Análise dos Efeitos Terapêuticos
dos Electrões de Auger em
Culturas de Células
Trabalhos Práticos 2
Análise dos Efeitos Terapêuticos dos
Electrões de Auger em Culturas de Células
Disciplina: Trabalhos Práticos
Curso: Mestrado em Engenharia Biomédica da Universidade do Porto
Aluna: Adriana Alexandre dos Santos Tavares
Orientador:
João Manuel R. S. Tavares
Professor Auxiliar do Departamento de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial da FEUP
Co-Orientador:
Luís F. Metello
Análise dos Efeitos Terapêuticos dos
Electrões de Auger em Culturas de Células
•
Conteúdos da Apresentação:
–
Culturas de Células;
–
Ciclo Celular;
–
Possíveis Destinos Finais das Células Irradiadas;
–
Apoptose ou Morte Celular Programada – Principais Vias para Início;
•
Apoptose e Necrose;
–
Radiofármaco;
•
Radiofármaco Ideal para Terapêutica com Electrões de Auger;
–
Citometria de Fluxo;
–
Procedimento de Irradiação;
–
Estudos de Influxo e Efluxo;
–
Análise da Apoptose Radioinduzida;
–
Conclusões Finais;
Trabalhos Práticos 4
Cultura de Células
• Cultura células – o que são?
–
Tipo de cultura de tecidos que envolve um conjunto de técnicas que
permitem cultivar e/ou manter células isoladas fora do organismo de
origem.
–
Remover células de fragmentos de órgãos antes ou durante a cultura,
com concomitante separação das células vizinhas.
Tipos de Cultura de Células
• Culturas Primárias
–
Obtidas por recolha cirúrgica de
pequenas peças de tecido;
–
Culturas inicialmente
heterogéneas, com o tempo
tornam-se dominadas por
fibroblastos;
–
Tempo de sobrevivência in vitro
reduzido;
–
Propícia a desenvolvimento de
contaminações.
• Linhas Celulares
–
Crescimento rápido e contínuo;
–
Proliferação limitada (cerca de 30
divisões celulares) ou ilimitada
(ex: células tumorais);
–
Mais homogéneas, estáveis e
reprodutíveis que culturas
primárias;
Trabalhos Práticos 6
Ciclo Celular
• Definição:
conjunto de transformações dinâmicas e contínuas que
decorrem desde a formação da célula até ao momento em que ela própria,
por divisão, origina duas células-filhas D carácter cíclico, com períodos de
crescimento e de divisão.
Ciclo Celular
•
Células de mamíferos
em cultura
•
Fase G1 D 1 a 8 horas;
•
Fase S D 6 a 8 horas;
•
Fase G2 D 2 a 4 horas;
•
Fase M D < 1 hora.
•
Total ≈ 10 a 20 horas
A célula prepara-
se para se dividir
Mitose
A célula divide-se
Início ciclo
celular
A célula aumenta de
tamanho, biossíntese
Célula
retida
A célula decide se
prossegue ou não no ciclo
celular
A célula replica o
Trabalhos Práticos 8
Possíveis Destinos Finais de Células
Irradiadas
•
Ausência de efeito;
•
Atraso na divisão;
• Apoptose;
•
Falha reprodutiva;
•
Instabilidade genómica;
•
Mutação;
•
Transformação;
•
Efeito bystander;
•
Respostas adaptativas.
Apoptose ou Morte Celular Programada –
Principais Vias para Início
Apoptose
Iniciada via receptores de
morte
Iniciada por estímulos agentes
externos (ex: radiação)
Trabalhos Práticos 10
Apoptose e Necrose
Normal
Normal
Edema reversível
Edema Irreversível
Desintegração
Radiofármaco
• Dois componentes:
– Radionuclídeo
D
emissões energéticas corresponder aos
objectivos esperados e ao detector de radiação utilizado.
– Fármaco
D
seleccionado, com base na sua localização
preferencial num dado tecido ou órgão ou na participação
fisiológica que terá sobre determinadas células ou receptores.
Trabalhos Práticos 12
Citometria de Fluxo
•
Técnica utilizada para contar, examinar e classificar partículas microscópicas
suspensas num meio líquido em fluxo.
•
Através de um aparelho de detecção óptico-eletrónico é possível analisar
características físicas e/ou químicas de uma simples célula.
Comparação da Citometria Fluxo e Microscopia Clássica
Microscopia Clássica
Citometria de Fluxo
Detecção visual
Detecção electrónica
Centenas de células analisadas
Milhares e milhões de células analisadas
Análise qualitativa
Análise quantitativa
Células imobilizadas na lâmina e contadas
Procedimento de Irradiação
•
Culturas de fibroblastos expostas a actividades de 740, 1480, 2220, 2960 e
3700 MBq/ml (20, 40, 60, 80 e 100 mCi/ml) de
99m
Tc;
•
Concluído o processo de irradiação D determinar quais as doses ideais
de irradiação;
•
Irradiar apenas com as doses ideais e para diferentes doses absorvidas,
que se prevê situarem entre 1 e 2 Gy, utilizando-se intervalos cada 0.5 Gy.
Trabalhos Práticos 14
Estudos de Influxo e Efluxo
•
Estudo de influxo
•
Quantidade de
99m
Tc-Pertecnetato de
Sódio que penetrou a membrana
celular.
•
Estudo de efluxo
•
Quantidade de
99m
Tc- Pertecnetato
de Sódio que entrou na célula, mas
foi de seguida expulso para o seu
exterior.
Compreender a capacidade de difusão do radiofármaco pela membrana
celular e sua consequente captação por parte da célula.
Análise da Apoptose Radioinduzida
•
Citometria de fluxo com recurso à técnica da dupla marcação com
anexina V e iodeto de propídio.
Reagente
Diagnóstico Celular
Anexina V
Iodeto de Propídio
Células Viáveis
2
2
Início de Apoptose
3
2
Trabalhos Práticos 16
Conclusões Finais
•
Linhas celulares D grande disponibilidade e elevada capacidade de
reprodutibilidade.
•
Radiação D apoptose, pela indução de danos ao ADN irreparáveis.
•
Crescente interesse da comunidade científica relativamente aos
radionuclídeos emissores de electrões de Auger, dos quais o
99m
Tc faz
parte.
Perspectivas Futuras
1.
Contribuição para a criação de um texto de revisão actualizado e
completo sobre o tema da Dissertação;
2.
Melhorar o conhecimento actual do papel do
99m
Tc enquanto agente
irradiante no contexto terapêutico, pela análise dos efeitos
radiobiológicos em culturas de células seleccionadas;
3.
Utilização de técnicas de citometria de fluxo para avaliação dos efeitos
da radiação na célula, nomeadamente, a indução da apoptose;
4.
Estudo de efluxo e influxo do
99m
Tc-Pertecnetato de Sódio em culturas
de células, de forma a relacionar o seu papel enquanto agente
terapêutico com a sua dinâmica celular.
Trabalhos Práticos 18
Referências
• Anazetti, M. C. (2007). "Morte Celular por Apoptose: uma visão bioquímica e molecular." Metrocamp Pesquisa 1(1): 37-58.
• Baatout (2004). "Cytometric methods to analyze radiation effects." Journal of Biological Regulators and Homeostatic Agents 18(2): 101-105.
• BD, B. (2007). "Annexin V - Introduction." Annexin V Retrieved 26 June 2008, fromhttp://www.bdbiosciences.com/features/products/display_product.php?keyID=48.
• Besta, I. N. N. C. (2004). Detection of Contaminants in Human Cell Culture. L. P. f. H. C. Culture. Marina Mora, EuroBio Bank.
• Caprioglio, D. (2008). "Fluorescence in Biology." Retrieved 26 June 2008, fromhttp://csm.colostate-pueblo.edu/biology/dcaprio/412L/Fluor1.html.
• Coder, D. (1997). Assessment of cell viability. Current Protocols in Cytometry, John Wiley & Sons.
• Coimbra, U. (2008). "Noções básicas de cultura de células." Retrieved Maio 2008, from https://woc.uc.pt/bioquimica/getFile.do?tipo=2&id=523.
• Dash, P. (2008). "Apoptosis." Reproductive and Cardiovascular Research Group Retrieved Maio 2008, fromhttp://www.sgul.ac.uk/depts/immunology/~dash/apoptosis/.
• Freshney, I. (2006). Basic Principles of Cell Culture. Culture of Cells for Tissue Engineering. G. V.-N. e. I. Freshney, Jon Wiley and Sons.
• Hanon E., V. A., Pastoret P. (1996). "The Use of Flow Cytometry for Concomitant Detection of Apoptosis and Cell Cycle Analysis." Biochemica 2(Technical Tips): 25-27.
• Hartung, T. (2002). "Good Cell Culture Practice." ATLA 30: 407-414.
• Howell, R. (1992). "Radiation Spectra for Auger-Electron Emitting Radionuclides: Report No.2 of AAPM Nuclear Medicine Task Group No.6." Medical Physics 19(6): 1371-1383.
• Humm, J. (1989). "A New Calculational Method to Assess the Therapeutic Potential of Auger Electron Emission." International Journal of Radiation Oncology Biology Physics 17(2): 351-360.
• Humm, J. (1994). "Dosimetry of Auger-Electron-Emitting Radionuclides." Medical Physics 21(12): 1901-1915.
• Marques, F. (2001). "Alguns Aspectos Sobre Geradores e Radiofármacos de Tecnécio-99m e seus Controles de Qualidade." Radiologia Brasileira 34(4): 233-239.
• Mather, J. (1998). Introduction to Cell and Tissue Culture. New York and London, Plenum Press.
• Nolla, H. (2008). Basic Principles in Flow Cytometry. U. o. California. Berkeley.
• Riley, R. (2005). "Principles and Applications of Flow Cytometry." Retrieved 26 June 2008, fromhttp://www.pathology.vcu.edu/education/lymph/documents/Flow.pdf.
• Ryan, J. (2008). Introduction to Aninmal Cell Culture. Technical Bulletin.
• Saha, G. (1998). Radiopharmaceuticals and Methods of Radiolabeling. Fundamentals of Nuclear Pharmacy. Springer.
• SIGMA (2008). Fundamental Techniques in Cell Culture... A Laboratory Handbook, SIGMA Laborartories.
• Silva, A. (2000). Terra, Universo de Vida. Porto, Porto Editora.
• Silva, T. R., Alberto; Hewitt, Christopher; Roseiro, Jose (2004). "Citometria de fluxo - Funcionalidade celular on-line em bioprocessos." Boletim de Biotecnologia
77(Métodos em Biotecnologia - Citometria de Fluxo II): 32-40.
• Suntharalingam, N. (2002). "Basic Radiobiology." Chapter 14 Retrieved 30 May 2008, fromhttp://www-naweb.iaea.org/nahu/dmrp/pdf_files/Chapter14.pdf.
• Unak, P. (2002). "Targeted Tumor Radiotherapy." Brazilian Archives of Biology and Technology 45: 97-110.