• Nenhum resultado encontrado

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO"

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

Graduação em Artes Visuais

Alex Vieira

Elvira Gomes de Castro

-Projeto Caricatura-

Conhecendo as diferenças entre Cartum, charge e caricaturas

Projeto realizado em forma de estágio no segundo ano de ensino médio na EEEFM “Almirante Barroso”, dentro da disciplina de Práticas do ensino de artes no Ensino Médio , sob orientação da prof. Dra. Gerda Margit Schütz Foerste.

VITÓRIA/ES 2008

(2)

[Digite uma citação do documento ou o resumo de uma

questão interessante. Você pode posicionar a caixa de texto em

qualquer lugar do documento. Use a guia Ferramentas de Caixa

de Texto para alterar a formatação da caixa de texto da

citação.]

“Somente a ação inteligente e empática do professor pode tornar a Arte ingrediente essencial para favorecer o crescimento individual e ocomportamento de cidadão como fruidor de cultura e conhecedor da construção de sua própria nação.”

(3)

1.INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA

A arte-educação mudou. O compromisso da arte na escola não é mais voltada somente para o desenvolvimento pessoal do aluno como acontecia na década de 80. Desenvolver a sensibilidade do aluno ainda se faz necessário, uma vez que [“...vida, experiência e aprendizagem não podem se separar. Simultaneamente, vivemos, experimentamos e aprendemos.”] JOHN DEWEY. E a experiência está diretamente ligada aos nossos sentidos. Desenvolver a sensibilidade dentro de arte-educação consiste em levar questões amplas que permitem a esse aluno conhecer e influir no seu desenvolvimento e no desenvolvimento cultural do seu país.

Baseados na interrelação entre conhecer, contextualizar e fazer é que propomos o projeto sobre o conhecimento da história da charges e cartuns tão presentes na imprensa escrita e televisiva. Em princípio foi uma solicitação dos alunos do segundo ano do ensino médio, que gostariam de aprender a técnica da caricatura. Aproveitando então desse interesse, elaboramos o projeto levando em conta toda a história da técnica de expressão através da caricaturas e charges.

2. OBJETIVOS

 Incentivo à leitura de quadrinhos.

 Divulgar a história da caricatura e seus principais criadores.  Possibilitar o entendimento do desenho enquanto caricatura.

 Incentivar a leitura de jornais uma vez que este trata-se de um veículo que traz a caricatura como meio de expressão artística e dos acontecimentos diários na política e economia do país.

(4)

3- DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO

Primeira aula –dia 25/09/2008

- Apresentação do prof. Alex

- Conceito de caricatura (aula expositiva - uso de imagens no quadro) - Desenvolvimento de uma auto-caricatura utilizando folha A4 e lápis grafite.

Apresentei o prof. Alex aos alunos do 2m1 da escola Almirante Barroso e falei um pouco sobre os trabalhos realizados por ele dentro e fora da Ufes. Alex iniciou a aula falando sobre o conceito de caricatura e estimulando a turma a mencionar os locais onde eles já tinham visto uma caricatura. Alguns ainda intimidados, citaram os jornais e revistas. Ele então, continuou falando sobre como um desenhista observa alguns caracteres fisionômicos da pessoa a ser desenhada e que este, procura sempre exagerar nesses traços de forma proposital.

Alex desenhou alguns exemplos no quadro e todos pareciam admirados com o fato de simples e pequeno traço se transformar em desenhos tão nítidos e engraçados.

Ao final , ele pediu que cada um fizesse sua própria caricatura, com o objetivo de que cada um fizesse um pequeno registro de suas formas ressaltando a magreza, estilos, gordura, pernas longas ,cabelos etc.

Segunda aula-dia 02/10/2008

- Caricatura na imprensa (mostrar jornais e revistas )

- Diferenciação de Charge, Cartum e caricatura (aula expositiva-data show)

- Elaboração de uma caricatura para imprensa baseada em figuras populares da mídia brasileira: Lula, Sílvio Santos e Mulher Melancia etc.

Nesta aula, mostramos algumas revistas e jornais com tirinhas e caricaturas. Como não havíamos reservado a sala de informática ou o auditório, e como tínhamos o note book em mãos , pedimos aos alunos que se aproximassem do aparelho um pouco mais para que pudessem ver as imagens de algumas caricaturas.

Nesse dia foi pedido aos alunos que fizessem uma caricatura de pessoas conhecidas da imprensa. Os tipos mais desenhados foram Sílvio Santos e o presidente Lula.

Terceira aula-dia 09/10/2008

- Noções de formas humanas

- Cabeça (estudo e elaboração através de esquema) - Deformação

Uma aula sobre anatomia artística, ou seja , uma pequena noção sobre as proporções do corpo humano e a disposição e formas dos músculos e ossos. Ressaltamos que na caricatura essa proporção não é respeitada.

Alex mostrou no quadro os traçados de uma cabeça que parte de um círculo ou de uma helicóide. Desenhou as três partes iguais onde seriam: fronte, olhos e orelhas e delimitação do nariz e boca. Mostrou que na caricatura essas divisões , necessariamente seriam desconsideradas a fim de que surja o traço caricatural.

(5)

Quarta aula-dia 16/10/2008

- A caricatura publicada

- Elaboração de um jornalzinho dos alunos (individual ou em grupo).

As revistas publicadas que trabalham com imagens caricatas e narrativas através de cartuns e charges, foi o assunto desse dia em sala de aula. Citamos o início da carreira do grupo Casseta e planeta que se deu por meio de uma revista chamada Chiclete com Banana , na década de 80.

Ao final da aula, foi sugerido que se dividissem em grupos para fazerem a sua revista ou um jornal.

Seis grupos fizeram cada um sua revista. Os temas eram variados. Falaram desde moda, questões políticas femininas e bandas de rock.

RELATO FINAL

A partir da curiosidade relatada pelos alunos em como aprender caricaturas, é que eu estendi o convite ao Alex, desenhista nato e grande conhecedor do assunto charges e caricaturas. Trabalhamos textos e aulas práticas.

Na escola estadual “Almirante Barroso” onde aplicamos o projeto, existem duas aulas semanais de arte sendo uma hora de duração cada aula.

O Alex teria disponibilidade de se apresentar em apenas um dos dias da semana, então nos colocamos da seguinte maneira: às terças-feiras eu trabalhava os textos referentes ao assunto charges, caricatura e quadrinhos passados no quadro para que os alunos anotassem em seus cadernos , solicitando deles recortes relacionados ao tema, trazidos de casa. Os textos são relacionados à história das charges, dos quadrinhos e seus precursores e ainda reforçava o que explicado na aula anterior. Nas quintas-feiras, Alex se encarregava das aulas práticas , desenhando no quadro, mostrando as técnicas e traçados de uma caricatura, bem como exposição de imagens através do note book. Ao final do estágio foi solicitado que todos fizessem uma revista contendo quatro páginas. As páginas seriam a partir de uma folha A4 dobrada em 4 partes , onde cada grupo composto por no máximo 4 alunos faria sua revista com ilustrações caricatas. Todos os 6 (seis) grupos fizeram. Esse material foi devolvido para os alunos, antes que eu pudesse tirar uma cópia. Por isso não consta uma cópia nesse relatório.

Fonte: RODRIGUES, Edmundo – Como desenhar caricaturas

(6)

Texto passado no quadro na aula do dia 30/09/2008

O que é caricatura- Quando um desenhista faz uma caricatura, procura sempre

exagerar, seja determinado caráter fisionômico, um nariz,uma boca, os cabelos, seja um característico da figura, a gordura, a magreza, as pernas longas etc. Os tipos chamados caricatos são sempre eivados de exagero, carregando o artista propositadamente no traçado de tais ou quais detalhes.

Nasceu, assim a palavra caricatura, dessa particularidade. Com efeito, no berço dessa palavra, a Itália, cárica quer dizer carga, exagero, caricáre é verbo que expressa exagerar, carregar, agravar. Assim se compreende porque caricato significa exagerado, afetado.

Em sua origem, portanto, teve a caricatura como objetivo acentuar o grotesco, exercer a crítica, talvez o ataque pelo ridículo. Hoje, porém, damos, por extensão , o nome de caricatura ao desenho de bonecos ou calungas até a desenhos para fins publicitários, alguns mesmo apresentando seu que artístico e por vezes graça e beleza.

O caricaturista deve conhecer bem a arte do desenho, anatomia, perspectiva, sombra e demais noções indispensáveis ao manejo do lápis e do pincel. As noções de proporção, principalmente,são rigorosamente indispensáveis, a fim de que possa, caricaturáre, isto é , carregar, exagerar, modificá-las com êxito.

A caricatura individual, que comumente designamos com a palavra charge, é denominada pelos franceses portrait-charge (retrato exagerado).

No Brasil tivemos sempre ótimos caricaturistas, desde Angelo Agostini, Crispim do Amaral, Lobão,Carlos, Raul Pederneiras, Belmonte, até Alvarus, Nássara, Moura, Mendez, Rodrigues, Lan, Alfredo Storni e tantos outros.

Texto passado no quadro na aula de terça feira dia 07/10/08

A diferença entre caricatura, charge e cartum.

Quando falamos em caricatura, inúmeros são os fatores sociais, culturais e históricos que contribuíram para o surgimento dessa forma de expressão. Uma simples definição não é o suficiente para passar a limpo a riqueza de informações que a caricatura, como linguagem gráfica, traz consigo.

De qualquer maneira, pretendo aqui explicar de modo mais simples possível, as características que diferem as principais formas de manifestação da caricatura como desenho de humor (caricatura pessoal, charge e cartum).

(7)

À saber, além do desenho, a caricatura é também expressa através da pintura, da escultura, do cinema, teatro, etc.

Voltando ao desenho de humor, muitas pessoas fazem confusão ao citar uma

caricatura pessoal, uma charge ou um cartum.

Qual a diferença entre esses termos?

A caricatura pessoal é uma das formas de expressão caricatural e se utiliza do exagero em determinadas características físicas da pessoa. É mais comum vermos o emprego do exagero nos traços da fisionomia da pessoa caricaturada mas pode-se eleger qualquer parte do corpo, bem como trejeitos para serem destacados no desenho. É muito importante exagerar mas sem esquecer de manter traços característicos que identifiquem a pessoa caricaturada.

A charge e o cartum são outras duas formas de manifestação caricatural

mas o foco principal nesses casos, é uma situação ou um

determinado fato ocorrido.

A diferença entre a charge e o cartum é que a primeira relata um fato ocorrido em uma época definida, dentro de um determinado contexto cultural, econômico e social específico e que depende do conhecimento desses fatores para ser entendida. Fora desse contexto ela provavelmente perderá sua força comunicativa, portanto é perecível. Justamente por conta desta característica, a charge tem um papel importantíssimo como registro histórico.

Já o cartum, ao contrário da charge, relata um fato universal que não depende do contexto específico de uma época ou cultura, sendo assim atemporal. Temas universais como o náufrago, o amante, o palhaço, a guerra, o bem x mau, são frequentemente explorados em cartuns. São temas que podem ser entendidos em qualquer parte do mundo por diferentes culturas em diferentes épocas. É comum vermos a ausência de textos em cartuns. São os chamados cartuns pantomímicos ou cartuns mudos onde a idéia é representada somente pela expressão dos personagens no desenho sem que seja necessário o emprego de texto como suporte.

(8)

Referências

Documentos relacionados

Em 2008 foram iniciadas na Faculdade de Educação Física e Desportos (FAEFID) as obras para a reestruturação de seu espaço físico. Foram investidos 16 milhões

Não obstante a reconhecida necessidade desses serviços, tem-se observado graves falhas na gestão dos contratos de fornecimento de mão de obra terceirizada, bem

intitulado “O Plano de Desenvolvimento da Educação: razões, princípios e programas” (BRASIL, 2007d), o PDE tem a intenção de “ser mais do que a tradução..

No Brasil, a falta de uma fiscalização mais rigorosa é uma das razões que possibilitam que certas empresas utilizem os estágios como forma de dispor de uma mão-de-obra

A presente dissertação é desenvolvida no âmbito do Mestrado Profissional em Gestão e Avaliação da Educação (PPGP) do Centro de Políticas Públicas e Avaliação

Dessa forma, diante das questões apontadas no segundo capítulo, com os entraves enfrentados pela Gerência de Pós-compra da UFJF, como a falta de aplicação de

Esta dissertação assume como principal objectivo avaliar a intervenção urbana mais recente na vertente Este da cidade do Porto, o Plano de Pormenor das Antas, e averiguar o

One of the main strengths in this library is that the system designer has a great flexibility to specify the controller architecture that best fits the design goals, ranging from