• Nenhum resultado encontrado

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO Nº 1079

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "DISSERTAÇÃO DE MESTRADO Nº 1079"

Copied!
71
0
0

Texto

(1)

FUNÇÕES DE FORMA DE ORDEM SUPERIOR BASEADAS EM H(CURL) PARA O MÉTODO SEM MALHA DE AREST

Luilly Alejandro Garcia Ortiz

DATA DA DEFESA: 30/08/2018

(2)

Universidade Federal de Minas Gerais

Escola de Engenharia

Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica

FUNÇÕES DE FORMA DE ORDEM SUPERIOR BASEADAS EM

H(CURL) PARA O MÉTODO SEM MALHA DE AREST

Luilly Alejandro Garcia Ortiz

Dissertação de Mestrado submetida à Banca Examinadora designada pelo Colegiado do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais, como requisito para obtenção do Título de Mestre em Engenharia Elétrica.

Orientador: Prof. Renato Cardoso Mesquita

Belo Horizonte - MG Agosto de 2018

(3)
(4)

Agradecimentos

Primeiramente agrade¸co a Deus por me dar sa´ude, sabedoria e fortaleza f´ısica para realizar este trabalho e para superar todos os obst´aculos que se apresentam na minha vida. A minha m˜ae, Celmira Ortiz, por ter me ensinado esse conjunto de valores que s´o em casa s˜ao apreendidos e que hoje, fora de casa, s˜ao a base para eu cumprir com minhas metas e sonhos propostos. A ela, por estar comigo naqueles momentos complicados no come¸co do meu mestrado, por ser meu maior exemplo de vida e por ser meu motor do dia a dia. MEUS triunfos sempre ser˜ao TEUS triunfos. Te amo madre!

A meus irm˜aos Yency, Carlos, Edgar e a minha sobrinha Hanna, por cada mensagem e palavra de ˆanimo. Quero agradecer de forma especial a meu irm˜ao Carlos que sem o apoio econˆomico dele este sonho n˜ao teria sido realizado. Tamb´em, aos outros membros da minha fam´ılia pelo apoio prestado durante este tempo.

A meu orientador Renato Cardoso Mesquita e coorientador Na´ısses Zoia Lima, por terem acreditado em mim para a elabora¸c˜ao desde trabalho, pela excelente orienta¸c˜ao e pela paciˆencia com meu portunhol. Pela educa¸c˜ao para realizar as diferentes cr´ıticas construtivas durante meu mestrado. Aos profs. Fernando Jos´e da Silva Moreira e C´assio Gon¸calves do Rego, pela forma¸c˜ao acadˆemica durante minha mestrado. Todos eles, ser˜ao de inspira¸c˜ao para minha forma¸c˜ao como docente.

A todos meus amigos e colegas com os quais compartilhei tempo durante meu mestra-do, de forma especial ao Jos´e (El patr´on) e o Andr´es pelo apoio e amizade de muitos anos. `A Maria e a o Diego por terem me recebido na sua casa sem me conhecer e pela disponibilidade ante de qualquer situa¸c˜ao. Ao pessoal do Laborat´orio de Otimiza¸c˜ao de Projetos assistidos por Computador (Lopac) pela parceria e a tradu¸c˜ao autom´atica. Aos times de futsal da en-genharia (griffo) e da UFMG, por terem me acolhido no seu time e continuar apoiando essa minha louca paix˜ao pelo futebol. A essa menina feia, horrorosa e chata por me acompanhar neste tempo, por tantas madrugadas de conversas fora s´o para eu n˜ao dormir e conseguir acabar meus trabalhos, por dar esse “toque” diferente a minha vida, para ela muito obrigado.

`

A CAPES pelo apoio financeiro e `a FUMP pelo excelente atendimento durante meu mestrado.

(5)

Resumo

O M´etodo sem Malha de Aresta ´e um m´etodo num´erico em que, diferentemente dos m´etodos sem malha tradicionais, se constr´oi as aproxima¸c˜oes baseado em arestas ao inv´es de n´os. Uma das finalidade deste m´etodo ´e garantir a condi¸c˜ao do divergente nulo e eliminar os modos esp´urios presentes na solu¸c˜ao num´erica. Nesta disserta¸c˜ao ´e desenvolvida uma for-mula¸c˜ao matem´atica para gerar as fun¸c˜oes de forma vetoriais, de modo que quatro, cinco e seis arestas possam ser tomadas no dom´ınio de suporte. Para isso, a ordem do polinˆomio das fun¸c˜oes de base deve ser aumentada. As fun¸c˜oes de base est˜ao baseadas nos espa¸cos H(curl) e no caso de quatro arestas tamb´em est˜ao baseadas nos elementos de primeiro tipo de N´ed´elec. Para testar as novas fun¸c˜oes de forma vetoriais o m´etodo ´e aplicado a v´arios problemas eletromagn´eticos. O m´etodo sem malha de aresta consegue resolver satisfatoria-mente esses problemas, isto ´e, a solu¸c˜ao num´erica satisfaz a condi¸c˜ao tanto do divergente nulo, como da continuidade da componente tangencial do campo el´etrico entre dois materiais diferentes al´em da solu¸c˜ao num´erica n˜ao apresentar modos esp´urios. As novas fun¸c˜oes de for-ma vetoriais geram um incremento na ordem de convergˆencia quando seis arestas s˜ao usadas no dom´ınio de suporte, pois esta fun¸c˜ao de base utiliza um polinˆomio de ordem mais elevada.

Palavras clave: Espa¸cos H(curl), Fun¸c˜oes de forma vetoriais de alto ordem, M´

(6)

v

Abstract

The Edge Meshless Method (EMM) is a numerical method that unlike traditional mesh-less methods, constructs its approximations based on edges instead of nodes. One of the purposes of this method is to guarantee the condition of the null divergent and to eliminate the spurious modes present in the numerical solution. In this dissertation a mathematical formulation is developed to generate the vector shape functions, so that four, five and six edges can be taken in the support domain. For this, the order of the basic polynomial fun-ctions must be increased. The basic funfun-ctions are based on the H (curl) spaces and in the case of four edges are also based on N´ed´elec’s element of first type. The EMM with the new vector shape functions is applied to several electromagnetic problems, for which the permeability and permittivity of the materials are modified. The meshless method can solve these problems satisfactorily, that is, the numerical solution satisfies both the null divergent condition and the continuity of the tangential component of the electric field between two different materia. Besides, the numerical solution does not present spurious modes. The new vector-shape functions generate an increase in the order of convergence when six edges are used in the support domain, because the base function uses a high-order polynomial.

(7)

Agradecimentos III Resumo IV Lista de figuras IX Lista de tabelas X Lista de S´ımbolos X 1 Introdu¸c˜ao 2

2 Revis˜ao Bibliogr´afica 6

2.1 Elementos Finitos de Aresta . . . 7

2.2 M´etodo sem Malha de Aresta com fun¸c˜oes de forma originais . . . 11

2.3 M´etodo sem Malha de Arestas com fun¸c˜oes de forma vetoriais baseadas nos elementos de primeiro tipo de N´ed´elec . . . 16

3 Fun¸c˜oes de Forma Vetoriais com mais arestas no dom´ınio de suporte 18 3.1 Fun¸c˜oes de forma vetoriais para 4 arestas no dom´ınio de suporte . . . 18

3.2 Fun¸c˜oes de forma vetoriais para 5 e 6 arestas no dom´ınio de suporte baseadas no elemento de primeiro tipo de N´ed´elec . . . 19

3.3 Fun¸c˜oes de forma de aresta vetoriais em H(curl) para 5 e 6 arestas no dom´ınio de suporte baseadas apenas nos espa¸cos H(curl) . . . 24

4 Resultados Num´ericos 28 4.1 Circula¸c˜ao nas arestas . . . 29

4.2 Interpola¸c˜ao de campos vetoriais . . . 34

4.3 Problema de autovalores . . . 38

4.3.1 Defini¸c˜ao do problema . . . 38

4.3.2 Guia de onda com meio homogˆeneo e isotr´opico . . . 41

4.3.3 Guia de onda com saliˆencia e meio homogˆeneo e anisotr´opico . . . 46

4.3.4 Guia de onda com meio n˜ao homogˆeneo e anisotr´opico . . . 47

4.4 O EMM com ordem polinomial h´ıbrida . . . 50

(8)

Sumario vii

5 Conclus˜oes 56

5.1 Trabalhos Futuros . . . 57

(9)

1-1. Distribui¸c˜ao de n´os na fronteira e no dom´ınio nos m´etodos sem malha. Figura

retirada de [12] . . . 3

1-2. Distribui¸c˜ao de arestas na fronteira e no dom´ınio nos m´etodos Mfree. . . 4

2-1. Elemento Triangular. . . 7

2-2. Elemento Quadrangular. . . 10

2-3. Fun¸c˜ao φ dependente da distˆancia contida nas fun¸c˜oes de forma vetoriais de aresta. . . 13

3-1. Representa¸c˜ao gr´afica das fun¸c˜oes de forma vetoriais para 4 arestas no dom´ınio de suporte. (a)−→N1, (b)−→N2, (c)−→N3 e (d)−→N4 . . . 20

3-2. Representa¸c˜ao gr´afica das fun¸c˜oes de forma vetoriais para 5 arestas no dom´ınio de suporte. (a)−→N1, (b)−→N2, (c)−→N3, (d)−→N4 e (e)−→N5 . . . 26

3-3. Representa¸c˜ao gr´afica das fun¸c˜oes de forma vetoriais para 5 arestas no dom´ınio de suporte. (a)−→N1, (b)−→N2, (c)−→N3, (d)−→N4, (e)−→N5 e (f )−→N6 . . . 27

4-1. Distribui¸c˜ao de arestas quadrilateral e a circula¸c˜ao nas arestas. . . 30

4-2. Distribui¸c˜oes de arestas para 5 arestas no dom´ınio de suporte. . . 31

4-3. Distribui¸c˜ao de arestas para seis arestas no dom´ınio de suporte. . . 33

4-4. Distribui¸c˜ao de arestas para trˆes, quatro, cinco e seis arestas no dom´ınio de suporte. . . 35

4-5. N´ıveis de erro para as fun¸c˜oes de forma com 5 arestas no dom´ınio de suporte. 36 4-6. N´ıveis de erro para as fun¸c˜oes de forma com 6 arestas no dom´ınio de suporte. 36 4-7. Evolu¸c˜ao do erro em fun¸c˜ao do n´umero de arestas. . . 37

4-8. Representa¸c˜ao do campo el´etrico aproximado. . . 37

4-9. Evolu¸c˜ao do erro no calculo dos autovalores no guia de onda quadrado para 3, 4, 5 e 6 arestas no dom´ınio de suporte. . . 45

4-10.Guia de onda com saliˆencia e meio homogˆeneo anisotr´opico. . . 46

4-11.Evolu¸c˜ao do erro do autovalor 1 para o guia de onda com saliˆencia e meio homogˆeneo anisotr´opico. . . 48

4-12.Geometria da guia de onda inomogˆenea anisotr´opica . . . 48 4-13.Distribui¸c˜oes das arestas no guia de onda com meio inomogˆeneo anisotr´opico 49 4-14.Distribui¸c˜oes de arestas para as poss´ıveis combina¸c˜oes das fun¸c˜oes de forma. 51

(10)

Lista de Figuras ix 4-15.Varia¸c˜ao dos erros dos autovalores para o guia de onda homogˆeneo isotr´opico

em fun¸c˜ao do n´umero de arestas quando s˜ao combinadas v´arias ordens de fun¸c˜oes de forma vetoriais. . . 52 4-16.Geometrias dos problemas apresentando a distribui¸c˜ao quadrangular das

ares-tas com comprimento igual a 50 % das aresares-tas originais. . . 53 4-17.Erro da aproxima¸c˜ao vs comprimento das arestas. . . 54

(11)

4-1. Autovalores para quatro arestas no dom´ınio de suporte. . . 43 4-2. Autovalores para cinco arestas no dom´ınio de suporte. . . 43 4-3. Autovalores para 6 arestas no dom´ınio de suporte. . . 44 4-4. Autovalores para trˆes, quatro, cinco e seis arestas no dom´ınio de suporte. . . 44 4-5. Solu¸c˜ao num´erica para o guia de onda com saliˆencia e meio homogˆeneo

an-isotr´opico. . . 47 4-6. Solu¸c˜ao num´erica para o guia de onda com meio inomogˆeneo anisotr´opico

utilizando a distribui¸c˜ao 1. . . 49 4-7. Solu¸c˜ao num´erica para o guia de onda com meio inomogˆeneo anisotr´opico

utilizando a distribui¸c˜ao 2 de arestas. . . 50 4-8. Solu¸c˜ao num´erica para cavidade quadrada com comprimento das arestas igual

0, 0001 %. . . 54 4-9. Solu¸c˜ao num´erica para o guia de onda com saliˆencia, meio homogˆeneo

an-isotr´opico e comprimento das arestas igual a 0, 0001 %. . . 55 4-10.Solu¸c˜ao num´erica para o guia de onda com meio inomogˆeneo anisotr´opico

(12)

Lista de S´ımbolos

 Condutividade

 Permissividade el´etrica

0 Permissividade el´etrica do v´acuo

r Permissividade el´etrica relativa

Γn Fronteira com condi¸c˜ao de contorno de terceiro tipo

ˆ

ti Vetor unit´ario na dire¸c˜ao da i-´esima aresta do dom´ınio de suporte das fun¸c˜oes

de forma do EMM ˆ

tpj Vetor unit´ario predefinido das fun¸c˜oes de forma do EMM

˜

Pk Espa¸cos de polinˆomios homogˆeneos de grau k

Pk Espa¸cos de polinˆomios de grau k

βni E o vetor coluna contendo os n coeficientes da fun¸c˜ao de forma da i-´esima aresta´

no dom´ınio de suporte

Li E o vetor coluna que contem os comprimentos das arestas´

Rk Espa¸cos de polinˆomios conforme H (curl)

L2 Espa¸co de Hilbert.

µ Permeabilidade magn´etica

µ0 Permeabilidade magn´etica do v´acuo

µr Permeabilidade magn´etica relativa

− →

φi Fun¸c˜ao de forma vetorial da i-´esima aresta do EMM

ϕ Fun¸c˜ao de teste no m´etodo de elementos finitos.

(13)

− →

D Densidade de fluxo el´etrico ou indu¸c˜ao el´etrica − → E Campo el´etrico − →H Campo magn´etico

t Vetor tangente unit´ario na borda de um triˆangulo ou quadril´atero. −→

Wt Fun¸c˜ao de teste vetorial do m´etodo dos res´ıduos ponderados

φi Fun¸c˜ao associada `a i-´esima aresta das fun¸c˜oes de forma do EMM

ρ Densidade volum´etrica de carga el´etrica

ρs Densidade superficial de carga

BQ Matriz de momentos das fun¸c˜oes de forma do EMM

Bu Matriz com os termos de vetores nas dire¸c˜oes das arestas das fun¸c˜oes de forma

do EMM

CQ Matriz de momentos dos vetores predefinidos das fun¸c˜oes de forma do EMM

cs Vetor contendo as circula¸c˜oes dos campos vetoriais nas arestas

Cu Matriz com os termos de vetores predefinidos das fun¸c˜oes de forma do EMM

ci Circula¸c˜ao do campo vetorial na i-´esima aresta

ek Aresta k

k0 N´umero de onda para onda no v´acuo

Sk Espa¸cos auxiliares formados pelos polinˆomios P

k.

C Quadrado de referˆencia.

(14)

1 Introdu¸c˜

ao

T´ecnicas de simula¸c˜ao computacional s˜ao amplamente usadas para modelar e investigar fenˆomenos f´ısicos. As equa¸c˜oes de Maxwell s˜ao um grupo de equa¸c˜oes diferenciais parciais que governam os fenˆomenos eletromagn´eticos macrosc´opicos e para a maioria dos proble-mas eletromagn´eticos n˜ao tˆem uma solu¸c˜ao anal´ıtica. Por isto, s˜ao amplamente solucionadas usando m´etodos num´ericos, como o M´etodo dos Elementos Finitos (Finite Element Method, FEM ) [1] e o M´etodo das Diferen¸cas Finitas (Finite Difference Method, FDM ) [2]. Nestes m´etodos, o dom´ınio espacial ´e discretizado em elementos, uma malha dever´a ser predefini-da para fornecer uma certa rela¸c˜ao entre os n´os e sistema de equa¸c˜oes alg´ebricas para o problema pode ser gerado a partir de contribui¸c˜oes de todos os elementos [3]. Para cons-truir suas aproxima¸c˜oes, s˜ao utilizadas fun¸c˜oes de base escalares. Quando estes m´etodos s˜ao aplicados a problemas eletromagn´eticos vetoriais, governados pelas equa¸c˜oes de Maxwell [4], s˜ao observadas algumas dificuldades, entre elas, a n˜ao verifica¸c˜ao da condi¸c˜ao do divergente nulo e portanto, a presen¸ca dos modos esp´urios na solu¸c˜ao num´erica, a dificuldade de impor as condi¸c˜oes de interface na fronteira entre dois materiais diferentes e a dificuldade de im-por condi¸c˜oes de contorno vetoriais, a dificuldade de tratar bordas e quinas em condutores devido `as singularidades de campo associadas a essas estruturas [5]. Para contornar esses problemas, ´e proposto em [6] uma nova abordagem para o m´etodo de elementos finitos que usa fun¸c˜oes de bases vetoriais ou elementos vetoriais que atribuem os graus de liberdade `as arestas e n˜ao aos n´os, gerando os chamados elementos de aresta. Anos mais tarde, N´ed´elec em [7] apresenta a constru¸c˜ao das fun¸c˜oes de forma para tetraedros e hexaedros baseadas nos elementos de arestas, onde os graus de liberdade s˜ao associados `as arestas, faces e volumes que comp˜oem os tetraedros e hexaedros.

Os M´etodos sem Malha (Meshless Method, Mfree) s˜ao usados para estabelecer um sis-tema de equa¸c˜oes alg´ebricas para todo o dom´ınio sem o uso de uma malha predefinida. Os M´etodos sem Malha, tais como Element Free Galerkin (EFG) [8], Point Interpolation Met-hod (PIM) [9], Meshless Local Petrov-Galerkin MetMet-hod (MLPG) [10], entre outros, usam um conjunto de n´os espalhados no dom´ınio e sua fronteira para gerar suas aproxima¸c˜oes. Estes n´os n˜ao formam uma malha, ou seja, n˜ao ´e requerida informa¸c˜ao sobre a conex˜ao entre os n´os (Ver Figura 1-1). Estes m´etodos utilizam fun¸c˜oes de base escalares similares `as do FEM cl´assico, portanto, quando s˜ao aplicados a problemas eletromagn´eticos vetoriais apresentam os mesmos problemas expostos anteriormente para o FEM. A fim de superar esses inconvenientes, em [11] ´e apresentada uma formula¸c˜ao mista para o m´etodo sem malha

(15)

nodal, em que s˜ao usados multiplicadores de Lagrange para impor a condi¸c˜ao do divergente nulo. Como as fun¸c˜oes de forma s˜ao constru´ıdas a partir de n´os, continua-se associando um grau de liberdade a cada componente de campo vetorial. Como consequˆencia da utiliza¸c˜ao dos multiplicadores de Lagrange, a ordem matricial do sistema a ser resolvido ´e aumentada consideravelmente. Em [12] s˜ao usadas formas fracas enfraquecidas e o m´etodo da penalidade para garantir o divergente nulo e eliminar os modos esp´urios. Uma vantagem ´e que a ordem do sistema n˜ao ´e alterada mas, em contrapartida, se faz necess´ario um grau de liberdade para cada componente. Tamb´em ´e necess´ario encontrar o fator de penalidade, que varia de problema para problema. Al´em disso, os modos esp´urios n˜ao s˜ao eliminados por completo, mas sim deslocados para diferentes faixas. Outra alternativa para suprimir os modos esp´urios ´e proposta em [13], onde s˜ao desenvolvidas as fun¸c˜oes de base radial vetorial (Vector Radial Base Functions, VRBF ), para o m´etodo sem malha e estas s˜ao usadas junto com a forma fraca do problema para sua solu¸c˜ao. O m´etodo ´e aplicado ao problema de autovalor de Max-well e `a propaga¸c˜ao em um guia de onda e para os dois problemas a solu¸c˜ao num´erica n˜ao ´e corrompida por modos esp´urios. As desvantagens encontradas no c´alculo da solu¸c˜ao s˜ao a sensibilidade aos parˆametros da RBF utilizada e a dificuldade de se impor as condi¸c˜oes de interface entre materiais e as condi¸c˜oes de contorno. Outro trabalho na linha das fun¸c˜oes de base radial (Radial Base Function, RBF ) ´e apresentado em [14], para este caso as RBFs s˜ao aplicadas em um guia de onda homogˆeneo e de forma arbitr´aria, conseguindo o c´alculo eficiente e confi´avel dos modos do guia de onda. Ainda neste trabalho ´e desenvolvido um algoritmo de refinamento iterativo, que gera automaticamente novos pontos de coloca¸c˜ao e parˆametros de forma definidos localmente para as RBFs, at´e que uma convergˆencia prescrita seja alcan¸cada. Isto remove o problema da dependˆencia dos parˆametros das RBFs, mas a dificuldade de se impor condi¸c˜oes de interface e de contorno continua a existir.

Figura 1-1: Distribui¸c˜ao de n´os na fronteira e no dom´ınio nos m´etodos sem malha. Figura retirada de [12]

Baseado na ideia dos elementos de aresta, foi proposto por [15] o M´etodo sem Mal-ha de Aresta (Edge Meshless Method, EMM). Tal m´etodo consiste em espalMal-har uma s´erie de arestas pela fronteira e dom´ınio para criar as fun¸c˜oes que s˜ao utilizadas para computar a solu¸c˜ao (ver Figura 1-2), onde, de forma similar ao FEM de Aresta, os graus de liber-dade s˜ao associados `as arestas e n˜ao aos n´os. Para gerar as fun¸c˜oes de forma, as fun¸c˜oes de base devem satisfazer a condi¸c˜ao da circula¸c˜ao em cada aresta do dom´ınio de suporte

(16)

4 1 Introdu¸c˜ao e, consequentemente, as condi¸c˜oes de Dirichlet s˜ao impostas de forma simples. ´E utilizada como fun¸c˜ao de base uma fun¸c˜ao que depende da distˆancia entre a aresta e o ponto onde ´e calculada a aproxima¸c˜ao, garantindo-se que o divergente nulo seja imposto pelas fun¸c˜oes de aproxima¸c˜ao. O EMM consegue gerar solu¸c˜oes num´ericas sem presen¸ca dos modos esp´urios e, al´em disso, satisfaz as condi¸c˜oes de continuidade na interface entre diferentes meios. Este resultado ´e obtido apenas quando s˜ao utilizadas trˆes e quatro arestas no dom´ınio de suporte. Quando o n´umero de arestas no dom´ınio de suporte ´e aumentado, a solu¸c˜ao num´erica ´e corrompida pelos modos esp´urios.

Figura 1-2: Distribui¸c˜ao de arestas na fronteira e no dom´ınio nos m´etodos Mfree. Posteriormente, uma nova estrat´egia para gerar as fun¸c˜oes de forma ´e proposto em [16], na qual as novas fun¸c˜oes de forma est˜ao baseadas na teoria dos elementos de primeiro tipo de N´ed´elec e nos espa¸cos H(curl). O polinˆomio utilizado na fun¸c˜ao de base ´e de primeira ordem e o espa¸co de fun¸c˜oes tem dimens˜ao igual a trˆes. Consequentemente, s˜ao utilizadas trˆes arestas no dom´ınio de suporte. O EMM com estas fun¸c˜oes de forma vetoriais consegue satisfazer a condi¸c˜ao do divergente nulo e a solu¸c˜ao num´erica n˜ao ´e corrompida pelos modos esp´urios. Al´em disto, s˜ao realizados testes onde o comprimento das arestas tende para zero e a solu¸c˜ao num´erica continua correta. Este fato indica a possibilidade de trabalhar com um m´etodo sem malha nodal com fun¸c˜oes vetoriais cumprindo todos os requisitos para pertencer a H(curl).

Nesta disserta¸c˜ao, ´e proposto um novo caminho para gerar as fun¸c˜oes de forma veto-riais, de modo que quatro, cinco e seis arestas possam ser tomadas no dom´ınio de suporte e no qual as fun¸c˜oes de forma tamb´em s˜ao baseadas nos espa¸cos H(curl). Para gerar as no-vas fun¸c˜oes de forma, a ordem do polinˆomio nas fun¸c˜oes de base ´e aumentada, utilizando inicialmente os espa¸cos polinomiais dos elementos de N´ed´elec de primeiro tipo. ´E mostrado que essa abordagem funciona corretamente para quatro arestas mas falha para 5 e 6 arestas. Por isto, nesta disserta¸c˜ao ´e proposto uma nova abordagem para a constru¸c˜ao dos espa¸cos polinomiais para 5 e 6 arestas, conforme ´e detalhado no Capitulo 3. O EMM ´e ent˜ao aplicado

(17)

a v´arios problemas eletromagn´eticos, gerando solu¸c˜oes num´ericas que satisfazem a condi¸c˜ao do divergente nulo, sem a presen¸ca dos modos esp´urios e cumprindo as condi¸c˜oes de conti-nuidade na interface entre meios diferentes.

A presente disserta¸c˜ao est´a organizada da seguinte forma: no Cap´ıtulo 2 ´e apresentada uma revis˜ao bibliogr´afica do m´etodo de elementos finitos de aresta e do m´etodo sem malha de aresta; no Cap´ıtulo 3 ´e apresentada a constru¸c˜ao das fun¸c˜oes de forma de aresta com um n´umero maior de arestas (quatro, cinco e seis) aumentando a ordem dos polinˆomios usados na formula¸c˜ao; no Cap´ıtulo 4 s˜ao apresentados os resultados da aplica¸c˜ao do EMM com as novas fun¸c˜oes de forma a problemas eletromagn´eticos; no Cap´ıtulo 5 s˜ao apresentadas as conclus˜oes e as propostas de trabalhos futuros.

(18)

2 Revis˜

ao Bibliogr´

afica

Os M´etodos Sem Malha nodais utilizam n´os para gerar suas fun¸c˜oes de forma, por isso trabalham com fun¸c˜oes de base escalares para gerar suas aproxima¸c˜oes. Quando estes m´etodos s˜ao aplicados a problemas eletromagn´eticos vetoriais s˜ao observadas algumas difi-culdades como o n˜ao cumprimento da condi¸c˜ao do divergente nulo e, portanto, a presen¸ca dos modos esp´urios na solu¸c˜ao num´erica, a dificuldade de impor as condi¸c˜oes de contorno na interface entre materiais diferentes e a dificuldade de tratar bordas e quinas el´etricas condutoras devido `as singularidades de campo associadas a essas estruturas [5].

Estas dificuldades tamb´em est˜ao presentes no M´etodo dos Elementos Finitos. Para este m´etodo ´e apresentada como solu¸c˜ao a estas dificuldades o M´etodo dos Elementos Finitos de Aresta [5], onde as fun¸c˜oes s˜ao associadas a cada aresta do elemento e possuem as seguintes vantagens: primeiro, produzir solu¸c˜oes com divergente nulo e, portanto, sem modos esp´urios; segundo, garantir a continuidade tangencial do campo ao longo das arestas e, consequen-temente, entre elementos, fazendo com que as condi¸c˜oes de continuidade na interface entre diferentes materiais sejam satisfeitas de maneira simples; e terceiro, n˜ao onerar computacio-nalmente o m´etodo num´erico, pois associam apenas um grau de liberdade a cada aresta da malha, ao contr´ario do m´etodo nodal que associa um grau de liberdade por dimens˜ao do problema para cada n´o da malha.

Uma forma de contornar estas dificuldades nos M´etodos Sem Malha ´e apresentada em [12]: o M´etodo Sem Malha de Aresta, que baseia-se no conceito dos elementos finitos de aresta. Este m´etodo espalha arestas pelo dom´ınio e sua fronteira e, para gerar as aproxi-ma¸c˜oes, s˜ao utilizadas fun¸c˜oes de base vetoriais, ao inv´es de escalares como nos m´etodos sem malha tradicionais. Desta forma, ´e poss´ıvel aproveitar as vantagens fornecidas pelo m´etodo dos elementos finitos de aresta nos m´etodos sem malha.

Neste cap´ıtulo ser´a abordado o m´etodo dos elementos finitos de aresta, que ´e a base conceitual do EMM; posteriormente ´e apresentada a formula¸c˜ao matem´atica inicial do EMM e, finalmente, ´e apresentada a formula¸c˜ao matem´atica para gerar as fun¸c˜oes de forma para trˆes arestas no dom´ınio de suporte.

(19)

2.1.

Elementos Finitos de Aresta

Para introduzir o conceito de Elementos de Aresta em malhas triangulares, considere o elemento triangular da Figura 2-1. Os n´os est˜ao enumerados de 1 a 3, assim como as arestas.

Figura 2-1: Elemento Triangular.

A constru¸c˜ao das fun¸c˜oes de forma em Elementos Finitos de Aresta para malhas trian-gulares e quadrantrian-gulares ´e proposta inicialmente em [7]. Em [17], ´e apresentada de forma mais detalhada a constru¸c˜ao das fun¸c˜oes de forma em duas e trˆes dimens˜oes para o FEM conforme H(curl) baseado nos elementos de primeiro tipo de N´ed´elec.

Para a constru¸c˜ao das fun¸c˜oes de forma vetoriais deste tipo, considera-se Ω um dom´ınio Lipschitziano, aberto e limitado com uma fronteira regular ∂Ω. Os espa¸cos de Sobolev s˜ao subespa¸cos vetoriais dos espa¸cos Hs(Ω) para qualquer s ∈ R e Ht(∂Ω) para qualquer t [−1, 1] e s˜ao definidos no dom´ınio Ω e na sua fronteira ∂Ω, respectivamente [18]. Os espa¸cos das fun¸c˜oes vetoriais H (curl) s˜ao definidos em [17] como:

H (curl; Ω) ={φ ∈ [L2(Ω)]d: curlφ∈ [L2(Ω)]d˜} (2-1) onde d ´e a dimens˜ao dos espa¸cos e L2(Ω) ´e o espa¸co de Hilbert de fun¸c˜oes com quadrado

integr´avel.

E os subespa¸cos Sk s˜ao definidos como:

Sk ={p ∈ (˜Pk)d : p· bx = d

X

i=1

pixi ≡ 0} (2-2)

onde ˜Pk s˜ao os espa¸cos de polinˆomios homogˆeneos de grau k e bx ´e um ponto dentro do

elemento de referˆencia. Para d = 2, o espa¸co Sk tem dimens˜ao igual a k. E para d = 3, Sk

(20)

8 2 Revis˜ao Bibliogr´afica A fam´ılia de elementos de primeiro tipo de N´ed´elec conforme no espa¸co H(curl; Ω) ´e baseado nos espa¸cos polinomiais:

Rk = (P

k−1)d ⊕ Sk (2-3)

ondePk−1 ´e o espa¸co polinomial de grau k− 1 e a dimens˜ao dos espa¸cos Rk´e dada por [17]:

dim(Rk) = k(k + 2) para d = 2 (2-4)

Nesta disserta¸c˜ao trabalha-se em duas dimens˜oes (2D). Para grau de polinˆomio igual a 1, R1 tem dimens˜ao igual a 3 e ´e dado por:

R1 = (P

0)2⊕ S1 (2-5)

onde S1 ´e dado por:

S1 ={p ∈ (˜P1)2 : p· bx = 2

X

i=1

pixi ≡ 0} (2-6)

portanto, S1 ´e igual a [17]:

S1 = ξ1  y −x  (2-7) Substituindo a Equa¸c˜ao 2-7 na Equa¸c˜ao 2-5, o espa¸co R1 pode ser escrito da seguinte

forma: R1 =  1 0  ,  0 1  ,  y −x  (2-8) Sendo, ent˜ao, a fun¸c˜ao de forma para a i-´esima aresta do elemento triangular dada por:

− → Ni = β1i  1 0  + β2i  0 1  + β3i  y −x  (2-9) onde βi s˜ao os coeficientes a serem encontrados.

Para ordem do polinˆomio k = 2, R2 tem dimens˜ao igual a 8 (ver Equa¸c˜ao 2-4) e ´e

definido por:

R2 = (P1)2⊕ S2 (2-10)

onde S2 ´e definido por:

S2 ={p ∈ (˜P 2)2 : p· bx = 2 X i=1 pixi ≡ 0} (2-11)

(21)

E assume a forma [17]: S2 = ξ1  xy −x2  + ξ2  y2 −xy  (2-12) Substituindo a Equa¸c˜ao 2-12 em 2-10 obt´em-se a base do espa¸coR2:

R2 =  1 0  ,  0 1  ,  y 0  ,  x 0  ,  0 y  ,  0 x  ,  xy −x2  ,  y2 −xy  (2-13) Neste tipo de elementos de N´ed´elec, os graus de liberdade s˜ao distribu´ıdos tanto nas arestas como no interior do elemento. Seja K o triangulo de referˆencia, −→t o vetor tangente unit´ario com rela¸c˜ao `a aresta de um triˆangulo ou quadril´atero, orientado no sentido anti-hor´ario em rela¸c˜ao ao triˆangulo ou quadril´atero correspondente e −→ϕ a fun¸c˜ao de teste. Os graus de liberdade s˜ao atribu´ıdos da seguinte forma [17]:

Graus de liberdade na aresta

Para cada aresta e do triangulo de referencia K da Figura 2-1 tem-se A(−→u ) :=

Z

e

(−→t · −→u )ϕds ∀ ϕ ∈ Pk−1 (e) (2-14)

onde Pk−1 ´e o espa¸co de polinˆomios de grau k− 1 associado a fun¸c˜ao de teste da aresta (e),

com um total de 3k graus de liberdade na arestas. Graus de liberdade no interior do elemento

A(−→u ) := Z K − →u · −ϕ dx ∀ −ϕ ∈ (Pk −2(K))2 (2-15)

onde Pk−2 ´e o espa¸co de polinˆomios de grau k− 2 associado a fun¸c˜ao de teste de cada

ele-mento, com um total de k(k− 1) graus de liberdade no interior do elemento.

Para k = 1, a dimens˜ao dos espa¸cos ´e igual a trˆes, portanto ´e atribu´ıdo um grau de liberdade a cada aresta. Para k = 2, a dimens˜ao dos espa¸cos ´e igual a 8, neste caso s˜ao atribu´ıdos dois graus de liberdade por cada aresta e dois graus de liberdade no interior do elemento.

Expandindo o conceito de Elemento de Aresta para malhas quadrangulares, a Figura 2-2 representa o elemento de referˆencia. Primeiramente, definem-se os espa¸cos polinomiais vetoriais Pl,m, que s˜ao os espa¸cos de polinˆomios com grau m´aximo l em bx e m em by. Os

espa¸cos utilizados para a constru¸c˜ao das fun¸c˜oes de forma vetoriais em 2D s˜ao [17]: ρk =  u =  u1 u2  : u1 ∈ Pk−1,k; u2 ∈ Pk,k−1  (2-16)

(22)

10 2 Revis˜ao Bibliogr´afica

Figura 2-2: Elemento Quadrangular. E possuem dimens˜ao [17]:

dim(ρk) = 4k + 2k(k− 1) para d=2 (2-17)

Com o grau de polinˆomio igual a um (k = 1), o espa¸co ρk tem dimens˜ao igual a 4 e

sua base ´e denotada por:

ρ1 =  1 0  ,  0 1  ,  y 0  ,  0 x  (2-18) Com esta base, a fun¸c˜ao de forma vetorial ´e dada por [17]:

− → Ni = β1i  1 0  + β2i  0 1  + β3i  y 0  + β4i  0 x  (2-19) Os graus de liberdade para o elemento quadrangular s˜ao atribu´ıdos tanto `as arestas quanto ao interior do elemento da seguinte forma:

Graus de liberdade na aresta

Para cada aresta e do quadrado de referencia C da Figura 2-2 tem-se A(−→u ) :=

Z

e

(−→t · −→u )ϕds ∀ ϕ ∈ Pk−1 (e) (2-20)

ondePk−1 ´e o espa¸co de polinˆomios de grau k− 1 associado a fun¸c˜ao de teste da aresta (e),

com um total de 4k graus de liberdade na arestas. Graus de liberdade no interior do elemento

(23)

A(−→u ) := Z C − →u · −ϕ dx ∀ −ϕ =  ϕ1 ϕ2  , ϕ1 ∈ Pk−2,k−1, ϕ2 ∈ Pk−1,k−2 (2-21)

com um total de 2k(k− 1) graus de liberdade no interior do elemento.

Para k = 1, a dimens˜ao dos espa¸cos ´e igual a quatro, portanto ´e atribu´ıdo um grau de liberdade a cada aresta. Para k = 2, a dimens˜ao dos espa¸cos ´e igual a 12, neste caso s˜ao atribu´ıdos dois graus de liberdade por cada aresta e quatro graus de liberdade no interior do elemento.

2.2.

etodo sem Malha de Aresta com fun¸c˜

oes de forma

originais

Considere um campo vetorial −→u dentro de um dom´ınio Ω e −→uh como a aproxima¸c˜ao do

campo vetorial. Um grupo de arestas ´e espalhado no dom´ınio e em sua fronteira. Para realizar a aproxima¸c˜ao em um ponto x, ´e definido o dom´ınio de suporte do ponto o qual determina o n´umero de arestas que s˜ao utilizadas para aproximar o valor da fun¸c˜ao no ponto. As arestas que s˜ao parte do dom´ınio de suporte recebem o nome de arestas de suporte. Na Figura 1-2 ´e apresentado o dom´ınio de suporte para dois pontos, x1 e x2. A aproxima¸c˜ao do campo

vetorial em um ponto ´e dada por [12]:

− → Uh(x) = n X i=1 φi(x)ˆtiai+ m X j=1 ˆ tpjbj (2-22)

onde o primeiro termo est´a associado `a contribui¸c˜ao de cada aresta de suporte na aproxi-ma¸c˜ao do campo vetorial; o segundo termo n˜ao tem rela¸c˜ao com as arestas de suporte, mas ´e utilizado para garantir a reprodu¸c˜ao de campos vetoriais constantes. O parˆametro φi ´e a

fun¸c˜ao de suporte de cada aresta, n ´e o n´umero de arestas de suporte, ˆti ´e o vetor unit´ario na

dire¸c˜ao da i-´esima aresta no dom´ınio de suporte, ai ´e o coeficiente de interpola¸c˜ao da fun¸c˜ao

φ associado `a i-´esima aresta do dom´ınio de suporte. Na parte constante e independente das arestas, ˆtpj ´e um vetor unit´ario predefindo em uma dire¸c˜ao espec´ıfica, m ´e o n´umero de

ve-tores predefinidos na aproxima¸c˜ao, e bj ´e o coeficiente de interpola¸c˜ao associado ao j-´esimo

(24)

12 2 Revis˜ao Bibliogr´afica ∇ ·−→Uh(x) =∇ · n X i=1 φi(x)ˆtiai+∇ · m X j=1 ˆ tpjbj = n X i=1 ∇ · (φi(x)ˆti)ai+ m X j=1 ∇ · (ˆtpj)bj = n X i=1 ∇ · (φi(x)ˆti)ai = 0 (2-23)

Como os vetores ˆtpj e o coeficiente bj, s˜ao constantes o segundo somat´orio ´e cancelado.

Da Equa¸c˜ao 2-23 tem-se:

∇ · (φi(x)ˆti) = 0 (2-24)

Aplicando uma identidade vetorial na Equa¸c˜ao 2-24, tem-se:

∇ · (φi(x)ˆti) = φ(x)∇ · ˆti+ ˆti· ∇φi(x)

= ˆti· ∇φi(x) = 0 (2-25)

Para satisfazer a Equa¸c˜ao 2-25, podemos especificar φ como uma fun¸c˜ao da distˆancia di entre o ponto x e a reta de suporte da aresta ei, de tal forma que este varie apenas na

dire¸c˜ao ortogonal `a aresta. Desta forma, a condi¸c˜ao do divergente nulo ´e garantida. Uma poss´ıvel escolha para φ ´e a fun¸c˜ao linear em rela¸c˜ao `a distˆancia di [12]:

φi(x) = 1−

di(x)

dwi

(2-26) onde dwi ´e o parˆametro que controla o alcance da fun¸c˜ao de suporte, ou visto de outra

maneira, pode ser o raio de influˆencia da aresta ei. A Figura 2-3 mostra a fun¸c˜ao linear φ

considerando uma aresta com pontos extremos (-10;0) e (10;0). A Equa¸c˜ao 2-22 pode ser escrita na sua forma matricial, como:

− →Uh(x) = BT u(x)a + CTub (2-27) onde BTu(x) = [ φ1(x)ˆt1, φ2(x)ˆt2, · · · , φn(x)ˆtn] CTu = [ ˆtp1, ˆtp2, · · · , ˆtpm] a = [a1, a2, · · · , an]T b = [b1, b2, · · · , bm]T (2-28)

(25)

−10 −5 0 5 10 −10 −5 0 5 10 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 Eixo x Eixo y φi (x)

Figura 2-3: Fun¸c˜ao φ dependente da distˆancia contida nas fun¸c˜oes de forma vetoriais de aresta.

Os coeficientes ai e bj na Equa¸c˜ao 2-28 s˜ao determinados fazendo com que a circula¸c˜ao

do campo −→U seja satisfeita sobre cada aresta ek do dom´ınio de suporte de x. Para cada

aresta ek, tem-se: Z ek − → U ·−→dl = Z ek − → Uh·−→dl , k = 1,· · · , n (2-29)

Substituindo a Equa¸c˜ao 2-27 na 2-29, obt´em-se: Z

ek

(BTu(x)a + CTub)·−→dl = ck, k = 1,· · · , n (2-30)

onde ck ´e a circula¸c˜ao do campo −→U sobre a aresta ek. A Equa¸c˜ao 2-30 pode ser escrita na

forma matricial:

BQa + CQb = cs (2-31)

onde cs ´e um vetor que cont´em as circula¸c˜oes ck sobre as n arestas do dom´ınio de suporte,

BQ e CQ s˜ao dados por:

BQ=       R e1φ1tˆ1· − → dl Re 1φ2ˆt2· − → dl · · · Re 1φnˆtn· − → dl R e2φ1tˆ1· − → dl Re 2φ2ˆt2· − → dl · · · Re 2φnˆtn· − → dl ... ... . .. ... R enφ1ˆt1· − → dl Renφ2ˆt2·−→dl · · · R enφnˆtn· − → dl      , (2-32) CQ=       R e1ˆtp1· − → dl Re1tˆp2·−→dl · · · R e1ˆtpm· − → dl R e2ˆtp1· − → dl Re2tˆp2·−→dl · · · R e2ˆtpm· − → dl ... ... . .. ... R enˆtp1· − → dl Re nˆtp2· − → dl · · · Re ntˆpm· − → dl      . (2-33)

(26)

14 2 Revis˜ao Bibliogr´afica O sistema de equa¸c˜oes 2-31 possui n equa¸c˜oes e n + m inc´ognitas, portanto, n˜ao possui solu¸c˜ao ´unica. Uma forma de tornar o sistema determinado e com solu¸c˜ao ´unica ´e impor a seguinte restri¸c˜ao [15]:

CTQa = 0 (2-34)

Multiplicando a Equa¸c˜ao 2-31 por B−1Q e fazendo algumas manipula¸c˜oes matem´aticas, tem-se:

a = B−1Q cs− BTQCQb (2-35)

Substituindo a Equa¸c˜ao 2-35 em 2-34, chega-se:

b = Sbcs (2-36)

onde

Sb = [CTQB−1Q CQ]−1CTQB−1Q (2-37)

Agora substituindo a Equa¸c˜ao 2-36 em 2-35, chega-se a

a = Sacs (2-38)

onde

Sa = B−1Q [1− CQSb] (2-39)

Combinando as Equa¸c˜oes 2-38 e 2-36 com a Equa¸c˜ao 2-27, a aproxima¸c˜ao−→Uh pode ser

escrita como: − → Uh(x) = n X i=1 − → φi(x)ci = Φ(x)cs (2-40)

onde −→φi corresponde `a fun¸c˜ao de forma vetorial da i-´esima aresta do dom´ınio de suporte,

Φ(x) ´e a matriz das fun¸c˜oes de forma vetoriais de cada aresta do dom´ınio do suporte: Φ(x) = [−→φ1(x), −→φ2(x), · · · , −→φn(x)] (2-41)

e sua express˜ao ´e

Φ(x) = BTu(x)Sa+ CTuSb (2-42)

Levando a Equa¸c˜ao 2-42 na Equa¸c˜ao 2-40 e aplicando o rotacional na aproxima¸c˜ao de campo −→Uh tem-se:

(27)

∇ ×−→Uh(x) =∇ × Φ(x)cs

= [∇ × Φ(x)]cs (2-43)

Tomando s´o o rotacional das fun¸c˜oes de forma

∇ × Φ(x) = ∇ × (BTu(x)Sa+ CTuSb) =∇ × BTu(x)Sa = [∇ × BT u(x)]Sa (2-44) onde ∇ × BT u(x) = [∇ × φ1(x)ˆt1, ∇ × φ2(x)ˆt2, · · · , ∇ × φn(x)ˆtn] (2-45) Da identidade vetorial ∇ × u−→v = u∇ × −→v − −→v × ∇u (2-46) pode-se escrever ∇ × φi(x)ˆti = φi(x)∇ × ˆti− ˆti× ∇φi(x) =−ˆti× ∇φi(x) =∇φi(x)× ˆti (2-47)

onde ∇ × ˆti = 0 uma vez que ˆti ´e constante. Aplicando a Equa¸c˜ao 2-47 para cada termo da

Equa¸c˜ao 2-45, tem-se que

∇ × BTu(x) = [∇φ1(x)× ˆt1, ∇φ2(x)× ˆt2, · · · , ∇φn(x)× ˆtn] (2-48)

Na Equa¸c˜ao 2-40, as fun¸c˜oes de forma s˜ao constru´ıdas para satisfazer a condi¸c˜ao do divergente nulo. Al´em disso, a circula¸c˜ao do campo vetorial ´e satisfeita sobre cada aresta no dom´ınio e, desta forma, ´e poss´ıvel garantir de forma simplificada a condi¸c˜ao de Dirichlet mediante a distribui¸c˜ao de arestas na fronteira que s˜ao governadas por esta condi¸c˜ao. Nume-ricamente ´e observado que a circula¸c˜ao das fun¸c˜oes de forma sobre as outras arestas ´e nula [12]. Isto pode ser expressado matematicamente como:

Z

ek

− →φ

i·−→dl = δik (2-49)

onde as fun¸c˜oes de forma constituem uma fun¸c˜ao de interpola¸c˜ao para campos vetoriais e o δik ´e dado por:

(28)

16 2 Revis˜ao Bibliogr´afica

δik =

(

1 se k = i

0 se k 6= i (2-50)

2.3.

etodo sem Malha de Arestas com fun¸c˜

oes de

forma vetoriais baseadas nos elementos de primeiro

tipo de N´

ed´

elec

Nesta se¸c˜ao ´e apresentada a formula¸c˜ao matem´atica para gerar as fun¸c˜oes de forma vetoriais em H(curl) para o m´etodo sem malha de aresta quando s˜ao utilizadas trˆes arestas no dom´ınio de suporte. Estas fun¸c˜oes foram introduzidas por [16] e s˜ao baseadas nos ele-mentos de primeiro tipo de N´ed´elec utilizando uma distribui¸c˜ao de arestas triangular [7]. O procedimento para criar as fun¸c˜oes de forma ´e o mesmo apresentado na Se¸c˜ao 2.1, onde para um polinˆomio de ordem igual a 1, a fun¸c˜ao de forma vetorial ´e a apresentada na Equa¸c˜ao 2-9. Seja −→uh a aproxima¸c˜ao do vetor de campo −u no dom´ınio Ω. Um grupo de arestas ´e

distribu´ıdo sobre o dom´ınio e seu contorno como mostrado na Figura 1-2. A aproxima¸c˜ao em um ponto x ´e dada pela Equa¸c˜ao 2-40.

Como trˆes coeficientes precisam ser encontrados para gerar as fun¸c˜oes de forma ve-toriais, trˆes arestas no dom´ınio de suporte s˜ao tomadas. Para garantir que as fun¸c˜oes −→Ni

apenas tenham componente tangencial ao longo da aresta ek, fazemos com que a circula¸c˜ao

da aresta seja igual a um sobre ela e zero nas outras arestas, isto ´e: Z

ek

− →

Ni·−→t k dl = δik (2-51)

onde −→t k ´e o vetor unit´ario na dire¸c˜ao da aresta ek e o δik ´e definido na Equa¸c˜ao 2-50.

Portanto, o seguinte sistema ´e resolvido para encontrar os coeficientes βni.

Aβi = Li, i = 1...n (2-52) onde A =    t1x t1y R e1(yt1x− xt1y) dl ... ... ... tnx tny R en(ytnx− xtny) dl    (2-53)

(29)

βi= [β1i, β2i, β3i... βni, ]T (2-54)

(Li)j =

1 lj

δij (2-55)

onde n ´e o n´umero de arestas no dom´ınio de suporte, βni ´e o vetor coluna contendo os n

coeficientes da fun¸c˜ao de forma da i-´esima aresta no dom´ınio de suporte e Li´e o vetor coluna

que contem os comprimentos das arestas. Para trˆes arestas no dom´ınio de suporte tem-se:

A =    t1x t1y R e1(yt1x− xt1y) dl t2x t2y R e2(yt2x− xt2y) dl t3x t3y R e3(yt3x− xt3y) dl    (2-56) βi = [β1i, β2i, β3i]T (2-57) L1 =   1/l1 0 0   L2 =   0 1/l2 0   L3 =   0 0 1/l3   (2-58)

onde tix e tiy s˜ao as componentes dos vetores unit´arios da i-´esima aresta no dom´ınio de

suporte e, li denota o comprimento da aresta i-´esima aresta.

Uma vez que as fun¸c˜oes de forma s˜ao definidas, a aproxima¸c˜ao −→uh pode ser escrita

como: − →uh = 3 X i=1 − → Nici = Φ(x)cs (2-59)

onde cs ´e um vetor que cont´em a circula¸c˜ao do campo vetorial sobre cada aresta de suporte

e Φ ´e a matriz que cont´em as fun¸c˜oes de forma:

Φ(x) =h −→N1 −→N2 −→N3 i e cs=   c1 c2 c3   (2-60)

(30)

3 Fun¸c˜

oes de Forma Vetoriais com mais

arestas no dom´ınio de suporte

Agora o M´etodo sem Malha de Aresta ´e estendido para trabalhar com mais arestas no dom´ınio de suporte. Neste cap´ıtulo prop˜oe-se a cria¸c˜ao das fun¸c˜oes de forma vetoriais baseadas nos espa¸cos H(curl) e nos elementos de primeiro tipo de N´ed´elec, de tal forma que 4, 5 e 6 arestas possam ser tomadas no dom´ınio de suporte.

3.1.

Fun¸c˜

oes de forma vetoriais para 4 arestas no dom´ınio

de suporte

A seguir ´e apresentada a gera¸c˜ao das fun¸c˜oes de forma vetoriais para o EMM quando s˜ao utilizadas quatro arestas no dom´ınio de suporte. As fun¸c˜oes de forma est˜ao baseadas nos espa¸cos H (curl) e nos elementos de primeiro tipo de N´ed´elec utilizando uma distribui¸c˜ao de arestas quadrilateral [7]. A cria¸c˜ao da fun¸c˜ao de forma segue o procedimento apresentado na Se¸c˜ao 2.1, onde para um polinˆomio de ordem 1, a fun¸c˜ao de forma vetorial ´e apresentada na Equa¸c˜ao 2-19.

Para este caso, ´e necess´ario encontrar quatro coeficientes para gerar a fun¸c˜ao de forma vetorial, portanto quatro arestas s˜ao utilizadas no dom´ınio de suporte. Os coeficientes s˜ao encontrados aplicando a condi¸c˜ao de circula¸c˜ao imposta na Equa¸c˜ao 2-51 e solucionando o sistema da Equa¸c˜ao 2-52 para quatro arestas, n = 4. A matriz A e o vetor coluna βi s˜ao

dados por: A =    t1x t1y R e1(yt1x) dl R e1(xt1y) dl ... ... ... ... tnx tny R en(ytnx) dl R en(xtny) dl    (3-1) βi = [β1i, β2i, β3i, β4i]T (3-2)

e Li segue a forma da Equa¸c˜ao 2-55 modificado para 4 arestas, isto ´e, possui 4 linhas.

Desta forma, a aproxima¸c˜ao da Equa¸c˜ao 2-40 para quatro arestas no dom´ınio de suporte pode ser escrita como:

(31)

~uh = 4 X i=1 − → Nici = Φ(x)cs (3-3) onde, Φ(x) =h −→N1 −→N2 −→N3 −→N4 i e cs=      c1 c2 c3 c4      (3-4)

A Figura 3-1 apresenta as fun¸c˜oes de forma para o quadrado da Figura 2-2. Lembran-do que a circula¸c˜ao deve ser igual a 1 sob a mesma aresta e zero nas outras, de moLembran-do que, o vetor resultante da circula¸c˜ao forma um angulo diferente de 90o com a mesma aresta e ´e

perpendicular `as outras arestas no dom´ınio de suporte.

Sendo obtidas a fun¸c˜ao de forma, ser˜ao realizados no Capitulo 4, dois testes para verificar seu correto comportamento. Primeiramente ser´a testada a condi¸c˜ao de circula¸c˜ao nas arestas e posteriormente, o EMM ´e aplicado na resolu¸c˜ao do problema de autovalores de um guia de onda quadrada. Conforme ser´a visto, a fun¸c˜ao de forma vetorial satisfaz a condi¸c˜ao de circula¸c˜ao e consegue gerar solu¸c˜oes num´ericas sem a presen¸ca de modos esp´urios no problema de autovalores.

3.2.

Fun¸c˜

oes de forma vetoriais para 5 e 6 arestas no

dom´ınio de suporte baseadas no elemento de

primeiro tipo de N´

ed´

elec

Nesta se¸c˜ao s˜ao apresentadas as fun¸c˜oes de forma vetoriais, de modo que 5 e 6 arestas possam ser tomadas no dom´ınio de suporte. Estas fun¸c˜oes s˜ao baseadas nos espa¸cos H (curl) e nos elementos de primeiro tipo de N´ed´elec utilizando uma distribui¸c˜ao de arestas triangular [7].

Para gerar as fun¸c˜oes de forma, o grau do polinˆomio da Equa¸c˜ao 2-3 ´e aumentado (k = 2). A dimens˜ao dos espa¸cos ´e igual a 8 e sua base ´e dada pela Equa¸c˜ao 2-13. No FEM de Aresta os graus de liberdade s˜ao atribu´ıdos da seguinte forma: dois para cada aresta (to-talizando 6) e dois no interior do elemento. Nos m´etodos sem malhas n˜ao existe o conceito de “elemento”, devido a isso, nesta formula¸c˜ao os graus de liberdade ser˜ao todos associados `as arestas. Ent˜ao, tomando o polinˆomio completo na fun¸c˜ao de base, precisam-se de 8 arestas no dom´ınio de suporte pois, conforme a Equa¸c˜ao 2-13, os espa¸cos R2 tem dimens˜ao igual a

(32)

20 3 Fun¸c˜oes de Forma Vetoriais com mais arestas no dom´ınio de suporte −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 Aresta 1 Edge 1 Edge 2 Edge 3 Edge 4 (a) −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 Aresta 2 Edge 1 Edge 2 Edge 3 Edge 4 (b) −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 Aresta 3 Edge 1 Edge 2 Edge 3 Edge 4 (c) −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 Aresta 4 Edge 1 Edge 2 Edge 3 Edge 4 (d)

Figura 3-1: Representa¸c˜ao gr´afica das fun¸c˜oes de forma vetoriais para 4 arestas no dom´ınio de suporte. (a)−→N1, (b)−→N2, (c)−→N3 e (d)−→N4

8. Como a dimens˜ao dos espa¸cos deve ser 5 e 6, para atribuir um grau de liberdade a cada aresta e assim tomar 5 e 6 arestas no dom´ınio de suporte, utiliza-se um polinˆomio incompleto na base. S˜ao formadas trˆes fun¸c˜oes de forma vetoriais: nas fun¸c˜oes das Equa¸c˜oes 3-5 e 3-6 s˜ao tomados os termos da Equa¸c˜ao 2-19 e ´e adicionado um quinto termo com componente

(33)

de grau elevado; na fun¸c˜ao da Equa¸c˜ao 3-7 combinam-se os dois ´ultimos termos da Equa¸c˜ao 2-19 e s˜ao adicionados os dois termos com grau elevado da fun¸c˜ao de base expressada na Equa¸c˜ao 2-13. − →N1 5i= β1i  1 0  + β2i  0 1  + β3i  y 0  + β4i  0 x  + β5i  y2 −xy  (3-5) − → N25i= β1i  1 0  + β2i  0 1  + β3i  y 0  + β4i  0 x  + β5i  xy −x2  (3-6) − → N35i= β1i  1 0  + β2i  0 1  + β3i  y −x  + β4i  y2 −xy  + β5i  xy −x2  (3-7) onde o sub´ındice indica a quantidade de arestas que devem ser tomadas no dom´ınio de su-porte e o sobrescrito numera as fun¸c˜oes de forma que tomam o mesmo n´umero de arestas.

Como s˜ao necess´arios cinco coeficientes para gerar as fun¸c˜oes de forma vetoriais, ent˜ao cinco arestas s˜ao utilizadas no dom´ınio de suporte. Para cada fun¸c˜ao de forma, os coeficientes s˜ao obtidos solucionando o sistema da Equa¸c˜ao 2-52. Para cada sistema, a matriz A ´e dada por: A15 =    t1x t1y R e1(yt1x) dl R e1(xt1y) dl R e1(y 2t 1x− xyt1y) dl ... ... ... ... ... tnx tny R en(ytnx) dl R en(xtny) dl R en(y 2t nx− xytny) dl    (3-8) A25 =    t1x t1y R e1(yt1x) dl R e1(xt1y) dl R e1(xyt1x− x 2t 1y) dl ... ... ... ... ... tnx tny R en(ytnx) dl R en(xtny) dl R en(xytnx− x 2t ny) dl    (3-9) A35 =    t1x t1y R e1(yt1x− xt1y) dl R e1(y 2t 1x− xyt1y) dl R e1(xyt1x− x 2t 1y) dl ... ... ... ... ... tnx tny R en(ytnx− xtny) dl R en(y 2t nx− xytny) dl R en(xytnx− x 2t ny) dl    (3-10) Para os trˆes sistemas ´e utilizado o mesmo vetor coluna βni

βi = [β1i, β2i, β3i, β4i, β5i]T (3-11)

(34)

22 3 Fun¸c˜oes de Forma Vetoriais com mais arestas no dom´ınio de suporte A aproxima¸c˜ao do campo −→uh para 5 arestas no dom´ınio de suporte pode ser escrita

como: ~uh = 5 X i=1 − → Nici = Φ(x)cs (3-12)

onde Φ e cs seguem a forma da Equa¸c˜ao 3-4 modificada para cinco arestas.

No Cap´ıtulo 4, ´e testado o correto funcionamento das fun¸c˜oes de forma aplicando-as `a solu¸c˜ao dos mesmos dois testes da se¸c˜ao anterior. Conforme ser´a mostrado, as trˆes fun¸c˜oes de forma garantem a condi¸c˜ao de circula¸c˜ao e no problema de autovalores, as fun¸c˜oes de forma geram solu¸c˜oes num´ericas corrompidas pelos modos esp´urios.

Para seis arestas no dom´ınio de suporte, s˜ao geradas trˆes fun¸c˜oes de forma da seguinte maneira: N1

6i tomando os seis primeiros termos da Equa¸c˜ao 2-13, N6i2 tomando os termos

da Equa¸c˜ao 2-19 e adicionados os dois ´ultimos termos de grau elevada da fun¸c˜ao de base expressada na Equa¸c˜ao 2-13 e N3

6i tomando os quatro primeiros e os dois ´ultimos termos da

Equa¸c˜ao 2-13. − → N16i = β1i  1 0  + β2i  0 1  + β3i  y 0  + β4i  0 x  + β5i  x 0  + β6i  0 y  (3-13) − → N26i= β1i  1 0  + β2i  0 1  + β3i  y 0  + β4i  0 x  + β5i  y2 −xy  + β6i  xy −x2  (3-14) − →N3 6i= β1i  1 0  + β2i  0 1  + β3i  x 0  + β4i  0 y  + β5i  y2 −xy  + β6i  xy −x2  (3-15) Seis coeficientes precisam ser encontrados, ent˜ao seis arestas s˜ao tomadas no dom´ınio de suporte. Os coeficientes de cada fun¸c˜ao de forma s˜ao encontrados aplicando a condi¸c˜ao de circula¸c˜ao imposta na Equa¸c˜ao 2-51 e solucionando o sistema da Equa¸c˜ao 2-52 para seis arestas no dom´ınio de suporte. Para cada sistema, a matriz A ´e dada por:

A16 =    t1x t1y R e1(yt1x) dl R e1(xt1y) dl R e1(xt1x) dl R e1(yt1y) dl ... ... ... ... ... ... tnx tny R en(ytnx) dl R en(xtny) dl R en(xtnx) dl R en(ytny) dl    (3-16) A26 =    t1x t1y R e1(yt1x) dl R e1(xt1y) dl R e1(y 2t 1x− xyt1y) dl R e1(xyt1x− x 2t 1y) dl ... ... ... ... ... ... tnx tny R en(ytnx) dl R en(xtny) dl R en(y 2t nx− xytny) dl R en(xytnx− x 2t ny) dl    (3-17)

(35)

A36 =    t1x t1y R e1(xt1x) dl R e1(yt1y) dl R e1(y 2t 1x− xyt1y) dl R e1(xyt1x− x 2t 1y) dl ... ... ... ... ... ... tnx tny R en(xtnx) dl R en(ytny) dl R en(y 2t nx− xytny) dl R en(xytnx− x 2t ny) dl    (3-18) Para os trˆes sistemas ´e utilizado o mesmo vetor coluna βi

βi= [β1i, β2i, β3i, β4i, β5i, β6i]T (3-19)

e Li para cada sistema segue a forma da Equa¸c˜ao 2-58 modificado para 6 arestas.

A aproxima¸c˜ao de campo −→uh para seis arestas ´e dada por:

~uh = 6 X i=1 − → Nici = Φ(x)cs (3-20)

onde Φ e cs seguem a forma da Equa¸c˜ao 3-4 modificada para seis arestas.

No Cap´ıtulo 4 aplicam-se os mesmos dois testes utilizados para 4 e 5 arestas no dom´ınio de suporte com a finalidade de testar o correto funcionamento das fun¸c˜oes de forma. As fun¸c˜oes de forma N1

6i e N6i3 n˜ao garantem a condi¸c˜ao de circula¸c˜ao, porque as matrizes A16 e

A3

6 se tornam singulares. A fun¸c˜ao N6i2 satisfaz a condi¸c˜ao de circula¸c˜ao, mas no problema

de autovalores, modos esp´urios s˜ao encontrados na solu¸c˜ao num´erica.

As fun¸c˜oes de forma com base completa e com os graus de liberdade atribu´ıdos de ma-neira correta seriam livres de modos esp´urios. Ent˜ao, as fun¸c˜oes de forma vetoriais geradas para 3 e 4 arestas no dom´ınio de suporte, expressadas nas Equa¸c˜oes 2-9 e 2-19 funcionam tamb´em corretamente para os M´etodos sem Malha vetoriais. J´a as fun¸c˜oes de forma vetoriais para 5 e 6 arestas baseadas nos elementos de N´ed´elec, foram constru´ıdas de forma incompleta e seus graus de liberdade n˜ao seguem as regras impostas pelas equa¸c˜oes 2-14 e 2-15. Por isso n˜ao se tem a garantia da ausˆencia de modos esp´urios.

Para tentar remediar este fato, uma an´alise comparativa ´e realizada entre a fun¸c˜ao de forma para 5 arestas e as fun¸c˜oes de forma para 3 e 4 arestas no dom´ınio de suporte. A an´alise consiste em comparar e modificar cada componente do polinˆomio que comp˜oe as fun¸c˜oes de forma para 5 arestas, onde as modifica¸c˜oes tendem a colocar o mesmo polinˆomio da fun¸c˜ao de base para quatro arestas no dom´ınio de suporte e adicionar um quinto termo para que a fun¸c˜ao de forma tenha divergˆencia nula e assim eliminar os modos esp´urios. Da analise ´e conclu´ıdo que cada componente do divergente da fun¸c˜ao de base deve ser igual a zero, isto ´e, na fun¸c˜ao de base a vari´avel x n˜ao pode estar na componente bx e a vari´avel y n˜ao pode estar na componente y. Por este motivo, ´e proposto na se¸c˜ao 3.3 a constru¸c˜ao deb

(36)

24 3 Fun¸c˜oes de Forma Vetoriais com mais arestas no dom´ınio de suporte fun¸c˜oes polinomiais que n˜ao s˜ao baseadas nos elementos de primeiro tipo de N´ed´elec, mas somente nos espa¸cos H(curl).

3.3.

Fun¸c˜

oes de forma de aresta vetoriais em H(curl) para

5 e 6 arestas no dom´ınio de suporte baseadas apenas

nos espa¸cos H(curl)

Nesta se¸c˜ao, introduzimos uma nova maneira de construir as fun¸c˜oes de forma vetoriais para 5 e 6 arestas no dom´ınio de suporte. As fun¸c˜oes est˜ao baseadas nos espa¸cos H (curl) e, al´em disso, ´e imposta a nova condi¸c˜ao discutida no final da se¸c˜ao anterior: cada componente do divergente deve ser nula. Sejam os espa¸cos das fun¸c˜oes de base definidos por:

Lk =  u =  u1 u2  : u1, u2 ∈ Pk; ∂u1 ∂x = 0; ∂u2 ∂y = 0  (3-21) onde Pk ´e o espa¸co de polinˆomios de grau k.

As fun¸c˜oes de base para trˆes e quatro arestas no dom´ınio de suporte, Equa¸c˜oes 2-8 e 2-18, podem ser geradas considerando k = 1 na Equa¸c˜ao 3-21. Para gerar as fun¸c˜oes de forma com 5 e 6 arestas no dom´ınio de suporte, o grau do polinˆomio da Equa¸c˜ao 3-21 ´e aumentado para k = 2. Para gerar a fun¸c˜ao de base com 5 arestas no dom´ınio de suporte, toma-se os termos da Equa¸c˜ao 2-18 e adiciona-se um quinto termo de modo que, cada componente do divergente da fun¸c˜ao de base seja igual a zero. Tamb´em define-se o sinal negativo na componente y baseado na fun¸c˜ao de base desenvolvida para os elementos de primeiro tipob de N´ed´elec. Sendo assim, a base dos espa¸cos para cinco arestas ´e dada por:

L2 =  1 0  ,  0 1  ,  y 0  ,  0 x   y2 −x2  (3-22) A Equa¸c˜ao 3-22 ´e tomada como base para construir a base dos espa¸cos polinomiais de 6 arestas no dom´ınio de suporte. Para o sexto termo da fun¸c˜ao, o quinto termo na Equa¸c˜ao 3-22 ´e divido em dois. Esta divis˜ao tem duas vantagens: a primeira ´e obter graus de liberdade separados para os termos y2 e−x2 e assim, ter um maior controle sobre eles; a segunda ´e que

s˜ao usadas as mesmas vari´aveis em cada componente, garantindo assim a condi¸c˜ao de que cada componente do divergente seja nula. Desta forma, a fun¸c˜ao de base para seis arestas ´e:

ρ2 =  1 0  ,  0 1  ,  y 0  ,  0 x   y2 0   0 −x2  (3-23) Substituindo as Equa¸c˜oes 3-22 e 3-23 na Equa¸c˜ao 2-40, as fun¸c˜oes de forma para cinco e seis arestas no dom´ınio de suporte s˜ao expressas como:

(37)

− → N45i= β1i  1 0  + β2i  0 1  + β3i  y 0  + β4i  0 x  + β5i  y2 −x2  (3-24) − → N46i= β1i  1 0  + β2i  0 1  + β3i  y 0  + β4i  0 x  + β5i  y2 0  + β6i  0 −x2  (3-25) Como ´e necess´ario encontrar 5 e 6 coeficientes para gerar as fun¸c˜oes de forma, cinco e seis arestas s˜ao tomadas no dom´ınio de suporte. Os coeficientes das fun¸c˜oes de forma s˜ao encontrados aplicando a condi¸c˜ao de circula¸c˜ao. Para 5 arestas, o sistema da Equa¸c˜ao 2-52 ´e dado por:

A45 =    t1x t1y R e1(yt1x) dl R e1(xt1y) dl R e1(y 2t 1x− x2t1y) dl ... ... ... ... ... tnx tny R en(ytnx) dl R en(xtny) dl R en(y 2t nx− x2tny) dl    (3-26) βi = [β1i, β2i, β3i, β4i, β5i]T (3-27)

e para 6 arestas no dom´ınio de suporte o sistema ´e dado por:

A46 =    t1x t1y R e1(yt1x) dl R e1(xt1y) dl R e1(y 2t 1x) dl R e1(−x 2t 1y) dl ... ... ... ... ... ... tnx tny R en(ytnx) dl R en(xtny) dl R en(y 2t nx) dl R en(−x 2t ny) dl    (3-28) βi= [β1i, β2i, β3i, β4i, β5i, β6i]T (3-29)

onde Li para ambos sistemas, segue a forma da Equa¸c˜ao 2-55 modificada para 5 e 6 arestas,

respectivamente.

A aproxima¸c˜ao de −→uh para 5 e 6 arestas ´e dada pelas Equa¸c˜oes 3-12 e 3-20,

respecti-vamente.

As Figuras 3-2 e 3-3 apresenta as fun¸c˜oes de forma quando s˜ao tomadas 5 e 6 ares-tas no dom´ınio de suporte. Lembrando que a circula¸c˜ao deve ser igual a 1 sob a mesma aresta e zero nas outras, de modo que, o vetor resultante da circula¸c˜ao forma um angulo di-ferente de 90o com a mesma aresta e ´e perpendicular `as outras arestas no dom´ınio de suporte.

No Cap´ıtulo 4 ser´a testado o correto funcionamento destas fun¸c˜oes de forma vetoriais, aplicando os mesmo dois testes das se¸c˜oes anteriores. Ser´a mostrado que as duas fun¸c˜oes de forma satisfazem a condi¸c˜ao de circula¸c˜ao e no problema de autovalores, geram solu¸c˜oes livres de modos esp´urios.

(38)

26 3 Fun¸c˜oes de Forma Vetoriais com mais arestas no dom´ınio de suporte −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 Aresta 1 Edge 1 Edge 2 Edge 3 Edge 4 Edge 5 (a) −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 Aresta 2 Edge 1 Edge 2 Edge 3 Edge 4 Edge 5 (b) −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 Aresta 3 Edge 1 Edge 2 Edge 3 Edge 4 Edge 5 (c) −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 Aresta 4 Edge 1 Edge 2 Edge 3 Edge 4 Edge 5 (d) −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 Aresta 5 Edge 1 Edge 2 Edge 3 Edge 4 Edge 5 (e)

Figura 3-2: Representa¸c˜ao gr´afica das fun¸c˜oes de forma vetoriais para 5 arestas no dom´ınio de suporte. (a)−→N1, (b)−→N2, (c)→−N3, (d)−→N4 e (e)−→N5

(39)

−0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 Aresta 1 Edge 1 Edge 2 Edge 3 Edge 4 Edge 5 Edge 6 (a) −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 Aresta 2 Edge 1 Edge 2 Edge 3 Edge 4 Edge 5 Edge 6 (b) −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 Aresta 3 Edge 1 Edge 2 Edge 3 Edge 4 Edge 5 Edge 6 (c) −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 Aresta 4 Edge 1 Edge 2 Edge 3 Edge 4 Edge 5 Edge 6 (d) −0.4 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 −0.4 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 Aresta 5 Edge 1 Edge 2 Edge 3 Edge 4 Edge 5 Edge 6 (e) −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 −0.4 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 Aresta 6 Edge 1 Edge 2 Edge 3 Edge 4 Edge 5 Edge 6 (f)

Figura 3-3: Representa¸c˜ao gr´afica das fun¸c˜oes de forma vetoriais para 5 arestas no dom´ınio de suporte. (a)−→N1, (b)−→N2, (c)−→N3, (d)−→N4, (e)−→N5 e (f )−→N6

(40)

4 Resultados Num´

ericos

Neste cap´ıtulo s˜ao avaliadas as fun¸c˜oes de forma vetoriais apresentadas no cap´ıtulo anterior. Para isso, primeiro ´e testada a circula¸c˜ao do campo nas arestas. Com este teste garantimos que as fun¸c˜oes de forma satisfa¸cam a condi¸c˜ao de delta de Kronecker. Uma vez atendia essa condi¸c˜ao, a condi¸c˜ao de contorno de Dirichlet s˜ao imposta de forma simplifi-cadas. Logo, o EMM ´e aplicado a diversos problemas eletromagn´eticos, onde ´e testada a interpola¸c˜ao de campo vetorial, al´em da condi¸c˜ao do divergente nulo e a condi¸c˜ao de con-tinuidade na interface entre dois meios diferentes. Finalmente, s˜ao apresentados dois testes importantes, o primeiro quando o comprimento das arestas tende para um ponto e o segundo quando s˜ao tomados diferentes n´umeros de arestas no dom´ınio de suporte para solucionar um problema.

As fun¸c˜oes de forma a serem testadas s˜ao: − → N3 = β1i  1 0  + β2i  0 1  + β3i  y −x  − → N4 = β1i  1 0  + β2i  0 1  + β3i  y 0  + β4i  0 x  − → N15 = β1i  1 0  + β2i  0 1  + β3i  y 0  + β4i  0 x  + β5i  y2 −xy  − →N2 5 = β1i  1 0  + β2i  0 1  + β3i  y 0  + β4i  0 x  + β5i  xy −x2  − →N3 5 = β1i  1 0  + β2i  0 1  + β3i  y −x  + β4i  y2 −xy  + β5i  xy −x2  − →N4 5 = β1i  1 0  + β2i  0 1  + β3i  y 0  + β4i  0 x  + β5i  y2 −x2 

(41)

− →N1 6 = β1i  1 0  + β2i  0 1  + β3i  y 0  + β4i  0 x  + β5i  x 0  + β6i  0 y  − →N2 6 = β1i  1 0  + β2i  0 1  + β3i  y 0  + β4i  0 x  + β5i  y2 −xy  + β6i  xy −x2  − → N36 = β1i  1 0  + β2i  0 1  + β3i  x 0  + β4i  0 y  + β5i  y2 −xy  + β6i  xy −x2  − → N46 = β1i  1 0  + β2i  0 1  + β3i  y 0  + β4i  0 x  + β5i  y2 0  + β6i  0 x2 

onde o sub´ındice indica a quantidade de arestas que devem ser tomadas no dom´ınio de su-porte e o sobrescrito identifica a fun¸c˜ao de forma entre aquelas que tomam o mesmo n´umero de arestas.

4.1.

Circula¸c˜

ao nas arestas

A circula¸c˜ao do campo vetorial ´e satisfeita sobre cada aresta no dom´ınio e, desta forma, ´e poss´ıvel garantir de forma simplificada a condi¸c˜ao de Dirichlet mediante a distribui¸c˜ao de arestas na fronteira que s˜ao governadas por esta. Assim, ´e limitando o esfor¸co extra necess´ario para lidar com as condi¸c˜oes de contorno essenciais. A circula¸c˜ao nas arestas ´e expressa na Equa¸c˜ao 2-51.

A insolvˆencia ´e definida como uma express˜ao para a compatibilidade do conjunto de graus de liberdade com o espa¸co polinomial onde s˜ao definidas as fun¸c˜oes de base (Rk, ρk,Lk).

Diz-se que o sistema expresso na Equa¸c˜ao 2-51 ´e insolvente se e somente se existe uma ´unica base que pertence ao espa¸co polinomial definido e satisfaz a propriedade de delta de Kro-necker [19].

Para quatro arestas no dom´ınio de suporte, ´e usada a fun¸c˜ao de forma vetorial−→N4. A

circula¸c˜ao ´e calculada nas arestas de um quadrado com dimens˜oes [0, 1]×[1, 0]. A Figura 4-1 mostra a distribui¸c˜ao de arestas utilizada. A matriz da Equa¸c˜ao 4-1 apresenta os resultados da circula¸c˜ao nas arestas. Observa-se que a circula¸c˜ao das fun¸c˜oes de forma tˆem valor igual a 1 na pr´opria aresta e zero nas outras, portanto a fun¸c˜ao de forma vetorial −→N4 satisfaz a

(42)

30 4 Resultados Num´ericos −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2

Figura 4-1: Distribui¸c˜ao de arestas quadrilateral e a circula¸c˜ao nas arestas.

condi¸c˜ao de circula¸c˜ao.      1 0 0 0 −2, 2204 × 10−16 1 0 0 0 0 1 0 0 0 −2,2204 × 10−16 1      (4-1)

Para as fun¸c˜oes de forma vetoriais com 5 arestas no dom´ınio de suporte, s˜ao testados duas distribui¸c˜ao de arestas, conforme a Figura 4-2. Primeiro, ´e testado a distribui¸c˜ao de arestas “contra slash”. As fun¸c˜oes de forma vetoriais utilizadas s˜ao −→N1

5, − → N2 5, − → N3 5 e − → N4 5, os

resultados da circula¸c˜ao nas arestas para essas fun¸c˜oes s˜ao apresentados nas Equa¸c˜oes 4-2, 4-3, 4-4 e 4-5, respectivamente. Observa-se que as quatro fun¸c˜oes de forma satisfazem a pro-priedade da circula¸c˜ao nas arestas.

       1 0 0 0 0 −2, 4409 × 10−16 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 4, 2793× 10−16 1, 9429× 10−16 −3, 3307 × 10−16 −1, 5360 × 10−16 1        (4-2)

(43)

−0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2

(a) Distribui¸c˜ao de arestas sentido “slash”.

−0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2

(b) Disrtribui¸c˜ao de arestas sentido “contra

slash”.

Figura 4-2: Distribui¸c˜oes de arestas para 5 arestas no dom´ınio de suporte.

       1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 −4, 4409 × 10−16 1 0 1, 3878× 10−16 1, 4165× 10−16 −4,2666 × 10−16 −8, 3267 × 10−17 1        (4-3)        1 0 0 0 0 −1, 6653 × 10−16 1 0 −2, 7756 × 10−17 4, 4409× 10−16 0 0 1 0 0 −1, 5701 × 10−16 1, 1102× 10−16 −3, 3307 × 10−16 1 4, 4409× 10−16 3, 6082× 10−16 2, 7756× 10−17 −2, 4980 × 10−16 0 1        (4-4)        1 0 0 0 0 −2, 2204 × 10−16 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 −2, 2204 × 10−16 1 0 −1, 3878 × 10−17 −1, 6653 × 10−16 −8, 3267 × 10−17 2, 0142× 10−16 1        (4-5)

Agora ´e testada a distribui¸c˜ao de arestas sentido “slash”. Para as fun¸c˜oes de forma vetoriais −→N1

5 e −→N25, s˜ao apresentados os resultados da circula¸c˜ao nas Equa¸c˜oes 4-6 e 4-7,

respectivamente. Pode ser observado que as duas fun¸c˜oes de forma satisfazem a propriedade de circula¸c˜ao nas arestas. Por outro lado, na Equa¸c˜ao 4-8 s˜ao apresentado os resultados da circula¸c˜ao nas arestas utilizando as fun¸c˜oes de forma vetoriais−→N3

5 e

− → N4

5. Observa-se que n˜ao

´e poss´ıvel encontrar os coeficientes da fun¸c˜oes de forma vetoriais, pois no sistema de equa¸c˜oes 2-52, as matrizes A3

(44)

32 4 Resultados Num´ericos as fun¸c˜oes de forma vetoriais n˜ao podem ser geradas.

Uma matriz quadrada ´e singular se e somente se seu determinante for nulo. O deter-minante de uma matriz ´e nulo quando duas filas ou colunas s˜ao iguais ou proporcionais. A matriz A4

5, expressa na Equa¸c˜ao 4-10, tem as colunas trˆes e quatro proporcionais, pois ap´os

de efetuar a opera¸c˜ao coluna 4 = coluna 4 + coluna 5, as colunas 3 e 4 s˜ao iguais.

       1 0 0 0 0 −4, 4409 × 10−16 1 0 0 0 0 0 1 0 0 1, 1102× 10−16 1, 1102× 10−16 −1, 1102 × 10−16 1 −2, 2204 × 10−16 −1, 1102 × 10−16 6, 1016× 10−17 −5, 5511 × 10−17 −3, 7549 × 10−17 1        (4-6)        1 0 0 0 0 −1, 1102 × 10−16 1 1, 1102× 10−16 1, 1102× 10−16 −2, 2204 × 10−16 0 0 1 0 0 0 0 −4, 4409 × 10−16 1 0 −5, 5511 × 10−17 3, 7549× 10−17 −1, 1102 × 10−16 −6, 1016 × 10−17 1        (4-7)        N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN        (4-8) A35 =        1 0 0 0 0 1 0 1 0, 5 1 0 1 0 0 0 0 1 −1 −1 −0, 5 0, 7071 0, 7071 0 −2, 7756 × 10−17 2, 7756× 10−17        (4-9) A45 =        1 0 0 0 0 1 0 1 0 1 0 1 0 0 0 0 1 0 1 −1 0, 7071 0, 7071 0, 3536 0, 3536 0        (4-10)

Finalmente s˜ao testadas as fun¸c˜oes de forma vetoriais para seis arestas no dom´ınio de suporte. A Figura 4-3 mostra a distribui¸c˜ao de arestas utilizada. Para as fun¸c˜oes de forma vetoriais−→N1

6 e−→N36 s˜ao apresentados os resultados da circula¸c˜ao nas arestas na Equa¸c˜ao 4-11.

Observa-se que n˜ao ´e poss´ıvel encontrar os coeficientes das fun¸c˜oes de forma, pois as matrizes A1

6 e A36, expressas nas Equa¸c˜oes 3-16 e 3-18 tornam-se singulares. Portanto as fun¸c˜oes de

(45)

As matrizes A1

6 e A36 apresentadas nas Equa¸c˜oes 4-12 e 4-13, respectivamente, tem

de-terminante nulo. Nas duas matrizes, as colunas 1 e 3 s˜ao proporcionais, porque depois de realizar a opera¸c˜ao coluna 3 = coluna 3∗ 2, as colunas 1 e 3 s˜ao iguais.

−0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2

Figura 4-3: Distribui¸c˜ao de arestas para seis arestas no dom´ınio de suporte.

         N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN N aN          (4-11) A16 =          1 0 0, 5 0 0 0 1 0 0, 5 1 0 0 0 1 0 0 0 0, 5 0 1 0 0 1 0, 5 −0, 7071 −0, 7071 −0, 3536 −0, 3536 −0, 3536 −0, 3536 0, 7071 −0, 7071 0, 3536 0, 3536 −0, 3536 −0, 3536          (4-12) A36 =          1 0 0, 5 0 0 0 1 0 0, 5 0 1 0, 5 0 1 0 0, 5 0 0 0 1 0 0, 5 −0, 5 −1 −0, 7071 −0, 7071 −0, 3536 −0, 3536 0 0 0, 7071 −0, 7071 0, 3536 −0, 3536 0, 3536 0, 3536          (4-13)

Por outro lado, as fun¸c˜oes de forma vectoriais −→N2 6 e

− → N4

6 satisfazem a condi¸c˜ao de

Referências

Documentos relacionados

Para a perfeita conservação de suas características alguns cuidados deverão ser seguidos, para tal, a Polipiso do Brasil desenvolveu este Manual de Manutenção,

grandiflora por estaquia, foram avaliados dois ambientes (viveiro e ambiente / condições de ocorrência natural), assim como o efeito do hormônio de enraizamento, o ácido

468, da CLT, estabelecendo no §2º, quanto à matéria em debate, que a reversão do empregado ao cargo efetivo, deixando o exercício de função de confiança, "não assegura

Examinando as diversas revisões da literatura (Als, 1986, 2009; Ohlsson & Jacobs, 2013; Feijó, 1998; White-Traut et al., 2013; Spittle et al., 2009; Kymre, 2014; Standley, 2012a;

Raiza de Queiroz Rocha Indeferido Documento anexado não atende ao item 7.1.2 do edital Rian Barroso Ferreira Deferido. Ricardo Silva Santa Rosa Deferido Ricledson Souza

- Verifique a necessidade de vacinas exigidas para cada país antes de visitá-lo;. - Em caso de necessidade de apresentação de Certificado Internacional de Vacina Contra Febre Amarela,

“O presente documento é de uso restrito e está expressamente proibido a reprodução parcial, total ou alteração do mesmo, sob pena de aplicação das

Na verdade, todos somos obri- gados a passar por situações desagradáveis, não tem como passar pela vida sem experimentar seus revezes, e não vivenciar o sofrimento. O que