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SequÊncia Pedagógica. Uma sugestão da Editora Adonis para a construção interdisciplinar da aprendizagem. Projeto Pedagógico

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Academic year: 2021

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a aprendizagem.

Coleção: Os mais belos mitos afro-brasileiros

Marco Catalão, ilustrações de Paulo R. Masserani

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Sequência Pedagógica

Uma sugestão da Editora Adonis para a

construção interdisciplinar da aprendizagem.

Os mais belos mitos afro-brasileiros

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Copyright © 2017

Gráfica e Editora Adonis

Projeto Editorial

Magali Berggren Comelato

Projeto Pedagógico

FAM – FACULDADE DE AMERICANA PEDAGOGIA 2º e 3º PERÍODOS:

Larissa Helena Araújo de Sousa RA: 20161295 Isac Shavaniere Guion RA: 20160517 Thalita Gronsoti dos Santos RA: 20160679

Assessoria Pedagógica

Maria Amélia Moscom

Projeto Gráfico

Paula Leite

Orientação e Revisão

Professora. Dra. Natália Kneipp Ribeiro Gonçalves

Coordenadora dos Cursos de Letras e Pedagogia da FAM (Faculdade de Americana)

Todos os direitos reservados à Editora Adonis. Rua do Acetato, 189 - Distrito Industrial Abdo Najar CEP: 13474-763 - Americana/SP - Fone: (19) 3471.5608

www.editoraadonis.com.br

Trabalho apresentado a Faculdade de Americana – FAM (Americana/SP) no curso de pedagogia como requisito para avaliação de Literatura Infantil pela Professora. Dra. Natália Kneipp Ribeiro Gonçalves.

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Caros educadores,

A proposta que apresento é fruto de um trabalho desenvolvido por mim no segundo semestre de 2017 com os alunos do curso de Pedago-gia da Faculdade de Americana (FAM), no âmbito da disciplina Literatu-ra Infantil. As sequências didáticas que vocês conhecerão neste material foram o resultado da parceria realizada entre a Editora Adonis e a FAM. Assim, os objetivos da disciplina Literatura Infantil da FAM se integraram à elaboração das sequências didáticas dos livros publicados pela Editora Adonis.

Discutiram-se com os alunos de Pedagogia da FAM as relações entre os textos literários e a formação integral do ser humano, a conceituação do termo “literatura infantil”, o desenvolvimento da literatura infantil no Brasil e o trabalho com a literatura na Educação Infantil e nos anos ini-ciais do Ensino Fundamental. Os objetivos que permearam essas discus-sões foram os seguintes:

• Valorizar as práticas de leitura e escrita por fruição, destacando as-pectos que extrapolam os tradicionalmente desenvolvidos na escola. • Conhecer e apreciar autores e obras literárias.

• Sistematizar e socializar reflexões sobre a arte e a educação, anali-sando práticas pedagógicas pautadas no trabalho com a literatura. • Compreender e aplicar os conceitos relacionados à literatura infantil

em situações práticas de sala de aula, seja em estágios supervisio-nados, na disciplina de práticas pedagógicas ou no exercício docen-te daqueles que já atuam em escolas, englobando ainda simulações ou casos construídos com base em situações educativas reais. • Problematizar o conceito de literatura infantil e sistematizar

refle-xões ao redor de obras literárias voltadas às crianças e publicadas no Brasil, com destaque para os livros da Editora Adonis.

• Refletir sobre as possibilidades de trabalho com a lite-ratura na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, analisando

criticamente o uso dos textos literários em livros didáticos.

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A partir disso, os alunos tiveram a tarefa de construir sequências di-dáticas voltadas à Educação Infantil e ao Ensino Fundamental inicial, to-mando como base os seguintes livros publicados pela Editora Adonis:

• A menina e o pássaro encantado, de Rubem Alves. Ilustrações de

Bruna Pellegrina.

• Catarina em prosa e verso, de Sílvia Delázari. Ilustrações de Carol

Juste.

• De quem é a primeira acerola?, de Carolina de Aragão Escher

Mar-ques e Lívia Maria Ferreira da Silva. Ilustrações de Paulo R. Masse-rani.

• Menino urso, de Vanessa Aranha Morimoto. Ilustrações de Paulo R.

Masserani.

• O medo da Bia, de Luciene Regina Paulino Tognetta. Ilustrações de

Paulo R. Masserani.

• O sumiço dos pires, de Marina Tschernyschew. Ilustrações de Paulo

R. Masserani.

• Os mais belos mitos afro-brasileiros, de Marco Catalão. Ilustrações

de Paulo R. Masserani.

• Pata de elefante, de Luciene Regina Paulino Tognetta. Ilustrações de

Paulo R. Masserani.

• Tio Francisco, de Jacqueline Salgado. Ilustrações de Paulo R.

Mas-serani.

As sequências didáticas elaboradas pelos alunos de Pedagogia da FAM foram avaliadas e revisadas por mim, responsável pela disciplina de Lite-ratura Infantil, em parceria com os responsáveis pela Editora Adonis. E foi assim que estas sequências didáticas chegaram até você, prezado(a) professor(a). É importante reforçar que tanto o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI), como os Parâmetros Curricu-lares Nacionais (PCN), destinados ao Ensino Fundamental, definem o tra-balho com a literatura infantil como um fator primordial para a formação integral do ser humano.

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Dessa forma, os eixos da Educação Infantil (Movimento, Música, Artes Visuais, Linguagem Oral e Escrita, Natureza e Sociedade e Matemática) e os componentes curriculares do Ensino Fundamental (Língua Portuguesa, Matemática, Ciências Naturais, História, Geografia, Arte e Educação Fí-sica, além dos Temas Transversais) foram considerados de maneira inter--relacionada na elaboração das sequências didáticas. As atividades nelas propostas voltaram-se às práticas de oralidade, leitura, escrita e reflexão sobre a língua. Entretanto, deve-se considerar que, mesmo em articula-ção com outros conhecimentos, o texto literário tem suas especificida-des e precisa ser selecionado segundo critérios de qualidade e riqueza textuais. Esses aspectos encontram-se destacados, respectivamente, nos PCN (1997) e no RCNEI (1998):

A literatura não é cópia do real, nem puro exercício de lingua-gem, tampouco mera fantasia que se asilou dos sentidos do mundo e da história dos homens. Se tomada como uma manei-ra particular de compor o conhecimento, é necessário reco-nhecer que sua relação com o real é indireta. Ou seja, o plano da realidade pode ser apropriado e transgredido pelo plano do imaginário como uma instância concretamente formulada pela mediação dos signos verbais (ou mesmo não verbais conforme algumas manifestações da poesia contemporânea).

Pensar sobre a literatura a partir dessa autonomia relativa ante o real implica dizer que se está diante de um inusitado tipo de diálogo regido por jogos de aproximações e afastamentos, em que as invenções de linguagem, a expressão das subjetivida-des, o trânsito das sensações, os mecanismos ficcionais podem estar misturados a procedimentos racionalizantes, referências indiciais, citações do cotidiano do mundo dos homens.

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A questão do ensino da literatura ou da leitura literária envol-ve, portanto, esse exercício de reconhecimento das singulari-dades e das propriesingulari-dades compositivas que matizam um tipo particular de escrita. Com isso, é possível afastar uma série de equívocos que costumam estar presentes na escola em relação aos textos literários, ou seja, tratá-los como expedientes para servir ao ensino das boas maneiras, dos hábitos de higiene, dos deveres do cidadão, dos tópicos gramaticais, das receitas desgastadas do “prazer do texto”, etc. Postos de forma descon-textualizada, tais procedimentos pouco ou nada contribuem para a formação de leitores capazes de reconhecer as sutile-zas, as particularidades, os sentidos, a extensão e a profundi-dade das construções literárias. (PCN, 1997, p. 29-30)

Uma prática constante de leitura deve considerar a qualida-de literária dos textos. A oferta qualida-de textos supostamente mais fáceis e curtos, para crianças pequenas, pode resultar em um empobrecimento de possibilidades de acesso à boa literatura. Ler não é decifrar palavras. A leitura é um processo em que o leitor realiza um trabalho ativo de construção do significa-do significa-do texto, apoiansignifica-do-se em diferentes estratégias, como seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor e de tudo o que sabe sobre a linguagem escrita e o gênero em questão. O pro-fessor não precisa omitir, simplificar ou substituir por um si-nônimo familiar as palavras que considera difíceis, pois, se o fizer, correrá o risco de empobrecer o texto. A leitura de histó-rias é uma rica fonte de aprendizagem de novos vocabulários. Um bom texto deve admitir várias interpretações, superando--se, assim, o mito de que ler é somente extrair informação da escrita. (RCNEI, 1998, v. 3, p. 144-145)

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Nessa perspectiva apontada pelos documentos, esperamos que as se-quências didáticas apresentadas neste material possam integrar a práxis pedagógica dos professores da Educação Básica, contribuindo para uma visão não utilitária e interdisciplinar dos textos literários na escola.

Lembre-se de que as sequências didáticas têm o objetivo de orientar seu caminho pedagógico, mas você não precisará considerá-las uma “ca-misa de força”. Tenha total liberdade de modificar alguns de seus aspec-tos, adequando-as à sua realidade e fins.

Dra. Natália Kneipp Ribeiro Gonçalves

Coordenadora e professora dos cursos de Letras e Pedagogia da Faculdade de Americana (FAM). Pedagoga e mestre pela Unesp – Rio Claro. Doutora em Educação pela Unesp – Araraquara.

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Indicado para

ENSINO FUNDAMENTAL II (5º ANO)

APRESENTAÇÃO

Os livros da coleção Os mais belos mitos afro-brasileiros apresentam como temas a honestidade, a promessa e outros valores. Estes são abor-dados por meio de pequenos contos folclóricos da cultura afro-brasileira, tendo como personagens fundamentais os orixás (entidades do candomblé).

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OBJETIVOS:

• Conhecer a cultura afro-brasileira, valorizando-a;

• Reconhecer o valor de uma promessa e o empenho em se lutar por um objetivo;

• Refletir sobre a importância da amizade, honestidade e felicidade; • Perceber a necessidade do comprometimento pessoal frente às

responsabilidades sociais;

• Valorizar a prática da leitura por prazer e conhecimento;

• Estimular atitudes de repúdio ao preconceito, especificamente em relação à cultura afro-brasileira;

• Participar de debates suscitados a partir das temáticas dos contos afro-brasileiros;

• Desenvolver a criticidade por meio de reflexões propiciadas pela leitura dos contos afro-brasileiros.

AVALIAÇÃO:

A avaliação será feita por meio da correção dos textos dos alunos, com apontamentos ortográficos e gramaticais, pelo desenvolvimento tanto do entendimento dos alunos sobre os contos, quanto das ideias formuladas por eles durante as atividades propostas.

METODOLOGIA:

Todas as etapas do projeto trabalham com a interpretação textual, a formação de ideias e senso crítico dos alunos, sendo promovidas pelas discussões em rodas de conversa e pela escrita reflexiva, produzida nas atividades em grupo e nos questionários propostos. Assim, busca-se tra-balhar de forma diversificada, alternando atividades em grupos e ativida-des individuais.

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PRIMEIRO MOMENTO

Apresente o projeto a ser desenvolvido com os alunos: “Os mais be-los mitos afro-brasileiros”, e explique que serão lidos seis contos, sendo realizadas atividades diversificadas a partir de cada um deles. Discuta os objetivos propostos no projeto, a forma de condução e a avaliação.

Inicie o projeto com a leitura do conto O segredo de Oiá, depois, soli-cite que a turma fique em roda para que seja promovido um debate sobre os acontecimentos da história.

A seguir, os alunos deverão escrever, individualmente, as compreen-sões a partir da história e fazer comentários sobre o peso que a aparência das pessoas acarreta na forma como se desenvolvem as relações sociais. Por fim, compartilhe os textos produzidos entre os alunos.

SEGUNDO MOMENTO

Nesta aula será feita a leitura do livro Promessa é dívida, e, logo após, os alunos serão convidados a discutir o que acharam da decisão de “Olu-rombi” e o que fariam se estivessem em uma situação semelhante, tendo que recorrer a “Iroco”. Podem ser feitas perguntas, como:

• Que promessas fariam?

• O que dariam em troca de chuva e alimento?

• Ao final, cumpririam a promessa feita? Se não, por qual motivo? • O que leva uma pessoa a fazer uma promessa?

• Quais seriam as consequências de não cumprir com a palavra dada?

Por fim, peça que, em duplas, os alunos criem um livrinho, com capa, autoria e ilustrações, no qual ocorra um dilema, uma promessa e o não cumprimento desta dívida, criando possíveis desfechos para a situação. Corrija aspectos textuais e ortográficos e, ao final, faça uma troca entre as histórias produzidas, dando um tempo para que cada dupla leia os textos produzidos pelos colegas.

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TERCEIRO MOMENTO

Faça a leitura do livro Os lavradores infiéis, a seguir, proponha as se-guintes questões aos alunos:

• As pessoas agradecem pela ajuda recebida dos outros?

• Quando não precisamos mais da ajuda do próximo tendemos a es-quecer daqueles nos ajudaram?

• Por que os lavradores foram definidos como infiéis na história? Em grupos, os alunos deverão inventar uma pequena cena dramatúr-gica (esquete) que mostre situações cotidianas sobre “pessoas infiéis”, assim como os lavradores da história. Ao final, as peças poderão ser redi-gidas, ensaiadas e apresentadas à turma e/ou demais turmas da escola. O (a) professor (a) deverá corrigir a estrutura textual dramatúrgica, além dos aspectos gramaticais e ortográficos.

QUARTO MOMENTO

Faça a leitura do livro O caçador de uma flecha só e proponha uma roda da conversa, na qual serão debatidos os temas: metas/finalidades e meios de alcançá-las. Depois, cada aluno criará um personagem como “Oxotocanxoxô”, dando-lhe um nome e características de um guerreiro. O texto a ser produzido será descritivo, o (a) professor (a) promoverá a correção das escritas e, por fim, os alunos farão um desenho ao lado do texto do personagem criado. Tanto os textos, como os desenhos serão ex-postos no mural da sala, para que todos possam conhecer os personagens dos colegas.

QUINTO MOMENTO

Após a leitura do livro Justiça seja feita!, promova um debate para que os alunos discutam os acontecimentos ocorridos na história. Em seguida, peça para que formulem uma opinião sobre o termo “justiça” e sua rela-ção com o conto lido.

Por fim, peça que a turma crie um tribunal na sala, com juiz, réu, promotor, advogado de defesa e júri; os demais serão divididos em duas

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partes: a favor do acusado e a favor do acusador. Será preciso definir um tema para o desenvolvimento do julgamento. O (a) professor (a) será o mediador da situação, incitando a defesa e a acusação. Por fim, o júri che-gará a um veredicto e o (a) professor (a) pedirá que eles expliquem quais critérios foram levados em conta para se chegar a um veredicto conside-rado justo. Promova um debate final com todos os alunos, explorando o que sentiram, o que pensaram e o que poderiam considerar como justiça.

SEXTO MOMENTO

Faça a leitura do último livro de contos afro-brasileiros, O príncipe que

não sorria. Depois, proponha um debate sobre a história, perguntando:

• Por que o príncipe estava sempre triste?

• O que aconteceu na história para mudar a sua tristeza em alegria? Peça para que os alunos, em duplas, imaginem uma situação real em nossa sociedade em que uma pessoa acaba sendo impedida de se expres-sar da forma como ela é, com sua aparência, sua forma de vestir, de agir e de falar. As duplas deverão elencar as razões pelas quais isso ocorre e propor possíveis soluções. Ao final, deverão estruturar estas informações em um texto expositivo-argumentativo, debatendo a situação-problema, suas causas e possíveis soluções, e posicionando-se acerca do assunto tra-tado. Espera-se que os alunos abordem temas relacionados a vários tipos de preconceito, como: pessoas com deformações físicas, com deficiências, homossexuais, entre outros. O (a) professor (a) cuidará das correções, juntamente com os aluno, solicitando a escrita de uma segunda versão.

Para encerrar o projeto, proponha uma exposição dos trabalhos rea-lizados pelos alunos, a partir dos contos afro-brasileiros, aos familiares e demais turmas da escola.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros

Curricula-res Nacionais (PCN): Língua Portuguesa. Brasília: SEF, 1997.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação

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Rua do Acetato, 189 – Distrito Industrial Abdo Najar Americana – SP – CEP 13474-763 – F. (19) 3471.5608

Referências

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