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RESUMOS DA CONFERÊNCIA de ABERTURA, MESAS REDONDAS e OFICINA

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Academic year: 2021

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RESUMOS DA CONFERÊNCIA de ABERTURA,

MESAS REDONDAS e OFICINA

CONFERÊNCIA DE ABERTURA – 05/05/2015

BIOÉTICA E CIDADANIA

Prof. Dr. José Eduardo de Siqueira (PUC-PR e UEL)

Colocar-se, atualmente, a serviço de um projeto de reconstrução da cidadania civil, supõe que pensadores de todas as áreas do conhecimento revejam suas avaliações pessoais sobre o significado de sociedade justa, desapegando-se de visões reducionistas dos fenômenos sociais e se envolvam na busca de soluções que reconheçam o universo de iniquidades imperantes na contemporaneidade.

Para tanto, devem abdicar do papel de árbitros da verdade, criem condições para a eficiente construção do saber interdisciplinar, derrubem os muros dos particularismos acadêmicos, aprendam a conviver com as incertezas do conhecimento.

Embora não se disponha de modelo ideal de universidade, faz-se necessário, pelo menos, substituir a pedagogia da educação passiva do discente, reconhecendo no aluno capacidade crítica para compreender que as verdades científicas serão sempre transitórias e somente contarão com amparo moral se atendidos os reclamos da sociedade. Por certo, assim ela ganhará condições de formar cidadãos aptos a participar da construção de sociedade harmônica e justa. Nesse aspecto, a bioética, nova área do conhecimento filosófico, desempenha papel de destaque. A filósofa espanhola Adela Cortina, que pede por cidadania para todos no século XXI, apresenta a bioética como instrumento imprescindível para cumprir essa tarefa de transformação social.

MESA REDONDA

– Novos saberes da Nanotecnologia

06/05/2015

NANOTECNOLOGIAS: DESENVOLVIMENTO, OPORTUNIDADES E DESAFIOS

Prof. Dr. Oswaldo Luiz Alves (IQ-UNICAMP)

As Nanotecnologias têm sido consideradas um dos principais elementos da nova revolução industrial. Tal situação vem do fato delas serem, ao mesmo tempo, impulsionadas pelo conhecimento novo, às vezes disruptivo, e pelo mercado. Em nossa intervenção, procuraremos levantar alguns aspectos relacionados ao desenvolvimento, oportunidades e desafios desta nova plataforma de conhecimento, sem deixar de lado as questões afeitas aos seus eventuais benefícios e riscos e sua regulação. Acreditamos que a discussão de alguns destes pontos terão papel importante no aumento da percepção pública da importância estratégica das Nanotecnologias e, sobretudo, seu caráter inter, multi, transdisciplinar.

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NANOMATERIAIS E A NANOTECNOLOGIA: OS IMPACTOS NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

Prof. Dr. Jairo J. Pedrotti (EE-UPM)

Nanomateriais têm dimensões que usualmente se estende entre 1 nanômetro (1 nm = corresponde a um milionésimo de milímetro) e 100 nm. Estes materiais apresentam uma área superficial muito elevada que conferem propriedades mecânicas, elétricas e óticas específicas. A nanotecnologia usa os nanomateriais de modo controlado para gerar produtos que apresentam propriedades relevantes em relação aos materiais de tamanho convencional. Neste seminário pretende-se dar uma visão geral dos nanomateriais, de suas propriedades e algumas estratégias de manipulação. Dependendo da composição química, dimensão e morfologia, os nanomateriais encontram aplicações atrativas em diversas áreas, como eletrônica, biomédica, farmacêutica, cosmética e ambiental. Também será discutido o impacto destas aplicações no hábito e costumes da sociedade.

MESA REDONDA

– Fundamentação Teórico-Filosófica da Bioética

06/05/2015

HERMENÊUTICA CONTEMPORÂNEA COMO MÉTODO PARA A BIOÉTICA

Prof. Dr. Cláudio Fortes G. Lorenzo (UnB)

Pretende-se apresentar a hermenêutica enquanto método fundamental para a Bioética, tanto no sentido de interpretação de textos filosóficos necessários à fundamentação de uma reflexão ética, quanto em sua forma aplicada a instrumentos de análise de discurso nos procedimentos de pesquisa em campo. Será feito uma discussão inicial sobre os desafios que o pluralismo trouxe para a filosofia moral e de como a virada linguística da filosofia influenciou as concepções de ética moderna. A partir daí apresentaremos as características gerais das principais correntes da hermenêutica contemporânea e os contributos delas para uma ciência compreensivista. Tentaremos de forma sucinta apresentar as diferenças entre autores como Sheleimecher, Dilthey, Gadamer e Ricouer e suas implicações nas práticas interpretativas. Em seguida tomaremos a Bioética, enquanto ética aplicada, considerando-a como epistemologicamente constituída por um componente analítico, através do qual um determinado conflito ético envolvendo as ciências é compreendido, e um componente prescritivo, a partir do qual uma forma de ação ou uma norma é proposta. Tentaremos demonstrar como a hermenêutica pode contribuir em ambos e precisa ser melhor estudada nos programas de Bioética. O objetivo de apresentar um panorama da hermenêutica enquanto método filosófico por natureza e de sua aplicação à Bioética, buscando estimular a curiosidade pelo tema daqueles que se iniciam no campo pode, sem dúvida, sacrificar a profundidade com a qual cada aspecto será discutido.

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DA ÉTICA FILOSÓFICA AOS LIMITES DA BIOÉTICA Prof. Dr. Marcelo Martins Bueno (CEFT/UPM)

O propósito deste trabalho é analisar a questão da vida como um dos temas centrais da História da Filosofia que ganhará do filósofo inglês contratualista Thomas Hobbes (1588 – 1679), o estatuto de primeira lei de natureza e só será garantida pela instituição de um poder artificial (Estado) que será o responsável pela sua preservação e, para tanto, além das leis naturais e civis, deverá fornecer a base para uma vida em sociedade, sem guerras e conflitos, onde as verdades a priori da Filosofia Natural possam servir de paradigma para a Filosofia Moral.

Neste trabalho centralizarei as reflexões especificamente no pensamento hobbesiano, que entende que a preservação da vida foi a principal causa da instituição do poder governamental. Partindo da análise do homem no estado natural, o autor deixa claro que neste estado todos os homens estavam sujeitos a qualquer lei e ao brutal interesse próprio. Longe de ser um paraíso de inocência e de tranquilidade, o estado natural era uma condição de universal sofrimento. Todos faziam guerra a todos indiscriminadamente.

Neste sentido, a instituição do Estado, visando à preservação da vida, será o objeto de reflexão do autor que entende que é possível ensinar aos homens regras éticas e morais, nos moldes das ciências exatas, para tornar a vida em sociedade mais harmoniosa, uma vez que sendo artificial seria também conflituosa.

Por fim, entender que a sociedade contemporânea, apesar de todos os progressos técnico-científicos, continua carente da compreensão do que são valores éticos e morais e, portanto, continuamos a agir da mesma forma apontada por Hobbes. Assim, poder refletir a partir da bioética, como uma ciência da vida, que procura compreender moralmente a conduta humana, os principais temas que afligem o homem atual.

OFICINA

– Educação, Formação em Bioética e Direitos

Humanos

06/05/2015

EDUCAÇÃO E BIOÉTICA: DISCUSSÃO DE DILEMAS MORAIS

Prof. Dr. Aluísio M. B. Seródio (UNIFESP)

Um dos principais objetivos da educação pela e para a Bioética é a promoção da competência moral, isto é, a capacidade de empregar princípios internos para tomar decisões e agir moralmente. Entre as estratégias para a promoção da competência moral, destaca-se a discussão de casos. Esta oficina tem como objetivo apresentar um método de discussão de dilemas, o “Konstanz Method of Dilemma Discussion”, e refletir sobre as possibilidades e limitações da educação em Bioética no desenvolvimento de competências ligadas a problemas práticos de natureza moral, ética e política.

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MESA REDONDA

– Educação e Formação em Bioética

07/05/2015

A ADESÃO AOS VALORES DE JUSTIÇA, RESPEITO, SOLIDARIEDADE E CONVIVÊNCIA DEMOCRÁTICA EM ESCOLARES E SEUS PROFESSORES1.

Prof. Drª. Maria Suzana De Stefano Menin (UNESP) Prof. Drª. Marialva Rossi Tavares (Fundação Carlos Chagas)

Apresentamos nesta Mesa Redonda uma pesquisa desenvolvida na Fundação Carlos Chagas por equipe de pesquisadores e que teve como objetivo construir, aplicar e validar uma escala para mensurar a presença e o modo de adesão aos valores de justiça, respeito, solidariedade e convivência democrática em escolares do ensino Fundamental e Médio (4503 crianças e 4193 jovens) e professores de Educação Básica (1310) em escolas públicas e privadas do estado de São Paulo. O estudo inspirou-se em autores da Psicologia do Desenvolvimento Moral como Piaget, Kohlberg e Selman. A metodologia envolveu a construção de uma matriz dos valores com seus descritores, a elaboração de itens sobre cada valor e o uso de questionário com histórias em situações-problema e alternativas pró e contra valor em três níveis de perspectiva social: egocêntrica, sociocêntrica e moral. A escala foi construída seguindo-se parâmetros da Teoria de Resposta ao Item (TRI) que permitiu, na análise dos resultados, uma classificação dos participantes em níveis estabelecidos para cada valor. Foram investigadas relações entre as médias de valor e características de perfil e de contexto escolar e familiar dos participantes. Os resultados mostraram que os valores de justiça e convivência democrática foram os mais difíceis de serem desenvolvidos pelos participantes e que gênero e variáveis ligadas a relacionamentos na escola entre alunos e destes com seus professores foram as mais influentes na forma de adesão a todos os valores mensurados.

A EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS DOS PACIENTES PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE

Prof. Drª. Aline Albuquerque S. de Oliveira (UnB)

Esta apresentação tem como escopo central expor o referencial teórico-normativo dos Direitos Humanos dos Pacientes, abarcando seus princípios e direitos. Ainda, se objetiva abordar a diferenciação entre os Direitos Humanos dos Pacientes e outros referenciais que tratam da temática dos cuidados em saúde dos pacientes sob a perspectiva ética, tais como a Bioética e a Humanização da Atenção à Saúde; e, por fim, tem-se como foco a proposta de introdução da Educação em Direitos Humanos dos Pacientes nos Cursos de Graduação na Área da Saúde, enquanto referencial teórico-normativo a ser integrado às disciplinas que envolvam saber ético e humanista.

                                                                                                                         

1Pesquisa realizada no Departamento de Pesquisas Educacionais da Fundação Carlos Chagas

(São Paulo) pela equipe: Marialva R. Tavares (FCC) e Maria Suzana S. Menin (UNESP) coordenadoras; Luciene R. P. Tognetta (UNESP); Patrícia U. R. Bataglia (UNESP); Raul A. Martins (UNESP); Telma P. Vinha (UNICAMP); Adriano Moro (assistente técnico de pesquisa - FCC); e os estatísticos: Dalton F. Andrade (UFSC); Miriam Bizzocchi (FCC); Raquel C. Valle (FCC).

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BIOÉTICA, EDUCAÇÃO E CIDADANIA Prof. Dr. Josimário João da Silva (UFPE)

Um dos grandes desafios da sociedade atual é promover uma cidadania responsável para a construção de um mundo menos desigual e nesse sentido promover um movimento de resgate aos direitos humanos que se fortalece em uma perspectiva ética. Outro grande desafio é exercitar a ética no cotidiano diante de tantas injustiças. Talvez o primeiro passo seja a partir da individualidade para a promoção de relações pessoais se harmônicas que acarretem na necessidade de admitir o outro como um sujeito singular, respeitar sua autonomia e aceitar a diversidade, sem discriminação.

Conviver na diversidade consiste em reconhecer que o contrário de igualdade é a desigualdade, e não a diferença e em uma sociedade que evolui, há o reconhecimento e o respeito às diferenças, a final todos somos diferentes morais, mas indivíduos da mesma espécie.

O ensino da Bioética é um valioso instrumento de cidadania, pois fornece parâmetros de reflexões para que possamos de forma consciente estabelecer nossas escolhas. A função do educador no processo ensino/aprendizado passa por uma postura libertadora onde educar significa estimular e ajudar a desenvolver competências e habilidades para as convivências humanas. A pluralidade social nos convoca a pensar as diferenças e saber respeitá-las em uma grande malha social com atores definidos.

Portanto, bioética, educação e cidadania são pilares do desenvolvimento humano em uma sociedade cheia de conflitos e dilemas morais.

MESA REDONDA

– Bioética e Reflexões Teológicas

08/05/2015

BIOÉTICA GLOBAL E DIREITOS HUMANOS – A DECLARAÇÃO UNIVERSAL SOBRE BIOÉTICA E DIREITOS HUMANOS DA UNESCO, SOB

A PERSPECTIVA DA LEI NATURAL

Prof. Dr. Riaan Rheeder (North West University – África do Sul)

A Bioética hoje é caracterizada por dois aspectos: um discurso global e uma conexão com a questão dos direitos humanos. A recente adoção da Declaração Universal sobre a Bioética e os Direitos Humanos da UNESCO (2005) é o melhor exemplo do fenômeno. O primeiro problema discutido é o debate sobre a relação entre bioética e direitos humanos. O segundo é determinar se existe uma justificação para esta relação. Existem diversas críticas ao conceito de direitos humanos e da proposta de uma bioética

universal, não havendo um conceito sobree as fundamentações teóricas de ambos os conceitos. No passado, concepções universais de Deus ou da religião formavam a base para a existência dos direitos humanos, mas esse argumento não é mais convincente em um mundo cada vez mais secularizado. Assim, duvida-se de conceitos universais de ética, moralidade, direitos humanos e do bem comum. O argumento teórico central que será defendido é o de que é possível, a partir de uma leitura do conceito de Lei Natural, defender tanto a noção de direitos humanos quanto uma bioética universal, e que é possível desenvolver um sistema ético em torno desses conceitos, que seja comum para um contexto religioso ou secular.

Referências

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