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COMANDO DE COMUNICAÇÕES E GUERRA ELETRÔNICA DO EXÉRCITO CCOMGEX HISTÓRICO

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Academic year: 2021

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COMANDO DE COMUNICAÇÕES E GUERRA ELETRÔNICA DO EXÉRCITO

CCOMGEX

HISTÓRICO

A Arma do Comando, ao longo dos seus anos 52 de história, vem experimentando profundas transformações. O vertiginoso avanço da tecnologia da informação revolucionou o combate moderno, promovendo a evolução das técnicas, dos equipamentos e, principalmente, dos sistemas utilizados pelos Exércitos para Comandar e Controlar as operações militares.

Acompanhando essas tendências e a fim de aumentar a capacidade operacional do Exército Brasileiro, nas áreas de Comunicações e Guerra Eletrônica, foi ativado, em 20 de fevereiro de 2009, o Comando de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército (CCOMGEX). Um Grande Comando que tem por missão atuar em proveito da Força Terrestre, aumentando-lhe a operacionalidade, pelo desempenho de atividades nas vertentes Operacional, de Ensino e de Logística, bem como gerenciando a Inteligência do Sinal e cooperando na área de Ciência e Tecnologia.

O antigo “CIGE”, Centro de Instrução de Guerra Eletrônica, foi criado pelo Decreto Presidencial n° 89.445, de 19 de março de 1984. O CIGE passou efetivamente a funcionar com a ativação do Núcleo de Implantação do Centro de Instrução de Guerra Eletrônica (NICIGE), criado pela Portaria do EME n° 07, de 11 de fevereiro de 1985, cujo primeiro Chefe foi o Cel Com QEMA HUMBERTO JOSÉ CORRÊA DE OLIVEIRA.

O Comando de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército (CCOMGEX) surgiu da fusão da antiga Diretoria de Material de Comunicações Eletrônica e Informática (DMCEI) e do Centro de Instrução de Guerra Eletrônica (CIGE), em 20 de fevereiro de 2009. Possuía como Organizações Diretamente Subordinadas (OMDS): a Companhia de Comando e Controle (Portaria Cmt Ex nº 155, de 23 de março de 2009), o Centro de Instrução de Guerra Eletrônica (Portaria Cmt Ex nº 156, de 23 de março de 2009) e a Base Administrativa (Portaria Cmt Ex nº 157, de 23 de março de 2009).

Logo em seguida, a Escola de Comunicações (EsCom), saiu de sua sede do Rio de Janeiro-RJ, passando a integrar o CCOMGEX, conforme Portaria Cmt Ex nº 125, de 10 de março de 2010.

Durante a década de 1970 e início de 1980, antes mesmo de a América Latina evidenciar a importância da Guerra Eletrônica no campo de batalha, por ocasião da Guerra das Malvinas (1982), o Cel Humberto José Corrêa de Oliveira já tentava chamar atenção para este tema, em diversos artigos publicados na Revista Militar Brasileira. Dentre esses, pode-se citar “Reflexões sobre Guerra

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Eletrônica”, publicado em 1980, cujo adiante segue um trecho: “Uma vez Napoleão I disse: “'Os Exércitos marcham sobre os seus estômagos'”. No presente será mais correto dizer-se que eles marcham sobre sua eletrônica, pois, não há aspecto da guerra moderna no qual ela não participe.”

Atualmente, o CCOMGEX constitui-se na fusão do legado de Rondon na área de Comunicações e Guerra Eletrônica, mantendo agrupado em seu aquartelamento: os procedimentos de logística da classe VII (Divisão Logística e Divisão de Engenharia), o Ensino de Comunicações e Guerra Eletrônica (Escola de Comunicações e Centro de Instrução de Guerra Eletrônica), o emprego (1º Batalhão de Guerra Eletrônica e Companhia de Comando e Controle) e as atividades de coordenação e planejamento do Projeto do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteira (SISFRON).

MISSÃO

Assegurar a eficácia do Sistema de Comunicações e Guerra Eletrônica da Força Terrestre, cooperando com a capacitação dos recursos humanos, o adestramento, a formulação doutrinária, o desenvolvimento científico-tecnológico e a eficiente gestão da logística do Material classe VIII, em benefício do Exército e do Estado Brasileiro.

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VISÃO

Constituir-se em um grande Comando da Força Terrestre que, por meio dos vetores doutrina, preparo, logística, ciência e tecnologia, gestão, educação e cultura, proporcione a capacidade de Comando e Controle e de Guerra Eletrônica da Força Terrestre de 2022.

DENOMINAÇÃO HISTÓRICA

Recentemente, o Comandante do Exército conferiu a Denominação Histórica

“CENTRO MARECHAL CÂNDIDO MARIANO DA SILVA RONDON” ao

CCOMGEX (Portaria Cmt Ex nº 354, de 4 de maio de 2015). Essa concessão ocorreu

no ano da comemoração do sesquicentenário do Marechal Rondon, homenageando

não só ao insigne patrono, mas a todos os comunicantes do Exército Brasileiro.

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PATRONO DAS COMUNICAÇÕES

Foi um militar e sertanista Brasileiro. Nasceu em Mimoso, Mato Grosso, no dia 5 de maio de 1865. Filho de Cândido Mariano da Silva e Claudina de Freitas Evangelista da Silva, ele perdeu os pais muito cedo e foi criado em Cuiabá pelo tio, de quem herdou o sobrenome “Rondon”. No ano de 1881, incorporou, como soldado, no 3º Regimento de Artilharia a Cavalo.

Dois anos depois, ingressou na Escola Militar da Praia Vermelha. Em 1886, entrou para a Escola Superior de Guerra, onde fez o curso de Estado-Maior de 1ª Classe e foi promovido a alferes. Graduou-se bacharel em Matemática e em Ciências Físicas e Naturais e participou dos movimentos abolicionista e republicano. Em 1888, foi promovido a alferes aluno. Matriculou-se na recém-criada Escola Superior de Guerra, onde se graduou em Ciências Físicas e Naturais. Foram dois anos de intensos estudos que, em 1890, levaram-no ao posto de 2º Tenente de Artilharia e à função de professor de Astronomia, Mecânica Racional e Matemática Superior.

Em 1889, Rondon participou da construção das Linhas Telegráficas de Cuiabá, assumindo a chefia do distrito telegráfico de Mato Grosso.

Entre 1900 e 1906, dirigiu a construção de mais uma linha telegráfica, entre Cuiabá e Corumbá, alcançando as fronteiras do Paraguai e da Bolívia.

Em 1910, sob a direção do próprio Rondon, instituiu-se o Serviço de Proteção ao Índio e Localização dos Trabalhadores Nacionais (SPILTN), responsável pela integração nacional das sociedades indígenas, mediante a sua incorporação ao restante da população brasileira, e pela proteção e defesa de suas terras, pacificando a população silvícola sob a égide de “Morrer se preciso for, matar nunca!”.

Em outubro de 1913, Rondon recebeu um telegrama ordenando sua ida ao Rio de Janeiro para deliberar, com os ministros da Guerra, da Viação e do Exterior, sobre uma expedição conjunta à Amazônia com Theodore Roosevelt. A Expedição Científica Rondon-Roosevelt iniciou-se em 21 de janeiro de 1914, em Tapirapuã, e terminou em 26 de abril do mesmo ano.

Em 1914, a Sociedade de Geografia de Nova Iorque conferiu a Rondon o Prêmio Livingstone: uma medalha de ouro por sua obra em terras tropicais. Esse reconhecimento foi

Figura 2: Retrato do Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon

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conferido, também, aos cientistas Amundsen (descobridor do Polo Sul), Pearry (descobridor do Polo Norte), Charcot (explorador que mais devassou terras árticas) e Byrd (explorador que mais devassou terras antárticas).

Após ter se demitido do cargo em 1930, durante a revolução no Brasil, Rondon reassumiu a direção do Serviço de Proteção aos Índios no ano de 1939.

Em maio de 1952, Rondon, acompanhado do Vice-Presidente da República Café Filho, de indigenistas e antropólogos, foi recebido pelo Presidente Getúlio Vargas para apresentar as medidas constantes do anteprojeto de criação do Parque Indígena do Xingu.

Sob a inspiração direta de Rondon, Darcy Ribeiro fundou o Museu Nacional do Índio. Cândido Rondon participou da inauguração.

Baseado na Lei nº 2.409, de 27 de janeiro de 1955, o Congresso Nacional, em sessão conjunta da Câmara e do Senado, outorgou a patente de Marechal do Exército Brasileiro a Cândido Mariano da Silva Rondon, em 5 de maio de 1955, data em que completava 90 anos.

Rondon foi homenageado com a criação do Estado de Rondônia, nova denominação do Território do Guaporé, que havia sido desbravado por Rondon. Essa nova denominação foi consagrada a partir de 17 de fevereiro de 1956, pela Lei nº 2.731. Postos telegráficos instalados pela Comissão Rondon haviam crescido, tornando-se importantes núcleos populacionais nessa região.

Em 1957, o Explorer’s Club, de Nova Iorque, indicou o nome de Rondon ao Prêmio Nobel da Paz (prêmio concedido a um indivíduo ou uma organização que tenha trabalhado para a fraternidade das nações, contra a guerra e pela paz). Logo surgiram moções de apoio internacional, da Universidade de Columbia, do Instituto Indigenista do México, da Universidade de Coimbra e da Sociedade Suíça de Americanistas, dentre outros.

Rondon faleceu, aos 92 anos, em 19 de janeiro de 1958. O marechal foi velado no Clube Militar por altas autoridades militares e civis, inclusive pelo Presidente da República, Juscelino Kubitscheck. Pelo Decreto nº 51.960, de 26 de abril de 1963, o Marechal Rondon foi agraciado com o título de Patrono da Arma de Comunicações do Exército Brasileiro. Em 27 de abril de 1971, foi reconhecido como Patrono Nacional das Comunicações e o dia do seu nascimento, 5 de maio, tornou-se o Dia Nacional das Comunicações.

No dia 5 de maio de 2015 foi comemorado o sesquicentenário de Rondon. Medalha do Patrono Rondon

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SELOS DO MARECHAL RONDON

A Transformação das Comunicações e o

Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON)

O SISFRON é um dos Projetos Estratégicos do Exército Brasileiro – indutores da Transformação. Trata-se do projeto integrado de sensoriamento, de apoio à decisão e de emprego operacional, que tem por objetivos:

- Dotar o Exército dos meios necessários para exercer o monitoramento e o controle contínuo e permanente de áreas de interesse do Território Nacional, aumentando a presença do Estado particularmente na faixa de fronteira terrestre, garantindo fluxo ágil e seguro de informações confiáveis e oportunas, de modo a possibilitar o exercício do comando e controle em todos os níveis de atuação do Exército, segundo a sua destinação constitucional.

- Preparar o combatente da Força Terrestre para operar em ambiente de alta intensidade tecnológica, adaptando-o à consciência situacional ampliada e ao conceito da guerra centrada em redes.

- Consolidar a capacidade nacional em sistemas de monitoramento, vigilância e reconhecimento, mobilizando a base industrial de defesa e organizações integradoras nacionais, de modo a assegurar independência tecnológica na manutenção, na ampliação e na perene atualização do Sistema.

- Cooperar com as ações governamentais na promoção das atividades de interesse da segurança nacional, da segurança pública, do desenvolvimento social e do econômico.

O SISFRON foi estruturado em dez subsistemas funcionais. A implantação do Projeto Piloto visa, fundamentalmente, validar, em escala reduzida, o alinhamento desses subsistemas integrantes às condicionantes doutrinárias e às operacionais da Força Terrestre, bem como corrigir rumos e aprimorar fases posteriores.

Sensores Ópticos e Optrônicos. Prover consciência situacional, por meio da capacidade de observar, detectar e identificar objetos, plataformas, pessoas e animais.

Sensores Radar e Câmeras de Longo Alcance. Prover vigilância de áreas extensas pela detecção e pelo reconhecimento de entidades móveis.

Medidas de Apoio à Guerra Eletrônica (MAGE). Composto por sensores de Guerra Eletrônica que visam contribuir para o ciclo de inteligência dos Comandos Militares de Área.

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Software de Apoio à Decisão (SAD). É o sistema computacional de comando e controle do SISFRON que oferece suporte para o ciclo decisório dos Comandantes nos diversos níveis.

Comunicações Táticas. Meios de comunicações orgânicos compostos por equipamentos rádio (portáteis e veiculares), módulos táticos operacionais e processadores táticos de vídeo.

Comunicações Estratégicas. Interligam todas as organizações militares envolvidas no Projeto por meio de uma Infovia, além dos sensores de MAGE e do Subsistema de Vigilância, Monitoramento e Reconhecimento, distribuídos ao longo da fronteira.

Comunicações Satelitais. Proporciona comunicações digitais em regiões sem infraestrutura de comunicações fixas.

Centros de Comando e Controle. Infraestrutura necessária para atender às seções de Estado-Maior das organizações militares, englobando operação, supervisão e gestão técnica do Sistema de Apoio à Decisão.

Infraestrutura. Conjunto de atividades de implantação e adequação civis (elétrica, predial e estruturas especiais) necessárias ao funcionamento integrado dos demais subsistemas do Projeto.

Suporte Logístico Integrado. Regime de suporte técnico a distância e garantia de funcionamento integral do sistema.

COMANDANTES

COMANDANTES PERÍODO

NICIGE

CEL HUMBERTO CORREA FILHO 11.02.85 A 05.08.86

CEL HUMBERTO RODRIGUES LISBOA 05.08.86 A 20.08.87

CEL PAULO SCHWINGEL 20.08.87 A 31.12.87

CENTRO DE INSTRUÇÃO DE GUERRA ELETRÔNICA

CEL PAULO SCHWINGEL 20.08.87 A 31.07.89

TC CARLOS ALBERTO DA SILVA 31.07.89 A 04.02.92

TC JAMES CORREA CALDAS 04.02.92 A 14.05.93

CEL SERGIO LINEU VASCONCELOS ROSARIO 01.06.93 A 04.03.94

CEL JOAO ALFREDO DA SILVA SINICIO 04.03.94 A 24.01.96

CEL OTTO HALLWASS 24.01.96 A 04.02.98

CEL GERSON GOMES NOVO 04.02.98 A 26.06.98

CEL CELSO JOSE TIAGO 26.04.98 A 07.12.00

CEL JOÃO ROBERTO CASTILHO 07.12.00 A 31.01.03

CEL ANTONINO DOS SANTOS GUERRA NETO 31.01.03 A 25.01.05

CEL WALMIR ALMADA SCHNEIDER FILHO 25.01.05 A 14.12.07

CEL ADILSON BELMONTE BAÍ 14.12.07 A 20.02.09

DMCE

GEN BDA ANTONIO SERGIO GEROMEL 08.04.05 A 20.02.09

COMANDO DE COMUNICAÇÕES E GUERRA ELETRONICA DO EXERCÍTO

GEN DIV ANTONIO SERGIO GEROMEL 20.02.09 A 08.12.09

GEN DIV ANTONINO DOS SANTOS GUERRA NETO 08.12.09 A 20.03.14

GEN BDA CARLOS ROBERTO PINTO DE SOUZA 20.03.14 A 13.04.16

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