UNIVERSIDADE
FEDERAL
DE
SANTA
CATARINA
CENTRO
DE
CIÊNCIAS
DA
SAÚDE
DEPARTAMENTD
DE
CLÍNICA
c|RÚRG|CA
EFEITO
DA
SALIVA
HUMANA
COMPARADO
COM
O
- I na
Do AçucAR
sRANu|.ADo
NA
c|cATR|zAçAo DE
r=ER|DAs
PDR
SEGUNDA
|NTENçÃo
EM
RATosz
um
EsTuDo
M|cRoscÓP|co.
~(ESTUDO EXPERIMENTAL)
SERGID
WALMIR
DE
ARAÚJD
2
`
SÉRGIO
WALMlR
DE
ARAÚJO
EFEITO
DA
SALIVA
HUMANA COMPARADO
COM O
DO
AçúcAR
eRANu|.Aoo
NA
c|cATR|zAçAo.
DE
|=ER|oAs
PoR sEsuNoA
|NTENçÃo
EM
RATosz
um
Esruoo
M|cRoscÓP|co.
(Estudo
Experimental
realizado
na
TOCE-UFSC)
Trabalho de Conclusão de. Curso
Apresentado ao Departamento de Clínica Cirúrgica do Curso de Graduação
em
Medicina do Centro de Ciências da Saúde
da Universidade Federal de Santa
Catarina.
Orientador: Prof. Carlos Alberto Justo da
Silva
.Co-Orientado|“.Josué Lópes de Souza
4
=-z-z~z~z›z-=-z~=-=-z-z- -z-z-z-z-z-z-z-z-=-.-z-z-=-z-z-z-z-z-=-=-z-z-z-z-=-z-z-z-=-z-z-z-z-z-z›z-.Yz-z'z›z›~z›z›z›z-z›z'z~z ._,.,.,.,...,.,.,...,... ._...._.._..,..., .› z›z›z~z z‹z-z~z-z›z-=-= .›-z-zVz~z~z-='z›z-z~z-z-z~z~z-.-z~.-z-z-z-z-zrz . ,.:., .,...:.,._.,.,...,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,_,,.,.,...,.,:.,,.,.,.:.:.,. z‹z~z~z~z‹z›z‹z‹ ~z-=-=›z'z-;-z~z-z-z-z›z~z~z~¡- .,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,... .,
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ê 1: ê-'z-z›'z-z-E-'z-'z-'z›'z‹ê~ê-1-2-ea-E-2›&-2 'z-'z-'z-'z -5-'z-:-z‹2~2~e‹êê‹2-â~ë‹e›âM
Ao
Professor Carlos Alberto Justo da Silva por sua orientaçãoamiga
e dedicada,que não poupou
esforços para o ensino e difusãodo pensamento
científico, tão importantes para a realização deste trabalho.
Ao
Professor Josué Lópesde
Souza, co-orientador deste trabalho,que
durante muitas horas esteve comigo, não
somente
na avaliação microcópica daslâminas,
como também
na orientação referente à anatomia patológica.Ao
Dr. Nario Takimoto, residentede
Cirurgia Geraldo
Hospital Universitário-UFSC,
pela suasempre
presente colaboração na efetivação deste trabalho.À
DoutorandaWanda
Coelho, minha companheirade
faculdade e minha namorada, pela suacompreensão
e solidariedade,sempre
atenta,mesmo
nosmomentos
mais difíceis e críticos.À
funcionária “Cida”, por suadescompromissada
ajuda, fator importante napromoção
deste trabalho.À
TOCE
pelo fornecimentode
todas as condições ambientais e instrumentaispara a realização deste projeto.
Ao
Depto de Psicologia, na pessoado
Prof. Guerra, pelo fornecimento dos ratos.2) Objetivo 3)
Método
4) Resultados 5) Discussão 6) Conclusão 7) Referências Bibiiográficas 8)Resumo
9)Summary
6
Muitos pesquisadores têm buscado métodos para a aceleração
do
processode cicatrização
ao
longo dos anos 22.O
efeitode
algumas substâncias nacicatrização
de
feridastem
sidotema de
diversos estudosna comunidade
cientifica1,12,13.14.18,19.20.22,23.24
O
documento
mais antigo descrevendo o tratamentode
feridas, datade
1700A.C.,
The
Edwin Smith Surgical Papyrus. Estedocumento
relata a utilizaçãode
mel associado a outras substâncias, aplicados topicamenteem
feridasde
difícilcicatrização 12.
Substâncias
como
o ácido ascórbico, desoxicorticosterona,gIutationa,colchicina, açúcar
e
saliva,têm
sido relacionadas à aceleraçãodo
proceso cicatricial
em
animaisde
experimentação "“'°'7"9'22.GozENBARcH
eHQFFMANN APUD
PRATA
e cols” ,em
1936, foram osprimeiros a realizar estudos experimentais descrevendo o uso
do
açúcar notratamento
de
feridas. PosteriormenteRAHAL
e cols 23 através de pesquisa in vitroconcluiram
que
o açúcar apresentava atividade antibacteriana para aquase
totalidade
de
bactérias naépoca
estudadas.No
entantoRICHA
e cols 24 ,em
estudo.subseqüente, concluiram ser o açúcar
apenas
bacteriostático enão
bactericida,como
proposto anteriormente por Rahal e cols.PRATA
e cols, estudando o uso tópico de açúcarem
feridas cutâneasem
ratos, verificaramque
esta substância teve importância no desenvolvimento ematuração precoce
do
tecido de granulação,bem
como
na aceleração da regeneração epitelial 21.Mais recentemente, a saliva,
que
entre outras funções, possui a delubrificação
e
proteçãoda mucosa
oral,tem
sido implicadaem
atividadesxi
antibacterianas e na
promoção
da ,cicatrização tissular 5' 8' 9' 1°' 19.Estudos
em
roedores submetidos à sialoadenectomia demonstraramum
retardo na cicatrização
de
tecidos molescomo
pálato, gengiva, língua e pele 5' 18' 19'27' 29.
HUTSON
3e cols demonstraram
que
a cicatrizaçãoda
pele é favorecida pelatransferência
de
saliva para a ferida.Diante
de
tantas evidências a respeito dos efeitosdo
açúcar e da saliva napromoção da
cicatrização e por se trataremde
substânciasde
fácil acesso para ouso clínico, seguindo a linha
de
pesquisaem
cicatrização desenvolvida pelaTOCE,
achamos
justificáveluma
análise microscópica para comparar os efeitosde
taissubstâncias no reparo
de
feridas cutâneas.8
Avaliar microscopicamente, os efeitos da saliva
humana
comparados
aosdo
açúcar granulado, no processo infllamátório e na formação
de
fibrose naEIEI515IÍIEIEIEIEIEEIEIEIEIE `¡'=`='=`=`íI:IEIEIE1525IEIEIIliliIEFI?IE'EIEÍEIEIIÍEÍÊÉZZÍEIÉIÊÍÉÍEÍÍÍEÍEÍÊIÊÍEIEÍÊIEIÍÍÊÍÉÍÉÍÃÍÍÍÊÍÉ:EFÍ¡'7Í¡'¡""""""` '5'='*'='='°'='='i'='='='='='¡'='
4.1
ANIMAL
DE EXPERIMENTAÇÃO:
4.1 .1AMOSTRA
Neste experimento utilizamos 30 ratos
machos
adultos (Rattus norvergiccus)da
linhagem WistarUFSC,
com
peso aproximadode 200
g, oriundosdo
BiotérioCentral e
do
Laboratóriode
Psicologiada
Universidade Federalde
Santa Catarina.4.1._2
Ambiente
\
Os
animais foram submetidos aum
períodode
adaptaçãode
7 dias noLaboratório
de
Técnica Operatóriae
Cirurgia Experimental(TOCE) do
Departamento
de
Clínica Cirúrgicada
Universidade Federalde
Santa Catarina,onde
o experimento foi desenvolvido.Seguindo orientações
do
Biotério Central daUFSC,
os ratos receberamalimentação própria para a espécie
e água
ad
Iítbitum durante todoo
experimento,sendo
mantidos sob luz natural,em
gaiolasde
plástico,de
41 centímetrosX
33
centímetros
X
16 centímetros,numeradas
de 01 a 30.Cada
gaiola comportavaum
animal,
com
serragemque
era trocada 2 vezes por semana.A
temperaturaambiental
de 22
graus centígrados era garantida pelo auxíliode
um
condicionadorde
arem
condições ambientaisde
ruído,umidade
e temperaturaadequados
para aespécie.
10
Os
animais foram divididos por sorteio,em
2 grupos, a saber:Grupo
A: 15 ratos submetidos a duas incisões dorsais paravertebraisesquerda e direita,
sendo
administrada salivahumana
na ferida paravertebralesquerda e
nenhuma
substância na ferida paravertebral direita,que
serviucomo
controle.
Grupo
B: 15 ratos submetidos a duas incisões dorsais paravertebraisesquerda e direita,
sendo
que
administramos açúcar granuladonão
esterilizadoem
veículo (vaselina) na ferida paravertebral esquerda e
nenhum
substância na feridaparavertebral direita,
que
serviucomo
controle. '4.3
ANESTESIA
Todos
os animais foram identificados atravésda numeração
e pesados antes de qualquer procedimento;/cirúrgico;Os
animais foram submetidos a anestesia geral, por meio deuma
misturade
5:1
de
Ketamina e Xilazina,sendo
injetado 0,5 ml da mistura por via intramuscularem
cada rato, ventilados espontaneamente.Os
procedimentos operatórios foram iniciadossomente
após a perdado
reflexo córneo~palpebral e
da
reação motora pela preensãodo
coxim da patadianteira do- animal,
quando
então omesmo
foi considerado anestesiado.i
4.4
PRocEo|MENTo oPERATÓRio
Os
animais foram imobilizadosem
decúbito ventral atravésde
elásticos,sendo
fixados pelas suas patasnuma
pranchade
madeira (30 centimetrosX
35
Os
pelos dorsais, na região da incisão, foram retirados por arrancamento.A
antissepsia foi realizada
com
aplicação tópicade
Povidine (PoliviniIpirrolidona-lodo,com
10%
de lodo ativo)em
toda a região dorsaldo
animal.Duas
incisões lineares paravertebrais direita e esquerda, de 1,5cm
cada,foram realizadas por meio
de
um
bisturi elétrico, interessando pele e tecido celularsubcutâneo, até
o
nível da fáscia muscular dorsal.Todas
as feridas cirúrgicascicatrizaram por
segunda
intenção.4.5
COLETA DA
SALIVA
A
salivahumana, não
estimulada, previamente coletadanuma
cuba-rimestéril por
um
único voluntário adulto, após escovação dentáriacom
creme
dental(Monofluor Fosfato Sódico -
MFP,
1450 partes por milhãode
Flúor), foi aspirada pormeio de
uma
seringa descartável.Um
mililitro desta foi reservado para cultura eanálise laboratorial imediata,
sendo
o restante concomitantemente administrado àferida conforme posologia anteriormente citada.
O
mesmo
procedimento foi repetidodurante os
4
primeiros dias após as incisões,sempre
nomesmo
períododo
dia.4.6
ADMiNisTRAÇÃo
oo AÇÚCAR
O
açúcar granulado foi preparadoem
veiculode
vaselina, na farmáciade
manipulação
da
UFSC.
Uma
finacamada
foi aplicadana
ferida paravertebralesquerda dos ratos
do
grupo B, o suficiente para cobrí-las totalmente, por meiode
uma
espátulade
madeira estéril,medindo
15X
1,5 cm.12
Os
animais foram individualmente colocadosnuma
campânula, inalandoconstantemente éter sulfúrico, até a parada dos sinais vitais. Três ratos
de
cadagrupo foram sacrificados no 1°, 3°, 7°, 14° e 28° dias
de
pós-operatório.4.8
Anatomia
patológica4.8.1 Retalho Cirúrgico:
Um
retalho cirúrgico cutâneo, medindo 3 centímetrosde
comprimento por4
centimetros
de
largura, contendo as feridasem
estudosegundo
cada grupo, foiobtido
com
o auxíliode
uma
lâminade
bisturi N9 11 ede
uma
pinça dentede
ratopequena, após o sacrifício
do
animal.As
fibras musculares subjacentesao
tecido celular subcutâneo,quando
aderidas
ao
retalho pela fibrose,eram
divulsionadascom
uma
tesoura retade
Metzenbaum
com
ponta romba,sendo
preservadas na peça.O
ângulo cefálico esquerdo dos retalhos cutâneos forammarcados
com
um
ponto simples
com
fiode
seda 3.0 para evidenciar as feridas tratadas conforme cada grupo.4.8.2
Acondicionamento
do
retalho cirúrgicoInicialmente, cada retalho foi acondicionado
num
frasco plásticode
boca larga, contendo formalina à10%
que
foi trocadaem
24
horas.Os
frascos foramrotulados
com
omesmo
número da
gaiola do ratoque deu
origemao
retalho.O
retalho foi dividido, separando-se a ferida tratadada
ferida controle.Os
especificações anteriores.
Os
frascoseram
rotuladoscom
osmesmos
números' acrescidosda
letraS
no
caso das feridas adicionadasde
saliva,da
letraA
paraaquelas
que
receberam açúcar eda
letraC em
se tratando de feridas controle.4.a.3
clivagem
Cada
fragmento foi clivado isoladamente,com
uma
lâminade
bisturi N911,que
era trocada a cada ferida clivada.As
secções transversais da ferida produziram4
fragmentos menores,de
2mm
de espessura. Dois destes fragmentos representavam os polos cefálico e caudal
e
os 2 fragmentos restantes a região central da ferida.
O
conjunto contendo os4
fragmentos
de
cada ferida, foi rotuladoe
acondicionadoem
cápsulas metálicas,que
foram levadas
ao
processador de tecido (autotécnico).Após
o processamento, omaterial foi incluído
em
parafina, produzindo 2 blocos por rato.A
microtomia dos blocosde
parafina resultouem
cortes de 4um
de
espessura,
que
foram coradoscom
HematoxiIinaIEosina, para análise microscópica.4.8.4 Análise microscópica:
Utilizamos
um
sistema arbitrário adaptadode
graduaçãoda
atividadeinflamatória-reparadora
em
feridas experimentais criada porMYERS
e
cols 25.Neste sistema, os elementos celulares
e
estruturas participantesdo
processoinflamatório-cicatricial foram contados
em
campo
de maioraumento
(aumento final400X),
com
auxíliode
um
microscópio óptico(NIKON-OPTIPHOT-2)
com
lâmpada
de halogênio (12 V, 100 W).
No
mínimo 5campos
foram avaliados neste aumento,Tabela 1: Valores para a graduação
da
cicatrização das feridas. 1+2+
3+
4+
FatorPMN
ieucócims Linfócitos HemorragiaEdema
NecroseF
ibrina H Macrófagos Fibroblastos Capilares 5 -25
5 -25
Leve Leve Leve Leve 5 -25
5 -25
Raros25
- 5025
- 50Moderada
Moderada
Moderada
Moderada
25
-50
25
- 50 Ocasionais 50 -75
50
-75
Marcante Marcante Marcante Marcante50
-75
50 -75
Moderado
>75
>75
Massiva Massiva Massiva Massiva >75
>75
Muitos -14 -3 -2 -2 -2+2
+3
+6
+6Colágeno Ocasionais
Moderado
Denso
+25
Notas
de
0 à4
foram atribuídas a cada elementocomputado
na ferida, conforme tabela N91.A
cada parâmetro avaliado foi designadoum
fator positivo ounegativo,
de
acordocom
sua participaçãono
processo cicatricial.Os
valorespositivos referiam-se aos parâmetros pró-cicatriciais e os negativos aos pró-
inflamatórios.
A
nota referente a cada parâmetro era multiplicada pelo seu fator.A
soma
total dos vários parâmetros resultounum
número,que
representava a graduação da ferida.Neste método,
uma
cicatrizmadura
somaria idealmente 120 pontos.Quanto
mais negativa a
soma
de
uma
ferida, mais atividade pró-inflamatória, e quanto mais positiva, mais atividade pró-cicatricial.A
comparação
microscópica entre os 2 grupos (A e B) apresentou osseguintes resultados conforme o dia
de
sacrifício dos animais:Primeiro Dia
Todas
as feridas revelaram à análise microscópicadenso
exsudatopolimorfonuclear,
sem
diferença entre os grupos.O
infiltrado linfocitário das feridastratadas
com
açúcar varioude moderado
a acentuadoem
densidadee
extensão,contrastando
com
a ferida controle,onde o
mesmo
varioude
discreto amoderado
(p=0,028). Esta população Ieucocitária apresentava-se distribuída semelhantemente
nas feridas tratadas
com
saliva ecom
açúcar (Tabelas 1, 2, e 3).A
hemorragia e a congestão revelaram-se acentuadas nas ferida tratadascom
açúcarquando comparadas
com
o controle (p=
0,037) etambém
mostraram-se mais intensasquando
analisadasem
relaçäo àquelas tratadascom
saliva (p=0,028).Vide foto n°1.
O
edema
das feridas era acentuado nas tratadascom
açúcar (p=0,0001) assimcomo
nas feridas tratadascom
saliva (p=0,0001).O
edema
foi mais intensotambém
no
grupo tratadocom
açúcarquando comparado ao
grupo tratadocom
Saliva (p=0,0028).
A
presença da redede
fibrina revelou-se nitidamente superior nas feridas(p=0,01) e
com
o controle (p = 0,04). Este parâmetro variavade
discreto amoderado
no grupoB
(açúcar)em
relaçäoao
controle (p=0,09). Vide foto n°2liJ mg ft _
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As
feridas tratadascom
saliva exibiramuma
migraçãode
monócitos mais acentuadaem
relação aos seus controles (p = 0,028).Porém
nãohouve
diferençaem
relaçãoao
grupo tratadocom
açúcar.A
migraçãode
fibroblastos para a periferia da feridaem
24
horas foidiscretíssima nas feridas tratadas
com
açúcar e nos controles e desprezível nasferidas
que
receberam saliva.Porém
significativamente superior nas feridas tratadascom
açúcar (p = 0,01 ).Tabela 1: Análise microscópica comparativa
Grupo
A X
Controle após24
horas.Grupo
A
(Saliva) Controle pPolimorfonucleares - 56,0 Linfócitos - 07,0 Hemorragia e Congestão - 04,0
Edema
- 03,3 Necrose 00,0 F ibrina + 07,6 Macrófagos e Monócitos + 08,0 F ibroblastos + 00,3 Capilares 00,0 Colágeno 00,0 Total - 54,3 - 51,3 - 04,0 - 04,6 - 05,3 00,0 + 04,0 + 06,0 + 06,0 + 04,0 00,0 - 48,6 nls nls nls 0,0001 nls 0,004 0,023 0,001 nls nls nlsTabela 2: Análise microscópica comparativa
Grupo B
X
Controle após24
horasGrupo B
(Açúcar) Controle PPolimorfonucleares - 56,0 Linfócitos - 08,0 Hemorragia e Congestão - 06,6
Edema
- 06,0 Necrose 00,0 Fibrina + 02,0 Macrófagos e Monócitos + 08,0 Fibroblastos + 06,0 Capilares 00,0 Colágeno 00,0 Total - 60,6 - 56,0 nls - 04,0 0,028 - 02,6 0,037 - 04,0 0,0001 00,0 + 03,3 + 05,0 + 04,0 00,0 00,0 - 54,3 nls nls nls nls nls nls nlsP Polimoifonucleares - 56,0 Linfócitos - 07,0 Hemorragia e Congestão - 04,0
Edema
- 03,3 Necrose 00,0 Fibrina + 07,6 - 56,0 - 08,0 - 06,6 - 06,0 00,0 + 02,0 nls nls 0,028 0,028 nls 0,001 Macrófagos e Monócitos + 08,0 + 08,0 nls Fibroblastos + 00,3 + 06,0 0,001 Capilares 00,0 00,0 nls Colágeno 00,0 00,0 nls Total - 54,3 - 60,6 0,0506 Terceiro DiaO
exsudato neutrofílico nos 3 tipos de feridas foi proeminenteem
densidadee extensão.
O
infiltrado Iinfocitário nas feridas tratadascom
açúcar revelou-se superiorem
extensão e densidadequando comparado
com
aquele das feridas tratadascom
saliva, nas quais variou de desprezível a discreto (p = 0,041 ).
Todas
as feridas apresentaram semelhante padrão de congestão.O
edema
na área da ferida era discreto amoderado
nas tratadascom
salivae acentuado nas tratadas
com
açúcar (p = 0,051 ).Quanto
a populaçãode
monócitos, macrófagos e fibroblastos, não houvediferenças significantes entre os grupos (A e B).
A
angiogênese era igualmente exuberante nas três modalidades de feridas, entretanto, os capilares neoformados das feridas tratadascom
saliva exibiam-se_ _I _ 1 __ _ ,_ VV I ___ _ _ _ _ H _ _ › _ __ ,_ _ › ¿___ À» _; › N r V É _ __ L V _ _ _ _ _ *_ ‹_~
H
í _ ~ áa/w¿_1¿i “__l0,A¡/ÍL
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%‹
_' §_` _íQ
i
g
Í* ¡__! _.Í
_* _J' ¿ M* .¡ '__' I I. ITabela 4: Análise microsoópica comparativa
Grupo
A X
Controle após 3 diasGrupo
A
(Saliva) Controle P Polimorfonucleares Linfócitos Hemorragia e CongestãoEdema
Necrose Fibrina Macrófagos e Monócitos Fibroblastos Capilares Colágeno Total - 51,3 - 03,0 - 04,0 - 03,3 - 00,6 + 04,6 + 05,0 + 10,0 + 12,0 + 25,0 - 06,3 - 51,3 - 05,0 - 05,3 - 03,3 - 02,0 + 04,0 + 05,0 + 10,0 + 14,0 + 16,0 - 17,3 nls nls 0,02 nls nls nls nls nls nls nls nlsTabela 5: Análise microsoópica comparativa
Grupo
B
X
Controle após 3 diasGrupo
B
(Açúcar) Controle P Polimorfonucleares Linfócitos Hemorragia e CongestãoEdema
Necrose Fibrina Macrófagose
MonócitosF
ibroblastos Capilares Colágeno Total - 46,0 - 08,0 - 05,3 - 04,0 - 01,3 + 05,3 + 07,0 + 12,0+1&0
+ 25,0 + 00,6 - 56,0 - 06,0 - 04,6 - 05,3 - 01,3 + 05,3 + 06,0 + 12,0 + 18,0 +25,0 - 05,6 nls nls nls nls nls nls nls nls nls nls nls22
Tabela 6: Análise microscópica comparativa
Grupo
A X
Grupo
B
após 3 dias.Grupo
A
(Saliva)Grupo B
(Açúcar) pPolimorfonucleares -51,3 - 06,6 nls Linfócitos - 03,0 - 08,0 0,041 Hemorragia e Congestão - 04,0 - 05,3 nls
Edema
- 03,3 - 05,3 0,051 Necrose A - 00,6 - 01,3 , nls Fibrina + 04,6 + 05,6 nls Macrófagos e Monócitos + 05,0 + 07,0 nls F ibroblastos + 10,0 + 12,0 nls Capilares + 1-2,0 + 18,0 nls Colágeno + 25,0 +25,0 nls Total - 06,3 + 00,6 nlsSétimo
DiaO
exsudato polimorfonuclear era igualmente extensoem
todas as feridas.A
hemorragia e a congestão,bem
como
o infiltrado linfocitário desmonstraramum
padrão semelhanteem
todas as feridas estudadas, variandode
discreto a
moderado
em
intensidade.“â
O
edema
das feridascom
açúcar, revelou-se proeminenteem
relação aquele das feridas tratadascom
saliva, respectivamente caracterizadoscomo
moderado e
discreto (p=0,051).
A
intensidadeda
necrose muscular foi discreta e equivalenteem
todas asferidas estudadas. `~
O
infiltrado
de
macrófagos, apresentando-se acentuadoem
extensão nasferidas tratadas
com
açúcar, superava aquele das feridas tratadascom
salivaTabela 7: . Análise microscópica comparativa
Grupo
A X
Controle após 7 diasGrupo
A
(Saliva) Controle P Polimorfonucleares Linfócitos Hemorragia e CongestãoEdema
Necrose F ibrina Macrófagos e Monócitos Fibroblastos Capilares Colágeno Total - 56,0 - 05,0 00,0 - 01,3 - 02,0 + 05,3 + 05,0 + 20,0 + 20,0 + 41,6 + 26,3 - 56,0 - 06,0 - 00,6 - 02,6 - 02,0 + 06,0 + 06,0 + 22,0 + 22,0 + 41 ,6 + 28,3 nls nls nls nls nls nls nls nls nls nls nlsTabela 8: Análise microscópica comparativa
Grupo
B
X
Controleapós
7diasGrupo
B
(Açúcar) Controle P Polimorfonucleares Linfócitos Hemorragia e CongestãoEdema
Necrose Fibrina Macrófagose
MonócitosF
ibroblastos Capilares Colágeno Total - 56,0 - 08,0 - 03,3 - 03,3 - 02,0 + 07,3 + 09,0 + 24,0 + 22,0 + 25,0 + 14,6 - 56,0 - 06,0 - 03,3 - 03,3 ~ 02,0 + 03,3 + 08,0 + 16,0 + 20,0 + 33,0 + 10,0 - nls nls nls nls nls 0,037 nls 0,028 nls nls nls24
Tabela 9: Análise microscópica comparativa
Grupo
A X
Grupo
B
após 7 dias.Grupo
A
(Saliva)Grupo
B
(Açúcar) p Polimorfonucleares - 56,0 - 56,0 nls Linfócitos - 05,0 - 06,0 nls Hemorragiae Congestão
- 01,3 - 03,3 nlsEdema
- 01,3 - 03,3 0,051 Necrose - 02,0 - 02,0 nls Fibrina + 05,3 › + 07,3 nls Macrófagose
Monócitos + 05,0 + 09,0 0,028 Fibrobiastos + 20,0 + 24,0 nls Capilares + 20,0 + 22,0 nls Colágeno + 41,6 + 25,0 nls Total + 26,3+
14,0 nlsDécimo
Quarto
DiaO
exsudato neutrofílico mostrou-se nitidamentemenor
no grupo tratadocom
açúcar,
em
relação ao seu controle (p = 0,018).O
número de
linfócitos das feridasque
receberam saliva varioude
discreto amoderado
contrastandocom
as feridas controle, nas quais tal populaçãoleucocitária variava
de
moderada
à acentuada (p = 0, 028).A
hemorragia e a congestão encontravam-se muito discretas nas feridasestudadas.
Neste período, a fibrina já estava ausente no grupo tratado
com
açúcare
discreta à
moderada
no controle (p = 0,007).Quando
comparadas, as feridascom
saliva revelaram nitidamente
menos
fibrinado que
aquela adicionadasde
açúcarNotou-se semelhante redução
da
populaçãode
macrófagosem
todas asferidas estudadas.
A
populaçãode
fibroblastos exibiu amesma
densidade nas 3 modalidadesde
ferida.
A
regressão dos capilares neoformados,não
obstante estarem presentes nos3
tiposde
feridas, predominava naquelas tratadascom
salivaem
relaçãoao
controle (p = 0,004).
A
deposiçãode
colágeno mostrava-sedensa e
equivalente nos dois grupos (A e B).A
contração da ferida já era evidente nesta fase nas feridasque
receberam saliva.Tabela 10: Análise microscópica comparativa
Grupo
A X
Controle após 14 dias.Grupo
A
(Saliva) Controle pPolimorfonucleares - 23,0 Linfócitos - 05,0 Hemorragia e
Congestão
00,0Edema
00,0 Necrose 00,0 Fibrina+
06,0 Macrófagos e Monócitos + 07,0 F ibroblastos + 20,0 Capilares + 12,0 Colágeno + 75,0 Total + 91,6 - 37,0 - 09,0 00,0 00,0 00,0 + 06,0 + 07,0 + 18,0 + 18,0 + 75,0 + 77,6 nls 0,028 nls nls nls nls nls nls 0,0004 nls nls26
Tabela 11: Análise microscópica comparativa
Grupo
B
X
Controleapós
14 dias.Grupo
B
(Açúcar) Controle pPolimorfonucleares - 14,0 - 37,3 0,018 Linfócitos - 07,0 - 06,0 nls Hemorragia e Congestão - 01,3 - 01,3 nls
Edema
- 02,0 - 01,3 nls Necrose 00,0 00,0 nls Fibrina , 00,0 + 05,3 0,007 Macrófagos e Monócitos + 08,0 + 07,0 nls Fibroblastos + 18,0 + 18,0 nls Capilares + 12,0 + 12,0 nls Colágeno + 58,3 + 75,0 nls Total + 72,0 + 71,3 nlsTabela 12: Análise microscópica comparativa
Grupo
A
X
Grupo
B
após 14 dias.Grupo
A
(Saliva)Grupo B
(Açúcar) p Polimorfonucleares - 23,3 - 14,0 nls Linfócitos - 05,0 - 07,0 nls Hemorragia e Congestão 00,0 - 01,3 nlsEdema
00,0 - 02,0 nls Necrose 00,0 00,0 nls Fibrina + 06,0 00,0 A 0,0004 Macrófagose
Monócitos + 07,0+
08,0 nls Fibroblastos + 20,0 + 18,0 nls Capilares + 12,0 + 12,0 nls Colágeno + 75,0 + 58,3 nls Total + 91,6 + 72,0 0,048Vigésimo
oitavo DiaA
ausênciade
polimorfonucleares foi registradaem
todas as feridasestudadas.
As
feridasque
receberam açúcar ainda exibiam infiltrado linfocitáriode
densidademoderada à
acentuada, enquantoque
nos demais feridas, tal infiltradoNecrose muscular, edema, hemorragia e fibrina
eram
desprezíveis nas 3 modalidadesde
feridas.A
regressão dos conglomeradosde
macrófagos era evidenteem
todas as feridas.A
regressão dos capilares neoformados mostrava-se mais acentuada nasferidas tratadas
com
salivaquando
em
comparação
com
aquelas adicionadasde
açúcar (p = 0,028).
A
densidade das áreas cobertas por fibroblastos era semelhanteem
todas asferidas estudadas.
A
densidadedo
colágeno depositado revelou-se nitidamente maior nasferidas
que
receberam saliva,onde
se notouuma
contração proeminenteda
ferida.Por outro lado, o colágeno
da
ferida tratadacom
açúcar, apesarda
menor
concentração, exibiu
o
maior graude
organização.Tabela 13: Análise microscópica comparativa
Grupo
A X
Controle após28
dias.Grupo
A
(Saliva) Controle p Polimorfonucleares 00,0 00,0 nls Linfócitos - 03,0 - 03,0 nls Hemorragia e Congestão 00,0 00,0 nlsEdema
00,0 00,0 nls Necrose 00,0 00,0 nls Fibrina 00,0 00,0 nls Macrófagos e Monócitos + 06,0 + 05,0 nls Fibroblastos + 20,0 + 20,0 nls Capilares + 04,0 + 08,0 0,04 Colágeno +100,0 + 91,0 nls Total + 127,0 + 121,7 nlsTabela 14: Análise microscópica comparativa
Grupo
B
X
Controle após28
diasGrupo
B
(Açúcar) Controle p Polimorfonucleares 00,0 00,0 nls Linfócitos - 08,0 - 03,0 0,018 Hemorragia e Congestão 00,0 - 00,6 nlsEdema
00,0 00,0 nls Necrose 00,0 00,0 nls Fibrina 00,0 00,0 nls Macrófagos e Monócitos + 06,0 + 03,0 0,001 Fibroblastos + 12,0+
14,0 nls Capilares + 12,0 + 08,0 nls Colágeno + 91,6 + 100,0 nls Total + 113,0 + 122,0 nlsTela 15: Análise microscópica comparativa
Grupo
A X
Grupo B
após28
dias.Grupo
A
(Saliva)Grupo B
(Açúcar) p Polimorfonucleares 00,0 00,0 nls Linfócitos - 03,0 - 08,0 0,018 Hemorragia e Congestão 00,0 - 00,6 nlsEdema
00,0 00,0 nls Necrose 00,0 00,0 nls Fibrina 00,0 00,0 nls Macrófagose
Monócitos + 06,0 + 06,0 nls Fibroblastos + 20,0 + 12,0 nls Capilares + 04,0 + 12,0 0,028 Colágeno + 100,0 + 91 ,6 nls Total + 127,0 + 113,0 nls140 120 100 80 60 40 20 0 -20 -40 -60 ‹80 -O-Saliva -I-Açucar ¬||-Controle
"Y
i i i iias 7 Dias 14 Dias 28 Dias
Figura 1: Índice de cicatrizaçao nos grupos
em
relação aotempo
Nenhuma
colônia bacteriana foi encontrada nas feridas tratadascom
açúcarA
cicatrização da feridapode
ocorrer por primeira intenção, na qual autilização
da
sutura facilita o processo; ou porsegunda
intenção, na qualnão
há aproximação das bordasda
ferida 25.No
presente estudo, preferimos asegunda
modalidade, para evitar as possíveis reações
do
tipo corpo estranho pelos fios de sutura.Didaticamente, a cicatrização
pode
ser divididaem
3 estágios: a faseinicial (lag phase), a fase fibroblástica e a fase final
ou
de diferenciação ".Embora
interligados, eventoscomo
a inflamação, a epitelização, a contraçãoda
ferida, o depósito
de
colágeno e a maturação,costumam
ser estudados separadamente 9' 2°.Preferimos utilizar o
método de
graduação histológicoda
cicatrização de feridas de
MYERS
e cols adaptado, para melhor avaliarisoladamente, os elementos pró-inflamatórios e pró-cicatriciais nos diferentes
períodos analisados.
Aocicatrização inicia
com
a formaçãodo
coágulo, a partirdo
sangue que
enche
a ferida. Moléculas de fibrinogênio sangüíneo interligam-se, formandocordões fibrosos
que
unem
as bordasda
ferida transitoriamente.A
fibrina, por sua vez, desidrata-se, juntamentecom
outras substâncias. plasmáticas, formandoa crosta
que
cobre a ferida 25.VOLKER
e colsAPUD
MANDEL,
em
1942, mostraramque
a saliva aceleraa coagulação sangüínea, por sua ação direta nos fatores anti-coagulantes e pela
diluição
da
anti-trombina '5. Esta hipótese poderia explicar adensa
redede
KAPLAN
e cols, (1972) salientaramque
durante o processode
coagulação ocorre a ativaçãodo
fatorde
Hagemann com
consequente formaçãode
calicreina e de ativadordo
plasminogênio,ambos
elementos estimuladores daquimiota›‹ia
de
leucócitos 1°' Este fato poderia justificar a maior migraçãode
monócitos nas feridas tratadas
com
salivaem
24
horas,quando
em
comparação
com
as feridas controle.As
alterações da faseaguda
do processo inflamatório propiciam oextravazamento
de
globulina, albumina, e anticorpos, entre outros elementosdo
plasma, para o espaço e›‹travascular, provendo
um
meioadequado
para osleucócitos 26.
ROSS,
em
1968,num
estudo da cinética celular das maiores populaçõesem
ocupação
da ferida, mostrou alcançarem os polimorfonucleares o nível-
máximo
em
24
horas, atingindoum
plateaucom
tendência ao desaparecimentoem
12 dias 2°.Em
nosso estudo,o
exsudato polimorfonuclear apresentou-sedenso
nosdois grupos. Deve-se ressaltar
que
tal migração leucocitária dependeu, nas trêsmodalidades
de
feridas,da
agressão do eletrocautério, lesandomesênquima
eparênquima, e
da
imediata liberaçãode
histamina por mastócitos propiciando vasodilatação eaumento da
permeabilidade vascular 25.Segundo
SIMPSON
(1972),um
número
significante de neutrófilos já seencontra presente na ferida nas primeiras seis horas após a lesão.
A
liberação deenzimas neutrofílicas potenciam o processo inflamatório pela digestão
de
32
provaram
que
a cicatrizaçãonão
é alterada na ausência destas células dedefesa, mostrando-se os eventos inflamatórios inalterados 2°.
A
mobilizaçãode
monócitos ede
macrófagos para a ferida inicia-se,segundo
SIMPSON
(1972),em
torno de 12 horas após a lesão, atingindomáximas
concentraçõesem
48
a78
horas 28. Elementoscomo
os resultantes daquebra
do
colágeno, quer pela agressão mecânica ( no nosso caso, oeletrocautério), quer pela ação das colagenases neutrofilicas digerindo as
membranas
basais celulares, servemcomo
quimioatrativos para tal migraçãoleucocitária 25.
O
recrutamentode
monócitospode
ser ainda influenciado porlinfocinas, mediadores químicos
do
processo inflamatório liberado por linfócitos.Nos
estudo das lâminasdo
terceiro dia,não
obstante o predomíniode
linfócitos encontrado nas feridas tratadascom
açúcarquando comparadas
àquelas
que
receberam saliva, não sepode
constatar diferenças entre os conglomerados de monócitos e macrófagos.O
possível efeito quimiotático dasIinfocinas sobre os monócitos diferenciando-se
em
macrófagos pode, no entanto, ser evidenciado no sétimo dia,onde
as feridas tratadascom
açúcar exibemuma
população de tais leucócitos superior a das demais feridas.A
exsudação decorrentedo aumento
da permeabilidade vascular resultana estase dos vasos, caracterizada pelo
aumento da
viscosidade sangüínea, e noedema
25.Ao
contrário dos achadosde
HADDAD
e cols 8, as feridas tratadascom
açúcar apresentaram mais edema.
Aventamos
a possibilidade dos efeitososmóticos da presença mecânica
do
açúcar no favorecimentoda
saídade
líquidos intravasculares para o interstício, sobrepondo-se
ao
exudato proteicoparte, a maior incidência
de
figurasde
estase e hiperemia (congestao dos vasos) nas feridas tratadascom
açúcar.As
micro-hemorragias,também
mais freqüentes nestas feridas, poderiam resultar da agressão mecânica provida pelos cristais de açúcar granulado.No
décimo quarto dia notou-se proeminente regressãode
capilaresneoformados nas feridas tratadas
com
saliva, sugerindouma
maturação mais precocedo
tecido cicatricial. Esteachado
leva-nos a pensar nos possíveis efeitosdo
fatorde
crescimento derivado de plaquetas (FCDP),que
tem ação mitogênica para fibroblastos não exercendo, entretanto, ação na angiogênese 25. Talhipótese
é
ainda reforçada pela maior quantidade de crosta e fibrina nas feridastratadas
com
saliva,uma
vezque
oFCDP,
entre outras fontes, éarmazenado
nointerior de plaquetas,
sendo
liberado por ocasiãoda
coagulação 25.Embora
tenhamos computado
semelhantenúmero
de fibroblastos entre todas as feridasestudadas,
achamos
prudente deixar registrada a nossa preocupação quantoao
método de
MYERS
em
relação a avaliação destas células.Uma
vezque
oscampos de
grandeaumento
escolhidos (quando analisando fibrobroblastos),excluiam as áreas
com
neovasos,podendo
resultarem
significativa diferençaquando
na análise da área total de feridas ricasem
capilares,como
naquelastratadas
com
açúcar.Experimentos
em
laboratório evidenciaram a ação anti-microbianado
açúcar, inibindo o crescimento tanto
de
bactérias Gram-positivas quanto deGram-negativas in vitro 1°.
Semelhante atividade foi descrita clinicamente
em
feridas porKNUTSON
e34
hiperosmolar sobre as bactérias, desidratando-as 23.
Embora
estejamos cientesde que
ométodo
utilizadoem
nosso trabalhonão
seja o maisadequado
paraavaliar este parâmetro,
em
concordânciacom
artigos prévios,nenhuma
colóniabacteriana foi encontrada na análise microscópica das feridas tratadas
com
açúcar, fato
que não
se repetiu na maior parte das demais feridas.Embora
relatosapontem
a salivacomo
um
efetivo sistema anti-bacteriano,quer pela ação direta
de
suas enzimas salivares sobre as bactériasdesestabilizando suas
membranas
celulares, quer pela açãomediada
poranticorpos secretores (IgA) e agentes não-imunoglobulínicos, tal sistema
não
foicapaz
de
impediro
crescimentode
colônias bacterianas na maioria das feridastratadas
com
esta substância 3°.Quanto
a análise da angiogénese nas feridas tratadascom
açúcar,deflagramos
uma
cadeia de eventosque
possivelmente justificaria nossosachados.
Os
lifócitos,numerosos
no terceiro dia, produziriam linfocinascomo
agama-interferon, ativando os macrófagos.
Os
macrófagos, predominantesno
sétimo dia, produziriam monocinas
como
as interleucinas-1 e o fatorde
necrosetumoral (FNT), exercendo quimiotaxia para mais linfócitos,
que
em
última análiseexerceriam ação pró-angiogénse 25. Assim, justificar-se-ia a maior atividade
de
linfócitos, macrófagos
e
de endoteliócitos, ao longodo
tempo, nas feridastratadas
com
açúcar, eventosimilar à reação de hipersenssibilidade retardadatipo IV.
A
fase final ou de diferenciação, é caracterizada pela diminuição dasíntese proteica e pelo início da remodelação, ocorrendo mais
marcadamente
orientadas são quebradas e reorganizadas
em
feixes espessos, distribuindo-seao longo
da
linhade
força da feridaem
cicatrização 26.A
contração da ferida constituium
fenômeno
central no reparo 16. Estudosexperimentais utilizando camundongos, demonstraram
que
a velocidadede
contração
da
ferida era significativamente afetada pela saliva 9' 15. Recentemente,Ll e cols, demonstraram
que
a velocidadede
contraçãode
feridasem
camundongos
sialoadenectomizados eramarcadamente
afetadaquando
da administração tópicade
fator de crescimento nervoso,uma
proteína encontradaem
alta concentração na saliva 2' "_Segundo
LAWMAN
e cols 1°, qualquer fatorquimiotático aplicado à ferida, poderia aumentar sua velocidade
de
cicatrização.A
observaçãode que
o fatorde
crescimento nervoso atuacomo
um
fatorquimiotático in vivo ,explicaria sua propriedade
de promoção
da cicatrização”.Adicionalmente,
NOGUCHI
e cols 19 demonstraramque
o fatorde
crescimento epidérmico,
um
outro polipeptídeo salivar, foi tão efetivo napromoção
da cicatrização da línguade
camundongos
sialoadenectomizados quanto o fatorde
crescimento tumoral,também
encontrado na saliva.Na
análise microscópica das feridas observou-se maior aproximação eretração
de
folículos pilosos, entre outros anexos da pele, das bordas das feridasem
direção a região da cicatriz. Este fato sugere maior retração da feridacicatricial.
No
entando, estudos posteriores analisando a mobilização tissularcentrípeta
da
peleem
modelos macroscópicosao
redor da ferida,devem
serrealizados para maior
compreensão
deste fenômeno. /,fCabe-nos, ainda, ressaItar,que no processo
de
cicatrização porsegunda
36
completamente a arquitetura original
do
tecido.Há
mais fibrina, mais áreasneoróticas e mais exsudato, ou seja, o processo inflamatório é mais intenso.
Além
disso, mais tecido
de
granulação é formado, resultando na formaçãode
maistecido cicatricialzs.
Os
miofibroblastos exercem papel marcante nesta modalidadede
cicatrização 25.No
sistema deMYERS
17,uma
ferida totalmente cicatrizadaequivale a 100 pontos. Esta somatória, entretanto, representa
uma
cicatrizaçãopor primeira intenção.
Em
nosso estudo, as feridasexcederam
os 100 pontos, porse tratarem
de
feridascom
cicatrização porsegunda
intenção, jáque
elementoscríticos
do
processode
reparocomo
fibroblastos e colágeno estão maisaumentados
nesta modalidadede
cicatrização resultandoem
mais pontos;;:z.z.z;z:íf:f:f:f:2:s:s:s:ê:e:f:é:ê:s:s:ê:=:â:s:s:2:5:s:5:s:s:s:â:;:s:1:ffêzêzz;515:;:5:5:2:at5:5:5tê:5:s:5:5:5ts:5:eg:.z:z:s:z:é:z:é.z:z:é:'¬ .,:::;:;:-:s:s: 5:z:5:5:5:ê::í:ãf:f:§:f:5:5:s:s:ê:a:ê:s;;:s:=:ê:::5:§
Através deste estudo,
podemos
concluir:V_
1)
As
feridas tratadascom
saliva apresentaram redede
fibrina maisexuberante do
que
as demais feridas nos ratos sacrificadosem
24
horas.2)
Houve
maior regressão de capilares neoformados nas feridas tratadascom
saliva no 149 dia. «3)
As
feridas tratadascom
açúcar apresentaram maioredema
em
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Um
estudo microscópicode
graduaçãodo
processo cicatricial da feridaem
reparo foi realizado
em
30
ratosda
linhagem Wistar para avaliar o efeito da salivahumana
comparado ao do
açúcar granuladono
processo inflamatórioe
formaçãode
fibroseem
feridas cutâneasem
cicatrização porsegunda
intenção.Os
elementos pró-inflamatórios e pró-cicatriciais foram estimadosindividualmente utilizando-se
o método de
graduaçãode
feridas experimentaisde
MYERS
adaptado. Através deste estudo,podemos
concluir: 1)As
feridas tratadascom
saliva apresentaram rede de fibrina mais exuberante doque
as demais feridas nos ratos sacrificadosem
24
horas. 2)Houve
maior regressãode
capilares neoformados nas feridas tratadas
com
saliva no 149- dia. 3)As
feridastratadas
com
açúcar apresentaram maioredema
em
relação às tratadascom
0320
Ex.l