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Análise socioeconômica dos arranjos familiares em um CRAS no município de Belém – PA: o papel do idoso no contexto familiar

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Academic year: 2021

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Análise socioeconômica dos arranjos familiares em um CRAS

no município de Belém – PA:

o papel do idoso no contexto familiar

Por Léa Melo Monteiro Teresa Christina da Cruz Bezerra de Sena

Resumo: Objetivo: elucidar o perfil socioeconômico do idoso assistido no CRAS Outeiro (Belém/PA), analisando a importância do idoso na renda familiar. A proposta é verificar esse fenômeno social que faz com que o idoso seja o mantenedor nesses arranjos familiares. Metodologia: O estudo teve duas etapas: pesquisa documental do tipo exploratória - descritiva, com seleção dos idosos atendidos pelo Programa de atenção integral à família, e análise quantitativa das fichas cadastrais dos 94 idosos selecionados. Os dados foram analisados em duas categorias – chave: dados sociodemográficos e características socioeconômicas dos idosos. Resultados e Discussão: Considerando a população idosa atendida como um todo, observa-se que 68,09% são mulheres e 31, 91% homens, mostrando uma tendência a superação da homogeneidade entre os sexos, apontando para uma supremacia das mulheres entre os idosos. Considerações Finais: Essa heterogeneidade, seja em termos etários ou socioeconômicos, traz também demandas diferenciadas, que devem ser analisadas e consideradas na formulação de políticas públicas.

Palavras-chave: envelhecimento, idosos e família.

Abstract: Socio-economic status of family arrangements in a CRAS in the town of Belem - PA: The role of elderly within the family

Objective: To elucidate the socio-economic profile of the elderly in assisted CRAS Outeiro (Belém / PA), this paper investigates the importance of elders in the family income. The proposal is to examine this social phenomenon that causes the elder is the keeper of these family arrangements. Methodology: The study had two stages: documentary research as exploratory, descriptive, with selection of the elderly by the program of integral attention to family and quantitative analysis of the registration forms of the 94 subjects selected. The data were analyzed in two categories - key: the demographics and socioeconomic characteristics of the elderly. Results and Discussion: Considering the aging population as a whole answered, it is observed that 68.09% are women and 31 men are 91%, showing a tendency to overshoot the homogeneity between the sexes, pointing to a dominance of women among elderly. Conclusion: This heterogeneity, either in age or socioeconomic, also brings different expectations, which must be reviewed and considered in the formulation of public policies.

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Políticas Públicas e direitos dos idosos

Pode-se dizer que a incorporação, em alguma medida, da questão do envelhecimento populacional na agenda das políticas brasileiras, quer sejam públicas ou por iniciativa da sociedade civil, não é nova. Na verdade, o Brasil é um dos pioneiros na América Latina na implementação de uma política de garantia de renda para a população trabalhadora que culminou com a universalização da seguridade social em 1988.

As mobilizações em torno de direitos sociais foram reconhecidas como direito à Seguridade Social na Constituição Federal de 1988, traçando um novo perfil histórico para a assistência social no país. “A Seguridade compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinados a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social” (artigo 194 da Constituição Federal de 1988).

Embora a Constituição de 1988 tenha feito um grande avanço no que diz respeito ao papel do Estado na proteção do idoso, a família continuou sendo a principal responsável pelo cuidado desta população, podendo ser criminalizada caso não o faça. Isso foi inclusive objeto do título VII — Dos Crimes contra Família — Capítulo III, artigo 244, do Código Penal. : “Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência do cônjuge, ou de filho menor de 18 (dezoito) anos ou inapto para o trabalho, ou de ascendente inválido ou maior de 60 (sessenta) anos (...)”.

No Brasil, a legislação sobre as pessoas idosas é garantida apenas a partir da Constituição de cinco de outubro de 1988, a chamada “Constituição Cidadã”, por ser a Constituição brasileira que mais avançou no âmbito dos direitos sociais. A partir dela, aprova-se a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), a Política Nacional do Idoso (PNI), Lei n 8.842 de quatro de janeiro de 1994; a Política Nacional de Saúde do Idoso, portaria n 1.395, de dezembro de 1999, e, por ultimo, o Estatuto do Idoso, Lei 10.741 de primeiro de outubro de 2003. (FERREIRA, 2000)

Em 7 de dezembro de 1993, institui-se a LOAS por meio da Lei n 8.742, que designa à política de assistência social a garantia das ações de prevenção, promoção, proteção e inserção dos cidadãos em situações de risco social. Com caráter de política pública, no âmbito da seguridade social, vem estabelecer como diretrizes - que vão intervir positivamente no estabelecimento de uma política para a pessoa idosa no Brasil - o protagonismo do público-alvo; a matricialidade na família; a preservação da autonomia, dos vínculos sociofamiliares e o incentivo à participação social (FERREIRA, 2000).

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Os direitos dos idosos assegurados na Constituição de 1988 foram regulamentados através da Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS (Lei nº 8.742/93). Entre os benefícios mais importantes proporcionados por esta Lei, constitui-se o Benefício de Prestação Continuada, regulamentado em seu artigo 20. O Benefício de Prestação Continuada consiste no repasse de um salário-mínimo mensal, dirigido às pessoas idosas e às portadoras de deficiência que não tenham condições de sobrevivência, tendo como princípio central de elegibilidade a incapacidade para o trabalho, objetivando a universalização dos benefícios, a inclusão social.

O BPC é parte da política nacional de seguridade social, mais especificamente da assistência social e, consequentemente, de natureza não contributiva. O BPC integra a proteção social básica do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e deve ser prestado em articulação com os diversos serviços de assistência social e de outras políticas, na perspectiva de ampliar a proteção a idosos e pessoas com deficiência e suas famílias. É um benefício financiado integralmente com recursos do Governo Federal (PAULO, 2008).

De acordo com Camarano (1999, p. 63), o incremento das demandas por política sociais voltadas aos idosos não pode ser visto apenas como resultado de uma determinada composição etária, porém, deve-se observar que mudanças no papel dos idosos na sociedade servem de base como determinantes destas demandas, “[...] mostrando que a melhoria das condições de vida dos idosos não depende apenas de mudanças no regime demográfico [...]”.

Após um movimento nacional foi aprovada, em 2004, uma nova Política Nacional de Assistência Social na perspectiva de implementação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Consequentemente, em 2005 fez-se necessária a edição de uma NOB que definisse as bases para a implementação do SUAS. Propõe também a construção de um sistema único que assegure serviços, programas, projetos e benefícios organizados em uma estrutura integrada nacionalmente e, simultaneamente, descentralizada, participativa e democrática. Ao mesmo tempo é imprescindível que esta estrutura de serviços se relacione e se integre com as demais políticas públicas.

Nesse sentido, o SUAS reforça a concepção de que mesmo um sistema de proteção social de caráter nacional não pode prescindir de captar as diferenças regionais e locais. Para isso é necessário o diagnóstico socioterritorial das situações de vulnerabilidade, análise das suas potencialidades, bem como a referência com a totalidade e a integração nos âmbitos local, estadual e municipal.

O SUAS, como novo modelo de gestão descentralizado e participativo, é um sistema articulador e provedor de ações de proteção social básica e especial junto aos Estados, Municípios e União. No âmbito da Proteção Social Básica estão os serviços destinados à população que vive em situação de

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vulnerabilidade social decorrente da pobreza e tem por objetivo prevenir situações de risco.

Segundo Moraes (2008, p. 676) “atuam na perspectiva de favorecer o acesso à rede de serviços sociais e de oferecer apoio à preservação dos vínculos sociofamiliares como estratégias de seguridade”. Sposati (1985) complementa: ”[...] objetivam processar a inclusão de grupos em situação de risco social nas políticas publicas, no mundo do trabalho e na vida comunitária e societária”. Os serviços de Proteção Social Básica serão executados de forma direta no CRAS (Centro de Referência da Assistência Social), ou, de forma indireta, nas entidades e organizações de assistência social, da área de abrangência dos CRAS (PNAS-2004). A política Nacional de Assistência Social define o CRAS como sendo:

Uma entidade pública estatal de base territorial, localizados em áreas de vulnerabilidade social, que abrange um total de até 1000 (mil) famílias por ano. Executa serviços de proteção social básica, organiza e coordena a rede de serviços socioassistenciais locais da política de assistência social. (PNAS, 2004, p. 29).

O CRAS realiza um trabalho diretamente com as famílias e indivíduos levando em consideração o seu contexto comunitário, será ele também responsável pela oferta do Programa de Atenção Integral a Famílias (PAIF), que objetiva a valorização das heterogeneidades, as particularidades e a diversidade cultural de cada família.

O Programa de Atenção Integral às Famílias – PAIF é um dos serviços de proteção social básica, caracteriza-se por voltar seu atendimento às famílias em situação de vulnerabilidade social e tem o objetivo promover a emancipação das mesmas. Incorpora os conceitos de centralidade na família, articulação intersetorial e descentralização da gestão expressos na Politica Nacional de Assistência Social/SUAS.

Esse programa tem como principais diretrizes: conhecer a realidade das famílias para planejamento do trabalho a ser realizado; potencializar a rede de serviços e o acesso aos direitos; valorizar as famílias em sua diversidade, valores, cultura, com sua história, trajetórias, problemas, demandas e potencialidades (principalmente); adotar metodologias participativas e dialógicas de trabalhos com as famílias; implementar serviços socioassistenciais em caso de trabalho com famílias indígenas, quilombolas e outras comunidades tradicionais (BRASIL, 2006).

Nessa nova perspectiva, compreende-se que os serviços destinados, especificamente às pessoas idosas devem fazer parte da rede assistencial, integrando gerações, favorecendo o fortalecimento das relações solidárias sociofamiliares.

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O papel do idoso na família brasileira

Segundo Mioto (1997), família pode ser definida como um núcleo de pessoas que convivem em determinado lugar, durante um lapso de tempo, mais ou menos longo, e que se acham unidas (ou não) por laços consanguíneos. E acrescenta: “tem tarefa primordial o cuidado e a proteção de seus membros e se encontra dialeticamente articulado com a estrutura social na qual está inserido” (MIOTO, 1997, p. 120).

O IBGE em pesquisas relacionadas à população define família como:

Conjunto de pessoas ligadas por laços de parentesco, dependência doméstica ou norma de convivência, residente na mesma unidade domiciliar, ou pessoa que mora só em uma unidade domiciliar. Entende-se por dependência doméstica a relação estabelecida entre a pessoa de referência e os empregados domésticos e agregados da família, e por normas de convivência as regras estabelecidas para o convívio de pessoas que moram juntas sem estarem ligadas por laço de parentesco ou dependência doméstica. Consideram-se como famílias conviventes as constituídas de, no mínimo, duas pessoas cada uma, que residam na mesma unidade domiciliar. (IBGE, 2009, p 244)

O envelhecimento populacional no Brasil impõe a sociedade, e as suas instituições, um grande desafio social que é enfrentar a velocidade com que se processa o aumento do número de pessoas com mais de 60 anos na sociedade brasileira, e as consequências que esse fenômeno acarreta. Neste contexto, a família é a instituição, por excelência, convocada a prestar assistência ao idoso como preconiza o Estatuto do Idoso (2003) que afirma ser obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e a convivência familiar e comunitária.

Para Rodrigues e Rauth (2006) o aumento do número de idosos na população tem impacto direto sobre a família, pois com o prolongamento da vida humana, com a redução da fecundidade, vai aumentando na família o número de pessoas idosas, enquanto as outras faixas etárias, inclusive de crianças e jovens, começam a diminuir. Nas palavras de SCHIRRMACHER (2005, p. 34):

As estruturas familiares serão verticais e não mais horizontais, com muitos poucos primos ou primas, mas com quatro ou cinco gerações vivendo ao mesmo tempo. Entre elas existirão relações completamente novas, sendo a troca de dinheiro, mercadorias e conteúdos culturais nas famílias determinada por tabus completamente novos.

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Além disso, haverá um segundo desvio demográfico: as crianças de hoje tomarão em 30 anos uma decisão central que terá grande influência em nossos últimos anos. Elas decidirão se elas próprias vão ter filhos e se seus filhos terão avós.

O que resulta da família menor, do aumento da mão-de-obra feminina e do aumento da longevidade é a fragilização da família enquanto instituição social de cuidados aos idosos. Há pessoas com 60 anos e mais cuidando tanto de seus bisnetos quanto de seus pais idosos (RODRIGUES e RAUTH, 2006). Tendo em vista este contexto e buscando elucidar o perfil socioeconômico do idoso assistido no CRAS Outeiro (Belém/PA), este trabalho investiga a importância do idoso na família. A proposta é verificar o fenômeno social que faz com que o idoso seja o mantenedor nesses arranjos familiares.

Metodologia

O estudo foi realizado, no mês de janeiro de 2010, no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) localizado em Outeiro, município de Belém/PA, e foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (HCGV).

Os critérios de inclusão no estudo foram: ter 60 anos ou mais, ser residente na territorialidade do CRAS Outeiro (Belém/PA) e atendido na referida unidade, sendo obrigatoriamente entrevistado e avaliado pela equipe do Programa de Atenção Integral à Família (PAIF).

O estudo teve duas etapas: a primeira consistiu numa pesquisa documental do tipo exploratória e descritiva nas dependências do CRAS Outeiro (Centro de Referência da Assistência Social) onde são desenvolvidos serviços socioassistenciais direcionados ao idoso e sua família.

Nesta primeira etapa foram selecionadas as Fichas de Identificação Familiar, do ano de 2009, dos idosos atendidos. Respeitando os critérios de inclusão e exclusão fizeram parte desta pesquisa uma amostra de 94 idosos (68,09% mulheres e 31, 91% homens).

Na segunda etapa do estudo ocorreu a coleta de dados a partir da análise quantitativa das fichas cadastrais do PAIF. Os dados foram tabulados e analisados em duas categorias chaves:

• Aspectos demográficos dos Idosos: sexo, idade, escolaridade, estado

civil.

• Características socioeconômicas dos idosos: renda do idoso, tipo de

renda, tipo de chefia familiar, condição do idoso na família e quantidade de dependentes.

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Resultados e discussão

Aspectos sociodemográficos dos idosos atendidos

Idade e sexo

O envelhecimento populacional traz uma série de desafios para a sociedade, dado que altera a demanda por políticas públicas e a distribuição dos recursos disponíveis. Uma das certezas que se tem para o futuro próximo é a de um crescimento a taxas elevadas do contingente de idosos vivendo mais tempo. Já foi constatado em outros trabalhos que existe ainda um grande espaço para que a mortalidade da população idosa continue a diminuir, ou seja, para mais ganhos na esperança de vida após 60 anos. Por outro lado, a certeza da continuação nos ganhos em anos vividos é acompanhada pela incerteza a respeito das condições de saúde, renda e apoio que experimentarão os longevos (CAMARANO, 2007).

O envelhecimento populacional em curso na região Norte apresenta especificidades. De acordo com o último censo populacional, cerca de 700 mil pessoas tinham 60 anos e mais na região, o que corresponde a 5,5% do total da população. Essa proporção era inferior à média nacional (8,6%), apontando para um processo de envelhecimento mais recente. Dentro da região, o Pará, com uma população de 6.192.307 habitantes em 2000, apresentava o maior contingente populacional de todos os estados da região Norte, sendo responsável por 48% da população dessa região. Verifica-se uma ligeira predominância do contingente de homens em relação ao de mulheres. Provavelmente, essa diferença pode ser explicada pelo processo histórico de ocupação do território, marcado pela imigração maior de homens para as regiões de fronteira agrícola (CAMARANO, 2007).

Gráfico I – idosos atendidos no CRAS/outeiro em 2009

Gráfico II– idosos por faixa etária segundo o sexo

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Em 1950, existiam aproximadamente 45 mil idosos no Pará, o que representava 4% da população do estado. Em 2000, essa população atingiu a marca de 356 mil, 6% do total. A taxa média de crescimento experimentada pelo segmento de pessoas idosas nesse período foi de 4,2% ao ano (CAMARANO, 2007). Ainda, segundo a autora, ao se comparar a distribuição por sexo da população idosa no Pará com a brasileira, a primeira mostra-se mais homogênea, composta por 49% de homens e 51% de mulheres em 2000. Para o Brasil esses valores foram de 45% e 55%, respectivamente. O estado segue mais de perto o padrão da região Norte, cuja proporção de homens idosos era praticamente igual à de mulheres (CAMARANO, 2007).

Considerando a população idosa atendida como um todo, observa-se que 68,09% são mulheres e 31,91% homens, mostrando uma tendência a superação da homogeneidade entre os sexos, apontando para uma supremacia das mulheres entre os idosos (GRÁFICO I).

O predomínio de mulheres idosas pode ser explicado pelo fenômeno denominado de “feminização da velhice”. Para Neri (2005), no sentido demográfico, o termo está associado aos seguintes conceitos: maior presença relativa de mulheres na população idosa (em 1995, a razão de sexos nos países em desenvolvimento foi de 88% e, no Brasil, foi de 82%), maior longevidade das mulheres em comparação com os homens (a esperanca de vida ao nascer, para as mulheres, é cerca de nove anos maior do que a dos homens e aos 60 anos, é cerca de quatro anos maior do que a masculina), crescimento relativo do número de mulheres que fazem parte da população economicamente ativa e crescimento relativo no número de mulheres que são chefes de família (BERQUÓ, 1999 e CAMARANO et al, 1999 apud NERI, 2005). Tal fenômeno se intensifica nas Regiões metropolitanas, o que poderia ser explicado pelo melhor acesso a servicos de saúde nos grandes centros (IBGE, 2007).

Quando desagregada pelos subgrupos de idade verificamos que a maioria das mulheres encontra-se na faixa etária de 60 a 64 anos, enquanto que nas demais faixas etárias há prevalência do sexo masculino, sugerindo um envelhecimento diferente do encontrado nas demais regiões onde o número de mulheres em idade avançada é superior ao de homens (GRÁFICO II).

Estado civil

Quanto ao estado civil se verifica que o todo atendido é composto por 35,42% casados, 25% solteiros, 17, 71% vivem com companheiro e 15,63% viúvos. Se analisados por gênero, constatamos que a proporção de casados é de 41,94% enquanto de casadas é de 32,31% (GRÁFICO III) dados que coincidem com os achados da Pesquisa do SESC (NERI, 2007) onde entre os homens idosos prevalecem os casados (73%) contra 37% das casadas. Diferença que persiste se compararmos o numero de viúvos atendidos (9,68%) ao de viúvas atendidas (18, 46%) (GRÁFICO III), dado que também ratifica os achados da Pesquisa do SESC (NERI, 2007) onde o percentual ficou em torno de 14% viúvos contra 48% de viúvas. Isso ocorre devido à maior expectativa de vida das mulheres e

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a tendência dos homens casarem com mulheres mais jovens e contraírem novo matrimônio (WHO, 2005; MORAES, 2008).

Gráfico III – estado civil dos idosos atendidos segundo o sexo

Fonte: Pesquisa de campo (2010)

Escolaridade

Quanto a escolaridade os dados mais expressivos encontrados nas pesquisas nacionais por amostra de domicilios referem que 71,88% dos idosos têm o ensino fundamental incompleto e 17,71% são analfabetos, dados que refletem os efeitos precários das politicas educacionais existentes no Brasil nas décadas de 1950 e de 1960 (IBGE, 2005).

Na pesquisa nacional por amostra de domicilios (2005) o percentual de idosos analfabetos funcionais girou em torno de 57,4% sendo que as Regiões Norte e Nordeste alcancaram proporções superiores a 70% (IBGE, 2005). Na pesquisa de 2008, os idosos brasileiros ainda mantinham altas taxas de anlfabetismo, 32,2% não sabiam ler e escrever. Também apresentavam uma alta taxa de analfabetismo funcional (menos de 4 anos de estudo), 51,7% (IBGE, 2009). Os elevados índices de analfabetismo têm impactos na média de anos de estudo que, em 2008, foi apenas 4,1 anos para o conjunto do Pais, tendo aumentado um ano de estudo em relaçãoo a 1998, quando o valor era de 3,0. Em funcão de condições menos favoráveis, os idosos nortistas apresentaram, em média, três anos de estudo (IBGE, 2009).

Os dados encontrados nesta pesquisa reafirmam os dados destacados nas pesquisas acima onde a maioria dos idosos têm apenas o ensino fundamental incompleto (72, 3% da idosas e 71, 0% dos idosos) (GRÁFICO IV).

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Gráfico IV – nível de escolaridade dos idosos atendidos segundo o sexo

Fonte: Pesquisa de Campo (2010)

Caracacterísticas sócio-econômicas dos idosos

Tipo de renda e renda dos idosos

Duas perspectivas são levantadas na literatura acerca do impacto da renda no arranjo domiciliar do idoso. Por um lado, o recebimento de uma renda impulsionaria os idosos a buscar privacidade e independência, optando por morarem sozinhos (COSTA, 1997; MACGARRY e SCHOENI, 1998; CARVALHO, 2000 apud PAULO, 2008). Por outro lado, a renda recebida pelos idosos, principalmente em situações de pobreza, poderia atrair familiares que buscariam usufruir de seus benefícios (SAAD, 2000; CAMARANO, 2003; CIOFFI, 1998). Assim, o recebimento de uma renda pelo idoso, tanto tornaria possível a opção de morar sozinho, como também tornaria a coresidência mais atrativa para os filhos e outros parentes.

A literatura também tem destacado a importância da renda do idoso no sustento das famílias. No caso das famílias mais pobres, a coabitação de familiares acaba sendo uma forma de enfrentamento das situações econômicas adversas. No entanto, não se pode deixar de destacar que o recebimento de um benefício dá autonomia ao idoso, e que de uma situação de dependência passa a ter maior possibilidade sobre suas escolhas, inclusive no que tange ao arranjo domiciliar. O que se discute, no entanto, é que nas situações de pobreza, o exercício da preferência por uma moradia na qual o idoso pudesse prezar pela privacidade fica sobrepujado pelas condições econômicas adversas dos familiares, ou seja, o efeito da pobreza pode sobrepor ao da preferência pela privacidade (SAAD, 1996; 2000).

Essa discussão é bastante oportuna no atual contexto brasileiro, que vem sendo marcado por um acelerado envelhecimento populacional, por profundas

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mudanças nos arranjos domiciliares e pela ampla cobertura da seguridade social do idoso.

Para Saad (2000), o efeito mais direto de reformas no sistema de pensão dos idosos seria a autonomia do idoso, uma vez que o recebimento de um benefício fornece aos idosos a possibilidade de serem expressas suas preferências de privacidade no arranjo domiciliar. No entanto, Saad salienta que essas preferências devem ser analisadas em conjunto com as condições econômicas e sociais dos familiares dos idosos, uma vez que, muitas vezes, serão os familiares dos idosos os necessitados da co-residência como forma de garantia do sustento. Em estudo comparativo entre viúvos de diferentes regiões brasileiras sobre arranjos domiciliares, Saad (1996) encontrou que a alta renda do idoso, no Sudeste, separa os domicílios e, no Nordeste, a pobreza estimula a co-residência, indicando que a preferência do idoso pode ser sobrepujada pelas necessidades dos filhos adultos (PAULO, 2008, p. 17). Ao analisarmos a principal fonte de renda dos idosos atendidos em 2009, observamos que, tanto para homens (30%) quanto para mulheres (25%), o Benefício da Prestação Continuada (BPC) configura-se como a principal fonte de renda (GRÁFICO V). O BPC corresponde ao beneficio mensal no valor de um salário mínimo (SM) destinado a idosos acima de 65 anos, cuja renda familiar per capita seja inferior a ¼ de SM (PAULO, 2008).

Quanto à renda dos idosos, a maioria de homens (48, 4%) e mulheres (35, 4%) recebe um salário mínimo (GRÁFICO VI) proveniente, principalmente, do BPC conforme GRÁFICO V.

As mudanças nas relações intrafamiliares representam, assim, uma conquista de novos papéis sociais para as pessoas idosas. Dessa forma, a renda recebida pelo idoso, de caráter contributivo ou não (programas sociais, como BPC e o Bolsa Família), cumpre uma função de proteção social importante. Nessa perspectiva, espera-se, no espaço familiar, uma revalorização da pessoa idosa que, de posse da renda, obtém uma espécie de salvaguarda de subsistência familiar. Assim, os idosos invertem o papel social de assistido para assistente.

Gráfico V – tipo de renda do idosos por sexo

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Condição do idoso na família e tipo de chefia familiar

Os idosos podem se encontrar no arranjo domiciliar tanto como responsáveis pelo domicílio, na posição de chefe ou cônjuge, quanto podem se encontrar no domicílio na posição de outros parentes. Em geral, os idosos que residem nos domicílios como outros parentes apresentam maior dependência, em especial devido à maior debilidade na saúde e dificuldades financeiras. Nessa situação, o papel da família é extremamente importante no amparo e cuidado ao idoso (PAULO, 2008).

Com relação à posição no domicílio, estudo recente dos arranjos dos idosos no Brasil, com base na PNAD de 1999 desenvolvido por Camarano & El Ghaouri (1999), mostraram que a grande maioria (86%) dos idosos se encontra na posição de chefes de domicílios ou cônjuges e apenas uma menor parte se encontra como outros parentes nos domicílios. Há, no entanto, certa diferença no tipo de arranjo domiciliar por sexo, com base na PNAD de 1998. Segundo Romero, citado por Paulo (2008), a maioria dos homens idosos, cerca de 80%, mora com o seu cônjuge e apenas 8% mora sozinho. Com relação às idosas, os tipos de arranjos são bem mais variados: aproximadamente 45% das idosas vivem com o cônjuge; 13% com apenas um parente; e 16% moram sozinhas (PAULO, 2008).

Gráfico VI – condição do idoso na família por sexo

Fonte: Pesquisa de Campo (2010)

Na amostra, constata-se que a maioria dos idosos é hoje responsável financeiro pelo domicilio, na proporção de 76,7% homens para 68, 8% mulheres (GRÁFICO VII). Isso pode ser explicado pelo fato de que a maioria das idosas brasileiras de hoje não tiveram um trabalho remunerado durante a vida adulta (MORAES, 2008).

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As Sínteses de Indicadores Sociais – do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que traz informações referentes à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio nos últimos anos têm mostrado a importância do idoso na família na sociedade brasileira:

“Em 2005, 65,3% dos idosos eram considerados pessoas de referência. Estas proporções são semelhantes nas diversas Unidades da Federação, regiões metropolitanas, destacando-se o Estado de Tocantins com 70, 8%” (IBGE, 2006, p. 216);

“[...] A contribuição dos idosos, em 53% dos domicílios, representa mais da metade do total da renda familiar” (IBGE, 2008, p. 166).

Gráfico VII – chefia familiar por sexo

Fonte: Pesquisa de Campo (2010)

As idosas que são chefes de familias perfazem um total de 53,13% contra 46,88% dos idosos chefes de família (GRÁFICO VII) dado que diverge dos encontrados pelo Sesc, em 2007, onde 88% dos idosos chefiavam famílias. O estudo de Neri (2007), também, verificou que a supramacia dos homens como chefes de família declina com a idade – de 90% dos 60 aos 69 anos, a 77% com 80 anos ou mais – ocorrendo o contrário com as mulheres - de 52% dos 60 aos 69 anos, a 72% entre as que passaram dos 80 anos. Nas palavras de Goldani (1999 apud MORAES, 2008, p. 05): diferentemente do que fizeram na sua vida adulta, progressivamente assumem o papel de chefes de família e de provedoras.

Quantidade de dependentes

Ao investigar os idosos que se encontram na posição de chefes ou cônjuges, Camarano & El Ghaouri (1999), argumentam que se esperava que o

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envelhecimento populacional levasse a um maior crescimento na proporção dos idosos morando sozinhos, seja de idosos casados, viúvos (as), divorciados (as) ou aqueles (as) que nunca se casaram. No entanto, o que se verifica é que “os arranjos familiares da população idosa estão se enchendo (e não se esvaziando) de filhos, netos” (CAMARANO, 2003, p.47).

Para compreender essa situação, deve ser levada em consideração a atual conjuntura econômica, na qual os jovens adultos têm encontrado dificuldades no mercado de trabalho e, dessa forma, adiam a saída da casa dos pais, ou acabando optam pela co-residência (CAMARANO & EL GHAOURI, 1999).

Gráfico VIII – número de dependentes por idoso segundo o sexo

Fonte: Pesquisa de campo (2010)

“[...] os idosos ocupam significativamente a posição de chefia nestes arranjos. O tipo mais comum era aquele no qual o idoso mora com seus filhos, 44,5%, no conjunto do país. As regiões Norte e Nordeste se destacavam com percentuais de 54,5% e 51,6%, o que pode ser resultado de necessidades socioeconômicas e, também, de características culturais locais”. (IBGE, 2007, p. 151) De fato, o número de dependentes por idoso mostra uma tendência aos arranjos domiciliares intergeracionais. Dos idosos atendidos, a maioria situa-se na faixa de 2 a 3 dependentes por idoso, na proporção de 45,8% dependentes para os homens e 40% para mulheres (GRÁFICO VIII). A maioria das familias com 4 - 5 dependentes são chefiadas por mulheres (33,3%) (GRÁFICO VIII). Um fator determinante para esse achado é o fato de as idosas ajudarem mais do que os homens no cuidados com os netos. Na faixa etária de 60 a 69 anos, uma em cada 4 mulheres cria seus netos (NERI, 2007).

Segundo Camarano (2003), toda essa situação indica uma inversão do fluxo intergeracional de transferências de renda na família. O esperado seria os

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filhos cuidando financeiramente dos pais na velhice e, no entanto, devido ao peso da renda dos idosos, há uma inversão da relação de dependência. “A co-residência dos idosos é um arranjo generalizado entre a população idosa brasileira e, nesse caso, parece refletir mais a necessidade da população jovem do que idosa” (CAMARANO, 2003, p.55),

Considerações finais

O envelhecimento populacional é, sem dúvida, a maior conquista social do século XX. No entanto, há que se reconhecer que ela traz grandes desafios para as sociedades contemporâneas.

No contexto estudado, podemos afirmar que as políticas públicas direcionadas ao idoso, como por exemplo, políticas de renda (previdência social ou assistência social) têm interferido fortemente no arranjo domiciliar dos idosos e nas relações existentes entre os membros do domicílio.

Além disso, no Brasil, a melhoria na situação dos idosos está fortemente relacionada à expansão do sistema previdenciário. Entre a população estudada, a universalização do sistema de seguridade social tem funcionando como mecanismo de distribuição de renda, pois, como mostra os dados desse estudo, o BPC tem favorecido não somente o idoso mas, também, toda a sua família.

Este estudo mostrou que a heterogeneidade do segmento idoso não se deve apenas a diferenças na composição etária. Dadas as diferentes trajetórias de vida experimentadas pelos idosos em diferentes contextos sócio históricos, eles têm inserções distintas na vida social e econômica do país. Essa heterogeneidade, seja em termos etários ou socioeconômicos, traz também demandas diferenciadas, que devem ser analisadas e consideradas na formulação de políticas públicas.

Data de recebimento: 14/07/2012; Data de aceite: 15/10/2012

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Léa Melo Monteiro - Assistente Social. Especialista em Gerontologia e Geriatria pela Universidade do Estado do Pará.

Teresa Bezerra Sena - Terapeuta Ocupacional. Especialista em Gerontologia

PUC – MG. Mestranda em Gerontologia PUC – SP. E-mail:

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