Universidade Federal do Paraná
Ecossistemas Brasileiros
Aula 1
Tópicos da aula
Padrões globais de temperatura estabelecidas pela radiação solar
Translação / Estações
Células de Hadley
Direção dos ventos
Efeitos climáticos secundários
Continentes
Montanhas
Lagos e Oceanos
Correntes Marítimas
Questões
1. Explique como o movimento solar aparente causa alterações na
precipitação em diferentes latitudes.
2. Como funcionam as células de Hadley? Porque existem florestas nos
trópicos e desertos em regiões subtropicais?
3. Estude alguns efeitos do El nino e La nina no mundo e no Brasil.
Divisão da Biosfera
Marinho /
talassociclo
Dulcícula /
limnociclo
Terrestre / epinociclo
Biociclos / Biomas
Oceanos, mares, baías, lagos e lagoassalgadas
Rios, riachos, lagoas
Florestas, campos, desertos, savanas,
Águas Superficiais
Rios Lagos
Principais fontes de água doce
Ambientes lóticos Ambientes lênticos
(+) antigos (-) antigos: formados do represamento fluvial
Manutenção de alta biodiversidae
Zonação de um lago
Zona litorânea
Contato direto com o ecossistema terrestre
Variedade de nichos ecológico e cadeias alimentares
Apresentam todos os níveis tróficos:
Produtores primários Consumidores
Decompositores
Zona Pelágica
Encontrada em quase todos os ecossistemas aquáticos
Suas comunidades características são:
Plâncton Nécton
A região profunda: principalmente animais bentônicos heterotróficos
Zona Pelágica
Encontrada em quase todos os ecossistemas aquáticos
Suas comunidades características são:
Plâncton Nécton
Fatores essenciais nos rios e riachos são: Velocidade de corrente Natureza do fundo Temperatura Oxigênio Composição química
Rios
Zonação FluvialZonação fluvial
The River Continuum Concept
Can. J. Fish. Aquat. Sci. 37: 130-137. 1980
Desenvolvido para rios conservados de pequeno porte.
Considera o gradiente lótico como um contínuo de alterações físicas
-Largura -Profundidade -Velocidade -Temperatura Envolve aspectos: -Hidrológicos -Geomorfológicos -Biológicos
The River Continuum Concept
Can. J. Fish. Aquat. Sci. 37: 130-137. 1980
peq uen o méd io grand e Entrada terrestre Produção autóctone Transporte a jusante pastadores fragmentadores
Vista lateral (A) Remanso run (B) Corredeira riffle (C) Poço pool
(A) Remanso (B) Corredeira (C) Poça
Vista superior
Lyons, 1992; Hauer e Lamberti, 2007
13.5 m Floresta de terra firme Várzea Rio
FEVEREIRO E MARÇO
MAIO
Pulso de InundaçãoJunk et al. Can. Spec. Publ. Fish. Aquat. Sci. 106: 110-127. 1989
Clima – Topografia - Solo
BIOMAS
(do grego Bio = vida + Oma = grupo ou massa)
Classificação das comunidades e ecossistemas
com base em semelhanças vegetais
“bioma é uma área do espaço geográfico, com dimensões até
superiores a um milhão de quilômetros quadrados, representada
por um tipo uniforme de ambiente, identificado e classificado de
acordo com o
macroclima, a
fitofisionomia
(formação), o solo
e a altitude, os principais elementos que caracterizam os
diversos ambientes continentais”. (Walter,1986)
América do Norte
Tundra
Floresta boreal
Floresta temperada sazonal
Floresta pluvial temperada
América do Sul/Central
Floresta pluvial tropical
Floresta tropical decídua
Savana tropical
Padrões Climáticos
O que determina a distribuição de um organismo?
Variáveis físicas, químicas e biológicas
O que determina a distribuição de uma comunidade?
Depende da escala.
Grande Escala CLIMA
Tipo de solo, composição química da água, etc: distribuição das sps dentro da comunidade
Padrões Climáticos
A Superfície da Terra absorve energia solar de forma diferenciada
Aquecimento e resfriamento do ar
Deserto Oceano Floresta
Energia térmica gera trabalho evaporação da água, circulação atmosférica e oceânica FORÇA MOTRIZ = ENERGIA SOLAR
Padrões Climáticos
Quente/Úmido
Frio/Seco
Padrões Climáticos
Equador e trópicos recebem mais luz, São mais quentes
Latitudes mais altas luz em um
ângulo menor e espalha-se em uma área maior.
A variação sazonal na temperatura aumenta com a distância do equador; As variações de temperatura são
maiores no Hem. Norte 60oN. (-12oC a
16oC) 28oC
As variações no equador são em torno de 2o a 3oC
Padrões Climáticos
O ar aquecido se expande menos denso SOBE
Ar aquecido retêm vapor d’água aumenta evaporação
Massas de ar quente se espalham para N e S
Ar quente gera chuvas nos trópicos
Ar seco e frio desce para superfície,
criando condições desérticas (30
o-60
o)
Padrões Climáticos
Heating of earth's surface by solar radiation, in W/m2, calculated from the ECMWF 40-year
reanalysis of atmospheric data. Notice that most of the heat absorbed by earth goes into the tropical ocean. Kallberg et al 2005.
25-year average of rain rate. Japan Meteorological Agency
25-year average of heating of the atmosphere. Notice the high correlation with rain rate shown above. Rain and absorption of infrared radiation heats the atmosphere, mostly in the tropics. This heating drives the atmospheric circulation. Japan Meteorological Agency
Clima: forma de crescimento e distribuição das plantas
Plantas com formas específicas de crescimento são restritas a determinados
climas;
Existe uma relação íntima entre clima e vegetação
Condições físicas diferentes caracterizam cada bioma, e os habitantes estão
adaptados a viver sob estas condições.
Florestas decíduas – folhas
grandes e finas absorção de luz Deserto – folhas pequenas ou sem folhas perda de umidade
Plantas x Tolerância
forma de crescimento
Árvores
úmido
Arbustos e gramíneas seco
Pampas
Estepes (
Rússia
)
Convergência adaptativa
O que determina o caráter de mudança das espécies???
Euphorbia ammak
Florestas pluviais – árvores de mangues – plantas do deserto
Cactaceae
Qual é o fator determinante para o
BIOMA?
CLIMA
DICA: Pense em adaptação / processos
evolutivos
Clima vs Fisionomia vegetal
Floresta
Clima?
Campos
Clima?
Savana
Leiam mais!!!!
Os três biomas brasileiros
(http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed791_os_tres_biomas_br asileiros)
O conceito de bioma – Acta Botanica Brasilica
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-33062006000100002
Climatologia para jornalistas
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed709_climatologia_para_j ornalistas
Floresta pluvial tropical
Equatorial: sempre
úmido e ausente de
sazonalidade
Floresta pluvial perene
Bioma
Zona Climática
Vegetação
2000 mm de chuva/ano Bacia do Amazonas Bacia do Orinoco Costa do Brasil
Rio Congo – Oeste Africano
Sudeste da Ásia (Vietnã, Tailandia, Malásia Filipinas
Floresta Pluvial Tropical
2 picos de chuvas no equinócio Solos antigos e intemperizados
Pouco húmus e argila – sem nutrientes Árvores perenes (30 – 40m) – 55m Lianas e epífitas
Alta diversidade
Alta biomassa acima do solo Escura no nível do solo
Plântulas em estado de supressão
Bioma mais produtivo da Terra 1.000g C/m2/ano
Floresta tropical
sazonal/savana/Campo
Temperado
Tropical: estação chuvosa
de verão e estação seca
de “inverno”
Floresta sazonal,
arbustos ou savana
Bioma
Zona Climática
Vegetação
Além dos 10º do equador
Savanas – Leste da África Precipitação 900 – 1500mm/ano
Campo com pequenas árvores Herbívoros influênciam a
vegetação Fogo
Estação seca pronunciada Árvores decíduas Solos pobres Campos temperados Estepes (Ásia) Pradarias (Am.Norte) Pampas
Forte influência antrópica (campos de cultivo)
Bioma
Zona Climática
Vegetação
Deserto
Desertos quentes,
altamente sazonal, clima
árido
Vegetação desértica com
grande superfície
exposta
Latitudes de 20o- 30º N/S
Região de alta pressão atmosférica Chuva muito esparsa <250mm/ano Solos rasos, sem M.O.
Sonora - México
Sul do Arizona - USA Plantas adaptadas as chuvas imprevisíveis.
Perenes com metabolismo baixo Concentram substâncias para repelir herbívoros
Bioma
Zona Climática
Vegetação
Vegetação
Mediterrânea/Chaparral
Bosque/arbusto
Mediterrâneo: estação
chuvosa de inverno e
verão seco
Xerófila, arbustos
sensíveis ao
congelamento e bosques
Latitude 30º - 40o N/SOeste dos continentes, correntes frias e ventos continentais
Zona climática mediterrânea Sul da Europa
Sul da California Chile
Africa do Sul
Mediterrâneo Chaparral - Califórina
Temperaturas de inverno amenas, Chuvas de inverno e verões secos Vegetação arbustiva espessa e perene Raízes profundas e folhas resistentes a seca (esclerofilosa)
Floresta sazonal
Temperada/Floresta
Temperada (taiga)
Clima moderado com
congelamento no inverno
Resistente ao gelo,
decídua, floresta
temperada
Bioma
Zona Climática
Vegetação
Leste dos EUA Sul do Canadá Europa
Leste da Ásia
Florestas decíduas Influência sazonal
Acúmulo de M.O. no solo – turfas Solos ácidos
Árvores perenes e aciculadas
Formações de pinheiros e carvalhos (longevas) Influenciada por eras glaciais
Tundra
Polar: verões muito curtos
e frios e invernos longos e
muito frios
Vegetação perene baixa,
sem árvores, crescendo
sobre o solo
permanentemente gelados
Bioma
Zona Climática
Vegetação
Sem árvores e solo permanentemente congelado “permafrost”
<600mm chuva ano
Formações Vegetais Brasileiras
•Amazônia
•Caatinga
•Cerrado
•Mata Atlântica
•Pantanal
•Campos sulinos
•Zona Costeira
Padrões Climáticos
A rotação distorce os ventos – equador rotação em maior velocidade
Ventos Oeste Equador
Ventos Leste Latitudes superiores
Ventos Alísios e Correntes a Jato
Padrões Climáticos
VENTOS INTERAGEM:
Massas de terra;
Lagos e Oceanos (mais chuva no Hem. Sul 81%S – 61%N);
Interior x Zona costeira;
Montanhas;
Sombras de Chuva
Escalas Regionais
Superfície da Terra: Mosaico de ambientes; Variedade de rochas; Tipos de solos; Armazenamento de água;Padrões Climáticos
Correntes oceânicas: densidade da água (temp. e salinidade)
Corrente fria do Peru – Deserto do Atacama
Corrente do Golfo de México – clima ameno Europa ocidental
Intervalos de 2 a 10 anos
1982-83/1991-92
Efeitos na Amazônia
Menor chuvas
Efeitos no Sul-Sudeste
Maior chuvas
La nina
Variações Climáticas
Fonte: INPE, 2010