• Nenhum resultado encontrado

>>> Avaliando IDEPB2016 Sistema Estadual de Avaliação da

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share ">>> Avaliando IDEPB2016 Sistema Estadual de Avaliação da"

Copied!
56
0
0

Texto

(1)

GESTOR

ESCOLAR

revista do

entrevista

A motivação como essência o programa

O Sistema Estadual de Avaliação da Educação da Paraíba

resultados

Os resultados alcançados em 2016

ISSN 2316-7610

>>> Avaliando IDEPB2016

Sistema Estadual de Avaliação da

(2)
(3)

ISSN 2316-7610

GESTOR ESCOLAR

revista do

>>> Avaliando IDEPB2016

Sistema Estadual de Avaliação da

Educação da Paraíba

(4)

FICHA CATALOGRÁFICA

PARAÍBA. Secretaria de Estado da Educação da Paraíba.

Avaliando IDEPB – 2016 / Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação, CAEd. v. 2 (jan./dez. 2016), Juiz de Fora, 2016 – Anual.

Conteúdo: Revista do Gestor Escolar. ISSN 2316-7610

(5)

Ricardo Vieira Coutinho

Governador do Estado da Paraíba

Ana Lígia Costa Feliciano

Vice-Governadora

Alessio Trindade De Barros

Secretário de Estado da Educação

Roziane Marinho Ribeiro

Secretária Executiva de Gestão Pedagógica da Educação

José Arthur Viana Teixeira

Secretário Executivo de Administração de Suprimento e Logística da Educação

Marta Medeiros Correia

Gerente Executiva da Educação Infantil e Ensino Fundamental

Aparecida de Fátima Uchoa Rangel

Gerente Executiva de Ensino Médio

Iara Andrade de Lima Marta Medeiros Correia Valmir Herbet Barbosa Gomes

Coordenação Geral do Avaliando IDEPB

EQUIPE TÉCNICA - GEEIEF - SEE Andrea Freire de Amorim Élida Medeiros e Silva Ivanê Leite de Andrade Júlia Gislandia de Araujo Valdemí Pereira de Souza

(6)

Reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora

Marcus Vinicius David

Coordenação Geral do CAEd

Lina Kátia Mesquita de Oliveira

Coordenação da Unidade de Pesquisa

Tufi Machado Soares

Coordenação de Análises e Publicações

Wagner Silveira Rezende

Coordenação de Design da Comunicação

Rômulo Oliveira de Farias

Coordenação de Gestão da Informação

Roberta Palácios Carvalho da Cunha e Melo

Coordenação de Instrumentos de Avaliação

Renato Carnaúba Macedo

Coordenação de Medidas Educacionais

Wellington Silva

Coordenação de Monitoramento e Indicadores

Leonardo Augusto Campos

Coordenação de Operações de Avaliação

Rafael de Oliveira

Coordenação de Processamento de Documentos

(7)

sumário

07

apresentação

entrevista

09

A motivação como essência

o programa

16

O Sistema Estadual de Avaliação

da Educação da Paraíba

resultados

27

Os resultados alcançados em 2016

31

Roteiro de leitura

(8)
(9)

apresentação

V

oltada para a equipe gestora da escola, a Re-vista do Gestor Escolar apresenta os resulta-dos do Sistema Estadual de Avaliação da Educação da Paraíba – Avaliando IDEPB, por disciplina e eta-pa de escolaridade, traçando uma visão ampla do desempenho dos estudantes de sua escola.

Criado em 2012, com o objetivo de subsidiar políticas públicas para a melhoria da qualidade do ensino ofertado na rede estadual da Paraíba, o Ava-liando IDEPB oferece aos profissionais da educa-ção informações diagnósticas capazes de auxiliar a gestão escolar em suas estratégias para reduzir as defasagens detectadas pela avaliação externa.

Além dos resultados das avaliações, este volu-me conta com uma entrevista com o Secretário de Educação Aléssio Trindade de Barros. Nela, há um balanço do ensino ofertado no estado e suas principais características, além das expectativas do secretário em relação às contribuições do Avalian-do IDEPB para a educação pública.

Para facilitar a compreensão sobre a realidade avaliada pelo programa, foi incluído, nesta revista, o perfil das escolas da rede, com destaque para as

ações a serem desenvolvidas a partir da articulação entre as equipes gestora e pedagógica.

Este exemplar também apresenta orientações para a leitura dos resultados e um roteiro de ação que aponta para os possíveis usos desses dados pela gestão escolar. Nesse roteiro, há um direcio-namento sobre como o gestor poderá conduzir a interpretação dos resultados, a contextualização desses resultados com os demais dados da escola, o trabalho de definição de metas pela equipe pe-dagógica e o direcionamento para a aplicação de ações e monitoramento da educação na escola.

Com a leitura deste material, você será capaz de entender a realidade de sua escola, compreen-dendo os seus pontos fortes e aqueles que pre-cisam de maior atenção. Depois disso, o próximo passo será o trabalho junto aos professores, esta-belecendo metas educacionais, possíveis de se-rem alcançadas, para os próximos ciclos, sempre visando à melhoria contínua do processo de ensi-no e de aprendizagem dos estudantes.

(10)

Possui graduação em Engenharia Elétrica (1991) e mestra-do em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal da Paraíba (1996). Concluiu doutorado em Engenharia Elétrica na Universi-dade Federal de Campina Grande (2004) e curso técnico profis-sionalizante em Eletrotécnica no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (1985). É professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba e exerceu o cargo de secretário de Educação Profissional e Tecnológica no Ministério da Educação. Tem experiência na área de Enge-nharia Elétrica, com ênfase em Medidas Elétricas, Magnéticas e Eletrônicas; Instrumentação. Atua principalmente nos seguintes temas: Estimulação Tátil, Engenharia de Reabilitação, Educação Especial.

Aléssio Trindade de Barros

(11)

entrevista

O

Secretário de Estado da Educação da Paraíba Aléssio Trindade de Bar-ros comenta o trabalho realizado junto às escolas da rede estadual e enfatiza a importância dos resultados do Avaliando IDEPB na busca por uma educação de qualidade e equânime.

A motivação como essência

CAEd – Observamos que a qua-lidade da educação da Paraíba está crescendo sistematicamente quan-do se acompanha o Índice de De-senvolvimento da Educação Básica (Ideb). Desde 2007, os resultados aparecem numa crescente e sempre estão acima da meta para o estado. Que estratégias contribuem para esses resultados?

Secretário - Desde 2011, inicia-mos, enquanto gestão, uma mudan-ça de visão com relação à educação pública no estado da Paraíba, valori-zando-a com foco na aprendizagem do estudante. O primeiro passo se deu promovendo a motivação dos profissionais. Hoje nós temos, em muitos municípios, escolas novas, reformadas e/ou ampliadas, com salas amplas, mobiliário adequado, laboratórios, inclusive de robótica e informática, livros atuais e de qualida-de em nossas bibliotecas. Essa ação concreta do governo, com resultados visíveis, termina por motivar aquele que é o centro de todo o processo de aprendizagem, o estudante. Então podemos dizer que ele está sendo valorizado, pois há investimentos, e

isso gera resultado direto. O alunado recebe o fardamento, tem o lanche na escola, além disso, tem professo-res que receberam investimento em sua formação. O estado construiu os Centros de Formação de Educadores nas grandes cidades e também rea-lizou muitos processos de capacita-ção. Na rede estadual, foram ofereci-das oito mil vagas de especialização para nossos professores, em parceria com a Universidade Estadual da Pa-raíba (UEPB). Tivemos, também, o programa Gira Mundo, que levou 20 professores da rede estadual para a Finlândia, a fim de conhecer a rede de escolas públicas do país e ter um curso no modelo de aprendizagem ativa, focado nas competências para o século XXI, com protagonismo do estudante. Depois de vivenciar todo esse processo, os professores volta-ram muito motivados. Trabalhando na formação dos docentes, inicia-mos o ano de 2017 oferecendo ca-pacitação para os 600 profissionais que passam a compor o quadro das Escolas Integrais Cidadãs, as Escolas Técnicas, que foram de oito para 33 unidades em todo o estado.

(12)

CAEd – Fica muito presente na sua fala a questão da motivação, tanto dos estudantes quanto da equipe pedagógica. O senhor des-tacou todos os investimentos que foram feitos para que se atinja essa motivação. De que forma, na práti-ca, essa motivação é capaz de fazer com que o estudante tenha um de-sempenho mais interessante e me-lhore o seu rendimento escolar?

Secretário – O processo de apren-dizagem envolve a confiança. A con-fiança mútua entre a gestão, o profes-sor e o aluno. Quando se estabelece esse ciclo de confiança dentro de um projeto pedagógico autônomo, a aprendizagem começa a ocor-rer. É claro que não basta só isso, é preciso atuar na gestão também. O governo do estado da Paraíba criou os Prêmios Escola de Valor e Mes-tre da Educação. O primeiro deles estabelece um 14º salário, de modo que, quando a escola consegue esse prêmio, todos os seus funcionários recebem essa bonificação, desde a merendeira até o gestor da escola, enquanto, no segundo, um projeto inovador de um professor pode ren-der até um 15º salário. Isso motivou muito, porque para uma escola ser Escola de Valor, ela tem que estar bem na sua gestão, na prestação de contas e tem que ter bons resultados de aprendizagem dos estudantes. Isso foi uma ação de gestão comple-mentar à proposta motivacional.

CAEd – Mas como fazer uma premiação baseada na aprendiza-gem dos estudantes?

Secretário – A Secretaria de Es-tado da Educação (SEE) instituiu o Avaliando IDEPB, em que, todo ano,

algumas etapas dos ensinos funda-mental e médio são avaliadas. Como avaliamos desde 2011, nós já temos série histórica, a partir da qual o esta-do montou um plano de metas para que, a cada ano, as escolas melho-rem seus resultados. Aquelas escolas que melhoram seus resultados são candidatas ao Escola de Valor. No úl-timo ano, nós avançamos ainda mais. Quando realizamos a avaliação do 3º ano, fazemos inferências de como está o nosso ensino médio, podendo incidir em melhorias. Nós inserimos, também, a avaliação no 1º ano do ensino médio. Isso está sendo muito interessante, porque agora nós pode-mos, de forma muito concreta, co-locar a aprendizagem em foco. Com isso, nós conseguimos aliar esse pro-cesso de medição ao propro-cesso de in-tervenção pedagógica das escolas e às premiações que oferecemos.

CAEd – O senhor citou diversas vantagens que um sistema de ava-liação próprio, como o Avaliando IDEPB, pode oferecer ao estado. No Plano de Metas do estado, a avalia-ção externa aparece, diretamente, em pelo menos duas metas. O se-nhor acha que isso é um indicativo de que o Avaliando IDEPB já está bem incorporado nas ações e nos planos educacionais do estado?

Secretário – Certamente. Espe-cialmente desde 2015, nossa meta era fazer com que esse sistema de avaliação chegasse ao chão da es-cola. Acho que nós conseguimos trabalhar nesse sentido de forma sis-têmica. Tanto é que o governo do estado lança, junto aos prefeitos elei-tos e reeleielei-tos para o próximo ano, o Soma – Pacto Pela Aprendizagem de

(13)

O processo de

aprendizagem

envolve a

confiança. A

confiança mútua

entre a gestão,

o professor

e o aluno

Sucesso no estado da Paraíba. A ideia é ampliar o sistema de acompanha-mento, formação e capacitação para além da rede estadual, chegando até os municípios que aderiram ao Soma, com avaliações formativas e somati-vas em diversas etapas, de modo que, entre elas, incida um processo de for-mação e protocolos de gestão. Esses protocolos vão ensinar, em um passo a passo, como a gestão deve fazer a leitura dos resultados da avaliação e como, na sala de aula, o professor deve fazer essa leitura e se apropriar desses resultados, a fim de elaborar projetos de intervenção pedagógica que visem à aprendizagem dos estu-dantes. Frente ao diagnóstico obtido, o professor poderá avançar para que, na avaliação do outro bimestre, a es-cola tenha dado um passo. Sabemos, contudo, o tamanho desse desafio. Os indicadores do Nordeste ainda mostram uma realidade difícil, o per-centual de estudantes que terminam o 5º ano sem a proficiência mínima necessária em Língua Portuguesa e Matemática é muito grande.

CAEd – Um resultado que nos chama atenção na Paraíba é que, desde 2014, especialmente em Lín-gua Portuguesa, nos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, está havendo uma redução no percentual de alunos no padrão de desempenho Abaixo do Básico, ao mesmo tempo em que há uma incorporação de alunos nos padrões mais altos. Isso sugere que o pro-cesso de evolução da qualidade está acompanhado de equidade. Em que medida a equidade também está na linha de frente da sua gestão?

Secretário – Essa é uma questão muito importante, porque a desi-gualdade do país nasce desse ponto. Quando as crianças nascem, todas são iguais. Elas crescem e entram no sistema escolar: algumas ingressam em um ensino fundamental em que vão ter acesso a uma educação de qualidade, e outras não terão essa oportunidade e sairão do 5º ano sem a proficiência adequada. Aí surge parte das desigualdades. No ensino médio, mais de 80% dos alunos da Paraíba estão na escola pública. Não há so-lução para a desigualdade do estado se não houver solução de equidade para o desenvolvimento da educação pública estadual. A desigualdade não vai acabar somente pelo avanço eco-nômico, vai ter que ser pela educa-ção e pelas oportunidades oferecidas às crianças e jovens. Por isso, é muito importante que o acesso aos bons resultados da educação seja dado a todos, e é muito importante que seja dado rápido, porque as crianças es-tão crescendo. Daqui a dez anos, as crianças nascidas hoje já terão essa idade. Se não agirmos com rapidez, a mudança virá muito lentamente.

(14)

CAEd – Essa questão, de fato, é muito importante, mas ao mesmo tempo é muito desafiadora. Garantir um processo de melhoria da quali-dade observando a equiquali-dade é um desafio muito grande. Quais são os caminhos que podem trazer esse re-sultado?

Secretário – Acreditamos que, com o ensino integral, consegue-se melhorar a autoestima, fazendo com que os alunos sonhem com o que querem ser, sem limitações. Você trabalha o desenvolvimento no dia a dia dos alunos, com mais tempo, para que possam recuperar suas defi-ciências. Você oferece aulas de inglês para que eles tenham equidade com aqueles que tiveram melhores opor-tunidades de formação, e o inglês é um diferencial hoje. Então, um ensi-no médio integral, focado em proje-to de vida, levantando a auproje-toestima do estudante, é muito importante. A educação profissional também atrai essas pessoas para algo mais concre-to. Agora, no ensino fundamental, se nós queremos equidade, o certo é que a gente faça diagnóstico de en-trada de todos os alunos. O projeto pedagógico para um aluno imaginá-rio compromete o processo, pois o aluno real não é atendido pedago-gicamente. Não sendo atendido em suas necessidades, corre o risco de abandonar a escola. Diagnosticando, será possível uma formação para rea-lização de intervenção pedagógica visando à aprendizagem e recupera-ção de conhecimento de todos os alunos.

CAEd – Nós gostaríamos que o senhor deixasse um recado para os profissionais da rede, para a conti-nuidade do trabalho que vem sendo desenvolvido.

Secretário – O que precisamos é avançar, cada vez mais, e que essa onda de reformas e construções que aconteceu – são mais de 2.300 salas de aulas reformadas ou ampliadas – e que continua acontecendo – as nos-sas capacitações e instrumentaliza-ção das unidades de ensino, com la-boratórios de ponta –, que fez brilhar os olhos de tanta gente, faça brilhar os olhos dos professores na sala de aula, para que o professor faça brilhar os olhos dos alunos, pois os docentes são os grandes agentes de transfor-mação para os estudantes, que serão os agentes da transformação social. Assim, mudamos a realidade que te-mos. Mas isso só é possível com to-dos juntos: o governo, os professo-res, o porteiro da escola, os gestoprofesso-res, a merendeira. Todos unidos para que possamos dizer: estamos mudando a nossa história!

Não há

solução para a

desigualdade

do estado se

não houver

solução de

equidade para o

desenvolvimento

da educação

pública estadual.

(15)

Aprender - Direito de todos

Aprender é um direito de todos. A

materializa-ção desse direito é um enorme desafio para pro-fessores, gestores e toda a comunidade escolar.

O direito à aprendizagem está relacionado com objetivos que trabalham os aspectos cogni-tivos, que são fundamentais e, portanto, devem ser atingidos. Entretanto, cabe à escola, para que este direito seja, de fato, uma realidade, trabalhar também com valores que estão relacionados à formação do ser humano e à construção de uma sociedade justa, democrática e solidária. Essa é a complexidade da ação pedagógica que desafia o dia a dia dos profissionais da educação. Nesse sen-tido, a definição das orientações curriculares, e a implementação do projeto político pedagógico no interior de cada escola são elementos essenciais para garantir o êxito do processo educativo.

A avaliação em larga escala se situa no interior de cada escola, em particular, e na rede de ensino, de modo geral, como uma linha auxiliar ou uma ferramenta para que o direito de aprender seja ga-rantido a todos os estudantes.

A igualdade de oportunidades educacionais é um dos pilares para a construção de uma escola democrática, inclusiva e de qualidade. É com esse olhar que professores e gestores devem analisar e se apropriar dos resultados da avaliação em larga escala, dando vida e significado pedagógico aos números, aos gráficos, aos dados estatísticos.

Os dados não falam por si. Eles devem ser con-textualizados, considerando vários fatores que es-tão relacionados com os resultados obtidos pela escola no processo de avaliação em larga escala. São um ponto de partida, um convite à análise e ao planejamento para promover a equidade e melho-rar a qualidade do ensino ofertado. As avaliações externas complementam o trabalho diário da esco-la e suas avaliações internas, jamais as substituem.

Além do perfil socioeconômico, que já vem sendo estudado pelas avaliações como um fator

que pode interferir nos resultados, é importante destacar também aqueles internos à vida da esco-la: as características da gestão, as práticas pedagó-gicas, o clima escolar etc.

O clima escolar está relacionado a vários aspec-tos característicos do processo educativo e que são importantes para um bom desenvolvimento das atividades curriculares: convivência, cuidado, disciplina, interesse e motivação, organização e se-gurança; uma gestão democrática comprometida com a qualidade da educação; professores com-prometidos com o sucesso escolar e com a viabi-lização do direito dos seus alunos aprenderem etc. Todos esses aspectos refletem uma concepção de escola e de educação, perpassando toda a dinâ-mica da escola, inclusive na forma como a avalia-ção é concebida e apropriada pelos agentes que a constituem. Logo, tudo isso deve estar contido no projeto político pedagógico da escola, a partir de um marco referencial que trabalha a formação de valores e, portanto, a importância da educação na vida dos estudantes.

É nesse sentido que os resultados do Avaliando IDEPB 2016 devem ser apropriados pela comuni-dade escolar, como um diagnóstico importante para as revisões necessárias ao processo pedagó-gico desenvolvido. Devem ser analisados em con-junto com as atividades curriculares e com os pro-cessos de avaliação interna previstos no cotidiano da escola.

Sabemos que são muitos os desafios da escola no mundo atual: ela deve ser um espaço de co-nhecimento, de liberdade, de criação, de cidada-nia e de busca permanente pela equidade, além de transmitir os conhecimentos historicamente acumulados. E é com o olhar de educador que enfrenta esses desafios e mantém a esperança e a capacidade de luta que convidamos você a acom-panhar os relatos a seguir.

(16)

O calor de João Pessoa nos acolhe na tarde em que vamos visitar o Colé-gio da Polícia Militar Estudante Rebe-ca Cristina Alves Simões. Chegando à antessala, de onde acompanhamos o movimento na secretaria enquanto aguardamos o diretor, a porta de vidro nos chama a atenção: entre as imagens que a ilustram, misturam-se momentos de inspiração militar, de organização dos alunos, com instantes de descon-tração, abraços e interação entre os estudantes.

Alunos e funcionários – alguns far-dados, outros não – circulam pelo am-biente. Uma estudante pergunta ao tenente se ele será seu professor de História no ano seguinte. Ele confirma, sorrindo, e a aluna comemora. Ela co-meçará a cursar o ensino médio, e leva no uniforme as assinaturas dos amigos da turma com quem está concluindo o fundamental.

O diretor, que é capitão da Polícia Militar, nos recebe com alegria. Na sala da direção, o ambiente reflete bem o perfil da escola. Muito organizado, con-fortável, com as bandeiras do Brasil e da Paraíba descansando ao fundo da sala e uma estante repleta de troféus que exibem algumas das conquistas obtidas pelos alunos. Ali, o diretor nos conta um pouco da história daquela es-cola, em que ele atua quase desde sua fundação, já tendo exercido diversas funções até chegar ao cargo de diretor.

Nascida do anseio de atender aos filhos dos policiais militares, através de um convênio com a Secretaria de Es-tado da Educação (SEE), a escola tam-bém recebe estudantes da

comunida-de – até mesmo comunida-de outros municípios. O diretor nos explica que a disciplina militar inspira a gestão, mas que é um mito achar que os alunos devem se comportar como soldados em forma-ção. "Prezamos, na escola, por com-portamentos que são esperados de to-dos os cidadãos: respeito, disciplina e harmonia. Isso, inclusive, ajuda muitos de nossos alunos a se prepararem para o futuro, porque as pessoas percebem o diferencial de seu comportamento".

Para compreender o que os estu-dantes e funcionários acham disso, saí-mos para conhecer as instalações da escola e conversar com alguns deles. É semana de provas, e o ambiente está bem silencioso. As coordenadoras do ensino fundamental falam, com satis-fação, sobre o prazer de trabalhar na Estudante Rebeca. "Os alunos, muitas vezes, chegam aqui com algumas ex-pectativas equivocadas, mas, ao co-nhecerem a nossa cultura, acabam percebendo que o nosso foco é o de-senvolvimento escolar de cada um".

Alguns alunos nos aguardam, ansio-sos, para contar porque seu colégio é diferente. As aulas do professor de Edu-cação Física, que é ex-aluno da escola, estão entre as preferidas. Espontâneos e comunicativos, muitos estudantes destacam o ensino, que consideram de melhor qualidade, e também a rigidez da escola como algo positivo, que os auxilia em seu desenvolvimento. Seja no cafezinho, nos bate-papos ou nos encontros que tivemos no pátio da es-cola, percebemos que priorizar a dis-ciplina não interfere nos afetos e nos sorrisos.

(17)

f "Minha amiga quer vir para cá no ano que vem, eu disse a ela que venha, porque aqui ela vai aprender muito mais."

f "Gosto do festival de arte e cultura da escola, porque ele nos permite criar nossas próprias intervenções a partir de um tema comum."

f "As dificuldades, aqui, nos inspiram. Criamos um núcleo de projetos quando tivemos necessidade de recursos, e esse núcleo continua ativo até hoje."

f "Entrei aqui na escola esse ano. Eu percebo muito bem a diferença na organização e na própria qualidade das aulas."

Um lugar em que a rigidez conversa com o afeto

(18)

o programa

Em 2012, o estado da Paraíba, com o intuito de assegurar aos estudantes o acesso a uma educação de qualidade, criou o Sistema de Avaliação da Educação da Paraíba, o Avaliando IDEPB. Seu objetivo primordial é, a partir dos instrumentos de avaliação, produzir diagnósticos sobre a rede estadual de ensino, permitindo a identificação de problemas e virtudes, de modo a subsidiar ações e políticas públicas que enfrentem os primeiros e potencializem as últimas. Inicialmente, o Avaliando IDEPB aplicava testes padronizados nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, aos alunos do 5º e 9º anos do Ensino Fundamental e da 3ª série do Ensino Médio.

Em 2016, a 1ª série do Ensino Médio substitui a 4ª série do Ensino Normal na avaliação. Além disso, o 9º ano do Ensino Fundamental insere a avaliação das escolas atendidas pelo projeto Alumbrar, que utiliza a metodologia telessala para a correção da distorção entre a idade e o ano letivo do estudante.

Em 2013, a 4ª série do Ensino Normal passou também a ser avaliada.

Gráfico 1

Percentual de participação

Fonte: Avaliando IDEPB.

2013

2014

2015

2016

2012

68,7 74,3 74,0 77,6 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0 2012 2013 2014 2015

Percentual de Participação

O Sistema Estadual de Avaliação da

Educação da Paraíba – Avaliando IDEPB

A

qui, você encontra um pouco da história do Avaliando IDEPB, das prin-cipais mudanças ocorridas longo do tempo e dos ganhos experimen-tados pela rede estadual de ensino no que diz respeito aos seus resulexperimen-tados. Uma história feita não só de números, gráficos e dados, mas, principalmente, enredada pela vida escolar e pelo dia a dia de milhares de crianças e jovens paraibanos.

(19)

E o que mostram os resultados do Avaliando IDEPB em relação ao desempenho estu-dantil? Observamos que, após apresentar pequenas quedas no desempenho em 2014 na maioria dos casos, a situação se reverteu em 2015 em todas as etapas de escolaridade ava-liadas, tanto em Língua Portuguesa (Gráficos 2, 3, 4 e 5) quanto em Matemática (Gráficos 6, 7, 8 e 9). A única exceção é 4ª série do Ensino Normal em Matemática, que manteve seus resultados praticamente iguais desde 2013.

Gráfico 2

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa 5º ano do Ensino Fundamental

Gráfico 2 Gráfico 3 Gráfico 4 Gráfico 5 177,5 181,4 174,9 178,4 100,0 125,0 150,0 175,0 200,0 225,0 250,0 275,0 300,0 2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa 5º ano do Ensino Fundamental

219,7 226,2 225,9 229,4 150,0 175,0 200,0 225,0 250,0 275,0 300,0 325,0 350,0 2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental

249,1 252,8 251,4 254,3 150,0 175,0 200,0 225,0 250,0 275,0 300,0 325,0 350,0 2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa 3ª série do Ensino Médio

253,7 249,6 253,2 150,0 175,0 200,0 225,0 250,0 275,0 300,0 325,0 350,0 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa 4ª série do Ensino Normal

Fonte: Avaliando IDEPB.

Gráfico 3

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental

Gráfico 2 Gráfico 3 Gráfico 4 Gráfico 5 177,5 181,4 174,9 178,4 100,0 125,0 150,0 175,0 200,0 225,0 250,0 275,0 300,0 2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa 5º ano do Ensino Fundamental

219,7 226,2 225,9 229,4 150,0 175,0 200,0 225,0 250,0 275,0 300,0 325,0 350,0 2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental

249,1 252,8 251,4 254,3 150,0 175,0 200,0 225,0 250,0 275,0 300,0 325,0 350,0 2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa 3ª série do Ensino Médio

253,7 249,6 253,2 150,0 175,0 200,0 225,0 250,0 275,0 300,0 325,0 350,0 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa 4ª série do Ensino Normal

Fonte: Avaliando IDEPB.

Gráfico 4

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa 3ª série do Ensino Médio

Gráfico 2 Gráfico 3 Gráfico 4 Gráfico 5 177,5 181,4 174,9 178,4 100,0 125,0 150,0 175,0 200,0 225,0 250,0 275,0 300,0 2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa 5º ano do Ensino Fundamental

219,7 226,2 225,9 229,4 150,0 175,0 200,0 225,0 250,0 275,0 300,0 325,0 350,0 2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental

249,1 252,8 251,4 254,3 150,0 175,0 200,0 225,0 250,0 275,0 300,0 325,0 350,0 2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa 3ª série do Ensino Médio

253,7 249,6 253,2 150,0 175,0 200,0 225,0 250,0 275,0 300,0 325,0 350,0 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa 4ª série do Ensino Normal

Fonte: Avaliando IDEPB.

Gráfico 5

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa 4ª série do Ensino Normal

Gráfico 2 Gráfico 3 Gráfico 4 Gráfico 5 177,5 181,4 174,9 178,4 100,0 125,0 150,0 175,0 200,0 225,0 250,0 275,0 300,0 2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa 5º ano do Ensino Fundamental

219,7 226,2 225,9 229,4 150,0 175,0 200,0 225,0 250,0 275,0 300,0 325,0 350,0 2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental

249,1 252,8 251,4 254,3 150,0 175,0 200,0 225,0 250,0 275,0 300,0 325,0 350,0 2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa 3ª série do Ensino Médio

253,7 249,6 253,2 150,0 175,0 200,0 225,0 250,0 275,0 300,0 325,0 350,0 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa 4ª série do Ensino Normal

Fonte: Avaliando IDEPB.

(20)

Gráfico 6

Evolução da Proficiência em Matemática 5º ano do Ensino Fundamental

Gráfico 6 Gráfico 7 Gráfico 8 Gráfico 9 196,2 195,9 186,4 188,2 100,0 125,0 150,0 175,0 200,0 225,0 250,0 275,0 300,0 2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Matemática 5º ano do Ensino Fundamental

225,9 226,6 224,2 227,7 150,0 175,0 200,0 225,0 250,0 275,0 300,0 325,0 350,0 2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Matemática 9º ano do Ensino Fundamental

150,0 175,0 200,0 225,0 250,0 275,0 300,0 325,0 350,0 2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Matemática 3ª série do Ensino Médio

242,1 241,2 240,7 150,0 175,0 200,0 225,0 250,0 275,0 300,0 325,0 350,0 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Matemática 4ª série do Ensino Normal

Fonte: Avaliando IDEPB.

Gráfico 7

Evolução da Proficiência em Matemática 9º ano do Ensino Fundamental

Gráfico 6 Gráfico 7 Gráfico 8 Gráfico 9 196,2 195,9 186,4 188,2 100,0 125,0 150,0 175,0 200,0 225,0 250,0 275,0 300,0 2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Matemática 5º ano do Ensino Fundamental

225,9 226,6 224,2 227,7 150,0 175,0 200,0 225,0 250,0 275,0 300,0 325,0 350,0 2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Matemática 9º ano do Ensino Fundamental

200,0 225,0 250,0 275,0 300,0 325,0 350,0

Evolução da Proficiência em Matemática 3ª série do Ensino Médio

242,1 241,2 240,7 200,0 225,0 250,0 275,0 300,0 325,0 350,0

Evolução da Proficiência em Matemática 4ª série do Ensino Normal

Fonte: Avaliando IDEPB.

Gráfico 8

Evolução da Proficiência em Matemática 3ª série do Ensino Médio

Gráfico 6 Gráfico 7 Gráfico 8 Gráfico 9 196,2 195,9 186,4 188,2 100,0 125,0 150,0 175,0 200,0 225,0 250,0 275,0 300,0 2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Matemática 5º ano do Ensino Fundamental

225,9 226,6 224,2 227,7 150,0 175,0 200,0 225,0 250,0 275,0 300,0 325,0 350,0 2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Matemática 9º ano do Ensino Fundamental

150,0 175,0 200,0 225,0 250,0 275,0 300,0 325,0 350,0 2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Matemática 3ª série do Ensino Médio

242,1 241,2 240,7 150,0 175,0 200,0 225,0 250,0 275,0 300,0 325,0 350,0 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Matemática 4ª série do Ensino Normal

Fonte: Avaliando IDEPB.

Gráfico 9

Evolução da Proficiência em Matemática 4ª série do Ensino Normal

Gráfico 6 Gráfico 7 Gráfico 8 Gráfico 9 196,2 195,9 186,4 188,2 100,0 125,0 150,0 175,0 200,0 225,0 250,0 275,0 300,0 2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Matemática 5º ano do Ensino Fundamental

225,9 226,6 224,2 227,7 150,0 175,0 200,0 225,0 250,0 275,0 300,0 325,0 350,0 2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Matemática 9º ano do Ensino Fundamental

150,0 175,0 200,0 225,0 250,0 275,0 300,0 325,0 350,0 2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Matemática 3ª série do Ensino Médio

242,1 241,2 240,7 150,0 175,0 200,0 225,0 250,0 275,0 300,0 325,0 350,0 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Matemática 4ª série do Ensino Normal

Fonte: Avaliando IDEPB.

Chama a atenção ainda, especialmente em Língua Portuguesa, o fato de que todas as etapas conseguiram, de 2014 para 2015, além de aumentar a proficiência, reduzir o per-centual de alunos no padrão de desempenho Abaixo do Básico (Gráfico 10) e aumentar o percentual de estudantes nos padrões Adequado e Avançado (Gráfico 11). Esse quadro sugere um percurso em que a equidade também está sendo observada, assim como a melhoria da qualidade da educação ofertada.

(21)

Gráfico 10

Evolução do percentual de alunos no padrão de desempenho Abaixo do Básico por etapa em Língua Portuguesa 14,6 12,4 30,0 27,1 29,3 26,4 28,6 28,2 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015

5EF 9EF 3EM 4 Normal

Fonte: Avaliando IDEPB.

Gráfico 11

Evolução do percentual de alunos nos padrões de desempenho Adequado e Avançado por etapa em Língua Portuguesa 47,7 51,1 31,2 33,6 32,1 34,5 27,5 32,4 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015

5EF 9EF 3EM 4 Normal

Evolução do percentual de alunos nos

padrões de desempenho Adequado e

Avançado por etapa em Língua Portuguesa

Fonte: Avaliando IDEPB.

(22)

Os dados contextuais da rede estadual da Paraíba mostram informações que dão pistas sobre algumas características que ajudam a delinear um diagnóstico que leve em consideração não apenas os dados de desempenho, mas também questões como as mudanças ocorridas na rede nos últimos anos e o perfil dos atores educacionais inseridos nesse universo.

O Gráfico 12, por exemplo, mostra que o número de matrículas efetuadas na rede estadual vem sendo reduzido, sistematicamente, desde 2010, especialmente no ensino fundamental. Os anos iniciais experi-mentaram uma queda no número de matrículas de mais de 47%, quando comparamos os anos de 2010 (72.985 matrículas) e 2015 (38.062 matrículas). Isso possivelmente se deve ao fato de que o ensino funda-mental passa por um processo de municipalização, em que os alunos são, gradativamente, transferidos da rede estadual para as redes municipais.

Já no ensino médio, em que não ocorre esse processo de municipalização, a redução no número de matrículas durante o mesmo período foi de cerca de 10%, passando de 119.565 matrículas em 2010 para 106.642 matrículas em 2015. Essa redução sugere um processo natural de transição demográfica, sem interferência de uma política específica.

Gráfico 12

Número de matrículas da rede estadual da ParaíbaGráfico 1: Número de matrículas da rede estadual da Paraíba

Fonte: Inep, 2016. 72.985 69.478 60.485 52.280 44.715 38.062 117.673 112.395 103.951 95.013 89.363 85.277 119.565 114.515 113.912 111.444 110.348 106.642 0 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000 60.000 70.000 80.000 90.000 100.000 110.000 120.000 130.000 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Ensino Fundamental - Anos Iniciais Ensino Fundamental - Anos Finais Ensino Médio

Fonte: Inep, 2016.

O Gráfico 13 ilustra o comportamento da taxa de aprovação dos alunos da rede estadual ao longo do tempo. Observamos que os índices de aprovação têm apresentado tendência ascendente, ou seja, exis-te um movimento gradativo que exis-tende a aumentar a taxa de aprovação de alunos no estado. Em 2015, todas as etapas de ensino apresentaram taxa de aprovação acima de 75%, chegando a 88,7% nos anos iniciais do ensino fundamental.

(23)

Gráfico 13

Taxa de aprovação – Rede estadualGráfico 2 – Taxa de aprovação – Rede estadual

80,4 84,9 86,8 87,9 89,5 88,7 66,5 69,4 70,5 72,5 73,1 75,5 71,0 72,5 73,6 74,9 74,2 76,2 60,0 65,0 70,0 75,0 80,0 85,0 90,0 95,0 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Ensino Fundamental - Anos Iniciais Ensino Fundamental - Anos Finais Ensino Médio

Fonte: Inep, 2016.

No Gráfico 14, observamos o indicador de fluxo da rede estadual no período de 2009 a 2015. Esse indicador compreende a média harmônica das taxas de aprovação dos anos escolares que compõem cada etapa da educação básica. É um indicador muito importante, por ser incorporado ao Índice de De-senvolvimento da Educação Básica (Ideb), juntamente com o indicador de desempenho.

O que observamos é que o indicador de fluxo da rede estadual da Paraíba mostra tendência ascen-dente, tendo evoluído de modo constante em praticamente todas as etapas da educação básica, à ex-ceção dos anos iniciais do ensino fundamental, cujo indicador se manteve o mesmo (0,89) entre 2013 e 2015. Isso sugere que a questão do fluxo vem apresentando melhoras sistemáticas; em outras palavras, a rede está conseguindo aprovar mais seus estudantes. A continuidade desse movimento ascendente é fundamental para que se atinjam níveis cada vez mais próximos do ideal, que não comprometam o Ideb da rede.

Gráfico 14

Indicador de fluxo – Rede estadual

Fonte: Inep, 2016. 0,80 0,85 0,89 0,89 0,67 0,70 0,73 0,76 0,75 0,76 0,79 0,80 0,60 0,65 0,70 0,75 0,80 0,85 0,90 0,95 2009 2011 2013 2015

Ensino Fundamental - Anos Iniciais Ensino Fundamental - Anos Finais Ensino Médio

Fonte: Inep, 2016.

(24)

Analisando o Gráfico 15, podemos perceber que, com relação ao nível de escolaridade dos professo-res da rede estadual, há uma grande concentração de educadoprofesso-res que possuem ensino superior (licen-ciatura) ou especialização com, no mínimo, 360 horas. Somados, esses dois grupos reúnem 78,3% dos professores da rede. Em seguida, aparecem aqueles que possuem grau acadêmico de mestrado (9,5%).

Gráfico 15

Nível de escolaridade dos professoresGráfico 4 – Nível de escolaridade dos professores

Fonte: Avaliando IDEPB, 2015.

2,4% 5,6% 34,4% 3,5% 43,9% 9,5% 0,7%

Qual é o seu nível de escolaridade completo?

Ensino Médio – Magistério. Ensino Superior – Pedagogia ou Normal Superior.

Ensino Superior – Licenciatura. Ensino Superior – Outros. Especialização (mínimo de 360 horas).

Mestrado.

Doutorado ou posterior. Fonte: Avaliando IDEPB, 2015.

Analisando o tempo de experiência dos professores, vemos, no Gráfico 16, que poucos docentes lecionam há menos de 1 ano (1,7%), enquanto 30,7% deles atuam há mais de 21 anos na sala de aula. Ao compararmos essas informações com o Gráfico 17, que ilustra há quanto tempo os professores atuam especificamente na escola em que estão atualmente, observamos que há uma rotatividade característica na rede.

Enquanto 81,5% dos professores lecionam há mais de 5 anos, a maioria dos docentes (51,2%) ainda não completou 5 anos atuando na mesma escola, ou seja, a troca de instituição é comum entre os pro-fessores mais antigos da rede. Essa informação é reforçada ao notarmos que o número de propro-fessores que está há menos de 1 ano lecionando em sua escola atual representa 10,3% do total de profissionais na rede, enquanto apenas 1,7% deles têm esse tempo de experiência profissional.

(25)

Gráfico 16

Tempo de experiência como professorGráfico 5 – Tempo de experiência como professor

Fonte: Avaliando IDEPB, 2015.

1,7% 16,8% 20,7% 15,0% 15,1% 30,7%

Há quanto tempo você é professor, considerando também o seu trabalho em outras escolas?

Há menos de 1 ano. Entre 1 e 5 anos. Entre 6 e 10 anos. Entre 11 e 15 anos. Entre 16 e 20 anos. Há mais de 21 anos.

Fonte: Avaliando IDEPB, 2015.

Gráfico 17

Tempo de experiência na escola em que atuaGráfico 6 – Tempo de experiência na escola em que atua

Fonte: Avaliando IDEPB, 2015.

10,3% 40,9% 17,1% 8,3% 9,2% 14,2%

Há quanto tempo você é professor NESTA escola?

Há menos de 1 ano. Entre 1 e 5 anos. Entre 6 e 10 anos. Entre 11 e 15 anos. Entre 16 e 20 anos. Há mais de 21 anos.

Fonte: Avaliando IDEPB, 2015.

No que diz respeito ao nível de escolaridade dos gestores da rede estadual, notamos, no Gráfico 18, que a concentração de profissionais que possuem ensino superior (licenciatura) ou especialização com, no mínimo, 360 horas observada nos professores, se mantém. No caso dos gestores, esses dois grupos reúnem 74,2% dos profissionais. Chama a atenção o fato de que o percentual de gestores que possuem mestrado, doutorado ou formação posterior (3,7%) é significativamente menor que o de professores com esta formação (10,2%).

(26)

Gráfico 18

Nível de escolaridade dos gestoresGráfico 7 – Nível de escolaridade dos gestores

Fonte: Avaliando IDEPB, 2015.

2,0% 13,0% 35,6% 7,2% 38,6% 3,4% 0,3%

Qual é o seu nível de escolaridade completo?

Ensino Médio – Magistério. Ensino Superior – Pedagogia ou Normal Superior.

Ensino Superior – Licenciatura. Ensino Superior – Outros. Especialização (mínimo de 360 horas).

Mestrado.

Doutorado ou posterior.

Fonte: Avaliando IDEPB, 2015.

Observamos no Gráfico 19, que informa o tempo de experiência dos gestores, uma concentração de profissionais que exercem a gestão há menos de um ano ou entre 1 e 5 anos. Esses dois grupos de gestores correspondem a 66,5% do total da rede. Apenas 4,1% deles atuam nessa função há mais de 21 anos. Ao compararmos essas informações com o Gráfico 20, que ilustra há quanto tempo os gestores atuam especificamente na escola em que estão atualmente, observamos que acumular experiência na gestão de uma mesma escola é algo mais raro entre os profissionais da rede: apenas 18,6% dos gestores têm mais de 5 anos de experiência.

Gráfico 19

Tempo de experiência como gestorGráfico 8 – Tempo de experiência como gestor

Fonte: Avaliando IDEPB, 2015. 17,0%

49,5% 17,9%

6,9%

4,6% 4,1%

Há quanto tempo você é gestor, considerando também o seu trabalho em outras escolas? Há menos de 1 ano. Entre 1 e 5 anos. Entre 6 e 10 anos. Entre 11 e 15 anos. Entre 16 e 20 anos. Há mais de 21 anos.

Fonte: Avaliando IDEPB, 2015.

(27)

Gráfico 20

Tempo de experiência como gestor na escola em que atuaGráfico 9 – Tempo de experiência como gestor na escola em que atua

Fonte: Avaliando IDEPB, 2015. 23,9%

57,5% 11,3%

3,8% 1,8% 1,7%

Há quanto tempo você é gestor NESTA escola?

Há menos de 1 ano. Entre 1 e 5 anos. Entre 6 e 10 anos. Entre 11 e 15 anos. Entre 16 e 20 anos. Há mais de 21 anos.

Fonte: Avaliando IDEPB, 2015.

Os dados contextuais, como pudemos observar, revelam algumas características que auxiliam a com-preender a rede estadual da Paraíba. O estado vem experimentando diminuição sistemática do número de matrículas, especialmente no ensino fundamental, provavelmente em virtude do processo de muni-cipalização dessa etapa. Os índices de aprovação e fluxo, embora crescentes, precisam continuar esse percurso para reduzir as reprovações e abandonos e, consequentemente, melhorar os índices do Ideb. Por fim, o nível de escolaridade e tempo de experiência dos professores e gestores ajuda a compreender melhor o perfil desses atores fundamentais para a melhoria da qualidade da educação dos estudantes paraibanos.

O fato de o percurso de avanço seguido por todas as etapas de escolaridade ser similar sugere que a rede tem olhado para cada etapa com a mesma atenção. Destacamos, ainda, que os dados da avaliação são mais amplos do que os expostos neste breve resumo sobre o Avaliando IDEPB. De todo modo, a partir deles, tendo em vista as melhorias diagnosticadas, é possível levantar hipóteses sobre os motivos pelos quais elas foram obtidas. Eles podem ser inúmeros e oriundos de diferentes fontes.

(28)

Este é um exercício que cabe a todos os profissio-nais envolvidos com a educação no estado da Paraíba. Os resultados da avaliação podem ser o ponto de partida para uma série de reflexões acerca das políticas públi-cas educacionais e das ações, pedagógipúbli-cas e de gestão, no interior de cada escola, pois os resultados do Avalian-do IDEPB são, na verdade um Avalian-dos muitos aspectos que envolvem a realidade educacional da rede estadual de ensino. Debruçar-se sobre eles e analisá-los é uma ação essencial para que cumpram um importante papel na ga-rantia do direito de toda criança aprender!

(29)

Os resultados alcançados em 2016

resultados

P

rezado gestor, esta seção apresenta os re-sultados alcançados por sua escola, nas ava-liações em Língua Portuguesa e Matemática do Avaliando IDEPB 2016, por etapa de escolaridade avaliada.

Em primeiro lugar, estão dispostos os resulta-dos obtiresulta-dos por meio da TRI – Teoria de Resposta ao Item: Proficiência Média dos estudantes da es-cola; distribuição dos estudantes pelos Padrões de Desempenho; e, por fim, dados de participação na avaliação – quantidade de alunos previstos para a realização dos testes, quantos de fato participaram da avaliação e o respectivo percentual de participa-ção. Esses resultados são informados para os três últimos anos de realização do Avaliando IDEPB.

Após a exposição dos resultados da escola, você contará com roteiros que o auxiliarão na lei-tura e interpretação desses resultados.

Além disso, são apresentadas informações acerca do contexto de sua escola, como o Índi-ce Socioeconômico (ISE), composto por dados relacionados à origem social e às condições eco-nômicas dos estudantes, e indicadores de qualida-de, como o IDEPB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica da Paraíba, que envolve dois componentes: o desempenho em testes padroni-zados (no caso da Paraíba, obtidos através do Ava-liando IDEPB) e o fluxo escolar.

O que é o IDEPB?

O Índice de Desenvolvimento da Educação da Paraíba (IDEPB) é um indicador que reúne dois elementos importantes para a qualidade da educação: o fluxo escolar e o desempenho nas avaliações em larga escala. O indicador é calculado com base nos dados sobre aprovação, obtidos através do Censo Es-colar, e nos dados de desempenho, obtidos através dos testes padronizados do Avaliando IDEPB. Dessa forma, o IDEPB apre-senta resultados sintéticos, permitindo traçar metas de qualida-de para os sistemas educacionais, específicos para cada escola.

(30)

O que é ISE – Índice Socioeconômico?

O Índice Socioeconômico (ISE) reúne informações sobre as condições sociais, culturais e econômicas dos estudantes e de suas famílias. Levando em conta uma série de aspectos, como a escolaridade dos pais e a posse de bens (materiais e cultu-rais), o ISE é uma importante informação para a compreensão do desempenho escolar, tendo em vista que ele é influenciado por diversos fatores, entre eles, o contexto social da escola e as condições econômicas e sociais das famílias dos alunos.

» Energia elétrica » Água encanada » Até 20 livros no domicílio » Celular » Geladeira » DVD » Automóvel » Banheiro » Máquina de lavar roupa

» Pais com Ensino F u n d a m e n t a l incompleto » Acesso ao serviço de coleta de lixo » TV a cores » Computador » Calçamento » Entre 21 e 100 livros no domicílio » Pais com Ensino

F u n d a m e n t a l completo

» Pais com Ensino Médio completo » 2 ou mais TVs a cores » 2 ou mais computadores » 2 ou mais máquinas de lavar » 2 ou mais banheiros » 2 ou mais DVDs » 2 ou mais automóveis » Mais de 100 livros no domicílio » Pais com Ensino

Superior completo

Nível

Os níveis de ISE calculados para o

Avaliando IDEPB são:

Nível

Nível 1

+

Nível 2

+

Nível 3

+

Nível 4

+

Nível 5

+

Nível

Nível

Nível

Nível

(31)

Result

ados da esc

ola

(32)

Result

ados da esc

ola

(33)

Roteiros de leitura e

análise de resultados

Para que os resultados da avaliação externa em larga escala atinjam o seu principal objetivo, o de possibilitar a melhoria da qualidade do ensino ofertado, em primeiro lu-gar, é necessário compreendê-los de forma coletiva, ten-do sempre como referência o Projeto Político-Pedagógico da escola.

1. LEITURA E CONTEXTUALIZAÇÃO

2. ANÁLISE

3. DIAGNÓSTICO

4. PLANO DE AÇÃO

5. MONITORAMENTO

6. RESULTADOS

(34)

Por isso, antes do estabelecimento de metas e ações educacionais, propomos algu-mas orientações de leitura dos resultados. O intuito é mostrar a você, gestor, como o Avaliando IDEPB pode melhorar o processo de ensino e aprendizagem em sala de aula, ao observar o desempenho, nos testes, das turmas avaliadas em Língua Portuguesa e Matemática.

Analisando a proficiência média de cada turma e a distribuição dos estudantes pelos padrões de desempenho, podemos perceber como está o desenvolvimento de habili-dades e competências, e também se há equidade entre os estudantes da escola. Isso permite o planejamento de ações direcionadas aos grupos heterogêneos de estudantes: recuperação, reforço, aprofundamento e, para os estudantes com desempenho além do esperado para o seu ano de escolaridade, desafio. O percentual de participação no teste e a possibilidade de generalização dos dados também são tratados nesta seção.

Outro ponto para análise e reflexão é a relação entre os resultados e o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), além do Índice de Desenvolvimento da Educação da Paraíba (IDEPB), que leva em conta a proficiência obtida na Prova Brasil e no Avaliando IDEPB, respectivamente, e o fluxo escolar. Há metas que demandam estra-tégias específicas para cada resultado. Cabe ressaltar, também, por meio desses dados, que o Avaliando IDEPB não está desarticulado da avaliação nacional.

Nossa proposta é que a equipe gestora possa se apropriar dos dados, estabelecer relações e utilizá-los para ajudar a constituir ações para melhorar e garantir o direto à aprendizagem.

Orientações para a leitura dos resultados

O processo de avaliação em larga escala não se encerra quando os resultados che-gam à escola. Ao contrário, a partir desse momento, faz-se necessário que todos os agentes envolvidos – gestores, professores, equipe pedagógica – se apropriem dos resul-tados produzidos pelas avaliações, incorporando-os às suas reflexões sobre as dinâmicas de funcionamento da escola.

É importante conhecer cada uma das informações referentes aos resultados do Ava-liando IDEPB 2016, compreendendo o que são e como devem ser usadas para melhorar a gestão da escola e da sala de aula, bem como as práticas pedagógicas, a fim de que os estudantes possam desenvolver-se, cognitivamente, de acordo com a etapa de escolari-dade em que se encontram.

Pensando nisso, sugerimos um roteiro com orientações sobre como deve ser feita a leitura e a interpretação dos resultados do Avaliando IDEPB 2016, em cada componente curricular e etapa de escolaridade avaliados. Esse roteiro aplica-se aos resultados divul-gados nesta revista.

Para aprofundar as reflexões acerca dos resultados da avaliação em larga escala, é im-portante, ainda, consultar o Glossário da Avaliação em Larga Escala, disponível em www. avaliacaoparaiba.caedufjf.net, bem como os padrões de desempenho estudantil, os quais descrevem, pedagogicamente, o significado das médias alcançadas pelos estudantes da rede estadual da Paraíba que participaram do Avaliando IDEPB 2016.

(35)

Resultados apresentados nesta revista

Proficiência média alcançada

pela escola nas três últimas

edições do Avaliando IDEPB, em

Língua Portuguesa e Matemática.

Essa é a primeira informação sobre o desem-penho dos estudantes de sua escola: a média de proficiência1 alcançada nas três últimas edições

do Avaliando IDEPB, nas disciplinas Língua Por-tuguesa e Matemática, em cada etapa avaliada. A observação da média nos ajuda a verificar a me-lhoria da qualidade da educação ofertada, a partir da evolução do desempenho da escola.

1 A média de proficiência da escola é o valor da média aritmética das proficiências alcançadas pelos estudantes da escola, no teste.

O termo proficiência refere-se ao conhecimento ou à aptidão que os alunos demonstram ter em relação a um determinado conteúdo de uma disciplina

avaliada pelos testes cognitivos.

(36)

Observe, na página de resultados, as proficiências alcançadas pelos estudantes nas três últimas edições do Avaliando IDEPB, em uma determinada etapa, e preencha o quadro a seguir.

5º ano do Ensino Fundamental

EDIÇÃO PROFICIÊNCIA MÉDIA ANÁLISE

2014 Qual é o comportamento da média de proficiência

da sua escola, ao longo dos anos? ( ) Está aumentando ( ) Está estável ( ) Está diminuindo OBS.: 2015 2016

Que hipóteses podem ser levantadas sobre a evolução dos resultados da sua escola ao longo do tempo? Registrem o que vocês, da equipe gestora e coordenação, discutiram. Isso os ajudará na apropriação das informações fornecidas pelos resultados do Avaliando IDEPB.

ATIVIDADE 1

Distribuição percentual dos estudantes pelos padrões de

desempenho nas três últimas edições do Avaliando IDEPB.

Depois de observar a proficiência da escola, vamos verificar como os estudantes estão distri-buídos pelos padrões de desempenho. De acordo com a proficiência alcançada no teste, o estudan-te demonstra um deestudan-terminado perfil ou padrão de desempenho, ou seja, quanto maior a proficiência do estudante, mais elevado é o seu padrão de de-sempenho.

Entretanto, em uma turma ou em uma escola, os estudantes apresentam diferentes padrões de desempenho. Sendo assim, a escola deve

traba-lhar para que haja menos estudantes nos padrões mais baixos, aumentando o percentual nos pa-drões mais elevados, pois almejamos uma educa-ção que seja de qualidade e para todos. Por isso, essa análise é tão importante. Ela lhe dará informa-ções fundamentais para o seu planejamento, para a construção permanente do Projeto Político Pe-dagógico e para a definição de metas, estratégias e metodologias adequadas às necessidades dos alunos.

(37)

Observe o segundo gráfico da página de resultados e preencha o quadro abaixo com o per-centual de estudantes que se encontra em cada um dos padrões de desempenho. Em seguida, acrescente o número absolutos de estudantes, na edição de 2016, em cada padrão2.

EDIÇÃO ABAIXO DO BÁSICO BÁSICO ADEQUADO AVANÇADO

2014 2015

2016 % de alunos Nº alunos % de alunos Nº alunos % de alunos Nº alunos % de alunos Nº alunos

C

Os percentuais de estudantes nos padrões mais baixos têm diminuído, aumentado ou man-tiveram-se estáveis ao longo do tempo?

C

Qual é o padrão em que se encontra o maior número de estudantes?

C

Observando o percentual de estudantes em cada padrão de desempenho, é possível dizer que os estudantes da sua escola apresentaram:

( ) Melhora gradativa

( ) Estabilidade no desempenho ( ) Queda no desempenho

C

Junto à coordenação pedagógica, levante possíveis hipóteses para esses resultados.

C

Que estratégias podem ser utilizadas para aqueles estudantes que estão nos padrões mais baixos?

Esse exercício é importante para que as ações sejam bem direcionadas e possam ajudar os estudantes a desenvolverem as competências necessárias, a fim de que tenham seu direito de aprendizagem garantido.

2 Para encontrar o número absoluto de alunos, em cada padrão, pode ser feito um cálculo utilizando regra de três, considerando o total de alunos que realizou o teste.

Exemplo: Alunos avaliados: 80; percentual de alunos no Básico: 20%; total de alunos nesse padrão: 16.

ATIVIDADE 2

(38)

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500









































































Dados de participação nas avaliações do Avaliando IDEPB nas três

últimas edições.

Depois de observar o desempenho alcançado pelos estudantes da sua escola, é hora de verificar como foi a participação no teste. O indicador de participação revela o nível de adesão à avaliação e é uma informação muito importante para que os resultados alcançados possam ser generalizados.

Ou seja, quanto maior for a participação dos estu-dantes nos testes, mais consistente é o resultado de desempenho alcançado. Consideramos como percentual mínimo para a generalização dos resul-tados da escola uma participação acima de 75%.

Na página de resultados, localize o percentual de participação dos estudantes da sua escola, para cada etapa de escolaridade avaliada, nos últimos anos.

EDIÇÃO PARTICIPAÇÃO OBSERVAÇÃO

2014

Ao longo do tempo a participação ( ) cresceu;

( ) ficou estável; ( ) diminuiu.

Levante hipóteses para o atual índice de participação da escola, em relação aos anos anteriores.

Caso a participação em 2016 não tenha correspondido às expectativas, o que pode ser feito para aumentá-la no próximo ciclo do Avaliando IDEPB?

Um ponto importante nessa atividade é comparar a participação dos estudantes no dia da aplicação do teste e a sua frequência às aulas.

2015

2016

(39)

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500









































































Depois que, junto à sua equipe, você já identificou e refletiu um pouco sobre os resultados alcançados por sua escola, é hora de transportá-los para a escala de proficiência e interpretá-los, pedagogicamente.

A escala de proficiência é uma espécie de régua em que os resultados alcançados nas avaliações em larga escala são apresentados. Os valores obtidos nos testes são ordenados e categorizados em intervalos ou faixas que indicam o grau de desenvolvimento das habilidades para os estudantes que alcançaram determinado nível de desempenho.

Como o desempenho é apresentado em ordem crescente e cumulativa, os estudantes posicionados em um nível mais alto da escala demonstram ter desenvolvido não só as habilidades do ní-vel em que se encontram, mas também, provaní-velmente, aquelas habilidades dos níveis anteriores. A gradação de cores – que vai do amarelo claro ao vermelho – também nos indica o grau de complexidade e o nível de desenvolvimento dessas habilidades. Pedagogicamente falando, cada nível da escala corresponde a diferentes características de aprendizagem: quanto maior o nível (posição) na escala, maior a probabilidade de desenvolvimento e consolidação da aprendizagem.

(40)

Você encontra as escalas de proficiência interativas no endereço www.avaliacaoparaiba.caedufjf.net. Situe nela os resultados da sua escola em Língua Portuguesa e Matemática.

C

Em qual padrão de desempenho se encontra a média da sua escola nesse ano?

C

De acordo com as médias dos anos anteriores, a escola manteve-se no mesmo padrão ou modificou sua posição? Se sim, ela avançou nos padrões ou retrocedeu?

A seguir, apresentamos a descrição geral desses padrões. O detalhamento, por disciplina e etapa, pode ser consultado nas Revistas do Professor.

Disciplina Etapa de

Escolaridade Abaixo do Básico Básico Adequado Avançado

Língua Portuguesa

5º Ano EF até 125 125 a 175 175 a 225 acima de 225

9º Ano EF até 200 200 a 250 250 a 300 acima de 300

1ª Série EM até 225 225 a 275 275 a 325 acima de 325

3ª Série EM até 225 225 a 275 275 a 325 acima de 325

Matemática

5º Ano EF até 150 150 a 200 200 a 250 acima de 250

9º Ano EF até 225 225 a 275 275 a 325 acima de 325

1ª Série EM até 250 250 a 300 300 a 350 acima de 350

3ª Série EM até 250 250 a 300 300 a 350 acima de 350

Características de desempenho

dos estudantes

Desempenho muito abaixo do esperado para a etapa de avaliada. Os estudantes com esse padrão de desempenho requerem atenção especial, necessitando de recuperação das competências e habilidades não desenvolvidas. Desempenho básico, caracterizado por um processo inicial de desenvolvimento das competências e habilidades correspondentes à etapa de escolaridade avaliada. Para esses estudantes são necessárias estratégias de reforço.

Desempenho adequado à etapa de escolaridade avaliada. Os estudantes que se encontram nesse padrão demonstram ter desenvolvido as habilidades básicas e essenciais, referentes à etapa de escolaridade em que se encontram. Desempenho desejável para a etapa avaliada. Os estudantes com esse padrão de desempenho, demonstram ter desenvolvido habilidades além daquelas esperadas para a etapa de escolaridade em que se encontram.

(41)

ALGUMAS DICAS SOBRE O USO DOS RESULTADOS

Comparar os resultados da sua escola ao longo dos anos, para a mesma

etapa de escolaridade. Interpretar os resultados como dados

longitudinais.

Comparar os resultados das diferentes disciplinas.

Tomar a média de proficiência de maneira isolada, sem analisá-la com a ajuda da escala. Comparar os resultados das diferentes

etapas de escolaridade, com a mesma escala de proficiência, para uma mesma disciplina avaliada.

Analisar os resultados a partir da leitura da escala de proficiência, observando o significado pedagógico da média, tendo em vista o

desenvolvimento de habilidades e competências.

O QUE FAZER

COM OS DADOS

O QUE NÃO FAZER

COM OS DADOS

MÉDIAS DE PROFICIÊNCIA

(42)

Identificar, em cada disciplina e etapa, os alunos que têm apresentado maiores dificuldades de aprendizagem.

Reconhecer que a cada padrão correspondem níveis diferentes de aprendizagem e usar essa informação para o planejamento pedagógico.

Acompanhar, ao longo do tempo, se a escola tem tido resultados semelhantes para cada etapa e disciplina.

Entender que, quando os estudantes melhoram sua proficiência, eles necessariamente avançam nos padrões de desempenho.

Entender que os alunos que se encontram no padrão mais baixo não são capazes de aprender. Entender que os alunos que se

encontram em um padrão de desempenho em uma disciplina se encontram no mesmo padrão em outra.

Entender que os alunos que se encontram no padrão mais avançado não necessitam de atenção por parte Entender que os padrões de desempenho são os mesmos para todas as etapas e disciplinas avaliadas.

(43)

Acompanhar a participação dos estudantes nos testes, de modo a buscar a maior participação possível.

Entender que a participação nos testes mensura a garantia do aluno de ser avaliado, decorrência de seu direito de aprender.

Acreditar que, uma vez que a participação já esteja elevada, não é preciso realizar nenhuma ação para que o percentual aumente ainda mais.

PARTICIPAÇÃO

(44)

DADOS CONTEXTUAIS

Compreender que as condições

socioeconômicas dos estudantes afetam seu desempenho escolar.

Planejar ações pedagógicas e de gestão na escola com base nos resultados.

Reconhecer que as escolas desempenham importante papel na aprendizagem dos estudantes, a despeito de suas origens sociais.

Monitorar os resultados da escola ao longo do tempo a partir do alcance de metas.

Atribuir a dificuldade na melhoria dos resultados apenas à ação de professores e diretores.

Comparar os resultados com os de outras escolas, sem observar dados de contexto.

Atribuir apenas às condições socioeconômicas o resultado da aprendizagem dos alunos.

METAS

ISE

(45)

C

Identificação coletiva dos problemas prioritários.

C

Definição coletiva das metas e ações pedagógicas de intervenção.

C

Decisão coletiva das atividades a serem executadas e divisão de responsabilida-des.

C

Elaboração coletiva de um diagnóstico institucional com base nos resultados da avaliação em larga escala e indica-dores educacionais.

C

Acompanhamento e avaliação das ações executadas.

Roteiro de ação

Apresentamos, agora, uma proposta de uso dos resultados das avaliações em larga escala e de indicadores educacionais, com o propósito de construção de uma agenda de ações com impacto no ensino e na aprendizagem.

Os processos de análises dos resultados e de planejamento de ações aqui propostos visam fortalecer a gestão democrática, valori-zando os procedimentos coletivos de reflexão, tomadas de decisão e divisão de responsabilidades.

Em linhas gerais, a proposta pauta-se em quatro etapas de exe-cução: (1) diagnóstico institucional; (2) definição do foco das ações; (3) elaboração da agenda de ações pedagógicas; e (4) monitora-mento e avaliação das ações.

1 Diagnóstico institucional 4 Monitoramento e Avaliação 2 Definição do foco das ações

3

Elaboração da agenda de ações

pedagógicas

Referências

Documentos relacionados

En combinant le moment fléchissant (repris par les hourdis) et l’effort tranchant (repris par les âmes), il a aussi observé une très faible interaction. En 2008,

13) Para tal fim cada Parte deverá comunicar a outra por escrito da existência e o objeto da controvérsia, para a resolução da mesma. 14) Caso isto não aconteça em até 60

4 - A presente comissão tem como missão verificar a conformação legal e corres- pondentes implicações orçamentais das políticas de gestão dos recursos humanos do Setor

A teoria das filas de espera agrega o c,onjunto de modelos nntc;máti- cos estocásticos construídos para o estudo dos fenómenos de espera que surgem correntemente na

Os reconhecimentos a que se refere esta Portaria são válidos exclusivamente para os cursos ministrados nos endereços citados na planilha anexa.. 2º Esta Portaria entra em vigor na

dois gestores, pelo fato deles serem os mais indicados para avaliarem administrativamente a articulação entre o ensino médio e a educação profissional, bem como a estruturação

O Estágio Profissional “é a componente curricular da formação profissional de professores cuja finalidade explícita é iniciar os alunos no mundo da

Esta autonomia/diferenciação é necessária na medida em que contribui para o desenvolvimento da pessoa enquanto adulto individualizado, permitindo consequentemente