante menor. A área plantada passou de 1.405.540 hectares, na safra 2010/2011 (IBGE-PAM, 2011), para 1.418.330 hectares na safra 2011/2012 (IBGE-LSPA, janeiro 2013), com acréscimo de um pouco mais de 0,91%. O rendimento, no entanto, sofreu um decréscimo de 1,57%, passando de 3.611 kg/ha para 3.597 kg/ha. Mato Grosso, o maior produtor nacional, reduziu sua área com a cultura em 26.716 ha (-3,7% em relação a área do ano passado). Nesse estado, contudo, houve um aumento de 4,9% no rendimento médio, em função da boa incidência de chuvas. Baseado nisto, a produção obtida em 2012 foi de 2.565.593 t, o que superou a produção de 2011 em 1,0%. Tendo em vista a não-concretização do plantio de alguns produtores, o estado de Goiás teve redução de 6,6% na área plantada com algodão herbáceo, em relação ao ano passado. Houve um crescimento de 2,7% no rendimento médio e a produção do estado ficou em 406.000 t, o que representa um decréscimo de 4,1% frente à safra anterior. O Mato Grosso do Sul colheu 241.800 t de algodão em caroço (+ 9,8% do que 2011), fruto de 62.000 ha plantados com a cultura e um rendimento médio estimado de 3.900 Kg/ha (+ 7,8% do que o ano anterior). A Bahia produziu 31,3% da produção nacional em 2012, aumentou de 4,6% a área plantada com

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esta cultura em relação a 2011. Isto, junto com um rendimento médio de 3.695 Kg/ha, o estado produziu 1.605.631 t, o que superou em 1,6% a produção de 2011. O estado do Piauí aumentou sua área de plantio 25,4%, em relação a 2011. Lá, a produção foi de 77.362 toneladas em 2012 (superior 34,7% à de 2011), que resultou do aumento da área, somado ao aumento do rendimento médio (7,4%) proporcionado pela tecnologia aplicada. E aqui, mais uma vez, cabe dar relevo ao sistema produtivo incentivado pela Embrapa no Cerrado, que é fator de garantia de boas safras. Atualmente a distribuição da produção e do consumo de algodão no Brasil pode ser visto da seguinte forma: os estados brasileiros que concentram a produção de algodão em áreas de Cerrado (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal, Bahia, Piauí e Maranhão), em 2012, contribuíram com 93,9% do algodão produzido no País. Segundo a Assessoria de Gestão Estratégica – AGE, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA, com dados elaborados pelo IBGE e pela Fundação Getúlio Vargas (FGVDados), o valor bruto da produção total de algodão herbáceo no Brasil teve uma variação positiva de 37,36%, entre 2003 e 2012. Os acontecimentos das duas últimas safras, com muito forte recuperação do plantio em 2011 e ligeiro decréscimo em 2012, mostram que de 1998 a 2012, período que a cotonicultura se consolidou na agricultura do Cerrado brasileiro, a evolução da área colhida, da produção e do rendimento médio do cultivo de algodão no Brasil é muito positiva (Tabela 1):

Tabela 1 - Evolução da área colhida, produção e rendimento médio de algodão herbáceo, em caroço, no Brasil – 1997/1998 a 2011/2012

SAFRA ÁREA COLHIDA PRODUÇÃO PRODUTIVIDADE

1997/1998 825.029 1.172.017 1.420 1998/1999 669.313 1.477.030 2.206 1999/2000 801.618 2.007.102 2.503 2000/2001 875.107 2.643.524 3.020 2001/2002 760.431 2.166.014 2.848 2002/2003 712.556 2.199.268 3.086 2003/2004 1.150.040 3.798.480 3.302 2004/2005 1.258.308 3.666.160 2.913 2005/2006 898.008 2.898.721 3.227 2006/2007 1.125.256 4.110.822 3.653 2007/2008 1.063.817 3.983.181 3.744 2008/2009 813.389 2.943.764 3.619 2009/2010 824.396 2.931.295 3.556 2010/2011 1.400.905 5.058.763 3.611 2011/2012 1.380.577 4.966.595 3.597 Δ Anual (%) 3,5 10,10 6,4

Fonte: IBGE (PRODUÇÃO AGRÍCOLA MUNICIPAL, 2009); IBGE (LEVANTAMENTO SISTEMÁTICO DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA, mar/2010 e janeiro/2013).

Nota: Para as análises da Δ Anual, calculou-se a taxa geométrica de crescimento de séries temporais, com

uso do seguinte modelo: Vn = Vo (1 + r )n.Detalhes desta metodologia podem ser encontrados em Negri Neto

et al. (1993).

À medida que a cultura do algodão se deslocou para o Cerrado brasileiro, a indústria de fibra nacional transferiu muitas plantas industriais para o Nordeste, especialmente para os estados do Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Hoje, o Nordeste continua detendo o segundo maior parque industrial têxtil do Brasil, o qual passou a consumir, a partir de 1997, mais de 300 mil toneladas anuais de pluma, e em 2012 consumiu mais de 400 mil toneladas dessa matéria-prima. Essa transferência de novas plantas industriais para o

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Nordeste se explica pelo baixo preço da mão-de-obra na região. Em Campina Grande, no estado da Paraíba, está localizada a maior fiadora do mundo, pertencente ao grupo Coteminas. A pluma consumida pela Coteminas no Nordeste (mais de 23 mil toneladas só no Rio Grande do Norte e em torno de 140 mil toneladas na Paraíba) é quase toda proveniente do Oeste da Bahia e da região Centro-Oeste. Vale ressaltar que o transporte dessa matéria-prima até à indústria tem enfrentado transtornos devido às más condições das estradas, às longas distâncias percorridas e ao elevado custo do transporte rodoviário no Brasil. O deslocamento da cotonicultura para o Cerrado e a expansão da produção nacional podem ser consideradas integrantes do processo de reformulação produtiva, e gerencial, com o objetivo de modernização da atividade e de aumento da competitividade, imposto pela concorrência com a matéria-prima importada após a abertura comercial, no início dos anos 1990.

Nesse sentido, o Estado brasileiro, com apoio de parceiros privados e dos governos dos estados do Mato Grosso, Goiás e Bahia, tem investido na qualidade do algodão através das pesquisas realizadas pela Embrapa em seu Centro Nacional de Pesquisa de Algodão (Embrapa Algodão). Para financiar o custeio dessas pesquisas foram constituídos Fundos de Apoio com incentivos fiscais concedidos pelos Governos daqueles estados. Fundações mantidas pelos estados e pelos produtores privados foram criadas para apoiar os trabalhos de melhoramento genético, e pesquisa de novos sistemas de produção, que possibilitassem aumentos de produtividade, melhoria da qualidade da fibra produzida e redução dos custos de produção, principalmente em áreas de Cerrado. Os resultados desse esforço de recuperação da produção nacional de algodão podem ser visto ao se analisar os dados de produção dos principais estados envolvidos (MT, MS, GO e BA). Verifica-se que, na safra 2011/2012, esses estados responderam por 93,9% da produção de algodão no Brasil, segundo dados do IBGE-LSPA (2013). Em 1990, ano de início da adoção do sistema de produção de algodão recomendado pela Embrapa, a participação dos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Bahia no total brasileiro era de apenas 22% e 17%, respectivamente à área colhida e à produção de algodão. A expressividade do trabalho de pesquisa fica evidenciada com o aumento do rendimento médio de algodão em caroço que passou de 969 kg/ha na safra 1989/1990 para 3.563kg/ha em 2011/2012, em termos de média dos quatro estados (IBGE-LSPA, 2013). Se for analisado o resultado do programa no Mato Grosso, verificar-se-á que o rendimento médio que era de 1.073 kg/ha, em 1990/91, alcançou 3.660 kg/ha, em 2003/04; 3.489 kg/ha, em 2004/2005; 3.628 kg/ha, em 2005/06; 3.726 kg/ha, em 2006/07; 3.861 kg/ha, em 2007/08; 3.711 kg/ha, em 2009; 3.462 kg/ha, em 2010; 3.529 kg/ha, em 2011, e 3.597, em 2012, os maiores registrados para algodão de sequeiro no Mundo. Um dos principais fatores desse aumento da produção nacional tem sido a adoção de sistemas de produção de alto rendimento médio, centrados no intenso uso de insumos industriais (fertilizantes e defensivos), na utilização de cultivares resistentes a pragas e doenças e com características agronômicas adaptadas às diferentes condições de climas e solos das diversas regiões produtoras do País. Segundo FERREIRA, et al. (2005:32-36), o sistema de produção recomendado para o Cerrado envolve a mecanização em todas as etapas do processo produtivo e inclui o Manejo Integrado de Pragas (MIP); o uso de reguladores de crescimento; o descaroçamento na propriedade seguido de venda direta à indústria, com eliminação de intermediários; tem menor custo operacional por arroba na colheita e obtenção de produtos de melhor qualidade; margem de lucro bruto de 11% a 38%; rentabilidade média superior a R$144.900,00/ano em propriedades acima de 230 ha; lucro líquido entre R$780,00 a R$910,00/ha em Goiás e Mato Grosso. Essa

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rentabilidade por hectare chegou a ser equivalente a 3,5ha de soja e 19,5ha de milho. A integração produção-descaroçamento (próprio ou arrendado) agrega renda ao produtor e permite a negociação direta da venda da fibra com a indústria, e a obtenção de financiamento da produção por meio da venda antecipada. As produtividades obtidas são altas, com os melhores produtores colhendo médias superiores a 300 @/ha, mesmo em condições de sequeiro. As altas produtividades compensam os elevados investimento na produção e o risco climático sempre presente. Cerca de 80% dos custos são variáveis e, portanto, ajustáveis pela adoção de maior racionalidade no sistema. A mudança da fronteira agrícola na produção de algodão para o Cerrado brasileiro foi iniciada na década de 1990 com o desenvolvimento da variedade CNPA ITA 90, naquele mesmo ano, resultante da parceria da Embrapa com o Grupo Itamarati. Grande parte do sucesso da cotonicultura do Cerrado pode ser creditada a esta variedade, devido às características desejáveis de qualidade têxtil da fibra, alta produtividade (até 4.500 kg/ha) e adaptação ao cultivo mecanizado. Após 19 anos do lançamento, tal variedade ainda tinha grande aceitação pelos agricultores; no entanto, seu uso em larga escala consiste em risco iminente de quebra na produção, pois a mesma possui alta suscetibilidade a viroses. Entretanto, contrariamente ao início da década de 1990, atualmente o agricultor dispõe de um grande rol de variedades como opção de plantio. A atividade se tornou profissionalizada e mais organizada para se manter lucrativa. A exigência de um padrão mínimo se tornou essencial para a sobrevivência do cotonicultor. Nos últimos anos, além dos fatores tecnológicos, o bom desempenho da cultura do algodão deveu-se, também, à melhoria do preço e ao aumento das exportações. O Brasil está no oitavo ano de exportações em quantidade significativa de algodão em pluma para o mercado externo. Em 2002, foram exportadas 109,6 mil toneladas; em 2003, 175,4 mil; em 2004, os agricultores fecharam contratos para venda de 331,0 mil toneladas; em 2005, as exportações alcançaram 391,0 mil toneladas; em 2006 atingiram 304,5 mil; em 2007 as exportações atingiram um total de 419,4 mil toneladas; em 2008 o Brasil exportou 520 mil toneladas; em 2009, as exportações atingiram 504.916 toneladas; em 2010, foram exportadas 512.507 toneladas, apesar da crise financeira internacional que afetou o setor; em 2011 o total exportado foi de 758.328 toneladas, e em 2012 a exportação foi de 1.052.808 toneladas, com um valor FOB de mais de US$2,104 bilhões (SECEX/CONAB, 2013). Segundo as mesmas fontes, e comparativamente com os produtos brasileiros exportados que alcançaram recordes de vendas no ano, o algodão ficou bem colocado: farelo de soja (US$6,595 bilhões), milho (US$5,359 bilhões), óleos combustíveis (US$5,038 bilhões) e bombas e compressores (US$1,778 bilhões). Essa garantia de mercado foi o fator determinante para o aumento da produção, via expansão da área colhida no Cerrado brasileiro.

A tecnologia é inserida na cadeia produtiva do algodão impactando o produtor rural, via expansão da área cultivada, aumento do rendimento médio, melhoria da qualidade da fibra produzida e agregação de valor. Essa agregação se dá com o descaroçamento realizado na propriedade e com eliminação de intermediários, pois o produtor faz diretamente a venda da fibra à indústria têxtil, do caroço do algodão à indústria de subprodutos, e a da semente ao vendedor de sementes. O impacto da tecnologia também atinge outros agentes da cadeia produtiva, quais sejam: a) o vendedor de insumos (semente, fertilizante, calcário, inseticida, entre outros) e de máquinas e equipamentos, pelo incremento da demanda; b) os empresários da indústria têxtil e confeccionista, pelo aumento da oferta e melhoria da qualidade da matéria-prima agrícola; c) os exportadores de pluma e de subprodutos de algodão, pelo aumento da oferta dos produtos; d) os

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produtores de cadeias industriais onde a matéria-prima é o fio de algodão, pelo aumento da oferta e melhoria da qualidade da matéria-prima, e e) os consumidores, pela melhoria da qualidade dos produtos a eles ofertados, principalmente tecidos e confecções. Vale ressaltar que a indústria têxtil e a indústria confeccionista brasileiras formam um dos mais importantes setores da economia nacional e mundial, em que ocupa a quarta posição – a têxtil, e a quinta posição – a de confecções, segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção – ABIT (2011). Isso tanto na geração de empregos quanto no valor de sua produção. Em 2005, em valores monetários, a cadeia têxtil brasileira já produzia riquezas superiores a US$32 bilhões, o que equivale a 4,1% do PIB brasileiro e 17,2% do PIB da indústria de transformação. Os empregos gerados na cadeia têxtil somam mais de 1,5 milhão, ou o equivalente a 1,7% da população economicamente ativa e 17,2% do total de trabalhadores alocados na indústria da transformação, o que bem demonstra que este é um setor de grande relevância para a economia do país e de forte impacto social (BRASIL TÊXTIL, 2006).

3 - AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS ECONÔMICOS

3.1 - Avaliação dos Impactos Econômicos Se aplica: Sim ( X ) Não ( )

Tipo de Impacto: Incremento de Produtividade Tabela Aa - Ganhos Líquidos Unitários

Ano Unidade de

Medida - UM Anterior/UM (A)Rendimento Atual/UM (B)Rendimento Preço UnitárioR$/UM (C) Custo AdicionalR$/UM (D) Ganho Unitário R$/UM E=[(B-A)xC]-D 2002 hectare 3.750 3.900 1,33 0,00 199,50 2003 3.645 3.900 1,87 0,00 476,85 2004 3.696 4.050 2,08 0,00 736,32 2005 3.855 3.900 1,17 0,00 52,65 2006 3.900 4.050 1,17 0,00 175,50 2007 3.860 4.050 1,20 0,00 228,00 2008 3.800 4.200 1,19 0,00 476,00 2009 3.750 3.900 1,13 0,00 169,50 2010 3.900 4.050 1,20 0,00 180,00 2011 3.750 3.894 3,50 0,00 504,00 2012 3.900 4.200 2,31 0,00 415,80

Tabela Ba - Benefícios Econômicos na Região Ano Participação da Embrapa % (F) Ganho Líquido Embrapa R$/UM G=(ExF) Área de Adoção: Unidade de Medida -UM Área de Adoção:

Quant. XUM (H) EconômicoBenefício I = (G X H)

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hectare 2003 60% 286,11 177.314 50.731.308,54 2004 60% 441,79 315.565 139.414.092,48 2005 60% 31,59 358.600 11.328.174,00 2006 60% 105,30 131.200 13.815.360,00 2007 60% 136,80 113.075 15.468.660,00 2008 60% 285,60 51.550 14.722.680,00 2009 60% 101,70 37.000 3.762.900,00 2010 60% 108,00 25.000 2.700.000,00 2011 60% 302,40 25.000 7.560.000,00 2012 60% 415,80 25.000 10.395.000,00 TOTAL: 303.021.559,02

Tipo de Impacto: Expansão da Produção em Novas Áreas Tabela Ac - Ganhos Unitários de Renda:

Ano Unidade de

Medida - UM Renda com Produto Anterior - R$ (A) Produto Atual – R$ (B)Renda com Obtida R$ C=(B-A)Renda Adicional

2002 hectare 4.987,50 5.187,00 199,50 2003 6.816,15 7.293,00 476,85 2004 7.687,68 8.424,00 736,32 2005 4.510,35 4.563,00 52,65 2006 4.563,00 4.738,50 175,50 2007 4.632,00 4.860,00 228,00 2008 4.522,00 4.998,00 476,00 2009 4.237,50 4.407,00 169,50 2010 4.680,00 4.860,00 180,00 2011 13.125,00 13.629,00 504,00 2012 9.009,00 9.702,00 693,00

Tabela Bc - Benefícios Econômicos na Região Ano Participação da Embrapa % (F) Ganho Líquido Embrapa R$/UM G=(E X F) Área de Adoção: Unidade de Medida -UM Área de Adoção: Quant. XUM (H) Benefício Econômico I = (G X H) 2002 60% 119,70 hectare 276.720 33.123.384,00 2003 60% 286,11 177.314 50.731.308,54 2004 60% 441,79 315.565 139.414.092,48 2005 60% 31,59 358.600 11.328.174,00 2006 60% 105,30 131.200 13.815.360,00 2007 60% 136,80 113.075 15.468.660,00

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2008 60% 285,60 51.550 14.722.680,00 2009 60% 101,70 37.000 3.762.900,00 2010 60% 108,00 25.000 2.700.000,00 2011 60% 302,40 25.000 7.560.000,00 2012 60% 415,80 25.000 10.395.000,00 TOTAL: 303.021.559,02 (TOTAL: 606.041.855,78)

3.2.- Análise dos impactos econômicos

Antes de comentar benefícios econômicos gerados pela presença da Embrapa em 2012 na cotonicultura do Cerrado brasileiro, precisa-se adiantar que o indicador Área de Adoção foi apurado nas 10 (dez) entrevistas realizadas no campo e em informações que a Embrapa Produtos e Mercado – antigo-SNT – pode vir a disponibilizar sobre venda de sementes básicas e licenciamentos das cultivares de algodão naquela região no ano considerado. Outra fonte de informação sobre as cultivares da Embrapa são as bases de dados da Consultoria Kleffmann, que também depende da Unidade que centraliza as informações na sede da Empresa. Quando essas fontes não aparecem sincronizadamente por ocasião da realização do cálculo fica impossível determinar um quantitativo aproximado do que foi efetivamente plantado e/ou colhido das cultivares comercializadas pela Embrapa. Nas Tabelas Ba e Bc – Benefícios Econômicos na Região está evidenciado que a Embrapa Algodão, até o ano de 2009, já teve maior precisão na determinação dessa Área de Adoção. De lá para cá se repetiu um mesmo quantitativo, o qual foi baseado em informações repassadas pela Unidade encarregada da comercialização de sementes básicas e licenciamentos das cultivares de algodão, essa etapa importante da Transferência de Tecnologia. Por exemplo, consideremos o ano de 2005, em que a Área de Adoção foi de 358.600 hectares. Como em cada desses hectares deve ser plantado 12Kg de sementes, e cada quilograma de semente custava R$4,00 (por baixo), ter-se-á ao final uma quantia arrecadada de R$1.474.400,00 a ser auditada como arrecadação do antigo-SNT. Simples assim. E em 2012 nenhum dos 10 (dez) entrevistados no campo adquiriu e/ou plantou sementes comercializadas pela Embrapa, o que leva a um registro: zero hectare! Se não chegarem os dados do antigo SNT, nem da Consultoria Kleffmann, vai-se multiplicar ao mesmo tempo o indicador “Participação % da Embrapa” e “Ganho Líquido da Embrapa” por zero, o que resulta zero!

Acontece que nas entrevistas e em trocas de informações com pesquisadores, responsáveis por acompanhar a região do Cerrado, se percebe que nas propriedades rurais, inclusive nas de grandes produtores, são reproduzidas e guardadas sementes por safras seguidas, sem que haja perda de potencial produtivo. Isso se faz ao se confrontar totais de sementes vendidas no País com a área efetivamente plantada, e verificada pelo IBGE. Ora, se no ano de 2009 foram vendidos 444.000Kg de sementes, e na ausência da confirmação do que se comercializou pelo antigo-SNT no ano de 2010, como também em 2011 e 2012, aquele resultado zero da multiplicação do “Ganho Líquido da Embrapa” pela “Área de Adoção” a realização de análises mais aprofundadas que explicassem melhor cada um dos indicadores apresentados na tabela, traçando uma evolução dos benefícios ao longo dos anos. Analisar a participação da Embrapa e parceiros nos benefícios gerados, citando quem são esses parceiros. Um dos indicadores que precisa ser melhor discutido e até mesmo revisado é a área de adoção.

(16)

é

importante explicar porque a área de adoção da tecnologia da Embrapa em 2011 se manteve igual a do ano de 2010. O benefício econômico atribuído à Embrapa Algodão pela participação na geração e transferência da tecnologia em 2012 foi de 20,790 milhões de reais, contabilizados em termos de incremento de produtividade e a expansão da produção em novas áreas (60% de participação da Embrapa). Se forem considerados os gastos com a geração e transferência desta tecnologia, nesse mesmo ano, da ordem de 9,687 milhões de reais (valor base de 1º de fevereiro de 2013 corrigido pelo IGP-DI, da Fundação Getúlio Vargas), constata-se que o retorno foi de aproximadamente 46% do total dos recursos aplicados no mesmo ano para a geração e transferência dessa tecnologia. Se forem considerados os benefícios acumulados com essa tecnologia de 2002 a 2012, a qual modificou marcadamente o sistema de produção de algodão no Cerrado brasileiro, e que foram da ordem de 606,041 milhões de reais, e os gastos acumulados que foram da ordem de 63,190 milhões de reais (valor base de 1º de fevereiro de 2013 corrigido pelo IGP-DI, da Fundação Getúlio Vargas), verifica-se, pois, que o retorno foi de 9,6 vezes o total dos recursos aplicados no mesmo período para a geração e transferência dessa tecnologia. Se considerarmos o total dos recursos aplicados na Embrapa Algodão de 2002 a 2012, da ordem de 338,589 milhões de reais (a preços de 1º de fevereiro de 2013) e relacionarmos com os benefícios acumulados no mesmo período, somente essa tecnologia gerou benefícios para a sociedade brasileira equivalentes a 1,79 vezes o total dos recursos aplicados. Vale ressaltar que os benefícios econômicos não foram maiores devido à manutenção da área de adoção da tecnologia, que teve seu ponto máximo em 2005 (358.600 ha) e continuou com 25.000 ha em 2012.

3.3. – Fonte de dados:

CONAB (Brasília, DF). Indicadores da agropecuária, ano 18, n. 2, 2009. Disponível em: http://www.conab.gov.br/conabweb/IA-fev09.pdf. Acesso em: 24 março 2012. 13

CEPEA/ESALQ. Indicador de preços do algodão: séries de preços em reais. Disponível em: http://www.cepea.esalq.usp.br/algodão/. Acesso em: 24 março 2012.

EMBRAPA ALGODÃO (Campina Grande, PB). BRS 286: cultivar de alta produtividade de pluma, de porte baixo, para cultivo no estado da Bahia. 2ª edição. Campina Grande, 2010. (Folder).

EMBRAPA ALGODÃO (Campina Grande, PB). Cultivar BRS 293: maiores produtividades em condições de altitude. Campina Grande, 2010. (Folder).

EMBRAPA ALGODÃO (Campina Grande, PB). BRS Buriti. 3ª edição. Campina Grande, 2010. (Folder). EMBRAPA ALGODÃO (Campina Grande, PB). BRS Araçá. 2ª edição. Campina Grande, 2005. (Folder).

EMBRAPA ALGODÃOa (Campina Grande, PB). BRS 335 - Cultivar de ciclo e porte médios, com elevada produtividade de fibra para cultivo no estado da Bahia. Campina Grande-PB, junho de 2011 (Folder).

EMBRAPA ALGODÃOb (Campina Grande, PB). BRS 336 (fibra longa) - Cultivar de alta qualidade de fibra para cultivo no Cerrado e no Semiárido do Brasil. Campina Grande-PB, junho de 2011 (Folder).

(17)

EMBRAPA e FUNDAÇÃO CENTRO OESTE. Cultivares de algodão 2005/2006: BRS Cedro, BRS Jatobá, BRS Araçá. Primavera do Leste, MT 2005/2006. (Folder).

MELO FILHO, G. A.; MENDES, S. D. Estimativa de custo de produção de Algodão, no sistema de plantio convencional safra 1999/2000. Dourados: Embrapa Agropecuária Oeste,1999. 2 p. (EMBRAPA AGROPECUARIA OESTE. Comunicado Técnico, 6).

MELO FILHO, G. A.; LEMES, R. M. M. Estimativa de custo de produção de Algodão, no sistema de plantio convencional safra 2000/2001 em Mato Grosso. Dourados: Embrapa Agropecuária Oeste, 2000. 4 p. (EMBRAPA AGROPECUARIA OESTE. Comunicado Técnico, 21).

MELO FILHO, G. A.; RICHET, A. Estimativa do custo de produção de Algodão, Safra 2001/2002 em Mato Grosso. Dourados: Embrapa Agropecuária Oeste, 2001. 4 p. (EMBRAPA AGROPECUARIA OESTE. Comunicado Técnico, 40).

MELO FILHO, G. A.; RICHET, A. Estimativa do custo de produção de Algodão, Safra 2002/2003 para Mato Grosso do sul e Mato Grosso. Dourados: Embrapa Agropecuária Oeste, 2002. 11p. (EMBRAPA AGROPECUARIA OESTE. Comunicado Técnico, 56).

MELO FILHO, G. A.; RICHET, A. Estimativa do custo de produção de Algodão, Safra 2003/2004 para Mato Grosso do sul e Mato Grosso. Dourados: Embrapa Agropecuária Oeste, 2003. 11p. (EMBRAPA AGROPECUARIA OESTE. Comunicado Técnico, 78).

LEVANTAMENTO SISTEMÁTICO DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA, Rio de Janeiro: IBGE, 2002-2011. 14

RICHETTI, A.; MELO FILHO, G.A.de; LAMAS, F.M.; STAUT, L.A.; FABRÍCIO, A.C. Estimativa do Custo de Produção de Algodão, Safra 2004/05, para Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Dourados: Embrapa Agropecuária Oeste, 2004. 16p. (Embrapa-CPAO. Comunicado Técnico, 91).

_____________ - Estimativa do Custo de Produção de Algodão, Safra 2005/06, para Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Dourados: Embrapa Agropecuária Oeste, 2005. 16p. (Embrapa-CPAO. Comunicado Técnico, 110). RICHETTI, A.; Estimativa do Custo de Produção de Algodão, Safra 2006/07, para Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Dourados: Embrapa Agropecuária Oeste, 2006. 15p. (Embrapa-CPAO. Comunicado Técnico, 125). ______________ - Estimativa do Custo de Produção de Algodão, Safra 2007/08, para Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Dourados: Embrapa Agropecuária Oeste, 2007. 13p. (Embrapa-CPAO. Comunicado Técnico, 136).

_______________ - Estimativa do Custo de Produção de Algodão, Safra 2008/09, para Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Dourados: Embrapa Agropecuária Oeste, 2008. 13p. (Embrapa-CPAO. Comunicado Técnico, 149).

(18)

4.1 - Avaliação dos Impactos

A Unidade utilizou a metodologia AMBITEC-Social? ( X ) Sim ( ) Não. 4.1.1 - Tabela - Impactos sociais – Aspecto emprego:

Indicadores Se aplica (Sim/Não) Média Tipo 1 (*) Média Tipo 2 (**) Média Geral Capacitação Sim 10,67 10,67

Oportunidade de emprego local qualificado Sim -2,6 -2,6

Oferta de emprego e condição do trabalhador Sim -1,1 -1,1

Qualidade do emprego Sim 3,77 3,77

* Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial ).

pelo elevado nível de mecanização desde o plantio ao descaroçamento e enfardamento na usina, a geração de um emprego ocorre após o plantio de 40 hectares em média.

O aspecto Emprego se baseia na análise de quatro indicadores: 1 - Indicador Capacitação: na opinião dos entrevistados a mudança tecnológica provocou aumentos significativos na procura e na realização de treinamentos local de curta duração e especialização de curta duração, tanto em nível básico como técnico, além da busca de capacitação oficial regular de nível superior, resultando em um impacto positivo igual a 10,67. A consideração de ter havido essa alteração refere-se à maior complexidade do sistema de produção que demanda grande número de mão-de-obra especializada, incluindo técnicos agrícolas, agrônomos, operadores de máquinas e profissionais que controlam a aplicação de defensivos ou monitoram a incidência de pragas na lavoura; 2 - Indicador Oportunidade de Emprego Local Qualificado: os empregos gerados como resultado da adoção da tecnologia foram, preferencialmente, para pessoal especializado (braçal especializado, técnico de nível médio e técnico de nível superior) do próprio município e da região. No entanto, a adoção da tecnologia provocou grande redução na oportunidade de empregos para trabalhadores braçais não-especializados. Com essas características, o indicador resultou em impacto negativo igual a -2,6; 3 - Indicador Oferta de Emprego e Condição do Trabalhador: a adoção da tecnologia resultou em grande redução da ocupação para trabalhadores temporários. Pouco efeito ocorreu na oferta de emprego permanente e nenhum efeito em nível familiar. Esta configuração de oferta de emprego resulta em impacto negativo igual a -1,1, e 4 - Indicador Qualidade do Emprego: segundo os entrevistados, houve grande aumento no que se refere aos componentes Registro e Contribuição Previdenciária, resultando em impacto positivo igual a 3,77.

4.1.2 - Tabela - Impactos sociais – Aspecto renda: Indicadores

Se aplica

(Sim/Não) Tipo 1 (*) Média Tipo 2 (**) Média Média Geral

Geração de renda do estabelecimento Sim -5,83 -5,83

Diversidade de fonte de renda Sim 0,67 0,67

Valor da propriedade Sim 1,53 1,53

* Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal (médio e grande, comercial)

O aspecto Renda se baseia na análise de três indicadores: (1) Indicador Geração de Renda: segundo os entrevistados, não houve melhorias nesse indicador após a adoção da inovação tecnológica. Apesar de admitirem que houve grande aumento no montante

(19)

da renda, os entrevistados consideram que os componentes Segurança e Estabilidade sofreram grande redução, resultando um coeficiente de impacto negativo igual a -5,83. Essa avaliação pode estar relacionada com o momento de conjuntura econômica desfavorável, quando os agricultores, inevitavelmente, podem confundir os efeitos do momento com o verdadeiro impacto provocado pela inovação tecnológica; (2) Indicador Diversidade de Fontes de Renda: a inovação tecnológica trouxe moderada alteração nesse indicador, resultando um coeficiente de impacto positivo igual a 0,67. (3) Indicador Valor da Propriedade: a adoção da inovação tecnológica implicou em moderado aumento nos componentes “investimentos em benfeitorias” e “conservação dos recursos naturais”, resultando um coeficiente de impacto positivo igual a 1,53.

4.1.3 - Tabela - Impactos sociais – Aspecto saúde:

Indicadores Se aplica (Sim/Não) Média Tipo 1 (*) Média Tipo 2 (**) Média Geral

Saúde ambiental e pessoal Sim 3,67 3,67

Segurança e saúde ocupacional Sim 1,47 1,47

Segurança alimentar Sim 6,67 6,67

* Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial)

O aspecto Saúde se baseia na análise de três indicadores. Segundo os entrevistados, todos os indicadores (Saúde Ambiental e Pessoal, Segurança e Saúde Ocupacional e Segurança alimentar) tiveram alterações positivas iguais a 3,67 1,47 e 6,67, respectivamente. Segundo os entrevistados, os indicadores de impacto tiveram um aumento de escala com a nova tecnologia, na proporção que houve aumento de área cultivada, mas, proporcionalmente, o risco diminuiu.

4.1.4 - Tabela - Impactos sociais – Aspecto gestão e administração:

Indicadores

Se aplica

(Sim/Não) Tipo 1 (*) Média Tipo 2 (**) Média Média Geral

Dedicação e perfil do responsável Sim 8,37 8,37

Condição de comercialização Sim 6,43 6,43

Reciclagem de resíduos Sim 3 3

Relacionamento institucional Sim 10,83 10,83

*Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial)

O aspecto Gestão e Administração é formado por quatro indicadores: (1) indicador Dedicação e Perfil do Responsável: com a inovação tecnológica houve grande aumento, principalmente, nos componentes Capacitação, Uso de Sistema Contábil, Modelo Formal de Planejamento. A consideração de ter havido essa alteração refere-se ao fato de que a exigência de um padrão tecnológico mínimo se tornou essencial para a sobrevivência do cotonicultor. Com o avanço tecnológico, a atividade se tornou profissionalizada e mais organizada para se manter lucrativa. O índice de impacto resultante foi igual a 8,37. (2) indicador Comercialização: com a inovação tecnológica houveram aumentos significativos nos componentes desse indicador, principalmente a Venda direta/antecipada/cooperada, o Processamento local, o Armazenamento local e a Cooperação entre os produtores. O índice de impacto para esse indicador foi igual a 6,43. (3) indicador Reciclagem de Resíduos: a adoção tecnológica trouxe grande efeito no tratamento dos resíduos da

(20)

produção, no que se refere a “destinação ou tratamento final”. Sobre as variáveis de tratamento de resíduos domésticos não houveram mudanças. O índice de impacto para esse indicador foi igual a 3. (4) indicador Relacionamento Institucional: os componentes desse indicador que tiveram grande alteração positiva com a adoção da tecnologia, foram Utilização de Assistência Técnica, Associativismo/Cooperativismo e Utilização de Assessoria Legal/vistoriada (AGRODEFESA). O índice de impacto positivo foi igual a 10,83.

4.2.- Análise dos Resultados:

Com base na média dos resultados das entrevistas realizadas junto a 10 (dez) produtores (grandes produtores) adotantes da tecnologia, apresentou-se nos itens 4.1.1, 4.1.2, 4.1.3 e 4.1.4 uma síntese dos principais resultados da aplicação da metodologia Ambitec Social, com as estimativas dos coeficientes de impactos sociais por indicador, abordando os aspectos Emprego, Renda, Saúde e Gestão e Administração. O índice Geral de Impacto Social do Sistema de Produção de Algodão para o Cerrado Brasileiro alcançou um valor igual a 3,85, nas estimativas, de um valor máximo possível de 15, mas positivo (desejável), sugerindo possibilidades de melhorias. Os indicadores que sofreram impactos negativos são aqueles que merecem maior atenção para que sejam melhorados. O fato dessa avaliação ter alcançado um índice final pequeno na escala de resultados pode estar relacionado com um momento de conjuntura econômica desfavorável, quando os agricultores, inevitável e individualmente, podem confundir os efeitos do momento com o verdadeiro impacto provocado pela inovação tecnológica.

Média Tipo 1 Média Tipo 2 Média Geral

3,85 3,85

4.3 - Impactos sobre o Emprego:

Embora a adoção dessa tecnologia implique no uso da mecanização, desde o preparo do solo até o beneficiamento do algodão em caroço, o cultivo incorpora mão-de-obra não-qualificada, em atividades como o abastecimento das plantadeiras (atuação por prazo determinado), as capinas e a colheita (atuação por tarefa contratada). Em maior quantidade, foram abertas vagas para mão-de-obra especializada, incluindo técnicos agrícolas, agrônomos, operadores de máquinas e profissionais que controlam a aplicação de defensivos ou monitoram a incidência de pragas na lavoura. Segundo estimativas da Ampa (Associação Mato-Grossense de Produtores de Algodão), a cada 10 hectares plantados são ofertados um emprego direto e três indiretos. Considerando assas estimativas e a área de adoção da tecnologia que foi de, aproximadamente, 25.000 hectares, o número de empregos gerados foi da ordem de 2.500 empregos diretos e 7.500 indiretos. O algodão exige uma estrutura complexa, por isso requer um grande contingente de pessoas trabalhando. Não se pode deixar de mencionar que o incremento da produção de algodão, propiciada pela incorporação dessa tecnologia, também induz a geração de empregos na cadeia produtiva têxtil brasileira que é composta por mais de 30 mil empresas, sendo uma das maiores empregadoras industriais do país. Os empregos gerados na cadeia têxtil somam mais de 1,5 milhão, ou o equivalente a 1,7% da população economicamente ativa e 17,2% do total de trabalhadores alocados na indústria da transformação, o que bem demonstra que esse é um setor de grande relevância para a economia do País e de forte impacto social (BRASIL TÊXTIL, 2006). Se considerarmos a

(21)

geração de empregos adicionais, do ponto de vista quantitativo:

Número de empregos gerados ao longo da cadeia produtiva: 10.000

4.4 – Fonte de Dados:

A avaliação dos impactos sociais foi realizada com base na média dos resultados das entrevistas realizadas junto a 10 (dez) produtores adotantes da tecnologia. Tomou-se como referencia o sistema de produção de algodão recomendado pela Embrapa Algodão (descrito no item 1.3), em substituição aos sistemas de produção convencionais existentes na região.

Tabela 4.4.1 – Número de consultas realizadas por município:

Municípios Estado Produtor

Familiar

Produtor Patronal Total

Pequeno Médio Grande Comercial

Sinop MT - - 2 - 2

Sorriso MT - - 2 - 4

Barreiras BA - - 1 - 2

Luís Eduardo Magalhães BA - - 1 - 2

Total: 10

5 - AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

5.1 - Avaliação dos impactos ambientais

A Unidade utilizou a metodologia AMBITEC? ( X ) Sim ( ) Não 5.1.1 - Alcance da Tecnologia:

O cultivo de algodão no Cerrado brasileiro, especialmente da região Centro-Oeste, no extremo oeste baiano, nas partes sul do Maranhão e do Piauí, atingiu uma área de aproximadamente 772 mil hectares no ano agrícola de 2009/2010. Em termos do alcance da tecnologia estima-se que em 3% dessa área (25 mil hectares) utilizou-se cultivares de algodão desenvolvidas pela Embrapa, destacando-se a BRS 269 – Buriti, a BRS 293, a BRS 286, BRS Araçá e, em menor escala, a BRS Cedro.

5.1.2 - Eficiência Tecnológica

Tabela 5.1.2.1 - Eficiência Tecnológica:

Indicadores

Se aplica

(Sim/Não) Tipo 1 (*) Média Tipo 2 (**) Média Média Geral Uso de agroquímicos/insumos

químicos e ou materiais Sim - - - 5

(22)

Uso de recursos naturais Sim - - - 3,33

*Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial)

Resultados da aplicação da metodologia AMBITEC-Agro, com as estimativas dos coeficientes de impactos ambientais por indicador, no aspecto eficiência tecnológica, o indicador uso de agroquímicos teve um coeficiente de impacto negativo igual a -5 devido ao aumento observado na frequência de aplicações de pesticidas, na variedade de ingredientes ativos, no volume utilizado de NPK hidrossolúvel, calcáreo e micronutrientes. O aumento no uso de agroquímicos é devido à cultura do algodão ser muito exigente quanto à fertilidade do solo e ao ataque de pragas ser intenso. O indicador Uso de Energia teve um coeficiente de impacto negativo igual a -3,3. Um dos fatores responsáveis pelo aumento do uso de energia é a frequência no uso de defensivos, pois, uma vez que a intensidade de tratamentos aumenta, o consumo de combustíveis também aumenta. O componente eletricidade também sofreu alteração positiva devido à inclusão do beneficiamento da pluma na própria fazenda, como parte do sistema de produção. O uso de recursos naturais teve um coeficiente de impacto negativo igual a -3,33. Esse item do sistema de produção é realizado, principalmente, em rotação com outras culturas, utilizando-se das estruturas já existentes na fazenda e o plantio ser feito em áreas já desbravadas, ou seja, sempre após a entrada de outras culturas. No entanto, os entrevistados relatam que houve aumento significativo no uso de solos para plantio.

5.1.3 - Conservação Ambiental

Tabela 5.1.3.1 – Conservação Ambiental para AMBITEC-Agro:

Indicadores

Se aplica

(Sim/Não) Tipo 1 (*) Média Tipo 2 (**) Média Média Geral

Atmosfera Sim - - -0,43

Capacidade produtiva do solo Sim - - 14,17

Água Sim - - 4,5

Biodiversidade 0

*Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial)

Resultados da aplicação da metodologia Ambitec-Agro, com estimativas dos coeficientes de impactos ambientais por indicador, no aspecto conservação ambiental o indicador Atmosfera teve um coeficiente de impacto negativo igual a -0,43. Esse índice resulta, principalmente, do aumento do trânsito de máquinas, provocando aumento na emissão de gases de efeito estufa e ruídos em nível pontual, local e entorno. Esse indicador é bastante afetado, também, pelo aumento do uso de pesticidas que provoca aumento no componente odor. O indicador capacidade produtiva do solo sofre alteração positiva igual a 14,17 com o uso da tecnologia devido o cultivo do algodão ser realizado no sistema plantio direto ou semi-direto. Nesse sistema de manejo do solo a palha e os restos vegetais são deixados na superfície do solo. O solo é revolvido apenas no sulco onde são depositadas sementes e fertilizantes. As plantas infestantes são controladas por herbicidas. Não existe preparo do solo além da mobilização no sulco de plantio. Dessa forma, tem-se maior controle da erosão, aumento da água armazenada no solo, melhoria da estrutura do solo, entre outras. O indicador Água também sofreu alteração positiva igual a 4,5 devido o sistema de produção provocar reduções, principalmente, em sedimentos/assoreamento dos mananciais e em demanda bioquímica de oxigênio. O

(23)

indicador biodiversidade tem coeficientes de alteração iguais a zero (componente inalterado), ou não se aplica para todas as variáveis.

5.1.4.- Recuperação Ambiental

Tabela 5.1.4.1. - Recuperação Ambiental Indicadores

Se aplica

(Sim/Não) Tipo 1 (*) Média Tipo 2 (**) Média Média Geral

Recuperação Ambiental Sim - - 2,33

*’Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial)

O aspecto recuperação ambiental teve um coeficiente de impacto igual a 2,33. Esse índice positivo é devido o sistema de produção de algodão ser realizado, principalmente, em rotação com outras culturas em áreas já desbravadas, que sofreram um processo de degradação e que estão sendo recuperadas para novos plantios. Indiretamente, a produção de algodão deve estar contribuindo para a recuperação/reincorporação de áreas que sofreram um processo de degradação (notadamente áreas de pastagens degradadas). Nessas áreas é feita a descompactação do solo, correção e adubação, onde o cultivo de algodão entra no sistema de rotação com outras culturas, principalmente a soja.

5.2 - Índice de Impacto Ambiental

Com base na média dos resultados das entrevistas realizadas junto a cinco produtores (grandes produtores) adotantes da tecnologia, apresentou-se nos itens 5.1.2, 5.1.3 e 5.1.4 uma síntese dos principais resultados da aplicação da metodologia Ambitec Agro, com as estimativas dos coeficientes de impactos ambientais por indicador, abordando os aspectos eficiência tecnológica, conservação ambiental e recuperação ambiental. Considerou-se um peso de 0,125 para cada indicador de impacto ambiental, refletindo assim uma importância relativa única dada ao conjunto de indicadores. O Sistema de Produção de Algodão para os Cerrados Brasileiros atingiu um índice final de impacto ambiental da inovação tecnológica pequeno (0,97) nas estimativas, mas positivo (desejável), sugerindo possibilidades de melhoria tecnológica. Na determinação do índice final de impacto, os indicadores que tiveram índices negativos foram: Uso de Agroquímicos/insumos químicos e/ou materiais (-5), Uso de energia (-3,3), Uso de Recursos Naturais (-3,33) e Atmosfera (-0,43). No entanto, outros indicadores de grande importância como Capacidade Produtiva do Solo e Água tiveram impactos positivos significativos, contrabalançando os efeitos dos impactos negativos e resultando um índice final de impacto da tecnologia desejável:

Média Tipo 1 Média Tipo 2 Média Geral

- - 0,97

5.3 – Fonte de dados:

A avaliação dos impactos ambientais foi realizada com base na média dos resultados das entrevistas realizadas junto a cinco produtores adotantes da tecnologia. Tomou-se como referencia o sistema de produção de algodão recomendado pela Embrapa Algodão

Referências

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