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DIMENSÕES LINGUÍSTICAS DA IMAGEM

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Academic year: 2021

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Departamento de Artes & Design

DIMENSÕES LINGUÍSTICAS DA IMAGEM

Aluno: Peter de Albuquerque

Orientador: Prof. Luiz Antonio L. Coelho

I – Introdução

Ao longo do último semestre realizei, em conjunto com o orientador Prof. Luiz Antonio L. Coelho, pesquisas de aprofundamento no campo do design, referente a imagens e significados, no projeto nomeado “Dimensões linguísticas da imagem”. A pesquisa se entrelaça com a ementa da disciplina Imagem e Representação (DSG1322) do curso de design com habilitação em comunicação visual da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, onde, como eluciado pelo proprio orientador na descrição presente no cadastro da plataforma PIBIC da PUC, “(...)modelos de origem linguística e de autores da área da Comunicação e do Design vêm sendo aplicados na análise de materiais visuais.”, além da produção de material gráfico por parte dos alunos, em projetos finais para avaliação com banca, e com possibilidade de projeção em editais e exposições do campo. O papel do bolsista PIBIC ficou em fazer a busca e identificação dessas imagens apresentada nas aulas, a observação dos elementos didáticos em geral, além de servir de ponte entre alunos e professor, sempre fazendo o registro das principais vivências e o arquivamento dos materiais selecionados. Também coube ao aluno catalogar editais da área de comunicação visual, para que posteriormente seja possível inscrever projetos desenvolvidos ao longo do curso.

II – Objetivos

Os principais objetivos, cumpridos no ultimo semestre letivo e que se mantêm idealizados para os próximos, são os de colaborar com a qualidade do material didático apresentado na disciplina Imagem e Representação (DSG1322) e de fomentar a reflexão e produção imagética por parte dos alunos. Produzir e identificar imagens, que alimentem o banco de dados para a ementa do curso, produzindo uma rica catalogação categorizada de signos, símbolos, artes gráficas e plásticas, campanhas publicitárias e materiais midiáticos em geral e ser capaz de interconectá-los, ligá-los aos seus devidos contextos e propostas, como interpretá-los sob a óptica de teóricos do campo do design, além de possibilitar a decodificação das diversas camadas de significação, presentes por detrás de qualquer produção em design, o que colabora no desenvolvimento de repertório gráfico e de uma gramática visual por parte dos alunos, gerando amadurecimento de interpretacao destes. Essa busca também viabiliza uma distinção mais nítida entre as vertentes interdisciplinares que pertencem ao design ou com ele se relacionam, como a publicidade, fotografia, cinema, ergonomia informacional, estruturas de narrativa, artes plásticas, dentre outros.

III – Metodologia

Pesquisas de referências principalmente no espaço World Wide Web, dando sempre os devidos créditos, que sejam de criações em design, sendo essas estáticas (livros, imagens, fotografias), audiovisuais (filmes, youtube) ou interativas (aplicativos), e que permitam a construção de um portfólio plural de peças a serem apresentados nas aulas e registrados nos processos de pesquisa. A presença de contraste e distinção entre os diversos materiais conduz à criação de uma bagagem visual mais rica para os alunos e para os registros. As imagens

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foram apresentadas ao longo do curso no semestre corrente, e mediante a resposta dos alunos, ajustes foram feitos para que o material se conectase com suas realidades e os estimulasse à reflexão quanto às questões de comunicação visual. Ter o campo da sala de aula para atuação permite uma intensa troca, alimentada pela diferentes experiências e olhares dos alunos, e que possibilita a construção coletiva deste projeto de pesquisa. Ao fim do semestre letivo, a qualidade da apresentação das propostas e projetos de conclusão da disciplina serviu como parâmetro medidor da eficácia da transmissão do conteúdo. Algumas das imagens escolhidas são composições fotográficas, pinturas e/ou ilustrações, abstratas ou não, seguidas de experimentações de rotação, redimensionamento não-proporcional, mudança de matizes e contrastes, dentre outras modificações estéticas, apresentadas como provocações para que sejam diferenciadas as suas estruturas significativas em cada uma dessas versões, trazendo melhor percepção do valor de cada elemento gráfico e como eles colaboram para a transmissão de uma mensagem.

Em paralelo, realizei uma catalogação de editais e congressos relacionados ao tema, nacionais e internacionais, que se dispuseram em forma de tabela, organizada com critérios como "data de inscrição", "tipo de ênfase na comunicação visual", "alcance de alunos", "trabalhos pré selecionados", dentre outros, para que os trabalhos desenvolvidos pelos alunos possam potencialmente ser projetados para fora da Academia. Desta forma, os alunos sentem-se estimulados à uma criação que pode trazer como recompensa algo além de uma boa pontuação na média final do curso ou em seu coeficiente de rendimento, mas na apresentação de oportunidades que os aproxime de um próximo passo em suas carreiras, como uma pós-graduação, haja visto que no campo do design, ainda carecemos de estímulo aos alunos para a busca dessa e de outras especializações acadêmicas.

IV – Produção imagética por parte de alunos

Ao final do período, conforme descrito anteriormente, os alunos foram estimulados a produzir como avaliação final da matéria um projeto que pudesse estimular inclusão social, maior facilidade de vivência, deslocamento e exploramento do espaço urbano, através da

comunicacão visual. Na próxima página é possivel visualizar alguns dos trabalhos dos quais julguei de relevância expor nesta relatório.

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Trabalho "Sinalização da Supervia", desenvolvido pelos alunos: Andrew Sousa, Douglas Maranhao e Julliane Alberigi, possibilitou integração de sistema pictográfico ao mapa de paradas das linhas da Supervia, que trás estimulo à vivência turística na cidade tanto na localização mais simples por pontos de referência. Em geral, universaliza comunicação que facilita o deslocamento, podendo ser facilmente interpretado por não falantes da língua portuguesa ou pessoas de diversos níveis de analfabetismo funcional.

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Favorecendo conscientização que quebra diversos preconceitos associados à deficiência auditiva, este projeto desenvolvido por Julia Barros, Marina Papi e Nelson Ferreira transpassa pelas vertentes gráficas da fotografia digital, passando pela criação de cartazes ao desenvolvimento de usabilidade de aplicativo: um caminho dinamico que permitiu vivência em diversas vertentes da comunicação visual.

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Por priorizar público de menor idade, este projeto produzido pelas alunas Anna Janot, Daniela Boechat e Luiza Rimes teve grande força gráfica na vertente da ilustração, forte apelo cromático e estrutura de conto, definida com narrativas e pedagogia educacional.

Os materiais desenvolvidos foram e prosseguem sendo catalogados de forma detalhada, com arquivos em diversos formatos e em alta resolução, de forma que seja possível fazer inscrição em eventos da área do design - dentro e fora do país - neste segundo semestre, sendo esta uma das metas do prosseguimento desta pesquisa PIBIC.

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V – Projeto adicional de produção visual e direção de arte

Visando o constante aprimoramento no campo de estudos e produção de imagens, também participei do projeto da FAPERJ chamado "Ler: Verbo em Formação", de forma voluntária, após convite do Professor Orientador. Abaixo, breve descrição por mim redigida para representar de forma resumida do que tal projeto se trata:

Ler: Verbo em Formação visa trazer aos seus espectadores (crianças e adolescentes) a compreensão de conceitos como memória afetiva, complexidade, imagem, oralidade, dentre outros, se utilizando de uma linguagem expressamente artística, incrementada de recursos visuais e altamente lúdica que foge da didática mais óbvia. O objetivo é trazer conhecimento como consequência natural de uma experiência prazerosa, de se assistir em aula (e em casa, pela internet) a pequenos vídeos, muitas vezes humorados, bem visuais e com narrativas que atraiam e gerem o compartilhar e a curiosidade, que podem ser assistidos como peças autônomas e até em outros contextos, como o puramente de fruição.

De acordo com a demanda apresentada pelo projeto, também defini o grupo de profissionais necessário para sua realização:

Principais carências professionais para realização do projeto

Diretor de Fotografia Fotógrafo

Assistente de fotografia / iluminador Editor de imagens Cinegrafista Assistente de cinegrafista Editor de vídeo Pós-produtor de vídeo Designer de personagens Designer de moda

Designer de comunicação visual Designer cenografista

Designer de comunicação visual Atores

Diretores

Colaboradores para narrativa e roteiro

Na função de diretor de arte, além das tarefas de auxiliar na definição do projeto e suas necessidades, também participei em filmagem, design gráfico e comunicação em geral relacionados a sua feitura, prevista para finalizar em meados de Setembro de 2014.

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Tal projeto lida diretamente com elementos trabalhados na principal pesquisa PIBIC de análise de linguagem, imagens e significado. Além disso, alunos da referida matéria foram convidados para colaborar na produção e assim ter mais um canal de expressão imagética.

VI – Conclusão

É inegável a importância desta pesquisa para o campo acadêmico do design, por aprofundar de forma colaborativa - e conectada com as atuais mídias - os conceitos que estruturam os pilares da comunicação visual, como estética, função e significado. Esses elementos se solidificam através desse processo de pesquisa, e alimentam não só o orientando, como o corpo docente e de alunos, colocando-os em contato com o trato de peças visuais, campo que abrange também áreas de comunicação e publicidade. Adicionalmente, vivemos em um mundo que produz milhares de imagens a todo instante, logo, este é um meio de inesgotáveis possibilidades a serem exploradas. Ter vivenciado e desenvolvido em conjunto com o Professor Orientador esta metodologia de análise de imagens foi definitivamente uma experiência positiva e fomentadora para a imersão em pesquisas no campo da comunicação visual.

Rio de Janeiro, 31 de Julho de 2014

Peter de Albuquerque Bolsista

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