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ACTA DA REUNIÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA MUNICIPAL DE COIMBRA

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CMC-GOI-97/001-Feito em computador

ACTA

DA

REUNIÃO ORDINÁRIA

DA

CÂMARA MUNICIPAL DE COIMBRA

Local: Sala das Sessões dos Paços do Município. Data: 13/10/2003.

Iniciada às 15H00 e encerrada às 18H00.

Aprovada em 20/10/2003 e publicitada através do Edital n.º 195/2003.

PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA INTERVENÇÃO DOS MEMBROS DO EXECUTIVO

Intervenção do Senhor Presidente. Intervenção dos Senhores Vereadores.

ORDEM DO DIA

I - ADMINISTRAÇÃO GERAL E RECURSOS HUMANOS

1. Acta da reunião da Câmara Municipal realizada no dia 06 de Outubro de 2003. 2. Clube de Empresários de Coimbra – Declaração de Utilidade Pública.

II - FINANCEIRO

3. Situação Financeira.

4. Pagamentos – Setembro/2003.

5. Acumulados de Execução Orçamental de Setembro, entre 1999 e 2003. 6. Limpeza de Instalações Municipais.

7. Núcleo Regional do Centro da Associação Portuguesa de Paralesia Cerebral, 2º Encontro – Porto de Honra - Consulta Prévia nº 130/2003.

III- ESTUDOS E PROJECTO MUNICIPAL DO PLANO

1. Requalificação da Rede Viária da Zona Ocidental de Coimbra – Reprogramação Física, Financeira e Temporal do Projecto.

2. 6ª. Alteração às Grandes Opções do Plano e ao Orçamento para 2003.

IV- DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E POLITICA EMPRESARIAL

1. Feriado de 1 de Novembro - Abertura excepcional do Mercado Municipal D. Pedro V.

V- APOIO JURIDICO

1. AC – Águas de Coimbra, E.M. – Competências.

VI- PROTOCOLO E RELAÇÕES EXTERIORES

1. Sancionamento da Factura nº 857 do Restaurante Trovador, Lda. 2. VI Congresso Ibero-Amaricano de Engenharia Mecânica – Apoio. VII- APOIO ÀS FREGUESIAS

1. Capela Mortuária de S. Paulo de Frades – Apoio financeiro. VIII - PLANEAMENTO

1. Nova Ponte da Portela – REN – Declaração de Interesse Público. 2. Via de Ligação Ponte Europa – Alto dos Barreiros – Almas de Freire. 3. Via Estruturante em Santa Clara – Ligação Bordalo / Antiga EN 1. 4. Manuel Duarte dos Santos / Permuta de Terrenos.

5. Estudos de Hidrologia Urbana – Acordo-Programa com a Universidade de Coimbra. IX - GESTÃO URBANÍSTICA E RENOVAÇÃO URBANA

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1. Carlos Duarte Almeida Henriques – Construção em Antanhol – Redução de Taxas – Regtº. 39559/03.

2. Eivima – Construção Civil, Ldª - Urbanização de Banhos Secos - Regtº. 23528/03.

3. Cristóvão Augusto Belfo & Filhos, Ldª - Rua Padre Estevão Cabral – Aditamento ao Alvará de Loteamento – Regtº 21119/03

4. Sociedade de Construções Custódio Antunes Ldª - Alvará de Loteamento 492/02 – Rua do Arnado – Aditamento.

5. Daniel de Jesus Costa – Moradia em Casais de Eiras – Redução do Valor da Taxa de Licenciamento.

X- OBRAS E GESTÃO DE INFRA-ESTRUTURAS MUNICIPAIS 1. Requalificação da Rede Viária da Zona Ocidental de Coimbra. 2. Ampliação da Escola do 1º CEB e Jardim de Infância de Larçã.

3. Ligação entre as Circulares Interna e Externa – Acesso ao Novo Hospital Pediátrico – Estudo Prévio e Abertura de Concurso para a Execução do Projecto.

4. Conservatório de Música de Coimbra – Elaboração de Projecto.

XI - HABITAÇÃO

1. Vistoria no Âmbito dos Processos de Reabilitação de Edifícios.

2. Realojamento da Carla Alexandra Mota Roxo – Atribuição de Habitação.

3. Edifício Municipal sito na Couraça dos Apóstolos, 5 e 7 – Aprovação da Utilização. XII - CULTURA

1. Grupo Amador de Teatro de Taveiro – Parecer para Declaração de Utilidade Pública.

2. Projecto “Mo(nu)mentos Musicais” – Apoio em Despesas Adicionais com a Realização de Concertos.

3. IV Festa do Cinema Francês.

XIII - SERVIÇOS MUNICIPALIZADOS DE TRANSPORTES URBANOS DE COIMBRA 1. Subsídio à Exploração.

XIV- ASSUNTOS DIVERSOS

1. Processos para Ratificação – Apoio para Transportes.

2. Gestão da Rede de Drenagem de Águas Pluviais – Limpeza e Desobstrução de Linhas de Água. 3. Acordo entre o Instituto de Solidariedade e Segurança Social e o Município de Coimbra. 4. Protocolo de Colaboração entre a Câmara Municipal de Coimbra e o Ministério da

Justiça/Direcção Geral dos Serviços Prisionais.

5. Vereador Dr. Nuno Freitas – Alteração do Regime de Permanência. A reunião iniciou-se com a presença de:

Presidente: Carlos Manuel de Sousa Encarnação Vice-Presidente: Horácio Augusto Pina Prata

Vereadores: João José Nogueira Gomes Rebelo Nuno Miguel Marta Oliveira Silva Freitas Manuel Augusto Lopes Rebanda

Mário Mendes Nunes

Jorge Filipe de Gouveia Monteiro António Fernando Rodrigues Costa Luís Malheiro Vilar

António Manuel Rochette Cordeiro Vitor Manuel Carvalho dos Santos

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A reunião foi presidida pelo Sr. Carlos Manuel de Sousa Encarnação, Presidente da Câmara Municipal e Secretariada por Manuel Gilberto Mendes Lopes, Director do Departamento de Administração Geral e Recursos Humanos, coadjuvado por Maria Licínia Campos do Vale Serrano, Chefe de Secção.

O Sr. Presidente deu início à reunião com o período de antes da ordem do dia, em cumprimento do artigo 86º da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro.

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Acta nº 83 de 13/10/2003

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PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA INTERVENÇÃO DOS MEMBROS DO EXECUTIVO

Intervenção dos Senhores Vereadores.

Intervenção do Sr. Vereador Rodrigues Costa. 1. Júris de Concursos.

O Sr. Vereador declarou que a reavaliação efectuada pelos Vereadores do Partido Socialista em ordem ao seu sentido de voto na proposta apresentada pelo Vereador Pina Prata, para a constituição do Júri do concurso, para a hasta pública dos locais de venda do Mercado D. Pedro V, levam-nos a colocar as seguintes reflexão e sugestão à consideração do Senhor Presidente.

Quanto à reflexão. Estamos num tempo em que, muitas das vezes injustamente, a classe política é acusada de intenções malévolas e de falta de transparência nos seus actos. Tempo em que a um político é exigido não só ser honesto, mas também não dar azo a que sobre os seus actos possam ser lançadas insinuações.

Desta realidade resulta, em nosso entender e nomeadamente, a conveniência de que nos concursos realizados por esta Câmara a componente técnica assuma uma necessária relevância. Relevância que resulta da realidade que a questão política é, fundamentalmente, a decisão da realização do concurso e das condições em que o mesmo deve decorrer. Daí que os concursos em si, não deverão ser mais do que a mera execução dessa decisão, onde o respeito pela legalidade e transparência deverão ser essenciais.

Quanto à proposta. Sugerimos ao Senhor Presidente que defina as regras a considerar nas propostas de constituição dos Júris dos concursos de forma a assegurar não só a mais estrita legalidade, bem como e indispensável garantia da sua transparência.

2. O Turismo em Coimbra.

O Sr. Vereador deu conhecimento ao Executivo dos seguintes factos:

- Realizou-se no passado dia 16 de Setembro a primeira reunião do Conselho Estratégico de Promoção Turística – que não contou com a participação de qualquer representante da Agência Regional das Beiras – e na qual, nomeadamente, foi decidido:

. A alocação dos meios financeiros a disponibilizar para a promoção de cada uma das Áreas Promocionais, pela qual foi definido que o montante a transferir, em 2004, para a Região das Beiras será de 810 mil euros;

. Aprovar a minutas dos contratos de promoção turística a celebrar entre o ICEP e as Agências Regionais de Promoção Turística.

- Foi, recentemente, divulgado o Plano de Marketing Turístico Nacional. 2004/2006, no qual, e para as Beiras, são definidos como produtos estratégicos o “Touring” e o Turismo activo.

Desta definição resulta que o Turismo cultural que tem vindo a ser considerado como essencial para Coimbra, não constitui um produto estratégico, para a Área Promocional onde Coimbra se insere, o que representa uma dificuldade adicional a vencer.

Perante este factos, face à inexistência de respostas concretas aos alertas que ao longo dos últimos meses venho fazendo ao Executivo, sou a requerer, ao abrigo do Estatuto da Oposição, que me seja informado:

- Quais as diligências já realizadas, até à data, pela Câmara Municipal para promover a constituição da Agência Promocional das Beiras?

- Qual a explicação para a não participação, da referida Agência na reunião do passado dia 16 de Setembro?

- Que já foi feito para a assegurar a defesa dos interesses de Coimbra no contrato de promoção turística, a celebrar com o ICEP?

Intervenção do Sr. Vereador Gouveia Monteiro. 1. Consignação de obras.

O Sr. Vereador Gouveia Monteiro deu conhecimento que na passada semana foi feita a consignação da obra de “Arranjos Exteriores dos Bairros da Rosa e do Ingote e António Sérgio”, referindo tratar-se de uma obra de requalificação urbanística daquele zona. Foi ainda consignada a obra de “Construção do Parque Nómada” nos Campos do Bolão.

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2. Obras Coercivas.

Deu conhecimento que no âmbito das obras coercivas aprovadas pela Câmara Municipal foi adjudicada a obra de recuperação de uma habitação situada no Alto dos Barreiros, Beco do Forno.

3. APPACDM – Pedido de Apoio.

Relativamente a um apelo da APPACDM no sentido de lhe ser facultado um espaço público para efectuarem uma exposição de Natal, o Sr. Vereador Gouveia Monteiro sugeriu ao Executivo que, através do Sr. Vice-Presidente, seja equacionada a eventual disponibilização de uma loja exterior do Mercado D. Pedro V, que se encontre desocupada nos meses de Novembro e Dezembro, para assim a Associação Portuguesa de Pais e Amigos de Cidadão Deficiente Mental efectuar uma campanha de angariação de fundos.

4. Rua Vicente Pindela – Zona Verde.

Sobre este assunto o Sr. Vereador retomou a questão da urbanização da Torricentro, onde, pese embora a Câmara Municipal ainda não tenha feito a recepção das obras de urbanização são bem visíveis quais os espaços a ceder para domínio público. Os moradores interrogam-se quanto ao destino da zona verde de protecção, já que, apesar dos alertas, continuam a registar-se utilizações destrutivas da zona de mata. Renova o seu apelo para que se instale equipamento de lazer na zona de mata, a fim de a proteger a tempo e para que se definam os usos públicos da zona privada adjacente, dando conteúdo ao ónus de utilização pública.

5. Prédio em construção na Rua Infanta D. Maria.

Declarou que os moradores daquela zona continuam preocupados com a situação do prédio da Imobiliária Patrocínio Tavares, em que tudo se vai consumado em prejuízo de quem ali morava e tinha outro tipo de expectativas para a sua zona. Os moradores não abdicam também de conhecer as respostas que a Câmara deu ou vai dar à IGAT sobre várias questões formuladas.

6. Inundações/2002.

Relativamente a uma proposta de pagamentos de indemnizações a habitantes da zona de Eiras, apresentada em reunião de Câmara, o Sr. Vereador Gouveia Monteiro levantou a questão das inundações da zona dos Fornos e Espertina. Como os processos nunca mais foram apresentados em reunião do Executivo Municipal, gostaria de saber o que está em desenvolvimento e quais as medidas de prevenção implementadas para que este ano a situação não se repita.

7. Hotel Avenida – Andaimes.

O Sr. Vereador referiu que numa zona de estrangulamento da Avª. Emídio Navarro não pode ser montado um andaime, como o que foi colocado em frente ao Hotel Avenida, obrigando as pessoas a deslocarem-se para a faixa de rodagem ou então passarem debaixo dos tubos, sem qualquer protecção.

8. Saneamento da Moita Santa.

Disse que continua por resolver o problema de saneamento da Moita Santa, pese embora ter sido instalado o colector na rua de baixo. Nada está ligado e nas casas junto ao campo de futebol da União Desportiva de Cernache, nem sequer construção de rede de saneamento existe. Neste sentido solicitou informação sobre a data de ligação do saneamento, uma vez que as pessoas estão com uma despesa adicional de limpeza de fossas.

9. Demolição na Rua Corpo de Deus.

Na próxima quinta-feira irá proceder-se à demolição deliberada por este Executivo Municipal do prédio situado na Rua Corpo de Deus, 82. É uma operação delicada e terá de ser compatibilizada com o trânsito, pelo que o Departamento de Habitação irá concertar com todas as entidades envolvidas a melhor forma de se fazer o trabalho.

Intervenção do Sr. Vereador Luis Vilar. 1. Cobertura da Baixa.

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Congratulou-se com a posição assumida pelo Professor Gonçalo Byrne, sobre a “obsessão” da Câmara Municipal em cobrir as ruas Ferreira Borges e Visconde da Luz.

2. Recolha de Resíduos Sólidos Urbanos.

Sobre a recolha de lixo o Sr. Vereador referiu a falta de limpeza que se constata na cidade, especialmente em zonas abrangidas pelo controle com a ERSUC. Referiu-se em especial à zona de Coselhas, onde há mais de 15 dias se encontra lixo junto aos contentores mais parecendo uma lixeira.

3. Parque Nómada.

Congratulou-se com a consignação da obra de construção do Parque Nómada uma vez que a mesma demonstra a solidariedade de Coimbra para com quem escolhe a cidade para residir. Disse ainda que a construção deste Parque nos Campos do Bolão contribui para o desenvolvimento da cidade, se se acrescentar os outros equipamentos aprovados para aquela área. Também com a saída da família “Monteiro” da Estação Velha, vai ser possível avançar com o programa “Estações Com Vida” anunciado ainda pelo Primeiro Ministro Eng.º António Guterres no ano de 2000.

4. Entrevista do Sr. Presidente à comunicação social.

Comentando a entrevista do Sr. Presidente a um Jornal de âmbito nacional, o Sr. Vereador referiu que assimilou da mesma, que o Sr. Presidente está como líder da coligação que concorreu à Câmara Municipal de Coimbra a dar um recado do Líder do PSD e do Governo Dr. Durão Barroso, que não está a cumprir com as obrigações que têm para Coimbra, reconhecendo que o Governo Central trata mal as autarquias, incluindo a de Coimbra. Concluindo, o Sr. Vereador referiu que, obras e ideias novas para Coimbra, nos quatro anos de mandato equivalem a zero, o que denota falto de peso político do Presidente e da maioria que detém o poder da Câmara Municipal.

Intervenção do Sr. Vereador António Rochette.

1. Poluentes atmosféricos dos fornos fabris da Cimpor – Souselas.

Relativamente a este assunto o Sr. Vereador António Rochette referiu que gostaria de ser informado sobre as seguintes situações:

- Qual o tipo de cádmio que foi libertado pelo forno 3;

- Como é que se pode dizer que foi uma situação pontual quando o anterior registo é de Dezembro/2001, ou seja seis meses antes, o que quer dizer que poderá ter havido libertação destes minerais pesados durante todo o período que vai de Dezembro de 2001 a Junho/2002;

- Tendo em atenção que este tipo de minerais pesados têm a ver com situações ligadas aos fornos e por conseguinte, situações de queima, qual o tipo de combustível que estava no momento a ser utilizado no momento em que estes valores estavam e ser registados, e se existe alguma relação daqueles valores com alguma alteração do tipo de combustível;

- Informação sobre como se considera que os valores limites ligeiramente acima dos valores limites, quando na realidade, o Prof. Manuel Silva da Faculdade de Medicina que faz uma intervenção sobre estas questões e sobre aquilo que é a tolerância zero relativamente a estes materiais;

- Qual o ponto de situação sobre os estudos epidemiológicos e qual a intervenção que o Sr. Presidente vai ter a partir deste momento por forma a que estes mesmos estudos tenham desenvolvimento e partir deste momento e se possa ter conhecimento da realidade do estado da saúde pública das populações de Souselas e toda a área envolvente.

2. Educação - Falta de pagamento de subsídios.

O Sr. Vereador referiu que em virtude da falta de pagamentos relacionados com a alimentação escolar, está a pôr-se em perigo a alimentação para algumas crianças das escolas do ensino básico. Disse também que em alguns Jardins de Infância da rede pública do concelho não estão a ser entregues os materiais pedagógicos.

Intervenção do Sr. Vereador Nuno Freitas. 1. Subsídios para alimentação.

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Relativamente a este assunto o Sr. Vereador informou que a Câmara Municipal deliberou em tempo oportuno a atribuição dos subsídios para a alimentação escolar, tendo sido o ano em que mais cedo se fez este acerto de contas comum ás escolas. O procedimento financeiro subsequente e que está a ser feito neste momento.

Quanto aos materiais didácticos, depois de se corrigir algumas situações relacionadas com a qualidade dos mesmos, também já está todo entregue.

2. Cimpor.

Sobre este assunto o Sr. Vereador referiu que informou os responsáveis da Cimpor que em nome da Câmara Municipal reiterava a preocupação pelo facto do conjunto de dados disponibilizadas ser feito tardiamente pela Direcção Regional da Economia e Instituto do Ambiente. Em nome da Câmara Municipal oficiou também àquelas entidades no sentido da Câmara Municipal querer conhecer os dados concretos atempadamente, solicitando informação urgente também sobre os dados relativos aos últimos cinco anos e também relativos a todas as unidades industriais do concelho de Coimbra, abrangidas pela mesma legislação. Quanto aos estudos epidemiológicos referidos pelo Prof. José Manuel Silva, são interessantes para o conjunto da população de Coimbra, mas relembrou que a Câmara Municipal não tem competência técnica para fazer qualquer tipo desses estudos, sendo certo que a ARS se comprometeu a fazê-lo para a zona de influência da área da Cimpor.

Intervenção do Sr. Vice-Presidente.

1. Cedência da loja exterior do Mercado D. Pedro V.

Em relação ao que foi dito pelo Sr. Vereador Gouveia Monteiro sobre a disponibilização de uma loja exterior do mercado D. Pedro V para a APPACDM, o Sr. Vice-Presidente informou que estão a decorrer as hastas públicas das mesmas, não sabendo se seria possível a sua cedência. No entanto irá analisar essa situação.

2. Turismo.

Em relação às questões postas pelo Sr. Vereador Rodrigues Costa, o Sr. Vice-Presidente solicitou ao Sr. Presidente que fosse feito um convite ao Sr. Presidente da Região Turismo Centro e ao Presidente da Associação de Turismo da Região Centro, no sentido de virem a uma reunião pública explicitar as dúvidas emergentes das intervenções do Sr. Vereador Rodrigues Costa.

O Sr. Vereador Rodrigues Costa referiu que o Senhor Vereador Pina Prata acabava de produzir uma não resposta, a qual lhe merecia os seguintes comentários:

“- O Senhor Vereador nada diz, porque nada tem para dizer, porque nada fez;

- A sua não resposta é um exemplo paradigmático da atitude que a Câmara – e não estou a falar só deste Executivo – tem tido em ordem ao turismo de Coimbra, que é a de pretender atirar para cima da Região de Turismo do Centro o exercício de competências que lhe são próprias.

Daí que as questões colocadas visavam conhecer o que a Câmara, através do Vereador com a responsabilidade do Pelouro do Turismo, tem feito e não aquilo que tem sido a actividade da Região de Turismo.

Acresce que a Região de Turismo, por força da sua própria realidade, tem que se ocupar do todo, pelo que terá de ser a Câmara de Coimbra a interessar-se e a lutar pela defesa dos interesses específicos do Concelho de Coimbra, face às potencialidades turísticas existentes. O que, como se comprova, não tem acontecido.”

O Sr. Presidente, encerrando esta questão, referiu que o Sr. Vereador Rodrigues Costa faz as perguntas e dá as respostas. Anda há muitos anos a falar sozinho e agora tem oportunidade de ter alguém a ouvi-lo, mas dentro de pouco tempo vai ter uma grande surpresa.

O Sr. Vereador Rodrigues Costa referiu que as suas intervenções têm-se pautado – na medida das suas capacidades e competências e no respeito pelo mandato que o Povo de Coimbra lhe conferiu – por uma tentativa de ajudar à resolução dos problemas com que Coimbra se defronta. Atitude esta que nada tem a ver com o contexto de brincadeira que o Sr. Presidente imprime às suas não respostas quando nada tem para responder.

Intervenção do Sr. Vereador João Rebelo. 1. Visita à Margem Esquerda.

A solicitação do Conselho da Cidade participou no Sábado de manhã numa visita à margem esquerda da cidade, onde pôde dar conhecimento dos projectos aprovados pela Câmara Municipal, para toda aquela zona, englobando o planalto

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de Santa Clara até à zona do Rossio e zona abrangida pelo Polis. Nesse âmbito referiu também uma proposta já colocada em reunião da Câmara Municipal relacionada com a protecção das pessoas que atravessam diariamente a Ponte de Santa Clara e que manifestaram esse desejo à Câmara Municipal.

2. Hotel Avenida – Andaimes.

Informou que confrontado com a situação dos andaimes enviou a fiscalização para o local, estando já a situação a ser equacionada.

3. Construção na Rua Infanta D. Maria.

Declarou que esteve no local com os moradores para analisar a situação. Já reuniu com o promotor e os seus representantes e em sequência disso foi elaborada uma proposta que tem para ser discutida, mais uma vez, com os moradores e que é relacionada com as melhorias/correcções e algumas garantias que o impacto ali ocorrido esteja controlado. A drenagem de águas está a ser feita, uma escadaria que permita a circulação das pessoas entre os dois espaços e o caso de viaturas ao local, são questões colocadas pelos utentes e que estão a ser ultimadas.

Disse também o Sr. Vereador que está a estudar a elaboração de um protocolo com os moradores, para a gestão dos espaços verdes e de estacionamento ao longo da Solum.

O Sr. Vereador manifestou ainda a sua preocupação com o terreno objecto de cedência pela Câmara Municipal ao Instituto Miguel Torga, junto à escola C+S, uma vez que há necessidade de ter em conta que qualquer construção naquela zona obriga ainda a mais rigor no acesso e estacionamento da zona.

Paralelamente está também a ser estudada, pela Divisão de Trânsito, alguma correcção ao troço final da Avª. Elísio de Moura no sentido de garantir que a Avenida tenha em todo o seu percurso 4 vias de circulação.

4. Loteamento da Torricentro.

Informou que já foram entregues as correcções ao projecto de arranjos exteriores, após o que será possível receber parte das infraestruturas e parte dos espaços verdes. Só agora se poderá dar seguimento ao processo.

Intervenção do Sr. Vereador Manuel Rebanda. 1. Felicitações ao Sr. Vereador Luis Vilar.

Cumprimentou o Sr. Vereador Luis Vilar, pelo sua eleição, no passado Sábado, como Presidente da Comissão Política Concelhia do Partido Socialista.

O Sr. Vereador Luis Vilar agradeceu as palavras do Sr. Vereador Manuel Rebanda.

2. Dia da Bengala Branca.

Informou que na próxima quarta-feira, a ACAPO vai realizar na Praça 8 de Maio diversas acções de sensibilização, aproveitando a oportunidade para se fazer uma demonstração sobre os avisos sonoros das paragens dos autocarros, serviço de grande utilidade para os invisuais.

Intervenção do Sr. Vereador Mário Nunes. 1. Deslocação a eventos.

No passado Sábado participou numa iniciativa promovida pelo União de Coimbra, um jogo de futebol entre o União de Coimbra e o Benfica B, no Estádio Sérgio Conceição, cuja receita proveniente desse jogo se destinava às vítimas dos incêndios ocorridos durante este ano. O público não aderiu, não obstante o objectivo nobre da iniciativa, não assistindo mais do que cem pessoas ao desafio.

Também participou na Freguesia do Ameal, nesse mesmo dia à noite, no evento “Viver com a Cultura”. A Igreja matriz estava completamente cheia tendo a população aderido e participado no evento.

Ao fim da tarde de ontem participou numa sessão do ciclo de espectáculos do Teatrão dedicado às crianças. Está a ser um êxito e os espaços culturais enchem por completo com as crianças e respectivos pais que aderiram a esta iniciativa sem reservas.

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Intervenção do Sr. Vereador Luis Vilar. 1. Cimpor.

Relativamente ao assunto Cimpor o Sr. Vereador Luis Vilar referiu que a administração da Cimpor é hipócrita, demagógica, utilizando má fé e pressão. Sobre a questão de Souselas, referiu que o Partido Socialista não quer fazer aproveitamento político da questão. Quer sobre os estudos epidemiológicos, quer sobre a requalificação ambiental de Souselas e freguesias envolventes, para garantir a seriedade da questão foi indicado o nome do Prof. Massano Cardoso. Não se pede responsabilidades ao Sr. Presidente mas sim em nome da Freguesia de Souselas e toda a zona envolvente, a saúde pública está acima de tudo e inclusivé da própria política, que até condenou o Partido Socialista. Os estudos têm de ser feitos e acompanhados por uma Comissão de Acompanhamento Local, não se podendo deixar cair os braços. A co-incineração acabou, mas a produção da unidade cimenteira causou sérios prejuízos em termos de saúde pública, sendo necessário acompanhar com precisão o que se passa na verdade.

Intervenção do Sr. Presidente. 1. Cimpor.

Mais uma vez o Sr. Presidente referiu que a questão tem de ser resolvida na estrita competência da Câmara Municipal e para isso tem de exigir ser directamente informada sobre o que se está a passar. Junto da Direcção Regional da Economia foram-lhe fornecidos alguns elementos, que na próxima reunião dará conhecimento aos Srs. Vereadores. A legislação que existe sobre o assunto é de 1993 e 1995, e interessa saber o que existe nos diplomas que possa fazer actuar, quer a correcção, quer a responsabilidade, ou seja, se há necessidade de fazer alguma alteração à lei para que se responsabilize a empresa, se altere o processo de fabrico ou recomendações expressas da Direcção-Geral com capacidade investigatória para corrigir o que está mal. É nesse sentido que tem contactos com a Direcção-Regional de Economia e espera uma resposta breve sobre a questão.

O Sr. Vereador Luis Vilar voltou a referir a necessidade de Acompanhamento Local, já aprovada no Executivo anterior e sobre a qual todos concordaram e aplaudiram, incluindo os vereadores do PSD no Executivo anterior. Trata-se de acompanhar os estudos epidemiológicos e a requalificação ambiental e se estiverem todos de acordo, então sim deve-se exigir aos deputados da Asdeve-sembleia da República para que todos os eleitos pelo círculo de Coimbra equacionem a situação.

O Sr. Presidente voltou a referir que as coisas têm o seu tempo de ser feitas. Neste momento e em primeiro lugar interesse saber se é necessário alterar a Lei e depois então far-se-ão todas as diligências necessárias que o caso requer.

ORDEM DO DIA

PONTO I - ADMINISTRAÇÃO GERAL E RECURSOS HUMANOS

I.1. Acta da reunião da Câmara Municipal realizada no dia 06 de Outubro de 2003.

Deliberação nº 3224/2003 (13/10/2003):

• Aprovada a acta da reunião do dia 06 de Outubro de 2003, com as alterações introduzidas à respectiva

minuta que havia sido previamente distribuída.

Deliberação tomada por unanimidade e em minuta.

I.2. Clube de Empresários de Coimbra – Declaração de Utilidade Pública.

Para o assunto em epígrafe o Director do Departamento de Administração Geral e Recursos Humanos apresentou a informação nº 76, de 07/10/2003, que a seguir se transcreve:

“1. A Associação acima referenciada, com sede na Quinta das Varandas, na Av. Urbano Duarte, em Coimbra, solicitou em 2002.03.27, registo n.º 14003, parecer fundamentado tendente à obtenção do Estatuto de Pessoa Colectiva de Utilidade Pública, que nos termos do n.º 2 do artigo 5.º do Dec. Lei n.º 467/77, de 7 de Novembro, deve ser emitido pela Câmara Municipal.

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Acta nº 83 de 13/10/2003

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a)Certidão da escritura pública de constituição da Associação “Clube de Empresários de Coimbra”; b)Cartão de Identificação de Pessoa Colectiva;

c)Cópia do extracto da escritura pública publicado no Diário da República; d)Estatutos da referida Associação;

e)Relatório da Direcção/Exercício 2000;

f)Síntese do historial do “Clube de Empresários de Coimbra”.

3. Segundo os dados carreados para o processo o “Clube dos Empresários de Coimbra” é uma associação sem fins lucrativos e foi constituída por tempo indeterminado, por escritura lavrada em vinte e sete de Fevereiro de 1992, no 2.º Cartório da Secretaria Notarial de Coimbra.

4. A referida Associação tem como objecto:

A dignificação e valorização da actividade dos empresários; A promoção de acções de índole profissional, social e cultural.

5. Através da informação n.º186, de 23/05/2003, do Gabinete de Desenvolvimento Económico e Política Empresarial (GDPE), sbscrita pelo Sr. Vice-Presidente da Câmara Municipal, Eng.º Horácio Pina Prata, é dado o seguinte enquadramento relativamente ao mérito e prestação da referida Associação:

“O respectivo objecto social centra-se, sobretudo, na dignificação e valorização da actividade dos Empresários, no intuito de poder fornecer apoio aos mesmos e também, numa visão mais lata, ao próprio tecido sócio-económico do Concelho, nomeadamente enquanto suporte de acções cujos interesses tenham ligações relevantes com a região Centro. É ainda parte integrante do objecto social da referida Associação promover acções de índole profissional, social e cultural, tendo em vista dignificar o tecido empresarial da região e proporcionar aos seus colaboradores uma permanente actualização e informação sobre diversificados assuntos, designadamente através da constante abertura ao debate de ideias.

Em termos de realizações efectivas já concretizadas pelo Clube de Empresários de Coimbra, são de salientar, desde logo, os inúmeros debates temáticos, com periodicidade mensal, sobre assuntos de interesse económico e empresarial, bem como diversos encontros, recepções e visitas integradas nos propósitos a que a colectividade se propõe.

A actuação desta Associação contemplou igualmente a organização de várias acções de formação para Empresários e Quadros, reunindo parcerias com outras entidades e institutos.

No que diz respeito às relações com o exterior, é de referir a sua representação ou participação em entidades de índole diversa, como é o caso da “Coimbravita, S.A.”, da “Invesvita – Serviços na Área da Saúde, S.A.”, do Instituto Politécnico de Coimbra, como membro do Colégio Eleitoral, da “Novotecna – Associação para o Desenvolvimento Tecnológico”, da “Odabarca, S.A.”, do Exploratório Infante D. Henrique, da Câmara Municipal de Poiares, enquanto membro do Conselho Municipal de Segurança do Município, e da Universidade de Coimbra, como membro do Conselho Social.

Sendo uma entidade atenta ao sentido do desenvolvimento económico e às necessidades que esse mesmo desenvolvimento reclama em termos da actividade específica dos empresários, esta Associação tem já como metas futuras alargar os seus objectivos e apostar em iniciativas específicas na área da formação, projectar a edição de uma revista anual, promover e intensificar as iniciativas empresariais, estender as suas actividades e iniciativas aos concelhos e distritos limítrofes, valorizar os aspectos culturais e de lazer e ainda intensificar parcerias com todos os agentes e entidades no intuito de contribuir, de forma concertada, para a dignificação da actividade empresarial e dinamização económica e estratégica da região.”

6. Ainda na mesma informação é dado o seguinte parecer:

“Uma vez caracterizada a aptidão e objecto social do Clube de Empresários de Coimbra, bem como a sua prestação e contributo em domínios vários com afinidade relativamente à área da vida empresarial do Concelho, o Gabinete de Desenvolvimento Económico e Política Empresarial entende ser esta uma entidade cujo interesse deve ser reconhecido, mais ainda pelo facto de que a Câmara Municipal de Coimbra se empenha em promover e colaborar, não só com as empresas, mas também com Associações com intrínseco mérito e eficiência no cumprimento das respectivas funções e propósitos, e mais ainda tratando-se de uma colectividade que tem vindo comprovadamente a promover projectos de valor e utilidade para os crescentes requisitos de exigência do actual tecido sócio-económico. Assim, entendemos estar esta entidade em conformidade com os requisitos necessários ao formal reconhecimento do estatuto de utilidade pública, pelo que assim encaminhamos parecer favorável quanto ao assunto”

7. Nestes termos e com estes fundamentos, envio o processo a V. Ex.a a fim do mesmo ser submetido à consideração da Câmara Municipal, atendendo a que compete a esta nos termos do n.º 2 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 460/77, de 7 de Novembro, ponderar do mérito do pedido e decidir se emite ou não parecer favorável tendente à declaração da Associação “Clube de Empresários de Coimbra” , como pessoa colectiva de utilidade pública”.

Face ao exposto e após a análise do processo, o Executivo deliberou:

(10)

• Emitir parecer favorável tendente à declaração da Associação “Clube de Empresários de Coimbra” como

pessoa colectiva de utilidade pública, nos termos do n.º 2 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 460/77, de 07 de Novembro.

Deliberação tomada por unanimidade e em minuta.

PONTO II - FINANCEIRO

Neste momento ausentou-se da reunião o Sr. Vice-Presidente.

II.1. Situação Financeira.

Foi presente o balancete referente ao dia 10 de Outubro de 2003, no qual consta que o total de disponibilidades desta Câmara Municipal é de 6.702.267,90 € ( seis milhões setecentos e dois mil duzentos e sessenta e sete euros e noventa cêntimos), valor que inclui o montante de 155.589,18 € ( cento e cinquenta e cinco mil quinhentos e oitenta e nove euros e dezoito cêntimos) em documentos. Os movimentos de Tesouraria desta Câmara Municipal nesse mesmo dia foram de 6.857.857,08 € ( seis milhões oitocentos e cinquenta e sete mil oitocentos e cinquenta e sete euros e oito cêntimos ), sendo as operações orçamentais no valor de 5.203.796,54 € ( cinco milhões duzentos e três mil setecentos e noventa e seis euros e cinquenta e quatro cêntimos) e as operações não orçamentais no valor de 1.498.471,36 ( um milhão quatrocentos e noventa e oito mil quatrocentos e setenta e um euros e trinta e seis cêntimos ).

Deliberação nº 3226/2003 (13/10/2003): • Tomado conhecimento.

II.2. Pagamentos – Setembro/2003.

Relativamente ao assunto acima identificado e nos termos da informação n.º 550, de 06/10/2003, da Divisão de Contabilidade, o Executivo deliberou:

Deliberação nº 3227/2003 (13/10/2003):

• Tomar conhecimento dos seguintes documentos relativos aos pagamentos efectuados no mês de

Setembro de 2003:

- Registo de pagamentos efectuados em Setembro de 2003 no total de 6.567.493,42 €;

- Posição Actual Orçamento da Receita no período 01/01 a 30/09 de 2003 no total de 59.286.191,65 €;

- Resumo da Posição Actual do Orçamento da Despesa por Económica no período de 01/01 a 30/09 de 2003 no total de 66.687.436,57 €.

Deliberação tomada por unanimidade e em minuta.

II.3. Acumulados de Execução Orçamental de Setembro, entre 1999 e 2003.

Para o assunto em epígrafe o Departamento Financeiro apresentou a informação nº 28, de 09/10/2003, que a seguir se transcreve:

“No que se refere à evolução da execução orçamental e análise comparativa dos últimos cinco exercícios, juntam-se alguns quadros e gráficos da situação acumulada reportada a Setembro, anexando-se os seguintes documentos:

Mapa da Posição Actual do Orçamento da Receita à data de 30/09/2003; - Mapa da Posição Actual do Orçamento da Despesa à data de 30/09/2003; Resumo Diário de Tesouraria à data 30/09/2003.

RECEITA

O nível de execução orçamental de receitas apresenta uma taxa de crescimento negativa, na ordem dos 20% , ou seja, - € 14.714.996 em valores absolutos, comparativamente com o mesmo período do exercício anterior.

Para esta diminuição contribuem as Receitas de Capital com menos € 14.462.507, ou seja, uma taxa de crescimento negativa de 37% em relação ao exercício anterior, devido ao empréstimo contratado para financiamento da empreitada da Construção do Estádio Municipal no âmbito do Campeonato Europeu de Futebol de 2004 que se cifrou no ano de 2003 em € 8.000.000, contra os € 27.000.000 recebidos do exercício anterior relativos a este mesmo empréstimo. As rubricas da receita corrente onde se verificam maiores variações positivas são as relativas aos rendimentos de propriedade (+ 26,8%), nomeadamente relativo à cobrança das rendas de baixa tensão da EDP, com + € 613.443, ou seja, uma taxa de crescimento de 59,8% .

(11)

Acta nº 83 de 13/10/2003

Págª. 11

o aumento anual da renda de concessão em baixa tensão para 2003 na ordem dos 10%; o recebimento da renda do último trimestre de 2002, em 2003, no valor de € 512.699 (anexo).

Verifica-se uma diminuição nos impostos directos, cuja receita tem um peso acentuado nas receitas dos Municípios e que neste caso, representa uma taxa de crescimento de – 2,9%, ou seja, - € 595.073 em valores absolutos, explicada exclusivamente pela quebra da cobrança da Sisa na ordem dos 16%, ou seja, uma diminuição de € 1.328.095 em valores absolutos.

As rubricas da receita de capital onde se verificam maiores variações positivas são as relativas às transferências de Capital na rubrica Exterior, aplicável a projectos comparticipados pelo FEDER no âmbito do Programa Operacional do Centro – QCA III, na ordem dos 47%.

A verificação de uma taxa de crescimento de 3,6% nas transferências do Fundo Geral Municipal e Fundo Base Municipal superior à registada em período homólogo deve-se às dotações inscritas no Orçamento de Estado para

2003.

DESPESA

No que se refere à evolução das despesas, verifica-se que em termos de execução orçamental a taxa de crescimento foi positiva, mas com um grau de importância mínima em relação ao mesmo período do ano anterior, ou seja, uma taxa de crescimento de 9% relativamente à despesa global, contribuindo as despesas correntes com um aumento de 20,19%, + € 5.333.884 e as despesas de capital apenas com 1%.

A análise dos componentes principais tem por finalidade resumir a informação expressa nos quadros e gráficos da despesa paga comparativamente entre Setembro de 1999/2003. Para o crescimento verificado na despesa paga contribuíram especialmente os custos com o pessoal que aumentaram 13,0% em 2003, reflectindo para além de novas admissões a da actualização salarial de 1,5% por vencimentos abaixo do limiar de € 1.008,57, conforme Portaria nº 303/2003, de 14 de Abril.

ENDIVIDAMENTO

Os indicadores de endividamento são fortemente condicionados pela utilização total do empréstimo contratado ao DEXIA CREDIT LOCAL, para financiamento da construção do Novo Estádio Municipal, registando um aumento percentual de 33,6% em relação ao endividamento total e –70,2% na razão do endividamento líquido do exercício relativamente a empréstimos de M/L Prazo, influencia da utilização das tranches do empréstimo já referido nos comentários em relação à receita.

REFLEXÕES FINAIS

Os quadros e gráficos que se juntam permitem de uma forma mais analítica, a observação do quadro de execução orçamental registado quer a nível da Receita , quer a nível da Despesa.

O saldo de disponibilidades orçamentais em 30 de Setembro de 2003, é de € 5.245.074 e o valor dos encargos em dívida de curto prazo de € 4.765.869”.

Face ao exposto e após a análise do processo, o Executivo deliberou:

Deliberação nº 3228/2003 (13/10/2003): • Tomar conhecimento.

II.4. Limpeza de Instalações Municipais.

Para o assunto em epígrafe a Divisão de Património e Aprovisionamento apresentou a informação nº 1125, de 08/10/2003, que a seguir se transcreve:

“Terminam em 07.04.2004 e 15.04.2004 vários contratos de prestação de serviços de limpeza de instalações municipais: Paços do Município, Casa Aninhas, Pátio da Inquisição, Departamento de Habitação, Edifício Chiado, Edifício Almedina, Torre de Almedina, Departamento de Educação, Acção Social e Família Casa do Correio-Mor), Serviço de Polícia Municipal, Casa Municipal da Cultura, Casa Municipal da Protecção Civil, Divisão de Conservação e Administração Directa na Pedrulha). Importa, assim, dar início aos procedimentos necessários à celebração atempada de novo contrato de prestação de serviços. Para esta situação é de todo conveniente celebrar um contrato por um período alargado com vista a obter melhores condições financeiras. Por esse motivo, à semelhança de contratos anteriores, propomo-nos celebrar um contrato por um período ligeiramente superior a dois anos (coincidindo o seu termo com o final do mês de Abril de 2006) e com a possibilidade de prorrogação até dois anos.

A fórmula de cálculo para a estimativa do valor do contrato é a prevista no art. 24.º, n.º 2, alínea a), do Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de Junho, que aprova o regime de contratação pública relativa à locação e aquisição de bens móveis e serviços, ou seja, o valor total do contrato em relação ao seu período de vigência, incluindo opções (como é o caso da prorrogação). Assim sendo, o valor da estimativa do contrato é de € 1.225.000,00 acrescido de IVA (correspondente a cerca de 25 meses de contrato mais 24 meses da possibilidade de prorrogação).

(12)

Esta circunstância implica a abertura de um procedimento (concurso público) que dará lugar a despesas plurianuais, ou seja, com implicações financeiras em mais de um ano económico.

Ora, determina o mesmo Decreto-Lei n.º 197/99, que também estabelece o regime de realização de despesas públicas com locação e aquisição de bens e serviços, no seu art. 22.º, n.ºs 1 e 6, que a abertura de procedimento relativo a despesas que dêem lugar a encargos orçamentais em mais de um ano económico ou em ano que não seja o da sua realização, não pode ser efectivada sem prévia autorização do órgão deliberativo, nomeadamente quando os seus encargos excedam o limite de 20.000 contos / € 99.759,58 em cada um dos anos económicos (o que é o caso) e o prazo de execução de três anos (o que também será o caso se for exercida a possibilidade de prorrogação).

Por força da estimativa prevista, é ultrapassado o valor indicado.

Face a este valor estimado, deve obrigatoriamente ser realizado um concurso público com publicitação internacional, de acordo com o disposto nos arts. 80.º, n.º 1, e 191.º, n.º 1, alínea b), do citado Decreto-Lei n.º 197/99, pois é ultrapassado o limiar comunitário (200.000 euros) definido naquele articulado.

Assim, propomos que a Assembleia Municipal autorize a abertura de um concurso público para a prestação de serviços de limpeza de instalações municipais, ao abrigo do disposto no art. 22.º, n.ºs 1 e 6, do Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de Junho, sendo os limites máximos dos encargos correspondentes a cada ano económico, os adiante indicados, aos quais acresce o IVA e a actualização de preços pela forma definida no caderno de encargos:

2004 - € 225.000,00 2005 - € 300.000,00 2006 - € 300.000,00 2007 - € 300.000,00 2008 - € 100.000,00

Propomos igualmente que a Câmara Municipal aprove o seguinte:

1. Os documentos base do procedimento em anexo (caderno de encargos e programa de concurso).

2. Constituir o Júri do concurso pelo dr. Gilberto Lopes, director do Departamento de Administração Geral e Recursos Humanos, que presidirá, dr. Martins de Oliveira, chefe da Divisão de Património e Aprovisionamento, que substituirá presidente nas suas faltas e impedimentos, dr. António Carvalho, técnico superior de 1.ª classe, membro efectivo, bem como dr.ª Berta Duarte, chefe da Divisão de Museologia, e eng. Ulisses Correia, director do Departamento de Obras e Gestão de Infra-Estruturas Municipais, como membros suplentes.

3. Delegar no Júri a competência para proceder à audiência prévia.

Nos termos do disposto no art. 71.º, n.º 1, da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, foram cumpridas todas as obrigações legais e regulamentares”.

Para o mesmo assunto o Sr. Vereador João Rebelo emitiu o seguinte despacho em 09/10/2003:

“Concordo. O caderno de encargos, deverá prever a possibilidade de integração de outros espaços”.

Face ao exposto e após a análise do processo, o Executivo deliberou:

Deliberação nº 3229/2003 (13/10/2003):

• Aprovar as propostas constantes da informação e nos termos do despacho do Sr. Vereador João Rebelo,

com envio do processo à Assembleia Municipal.

Deliberação tomada por unanimidade e em minuta.

II.5. Núcleo Regional do Centro da Associação Portuguesa de Paralesia Cerebral, 2º Encontro – Porto de Honra - Consulta Prévia nº 130/2003.

Para o assunto acima identificado e com base na informação nº 1130, de 08/10/2003, da Divisão de Património e Aprovisionamento, o Executivo deliberou:

Deliberação nº 3230/2003 (13/10/2003):

• Ratificar o despacho do Sr. Vereador João Rebelo de 09/10/2003, que adjudicou o fornecimento de um

Porto-de-Honra para 45 pessoas, ao Restaurante Nacional, pelo valor de 405 €, com IVA incluído.

Deliberação tomada por unanimidade e em minuta.

(13)

Acta nº 83 de 13/10/2003

Págª. 13

III.1. Requalificação da Rede Viária da Zona Ocidental de Coimbra – Reprogramação Física, Financeira e Temporal do Projecto.

Para o assunto acima identificado e nos termos da informação n.º 337, de 07/10/2003, do Gabinete de Estudos e do Projecto Municipal do Plano, o Executivo deliberou:

Deliberação nº 3231/2003 (13/10/2003):

• Aprovar o processo de reprogramação física, financeira e temporal do projecto “Requalificação da Rede

Viária da Zona Ocidental de Coimbra” com o valor proposto de investimento total de 1.120.606,93 €, o investimento elegível proposto de 1.120.606,93 € e a comparticipação proposta de 728.394,51 € (65%), que se encontra devidamente instruído nos termos do Regulamento Interno da Unidade de Gestão do Eixo prioritário I – Apoio aos Investimentos de Interesse Municipal e Intermunicipal do Programa Operacional Regional do Centro do QCA III.

• Enviar o processo ao Gabinete de Apoio Técnico de Coimbra, para posterior aprovação pela Unidade de

Gestão.

Deliberação tomada por unanimidade e em minuta.

III.2. 6ª. Alteração às Grandes Opções do Plano e ao Orçamento para 2003.

Ao abrigo do ponto 8.3.1. – Modificações ao Orçamento e do ponto 8.3.2. – Modificações ao Plano Plurianual de Investimentos do D.L. n.º 54-A/99, de 22 de Fevereiro, que aprovou o POCAL e ainda, do Capítulo V – Alterações/Revisões Orçamentais, do Sistema de Controlo Interno para 2003, é apresentada a 6.ª Alteração às Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2003.

A proposta de alteração às Grandes Opções do Plano (que integra o Plano Plurianual de Investimentos e as Actividades Mais Relevantes) no valor de 2.439.301 € de reforços e 1.775.532 € de anulações, tem por objectivo reforçar diversos projectos e acções das G.O.P, em resultado da execução actual e prevista pelos serviços municipais.

A 6.ª Alteração ao Orçamento da despesa para 2003, no valor de 2.803.871 € (em reforços e anulações), inclui as alterações às Grandes Opções do Plano e as alterações a diversas despesas de funcionamento, em conformidade com a execução orçamental até à presente data e as propostas dos serviços municipais.

Face ao exposto e nos termos da informação n.º 321, de 03/10/2003, do Gabinete de Estudos e do Projecto Municipal do Plano, o Executivo deliberou:

Deliberação nº 3232/2003 (13/10/2003):

• Aprovar a 6.ª Alteração às Grandes Opções do Plano e ao Orçamento para 2003 no valor total de 2.803.871

€, dos quais 1.358.696 € em reforços e 1.025.196,00 em anulações de despesas correntes e 1.445.175 € em reforços e 1.778.675 € em anulações de despesas de capital, que tem o devido enquadramento legal, nos termos dos pontos 8.3.1. e 8.3.2. do POCAL e nos termos do Capítulo V do Sistema de Controlo Interno, justificando-se pelas propostas dos serviços municipais e pela execução orçamental ocorrida e previsível.

Deliberação tomada por maioria e em minuta. Votaram a favor o Sr. Presidente e os Srs. Vereadores João Rebelo, Nuno Freitas, Manuel Rebanda, Mário Nunes e Gouveia Monteiro. Abstiveram-se os Srs. Vereadores Rodrigues Costa, Luis Vilar, António Rochette e Carvalho dos Santos.

PONTO IV - DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E POLITICA EMPRESARIAL

IV1. Feriado de 1 de Novembro - Abertura excepcional do Mercado Municipal D. Pedro V.

Para o assunto em epígrafe o Serviço de Abastecimento de Feiras e Mercados apresentou a informação nº 258, de 09/10/2003, que a seguir se transcreve:

“Tendo em conta a experiência de anos anteriores e porque nos foi já manifestada por alguns operadores deste Mercado vontade em que a Câmara Municipal delibere no sentido da abertura extraordinária do Mercado Municipal D. Pedro V, no próximo dia 1 de Novembro, Sábado - feriado, cumpre-me informar e propor a V. Exª. o seguinte:

Tem-se verificado em anos anteriores que, por deliberação da Câmara Municipal, é permitida a abertura do Mercado Municipal D. Pedro V nos feriados correspondentes ao dia 1 de Novembro, Dia de Todos os Santos;

(14)

Essa abertura é sempre considerada de carácter excepcional e têm-se limitado apenas à venda de flores e ceras, no entanto, no ano passado surgiu um pedido da Associação do Comércio dos Mercados de Coimbra, solicitando que a abertura do mercado seja extensível a todos os operadores e não apenas aos vendedores de flores e ceras, pedido este que mereceu a concordância da Câmara Municipal;

Apesar de ainda não termos sido abordados nesse sentido, entendemos no entanto, propor que a Câmara Municipal delibere em sentido idêntico, os seja que a abertura do mercado seja extensível a todos os operadores que pretendam comercializar os seus produtos nesse dia e não apenas à venda de ceras e flores;

Por outro lado, ainda que esta matéria não esteja directamente no âmbito das atribuições dos Serviços Administrativos do Mercado e sem prejuízo do serviço competente vir a propor a tomada de medidas nesse sentido, devo também informar que no contexto da mesma deliberação era também permitida, com carácter excepcional, a venda livre de flores nos dias 31 de Outubro e 1 de Novembro em alguns locais da Cidade, mediante pagamento das taxas previstas na Tabela de Taxas Municipais e a venda livre de ceras até ao dia 2 de Novembro “nos locais tradicionais, incluindo a Praça 8 de Maio”, com isenção de taxas.

Assim, sou a propor a V. Exª. se digne considerar a sujeição a deliberação do executivo a aprovação das medidas constantes da minuta de Edital que se anexa e que, em caso de apreciação favorável por parte de V. Exª. e da Câmara Municipal, será afixado nos locais públicos habituais”.

Face ao exposto e após a análise do processo, o Executivo deliberou:

Deliberação nº 3233/2003 (13/10/2003):

• Aprovar as medidas constantes da minuta de Edital nos termos da informação nº 258 do Serviço de

Abastecimento de Feiras e Mercados acima transcrita.

Deliberação tomada por unanimidade e em minuta.

PONTO V - APOIO JURIDICO

V.1. AC – Águas de Coimbra, E.M. – Competências.

Para o assunto em epígrafe a Divisão de Estudos e Pareceres apresentou a informação nº 147, de 15/09/2003, que a seguir se transcreve:

“I – DOS FACTOS:

1.1. De acordo com o despacho, de 28.08.2003, do Ex.mo Sr. Vereador, Eng.º João Rebelo, foi solicitado parecer ao Gabinete de Apoio Jurídico quanto “à melhor tramitação a dar nestes casos, nomeadamente:

Só pode ser a Câmara Municipal de Coimbra a notificar? E a exercer as obras?

Pode a Câmara Municipal de Coimbra e/ou a Assembleia Municipal “transferir” essas competências para a A.C., E.M.?”

1.2. Em face do solicitado cumpre-nos informar: II – ANÁLISE JURÍDICA

2.1. Antes de abordarmos as questões tal como foram colocadas impõe-se-nos considerar a título prévio uma a questão a montante e que é a delegação de poderes do município para as empresas municipais.

Nos termos do disposto no art.º 35º, n.º 1 do CPA “Da Delegação de Poderes”, estabelece-se que “os órgãos administrativos normalmente competentes para decidir em determinada matéria podem, sempre que para tal estejam habilitados por lei, permitir, através de um acto de delegação de poderes, que outro órgão ou agente pratique actos administrativos sobre a mesma matéria”.

Por sua vez, o art.º 6º, n.º 2 da Lei n.º 58/98, de 18 de Agosto, determina que “as autarquias locais podem delegar poderes – respeitantes à prestação de serviço público nas empresas por elas constituídas nos termos da presente lei, desde que tal conste expressamente dos estatutos”.

Permite o referido artigo uma delegação de poderes intersubjectiva, do município para as empresas municipais e sociedades de capitais públicos, através da menção expressa nos estatutos e tendo em conta, obviamente, o sistema constitucional e legal vigente, do qual se destaca o princípio da especialidade das pessoas colectivas.

Na verdade, e apesar da justificação da criação das empresas municipais se ancorar na fuga para o “direito administrativo privado”, através do qual o município procura, de forma mais célere e eficaz, a satisfação directa dos seus fins públicos de prestação que lhe estão consignados no ordenamento jurídico, tal não significa que se deixe, por isso, de desenvolver uma actividade materialmente administrativa.

Com efeito, a actividade de fornecimento de prestações essenciais à vida social (serviço público) desenvolvidas por empresas de iniciativa pública municipal, independentemente da forma juridico-organizatória adoptada, não perde o seu

(15)

Acta nº 83 de 13/10/2003

Págª. 15

cariz material, isto é, não deixa por isso de ser integrada na administração pública em sentido material e de actuar nessa qualidade e constituir, por outro lado, administração indirecta das autarquias locais.

Ora, entre as tarefas a prosseguir pela administração encontramos as normas (leis e regulamentos de polícia) e as medidas de polícia – providências tomadas pelas autoridades e agentes no exercício da função, que podem revestir a modalidade de actos jurídicos (ex.: concessão de autorização e licenças) ou materiais (acção de fiscalização, etc.). De igual modo, a actividade administrativa compreende uma actividade sancionadora – ilícito administrativo – que visa punir as actuações ilícitas por violação da regulamentação pré existente.

Resulta assim, que a administração (directa ou indirecta)no gozo do seu ius imperii, e enquanto autoridade administrativa pode desenvolver normas e medidas de polícia (regulamentos e fiscalizá-los) e aplicar sanções administrativas (contra-ordenações).

2.2. Em face do exposto e no que respeita ao que se pretende ver analisado teremos de seguida de indagar o âmbito da “devolução de poderes” conferida nos estatutos da AC, Águas de Coimbra, E.M.

Assim, em primeiro lugar, importará considerar o seu objecto social (art.º 4º), atribuições (art.º 5º) e ainda o art.º 14º (delegação de poderes de autoridade respeitantes à prestação de serviços públicos essenciais). Será, pois, este o núcleo material das competências e poderes atribuídos à empresa AC, Águas de Coimbra, E.M. e no qual se deverá em 1ª linha procurar resposta às questões formuladas, já que, como também o já dissemos, para além do sistema constitucional e legal ter-se-á ainda de atender ao princípio da especialidade das pessoas colectivas que delimita o seu âmbito de actuação. Assim,

Nos termos do disposto no art.º 4º:

“1. A AC, ÁGUAS DE COIMBRA, E.M. tem como objecto principal a exploração e gestão do sistema municipal de captação, tratamento e distribuição de água para consumo público e do sistema municipal de recolha, tratamento e rejeição de efluentes, em ambos os casos através de redes fixas.

2. A AC, ÁGUAS DE COIMBRA, E.M. pode exercer actividades acessórias relacionadas com o seu objecto principal, designadamente, quando sejam complementares ou subsidiárias das acima referidas.”

De igual modo, e na esteira do preceituado no art.º 5º (Atribuições) constituem obrigações da AC: “1. Constituem atribuições da AC, ÁGUAS DE COIMBRA, E.M.:

a) Assegurar a concepção, construção e aquisição de todos os equipamentos necessários ao funcionamento do sistema municipal de captação, tratamento e distribuição de água para consumo público, bem como a sua exploração, reparação, renovação e manutenção;

b) Desenvolver um conjunto de acções que visam a caracterização, promoção ou manutenção da qualidade da água; c) Promover uma melhoria contínua da qualidade da água, através de planos e programas a desenvolver com essa

finalidade;

d) Tomar as providências necessárias para prevenir ou eliminar qualquer situação anómala, susceptível de pôr em risco a saúde pública e a qualidade da água para consumo humano;

e) Adoptar as medidas necessárias para assegurar uma melhoria contínua da qualidade da água, através de planos de acção que integrem programas de manutenção, recuperação e ampliação do sistema municipal existente;

f) Promover estudos visando a aplicação de novas tecnologias e métodos de tratamento da água;

g) Assegurar a concepção, construção e aquisição de todos os equipamentos necessários ao funcionamento do sistema municipal de recolha, tratamento e rejeição de efluentes, bem como a sua exploração, reparação, renovação e manutenção;

h) Desenvolver um conjunto de acções que visam assegurar, de forma regular, contínua e eficiente, a recolha, tratamento e rejeição de efluentes, de acordo com as exigências e os parâmetros sanitários legalmente exigidos, e promover a drenagem de águas pluviais, dentro das áreas urbanas, sempre que o entenda tecnicamente justificado. 2. As obras promovidas pela AC, ÁGUAS DE COIMBRA, E.M., que podem ser executadas por administração directa ou em regime de empreitada, não carecem de licenciamento municipal, desde que resultem do exercício das suas atribuições específicas e o projecto respectivo seja submetido ao parecer prévio da Câmara Municipal de Coimbra. 3. A AC, ÁGUAS DE COIMBRA, E.M. tem o direito de utilizar o domínio público municipal, mediante a respectiva afectação, para o efeito da implantação e exploração das infra-estruturas relacionadas com o exercício da sua actividade de prestador de serviços de interesse económico geral.”

E, no que respeita aos poderes de autoridade delegados pela Câmara Municipal, dispõe o art.º 14º que:

“Por delegação da Câmara Municipal de Coimbra, o Conselho de Administração poderá exercer os seguintes poderes de autoridade:

a) Requerer ao Governo a declaração de utilidade pública para expropriação urgente dos imóveis necessários à realização de obras, com vista à implantação de infra-estruturas destinadas à exploração e gestão do sistema municipal de captação, tratamento e distribuição de água para consumo público e do sistema municipal de recolha, tratamento e rejeição de efluentes;

b) Proceder à constituição de servidões necessárias à implantação de infra-estruturas, a afectar aos sistemas públicos de distribuição de água e de drenagem de águas residuais;

c) Acesso a fundos comunitários;

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e) Proceder à fiscalização decorrente da vigência do Regulamento Municipal do Serviço de Distribuição de Água e do Regulamento Municipal do Serviço de Drenagem de Águas Residuais, e promover a instauração dos competentes processos de contra-ordenação, tendo em vista aplicar as coimas neles contempladas, incluindo a cobrança coerciva de dívidas, em processo de execução fiscal, relativas às tarifas devidas pela prestação dos serviços acordados. É deste conteúdo estatutário, que em primeira mão, as questões de aplicação e interpretação das competências da AC, ÁGUAS DE COIMBRA, E.M. deverão ser contextualizadas, sem prejuízo, claro está, de as dúvidas que se suscitarem serem resolvidas subsidiariamente pela legislação em vigor ou, na sua falta ou omissão, pela Câmara Municipal de Coimbra, no âmbito dos seus poderes de superintendência (cfr. art.º 40º dos ESTATUTOS).

2.3. Assim, atento o supra exposto, no que respeita à questão especialmente formulada pelo Ex.mo Sr. Vereador, Eng.º João Rebelo, quanto à competência para a notificação e execução de obras, nos termos do cumprimento do disposto no art.º 5º e art.º 6º do RMSDAS, considera-se que, salvo melhor entendimento, e atendendo à citada delegação de competências (ex vi alínea e) do art.º 14º dos Estatutos), será à AC – Águas de Coimbra, E.M. a quem caberá doravante, assumir quer as competências que estavam anteriormente adstritas aos SMASC quer à Câmara Municipal de Coimbra, compreendendo-se, assim, nesta todos os actos necessários ao cumprimento e aplicação do respectivo Regulamento (por transformação dos SMASC e por delegação da Câmara Municipal de Coimbra).

III - CONCLUSÃO

3.1. Na esteira do disposto no art.º 35º, n.º 1 do CPA e art.º 6º, n.º 2 da Lei n.º 58/98, de 18 de Agosto, as autarquias locais podem delegar poderes respeitantes à prestação de serviço público nas empresas por elas constituídas e através de menção expressa nos Estatutos e tendo em conta o sistema constitucional e legal vigente, do qual se destaca o princípio de especialidade das pessoas colectivas.

3.2. Com vista a indagar do âmbito da referida “devolução de poderes” conferida nos Estatutos da A.C. – Águas de Coimbra, importará considerar o seu objecto social (art.º 4º), atribuições (art.º 5º) e delegação de poderes de autoridade respeitantes à prestação de serviços públicos essenciais (art.º 14º). Será pois este o contexto material das competências e poderes atribuídos à empresa que de acordo com o princípio da especialidade das pessoas colectivas se há-de delimitar o âmbito de actuação.

3.3. No que respeita em especial à aplicação do Regulamento Municipal dos Serviços de Drenagem de Águas Residuais, entendemos, salvo melhor opinião, que atento o supra disposto, caberá doravante à A.C., Águas de Coimbra, E.M. assumir quer as competências ora delegadas pela Câmara Municipal de Coimbra quer as competências dos extintos SMASC, compreendendo-se nesta empresa todos os actos necessários ao cumprimento e a aplicação do respectivo regulamento (por transformação dos SMASC e por delegação da Câmara Municipal de Coimbra), incluindo a notificação aos proprietários dos prédios para efeitos do disposto no citado art.º 5º (obrigatoriedade de ligação ao sistema público de drenagem), quer ainda a promoção da instauração do competente processo de contra-ordenação e cobrança coerciva da dívida (cfr. art.º 6º do RMSDAR e alínea e) do art.º 14º dos Estatutos).

3.4. É no conteúdo estatutário que, em primeira linha, as questões de aplicação e interpretação do âmbito de actuação da A.C., Águas de Coimbra, E.M. deverão ser contextualizados, sem prejuízo, claro está, de eventuais dúvidas que se suscitem serem resolvidas subsidiariamente pela legislação em vigor, ou na sua falta ou omissão, pela Câmara Municipal de Coimbra, no âmbito dos seus poderes de superintendência (cfr. art.º 40º dos Estatutos).

Salvo melhor entendimento este é o meu parecer relegando para o douto critério de V.ª Ex.ª a decisão de mérito que achar por bem proferir.

Pelo Sr. Vereador João Rebelo foi emitido o seguinte despacho em 30/09/2003:

“O presente parecer surge na sequência do pedido, por mim formulado, de clarificação quanto à aplicação dos Regulamentos Municipais do Serviço de Distribuição de Água e de Serviço de Drenagem de Águas Residuais nomeadamente decorrente das funções de fiscalização, notificação para a ligação aos sistemas públicos e responsabilidade pela execução de obras.

Da leitura do mesmo, com o qual concordo, conclui-se que caberá á empresa municipal Águas de Coimbra assumir essa competência, conforme ponto 3.3 da conclusão. Deste modo procede-se a uma clara simplificação administrativa e maior eficácia.”

Face ao exposto e após a análise do processo, o Executivo deliberou:

Deliberação nº 3234/2003 (13/10/2003):

• Aprovar nos termos do despacho do Sr. Vereador João Rebelo acima transcrito. Deliberação tomada por unanimidade e em minuta.

(17)

Acta nº 83 de 13/10/2003

Págª. 17

VI.1. Sancionamento da Factura nº 857 do Restaurante Trovador, Lda.

Sob proposta do Sr. Vereador Carvalho dos Santos este processo foi retirado tendo em vista uma melhor clarificação dos montantes envolvidos, uma vez que na informação nada é dito sobre o valor da factura, bem como das datas dos despachos exarados a propósito da mesma.

VI.2. VI Congresso Ibero-Americano de Engenharia Mecânica – Apoio.

Solicita o Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Coimbra um Porto-de-Honra, no dia 15/10/2003, para cerca de 250 participantes no “VI Congresso Ibero-Americano de Engenharia Mecânica”.

Face ao exposto e nos termos da informação de 01/09/2003 do Gabinete de Protocolo e Relações Exteriores, o Executivo deliberou:

Deliberação nº 3235/2003 (13/10/2003):

• Autorizar um procedimento por consulta prévia às Firmas: “Arte & Gala, Escola de Hotelaria e Turismo”,

“Aleixo e Marques, Lda (Café Nora)”, “Restaurante Nacional”, “Recochina”, “Hotel Quinta das Lágrimas” e outras, para o fornecimento de um Porto-de-Honra para cerca de 250 pessoas, no dia 15/10/2003, ao preço unitário de 8,00 €, estimando-se a despesa total em 2 000,00 €.

Deliberação tomada por unanimidade e em minuta.

PONTO VII - APOIO ÀS FREGUESIAS

VII.1. Capela Mortuária de S. Paulo de Frades – Apoio financeiro.

Para o assunto em epígrafe e com base na informação nº 43, de 01/10/2003, do Gabinete de Apoio às Juntas de Freguesia, o Executivo deliberou:

Deliberação nº 3236/2003 (13/10/2003):

• Transferir para a Junta de Freguesia de S. Paulo de Frades a verba de 25 000 € destinada à execução da

capela mortuária, conforme projecto de arquitectura aprovado.

• Que o acompanhamento técnico da obra seja efectuado por técnicos do Gabinete de Apoio ás Freguesias,

ficando a avaliação do custo do muro de suporte de ser efectuada posteriormente, com eventual reforço da acção para o ano seguinte.

Deliberação tomada por unanimidade e em minuta.

PONTO VIII - PLANEAMENTO

VIII.1. Nova Ponte da Portela – REN – Declaração de Interesse Público.

Para o assunto em epígrafe a Chefe da Divisão de Ordenamento e Estratégia apresentou o seguinte parecer em 30/07/2003:

“1.Através do ofício 1218/ Proj. de 09.07.2003, vem o IEP – Instituto de Estradas de Portugal, solicitar certidão de declaração de Interesse Público, emitida pela Assembleia Municipal, ao projecto da Nova Ponte da Portela para, junto da Direcção Regional do Ambiente e Ordenamento do Território, instruir o processo de desafectação da Reserva Ecológica Nacional das áreas a ocupar com o traçado da ponte. Para o efeito, o IEP remete a Memória Descritiva e Justificativa e a Planta Geral do Traçado, á escala 1/1000, do Projecto de Execução.

2. Nos extractos das Plantas de Ordenamento (2) e Condicionantes (2), em anexo, do Plano Director do Município de Coimbra, publicado no D.R. – I Série – B, n º 94 de 22.04.1994, pode visualizar-se a sobreposição da nova Ponte da Portela com as propostas de ordenamento, RAN e REN.

3. A rotunda de acesso à nova Ponte da Portela, prevista na Planta Geral do Traçado á escala 1/1000, não

contempla as duas vias de trafego previstas no projecto da obra a concurso do Troço da Circular Portela – Quinta da Fonte.

4. Considerando que a nova Ponte da Portela:

Integrada na Estrada Nacional 17 ( Coimbra/Catraia dos Poços), pertencente à Rede Complementar de Estradas conforme Plano Rodoviário Nacional, desempenha um papel importante no sistema de acessibilidades regionais, nomeadamente na satisfação do volume de tráfego rodoviário com origem/destino na EN17 (Estrada da Beira);

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