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Zero, 2003, ano 19, n.2, dez.

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�---_._._-

-(

I

A amaaça

do ansino

pago

Luiz

Cláudio

asclaraca

oofl

E muito

mais

Curso da Jornalismo

da

UFSC

-Florianópolis,

11 da dazambro da 2003

-Ano XIX

-

NU 2

I, I. ';

I

A

rapública

dos

documentos

sacratos

a

do

sigilo

atarno

Voto

alatrõnico

Ii

violával

(2)

IMPUNIDADE SEM FRONTEIRAS

Jornalistas

mortos

são

56

em

2003

Aotodonesteano

56

jornalistas

fo­ ram assassinadosnomundo.

Ataques

premeditados

aos

profissionais

e suas

publicações,

novas

restrições

governa­

mentaisaliberdade de

expressão

e a

onda de conflitos contribuíram paraa

degradação daimprensalivre

em2003.

Criou-seuma

perspectiva

nefasta para o

próximo

ano. Foioque concluiua

Associação

Mundial de

Jornais,

(WAN,

sigla

em

inglês)

narevisãosobreaim­

prensa livre mundial.AWAN represen­ ta18mil

jornais

emtodoomundo.

"Sérias

limitações

deliberdadede

expressão

naforma de leis deseguran­

ça

nacional,

atosdeterrorismoeleis de crimes por

difamação

baixaramos

números de

jornalistas

na

prisão,

po-rém incentivaram ainda maisa

pratica

'0-_.

'SlIuaçlO

SlIuaçlo s...çlo SR i Sltuoçio

de autocensura" dizseurelatório.Are- boa amena deUcada

dJfi':

o

multogray"

pressão

das autoridadestemdeixadoa

....

Fo-n-te-:

R-e-p-órt-e-re-s-S-em-F-ro-nt-ei-ra-s---_.;;..----'

imprensa

cadavez menoslivre parase

expressar.As maisaudaciosastentativasdecriarbar­ reiras

legais

para

reprimir

a

imprensa

podem

servis­ tasno

Uzbequistão,

IrãeZimbábue.NoIrãaté

hoje

permanecem

impunes

osautoresementoresdosas­

sassinatosde

jornalistas

cometidosem1998.No Zim­

bábue,

quatro

integrantes

da

Associação

Nacional de

Jornais

foramdemitidos

pela

supremacortedo

país.

A

Colômbia,

consideradao

país

maishostilaos

jor­

nalistas,

foi

ultrapassada pelas Filipinas

queteve seu

númerode

jornalistas

mortosdobradoem

relação

ao ano

passado.

De3saltou para6.Em

setembro,

oradi­

alista

Juan

"[un"

Palafoimortoatiros.Ele éosexto

jornalista filipino

morto nesteano.Aesposa de Pala

disse queseumaridocostumavacriticarosoficiais do

governo,incluindoo

major

Rodrigo

Dutertee a

presí­

dente Gloria

Macapagal

Arroyo.

Etambémcostumava

expora

corrupção

que envolvia

alguns

políticos.

Mais

desencorajador

ainda éo numerodecasos

quecontinuam

impunes

naColômbia.Nosúltimos 15

anos, asautoridades do

país

resolveram apenas 35

dos 112casosde

jornalistas

mortos.

No

Iraque,

ogoverno de

transição

decretouuma

série denovasregrasnas

quais

as

principais organi­

zações

midiáticas do mundo árabe

-AI

]azeera

eAI­

Arabiya

- foram

temporaríamente

banidas de cobrir

eventosoficiaisporseremconsideradas

provocado­

rasde violência.A

proibição

foi

imposta

depois

dea

AI-Arabiya

transmitirumafita de

áudio,

em16deno­

vembro,

na

qual

avoz,queseriade SaddamHussein,

pedia

aos

iraquianos

quematassemosmembros do

governo de

transição

imposto

pelos

americanos. O governo interino

iraquiano

baniu

previamente

aAl­

Arabiya

e ocanal árabesviasatélite

Al-Iazeera

deco­

brirem atividades oficiaisporduas semanas'

depois

do assassinato de Akila

al-Hashimi,

membro do go­

verno

interino,

mortonodia 20 denovembro.

publicações.

No

Vietnã,

em

junho,

o en­

saísta Pham

Hong

Sonfoicondenadoa 13anosde

prisão

por

"espíonagem".

Na

Rússia,

oassassinatodos

jorna­

listas

Aleksey

SidoroveAlikhan

Gulyev,

reacendeuacrescenteviolênciano

país.

Ousode leis

antiquadas,

como asenten­

ça deum anodetrabalho

forçado

aGer­

man

Galkan,

editor chefedo

jornal

diá­

rio

Vecherny

Cheliabinsk,

por difamar

dois

políticos,

juntamente

com as

rígi­

das

restrições

dogovernoacoberturada

mídia,

distinguiu

a

abordagem

russada

imprensa

européia

sobrea guerra da

Checheniae as

eleições

deoutubro.

As

condições

de trabalho para

jor­

nalistas locais do

Afeganistão

pioraram

desde

junho.

Asentençademortedos

editores

Sayeed

Mirhassan Mahdawie

Ali Reza

Payampor

por

blasfêmia,

em agosto, foio

estopim

paraacomunída­ de internacional começar uma

larga

campanha

paraaliberdade de

expressão

no

país.

As

medidas tomadas

pelas

autorídades

afegãs

difundiram umclima de medo. Os

jornalistas

temem

publicar

ar­

tigos

que

critiquem

oslíderes locaise

religiosos.

ApermanenteviolênciaemIsraelePalestina

degra­

dou tambéma

imprensa

livrena

região.

A

grande

preo­

cupação

écom asegurança.

Apesar

do

temporário

ces­ sar

fogo,

asatividadestantodos

jornalistas

locaisquan­

todos

estrangeiros

ficaramaindamais restritas.

América Latina- OBrasiltornou-semais

peri­

goso

quando

três

jornalistas

forammortosnosúlti­

mosseismesessob circunstancias

suspeitas.

Edgar

RibeiroPereirade

Oliveira,

dono deum

semanal,

o

freelancer

LuizAntonioda CostaeNicanorUnhares

Batista,

proprietário

deuma

estação

de radio foram assassinados. Luiz Antonio da

Costa,

quetrabalhava paraa revista

Época

foi assassinado

quando

tirava

fotos da invasão de três mil pessoas do Movimento dos TrabalhadoresSemTeto

(MTST)

aoterrenoda

Volkswagen

nacidade de São Bernardo do

Campo,

no

ABC

paulista.

NaAmérica Centrala

imprensa

livreteve

significá­

tivos

ganhos

naCostaRica

seguindo

adecisão da Cor­

teConstitucional de abrir fontes de

informação

inclu­ indoo acesso adados decontasbancárias usadasem

campanhas políticas.

Emborana

administração

do

presidente

mexica­

noVicente Foxtenhasediscutido sobrealei deim­

prensa

mexicana,

que

restringe

liberdade de

impren­

sa,nenhuma

ação

concretafoifeita ainda para repa­ rar alei de 1917,onde

difamação,

por

exemplo,

re­ presentaumaofensa criminal. O subornode

jornalis­

tas

diminuiu,

mas asreformas democráticas da

presi­

dência ainda não

reforçaram

a

imprensa

livreno

país.

Apesar

da

resolução

oficialdoconflitono

Iraque

edo número de

jornalistas

mortos terdiminuídocon­

sideravelmente,

elescontinuamsofrendoas

conseqü­

ências da hostilidadeeinstabilidadeno

país.

Nosúlti­

mosseismeses,quatro

jornalistas

foram mortos. O

cinegrafista

MazenDanadaReutersfoibaleadoemorto

porumsoldado americanoemagosto,

Jeremy

Líttle

morreu em

julho depois

queuma

granada

atingiu

seu carro.Mais recentemente,em

outubro,

morreuAh­

med

Shawkat,

editor deum

jornal

semanal

iraquiano.

Muitos

jornalistas

andamescondidoscommedo

das ameaças.A

situação

é

alarmante,

emvistado

rígi­

do controle sobrea

imprensa

e,em

conseqüência,

a

liberdade de

expressão. Lá,

os

correspondentes

pre­

cisamcombaterleis que sempre resultamem acusa­

ção criminal,

cadeiae censura.

A

Ásia

éa

região

commaiornúmero de assassína­

tosa

jomalistas.

Políticasseverasde

repressão,

restri­

ção

excessivaà mídiaeconflitos étnicosetensõesreli­

giosas

existentesemmuitos

países

contribuíram para

uma

imprensa

semliberdade

naregião.

Orelatóriotam­

bém salientaocontrole abusivo dos govemos chinêse

vietnamitanatrocade

informações

via Internet.

NaChinae no

Vietnã,

ataquescontínuosainternau­

tas,em nomeda segurança nacionalaumentaramonú­ merode

jomalistas

eativistasdos diretos humanos que

receberamseveraspenasem

prisões.

Quatro

jornalís­

tas

especializados

emInternetXu

Wei, lin Haike, Yang

Ziti,

e

Zhang Honghai

foram sentenciadosentre8 elO

anosde

prísão

poratossubversívosem

junho.

Elesse somaram aoutros30que

estão

aprisionados.

Asautoridadeschinesas também

suspenderam

a

publicação

de

673 jornais

noâmbitodeumareforma

da

imprensa estatal,

queestariaentrandonuma"fase

crucial",

conformenoticioua

agência

estatal.AChina

tem2.119

jomais,

9.038revistase

568

editoras de

Maria Fernanda

Ziegler

ZERO

������

MelhorPeçaGráfica

I, II, III, IV,VeXl SetUniversitário-PUC-RS

88,89,90,91,92e98

gaZEBO

3° Melhor

Jornal-laboratório

do Brasil Expocom94

Direito

é

uma

coisa�

acesso

ébemoutra

AAssociaçãoBrasileira deJornalismo

Investigativo

(Abraji)

promoveuem

setembro,ernBrasília,oSeminário

Internadonal sobreDireitodeAcessoa

Informações

Públicas,reunindo

jornalistas,

representantes dogovernoe entidades

comprometidas

corn os

direitos dasodedade,O

objetivo

foi levaraquestãodoacesso a

informações

públicas

aentidadesnão

jornalísticas,

corno aOrdem dos

Advogados

do Brasil

(OAB),

entendendoqueoassuntoédo

interessede todaasociedade.A

conclusãodareuniãofoi de queo direitodeacesso a

informações públicas

noBrasil é muitolimitado,ern

geral

fora

doalcance do cidadãocomum."Édifídl obter

íníormações

públicas

noBrasil. E

quando

esse acessoexiste,édemaneira

inadequada, redigida

deformaque

pouquíssimas

pessoas têm

condições

de

entendê-la",destaca MarceloBeraba,

presidente

da

Abraji.

Urndosprincipaisresultados do semináriofoiacriaçãodeumfórumde

organizações não-jornalísticas

para

discutireencaminhar propostas

relativasaodireito deacesso a

informações.

"A

Abraji

ternoidealde

quedevese

esforçar

aomáximo para

passarobastão dessa lutaaentidades não

jornalísticas

para

podermos

trabalharjuntos.Essa nãoéumaluta dos

jornalistas,

éurnaluta da socieda­

de",lembra. "O direitodeacessoà

informação pública

nãoé exclusivonem

privativodaimprensa,que éa menos

afetada poressaculturaobscurantista.

Maloubern,elacorreatrás das

informações.

Quemse

prejudica

de fato

éasociedade,que nãoterncaminho paraobtê-las",

completa.

Seguro

contraacorrupção- Rosental

CalmonAlves,diretor daCátedra

Knight

deJornalismodaUniversidadedoTexas, destacou,noevento,que "agarantiade

acessoà

informação pública

éum

segurocontraacorrupçãoe o

desperdício

derecursos

públicos".

Ele lembrouque desde

1966,

nosEUA,os

cidadãos

podem pedir

todotipode

informação

do governo,exceto

alguns

dados controlados

pela

ClAconsidera­ dos de segurança nacional. Pela lei

americana,

qualquer

pessoa, inclusive de fora do

país, pode pedir informações

seminformaromotivo,e ogovernotern

dez dias para

responder.

Em2002,mais

dedoismilhões de

pedidos

de

informação

foram

feitos,

apenas 5% deles por

jornalistas.

Hoje,50

países

têmleisquepermitemacesso

público

a todasas

informações produzidas pelos

governos. Oprimeiroaadotaressetipo

de

legislação

foia

Suéda,

ern

1766,

e o

México foiumdosúltimos,ern2001, cujalei

figura

entreasmaismodernas. Oseminárioteveoapoiodo Centro

Knight

parao

Jornalismo

nasAméricas, da Câmarados

Deputados,

doSenado

Federal,da UniversidadedeBrasília

(UnB),

da

TransparêndaBrasil,

da

Federação

Nacionaldos

Jornalistas

(Fenaj)

edaAssodaçãoNadonaldos

Jornais

(ANJ).

(CA)

I

ANOXIX- Nº2-DEZEMBRO2003- CURSO

DE]ORNALISMO

-CCE-

lOR

-UFSC

jornal-laboratório

do Curso de

Jornalismo

da UniversidadeFederal de Santa Catarina Arte:Alexandre

Brandão,

Makoto

Saito,

Renata

Dalmaso, Wagner

Maia

Apoio: Labfoto,

LabInfografia,

LabRadio

Colaboração: professor

Walace Lehnemann

Copy-writer:

Cinthia

Andruchak,

ClarissaAntunes,

Greyci Girardi,

MariaFernanda

Ziegler,

Mariana

Hinkel,

RicardoBarreto

(final),

Simone

Cunha,

Vitorde

Brines,

Wagner

Maia,

Wellington

Campos

Direção

deArteede

Redação: ]omalista

e

professor

Ricardo BarretoSecretáriode

Redação:

WendelMartins

Serviços

editoriais:

Agência

Câmara dos

Deputados,

Associação

Mundial de

Jornais,

IntercâmbioInternacional para Liberdade de

Expressão,

Folha deSão

Paulo,

Gráfica,

O EstadodeSão

Paulo,

O

Globo, Organoteque Image Bank,

Repórteres

Sem Fronteiras

Edição:

Cinthia

Andruchak,

Clarissa

Antunes, Greyci Girardi,

Mariana

Hinkel,

MariaFernanda

Ziegler,

Simone

Cunha,

Upiara

Boschi Editorde

gastronomia:

Richard Amante

Editoração

eletrônica,

secretaria

produção

gráfica

e

circulação:

WendelMartinsTratamentode

imagens:

Alexandre Brandão

Fotografia:

Alexandra

Godoy,

Débora

Remor,

Fernando

Angeoletto,

Rafael

Carvalho,

Sinuê

Giacomini,

W1adimirD'Andrade Laboratório

fotográfico:

Débora

Côrrea,

DéboraRemor

(sênior),

Wladimir D'Andrade Textos:Cinthia

Andruchak,

ClarissaAntunes,

Greyci

Girardi,

MaliaFemanda

Ziegler,

Mariana

Hinkel, Maycon

Stãhelín,

RichardAmante,Simone

Cunha,

Thiago

Macedo,

Upiara

Boschi

Impressão:

Diário Catarinense

Redação:

Curso de

Jornalismo

(UFSC-CCE-]OR),

Trindade,

CEP

88040-900, Florianópolis,

SC Telefones:55

(48)

331-6599, 331-9490,

331-9215Fax:

(48)

331-9490

Sítio:www.zero.ufsc.brWebmaster:Procura-seE-mail: zero@cce.ufsc.br

Circulação:

Gratuitae

dirigida

Tiragem:

5.000

exemplares

Melhor

jornal-laboratório

IPrêmio Foca

Sind. dos

Jornalistas

de SC -2000

(3)

NO APAGAR

DAS'

LUZES bao texto.

produzido

por FHC. O

projeto

recebeu

parecer

favorá­

vel

do.

relatorLuizEduardo. Gree­

nhalgh

(PT/SP),

presidente

da

CCJ,

e está

para

servotado naComís­ são.

De

acordo

com otexto.

do.

PDL,

a

medida de

FHC "atentacontraa

necessária

transparência

que

deve

nortearos atos

da

Admínlstração

Pública",

e"torna

inacessível

aos

pesquisadores

e distancia do. Ar­

quivo.

Nacional documentos que, decorridosseu

tempo.

de necessá­

rio.

sígilo,

são vitais para a cons­

trução.

da memória

nacional

epara o

esclarecimento. de

fatos históri­

cos".

Comissões

garantem

acesso

- Caso.oPDL

seja

aprovado,

volta­ ráa

valer

o

decreto.

2.134

de

1997,

também deautoriade

FHC,

quees­

tipula

oprazo máximo. de

sigilo.

de

acordo corn alei

-30

anos,pror­

rogáveis

por umaúnicavez. Essa

legislação.

também determina

acri­

ação.

de Comissões Permanentes

de

Acesso. em

todos

os níveis

da ad­

ministração.

pública,

que

deverão.

cuidar do.

"acesso.

pleno.

aosdoeu­

mentos

públicos".

As Comissões deverão.

organizar

os

papéis

sigi­

Iosos do. Estado.e

"analisar,

perío­

dicamente,

o.S documentos

sigilo­

So.S

sob

custódia,

submetendo-os

à

autoridade

responsável pela

elas­

sífícação,

a

qual,

no.prazo.

regula­

mentar,

efetuará,

se

for

ocaso,sua

desclassificação."

.

Quando.

venceroprazo

de

sigi­

lo,

asComissões

deverão.

publicar

no. Diário.

Oficial

uma

relação.

dos

documentos

desclassificados, As­

sim,

a cada seis meses to.do.s o.S

brasileiro.s

po.derão.

co.nhecer es­ sesdo.cumento.se

requisitar

o.que

desejarem

no.s

órgão.s

público.s.

Masainda

ficará

faltando.a

fixação.

de

prazos paraesseatendimento.e a

criação.

de

punições

para o.S

agentes

público.s

que

descumpri­

rem as regras. Esses

dispo.sitivo.s

estão.

incluído.s

emum

pro.jeto.

de

lei de

auto.riado.

deputado.

Reginal­

do.

Lo.pes (PT-MG).

Ajustes

- O

Pro.jeto.

de Lei n°

219

regulamenta

o.inciso. XXXIIIdo.

artigo.

da

Co.nstituição.

e no.rma­

tizao.exercício. do. acesso. à

info.r­

mação.

pública,

estabelecendo. re­ curso.s e

definindo.

as

info.rmações

acessíveis.

Apresentado.

em

feverei­

ro.,o.

pro.jeto.

fo.i

apro.vado.

po.runa­

nimidade

pela

Co.missão.de Traba­

lho.,

Administração.

e

Serviço

Públi­ co.

da

Câmara

do.s

Deputado.s.

Co.m

parecer

favo.rável do.

relato.r,

depu­

tado. Mendes Ribeiro. Filho.

(PMDB­

RS),

o.

pro.jeto.

será

analisado.

na

CC].

O

pro.jeto.

é

inspirado.

emexpe­

riências

internacio.nais,

mas

ainda

não.

especifica

co.mo.serána

práti­

ca o. acesso. ao.sdo.cumento.s

públi­

co.s.Nas últimas

décadas,

mais de 70

países

apro.varamo.Upro.puse­ ram leis

de

regulamentas,ão.

do.

acesso. às

info.rmações publicas.

Exemplo.s

de sucesso., co.mo. aLei

de Lil5erdade de

Info.rmação.

(Fre­

edom

ofInformation

Act)

,no.sEs­

tado.s

Unido.s,

e arecenteLeiFede­ ral de

Transparência

eAcesso.àIn­

fo.rmação.

Pública,

no.

México.,

en­

traramno.

relatório..

Em

alguns

pa­

íses que

ado.taram leis

similares,

cada

órgão.

público.

é

o.brigado.

a

criar uma

espécie

de

guichê

ao.

qual qualquer

pesso.a

po.de

sedi­

rigir

para fazersua

so.licitação..

prazos parao.

do.cumento.

ser

fo.r­

necido.

e

previsão.

de

punição.

para o.

agente

público.

que

desrespeitar

ano.rma.

Episódios

da história do

Brasil

até

hole

não.

esclarecidos

correm o risco.

de

ser umeterno.

ponto de

ínterrogação

nos

Iivros

de históriae na

cabeça

dos

brasilei­ ros.Não. por

falta

de

documentos,

mas porque boa

parte

dessas

in­

formações

está

protegida

do.

aces­ so.

público. pelo. "sigilo.

eterno.". O

conceito, criado.

por um decreto.

assinado.

em 2002

pelo.

ex-presi­

dente Fernando.

Henrique Cardoso,

pode

manter certos documentos

ofíciaís

desconhecidoseinacessí­ veis para sempre.Em

outubro,

de­

pois

deouvirvárias

reivindicações

contraa

medida,

ogoverno

de

Luiz

Inácio.Lula da Silvamostrouser a

favor

da

revogação

do. decreto,

A

três dias de

deixaro Palácio. do.

Planalto,

FHC

edítou

o

decreto.

4.553,

que

amplia

o.Sprazos obrí­

gatóríos

de

sigilo.

dos documentos

ofíciais

e cria a

possíbílídade

de

prorrogar

indefinidamente

o pra­ zo.

daqueles

ciassífícados

como'ul­

trá-secretos',

"de acordo

co.m oin­

teresseda segurança

da sociedade

e

do. Estado.".

Pedem receberesta

classíflcação

os

documentos,

que

trazem

dados

ou

informações

re­

ferentes à soberaniae

integridade

territorial

nacionais,

a

planos

e

operações militares,

às

relações

in­

ternacionalsdo.

país,

a

projetos

de

pesquisa

e desenvolvimento cien­

tífico.

e

tecnológico

de

interesse

da

defesa

nacíonale aprogramaseco­

nômicos, "cujo.

conhecimento

não­ autorizado possa acarretar dano.

excepcionalmente

grave à seguran­ ça da socíedadeedo. Estado.".

Sigilo

dobrado - Antes de

o.

decreto. de

FHCentrarem

vigo.r,

o.S

do.cumento.s

classificado.s

co.mo.

'reservado.s' estavam

pro.tegido.s

po.rcinco. ano.s, o.S

'co.iifidenciais'

eram

pro.tegido.s

po.r

dez,

o.S 'se­

creto.s',

po.r

20,

e o.S 'ultra-secre­

to.s' po.r

30

ano.s, to.do.s

pro.rro.gá­

veis umaúnicavezpo.r

igual perí­

o.do.. O decreto.

fez

esse prazo.s

crescerem,

respectivamente,

para

dez,

20,

30

e

50

ano.s,

pro.rro.gá­

veis

pelo.

mesmo.

perío.do.,

sendo.

que o.S

'ultra-secreto.s' ainda

po.­

dem ser

pro.rro.gado.s

indefiniâa­

mente.Além

disso.,

antesdessare­

gulamentação.,

apenaso.

presiden­

te da

República

e o.S

chefes do.s

Po.deres

Legislativo.

e

Judiciário.

po.­

diam classificar do.cumento.sco.mo.

'ultra-secreto.s'.Esse

po.der

fo.ive­

tado.ao.schefes do.

Legislativo.

edo.

Judiciário.

e estendido. ao.s minis­

tro.s de Estado. e co.mandantes do.

Exército.,

da MarinhaedaAero.náu­

tica.

Co.ma

medida,

além

de

atrasar

o. acesso. a

papéis

do.s

ano.s

de

seu

go.verno., FHC

impediu

o. acesso. a

do.cumento.ssecreto.s co.mo. o.S

do.

go.lpe

de

1964,

po.r

exemplo..

Mes­

mo. co.m o.prazo. máximo. pro.rro­

gado.,

eles

po.deriam

ser

libera­

do.s no. ano. que vem, mas ago.ra

po.dem

ficar esco.ndido.s

até

2024.

Além de

co.ntrariaraLei

de

Ar­

quivo.s (Lei

8.159 de

1991),

que fixao.prazo de

sigilo.

de do.cumen­

to.sreferentes à segurança daso.ci­

edadeedo.

Estado.

emno.máximo.

30

ano.s,

po.dendo.

ser

pro.rro.gado.

umaúnicavez, o.decreto. do.

"sigi­

lo.eterno."

também

vai co.ntrao.in­ ciso. XXXIIIdo.

artigo.

da Co.nsti­

tuição.

Federal. A

Co.nstituição.

de­

terminaque

"to.do.s

têm

direito.

a

receber do.s

órgão.s público.s

info.r­

mações

de

seuinteresse

particular,

o.ude interesse co.letivo. o.U

geral,

que serão.

prestadas

no. prazo da

lei,

so.b

pena

de

respo.nsabilidade,

ressalvaâas

aquelas

cujo.

sigilo.

seja

imprescindível

à segurança daSo.­

ciedade

e

do.

Estado.",

co.bra.

Dacrato

da FHe ancobra

informaçõas

da intarassa

público.

Lula

poda impadir

qua muitos

sagrados

sa

tornam

atarnos

Informação pública

para o

público

- Marcelo.

Beraba, [orna­

Iista e

presidente

da

Associação

Brasileira de

jornalismo

Investiga­

tivo

(Abraji),

entidade

queacorn­

panha

de

perto.

aluta

pelo.

acesso. a

informações,

diz que

toda

ínfor­

mação.

pública

deveserde conhe­

cimento.

público.

para queapopu­

lação.

possa

julgá-la.

"Depois

de

um

tempo,

a

história do.

país

tem

queser

escrita,

revelada.Num

país

corn

princípios

repuhlicanos,

como o nosso, o

poder público.

deveestara

serviço.

da

população."

Beraba

exemplifica

co.mo. a so­

ciedade

hoje

é

impedida

de

ter

acesso.a

documentos

públicos

que

deveriamestar

disponíveis.

"Base­ ado.no

decreto,

ogoverno

impede

o.Sfamiliares

do.s

militantes do. PC do.B mo.rto.sna

guerrilha

do.

Ara­

guaia

de

teracesso. ao.s

do.cumen­

to.s

o.ficiais

que

ajudariam

a

lo.cali­

zar aso.ssadas." O

jo.rnalista

tam­

bém alerta parao.S

prejuízo.s

quea

sociedade

pode

ter

pela

dificulda­

de de

acesso.à

informação públi­

ca."Na

ditadura,

o

presidente

Mé­

dici

proibiu

que se

publicasse

in­

formações

sobrea

epidemia

deme­

ningite

no.

país.

Essa ausência

de

Informação

matoupessoas,

foi

uma

atitude criminosa. Omesmo.

pode

acontecer

quando.

umsecretário.

de

segurança,

delegado,

diretor de

hospital

ouchefe

de

polícia

seacha

no.direito.devetar

íriformação pú­

blica,

julgando

quesua

divulgação.

possatrazer

algum problema".

Sigilo

mantido- O

decreto.

de

FHC entrou em

vigor

45

dias de­

pois

de sua

edição, já

no. governo

Lula.

No.

dia

2

de

janeiro, Jaime

Antunes,

diretor-geral

do.

Arquivo.

Nacional

e

presidente

do. Conselho

Nacio.nal de

Arquivo.s

(Co.narq),

escreveuem

o.fício.

que "o.

decreto.

ultrapassa

o.Slimites

impo.sto.s

na

referida lei".

A

co.rrespo.ndência

fo.i

enviadaao.sco.nselheiro.se à Casa

Civil da

Presidência,

à

qual

o.

Ar-quívo

Nacional

se

subordina.

A CasaCivil também recebeumensa­

gens deoutras

entidades

einstitui­

ções

de

arquivo.

e

pesquisa

pedin­

do

a

revogação

do.

decreto,

mas

apesar

dos

apelos,

Lulamanteveo

"sigilo.

eterno.".

Oassunto.não.

fez

parte

da

pau­

ta

de discussões do.

Planalto. por al­

gunsmeses,mas no.

final de

outu­

bro, surgiu

uma nova

possíbílída­

de

de

revogação

do. decreto, Fir­

mou-se a

convícção

de que eleex­

trapolava

oque determinaaLeide

Arquivos,

eagorao

Palácio. do. Pla­

nalto. não. deve se opor à aprova­

ção.

de

um

decreto.

em

tramitação.

naCâmara que

acaba

co.m o con­

ceito.

de

"sigilo.

eterno." para os

documentos

'ultra-secretos'.

Luznaescuridão- O

pro.jeto.

de

decreto.

legislativo.

(PDL)

n° 11/

03,

apresentado. pela

deputadaAli­

ce

Po.rtugal

(PC

do.

B-BA)

à Co.mis­ são. de

Co.nstituição.

e

Justiça

e de

Redação. (CCJ)

da

Câmara,

(4)

---- ---- ��--

-tores.Acho queessaéavelha

fórmula,

queservepara

qualquer

jornalismo

em

qualquer

parte

do mundo.

Z- Você

passou por

alguma situação embaraçosa,

por

exemplo, algum político

tentou tesubordinaroupe­ diu paranão

publicar alguma informação?

LCC- Não. Se

pediu,

eu

esqueci

efizque não ouvi. Masnun­ ca

passei

poressa

situação.

Nemnesse casodogrampo.

Quero

atéser

justo

com oACM

[senador

AntônioCarlos

Magalhães].

Emnenhummomentoeleme

ligou

ouprameintimidaroupra

pedir

'por favor,

pelo

amordeDeus...

'Quem

fezissofoio asses­

sor

dele,

oCésar

Mesquita

queme

ligou

no diaem queficou claraadecisão minhaedarevistade abriro

off,

the record de

contarqueogrampo tinha sido feitoe

entregue

amim

pelo

se­ nadoreque ele tinhamedito

aquela

frase:"Eumandeigrampe­ ar oGedel

[Viera Lima]".

Nessediao

Mesquita

me

ligou

edisse:

um

absurdo,

umaloucuraoquevocêvaifazer. Vocêvaique­

braro

off, ninguém

mais vaiquerer falarem

off

com a

IstoÉ

se

vocêfizerisso". Eeudisse:

"Negativo,

ninguém

mentirosoecri­ minosoe esse

tipo

de

fonte,

em

off

não quero,

ninguém

quer.

LUIZ

CLÁUDIO

CUNHA

ero- Comovocê

chegou

naeditoria de

política

da revista

IstoÉ?

LuizCláudio Cunha- Eufui convidado

no ano

passado, quando

eutrabalhavacom o senador PedroSimon

(PMDB-RS),

no Sena­

do.Eu era assessor

político

dele. AíoTales

Fada,

comquemeutinha trabalhadonoO

Globo,

há doisanos,

quando

eraeditor de

política

do Ricardo Boechat

(quando

ele aindaeradoO

Globo)

mechamou. Láeutrabalhavacom oTales também. Nós sempre fomos

amigos

e

tal,

eaí

pintou

umavagana sucursal

(da

revistalstoÉ,

em

Brasilia)

e oTalesme

ligou

eper­

guntou

se eunão

queria

voltar. E

jornalista

sempre volta pra

cachaça,

né?Então não tem

jeito

...é ovício

incorrigível.

Aíeu

fiquei

feliz da vidacom oconviteporque pormaisque

seja

legal

trabalharcom oPedro

Simon,

que éum

paradigma

de honesti­ dadeemoralna

política

brasileirae

amigo

meuhámaisde 30

anos,eu

gostei

muitodoconviteeda chance de voltaratraba­ lharcom

jornalismo,

porqueo bommesmo dessa

profissão

é ser

repórter.

Embora o meu cargo

seja

de

editor,

na

verdade,

como todos nós

lá,

eu soumaisum

repórter

que fica todo dia

garimpando

notícia..

Z

-Comparando

com asoutraseditoriasemque você

trabalhou,

ade

política

éaque vocêmais

gostou?

LCC- Naverdade

quando

seestáem

Brasilia,

a

política

é umafatalidade. 1\.1acabas caindomuito

nisso,

porquetucobre

muito

política

e

economia,

porquesãoosdoiscentrosde

poder,

ondeas

grandes

decisõesnacionaisnessasduas áreassão gera­

das,

entãoé inevitável.Eeventualmentetu

podes

fazeruma ma­

tériademeioambientee

tal,

masissotudotemumviés

político.

Quando

vai fazerumamatériasobre

transgênicos

ousobre a

MarinaSilvadebatendo dentro doPTcom o seu

histórico,

você

estádiscutindo umaessência

política:

Entãotuacabasfazendo

política

sempre,mesmoque

seja

umamatéria demeioambiente ou

esporte.

Então é umacoisa meionatural. Iu morando em Brasílianãotemcomo

fugir

da

política.

Z- Fazendo

uma

comparação

da editoria de

política

com as

demais,

a

relação

do

jornalista

com asfontesnessa área émaisdifícil?

É

complicada

em

função

dosinteres­ sesenvolvidos?

LCC

-Não,

euachoqueécomo em

qualquer

outra.Sefor fazerumamatériasobre futebol

brasileiro,

vocêvaiterqueter

relações

com os

cartolas,

com os

treinadores,

com os

jogadores

para

poder

terumamatériabem

apurada.

Acho quena

política

só mudaouniforme.Nofutebolo

pessoal

está vestido de

calção

ecamisetae na

política

o

pessoal

tá deternoe

gravata.

Agora,

a

relação

com a fonte é a mesma.

Ê

uma

relação

umpouco de

confiança,

umpouco de intimidadea

ponto

de elatepassaras

informações relevantes,

tedarum

quadro

preciso

prate

permi­

tir

aprofundar

as

pautas

que

sejam exclusivas,

que tenhamuma

abordagem diferente,

escritasde forma

agradável

para atrair

lei-"live dois lances de

azar.

Uma

vez

atendi

um

telefonema

e me

doparoi

com um

soqüostro,

outra

voz com o azar

do sanador

achar

quo

ou

ia

ongolir aquola

história do

grampo

numa

boa"

Protagonista

demaisumadiscussãoa

respeito

do

off

the recordno

jornalismo,

o

repórter

de

política

Luiz

Cláudio

Cunha

foi

aplaudido

poruns evaiado por

outros,

ao

quebrar

o

sigilo

dos

"grampos"

da Bahia

no

início

doano.Cunha deixou deser

repórter

e passoua ser

fonte,

quando

revelou queosenador Antônio Carlos

Magalhães

estavaenvolvidonomaior casode

"grampo"

dahistória do

país.

Passados

alguns

mesesdo

escândalo,

o

jornalista

revela quea decisão de

quebrar

o

offfoi

exclusivamentesuae em que nenhummomentohouve

intervenção

da

direção

da revista

IstoÉ.

Aos 52anosde

idade,

ele acredita queos seus 33

anosde

experiência

no

jornalismo

contribuíram para

queasuacredibilidade não fosse afetada

depois

da

matéria que denunciouACM. Cunha começoua trabalharcomo

jornalista

em

1969, quando

tinha 18 anose,comapenas21 assumiuasucursal da editora AbrilemPorto

Alegre.

Hoje

é editor de

política

da revista

IstoÉ

e

trabalhounarevista

Veja,

no

jornal

Zero Horae noO

Globo,

entre outros.Em entrevista

exclusiva concedidaaoZerona suapassagem

pela

III Semanade

Jornalismo

daUFSCrealizadaem novem­

bro,

criticaa

surpreendente

dificuldade

de

diálogo

da

imprensa

comogoverno

Lula,

resgata

sua

experiên­

cianacobertura do

seqüestro

dos

uruguaios,

do mensário

gaúcho Coojornal

eretomao

debate

sobre aéticano

jornalismo.

aconivência da ditadura

argentina,

seqüestravam

as pessoase

matavam.A

primeira

vezque eles fizeramissono

Brasil,

foicom aLiliane com o

Universindo,

só queoBrasilnãoera a

Argentina.

OBrasil

tinhaumaefervescência

política, já

tinhaumaim­

prensamais

crítica,

tinhaumsindicalismo nascente,oLula

era umlíder

operário

importante

no

ABC,

havia entidades de direitos humanosatuantesno

Brasil,

a

igreja

era umaentidade

muitoforte que denunciavatorturas.Entãohavia todoumclima

paradenunciar essesexageros. E os militares

uruguaios

pelo

jeito,

nãoliam

jornal,

porque acharam queiamfazerumatra­

quinagem

dessano

Brasil,

era a mesmacoisaque fazeremBue­

nosAires.Entãoeles mandaramoexército

uruguaio

aPOltOAle­ grepara

seqüestrar

aLilianeUniversindoe as

crianças.

Levaram

elesparao

Uruguai,

No meioda

viagem,

aLilianteveumaidéia:

"Euvou dizer quevoufazer umcontato

ímportante

em Porto

Alegre,

eelesvãovoltar parapegaressapessoa lá".Na

verdade,

ela

apostava

que

alguma

coisaiaacontecerpara

notar

o

desapa­

recimentodela.Efoioqueaconteceu. Os

amigos

delaqueesta­

vam emSãoPauloaonotaremque ela tinha

desaparecido,

liga-Cunha

larga

aassessoriade Pedro Simoneaceita conviteda

IstoÉpara

cobrir

política

emBrasília: "O bommesmoéser

repórter"

"Por mais

arbitrária

e

sangrenta

que

sejaa

ditadura,

elaacaba

frt1taSsatídJJ�>

Nósvamos

abrir,

porque éuma

informação

relevante,

quenão

temcomo

segurar".

Z- Evocê

foi

ameaçado?

LCC

-Não,

nunca. E se

fosse,

seriauma

burrice,

porque

assimcomo eu sou

língua grande

e

falastrão,

se

alguém

tivessea ousadia deme

ligar

parameameaçar,ia sairotiro

pela

culatra,

porqueaíiaficar

pior ainda,

porquena mesmahoraeuiade­

nunciar. Todo mundosabe queeu não sou um

sujeito

de meacomodarcom

qualquer

tipo

de

intimidação.

Nãofizeramissoagora,nãofizeram nunca eacho quenão vãofazer

jamais.

Z - Como foi

o caso Lílian Celiberti e UniversindoDiasem suacarreira?

LCC- Esse éo chamado casode

seqüestro

dos

uruguaios.

Eraumcasal de

uruguaios

com seus

filhos,

quemoravam emPorto

Alegre,

nofi­ nal dosanos

70,

em

plena

ditadura. O

Uruguai

viviaumaditaduramuitoviolenta. E oque eles

[Lilian

e

Universindo]

faziam? Elesnãoeramda

guerrilha

armada,

nãoeramterroristasnem

nada,

eleseramapenas exilados.

Uruguaios

dissidentes do

regime,

da

esquerda,

é claro.A

função

deles erareceber

informações

sobre a

repressão

no

Uruguai

erepassaressas

informações

paraos

órgãos

de direitos humanos da

Europa

eEstados Unidos eparaaONU

principal­

mente.Eoqueaditadura

uruguaia

fez? Ela começouaficarmuito

irritadacom a

ação

da Lilianedo Universindoe,

naquela época,

eles tinhamo

péssimo

hábito de

seqüestrar

dissidentesnoexte­

riorematar. Eles fizeramisso muitona

Argentina.

Até porque erafácil:atravessavamoRioda

Prata,

iamaBuenos Airese com

rampara

alguns jornalistas,

e eufuiumdeles.E tiveo azardeles

terem

ligado

primeiro

paramim.

Quando

recebio

telefonema,

fui láno

apartamento.

TavaláaLílianefui recebidocomdois

meganhas

na

porta,

com um revólver

apontado

paraaminha

testa.Fomoslevados para dentro

[ele

e o

fotógrafo

do

j.B.

Scal­

co)

,revistadose

quando

viramque nós éramos

jornalistas

enão

os

uruguaios

que eles esperavam, elesentraramem

pânico.

Mas

nosliberaramenós saímosdali. Eles

fugiram

com ela parao

Uruguai.

Só que dessavez, foi o se­

guinte:

180

uruguaios

foram

seqüestrados

e mor­

tos noexterior.Sódois foram

seqüestrados

no Brasilesó dois

sobreviveram,

que foramaLílian e oUniversindo.

Graças

àdenúncia da

imprensa

brasileirae com ofato deeuterestado

lá,

eles

não

puderam

matarnem a

Lilian,

nem oUniver­

sindoenem as

crianças.

Então,

foramasúnicas pessoasque sobreviverama essa

caçada

que a ditadura

uruguaia

fazianoexterior. Isso éuma

coisaqueme enche de

orgulho,

porque direta­

menteou

não,

a

gente

ajudou

apreservaravida dos dois.

Hoje

elessãomeus

amigos.

Ecomisso

a

gente

denunciouumaconivência

vergonhosa

na

época

da ditadura brasileiracom aditadura

uruguaia.

Na

época

da

Operação

Condor,

quando

eles chama­ vamtudoissodeuma

porcaria só,

osmilitaresdos dois lados da

fronteira,

todoscom o mesmointeressede preservaromundo docomunismo.Só quecomisso

atropelavam

osdireitos huma­

nos, asoberania nacional.Não

poderia

nunca oexército U11l­

guaio

entrar

legalmente

noBrasil para

prender

cidadãos

aqui.

Temque passarissoatravés de

pedidos

formais.Por

pedido

de

)

(5)

LUIZ

CLÁUDIO

CUNHA

extradição,

que éo

quê?

Ogoverno do

país

comunicaaogover­ nodo outro, elenoticiaao

Supremo,

que mandaaPolícia Fede­ ral

prender,

a

polícia

prende

e

deporta legalmente.

Issoéuma

operação

em

países

civilizados. Do

jeito

que eles

fizeram,

foi umatravessurade

ditador,

de

polícia

deterceironível. Comoa

gente

estevenomeiodessa

operação

etestemunhamos

isso,

ex­

pusemosofiasco da

operação

e oBrasilficou

constrangidíssimo

com essahistória. Eles

sobreviveram,

foramosúnicosde 180

encontradosvivos.

Depois,

com a democracia

aqui

no

Brasil,

nãosóogoverno doRSindenizouaLíliane o

Universindo,

como o governo do

Uruguai,

quando

voltou aser uma

democracia,

tambémosindenizou.Ou

seja,

resumindoa

história,

aluzacaba

sempre

predominando

sobreatreva.Pormaisqueaditadura

seja tenebrosa,

sangrenta,

arbitrária,

ela acaba fracassando di­

antedoavançoda sociedadeeda

democracia,

que éumacoisa

irremediável.

Z- Com

que idade vocêassumiua

direção

da sucursal daAbrilemPorto

Alegre?

LCC

-Ih,

eu era umacriancinha.Comeceiatrabalharcom o

jornalismo

em

1969,

eutinha18 anos,naFolha de

Londrina,

no Paraná.Aíem70eufui praZero

Hora,

onde

fiquei

pordoisanos evirei

repórter

especial.

EntãooPaulo

Totti,

quena

época

che­ fiavaassucursaisda

Veja,

mechamouparaser

repórter

dasu­ cursal da

Veja

emPorto

Alegre. Quando

oTottifoipara São Pau­ loem

1972,

euassumi asucursal da

Veja.

Tinha,

portanto,

21

anos.Praticamenteuma

criança (risos).

Z

-Caco Barcelos disse que

quando

entrevistava os traficantes domorroDona Martaparaescrever Abusa­

do,

pedia

para que os criminosos não contassem nada sobreoqueiriamfazerno

futuro,

que para ele só

inte-produto

bem

feito,

coerente, de

qualidade.

Oque

vale paraomarceneirovalepro

jornalista,

por­

que éaéticado cidadão.Entãonós devemosfa­ zer oque écertopra coletividade da

sociedade,

pra

verdade,

praconsciênciaepra

justiça.

Equem

écontraissoaíécontraaéticado cidadão.Nãoé um

privilégio

do cidadão.

Então,

quando

oCaco

fala

isso,

euacho que eletemtodaarazão.

Quan­

doeuresolvi

quebrar

o

of!

doACMeuestava

agin­

domuito maiscomocidadão doquecomo

jor­

nalista.Por acaso,como eu era

jornalista

eesta­

va

quebrando

o

off,

desatouessadiscussãoética no meiodanossa

categoria.

Eeu acho que foi umadiscussãomuitosaudávelporque

hoje

a

gente

tem essacoisa maisclara. Porcontadessa

dis-cussãodequeo

of!

não

pode

ser umaferramentaquenos

apri­

siona,

que éumaferramentaquea

gente

usapra

capturarmos

a

verdade,

não

pode

ser uminibidor danossa

ação

como

repór­

ter.

Então,

se osenador achou quecom o

of!

euiame

enjaular,

eleestava

equivocado.

Porque

aminhaéticacomo cidadãoera

maisforte

naquele

momento, doqueaminha éticacomo

repór­

ter.

Z

-Você acredita que exista mais

parcialidade

por

parte

dos

jornalistas

naárea de

política

do queem ou­

tras?

LCC- Não.

Acho queissoéum

perigo

que

pode

existirem

qualquer

área. Você

pode

sermuito

parcial

com ofutebol. Você

pode

ser um

repórter

muito

parcial

emfavor do

Figueirense

pre­

judicando

o

Avaí,

prejudicando

oCriciúma.Você

pode

sermuito

parcial

na

economia,

defendendoumaempresa multinacionale

maiseuiriafalar.Eufalo todasemana,com

of!

ou sem

off,

matériasquesão

importantes

com

políticos,

com

não-políticos,

com

empresários,

gente

da

justiça,

juízes

e o

of!é

usadosem exa­ gero,semprequeeuacho que é

importante

para me

ajudar

a

perseguir

uma

informação.

Nãosen­

tinenhum

efeito,

nenhumadificuldadea

partir

dessamatériacom asfontes que

conversa­ ram

comigo.

Ninguém

se

afastou, ninguém

li­

gou pra dizer 'Luiz

Cláudio,

a

partir

de agora vocêé um

canalha,

quebrou

o

off.

Ossenado­ resestãoteabandonando'. Nada disso.Eeuacho queaspessoas

perceberam

bem acircunstân­

ciaque levarama essedesfechoe

ninguém

par-tiu paraessa

retaliação

queeuacho queseria uma

reação

burra. Eu acho que continuo sendo muito bem tratado por todo mundoecontinuoconvivendo bem.

Z- Comentaram

queadecisão de revelaro

offfoi

da

revistaIstoÊ,

masvocê disse queadecisãofoisua.Escla­

reça

isso,

por favor.

LCC- A

questão

éa

seguinte,

acho queo

of!

em

qualquer

órgão,

nãosóna

IstoÉ,

em

qualquer

outra

revista,

qualquer

jor­

nal,

qualquer

rádio,

qualquer país

do

mundo,

é sempre uma decisão solitária do

repórter.

Por

exemplo:

se eu

quiser

tomar

umadecisão de abrirum

of!

e o meueditorme

proibir,

elenão

consegue fazerisso.Oque ele

pode

fazer émedemitir.

'Ah,

você abriuo

of!

entãovocêestánarua!'Tôna rua ecolocoo meu

of!

narevistado

lado,

narevistaconcorrente! Damesma

forma,

se eunão

quiser

abriro

off,

não háeditorechefe de

redação

que me

faça

abriro

off,

porqueéumadecisãominha. 'Maseutôte

mandando abriro

of!'.

Não.Estámandando

não,

euestou me

e demitindoevocênão vaiabrir.Enãoabroo

of!

eaindavoudizer

fora que você estáme

obrigando

aabrir,Issotudo pra dizer

.�

queéumadecisão solitária do

repórter.

Oqueeuacho quenão

é nenhum

privilégio,

issoé atéumfardo.NocasodoACMfoio

<)j

seguinte:

arevistaemnenhummomentome

compeliu

aabrirou

nãoabrir. Pelo contrário.OTalesFariamechamou

depois

deter

recebidoodiretor da Polícia

Federal,

o

delegado

Paulo

Lacerda,

com a

informação

de que tinha sido abertoum

inquérito

formal a

partir

da denúncia do GedelVieira Limae

tinham ídentífíca­ do que ogrampo foi feito dentro daSecretariade

Segurança

Pública da Bahíae

tinham identificadoatéorapaz quefezo grampo.A

partir

daquele

momento, haviaum

inquérito

formal que mudou todaaóticada

questão

e oACMdeixou deserfonte paraviraroalvo.

Naquele

momentooqueoTales fez foio se­

guinte,

ele disse

-'Cláudio,

euquero

aqueles

documentos,

aquele

grampoquevocêtemlána

gaveta.

NaverdadeoPaulo Lacerda acabou deconfirmarpra

gente

que

aquilo

éumgrampo usando

aparato

do estado da Bahiaeé um grampo que envolve 232 telefonemaseé umacoisamonumental. Eelete

entregou

em

off,

éumadecisãotuaevocê pensanoque você quer fazer'.Em

nenhummomento ele disse 'fazounãofaz'. Daíeu

fiquei

me

remoendo,

porqueaminha

primeira

aversão foiumaaversão

naturaldefensiva de que

aquilo

é

off.

Eaospoucos foi caindoa fichae eucomeceia medarcontade quenãoé

off.

Naverdade

nãotôlidandocom umafonte quemerece o

privilégio

do

off.

O

of!

éuma

homenagem

queo

jornalista

dáa uma fonte quete

ajuda

nabusca da verdade. Portantoo

of!

não

pode

serusado

pra

proteger

ocrime. Ea

partir

da

decretação

do

delegado

da

polícia

federal,

diretor damaior

polícia

do

país,

quetem setemil homensno

país

inteiro. Edizque 'Identificamoso

grampo',

a

partir

daquele

momentofica

configurado

umcrime.Eu não ti­

nhacomomanter

aquilo

em

sigilo,

sob pena devirar

cúmplice

deuma

operação

queestá sendo

investigada

oficialmente.

Daqui

apoucoosenadoréchamado para

depor

e euviro

cúmplice

no sílêncío.dele. Euabripordecisão

minha,

pessoal

eindividual.

Porque

ninguém

teria

forças

nesse

mundo,

nem a

revista,

nem minha

mãe,

nemminha

mulher,

nem meufilho para dizer: 'abre ounãoabre'.Euabri porqueeuachei queeraminha

obrigação

como

repórter

e maisdo que

isso,

obrigação

comocidadão.

Eunão

queria

ficar misturado com essepovo quecometeesse

tipo

defalcatrua.

Z - Você também disse

que espera que essatenha sidoaúnicavezquetevede revelar o

off.

Por

quê?

Se

acontecesse novamente fa­

riadiferente?

LCC - As

pessoas

podem

achar queeu sou

maluco,

que eutenhoohábitomuitoestra­

nho de gravar todo mundoede abrir tudooque é

off.

Eutenho 33anosde

profissão

efoia

primeira

vezda rnínha vida queeu abrium

off.

No

seqüestro

dos

uruguaios,

queera em

plena

dita­ dura do AI-5eu

fiquei

duranteum ano norabo da

polícia,

perse­

guindo.

Os

policiais

estavamláno

apartamento

para provara

participação

dos

agentes

brasileiros doDOPSemconluiocom o exército

uruguaio

dentro do território

brasileiro,

pra fazeruma

operação

ilegal

de

seqüestro

dos

uruguaios

queestavam

aqui.

"Ser

parcial

é

umperigo

que

existe"

em

qualquer

área.

Na.

economiaou

no

futebol"

Elogia

avisãocrítica da guerra do

correspondente

inglês

Robert Fisk: "Ele não cainooba-oba da

imprensa

americanaebritânica"

ressava oque eles

haviam feito.

Porque

seelescontas­

semqueiriammatar

alguém,

por

exemplo,

eleseriaobri­

gado

arevelar paraa

polícia, pois

antesdeser

jornalis­

ta, ele é cidadão. Você concorda comisso? Na

política

também éassim? LCC- Concordo

plenamente

com o

grande

Caco,

meuami­

go. Acho queo casodoACMéaprova disso.Eu

agi

comocida­ dãomais do quecomo

jornalista.

Se eufosse meramenteum

jornalista

presoaesses

dogmas

da

profissão:

'Ah,

of!não

pode

quebrar,

écomo um

segredo

deconfessionário

culpado',

eu aca­ bariaficando

cúmplice

do

senador,

assimcomo oCacoficaria

cúmplice

dotraficantesesoubessequeeleiriaassaltarumban­

co,que eleiriamatar

aquela

pessoaouessa enãofizesse nada.

Acimadanossaéticade

jornalista

existeaética docidadão.O

fato deeu ser um

jornalista

nãomediferencia nada deummédi­

co,

arquiteto,

engenheiro,

professor.

Todos nóstemosaéticado cidadão.

Que

éaéticada consciênciaedo

compromisso

com o que écertoe

não,

com oqueéerrado.A

desculpa

deser

jorna­

listanãomedáodireitode 'ahcomocidadãoeunão

poderia

admitir,

mas como

jornalista

eutinhacomoseguraro

off,

impe­

dir'. Issoéum

subterfúgio,

éumsofisma pra fazer

engolir

um

coisa queéinadmissível do

ponto

devistaéticocomocidadão.O

Cláudio Abramo que éum

grande jornalista, responsável pela

modernização

dos

jornais

Folha deSãoPaulo eEstado deSão

Paulo,

transformou aFolha deum

jornal

reacionário paraoque defendiaas

eleições

diretas eque

depois

virouo

grande jornal

domeioacadêmico brasileiro.OCláudio Abramo diziao

seguin­

te'nãotemessacoisade éticado

jornalista.

Aminha

ética

é

igual

àéticado marceneiro'.

Qual

éaéticadomarceneiro? Efazerum

sendo

parcial

contraumaempresa nacionalouvicee versa.O riscoque vocêtemdeser

tendencioso,

parcial

e,

portanto

não

pegar todososdados da

questão, jornalisticamente

falando,

existe

em

qualquer

área.Namatériade cultura você

pode

ser

parcial

em

relação

aoúltimo disco daMaria Rita

[filha

da Elis

Regina]

de achar que

'ah,

quem

não

gosta

de Elis

Regina,

essaMaria Ritacanta

igual

a ela' e acaba

sendo uma coisa

parcial.

Não está

julgando

Maria Rita

pelo

o que elatemde valorcomo can­

tora. E é uma "baita" cantora.

AdoroaEliseadoro aindamais

aMaria Rita.Então isso éumpe­

rigo

que todo mundocorre. Eu

acho que nós temos que estar

sempreatentosem

relação

aisso. Z

-Com

relação

ao

off

the record reveladonocaso do

ACM,

comoficoua sua re­

lação

comele

depois

do

epi­

sódio?

LCC

-Com

ele,

nenhuma

re-lação.

Nunca maisvolteiafalarcomele. Elenuncame

ligou,

eu nunca

liguei

pra ele.Porrazõesóbviaseuachoqueelenão

meatenderia.Nãotemos

relação

nenhuma. Elenãomeinco­

moda,

eu nãoincomodoenão

preciso

dele. Ele também não

precisa

demim. Nósvivemos nossavida

independente.

A mi­

nha

relação

com osoutros

políticos

de Brasílianãomudouem

nada,

apesar da praga doassessordoACMdizendo

que

nunca

"Aspessoas

podem

achar

que

eu sou

maluco,

que

tenho

o

hábito

muito

estranho

de

gravar todo musdo

e

de

abrir

tudo

quanto

é

off.

Tenho

33

anos

de

profissão, essafi»

Referências

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