Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes
Reabilitação do Convento de São Francisco, Portimão
Alojamento turístico de charme.
Dissertação de Mestrado
Discente: Hélder de Jesus Rodrigues Andrade Orientadora: Professora Doutora Ana Paula Rainha
Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes
Reabilitação do Convento de São Francisco, Portimão
Alojamento turístico de charme.
Dissertação de Mestrado
Dissertação apresentada para a obtenção de grau de Mestre em Arquitectura
Discente: Hélder de Jesus Rodrigues Andrade Orientadora: Professora Doutora Ana Paula Rainha
Portimão, Fevereiro 2016
Esta dissertação não foi escrita ao abrigo do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
REABILITAÇÃO DO CONVENTO DE SÃO FRANCISCO,
PORTIMÃO. ALOJAMENTO TURÍSTICO DE CHARME.
Dissertação defendida em provas públicas no Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes, no dia 12/04/2016 perante o júri nomeado pelo Despacho de Nomeação nº. 02/2016, com a seguinte composição: Presidente:
Prof. Doutor Luís Filipe Pires Conceição Vogais:
Prof.ª Doutora Ana Maria Moya Pellitero (Arguente)
Orientador:
Prof.ª Doutora Ana Paula Parreira Correia Rainha
Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes
Portimão 2016
I
Agradecimentos
A realização desta dissertação de mestrado só foi possível com o apoio incondicional de todos os que estiveram a minha volta. Terminada esta etapa quero deixar o meu enorme agradecimento: - à minha orientadora, Professora Doutora Ana Paula Rainha, pela sua orientação, disponibilidade, pelo seu conhecimento transmitido e por todas as palavras de incentivo e coragem;
- ao meu amigo Josué Eliziário e à Professora Doutora Ana Moya Pellitero pela disponibilidade na análise do projecto e trabalho, e pelo conhecimento e experiência adquirida em concursos de Arquitectura que realizámos em conjunto;
- a todo o corpo docente de Arquitectura com quem tive o privilégio de ter aulas, aos funcionários e direcção do ISMAT;
- a todos os meus colegas e amigos que por muitas vezes me deram força em momentos menos bons da minha vida ao longo do meu percurso académico;
- à minha família, nomeadamente aos meus sogros Arlindo Correia e Maria da Silva por todo o apoio que me deram ao longo deste percurso;
- por último à minha esposa, Mara Correia, pela compreensão, coragem e força muitas vezes tendo em simultâneo o papel de mãe e pai durante o meu percurso académico que já dura doze anos desde que voltei a estudar, e ao meu filho Gonçalo Andrade pelo facto de não ter proporcionado por muitas vezes o tempo que deveria ter dedicado a ele, para levar “a bom porto” este trabalho.
II
Resumo
A presente dissertação centra-se no desenvolvimento de um projecto de reabilitação e reconversão para o Convento de S. Francisco em Portimão. O convento é um edifício do século XVI no qual se pretende introduzir um novo programa e articular o existente com duas novas volumetrias que estabeleça um diálogo com o edifício original, adaptando-o a uma pousada de charme criando uma relação com o turismo no centro urbano da cidade de Portimão. A intervenção no convento implica uma restruturação urbana no local e a criação de novos acessos, que pretendem contextualizar e optimizar a relação com o porto marítimo (ponto de paragem das rotas dos cruzeiros), a marina, a zona ribeirinha, as praias e a serra algarvia.
Palavras-chave: Património Histórico, Reabilitação, Alojamento Turístico, Requalificação de Conventos.
III
Abstract
This dissertation focuses on the development of a project for the rehabilitation and conversion of the Convent of S. Francisco in Portimão. This convent is a sixteenth century building, which aims to harmonize to a new rehabilitation and articulate with a new volumetry entering into the line of the existing building with the aim of adapting the convent building in a charming inn and highlighting its importance in the relationship with tourism in the city center.
The intervention works in this convent implies an urban restructuring on site and the creation of new accesses, resulting as a solution in order to contextualization the relationship with the sea port (mooring of the cruise ships), the marina, the waterfront, the beaches and the Algarvian mountains.
Keywords: historical heritage, rehabilitation, Tourist Accommodation, Requalification Convents.
IV
Índice de Figuras
Figura 1 – Ortofotomapa com o perímetro do local do Convento. 3
Figura 2 – Pousada do Crato. 8
Figura 3 – Pousada de Santa Marinha. 9
Figura 4 – Convento de Santa Maria do Bouro – Braga. 9 Figura 5 – Convento de Santa Maria do Bouro – Braga. 9 Figura 6 – Mapas – Pousadas de Portugal. 10
Figura 7 – Palácio de Estói. 10
Figura 8 – Representação da evolução urbana de Portimão. 15
Figura 9 – Gravura do Convento – Sec. XIX. 16
Figura 10 – Evolução do Edifício – 1ª Fase. 18
Figura 11 – Igreja – Abóboda de canhão. 18
Figura 12 – Evolução do edifício – 2ª Fase. 19
Figura 13 – Igreja e Ampliação da capela-mor. 19
Figura 14 – Evolução do edifício – 3ª Fase. 20
Figura 15 – Vista superior do claustro. 20
Figura 16 – Arcos de volta perfeita Abóboda cruzada. 20
Figura 17 – Porta do Mar Estilo tardo Gótico. 20
Figura 18 – Evolução das infra-estruturas do edifício – Cisternas. 21 Figura 19 – Cisternas de água. 21
Figura 20 - Planta do Rés-do-chão do Convento. 22
V
Figura 22 – Desenhos Técnicos – Corte BA – Convento. 23
Figura 23 – Desenhos Técnicos – Alçados – Convento. 23
Figura 24 – Desenhos Técnicos – Alçados – Convento. 24
Figura 25 – Desenhos Técnicos - Planta da Cobertura - Convento. 24 Figura 26 – Alçado Principal do Convento. 25
Figura 27 – Alçado Posterior do Convento. 25
Figura 28 – Vista das Celas – Dormitórios. 25
Figura 29 – Vista do Refeitório. 25
Figura 30 – Vista da cobertura. 25
Figura 31 – Vista da cobertura. 25
Figura 32 – Ortofotomapa do Algarve. 26
Figura 33 – Ortofotomapa indicando o perímetro da envolvente do Convento. 27
Figura 34 – Envolvente do Convento – Estrumal. 28
Figura 35 – Envolvente do Convento – Estrumal. 28
Figura 36 – Convento de São Francisco ainda como península. 29
Figura 37 – Vista aérea da Ponta da Areia, Sitio do Estrumal e do Convento antes da construção do porto comercial. 30
Figura 38 – Desenho tridimensional da proposta para a envolvente do convento – Sitio do Estrumal. 31
Figura 39 – Desenho tridimensional da proposta para a envolvente do convento – Sitio do Estrumal. 31
Figura 40 – Desenho tridimensional da proposta para a envolvente do convento – Sitio do Estrumal. 32
VI
Figura 41 – Desenho tridimensional da proposta para a
envolvente do convento – Sitio do Estrumal. 32
Figura 42 – Desenho tridimensional da proposta para a envolvente do convento – Sitio do Estrumal. 33
Figura 43 – Volumetrias da proposta – Identificação dos edifícios. 34 Figura 44 – Volumetrias da proposta – Edifícios. 35
Figura 45 – Volumetrias da proposta – Programa. 35
Figura 46 – Volumetrias da proposta – Programa. 36
Figura 47 – Volumetrias da proposta – Programa. 36
Figura 48 – Volumetrias da proposta – Programa. 37
Figura 49 – Volumetrias da proposta – Programa. 38
Figura 50 – Volumetrias da proposta – Programa. 39
VII
Índice
I – Introdução o Objectivos 2 o Metodologia 4 o Estrutura 6 II – Casos de Estudo o Intervenções exemplares 8o Justificação dos casos de estudo 10
III – Conceitos o Conceitos relevantes para o projecto 12
IV – Projecto o Justificação do Projecto 14
o Evolução do enquadramento urbano e estado actual 15
o História e evolução do edifício 17
o Diagnóstico e levantamento do Convento 21
o Memória descritiva 26
- Proposta de intervenções para a nova envolvente da zona do estrumal 26
- Conceito 29
- Desenvolvimento do projecto do Convento 33
Conclusão 41
Bibliografia 42
Anexo I – Desenhos tridimensionais
Anexo II – Levantamento fotográfico
Anexo III – Desenhos Técnicos
1
I – Introdução
2
Objectivos
O projecto apresentado nesta dissertação visa requalificar e dinamizar o Convento de S. Francisco, através de uma reabilitação com o objectivo de reconverter o convento numa pousada de charme. A dissertação procura dar resposta às seguintes questões: - De que modo se poderá intervir num convento do tipo Franciscano por forma a criar um espaço de alojamento turístico de nível elevado?
- Quais os critérios e indicadores arquitectónicos adequados para intervir em conventos do século XVI em contexto urbano tendo presente o valor patrimonial?
Com este projecto de Reabilitação e Reconversão do Convento de S. Francisco pretende-se dinamizar a área histórica da cidade através da intervenção no Convento e da sua envolvente urbana. Esta proposta de projecto pretende apresentar uma visão que devolva à cidade de Portimão parte da sua identidade histórica. O convento é um edifício relevante pela sua importância e valor patrimonial, desde o valor histórico até às suas técnicas construtivas tradicionais.
Aborda-se nesta dissertação precisamente esta problemática, dado que existe um conjunto expressivo de edifícios do mesmo tipo construtivo e tipológico na mesma situação no Algarve. Exemplificam-se novas soluções de reconversão de edifícios conventuais. Apesar de existirem inúmeras intervenções em Conventos no Algarve e em Portugal, é um tema que continua a ser estudado e onde há alguns exemplos de referência. Pretende-se que esta dissertação venha a contribuir para acrescentar informação nesta temática tão estudada e debatida desde vários pontos de vista.
3
Figura 1 – Ortofotomapa indicando o perímetro do local do Convento. Fonte: Google Earth.
4
Metodologia
Para a realização da dissertação a metodologia de investigação
adoptada assentou principalmente na realização de um
levantamento arquitectónico do património (edifício) e respectivo estado de conservação, bem como da morfologia do terreno, sua análise e relações directas com o objecto de estudo e com o meio urbano envolvente. Este levantamento foi realizado com base na observação directa e com recurso a fotografias nas várias visitas ao local. Procedeu-se a uma pesquisa documental e bibliográfica que serviu para o estudo histórico. A consulta dos documentos régios permitiu conhecer as técnicas de construção implementadas na construção do Convento de S. Francisco. Utilizou-se como referência o levantamento fornecido pelo Arquivo do Departamento Técnico de Planeamento e Urbanismo da autoria do gabinete de Arquitectura Santos Pinheiro – Arquitectos Associados, Lda., para efectuar uma actualização do estado do edifício e levantamento fotográfico e a dissertação de mestrado em Arquitectura realizada por António Cabrita (Dissertação final, MIA integrado em Arquitectura, ISMAT, em Novembro de 2012). Analisou-se ainda vários casos de estudo, nomeadamente a Pousada da Flor da Rosa no Crato, a Pousada de Santa Marinha em Guimarães, a Pousada de Santa Maria do Bouro em Amares, Braga e a Pousada do Palácio de Estoi.
Para o desenvolvimento do projecto consultou-se também a legislação referente à intervenção arquitectónica em edifícios patrimoniais e os vários planos urbanísticos que serviram como referência.
Seguidamente realizou-se uma pesquisa a nível urbano dos aspectos a melhorar no que diz respeito às acessibilidades urbanas e aos espaços verdes a incrementar na zona do Estrumal, com vista à recuperação do valor paisagístico e à abertura de um espaço na
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morfologia do terreno que permitisse de novo a entrada de água até ao limite físico do convento. A metodologia escolhida permitiu desta forma trabalhar o projecto a distintas escalas: a escala urbana e a escala do objecto na forma de um projecto de reabilitação e intervenção no edificado.
Conjuntamente com o desenvolvimento do projecto arquitectónico realizou-se um estúdio prévio para a zona do Estrumal (projectos tridimensionais e maqueta) com o objectivo de estudar as opções volumétricas das novas adições acrescentadas ao edifício histórico.
6
Estrutura
Título
Reabilitação do Convento de São Francisco, Portimão - Alojamento Turístico de Charme
Resumo
Índice
Capítulo 1 - Introdução
Objectivos Metodologia ESTRUTURA
Capítulo 3 – Conceitos Conceitos relevantes para o projecto
Capítulo 4 – Projecto Justificação do Projecto Evolução do enquandramento urbano e estado actual História e evolução do edifício Diagnóstico e levantamento do Convento Conclusão Bibliografia
Capítulo 2 – Casos de estudo
Intervenções exemplares Justificação dos casos de estudo
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II – Casos de estudo
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Intervenções exemplares
A Pousada da Flôr da Rosa, uma obra de arquitectura ecléctica situada na freguesia Flôr da Rosa, concelho do Crato, foi em 1995 resultante de uma conversão de um Mosteiro, de um convento e de um Paço Ducal, projecto do Arquitecto Carrilho da Graça. (Enatur)
Figura 2 – Pousada do Crato.
Fonte: http://www.portugalvirtual.pt/pousadas/crato/pt/
A Pousada de Santa Marinha em Guimarães resultante de um restauro e conversão de um Mosteiro, projecto do Arquitecto Fernando Távora, galardoado com o Prémio Nacional de Arquitectura em 1985. (Enatur)
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Figura 3 – Pousada de Santa Marinha.
Fonte: http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=5679
A Pousada de Santa Maria do Bouro em Amares, Braga, resultante de uma conversão de um convento em ruínas. O projecto foi realizado pelo arquitecto Eduardo Souto Moura e combina detalhes construtivos de diferentes contextos temporais. (Mola & Serrats, 2010)
Figura 4 – Convento de Santa Maria do Figura 5 – Convento – Pousada de Santa Bouro – Braga. Maria do Bouro – Braga.
Fonte:https://ssl.panoramio.com/user/2037227 Fonte:https://ssl.panoramio.com /user/2037227
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A Pousada do Palácio de Estoi resulta de um restauro, conversão e ampliação de um Palácio. O projecto é da autoria do arquitecto Gonçalo Byrne e do arquitecto paisagista João Cerejeiro, sendo a única pousada integrada no segmento de Pousada de Charme na região do Algarve, razão pela qual se pretendeu adicioná-la a esta dissertação como caso de estudo. (Portugal4all)
Figura 6 – Mapa – Pousadas de Portugal. Figura 7 – Palácio de Estói. Fonte: http://www.portugal4all.eu/pt Créditos Fotográficos: Autor. /pousadas.htm
O projecto de reconversão do Convento de São Francisco em Portimão, realizada por António Cabrita no âmbito da sua dissertação de mestrado em Arquitectura no ISMAT, realizada no ano 2012, com a orientação do Professor Doutor Hugo Nazareth, é outra referência a analisada nesta dissertação.
Justificação dos casos de estudo
Foram seleccionados um conjunto de intervenções que por apresentarem características semelhantes em termos de tipo edificatório e programa funcional servem como referência ao presente tema de dissertação.
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III - Conceitos
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Conceitos relevantes para o projecto
O objectivo do projecto é delinear uma intervenção que mantenha a identidade do edifício ainda que o seu estado de degradação seja elevado. Procura-se adaptar a nova função ao espaço e às características originais do edifício. Criam-se dois novos elementos que se conectam ao Convento. Estes dois novos corpos apresentam uma linguagem contemporânea, de linhas sóbrias, escassas aberturas, apenas as pontualmente necessárias para o bom funcionamento do edifício e do usufruto dos utilizadores. Esta opção visa a criação de uma congruência entre o antigo e o novo, numa tentativa de não criar um novo elemento que retraia as atenções do edifício original, mas que se integre com o mesmo num diálogo natural e harmónico.
No desenvolvimento do projecto analisou-se as particularidades do local de intervenção e na sua localização junto ao Rio Arade. A necessidade de intervir nos acessos e na envolvente do Convento, sendo esta zona um ponto de interesse para a cidade, decidiu-se criar funções carentes na cidade, nomeadamente espaços verdes urbanos, neste caso conjugando-os com a intervenção do Convento de São Francisco.
A solução apresentada para a envolvente do Convento procura essencialmente invocar o passado morfológico e natural do local trazendo a água às suas origens, criando ilhas e recriando a morfologia da antiga Ponta da Areia.
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IV - Projecto
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Justificação do Projecto
Pretende-se desenvolver um projecto de reabilitação e reconversão do Convento de S. Francisco em Portimão procurando soluções de reabilitação com base num quadro jurídico regulamentar e recorrer a uma intervenção sustentável. O convento é um edifício que remonta ao século XVI, construído junto à Igreja da Nossa Senhora da Esperança. O Convento de S. Francisco é um dos excelentes exemplares da arquitectura Franciscana. Encontra-se há mais de um século abandonado após ter servido para armazenamento de cortiça e de apoio à actividade conserveira, apresentando-se na actualidade em avançado estado de degradação.
O objectivo do projecto desta dissertação é adaptar o edifício conventual numa pousada de charme e torna-lo num elemento crucial e dinamizador na relação com o turismo do centro urbano de Portimão. O conceito de hotelaria que tem vindo a surgir nas últimas duas décadas em edifícios de características histórias e/ou culturais conjugam a modernidade com a cultura. O primeiro alojamento a surgir segundo este novo conceito foi a Pousada do Castelo de Óbidos no início da década de 50 com projecto da autoria do arquitecto João Filipe Vaz Martins. (Leite, 2014)
No Algarve temos dois casos que se sobressaem: o Palácio de Estoi da autoria do arquitecto Gonçalo Byrne, identificado nesta dissertação, e a Pousada do Convento da Graça em Tavira com a assinatura do arquitecto João Sousa Campos. Nos últimos anos em Portugal diversos conventos têm sido recuperados e reconvertidos em espaços de alojamento turístico. Esta intervenção vem contrapor a escassez de edifícios de cariz patrimonial no turismo de segmento de luxo na região, dando a conhecer ao utilizador a possibilidade de apreciar o património edificado.
O Convento localiza-se numa zona de transição entre a cidade e a Praia da Rocha, junto à margem Oeste do Rio Arade, local
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estratégico da cidade de Portimão. Apesar da localização, esta área apresenta um problema de estruturação urbana no que diz respeito a acessos. Neste sentido a proposta apresenta como solução uma contextualização do objecto a intervir com o porto marítimo (ponto de paragem das rotas dos cruzeiros), a marina, a zona ribeirinha, as praias e a serra algarvia.
Evolução do enquadramento urbano e estado actual
Portimão sofreu alterações ao longo dos séculos a nível físico e hidrográfico que teve uma forte influência na formação e desenvolvimento da cidade.
Figura 8 – Representação da evolução urbana de Portimão. Créditos: Autor.
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As origens de Portimão datam de 1463, altura em que a povoação evoluiu de uma povoação que foi fundada pelos habitantes de Silves, na margem direita do rio Arade (actual Bairro Pontal), com a denominação de São Lourenço da Barrosa. As condições geográficas que esta localização reunia resultam num forte
desenvolvimento económico tornando esta povoação num
importante centro urbano de comércio. Em 1495, o rei D. João II elevou a povoação a vila, através de um foral passando a chamar-se Vila Nova de Portimão, terra de nobres e condes. O primeiro conde da Vila Nova de Portimão foi D. Martinho de Castelo Branco.
Figura 9 – Gravura do Covento - Sec XIX. Créditos: Isabel Guerreiro.
Fonte: https://www.facebook.com/portimaoantigo/photos/pb.353478938117748.-2207520000.1453669428./418739574925017/?type=3&theater
As grandes destruições causadas pelo terramoto de 1755, e a diminuição da actividade económica provocada por este, repercutem no estancamento de Vila Nova de Portimão que só inicia a sua recuperação nos finais do séc. XIX, com o desenvolvimento do
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comércio, mais concretamente com a exportação de frutos secos, a actividade moageira, a pesca e a indústria conserveira, que se prolonga ao logo do século XX. A elevação de Portimão a cidade dá-se em 1924 após quatro séculos, altura em que o Presidente da República era o escritor e portimonense Manuel Teixeira Gomes. (Ventura & Marques, 1993)
Nas últimas três décadas é o turismo que tem sido o motor de desenvolvimento de Portimão, sendo hoje a segunda cidade mais populosa do Algarve.
História e evolução do edifício
Foi no ano de 1530, depois de vir de Sabóia, que Simão Correia natural de Tábuas da Rainha, Capitão de Azamor deu umas casas que possuía na Vila Nova de Portimão (na margem direita do Rio Arade junto a Igreja da Nossa Senhora da Esperança) aos Padres Observantes da Província de Portugal que habitaram essas casas da recém-criada Província dos Algarves que se separou da de Portugal.
Em 1541 iniciou-se a demolição das casas existentes por não se enquadrarem numa tipologia de conventual para dar inicio à construção do actual Convento, o qual se veio a encostar à igreja já existente, forma que ainda hoje se mantem tornando-o num excelente exemplar de arquitectura Franciscana. (Monforte, 1751) O convento apesar de manter a harmonia que revela ter respeitado um projecto bem concebido, pode atestar que foi alvo de sucessivos
acréscimos e reconstruções segundo diferentes estilos,
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A igreja foi assim o primeiro elemento a formar o Convento, situada a norte do convento, constituída inicialmente por uma nave e capela-mor ligada à sacristia.
Figura 10 – Evolução do edifício – 1ª Fase. Figura 11 – Igreja – Abóboda de canhão. Créditos: Autor. Créditos Fotográficos: Autor.
Seguidamente, e segundo os estudos realizados, foi construído o nártex e por cima deste o coro alto da igreja. Na capela-mor também é visivel uma ampliação a nascente. Estes aumentos julga-se dever ao aumento da prática religiosa por parte dos frades na década de 1570. Foi construída ainda na segunda fase uma recepção com ligação ao nartéx.
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Figura 12 – Evolução do edifício – 2ª Fase. Figura 13 – Igreja e Ampliação da capela-mor. Créditos: Autor. Créditos Fotográficos: Autor.
Por fim, numa terceira fase, desenvolve-se todo o corpo onde ainda hoje se pode verificar a sua volumetria. Especula-se que poderá ter havido uma quarta fase devido aos diferentes métodos construtivos visíveis nesta última evolução. (Palhinha & Piscarreta, 1992)
O convento passou a ser composto por um núcleo central onde se destaca o claustro com forma rectangular (13m x 15m), de dois pisos, cada piso sustentado por pilastras unidas com 14 arcos de volta perfeita onde a abóboda do primeiro piso é de arestas cruzadas e a do piso superior é de berço. Num dos dois corpos laterais temos a Porta do Mar, onde se faz a ligação do exterior do convento com o claustro. (Ventura & Marques, 1993)
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Figura 14 – Evolução do edifício – 3ª Fase. Figura 15 – Vista superior do claustro. Créditos: Autor. Créditos Fotográficos: Autor.
Figura 1 – Arcos de volta perfeita Figura 17 – Porta do Mar abóboda cruzada. estilo tardo Gótico.
Créditos Fotográficos: Autor. Créditos Fotográficos: Autor.
Algumas das cisternas são visíveis no seu interior; as mesmas foram-se enquadrando na evolução das diversas fases da evolução do edifício. As cisternas foram uma das importantes infra-estruturas
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implantadas no edifício para a autonomia da comunidade religiosa. (Cabrita, 2012)
Figura 18 – Evolução das infra-estruturas Figura 19 – Cisternas de água. do edifício – Cisternas.
Créditos Fotográficos: Autor.
Créditos: Autor.
Diagnóstico e levantamento do Convento
O Convento está inserido num cercado com uma área aproximada de 13000 m2. O convento representa um conjunto arquitectónico rectangular constituído por três elementos: a Igreja, o Claustro e as Dependências. A igreja é composta pelo nártex, nave única, capela-mor e altar. O claustro é de forma rectangular. Nas dependências do nível do primeiro piso encontram-se 12 celas (dormitórios), uma enfermaria e biblioteca/sala de estudo. No rés-do-chão a sala de recepção, duas salas capitulares, adega, oficinas, refeitório, dispensa e a cozinha. (Ventura & Marques, 1993)
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Figura 20 – Planta do rés-do-chão do Convento. Créditos: Palhinha, Jaime; Piscarreta, Alberto.
Fonte: Centro de Documentação/Arquivo Histórico de Portimão.
Figura 21– Planta do 1º andar do Convento. Créditos: Palhinha, Jaime; Piscarreta, Alberto.
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O convento encontra-se abandonado desde a sua utilização como armazém de apoio à actividade conserveira, apresentando actualmente um avançado estado de degradação. (Marado, 2006)
Figura 22 – Desenhos técnicos – Corte BA – Convento. Créditos: Santos Pinheiro – Arquitectos Associados, Lda.
Fonte: Arquivo do DTPU - Departamento Técnico de Planeamento e Urbanismo.
Figura 23 – Desenhos técnicos – Alçados – Convento. Créditos: Santos Pinheiro – Arquitectos Associados, Lda.
Fonte: Arquivo do DTPU - Departamento Técnico de Planeamento e Urbanismo. Sem escala
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Figura 24 – Desenhos técnicos – Alçados – Convento. Créditos: Santos Pinheiro – Arquitectos Associados, Lda.
Fonte: Arquivo do DTPU - Departamento Técnico de Planeamento e Urbanismo.
Figura 25 – Desenhos técnicos – Planta da cobertura – Convento. Créditos: Santos Pinheiro – Arquitectos Associados, Lda.
Fonte: Arquivo do DTPU - Departamento Técnico de Planeamento e Urbanismo Sem escala
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Figura 26 – Alçado principal do Convento. Figura 27 – Alçado posterior do Convento. Créditos Fotográficos: Autor . Créditos Fotográficos: Autor.
Figura 28 – Vista das celas – Dormitórios. Figura 29 – Vista do refeitório. Créditos Fotográficos: Autor. Créditos Fotográficos: Autor.
Figura 30 – Vista da cobertura. Figura 31 – Vista da cobertura. Fonte: https://www.facebook.com/portimaoan Créditos Fotográficos: Autor. tigo/photos/pb.353478938117748.-2207520
000.1453459678./356661461132829/?type =3&theater
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Memória descritiva
- Proposta de intenções para nova envolvente da zona do Estrumal
A área de intervenção localiza-se entre a cidade de Portimão e a Praia da Rocha, zona denominada por Estrumal, junto à margem do Rio Arade, um local estratégico da cidade. Apesar da localização esta área apresenta-se como um problema para a sua envolvente. Existe a necessidade de uma transformação que contextualize uma relação com o convento, o porto marítimo (ponto de paragem das rotas dos cruzeiros), a marina, a zona ribeirinha, as praias e a serra algarvia.
Figura 32 – Ortofotomapa do Algarve. Fonte: Google Earth.
Na presente proposta utilizou-se como referência os planos correspondentes a área em questão, nomeadamente o Plano de Urbanização em vigor UP5 – Turismo Náutico e Comercial do Rio Arade e o Plano de Pormenor em elaboração UP5 – Sul. O Plano de Urbanização supra-referido não foi sujeito a avaliação ambiental estratégica à data de elaboração do mesmo uma vez que não era obrigatória.
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Figura 33 – Ortofotomapa indicando o perímetro da envolvente do Convento. Fonte: Google Earth.
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Esta área tem como principais problemáticas a falta de “ligação” entre Portimão e a Praia da Rocha, espaços baldios e um défice de iluminação.
Como potencialidades desta área identifica-se a proximidade com um elemento patrimonial histórico, o Convento, com o rio Arade e com a Praia da Rocha.
Figura 34 – Envolvente do Convento - Estrumal. Créditos Fotográficos: Autor.
Figura 35 – Envolvente do Convento - Estrumal. Créditos Fotográficos: Autor.
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- Conceito
A solução procura na sua essência invocar o passado morfológico e natural do local trazendo a água às suas origens criando ilhas e revivendo a antiga Ponta da Areia. A ligação entre as ilhas efectua-se através de três linhas de força (caminhos pedonais) que surgem entre a ligação dos pontos fortes na área de intervenção, a rotunda da Marina da Praia da Rocha com o Porto Marítimo, as escadas da Encosta da Marina com o Forte de S. João em Ferragudo e com o auditório proposto com o Forte de S. João em Ferragudo.
Figura 36 – Convento de São Francisco ainda como península.
Fonte: https://www.facebook.com/portimaoantigo/photos/pb.353478938117748.-2207520000.1453459678./356662687799373/?type=3&theater
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Figura 37 – Vista aérea da Ponta da Areia, Sitio do Estrumal e do Convento antes da construção do porto comercial.
Fonte: https://www.facebook.com/portimaoantigo/photos/pb.353478938117748.-2207520000.1455048370./472597362872571/?type=3&theater
Nesta proposta pretende-se ainda manter a maior área natural possível sem recorrer à implementação de extensas volumetrias. A area total da intervenção urbanistica é de aproximadamente 290.000,00 m2, dividindo-se em 4 zonas: uma peninsula onde se encontra o Convento e 3 ilhas criadas para diferentes programas / funcionalidades urbanas.
A ilha mais a norte, a que se encontra mais proxima do convento ocupa uma área aproximada de 24.800,00 m2. O programa proposto para esta área é de caracter cultural, cujo o principal elemento é um anfiteatro ao ar livre enquadrando o castelo de São João do Arade em Ferragudo como o principal elemento paisagista.
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Figura 38 – Desenho tridimensional da proposta para a envolvente do Convento – Sitio do Estrumal.
Fonte: Autor.
A ilha central apresenta-se como uma zona destinada a lazer, composta por um edificio comercial (reatauração). Esta ilha ocupa uma área aproximada de 23.000,00 m2 e com 470,00 m2 de implantação (edificio de restauração).
Figura 39 – Desenho tridimensional da proposta para a envolvente do Convento – Sitio do Estrumal.
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Figura 40 – Desenho tridimensional da proposta para a envolvente do Convento – Sitio do Estrumal.
Fonte: Autor.
A ilha a sul destina-se a uma zona habitacional e um centro de negócios. Esta ilha ocupa uma área aproximada de 53.000,00 m2 e com 2.500,00 m2 de implantação (edificio de habitação e centro de negócios).
Figura 41 – Desenho tridimensional da proposta para a envolvente do Convento – Sitio do Estrumal.
33
No lado oposto temos o Convento onde se centra o tema da dissertação. O perímetro do Convento como já se referiu anteriormente é a zona privada do Alojamento Turístico de Charme. Esta zona ocupa uma área aproximada de 12.600,00 m2 e com 2.200,00 m2 de implantação.
Figura 42 – Desenho tridimensional da proposta para a envolvente do Convento – Sitio do Estrumal.
Fonte: Autor.
- Desenvolvimento do projecto do Convento Edifício Convento
O Convento encontra-se num elevado estado de degradação. Na presente dissertação propõe-se a reconstrução das paredes utilizando métodos e materiais de forma a manter uma maior proximidade com existente. Pretende-se que as paredes exteriores e interiores do Convento fiquem com o acabamento em pedra.
Este edifício tem 46,75 m de comprimento por 29,00 m de largura ao centro do edifício e uma área de implantação aproximada de 1.417,00 m2.
34
Procurou-se manter toda a sua estrutura original adaptando-se assim o novo uso ao existente.
Edifício Convento Edifício Mar
Espaço Terra
Figura 43 – Volumetrias da proposta – Identificação dos edifícios. Fonte: Autor.
Edifício Mar
O Edifício Mar é um dos novos volumes criados, situado a sul do Convento. Este e edifício tem 21,50 m de comprimento por 7,90 m de largura e uma área de implantação de 173,00 m2. A proximidade deste Edifício Mar com o Convento origina um novo espaço central (claustro), simétrico com o existente, com uma área aproximada de 200,00 m2. A ligação entre estes edifícios é possível tanto ao nível do piso térreo como ao nível do 1º piso.
Edifício Terra
O Edifício Terra encontra-se a poente do Convento. Este edifício tem 39,80 m2 de comprimento por 13,95 m2 de largura e uma área de implantação de 572,00 m2. A ligação entre este edifício e o Convento é possível ao nível do piso e do 1º piso.
35
Figura 44 – Volumetrias da proposta – Edifícios. Fonte: Autor.
- Desenvolvimento do programa do projecto
Piso -1
Espaço Privado – Funcionários
Espaço Público – Clientes
Figura 45 – Volumetrias da proposta – Programa. Fonte: Autor.
36
Piso 0
Espaço Privado – Funcionários
Espaço Público – Clientes
Figura 46 – Volumetrias da proposta – Programa. Fonte: Autor.
Piso 1
Espaço Privado - Funcionários
Espaço Público – Clientes
Figura 47 – Volumetrias da proposta – Programa. Fonte: Autor.
37
O edifício que apresenta um piso abaixo da cota de soleira é o Edifício Terra que é constituído pelo parque automóvel, área técnica (bombas das piscinas interiores) e um armazém. No Edifício Convento apenas existe um compartimento com desnível acentuado em relação ao nível da cota do piso 0 que se destina a serviços da igreja
Serviços/Administração Armazém
Zona técnica das piscinas
Parque automóvel
Figura 48 – Volumetrias da proposta – Programa. Fonte: Autor.
Ao nível do piso 0, no Edifício Convento temos a igreja, a recepção, serviços administrativos, uma zona técnica, sala de estar e de jogos, sala de conferências e um Hall Adega. No exterior temos o claustro e um pátio. No Edifício Mar todo o piso 0 é destinado ao restaurante. Por fim o Edifício Terra no piso 0 contém a recepção do SPA e respectivo SPA, que é composto por 1 consultório médico, 3 salas de massagens, zona de estar, balneários, sauna, piscina, jacuzzi, ginásio, arrumos, sala e balneários dos funcionários.
38 Pátios Exteriores Serviços/Administração Zona de Funcionários Restauração Lazer Recepção
Figura 49 – Volumetrias da proposta – Programa. Fonte: Autor.
Ao nível do piso superior, o Edifício Convento é composto por 8 quartos com áreas a variar entre os 22,32 m2 e os 58.75 m2, uma sala de leitura e uma zona técnica. O Edifício Mar contém 3 quartos cada um com 28,10 m2 e um arrumo. Por fim o Edifício Terra apresenta-se com 11 quartos todos com uma área de 25,94 m2, um arrumo e um pátio.
39
Pátios Exteriores Quartos
Arrumos e Zonas Técnicas
Figura 50 – Volumetrias da proposta – Programa. Fonte: Autor.
Procurou-se essencialmente manter a tipologia do Convento de forma a manter a sua identidade. Nos dois novos volumes, os rasgos de iluminação criados (janelas) procuram fixar-se numa linguagem sóbria tendo como referencia o próprio convento.
No exterior, o edifício passará a ter acesso para veículos numa zona mais a sul do existente de forma a facilitar o acesso à zona entremuros. Possui vastas áreas verdes, circuitos pedestres, uma piscina e um parque automóvel.
40
Figura 51 – Desenho tridimensional da proposta. Fonte: Autor.
41
Conclusão
Nesta dissertação de Mestrado em Arquitectura o objectivo foi desenvolver um projecto de reabilitação e reconversão para o Convento do século XVI num alojamento de charme introduzindo um novo programa articulando o existente com duas novas volumetrias que estabeleça um diálogo com o edifício original.
As experiências de transformação, adaptação e reprogramação de edifícios considerados “antigos” ou “históricos”, de diferentes valores e interesses não são novas nem recentes. As inúmeras intervenções levadas a cabo em objectos arquitectónicos de diferentes tipologias dentro desta visão de reutilização espacial têm permitido perceber a flexibilidade que os edifícios comportam e consequentemente estudar a melhor forma de lhes imprimir um novo “ADN”, um novo programa. Mais do que simplesmente permitir que o edifício retorne a um estado ou condição física e material aceitável, a transformação destes edifícios e respectivas envolventes têm sido usados como veículos importantes de acções e processos de mutação urbanos, estratégias de requalificação e reabilitação da própria urbe. O projecto apresentado nesta dissertação baseou-se nesta visão: tece uma estratégia que tenta ultrapassar a simples transformação de um edifício distanciando-se da intervenção obsessiva do objecto arquitectónico, tentando integrar o mesmo numa estratégia mais ampla, inclusiva e previsora de uma realidade que aporte novas características e benefícios ao espaço urbano próximo. O projecto é uma abordagem à possibilidade de criar uma nova centralidade e um ponto de referência na estrutura urbana de Portimão: cria
proximidades, conexões e pólos, baseados numa memória colectiva com características temporais e espaciais particulares.
42
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43
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Entidades
Centro de Documentação/Arquivo Histórico de Portimão Museu de Portimão
Câmara Municipal de Portimão – Arquivo do DTPU
Legislação
RGEU – Regulamento Geral das Edificações Urbanas – Aprovado pelo Decreto-Lei n.º 38 382 de 7 de Agosto de 1951. Última alteração: Decretos-Lei n.º 220/2008, de 12 de Novembro
44
Anexo I
45
Anexo II
46
Anexo III
Convento de São Francisco
Ferragudo
Forte de Santa Catarina
Forte São João Praia da Rocha Praia da Rocha Praia Grande Rio Arade Marina de Portimão Porto de Pesca Estrumal Corgos Vale da Canada Vale da Azinhaga Urbanização da Hortinha
Descrição: Planta de Localização
Escala: 1/10000 Fevereiro de 2016
01
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Projecto - Dissertação de Mestrado em Arquitectura
Reabilitação do Convento São Francisco, Portimão Alojamento Turístico de Charme
Legenda:
R 1.4 2.5 2.1 2.8 4.2 3.6 3.2 3.6 3.3 3.3 3.3 3.5 3.2 3.3 3.4 3.2 3.5 3.6 3.7 3.5 3.5 5.4 4.4 6.5 5.4 6.4 4.8 4.5 4.6 4.4 5.2 4.4 5.1 4.6 4.6 4.8 4.7 5.1 5.6 5.7 5.8 6.3 5.7 5.8 5.9 6.4 6.5 6.4 7.3 7.4 8.4 8.7 8.6 7.2 7.1 7.4 7.5 7.3 7.5 7.3 7.4 6.8 6.6 8.9 8.7 8.2 8.5 8.3 9.4 9.7 10.2 10.8 9.9 9.8 9.8 9.3 9.9 9.5 10.4 10.8 10.9 10.4 11.5 12.1 12.3 11.9 11.4 12.8 12.4 11.6 11.5 11.4 12.1 11.5 11.3 11.6 11.8 12.2 12.5 12.6 12.6
N
Área de Implantação da Construção Existente - 1417.14m2 Descrição: Planta de Implantação | Existente
Escala: 1/500 Fevereiro de 2016
02
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Reabilitação do Convento São Francisco, Portimão Alojamento Turístico de Charme
8.05 7.90 8.05 7.90 8.05 8.05 12.25 7.90 12.25 12.25 12.25 12.25 12.25 7.90
N
Planta do piso 0 Planta do piso 1 Planta da Cobertura
Descrição: Plantas do Edifício Existente
1/200 Fevereiro de 2016
03
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Piso 1 - 12.25 Piso 0 - 8.05 7.50 4.90 Piso 0 - 8.05 Piso 1 - 12.25 Piso 0 - 8.05 6.80 4.90 Piso 0 - 8.05
Descrição: Alçados do Edifício Existente
Escala: 1/200 Fevereiro de 2016
04
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Alçado Principal
Alçado Nascente
Alçado Sul
G´ C B C´ B´ A´ D´ E E´ F F´ 1 2 5 6 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 4 3 7 8 5.10 6 7 8 9 10 11 12 13 5 14 15 16 432 1
N
Descrição: Planta Amarelos - Vermelhos | Piso-1
Escala: 1/200 Fevereiro de 2016
05
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G´ C B C´ B´ A´ D´ E E´ F F´ 6 7 8 9 10 11 12 13 5 14 15 16 2 1 4 3 5 6 2 1 3 4 5 6 7 8 9 10 15 16 11 12 13 14 8.05 8.05 8.05 5.00 8.05 8.05 8.05 8.05 7.90 7.75 7.85 8.00 7.90 8.05 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 15 16 17 18 19 20 21 22 23 14 8 10 2 1 4 3 567 9 1112 131415161718 1920212223 1 2 3 4 5 6
N
Descrição: Planta Amarelos - Vermelhos | Piso 0
Escala: 1/200 Fevereiro de 2016
06
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G´ C B C´ B´ A´ D´ E E´ F F´ 8 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 15 16 17 18 19 20 21 22 23 14 2 1 4 3 567 9 1112 131415161718 1920212223 21 20 19 18 17 16 15 22 23 12 11 14 13 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 10 12.25 12.25 12.15 7.90 7.85 12.25 12.25 12.25 8.00 12.25
N
Descrição: Planta Amarelos - Vermelhos | Piso 1
Escala: 1/200 Fevereiro de 2016
07
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G´ C B C´ B´ A´ D´ E E´ F F´
N
Descrição: Planta Amarelos-Vermelhos| Cobertura
Escala: 1/200 Fevereiro de 2016
08
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Corte DD´
Corte CC´
Corte BB´
Descrição: Cortes Amarelos| Vermelhos | A-B-C-D
Escala: 1/200 Fevereiro de 2016
09
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Descrição: Cortes Amarelos | Vermelhos | E-F-G
Escala: 1/200 Fevereiro de 2016
10
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Corte EE´
Corte FF´
Descrição: Alçados Amarelos | Vermelhos
Escala: 1/200 Fevereiro de 2016
11
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Alçado Principal
SÃO FRANCISCO
CHARM HOTEL & SPA
Alçados Sul
Alçado Sul
Alçado Norte Alçado Sul
Descrição: Alçados Amarelos | Vermelhos
Escala: 1/200 Fevereiro de 2016
12
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5.9 6.5 6.4 7.3 7.5 7.4 6.8 4.9 8.9 8.0 10.5 6.5 11.6 11.5 10.6 11.5 10.8 4.5 7.3 7.8 7.8 10.8 10.8 7.9 7.6 5.5 Legenda: Ampliação Proposta - 591.63 m2 + 185.16m2 Área da Zona Entre Muros - 12587.72m2
N
Construção Existente - 1417.14m2
Descrição: Planta de Localização | Proposta
Escala: 1/500 Fevereiro de 2016
13
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G´ C B C´ B´ A´ D´ E E´ F F´ 1 9 36.00 39.80 18.45 39.80 3.50 8.42 2.77 3.90 2.42 4.20 6.45 4.75 6.45 7.05 3.45 5.25 2.46 35.20 3.90 2 1 4 3 567891011121314151617181920212223 2 1 4 3 5 6 2 1 4 3 5 6 7 8 9 10 11 12 13 2 3 4 5 6 7 8 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 1 5.10 2 3 6 7 8 9 10 11 12 13 5 14 15 16 432 1
N
Descrição: Planta da Proposta | Piso -1
Escala: 1/200 Fevereiro de 2016
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N
1 - Garagem - 569.38m2
2 2
G´ C B C´ B´ A´ D´ E E´ F F´ 7.85 15.50 4.20 1.15 2.50 1.15 2.25 1.15 2.25 1.15 2.25 0.15 1.50 7.40 0.97 4.77 20.50 15.50 13.14 9.15 1.54 4.15 1.40 0.96 0.701.39 1.75 0.60 1.50 1.60 0.40 1.60 7.50 12.00 0.40 1.70 2.54 1.20 4.05 1.40 3.17 1.07 0.15 1.40 2.31 1.60 5.29 1.70 5.60 1.70 4.45 1.60 2.98 1.30 1.65 3.60 7.90 6.94 3.80 3.62 11.88 0.40 4.20 3.62 11.88 0.40 13.95 46.74 12.37 32.79 45.16 54.18 12.45 7.40 4.19 3.88 3.60 2.70 1.20 2.00 6.90 4.97 1.15 4.97 10.00 3.25 3.25 3.25 6.90 2.60 1.56 7.32 5.88 5.70 7.24 1.50 2.90 9.98 5.75 12.18 5.75 5.75 1.50 2.46 5.75 4.56 5.75 6.38 4.74 2.80 3.69 14.67 7.00 5.63 6.00 8.32 6.29 3.30 6.29 2.10 2.20 5.36 13.60 10.20 4.12 2.14 6.70 1.60 3.90 16.30 5.42 3.28 3.54 2.70 5.34 2.90 2.70 0.60 2.75 0.60 5.28 1.30 5.50 3.25 8.05 Garrafeira 8.05 4 8.05 4.1 4.2 4.3 4.4 4.5 4.6 4.7 4.8 4.7 4.8 4.8 4.9 4.10 4.11 4.12 4.13 5 5 6 8.05 6.1 6.2 6.3 8.00 7 7.90 13 14 8.05 17 8 9 10 8.05 8.05 7.75 11 7.85 8.05 5.00 8.05 8.05 12 7.90 15 16 18 6 7 8 9 10 11 12 13 5 14 15 16 2 1 4 3 5 6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 15 16 17 18 19 20 21 22 23 14 1 2 3 4 5 6 2 1 3 4 5 6 7 8 9 10 15 16 11 12 13 14 8 10 2 1 4 3 567 9 1112 131415161718 1920212223
N
Descrição: Planta da Proposta | Piso 0
Escala: 1/200 Fevereiro de 2016
15
Helder de Jesus Rodrigues Andrade - 21003998 Orientadora: Professora Doutora Ana Paula Rainha
Des.
INSTITUTO SUPERIOR MANUEL TEIXEIRA GOMES
Projecto - Dissertação de Mestrado em Arquitectura
Reabilitação do Convento São Francisco, Portimão Alojamento Turístico de Charme
N
4 - SPA - 345.30m2 4.1 - Sauna - 14.72m2 4.2 - Ginásio - 30.85m2 4.3 - Zona de Relaxamento - 25.71m2 4.4 - Piscina | Jacuzzi - 46.33m2 4.5 - Balneários Homens - 16.54m2 4.6 - Balneários Senhoras - 16.98m2 4.7 - Sala de Chá e Repouso - 8.21m2 4.8 - Sala de Massagens - 8.33m2 4.9 - Consultório Médico - 8.21m2 4.10 - Sala de Funcionários - 22.92m2 4.11 - Balneários Funcionários - 7.61m2 4.12 - Balneários Funcionários - 7.64m24.13 - Recepção SPA | Sala de Estar - 25.71m2
5 - Instalações Sanitárias - 15.53m2 6 - Restaurante - 140.65m2 6.1 - Cozinha - 18.18m2 6.2 - Bar - 3.80m2 6.3 - Esplanada - 38.40m2 7 - Pátio - 199.17m2
8- Adega | Garrafeira | "Corredor" - 65.08m2
9 - Sala Apoio a Recepção - 20.75m2
10 - Recepção - 57.83m2
11 - Capela - 181.68m2
12 - Claustro - 213.84m2
13 - Bar Cafetaria - 72.91m2
14 - Sala de Conferências - 57.34m2
15 - Sala de Estar | Jogos - 71.92m2
16 - Zona Técnica - 8.65m2
17 - Porta do Mar - 14.14m2
18 - Administração - 28.24m2
G´ C G B C´ B´ A´ A D´ D E E´ F F´ 2.75 0.80 2.35 1.99 1.20 3.27 1.07 0.60 1.20 2.58 1.70 1.20 2.50 1.20 2.05 1.20 1.68 1.22 1.01 0.90 1.20 2.04 1.20 3.81 12.37 27.91 3.81 1.07 41.35 1.40 3.03 13.95 6.02 5.90 1.63 1.28 0.40 1.68 3.56 3.56 1.68 5.00 1.68 3.56 3.52 2.08 3.00 3.60 1.20 1.90 1.20 1.44 1.54 0.75 1.20 1.80 1.20 1.69 1.20 1.45 1.20 1.75 1.20 0.60 0.70 1.20 2.15 1.50 2.00 0.40 1.60 0.40 2.35 4.89 4.89 2.35 0.40 21.90 9.15 12.45 9.34 75.78 2.00 35.20 4.90 3.37 5.37 1.90 3.00 5.17 4.20 1.71 1.29 1.90 4.90 3.37 5.37 1.65 2.61 3.10 2.61 3.40 12.18 5.54 21.10 4.51 1.60 3.28 6.29 5.36 6.45 3.36 3.87 1.90 0.90 2.00 3.89 3.59 1.90 3.89 1.90 3.60 3.89 2.00 3.89 2.20 2.20 2.10 23.21 5.43 3.65 2.51 3.65 8.75 3.61 4.36 4.41 5.50 3.65 2.30 4.14 1.96 34.21 2.00 4.50 4.23 3.50 1.90 3.65 5.13 1.00 7.20 3.36 1.90 3.34 1.00 2.20 2.05 2.55 1.00 3.65 4.10 1.56 2.74 7.40 10.20 1.60 2.10 17.80 5.42 1.27 36.00 4.00 4.00 1.00 19 19 12.25 19 19 19 19 19 19 19 19 20 21 23 23 23 12.25 22 24 25 12.25 7.90 1.70 11 12.25 27 29 30 31 31 1.57 8.00 1.40 12.15 12.25 12.25 19 7 26 7.85 28 30 16.00 6.3 8 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 15 16 17 18 19 20 21 22 23 14 2 1 4 3 567 9 1112 131415161718 1920212223 21 20 19 18 17 16 15 22 23 12 11 14 13 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 10
N
Descrição: Planta da Proposta | Piso 1
Escala: 1/200 Fevereiro de 2016
16
Helder de Jesus Rodrigues Andrade - 21003998 Orientadora: Professora Doutora Ana Paula Rainha
Des.
INSTITUTO SUPERIOR MANUEL TEIXEIRA GOMES
Projecto - Dissertação de Mestrado em Arquitectura
Reabilitação do Convento São Francisco, Portimão Alojamento Turístico de Charme
N
19 - Quarto - 25.94m2
20 - Terraço - 21.74m2
21 - Arrumos - 8.10m2
22 - Arrumos | Zona Técnica - 7.18m2
23 - Quarto - 28.10m2 24 - Quarto - 29.10m2 25 - Quarto - 27.08m2 26 - Arrumos - 4.27m2 27 - Quarto - 58.75m2 28 - Sala de leitura - 19.79m2 29 - Quarto - 27.88m2 30 - Quarto - 22.32m2 31 - Terraço - 34.65m2 32 - (Piscina Exterior) - 173.00m2 LEGENDA:
G´ C G B A´ A D´ D E F B´ E´ F´ C´ 36.00 36.97 41.85 14.35 47.88 7 7.90
7.5
7.4
6.8
8.9
8.0
10.6
11.5
10.8
7.8
7.8
10.8
10.8
7.9
7.6
5.5
N
Descrição: Planta da Proposta | Cobertura
Escala: 1/200 Fevereiro de 2016
17
Helder de Jesus Rodrigues Andrade - 21003998 Orientadora: Professora Doutora Ana Paula Rainha
Des.
INSTITUTO SUPERIOR MANUEL TEIXEIRA GOMES
Projecto - Dissertação de Mestrado em Arquitectura
Reabilitação do Convento São Francisco, Portimão Alojamento Turístico de Charme
8.05 2.85 12.25 3.75 3.90 0.30 3.45 1.09 0.45 8.05 3.20 12.25 0.45 2.50 2.75 5.10 0.55 0.45 5.10 0.55 0.45 2.50 8.05 3.20 8.05 0.45 0.40 8.05 5.10 0.55 0.45 3.20 2.50 2.85 3.75 3.75 8.05 12.25 12.25 12.25 0.45 2.75 12.15 0.45
Descrição: Cortes da Proposta | A-B-C-D
Escala: 1/200 Fevereiro de 2016
18
Helder de Jesus Rodrigues Andrade - 21003998 Orientadora: Professora Doutora Ana Paula Rainha
Des.
INSTITUTO SUPERIOR MANUEL TEIXEIRA GOMES
Projecto - Dissertação de Mestrado em Arquitectura
Reabilitação do Convento São Francisco, Portimão Alojamento Turístico de Charme
Corte DD´
Corte CC´
Corte BB´ Corte AA´
3.20 0.55 0.45 3.30 0.40 8.05 12.25 8.05 12.25 7.90 12.25 7.85 12.25 5.45 0.20 4.20 2.85 0.45 3.75 3.90 0.30 4.60 4.30 0.20 5.24 9.64 8.19 8.05 7.85 7.75 5.00
CHARM HOTEL & SPA
3.75
8.05
Descrição: Cortes da Proposta | E-F-G
Escala: 1/200 Fevereiro de 2016
19
Helder de Jesus Rodrigues Andrade - 21003998 Orientadora: Professora Doutora Ana Paula Rainha
Des.
INSTITUTO SUPERIOR MANUEL TEIXEIRA GOMES
Projecto - Dissertação de Mestrado em Arquitectura
Reabilitação do Convento São Francisco, Portimão Alojamento Turístico de Charme
Corte EE´
Corte FF´
6.80 4.90 7.50 Piso 1 - 12.25 Piso 0 - 8.05 7.65 Piso 0 - 8.05 Piso 1 - 12.25 Piso 0 - 8.05 7.50 10.80
Descrição: Alçados da Proposta
Escala: 1/200 Fevereiro de 2016
20
Helder de Jesus Rodrigues Andrade - 21003998 Orientadora: Professora Doutora Ana Paula Rainha
Des.
INSTITUTO SUPERIOR MANUEL TEIXEIRA GOMES
Projecto - Dissertação de Mestrado em Arquitectura
Reabilitação do Convento São Francisco, Portimão Alojamento Turístico de Charme
Alçado Principal
Alçado Nascente
Piso 0 - 8.05 7.50
SÃO FRANCISCO
CHARM HOTEL & SPA
SÃO FRANCISCO RESTAURANTE 10.80 Piso 1 - 12.25 Piso 0 - 8.05 7.50 4.90 7.90
Descrição: Alçados da Proposta
Escala: 1/200 Fevereiro de 2016
21
Helder de Jesus Rodrigues Andrade - 21003998 Orientadora: Professora Doutora Ana Paula Rainha
Des.
INSTITUTO SUPERIOR MANUEL TEIXEIRA GOMES
Projecto - Dissertação de Mestrado em Arquitectura
Reabilitação do Convento São Francisco, Portimão Alojamento Turístico de Charme
Alçado Sul