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expert PDF Trial COAF - Novas Regras para o Combate ao Crime de Lavagem de Dinheiro - Processo de Gestão "Minimizando Riscos" Setembro 2014

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(1)

Gestão 2014-2015

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COAF - Novas Regras

para o Combate ao

Crime de Lavagem de

Dinheiro - Processo

de Gestão

"Minimizando

Riscos"

Elaborado por:

Edison Ryu Ishikura

O conteúdo desta apostila é de inteira responsabilidade do autor (a).

A reprodução total ou parcial, bem como a reprodução de apostilas a partir desta obra intelectual, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, de fotocópias e de gravação, somente poderá ocorrer com a permissão expressa do seu Autor (Lei n. 9610)

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS:

É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTA APOSTILA, DE QUALQUER FORMA OU POR QUALQUER MEIO.

CÓDIGO PENAL BRASILEIRO ARTIGO 184.

Setembro 2014

(2)

Novas Regras para o Crime de Lavagem de

Dinheiro

• Antecedentes

• Definição

• Lei 9.613/98 e 12.638/2013

• COAF

• CFC

Novas Regras para o Crime de Lavagem de

Dinheiro

O presidente da BitInstant, empresa que criou uma plataforma eletrônica de negociação da moeda virtual

Bitcoin, foi preso na manhã de hoje no aeroporto JFK, nos Estados Unidos.

De acordo com a imprensa americana, Charlie Shrem será indiciado por

lavagem de dinheiro.

(3)

Novas Regras para o Crime de Lavagem de

Dinheiro

Segundo nota do Departamento de Justiça de Manhattan, Shrem e um colega, Robert Faiella, são acusados de montar um esquema para venda do

equivalente a US$ 1 milhão em moeda virtual para usuários do “Silk Road”, uma espécie de mercado negro online. O dinheiro seria usado para a compra de drogas e outros itens ilícitos.

De acordo com o site Business Insider, o promotor público de Manhattan James Hunt disse, em comunicado, que Shrem e Faiella “são acusados de

intencionalmente contribuírem com a venda anônima de drogas, ganhando com isso lucros substanciais”.

Shrem também aparece como vice-presidente da Fundação Bitcoin, entidade responsável por padronizar e promover o uso da moeda virtual. O executivo esteve, no fim de semana, em uma conferência sobre Bitcoin na cidade de Miami, nos EUA, e foi um dos palestrantes. Segundo o Business Insider, acredita-se que Shrem possua uma quantia substancial de dinheiro aplicado na moeda virtual.

Novas Regras para o Crime de Lavagem de

Dinheiro

A Justiça Federalcondenou a seis anos de prisão- com direito a apelar em liberdade - o ex-executivo do Banco Noroeste Nelson XXXX, acusado, há 15 anos, pelo desvio de US$ 242,48 milhões da instituição. O escândalo financeiro foi descoberto na operação de venda do Noroeste para o Banco Santander, por US$ 480 milhões, entre o final de 1997 e início de 1998.

Nelson foi condenado por gestão fraudulenta de instituição financeira, prevista no artigo 4.º da Lei 7492/86 (Lei do Colarinho Branco), que define os crimes contra o sistema financeiro. Ele era responsável por toda a diretoria internacional do banco, incluindo a agência Grand Cayman.

Nelson vive hoje vida modesta, prestando assessorias contábeis

(4)

Novas Regras para o Crime de Lavagem de

Dinheiro

Segundo a Justiça, ele assumiu a realização de transferências internacionais de valores alegando que parte dos saques - US$ 190 milhões - destinou-se ao financiamento da construção de um aeroporto internacional na Nigéria, "negócio que geraria lucro expressivo à instituição financeira". Nelson afirmou que a operação "fora autorizada verbalmente pela diretoria executiva do banco".

Novas Regras para o Crime de Lavagem de

Dinheiro

Primary Findings

The developing world lost US$946.7 billion in illicit outflows in

2011, an increase of 13.7% over 2010. The capital outflows stem from crime, corruption, tax evasion, and other illicit activity.

The report finds that from 2002 to 2011, developing countries lost US$5.9 trillion to illicit outflows. The outflows increased at an average rate of 10.2% per year over the decade—significantly outpacing GDP growth.

As a percentage of GDP, Sub-Saharan Africa suffered the biggest loss of illicit capital. Illicit outflows from the region averaged 5.7% of GDP annually. Globally, illicit financial outflows averaged 4% of GDP.

(5)

Novas Regras para o Crime de Lavagem de

Dinheiro

China leads the world over the 10-year period with US$1.08 trillion in illicit outflows. However, 2011 marked the first time that Russia’s illicit outflows exceeded China’s, with a loss of US$191.14 billion against China’s US$151.35 billion.

The previous methodology had significantly understated Russia’s illicit outflows, while it overstated China’s illicit outflows.

The Top 25 countries with the highest measured cumulative illicit financial outflows between 2002 and 2011 were:

Fonte: Global Finance Integrity

Novas Regras para o Crime de Lavagem de

Dinheiro

1. China: US$1.08tn 2. Russia: US$880.96bn 3. Mexico: US$461.86bn 4. Malaysia: US$370.38bn 5. India: US$343.93bn 6. Saudi Arabia: US$266.43bn

7. Brazil: US$192.69bn 8. Indonesia: US$181.83bn 9. Iraq: US$78.79bn1 10. Nigeria: US$142.27bn 11. Thailand: US$140.88bn

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(6)

Novas Regras para o Crime de Lavagem de Dinheiro

Definição:

Lavagem de dinheiro é uma expressão que se refere

a práticas econômico-financeiras que têm por finalidade

dissimular ou esconder a origem ilícita de determinados

ativos financeiros ou bens patrimoniais, de forma a que

tais ativos aparentem uma origem lícita ou a que, pelo

menos, a origem ilícita seja difícil de demonstrar ou

provar

Novas Regras para o Crime de Lavagem de Dinheiro

Lei 9.613/98 e 12.638/2013

(7)

Lei 9613/98 e 12.683/2013

Dispõe sobre os crimes de "lavagem" ou

ocultação de bens, direitos e valores; a

prevenção da utilização do sistema financeiro

para os ilícitos previstos nesta Lei; cria o

Conselho de Controle de Atividades

Financeiras - COAF, e dá outras providências.

Ocultar ou dissimular a natureza, origem,

localização, disposição, movimentação ou

propriedade de bens, direitos ou valores

provenientes, direta ou indiretamente, de

infração penal.

Pena: reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos,

e multa

(8)

§ 1

o

Incorre na mesma pena quem, para

ocultar ou dissimular a utilização de bens,

direitos ou valores provenientes de infração

penal:

I - os converte em ativos lícitos;

II - os adquire, recebe, troca, negocia, dá

ou recebe em garantia, guarda, tem em

depósito, movimenta ou transfere;

III - importa ou exporta bens com valores

não correspondentes aos verdadeiros.

§ 2

o

Incorre, ainda, na mesma pena quem:

I - utiliza, na atividade econômica ou

financeira, bens, direitos ou valores

provenientes de infração penal;

II - participa de grupo, associação ou

escritório tendo conhecimento de que sua

atividade principal ou secundária é dirigida à

prática de crimes previstos nesta Lei.

§ 4

o

A pena será aumentada de um a dois terços,

se os crimes definidos nesta Lei forem cometidos

de forma reiterada ou por intermédio de

organização criminosa.

(9)

§ 5

o

A pena poderá ser reduzida de um a dois

terços e ser cumprida em regime aberto ou

semiaberto, facultando-se ao juiz deixar de

aplicá-la ou substituí-la, a qualquer tempo,

por pena restritiva de direitos, se o autor,

coautor ou partícipe colaborar

espontaneamente com as autoridades,

prestando esclarecimentos que

conduzam à apuração das infrações penais,

à identificação dos autores, coautores e

partícipes, ou à localização dos bens, direitos

ou valores objeto do crime.

Art. 9

o

Sujeitam-se às obrigações referidas nos arts. 10

e 11 as pessoas físicas e jurídicas que tenham, em

caráter permanente ou eventual, como atividade

principal ou acessória, cumulativamente ou não:

I - a captação, intermediação e aplicação de

recursos financeiros de terceiros, em moeda

nacional ou estrangeira;

II – a compra e venda de moeda estrangeira ou

ouro como ativo financeiro ou instrumento

cambial;

III - a custódia, emissão, distribuição, liqüidação,

negociação, intermediação ou administração de

títulos ou valores mobiliários.

(10)

Parágrafo único. Sujeitam-se às mesmas obrigações:

As pessoas físicas ou jurídicas que prestem, mesmo que eventualmente, serviços de assessoria, consultoria, contadoria, auditoria, aconselhamento ou assistência, de qualquer natureza, em operações:

a) de compra e venda de imóveis, estabelecimentos comerciais ou industriais ou participações societárias de qualquer natureza; b) de gestão de fundos, valores mobiliários ou outros ativos; c) de abertura ou gestão de contas bancárias, de poupança,

investimento ou de valores mobiliários;

d) de criação, exploração ou gestão de sociedades de qualquer natureza, fundações, fundos fiduciários ou estruturas análogas; e) financeiras, societárias ou imobiliárias; e

f) de alienação ou aquisição de direitos sobre contratos relacionados a atividades desportivas ou artísticas profissionais;

Art. 10. As pessoas referidas no art. 9º:

I - identificarão seus clientes e manterão cadastro atualizado, nos termos de instruções emanadas das autoridades competentes;

II - manterão registro de toda transação em moeda nacional ou estrangeira, títulos e valores mobiliários, títulos de crédito, metais, ou qualquer ativo passível de ser convertido em dinheiro, que ultrapassar limite fixado pela autoridade competente e nos termos de instruções por esta expedidas;

III - deverão atender, no prazo fixado pelo órgão judicial

competente, as requisições formuladas pelo Conselho criado pelo art. 14, que se processarão em segredo de justiça.

III - deverão adotar políticas, procedimentos e controles

internos, compatíveis com seu porte e volume de operações, que lhes permitam atender ao disposto neste artigo e no art. 11, na forma disciplinada pelos órgãos competentes;

IV - deverão cadastrar-se e manter seu cadastro atualizado no órgão regulador ou fiscalizador e, na falta deste, no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), na forma e condições por

(11)

Art. 10. As pessoas referidas no art. 9º:

V - deverão atender às requisições formuladas pelo Coaf na

periodicidade, forma e condições por ele estabelecidas, cabendo-lhe preservar, nos termos da lei, o sigilo das informações prestadas.

§ 1º Na hipótese de o cliente constituir-se em pessoa jurídica, a identificação referida no inciso I deste artigo deverá abranger as pessoas físicas autorizadas a representá-la, bem como seus proprietários.

§ 2º Os cadastros e registros referidos nos incisos I e II deste artigo deverão ser conservados durante o período mínimo de cinco anos a partir do encerramento da conta ou da conclusão da transação, prazo este que poderá ser ampliado pela autoridade competente.

§ 3º O registro referido no inciso II deste artigo será efetuado também quando a pessoa física ou jurídica, seus entes ligados, houver realizado, em um mesmo mês-calendário, operações com uma mesma pessoa, conglomerado ou grupo que, em seu conjunto, ultrapassem o limite fixado pela autoridade competente.

Art. 11. As pessoas referidas no art. 9º:

I - dispensarão especial atenção às operações

que, nos termos de instruções emanadas das

autoridades competentes, possam constituir-se

em sérios indícios dos crimes previstos nesta

Lei, ou com eles relacionar-se;

II - deverão comunicar, abstendo-se de dar aos

clientes ciência de tal ato, no prazo de vinte e

quatro horas, às autoridades competentes:

a) todas as transações constantes do inciso II do

art. 10 que ultrapassarem limite fixado, para esse

fim, pela mesma autoridade e na forma e

condições por ela estabelecidas;

(12)

Art. 11. As pessoas referidas no art. 9º:

b) a proposta ou a realização de transação prevista no inciso I

deste artigo.

II - deverão comunicar ao Coaf, abstendo-se de dar ciência de tal ato a qualquer pessoa, inclusive àquela à qual se refira a informação, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a proposta ou realização: a) de todas as transações referidas no inciso II do art. 10, acompanhadas da identificação de que trata o inciso I do mencionado artigo; e

b) das operações referidas no inciso I;

III - deverão comunicar ao órgão regulador ou fiscalizador da sua atividade ou, na sua falta, ao Coaf, na periodicidade, forma e condições por eles estabelecidas, a não ocorrência de propostas, transações ou operações passíveis de serem comunicadas nos termos do inciso II.

Lei

Art. 12. Às pessoas referidas no art. 9º, bem como aos

administradores das pessoas jurídicas, que deixem de

cumprir as obrigações previstas nos arts. 10 e 11 serão

aplicadas, cumulativamente ou não, pelas autoridades

competentes, as seguintes sanções:

I - advertência;

II - multa pecuniária variável, de um por cento até o

dobro do valor da operação, ou até duzentos por cento

do lucro obtido ou que presumivelmente seria obtido

pela realização da operação, ou, ainda, multa de até

R$ 200.000,00 (duzentos mil reais);

(13)

Lei

II - multa pecuniária variável não superior: a) ao dobro do valor da operação;

b) ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente seria obtido pela realização da operação; ou

c) ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais); das pessoas jurídicas referidas no art. 9º;

IV - cassação da autorização para operação ou funcionamento. § 1º A pena de advertência será aplicada por irregularidade no cumprimento das instruções referidas nos incisos I e II do art. 10. § 2º A multa será aplicada sempre que as pessoas referidas no art. 9º, por negligência ou dolo:

Lei

§ 2

o

A multa será aplicada sempre que as pessoas

referidas no art. 9

o

, por culpa ou dolo:

I – deixarem de sanar as irregularidades objeto de

advertência, no prazo assinalado pela autoridade

competente;

II – não realizarem a identificação ou o registro previstos

nos incisos I e II do art. 10;

III - deixarem de atender, no prazo, a requisição

formulada nos termos do inciso III do art. 10;

(14)

Lei

IV - descumprirem a vedação ou deixarem de fazer a

comunicação a que se refere o art. 11.

§ 3º A inabilitação temporária será aplicada quando

forem verificadas infrações graves quanto ao cumprimento

das obrigações constantes desta Lei ou quando ocorrer

reincidência específica, devidamente caracterizada em

transgressões anteriormente punidas com multa.

§ 4º A cassação da autorização será aplicada nos casos

de reincidência específica de infrações anteriormente

punidas com a pena prevista deste artigo.

COAF

Conselho de Controle de Atividades

Financeiras

Unidade de Inteligência Financeira do Brasil

(15)
(16)

Coaf (Composição):

O Presidente do COAF é nomeado pelo Presidente da República, por indicação do. Ministro da Fazenda. Os Conselheiros do COAF são designados em ato do Ministro da Fazenda e devem ser servidores públicos de reputação ilibada e de reconhecida competência

Eles devem integrar o quadro de pessoal efetivo dos seguintes órgãos: • Banco Central do Brasil (BCB)

• Comissão de Valores Mobiliários (CVM) • Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) • Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) • Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) • Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) • Departamento de Polícia Federal (DPF) • Controladoria-Geral da União (CGU) • Ministério das Relações Exteriores (MRE) • Ministério da Justiça (MJ)

• Ministério da Previdência Social (MPS).

Novas Regras para o Crime de Lavagem de Dinheiro

Coaf (Composição):

Participam também das sessões do conselho, na qualidade de convidados, sem direito a voto, representantes dos seguintes órgãos:

• Advocacia-Geral da União (AGU), responsável pela assistência jurídica aos conselheiros;

• Conselho Federal de Corretores de Imóveis (COFECI), responsável por regular o setor de promoção imobiliária;

Conselho Federal de Contabilidade (CFC), responsável por regular profissionais

e organizações contábeis, quando no exercício de suas funções;

• Secretaria de Assuntos Econômicos (SEAE), responsável por regular exploração de loterias;

(17)

Os acordos internacionais ou tratados que formam a estrutura para cooperação em assuntos de lavagem de dinheiro incluem:

1. A Convenção das Nações Unidas contra o Tráfico Ilícito de Entorpecentes e de Substâncias Psicotrópicas, 1988, Viena;

2. As 40 recomendações sobre lavagem de dinheiro da Financial Action Task Force -ou Grupo de Ação Financeira sobre Lavagem de Dinheiro (GAFI/FATF)- de 1990, revisadas em 1996 e referidas como Recomendações do GAFI/ FATF;

3. Elaboração pela Comissão Interamericana para o Controle do Abuso de Drogas (CICAD) e aprovação pela Assembléia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) do “Regulamento Modelo sobre Delitos de Lavagem Relacionados com o Tráfico Ilícito de Drogas e Outros Delitos Graves”, de 1992; 4. O Comunicado Ministerial da Conferência da Cúpula das Américas sobre os

Procedimentos de Lavagem e Instrumentos Criminais, 1995, Buenos Aires; 5. A Declaração Política e o Plano de Ação contra Lavagem de Dinheiro, adotados na

Sessão Especial da Assembléia Geral das Nações Unidas sobre o Problema Mundial das Drogas, 1998, Nova Iorque.

Novas Regras para o Crime de Lavagem de Dinheiro

Convenção de Viena - 1988

PRIVAR OS CRIMINOSOS

DOS PRODUTOS DO

CRIME É UMA FERRAMENTA

IMPORTANTE NO

COMBATE AO CRIME (coaf)

(18)

Atribuições do COAF

Arts. 14 e 15 da Lei nº 9.613, de 03.03.1998 FUNÇÃO DE ÓRGÃO REGULADOR

Normatizar - SEM PREJUÍZO DOS DEMAIS ÓRGÃOS

Aplicar Penas Administrativas

FUNÇÃO DE INTELIGÊNCIA FINANCEIRA

Receber - COMUNICAÇÕES

Análise - BUSCAR INDÍCIOS

Comunicar - PGR, DPF, SRF, CGR, MPE e PC

O

COAF

comunicará

às

autoridades competentes para a

instauração

dos

procedimentos

cabíveis,

quando

concluir

pela

existência de crimes previstos nesta

Lei, de fundados indícios de sua

prática, ou de qualquer outro ilícito.

(19)

Comunicação de

Operações Suspeitas

SETORES REGULAMENTADOS PELO COAF • Setor Imobiliário • Factoring

•Comercio de Jóias, Pedras e Metais Preciosos

• Sorteios e Bingos • Cartões de Crédito

• Comércio de Objetos de Arte e Antiguidades • Bolsas de Mercadorias • Sistemas Alternativos de Transferência de Numerários SPC Bolsas de Valores, de Mercadorias e Futuro e Corretoras Seguro, Capitalização e Previdência Privada Instituições Financeiras CVM Fundos de Pensão SUSEP BACEN

COAF

Fases da lavagem de

dinheiro

Fase 2: Ocultação Fase 1: Colocação

eXPert PDF

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(20)

1. Colocação – a primeira etapa do processo é a

colocação do dinheiro no sistema econômico. Objetivando

ocultar sua origem, o criminoso procura movimentar o

dinheiro em países com regras mais permissivas e

naqueles que possuem um sistema financeiro liberal. A

colocação se efetua por meio de depósitos, compra de

instrumentos negociáveis ou compra de bens. Para

dificultar a identificação da procedência do dinheiro, os

criminosos aplicam técnicas sofisticadas e cada vez mais

dinâmicas, tais como o fracionamento dos valores que

transitam pelo sistema financeiro e a utilização de

estabelecimentos comerciais que usualmente trabalham

com dinheiro em espécie.

Fases da Lavagem de Dinheiro

2. Ocultação – a segunda etapa do processo consiste em dificultar o rastreamento contábil dos recursos ilícitos. O objetivo é quebrar a cadeia de evidências ante a possibilidade da realização de

investigações sobre a origem do dinheiro. Os criminosos buscam movimentá-lo de forma eletrônica, transferindo os ativos para contas anônimas – preferencialmente, em países amparados por lei de sigilo bancário – ou realizando depósitos em contas "fantasmas". 3. Integração – nesta última etapa, os ativos são incorporados formalmente ao sistema econômico. As organizações criminosas buscam investir em empreendimentos que facilitem suas atividades – podendo tais sociedades prestarem serviços entre si. Uma vez formada a cadeia, torna-se cada vez mais fácil legitimar o dinheiro ilegal.

Fases da Lavagem de Dinheiro

(21)

PILARES

- CONHEÇA SEU CLIENTE

- COMUNICAÇÕES DE

OPERAÇÕES SUSPEITAS

(COAF)

As UIFs

Setores Econômicos Polícia,

Ministério Público

UIF

COS

Criação de órgão especializado em

receber e analisar comunicações de operações suspeitas

(22)

Funções Principais da UIF

Receber as COS (STRs);

Requerer

Analisar

Disseminar

- aos órgãos de combate ao crime

- intercâmbio com outras UIFs

Funções Adicionais da UIF

Receber CTEs (CTRs)

Poderes de Regulação dos Setores Econômicos

Poderes de Supervisão

Banco de Dados Centralizado

(23)

CFC: RESOLUÇÃO CFC N.º 1.445/13

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.445/13

Dispõe sobre os procedimentos a serem observados

pelos profissionais e Organizações Contábeis, quando

no exercício de suas funções, para cumprimento das

obrigações previstas na Lei n.º 9.613/1998 e alterações

posteriores.

(24)

Art. 1º A presente Resolução tem por objetivo estabelecer normas gerais de

prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, que

sujeita ao seu cumprimento os profissionais e Organizações Contábeis que prestem, mesmo que eventualmente, serviços de assessoria, consultoria, contadoria, auditoria, aconselhamento ou assistência, de qualquer natureza, nas seguintes operações:

I – de compra e venda de imóveis, estabelecimentos comerciais ou industriais, ou participações societárias de qualquer natureza;

II – de gestão de fundos, valores mobiliários ou outros ativos;

III – de abertura ou gestão de contas bancárias, de poupança, investimento ou de valores mobiliários;

IV – de criação, exploração ou gestão de sociedades de qualquer natureza, fundações, fundos fiduciários ou estruturas análogas;

V – financeiras, societárias ou imobiliárias; e

VI – de alienação ou aquisição de direitos sobre contratos relacionados a atividades desportivas ou artísticas profissionais.

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.445/13

Da Política de Prevenção

Art. 2º As pessoas físicas e jurídicas de que trata o Art. 1º devem estabelecer e implementar a política de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo compatível com seu volume de operações e, no caso das pessoas jurídicas, com seu porte, a qual deve abranger, no mínimo, procedimentos e controles destinados:

I – à identificação e realização de devida diligência para a qualificação dos clientes e demais envolvidos nas operações que realizarem; II – à obtenção de informações sobre o propósito e a natureza dos

serviços profissionais em relação aos negócios do cliente; .

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.445/13

(25)

Da Política de Prevenção

III – à identificação do beneficiário final dos serviços que

prestarem;

IV – à identificação de operações ou propostas de

operações praticadas pelo cliente, suspeitas ou de

comunicação obrigatória;

V – à revisão periódica da eficácia da política implantada

para sua melhoria visando atingir os objetivos propostos.

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.445/13

§ 1º A política mencionada no caput deve ser formalizada

expressamente pelo profissional, ou com aprovação pelo detentor de autoridade máxima de gestão na Organização Contábil, abrangendo, também, procedimentos para, quando aplicável: I – a seleção e o treinamento de empregados em relação à política implantada;

II – a disseminação do seu conteúdo ao quadro de pessoal por processos institucionalizados e de caráter contínuo; e

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.445/13

(26)

§ 2º As disposições do § 1º deste artigo não se aplicam

aos profissionais e Organizações Contábeis que

possuem faturamento até o limite estabelecido no

Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos

e Contribuições devidos pelas Microempresas e

Empresas de Pequeno Porte – SIMPLES NACIONAL.

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.445/13

Art. 3º Os profissionais e Organizações Contábeis devem

avaliar a existência de suspeição nas propostas e/ou

operações de seus clientes, dispensando especial

atenção àquelas incomuns ou que, por suas

características, no que se refere a partes envolvidas,

valores, forma de realização, finalidade, complexidade,

instrumentos utilizados ou pela falta de fundamento

econômico ou legal, possam configurar sérios indícios

dos crimes previstos na Lei n.º 9.613/1998 ou com eles

relacionar-se.

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.445/13

(27)

Parágrafo único. Devem ainda constar do cadastro o

registro dos procedimentos e as análises de que trata

o Art. 6º.

Art. 5º Para a realização das operações de que trata

esta Resolução, as pessoas de que trata o Art. 1º

deverão assegurar-se de que as informações

cadastrais do cliente estejam atualizadas no momento

da contratação do serviço.

Art. 6º Os profissionais e Organizações Contábeis

devem adotar procedimentos adicionais de verificação

sempre que houver dúvida quanto à fidedignidade das

informações constantes do cadastro, quando houver

suspeita da prática dos crimes previstos na Lei n.º

9.613/1998 ou de situações a eles relacionadas.

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.445/13

Art. 7º Os profissionais e Organizações Contábeis devem

adotar medidas adequadas para compreenderem a

composição acionária e a estrutura de controle dos

clientes pessoas jurídicas, com o objetivo de identificar

seu beneficiário final.

Parágrafo único. Quando não for possível identificar o

beneficiário final, as pessoas de que trata o Art. 1º

devem dispensar especial atenção à operação,

avaliando a conveniência de realizá-la ou de estabelecer

ou manter a relação de negócio.

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.445/13

(28)

Do Registro das Operações

Art. 8º Os profissionais e Organizações Contábeis devem manter registro de todos os serviços que prestarem e de todas as operações que realizarem em nome de seus clientes, do qual devem constar, no mínimo:

I – a identificação do cliente;

II – descrição pormenorizada dos serviços prestados ou das operações realizadas;

III – valor da operação; IV – data da operação; V – forma de pagamento; VI – meio de pagamento; e

VII – o registro fundamentado da decisão de proceder, ou não, às comunicações de que trata o Art. 9º, bem como das análises de que trata o Art. 3º.

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.445/13

Controles Internos

(29)

AICPA

“CONTROLE INTERNO é um processo – efetuado

pela diretoria, gerência e outras pessoas da

entidade – projetado para proporcionar uma

razoável garantia de alcançar os objetivos nas

seguintes categorias:

a) CONFIABILIDADE dos relatórios financeiros;

b) CONFORMIDADE com as leis e regulamentos

aplicáveis e;

c) EFICÁCIA e EFICIÊNCIA nas operações.”

Controles Internos

Definição

É um sistema da empresa, constituído de

seu plano de organização, atribuição de

deveres e responsabilidades, projeto de

contas e relatórios e todas as medidas e

métodos empregados.

Controles Internos

(30)

Objetivos

• Proteger os ativos

• Aumentar a exatidão e a fidedignidade dos

dados e relatórios contábeis e de outros

dados operacionais.

• Promover e avaliar a eficácia operacional de

todos os aspectos das atividades da

empresa

• Comunicar as diretrizes, estimular e avaliar a

observância das mesmas.

Controles Internos

Ambiente de Controle

• Enfoque dado pela alta e média

administração

• A organização administrativa

• Estrutura para o controle administrativo

Controles Internos

(31)

Enfoque dado pela alta administração

• Se o estilo da administração

caracteriza-se por ter um planejamento ou só reagir

em situações de crise

• A importância dada pela administração

aos controles

– Tipo de abordagem às recomendações dos

auditores internos e externos

– Rapidez e eficácia das reações da

administração a situações de crise.

Controles Internos

A organização administrativa

• Se as responsabilidade das pessoas

envolvidas nos diversos processos foram

adequadamente delegadas

• Se essas posições dentro da organização

são definidas e compreendidas

Controles Internos

(32)

A organização administrativa

• Se as responsabilidade das pessoas

envolvidas nos diversos processos foram

adequadamente delegadas

• Se essas posições dentro da organização

são definidas e compreendidas

• Se o nível de rotatividade dos funcionários é

aceitável

• Se os processos são analisados por um

grupo de auditoria interna independente

Controles Internos

Estrutura para o controle administrativo

• Se os planejamentos e orçamentos

financeiros são usados para controlar os

custos de todos os processos

• Se existem métodos de supervisão e

execução para a segregação de funções

incompatíveis

• Mecanismos pelos quais a administração

identifica e reage a situações não usuais

Controles Internos

(33)

Responsabilidade pelo sistema de controle interno

• Embora o auditor independente possa

assessorar a administração no projeto de

seu sistema inicial e fazer sugestões para

o seu aprimoramento, evidentemente a

responsabilidade por esse sistema cabe à

ADMINISTRAÇÃO.

Controles Internos

Princípios de Controle Interno

• Autorizações pela administração

– No exercício de suas funções, a

administração tem de estar segura de que as

transações se realizem de acordo com a sua

vontade.

Controles Internos

(34)

Princípios de Controle Interno

• Autorizações geral e específica

– A autorização máxima numa organização pertence

aos acionistas e é delegada à diretoria

– A autorização específica estabelece condições nas

quais devem ser aprovadas as transações

• Ex: limite de crédito

Controles Internos

Princípios de Controle Interno

• Realização de transações

– O sistema de controle interno contábil deve

ser projetado de modo a que cada transação

seja devidamente autorizada.

Controles Internos

(35)

Princípios de Controle Interno

• Registro de transações

– O sistema de controle interno contábil prevê o

registro de transações pelos valores certos,

na conta certa e no período certo em que

ocorreu a transação

Controles Internos

Princípios de Controle Interno

• Acesso ao ativo

– A empresa possui bens para usar em suas

atividades de negócios, e o êxito destas está

intimamente ligado à utilização eficaz destes

bens

Controles Internos

(36)

Princípios de Controle Interno

• Plano da organização

– Deve existir um plano de organização

estabelecido, a responsabilidade pelo

desempenho de todas as funções

Controles Internos

Princípios de Controle Interno

• Qualidade e treinamento de pessoal

– O êxito de qualquer sistema de controle

interno contábil está na dependência de

pessoal capacitado, para ser bem projetado e

implantado.

Controles Internos

(37)

Princípios de Controle Interno

• Férias e rodízio no trabalho

– Quando há vários empregados, em condições

de executar determinado trabalho, o rodízio

desestimula os empregados a tentar qualquer

esquema fraudulento.

Controles Internos

Princípios de Controle Interno

• Documentação nos sistema

– Organograma

– Descrição de cargo

– Manual de políticas e procedimentos

– Fluxograma do sistema

Controles Internos

(38)

Controles Chaves

• São controles mais importantes relacionados a

uma atividade

• Devem possuir baixíssimo grau de risco

• A fonte de suas informações não podem ser

vulneráveis a erros

Controles Internos

Controles Diretos

• São aquelas destinadas a evitar ou detectar

erros

Controles Internos

(39)

Controles Gerenciais e Independentes

• São aplicados aos resultados

• Aplicados por pessoas não envolvidas no

processo

Controles Internos

Das Comunicações ao COAF

Art. 9º As operações e propostas de operações nas situações listadas a seguir podem configurar sérios indícios da ocorrência dos crimes previstos na Lei n.º 9.613/1998 ou com eles relacionar-se, devendo ser analisadas com especial atenção e, se consideradas suspeitas, comunicadas ao Coaf:

I – operação que aparente não ser resultante das atividades usuais do cliente ou do seu ramo de negócio;

II – operação cuja origem ou fundamentação econômica ou legal não sejam claramente aferíveis;

III – operação incompatível com o patrimônio e com a capacidade econômica financeira do cliente;

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.445/13

(40)

Das Comunicações ao COAF

IV – operação com cliente cujo beneficiário final não é possível identificar;

V – operação ou proposta envolvendo pessoa jurídica domiciliada em jurisdições consideradas pelo Grupo de Ação contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (GAFI) de alto risco ou com deficiências de prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo ou países ou dependências

consideradas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) de tributação favorecida e/ou regime fiscal privilegiado;

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.445/13

Das Comunicações ao COAF

VI – operação ou proposta envolvendo pessoa jurídica cujos beneficiários finais, sócios, acionistas, procuradores ou representantes legais mantenham domicílio em jurisdições consideradas pelo GAFI de alto risco ou com deficiências

estratégicas de prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo ou países ou dependências

consideradas pela RFB de tributação favorecida e/ou regime fiscal privilegiado;

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.445/13

(41)

Das Comunicações ao COAF

VII – resistência, por parte do cliente ou demais

envolvidos, ao fornecimento de informações ou

prestação de informação falsa ou de difícil ou

onerosa verificação, para a formalização do

cadastro ou o registro da operação;

VIII – operação injustificadamente complexa ou com

custos mais elevados que visem dificultar o

rastreamento dos recursos ou a identificação do

real objetivo da operação;

IX – operação aparentemente fictícia ou com indícios

de superfaturamento ou subfaturamento;

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.445/13

Das Comunicações ao COAF

X – operação com cláusulas que estabeleçam condições incompatíveis com as praticadas no mercado; e

XI – operação envolvendo Declaração de Comprovação de Rendimentos (Decore), incompatível com a capacidade financeira do cliente, conforme disposto em Resolução específica do CFC.

XII – qualquer tentativa de burlar os controles e registros exigidos pela legislação de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo; e

XIII – Quaisquer outras operações que, considerando as partes e demais envolvidos, os valores, modo de realização e meio de pagamento, ou a falta de fundamento econômico ou legal, possam configurar sérios indícios da ocorrência dos crimes

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.445/13

(42)

Art.10. As operações e propostas de operações nas situações listadas a seguir devem ser comunicadas ao Coaf independentemente de análise ou de qualquer outra consideração:

I – prestação de serviço realizada pelo profissional ou Organização Contábil, envolvendo o recebimento, em espécie, de valor igual ou superior a R$30.000,00 (trinta mil reais) ou equivalente em outra moeda;

II – prestação de serviço realizada pelo profissional ou Organização Contábil, envolvendo o recebimento, de valor igual ou superior a R$ 30.000,00 (trinta mil reais), por meio de cheque emitido ao portador, inclusive a compra ou venda de bens móveis ou imóveis que integrem o ativo das pessoas jurídicas de que trata o Art.1°;

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.445/13

III – constituição de empresa e/ou aumento de

capital social com integralização em moeda

corrente, em espécie, acima de R$ 100.000,00

(cem mil reais); e

IV – aquisição de ativos e pagamentos a terceiros,

em espécie, acima de R$ 100.000,00 (cem mil

reais);

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.445/13

(43)

Art.11. No caso dos serviços de auditoria das

demonstrações contábeis, as operações e transações

passíveis de informação de acordo com os critérios

estabelecidos nos Art. 9º e 10º são aquelas

detectadas no curso normal de uma auditoria que leva

em consideração a utilização de amostragem para

seleção de operações ou transações a serem

testadas, cuja determinação da extensão dos testes

depende da avaliação dos riscos e do controle interno

da entidade para responder a esses riscos, assim

como do valor da materialidade para execução da

auditoria, estabelecido para as demonstrações

contábeis que estão sendo auditadas de acordo com

as normas técnicas (NBCs TA) aprovadas por este

Conselho.

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.445/13

Art.13. As comunicações de que tratam os arts. 9º e 10,

devem ser efetuadas no sítio eletrônico do COAF, de

acordo com as instruções ali definidas, no prazo de 24

(vinte e quatro) horas a contar do momento em que o

responsável pelas comunicações ao Coaf concluir que

a operação ou a proposta de operação deva ser

comunicada, abstendo-se de dar ciência aos clientes

de tal ato.

Art. 14. Não havendo a ocorrência, durante o ano civil,

de operações ou propostas a que se referem os Arts.

9º e 10, considerando o Art. 11, as pessoas de que

trata o Art. 1º devem apresentar declaração nesses

termos ao CFC por meio do sítio do Coaf até o dia 31

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.445/13

(44)

Da Guarda e Conservação de Registros e

Documentos

Art. 15. Os profissionais e Organizações

Contábeis devem conservar os cadastros

e registros de que tratam os Arts. 4º e 8º,

bem como as correspondências de que

trata o Art. 4º por, no mínimo, 5 (cinco)

anos, contados da data de entrega do

serviço contratado.

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.445/13

Das Disposições Finais

Art. 16. A utilização de informações existentes em bancos

de dados de entidades públicas ou privadas não

substitui nem supre as exigências previstas nos Arts. 4º,

5º, 6º, e 7º, admitido seu uso para, em caráter

complementar, confirmar dados e informações

previamente coletados.

Art. 17. Os profissionais e Organizações Contábeis devem

manter seu registro cadastral atualizado no Conselho

Regional de Contabilidade de seu Estado.

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.445/13

(45)

Das Disposições Finais

Art. 18. As comunicações de boa-fé, feitas na forma

prevista no Art. 11 da Lei n.º 9.613/1998, não

acarretarão responsabilidade civil ou administrativa.

Art. 19. Os profissionais e Organizações Contábeis, bem

com os seus administradores que deixarem de cumprir

as obrigações desta Resolução, sujeitar-se-ão às

sanções previstas no Art. 27 do Decreto-Lei n.º

9295/1946 e no Art. 12 da Lei n.º 9.613/1998.

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.445/13

Das Disposições Finais

Art. 20. De modo a aprimorar os controles de que trata

esta Resolução, em especial o estabelecimento da

política a que se refere o Art. 2º, e para os fins referidos

nos Arts. 3º e 9º, os profissionais e Organizações

Contábeis devem acompanhar no sítio do Coaf e do

CFC, a divulgação de informações adicionais, bem

como aquelas relativas às localidades de que tratam os

incisos V e VI do Art. 9º.

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.445/13

(46)

Das Disposições Finais

Art. 21. Os profissionais e Organizações Contábeis deverão atender às requisições formuladas pelo Coaf na periodicidade, forma e

condições por ele estabelecidas, cabendo-lhe preservar, nos termos da lei, o sigilo das informações prestadas.

Parágrafo único. As comunicações previstas nesta Resolução serão protegidas por sigilo.

Art. 22. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 2014.

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.445/13 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 NORTE 4.491 7.627 10.653 15.235 21.533 32.349 43.010 53.976 69.713 72.499 NORDESTE 9.752 18.165 21.499 30.262 53.281 82.104 113.107 145.182 202.425 199.726 Minas Gerais 7.194 10.412 10.897 21.809 41.579 51.698 73.872 94.371 127.228 105.170 Espírito Santo 897 1.586 1.960 3.957 6.602 26.165 13.551 16.374 24.004 19.156 Rio de Janeiro 13.913 19.312 22.617 39.801 76.036 227.997 116.794 144.733 157.497 116.369 São Paulo 23.753 61.574 85.382 149.894 298.796 1.095.417 446.931 548.094 571.944 459.656 SUDESTE 45.757 92.884 120.856 215.461 423.013 1.401.277 651.148 803.572 880.673 700.351 . SUL 7.603 18.671 20.015 50.144 107.089 186.620 153.690 192.522 298.450 227.471 CENTRO-OESTE 10.013 19.514 20.324 23.018 40.449 99.978 77.391 93.420 135.467 86.160 COAF: Comunicações recebidas

(47)

COAF: Comunicações recebidas pro segmento

Setores Regulados pelo COAF 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Bingos 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Bolsas de Mercadorias 0 0 0 0 2 0 0 1 0 0

Cartões de Crédito 4 3 0 70 96 452 443 558 14.167 26.368 Factoring e securitização de

ativos, títulos ou recebíveis

mobiliários 27 12.892 7.610 8.828 12.452 15.849 12.628 15.026 17.114 32.376 Joías, Pedras e Metais

Preciosos 1 0 0 4 23 23 14 28 176 321

Objetos de Arte e

Antigüidades 2 0 0 2 0 2 5 3 19 9

Remessas Alternativas de

Recursos 0 1 0 1.033 992 1.279 2.283 1.069 24.170 61 Bens de Luxo ou de Alto Valor 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3.589 Serviços de assessoria,

consultoria, auditoria, aconselhamento ou

assistência 0 0 0 0 0 0 0 0 1 8

Outros setores previstos na

Lei nº 9.613/1998 0 0 0 0 0 0 0 0 23 86

Total 125 12.997 7.711 10.134 13.836 18.486 163.548 178.813 251.169 62.818

COAF: Comunicações recebidas pro segmento

Setores com Órgão Regulador Próprio

Promoção imobiliária compra/venda

imóveis(COFECI) 630 750 747 1.736 2.766 3.142 3.112 3.768 5.473 4.446

Transporte e Guarda de Valores (DPF) 0 0 0 0 0 0 5 17 1.014 723

Mercado Segurador (SUSEP) 1.169 2.505 3.100 112.856 305.498 1.392.597 256.820 332.606 467.512 125.451

Mercado de Valores Mobiliários (CVM) 12 178 192 287 821 1.264 1.475 1.175 1.139 1.616

Previdência Complementar (PREVIC) 28 105 201 721 20.989 6.106 5.242 6.076 7.433 7.152

Loterias e Sorteios 84 101 101 197 261 881 148.175 162.128 195.499 170.789

Total 1.839 3.538 4.240 115.600 330.074 1.403.109 266.654 343.642 482.571 310.177 Sistema Financeiro

Operações Atípicas (Bacen) 7.086 12.593 10.942 15.842 17.389 22.042 31.283 37.237 38.417 53.244

(48)

CASE: CORRUPÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA ESTADUAL

DESCRIÇÃO DO CASO:

Este caso envolve quadrilha, composta por fiscais de renda estaduais, contadores e empresários de diversos ramos de atividade, a qual há anos fraudava o Fisco de um Estado da região Sudeste do Brasil. A quadrilha atuava por intermédio de um articulado esquema de corrupção que controlava uma rede de captação, com a utilização de empresas de fachada e pagamento de propinas por empresários em troca da obtenção de privilégios indevidos em fiscalizações tributárias e em outros serviços prestados por alguns segmentos do Fisco estadual.

CASE: CORRUPÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA ESTADUAL

DESCRIÇÃO DO CASO:

Mediante o pagamento de quantias mensais ou anuais, as empresas recebiam um tipo de “blindagem”, o que lhes proporcionava a garantia de terem suas fiscalizações tributárias conduzidas por integrantes da quadrilha. Tais empresas, apesar de fiscalizadas várias vezes ao longo dos anos, na maioria dos casos nem sequer foram autuadas pelo Estado. Quando autuadas, as infrações restringiam-se, via de regra, à aplicação de multas meramente formais e de pequeno valor monetário. Os recursos financeiros obtidos ilicitamente pela quadrilha eram dissimulados e ocultados por meio de complexo esquema de

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.445/13

(49)

CASE: CORRUPÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA ESTADUAL

SETORES ECONÔMICOS UTILIZADOS: - Administração tributária estadual; - Escritórios de contabilidade;

- Empresas de diversos ramos de atividade: importação e revenda de embarcações, medicamentos, fornecedoras de materiais

hospitalares, distribuidoras de peças automotivas por meio de complexo esquema de empresas de fachada.

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.445/13

CASE: CORRUPÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA ESTADUAL

RESULTADOS DAS INVESTIGAÇÕES:

-

Crime antecedente: crime contra a Administração Pública;

- Apreensão de armas, relógios de luxo, veículos importados, lanchas náuticas e aproximadamente R$ 1 milhão em espécie com os fiscais de renda pertencentes à quadrilha;

- Bloqueio de R$ 1,7 milhão em contas correntes pertencentes a apenas um dos fiscais de renda preso;

- Oferecimento de denúncia à Justiça Estadual contra 46 acusados – dentre fiscais de renda, empresários, contadores e colaboradores – pela prática de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, crimes contra a Administração Pública e formação de quadrilha;

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.445/13

(50)

CASE: CORRUPÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA ESTADUAL

RESULTADOS DAS INVESTIGAÇÕES:

--Dentre os denunciados, 26 cumpriram prisão preventiva; - 11 fiscais de renda envolvidos com a quadrilha foram afastados

judicialmente de seus cargos;

- Diversos bens móveis e imóveis sofreram ordens de seqüestro e arresto determinados pela autoridade judiciária competente; - Instauração de 48 inquéritos policiais como desdobramento da

investigação inicial

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.445/13

CASE: CORRUPÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA ESTADUAL

SINAIS DE ALERTA DE INTELIGÊNCIA FINANCEIRA:

- Incompatibilidade da renda declarada com o patrimônio e os gastos de fiscais de renda envolvidos;

- Utilização de empresas de fachada com a finalidade de efetuar a circulação e a ocultação de recursos ilícitos;

- Empresas cujas movimentações financeiras não demonstram ser resultado de negócios relacionados às suas atividades comerciais regulares;

- Empresas alvo de diversas fiscalizações ao longo de vários anos, sem que tenham sido autuadas pelo Estado ou cujas autuações

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.445/13

(51)

Bibliografia

https://www.coaf.fazenda.gov.br/

http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L9613.htm http://www.cfc.org.br

CT 01_2014 coaf (ibracon)

Prestação de Contas Ordinárias Anual Relatório de Gestão do exercício de 2013 - COAF Casos & Casos: II Coletânea de Casos Brasileiros de Lavagem de Dinheiro / Ministério da Fazenda, Conselho de Controle de Atividades Financeiras – Brasília: COAF, 2014 Casos & Casos: I Coletânea de Casos Brasileiros de Lavagem de Dinheiro / Ministério da Fazenda, Conselho de Controle de Atividades Financeiras – Brasília: COAF, 2011

Referências

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